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Engenharia Civil ·
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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS Faculdade de Engenharia Civil Caio Melquiades de Freitas Dayne Ívida Florentino Gomes Henrique Bianchini Sandin Isaque Misael Freitas João Paulo Gonçalves Lucas Henrique de Almeida Santos TRABALHO INTEGRALIZADOR MULTIDISCIPLINAR I infraestrutura urbana Divinópolis MG 2023 Caio Melquiades de Freitas Dayne Ívida Florentino Gomes Henrique Bianchini Sandin Isaque Misael Freitas João Paulo Gonçalves Lucas Henrique de Almeida Santos TRABALHO INTEGRALIZADOR MULTIDISCIPLINAR I infraestrutura urbana Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Engenharia Civil da Universidade do Estado de Minas Gerais como requisito parcial para o grau de Bacharel em Engenharia Civil Instituição Universidade do Estado de Minas Gerais Área de concentração Bacia hidrográfica Córrego Olhos Dágua Orientadora Profa Ma Ivana Prado de Vasconcelos Divinópolis MG 2023 Caio Melquiades de Freitas Dayne Ívida Florentino Gomes Henrique Bianchini Sandin Isaque Misael Freitas João Paulo Gonçalves Lucas Henrique de Almeida Santos TRABALHO INTEGRALIZADOR MULTIDISCIPLINAR I infraestrutura urbana Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Engenharia Civil da Universidade do Estado de Minas Gerais como requisito parcial para o grau de Bacharel em Engenharia Civil Área de concentração Bacia hidrográfica Córrego Olhos Dágua Trabalho defendido de aprovado em 14 de fevereiro de 2023 Banca examinadora Profa Ma Ivana Prado de Vasconcelos Universidade do Estado de Minas Gerais Profa Laisa Cristina Carvalho Universidade do Estado de Minas Gerais Prof Mauro Cesar Cardoso Cruz Universidade do Estado de Minas Gerais Profa Thalita Cardoso Dias Universidade do Estado de Minas Gerais AGRADECIMENTOS Àqueles que se uniram para a realização deste sonho nossa gratidão A Deus por conceder saúde Aos nossos pais pela oportunidade confiança e incentivo Aos amigos pela união apoio e companheirismo durante esta jornada Aos professores e coordenadores pelo aprendizado Em especial à nossa orientadora Prof M e Ivana Prado de Vasconcelos que tanto admiramos por ter nos orientado para que este trabalho fosse concretizado RESUMO A infraestrutura urbana deve ser planejada e executada de maneira consciente para que contribua positivamente com o município na qual é inserida promovendo qualidade de vida a seus residentes e preservando o meio ambiente através de um sistema eficiente Este trabalho teve como objetivo realizar o diagnóstico análises e proposições de intervenções na subbacia Córrego Olhos DÁgua localizada no Município de DivinópolisMG O diagnóstico e o levantamento de dados da infraestrutura da subbacia foram contemplados através de pesquisas em órgãos públicos visitas in loco ou por meio de notas de aulas Evidenciouse que o sistema de infraestrutura presente no local de estudo não reflete condições operacionais satisfatórias além da ausência de manutenções periódicas o que implica em condições inapropriadas aos sistemas de drenagem pluvial coleta de resíduos sólidos abastecimento de água esgotamento sanitário e por fim o sistema viário As propostas de melhorias foram pautadas em normas técnicas e bibliográficas priorizando a prática correta e sustentável dos sistemas suavizando os impactos já existentes na área e permitindo a evolução dos mesmos buscando a eficiência máxima Palavraschaves Infraestrutura Urbana Vias Subbacia Diagnóstico Projetos ABSTRACT Urban infrastructure must be planned and executed consciously in order to produce a positive contribution to the municipality where it is located it promotes quality of life for its residents and preserves the environment with an efficient system This work focused on carrying out diagnosis analyzes and propositions for interventions in the Córrego Olhos DÁgua subbasin located in the municipality of Divinópolis MG The diagnosis and data collection of the subbasin infrastructure were acquired through researches in public agencies onsite visits and via class notes As a result it was evident that the infrastructure system present at this study site did not show satisfactory operating conditions In addition a lack of periodic maintenance was observed leading to inappropriate conditions for rainwater drainage systems solid waste collection water supply sewage and finally the road system The proposals of improvements were based on technical and bibliographic standards prioritizing the correct and sustainable practice for the systems attenuating the already existing impacts in the area and allowing their evolution aiming at maximum efficiency Keywords Urban Infrastructure Roads Subbasin Diagnosis Projects LISTA DE FIGURAS Figura 1 Pontos De Coleta Das Amostras De Solo 18 Figura 2 Divisão Da Bacia 22 Figura 3 Figura 3 K A B E C Fornecidos Pelo Plúvio 21 25 Figura 4 Fator De Redução Da Capacidade Da Sarjeta 27 Figura 5 Área De Estudo 38 Figura 6 Divisão Da Bacia Córrego Olhos Dágua 41 Figura 7 Caminhões De Coleta De Lixo 50 Figura 8 Lixão Do Município De Divinópolis 50 Figura 9 Lixão De Divinópolis 51 Figura 10 Delimitação Da Bacia Do Córrego Olhos Dagua Da SubBacia E Seus Cursos Hídricos 54 Figura 11 Cortes Longitudinal E Transversal 55 Figura 12 Demarcação Das Áreas Verdes 57 Figura 13 Identificação Da Subdivisão Da Bacia Olhos Dágua 64 Figura 14 Sarjeta Obstruída Com Vegetação Rua Epaminondas De Assis 65 Figura 15 Sarjeta Obstruída Por Desgaste Do Concreto Rua Júlio Nogueira 65 Figura 16 Ausência De Sarjeta Rua Antônia Amaral Tavares 65 Figura 17 Sarjeta Com Boa Capacidade De Escoamento Da Água Rua Frei Venceslau 66 Figura 18 Sarjeta Com Boa Capacidade De Escoamento Da Água Rua Epaminondas De Assis 66 Figura 19 Localização Das Bocas De Lobo Dos Bairros Chanadour E Belvedere 67 Figura 20 Localização Das Bocas De Lobo Dos Bairros Chanadour E Belvedere Bem Como Delimitação Das SubBacias 68 Figura 21 Boca De Lobo Obstruída Com Vegetação E Lixo Rua Francisco Fernandes 68 Figura 22 Boca De Lobo Obstruída Com Vegetação E Lixo Rua Frei Venceslau 69 Figura 23 Boca De Lobo De Concreto Rua Frei Venceslau 69 Figura 24 Boca De Lobo De Concreto Av Brasília 70 Figura 25 Calçamento Poliédrico Rua La Paz 71 Figura 26 Calçamento Poliédrico Rua Caracas 71 Figura 27 Pavimentação Asfáltica Av Amazonas 72 Figura 28 Pavimentação Asfáltica Av Amazonas 72 Figura 29 Obstrução Por Recapeamento Em Poço De Visita De Ferro Fundido Rua Julio Nogueira 73 Figura 30 Obstrução Por Recapeamento Em Poço De Visita De Ferro Fundido Av Amazonas 74 Figura 31 Poço De Visita De Ferro Fundido Rua Caracas 74 Figura 32 Poço De Visita De Ferro Fundido Rua Caracas 74 Figura 33 Placa De Advertência Av Brasília 77 Figura 34 Placa De Regulamentação Rua Antônio Amaral Tavares 78 Figura 35 Marca De Canalização Rua José Faria Barros 78 Figura 36 Linha Dupla E Tachão Refletivo Rua José Faria Barros 79 Figura 37 Reservatório RapR1a 79 Figura 38 Poços De Visita 82 Figura 39 Rota Do Caminhão De Coleta De Lixo 87 Figura 40 Rota Da Equipe De Varrição 88 Figura 41 Diagrama De Movimentos 93 Figura 42 Estágio 1 94 Figura 43 Estágio 2 95 Figura 44 Estágio 3 95 Figura 45 Estágio 4 96 Figura 46 Diagrama De Movimentos 96 Figura 47 Estágios 1 97 Figura 48 Estágios 2 98 Figura 49 Estágios 3 98 Figura 50 Estágios 4 98 Figura 51 Diagrama De Movimentos 99 Figura 52 Estágios 1 100 Figura 53 Estágios 2 101 Figura 54 Estágios 3 101 Figura 55 Estágios 4 102 LISTA DE QUADROS Quadro 1 Movimentos De Interseção 93 Quadro 2 Diagrama De Conflitos 97 Quadro 3 Diagrama De Conflitos 100 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Coeficiente De Runoff 23 Tabela 2 Princípios Básicos Para A Sinalização Do Trânsito 38 Tabela 3 Resultados Da Inspeção TátilVisual Do Solo 52 Tabela 4 Classificação Do Risco De Enchentes Relacionado Ao Fator De Forma Kf 55 Tabela 5 Classificação Do Risco De Enchentes Relacionado Ao Coeficiente De Compacidade Kc 56 Tabela 6 Classificação Da Capacidade De Drenagem Da Bacia 56 Tabela 7 Intensidades Pluviométricas Para Cada Tempo De Recorrência Tr 57 Tabela 8 Vazões Máximas Para Cada Tempo De Recorrência Tr 58 Tabela 9 Quantificação Qualitativa Dos Trechos Com Presença De Sarjetas 67 Tabela 10 Quantificação Qualitativa Das Bocas De Lobo 70 Tabela 11 Quantificação Qualitativa Dos Poços De Visita Pvs 75 Tabela 12 Vazão Máxima 83 Tabela 13 Período De Retorno 83 Tabela 14 Largura Da Caixa De Areia 85 Tabela 15 Dimensões Do Reservatório 85 Tabela 16 Escada Hidráulica De Drenagem 85 Tabela 17 Insumos Para Pavimentação Das Ruas Em Estudo 91 APÊNDICES Apêndice 1 Layout 1 Delimitação da Bacia 111 Layout 2 Áreas Verdes da Bacia 111 Layout 3 Perfil Longitudinal e Perfil Transversal 111 Apêndice 2 Layout 1 Delimitação da Bacia 111 Layout 2 Projeto de Sistema de Drenagem Pluvial 111 Layout 3 Perfil e Detalhamento 111 Apêndice 3 Dimensionamento do Sistema de Micro Drenagem 111 Apêndice 4 Dimensionamento De Bocas de Lobo e Poços de Visita 111 Apêndice 5 Rota de Caminhões 112 Rota da Equipe de Varrição 112 Apêndice 6 Planilha de Cálculos e Resultados Referente a Rede Coletora de Esgoto 112 Apêndice 7 Projeto de Dimensionamento de Rede Coletora 112 Apêndice 8 Layout 1 Projeto de Sinalização de Trânsito 112 Layout 2 Projeto de Sinalização de Trânsito 112 Layout 3 Projeto de Sinalização de Trânsito Detalhamento 112 SUMÁRIO 1 Introdução 15 2 Objetivo 17 21 Objetivo Geral 17 22 Objetivo Específico 17 3 Metodologia 18 31 Geologia 18 311 Ensaio De Composição Granulométrica 18 312 Ensaio De Caracterização Por Cor 18 313 Ensaio De Caracterização Pelo Brilho 19 314 Teste Do Tato 19 315 Teste Da Queda De Bola 19 316 Teste Do Vidro 19 317 Teste Do Cordão 20 318 Teste Da Fita 20 319 Teste De Exsudação 20 3110 Teste Da Resistência Seca 20 3111 Teste Do Rolo 21 32 Sistema De Drenagem Pluvial Urbana 21 321 Análise Hidrológica 22 322 Coeficiente De Runoff 22 323 Tempo De Concentração Tc 23 324 Período De Retorno Tr 24 325 Intensidade Média De Precipitação Im 24 326 Área De Contribuição Da Bacia A 25 33 Dimensionamento Dos Dispositivos 25 331 Sarjetões 25 332 Sarjetas 26 333 Galeria 27 334 Boca De Lobo 28 335 Poços De Visita 29 34 Dispositivos De Drenagem 29 341 Caixa De Areia 29 342 Escada Hidráulica 30 35 Planejamento Urbano 31 36 Hidrologia 32 361 Fator De Forma 32 362 Coeficiente De Compacidade 33 363 Densidade De Drenagem 33 364 Vazão Mínima 33 365 Tempo De Concentração 34 366 Intensidade Pluviométrica 34 367 Vazão Máxima 35 37 Engenharia De Estradas 36 38 Engenharia De Transporte 36 39 Resíduos Sólidos 39 310 Sistema De Esgotamento Sanitário 40 311 Sistema De Abastecimento De Água 43 4 Caracterização Do Município 45 41 Drenagem Pluvial Urbana 45 42 Sistema De Esgotamento Sanitário 47 43 Vias Do Município 48 44 Sistema De Abastecimento De Água 48 45 Resíduos Sólidos 49 5 Caracterizaçâo Da SubBacia 52 51 Caracterização Do Solo 52 511 Caracterização Por Tamanho Das Partículas 52 512 Conclusão Da Análise Do Solo 53 52 Caracterização Hidrológica 54 53 Caracterização 58 531 Caracterização Socioeconômica 58 532 Equipamento Públicos E Comunitários 60 6 Diagnóstico Da Infraestrutura Da SubBacia 63 61 Sistema De Drenagem Pluvial Urbana 63 611 ResultadosDiscussões 63 612 Sarjetões 64 613 Sarjetas MeioFio 64 614 Bocas De Lobo 67 615 Vias 71 616 Poços De Visita 73 617 Fundo De Vale 75 618 Diagnóstico Do Sistema De Drenagem 75 62 Sistema Viário 76 63 Sistema De Abastecimento De Água 79 64 Resíduos Sólidos 80 65 Esgotamento Sanitário 81 7 Propostas E Projetos 83 71 Sistema De Drenagem Pluvial Urbana 83 72 Memorial Descritivo 83 721 Memorial De Cálculo 86 73 Resíduos Sólidos 86 731 Dimensionamento De Frota 86 732 Sistema De Varrição 88 733 Sistemas De Capina E Roçagem 89 74 Esgotamento Sanitário 89 75 Vias 90 751 Sinalização Horizontal 91 752 Sinalização Vertical 92 753 Sinalização Semafórica 92 8 Conclusão 103 Referências Bibliográficas 105 Apêndices 111 15 1 INTRODUÇÃO A urbanização consiste em um conjunto de técnicas importantes para o funcionamento das cidades A engenharia civil é responsável por elaborar grande parte dos projetos de infraestrutura urbana sendo necessário o reconhecimento das características da bacia hidrográfica para os projetos de sistema de drenagem abastecimento de água coleta de esgoto e transporte No tocante à infraestrutura urbana esta é o conjunto de sistemas de que a cidade necessita para que dê condições de a sociedade se desenvolver nela Assim na infraestrutura estão inclusos o saneamento a mobilidade urbana os equipamentos e serviços urbanos que são serviços indispensáveis ao funcionamento social e econômico da região Dessa forma o município precisa dedicarse a uma elaboração ótima dos sistemas anteriormente citados para que evite problemas que afetem a cidade de maneira a diminuir a qualidade de vida de seus habitantes e a funcionalidade socioeconômica O Trabalho Integralizador Multidisciplinar I visa apresentar diagnósticos e propostas para a infraestrutura urbana através dos estudantes do curso de Engenharia Civil da Universidade do Estado de Minas Gerais no que concerne ao conteúdo ministrado no curso No capítulo 2 será abordado as finalidades específicas e gerais deste trabalho No capítulo 3 onde se encontra a metodologia serão apresentados os procedimentos apropriados para desenvolver o trabalho as técnicas referências bibliográficas e normas para demonstrar como a análise da infraestrutura foi realizada No capítulo 4 será identificado e caracterizado o Município de Divinópolis MG dando ênfase à infraestrutura existente na cidade O capítulo 5 tratase da definição da bacia hidrográfica do Córrego Olhos Dágua em Divinópolis Os dados propostos são pertinentes às propriedades geomorfológicas hídricas físicas e urbanísticas No capítulo 6 serão apresentados os diagnósticos e análises dos sistemas de infraestrutura da bacia do Córrego Olhos Dágua sendo contemplados os sistemas de drenagem urbana abastecimento de água esgotamento sanitário viário e de resíduos sólidos 16 No capítulo 7 apresentarseão propostas e projetos referentes a diagnósticos realizados anteriormente O intuito é de propor intervenções que venham a contribuir com o funcionamento dos sistemas que compõem a infraestrutura urbana priorizando o bom funcionamento e o aumento da eficiência nos sistemas No capítulo final será apresentada a conclusão dos estudos realizados neste trabalho Assim será possível compreender que a ausência de infraestrutura e serviços públicos são prejudiciais à qualidade de vida da população bem como à proteção e conservação do meio ambiente 17 2 OBJETIVO 21 Objetivo geral Diagnosticar a bacia do Córrego Olhos Dagua na cidade de Divinópolis MG e apresentar proposta de melhoria da qualidade dos serviços de infraestrutura 22 Objetivo específico O objetivo deste trabalho é caracterizar o Município de Divinópolis quanto a sua infraestrutura caracterizar a composição e estrutura do solo da área de estudo caracterizar e descrever pontos principais do uso e ocupação do solo e sua interação com o meio ambiente urbano da região situada próxima à bacia delimitar a Bacia Hidrográfica do Córrego Olhos Dágua através do levantamento altimétrico caracterizar riscos de enchentes calcular e analisar as vazões máximas e mínimas tendo tempos de recorrência de 10 15 e 20 anos analisar e identificar o tipo e estado da pavimentação utilizada na área de estudo propor recuperações e melhorias a áreas com pavimentação danificada dimensionar redes coletoras para uma fração da bacia em estudo analisar os planos de resíduos sólidos do município e propor melhorias para a região delimitada dentro da subbacia Córrego Olhos Dágua analisar informações do sistema de drenagem pluvial urbana existente na subbacia e propor melhorias caracterizar o sistema viário da subbacia e propor medidas mitigadoras para a alteração do mesmo por parte do empreendimento 18 3 METODOLOGIA 31 Geologia A partir da captação de amostra do solo no terreno conforme as posições apresentadas na Figura 1 é possível obter a identificação das características do solo ao realizar furos de um metro de profundidade no solo Para essa etapa foram coletadas amostras do terreno de quatro pontos diferentes que foram posteriormente convertidas em uma única amostra composta sendo a área determinada por Cruz 2020 A classificação do solo retirado e analisado é feita segundo a NBR 65022002 Figura 1 Pontos de coleta das amostras de solo Fonte Autoria própria1 2022 311 Ensaio de composição granulométrica As amostras de solo são direcionadas à análise tátilvisual onde é feita a homogeneização do material coletado e em seguida sua secagem seguindo os parâmetros estabelecidos por Neves et al 2005 para o teste de composição granulométrica 312 Ensaio de caracterização por cor 1 Figura adaptada de COPERNICUS 2020 19 Utilizando os padrões apresentados em Neves 2005 é possível obter a caracterização de cor em uma análise visual do solo com a amostra obtida identificando suas características em cada porção e determinandoas conforme sua coloração 313 Ensaio de caracterização pelo brilho De acordo com o teste de caracterização pelo brilho ao realizar a separação de uma porção de 78 cm3 de solo da amostra coletada adicionando aproximadamente 10 ml de água moldase o material até que forme uma esfera compacta Em seguida a esfera é dividida pela metade possibilitando assim a observação do seu aspecto interior NEVES et al 2005 314 Teste do tato Para o teste do tato separase a quantidade 39 cm³ de solo seco da amostra coletada Com auxílio dos dedos e da palma da mão esfregase a terra sendo possível identificar a sua textura NEVES et al 2005 315 Teste da queda de bola Para o teste da queda de bola coletase uma pequena amostra de terra e a ela adiciona água moldando uma bola de aproximadamente 3 cm de diâmetro Logo depois a bola é submetida a uma queda livre de cerca de 1 metro de altura para identificar sua coesão avaliando o aspecto da bola e o tipo de solo de acordo com o seu espalhamento NEVES et al 2005 316 Teste do vidro Neves et al 2005 apresenta que o teste do vidro é feito em um recipiente de vidro cilíndrico liso e transparente Adicionase 13 de terra e 23 de água Logo após acrescentase uma pequena porção de sal e agitase Toda a mistura é deixada em repouso por um dia e posteriormente observase a sedimentação diferenciada dos constituintes do solo 20 317 Teste do cordão Já no teste do cordão sua função é avaliar a resistência do solo em um determinado estado de umidade Uma porção de solo é separada da amostra coletada e adicionase água Em seguida rolase a mistura numa superfície lisa e plana de modo a formar um cordão com espessura de 3 mm de diâmetro até seu rompimento Ainda com o mesmo material formase uma esfera e esmagase entre o polegar e o indicador observando a força aplicada NEVES et al 2005 318 Teste da fita Esse teste da fita tem como finalidade analisar a plasticidade do solo Forma se um cilindro com o solo úmido do tamanho de uma caneta Para isso uma porção de terra é separada da amostra coletada e adicionase água Em seguida moldase o material em forma de caneta e amassase o cilindro até se formar uma fita de 3 a 6 milímetros de espessura com maior comprimento possível 319 Teste de exsudação Com o objetivo de avaliar a plasticidade do solo no teste de exsudação se deve separar uma porção de solo e misturar com bastante água Após na palma da mão desferese golpes na mistura até que a água apareça na superfície NEVES et al 2005 3110 Teste da resistência seca O teste da resistência seca tem como finalidade identificar o tipo de terra função da sua resistência Utilizando a mesma porção de solo do teste de exsudação modelase três pastilhas úmidas com diâmetro variando entre 2 e 3 cm Após secagem de 24 horas esmagase cada pastilha entre o indicador e o polegar NEVES et al 2005 21 3111 Teste do rolo Com objetivo de verificar a quantidade de argila existente no solo no teste de rolo o método consiste em separar uma porção de solo úmida e modelálo em um cilindro de aproximadamente 20 cm de comprimento e 25 mm de diâmetro Após isso posicionao sobre a borda da mesa de modo que ele fique em balanço até seu rompimento O tamanho do fragmento rompido determina a quantidade de argila NEVES et al 2005 32 Sistema de Drenagem Pluvial Urbana Os dispositivos de drenagem urbana da área em estudo foram elaborados com a utilização do Google Earth com intuito de obter informações geográficas da bacia Com a pesquisa in loco observase a identificação de todas as ruas e componentes de microdrenagem pluvial urbana da subbacia com os métodos propostos por Vasconcelos 2021 Ao analisar e registrar os relatórios por meios fotográficos os tipos de componentes foram detectados e assim ressaltadas possíveis trincheiras e valas além da vegetação e outros elementos que obstruem a sarjeta modificando o fluxo de escoamento de drenagem Ao realizar a caracterização dos componentes de microdrenagem existentes e uma análise das suas localizações elaborouse um diagnóstico com base no registro fotográfico sobre a situação dos componentes de drenagem quanto a sua integridade manutenção e eficiência compondo adequações e melhoria dos problemas encontrados Para verificarse o dimensionamento do sistema de drenagem inicialmente a bacia foi subdividida em áreas descritas por Vasconcelos 2021 em que se determinou a área 3 como objeto de estudo Na Figura 2 é possível observar essa delimitação das áreas 22 Figura 2 Divisão da bacia Fonte Gomides 2021 Em primeira ordem da realização do projeto utilizando o software AutoCad 2004 se analisou as áreas de influência e o local correto dos dispositivos de drenagem Em seguida foi empregue o uso do software Excel para proporcionar o desenvolvimento do memorial de cálculo e o uso do Plúvio para obter os dados que serão utilizados na análise hidrológica 321 Análise hidrológica Para o devido dimensionamento de coletores de águas pluviais foi utilizado o método racional para se obter a vazão máxima de acordo com o sistema apresentado por Mulvany 1851 e Tomaz 2010 Diante disso a realização do cálculo da vazão é proposta pela equação 1 𝑄 𝐶 𝑖 𝐴 1 Em que 𝑄 vazão pluvial m²s 𝐶 coeficiente de runoff ou de deflúvio superficial 𝐼 intensidade da precipitação mmh 𝐴 área de contribuição m² ou ha 322 Coeficiente de runoff 23 Em seguida foi utilizado os coeficientes de runoff descrito no Manual de Projetos da DAEE e CETESB 1980 apresentado na Tabela 1 Tabela 1 Coeficiente de Runoff Descrição da área Coeficiente de runoff Área Residencial Residências isoladas Unidades múltiplas separadas Unidades múltiplas conjulgadas Lotes em 2mil m² ou mais Área com prédios de apartamentos Área industrial Indústrias leves Indústrias pesadas Áreas sem melhoramentos 035 a 050 040 a 060 060 a 075 030 a 045 050 a 070 050 a 080 060 a 090 010 a 030 Características da superfície Ruas Pavimentação asfáltica Pavimentação de concreto 070 a 095 080 a 095 Fonte Autoria própria2 2022 323 Tempo de concentração TC De acordo com Chow et al 1988 e Tomaz 2010 o tempo de concentração é estabelecido pelo tempo de duração que faz com que todas as bacias a serem consideradas contribuam para o escoamento superficial dimensionado pela equação 2 𝑡𝑐 𝑡𝑠 10 min 2 Em que 𝑡𝑐 tempo de concentração em minutos 𝑡𝑠 tempo de escoamento superficial em minutos De acordo com a equação 03 de Botelho 2011 é encontrado o tempo de escoamento superficial ts 2 Tabela adaptada do Manual de Projetos da DAEE e CETESB 1980 24 𝑡𝑠 16𝐿 105 02 𝑝 100 𝐼𝑚004 1 Em que 𝑡𝑠 tempo de escoamento superficial em minutos 𝐿 comprimento do talvegue principal em quilômetros 𝑝 porcentagem de cobertura vegetal em decimal 𝐼𝑚 declividade média do talvegue principal em mm Após os cálculos do tempo de concentração tc e do tempo de escoamento superficial ts foi a vez do C tradicional o qual foi empregue na pavimentação asfáltica e o C sustentável para piso drenante 324 Período de retorno TR Para o projeto de microdrenagem foi empregue o período de retorno de 10 anos Esse valor representa que o período de tempo é medido em anos intervalo em que a precipitação é superada ou igualada 𝑇𝑟 10 anos 325 Intensidade média de precipitação IM Para a obtenção da intensidade de precipitação de chuva do Município de Divinópolis MG foi usada a equação de Occhipinti e Santos 1966 𝐼𝑚 𝐾 𝑡𝑟𝑎 tcb𝑐 4 Em que 𝐼 intensidade da precipitação mmh 𝐾 𝑎 𝑏 𝑐 coeficientes da equação que descrevem características 𝑡𝑟 período de retorno 𝑡𝑐 tempo de concentração 25 Os valores utilizados para K a b e c foram encontrados pelo software Plúvio 21 GPRH 2015 e são apresentados na Figura 03 Figura 3 Figura 3 K a b e c fornecidos pelo Plúvio 21 Fonte Software Plúvio 21 2022 326 Área de contribuição da bacia A De acordo com a delimitação das bacias de contribuição de Vasconcelos 2021 para cada trecho foi obtido a área de contribuição da bacia 33 Dimensionamento dos dispositivos 331 Sarjetões O no Manual de Projetos da DAEE e CETESB 1980 define os sarjetões como o canal de seção triangular situado nos pontos baixos ou nos encontros dos leitos viários das vias públicas destinados a conectar sarjetas ou encaminhar efluentes destas para os pontos de coleta Para as devidas locações dos sarjetões foi estudado o ponto mais baixo e o mais alto do loteamento para ter um posicionamento adequado do fluxo da água Com a área delimitada pesquisada e conforme o posicionamento das vias foi estabelecido a estruturação mais apropriada para que não tenha problemas com o tráfego das ruas e com as suas constantes frenagens 26 332 Sarjetas O no Manual de Projetos da DAEE e CETESB 1980 apresenta que as sarjetas são canais que acompanham o sentido das vias e são destinados a coletar e conduzir as águas superficiais da faixa pavimentada e da faixa de passeio até o dispositivo de drenagem boca de lobo galeria etc Para o dimensionamento das sarjetas foram adotados os seguintes critérios It sarjetas 4 It via 2 Largura sarjetas 05 m 𝑌 012 Inundação pista 25 m Para calcular a vazão das sarjetas foi utilizado a equação 5 de Manning alterada por Izzard 𝑄 0375 𝑧 ℎ 1 𝑖2 𝑌 8 3 2 Em que 𝑄 descarga teórica em m³s 𝑍 inverso da declividade transversal em mm 𝑆 declividade longitudinal em mm 𝑌 lâmina dágua em m ℎ coeficiente de rugosidade pavimentação asfáltica 0015 Na utilização do ábaco presente no Manual de Projetos da DAEE e CETESB 1980 é possível encontrar o fator de correção da descarga admissível na sarjeta Já para encontrar vazão real da sarjeta multiplicase pela capacidade de escoamento teórica calculada pelo fator de correção conforme apresentado pela Figura 4 27 Figura 4 Fator de redução da capacidade da sarjeta Fonte DAEE CETESB 1980 333 Galeria Segundo no Manual de Projetos da DAEE e CETESB 1980 galeria se refere ao conjunto de tubulações que tem como objetivo captar transportar e drenar a água da chuva das áreas urbanas até rios córregos ou canais Deve possuir diâmetro mínimo de 400 mm e a sua instalação e manutenção é de responsabilidade do poder público municipal Diante disso são verificados os valores específicos da vazão escoada de cada trecho com a vazão das sarjetas que cada uma suporta Caso a vazão do trecho fosse maior que a vazão das sarjetas seria necessário a obtenção da galeria Para o posicionamento da galeria adotouse para YD o valor de 085 Logo após foi obtido o fator de correção para a seção plena através do ábaco Diante disso por meio da equação de Manning apresentada pela equação 6 tornouse viável estabelecer os diâmetros dos trechos da galeria 𝑄 1 𝑛 𝑅ℎ 2 3 𝑖 𝐴𝑚 3 Em que 𝑄 vazão m³s 𝑛 coeficiente de rugosidade de Manning 𝑅ℎ raio hidráulico m 𝑖 declividade média mm 28 𝐴𝑚 área molhada m² Em seguida examinase a velocidade por meio da equação de Manning 𝑉 1 𝑛 𝑅ℎ 2 3 𝑖 4 Em que 𝑉 velocidade ms 𝑛 coeficiente de rugosidade de Manning 𝑅ℎ raio hidráulico m 𝑖 declividade média mm 334 Boca de lobo Utilizando a definição do Manual de Projetos da DAEE e CETESB 1980 a boca de lobo tratase de uma peça com orifícios que permite que a água seja drenada até a rede de escoamento Sua aplicação é absolutamente essencial para evitar alagamentos e conduzir até as galerias ou tubulações subterrâneas Geralmente localizada ao longo das vias pavimentadas para onde escoam as águas da chuva drenadas pelas sarjetas com destino às galerias pluviais As bocas de lobos são classificadas em quatro tipos simples com grelha combinada e múltipla Para o dimensionamento das bocas de lobo foram utilizadas as do tipo combinadas e múltiplas com depressão Através da comparação da vazão no trecho com a vazão de escoamento da sarjeta podese verificar se há necessidade de boca de lobo nos trechos considerando o escoamento pela sarjeta Se a vazão do trecho for maior que vazão de escoamento da sarjeta observase que há a demanda de bocas de lobo para tal trecho Para os cálculos das bocas de lobo utilizamse as equações 8 e 9 Bl simples 𝑄 17 𝐿 𝑦 2 3 5 29 Bl com grelha 𝑄 17 𝑃 𝑦 2 3² 6 Em que 𝐿 comprimento da soleira em metros 1 m 𝑦 altura da lâmina dágua 019 m para uma depressão a 005 m e espessura de tampa de 003 m 𝑝 perímetro da boca lobo em metros 2 m para bl junto a guia 335 Poços de visita De acordo com o Manual de Projetos da DAEE e CETESB 1980 poços de visita são dispositivos utilizados no início e no fim de rede nas interligações e nas mudanças de direção e de declividade do fluxo das galerias Diante disso o poço de visita PV é uma câmara destinada a permitir visitas de técnicos para inspeção e trabalhos de manutenção preventiva ou corretiva nas tubulações da rede de drenagem ou seja permitir o acesso às tubulações enterradas sem que haja a necessidade de se fazer escavações no solo Também tem a função de interligar diferentes redes de tubulações 34 Dispositivos de Drenagem 341 Caixa de areia Já as caixas de areia definidas por Manning são como as unidades destinadas a reter areia e outros detritos minerais inertes e pesados que se encontram nas águas de vazões pluviais Esses materiais proveem de lavagens enxurradas infiltrações e águas residuárias das indústrias A remoção da areia é feita para proteção de bombas contra a abrasão no intuito de evitar entupimentos e obstruções de canalizações bem como impedir a formação de depósitos de material inerte nos decantadores digestores etc Largura da caixa de areia 30 𝐵 𝑄 03 𝐻 7 Em que 𝑄 vazão m³s 𝐻 altura da lâmina dágua para essa vazão Após ser calculado o valor de B devese arredondar para um múltiplo de 5 maior que o resultado 𝑇 𝑠𝑒𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎çã𝑜 𝑇 ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙 Comprimento da caixa de areia 𝐿 𝑄 𝑉𝑠𝑒𝑑 𝐵 8 Em que 𝑄 vazão m³s de final de plano Após ter encontrado o valor de L devese aplicar o coeficiente de segurança de 15 e arredondar para um múltiplo de 5 maior que o resultado 342 Escada hidráulica Pela definição do Manning a escada hidráulica de drenagem dissipa a energia de um curso de água quando é necessário direcionar a água para um nível mais baixo a uma curta distância Tal cenário é o ideal para regularizar a carga hidráulica de um curso dágua permitindo que a velocidade de escoamento seja adaptável 𝑎 adotar próximo de 2 L 𝑏 adotar próximo 14 H O dimensionamento é realizado por meio da expressão do funcionamento como sendo vertedor estabelecendo um certo valor para a largura e verificando o valor da altura 𝑄 207 𝐿09 𝐻16 9 31 Em que 𝐿 largura da descida de água m 𝐻 altura da descida de água m 𝑄 vazão a ser conduzida pela escada m³s 35 Planejamento Urbano No estudo sobre a classificação e caracterização do cenário da região demarcada da bacia Córrego Olhos Dágua na cidade de Divinópolis utilizouse para essa caracterização a Lei nº 24181988 DIVINÓPOLIS 1988 que dispõe sobre o uso e ocupação do solo de Divinópolis Para a classificação da zona da região utilizouse a Lei Complementar nº 1692014 DIVINÓPOLIS 2014 que estabelece o Plano Diretor do município e dá outras providências sendo elas o objetivo de ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana e rural em prol do bem coletivo da segurança e do bemestar dos cidadãos a gestão democrática bem como do equilíbrio ambiental A Lei nº 24181988 DIVINÓPOLIS 1988 que dispõe sobre o uso e ocupação do solo tem como principal objetivo a definição dos tipos de zoneamento da cidade suas regiões e as classificações dos tipos de utilização do solo Os zoneamentos têm como propósito planejar a ocupação do território harmonizando o interesse da coletividade com o direito individual de seus habitantes Isso faz com que se assegure uma densidade equilibrada da população e atividades compatíveis com a capacidade dos equipamentos urbanos e comunitários infraestrutura serviços urbanos associados ao respeito ao meio ambiente natural e ao patrimônio cultural As zonas de uso e ocupação de Divinópolis podem ser classificadas como Zona Residencial ZR Zona Comercial Zona de Uso Múltiplo ZUM Zona Rural zona de Expansão Urbana Zona Industrial ZI e Zona Especial ZE Diante disso as categorias de usos são as seguintes Residencial Comercial Serviço Centro de Compras e Serviços Serviço de Uso Coletivo Industrial e as Atividades Especiais Portanto o correto levantamento da região determinada foi feito por meio de visitas in loco com a intenção de verificar os patrimônios naturais e culturais e a paisagem urbana inseridas na região para se obter as classificações das zonas e suas categorias 32 36 Hidrologia Uma bacia hidrográfica é uma área de captação natural da água de precipitação que faz convergir o escoamento para um único ponto de saída Assim a delimitação da bacia hidrográfica do Córrego Olhos Dágua foi estabelecida por divisores topográficos que são conhecidos como divisores de águas os quais recolhem a precipitação e agem como reservatórios de água e sedimentos que escoam até os talvegues como é definido por Tucci 1998 Para a delimitação da bacia foi necessário o levantamento topográfico do local o qual foi fornecido pela Prefeitura Municipal de Divinópolis 2021 Com o auxílio do software AutoCad 2004 temse a definição dos limites da bacia hidrográfica seguindo as cotas de maior nível Utilizouse o software Google Earth para obtenção de imagem de satélites bem como aplicouse de forma georreferenciada no AutoCad 2004 a fim de demarcar os cursos hídricos presentes na bacia hidrográfica A partir disso foram obtidos dados para realizar a caracterização da bacia hidrográfica e do córrego tais como área total perímetro comprimento axiais desnível e sentido córrego comprimento total do córrego e a definição do ponto de desague do córrego no Rio Itapecerica Ainda assim foi necessário a consulta na base de dados do site Idesisema 2021 e dados do software Plúvio 2015 para dessa forma serem aplicados nas equações subsequentes Através disso foi possível realizar a caracterização da bacia e do córrego 361 Fator de forma O fator de forma Kf é a relação do comprimento axial e da largura média da bacia hidrográfica sendo que ele classifica o risco de enchentes VILLELA MATTOS 1975 Para esse fator utilizase a equação 13 𝐾𝑓 𝐴 𝐿² 10 Em que 𝐴 área total da bacia km² 33 𝐿 comprimento axial km 362 Coeficiente de compacidade O coeficiente de compacidade Kc é a relação entre o perímetro da bacia e um círculo de área da bacia hidrográfica sendo que ele classifica o risco de enchentes VILLELA MATTOS 1975 calculado através da equação 14 𝐾𝑐 028 𝑃 𝐴 11 Em que 𝐴 área total da bacia km² 𝑃 perímetro da bacia km 028 constante que relaciona a forma da bacia com a de um círculo 363 Densidade de drenagem A densidade de drenagem Dd da bacia hidrográfica demostra a sua capacidade de drenagem avaliando sua eficiência ao fazer a relação entre os comprimentos totais dos cursos dágua e a área total bacia VILLELA MATTOS 1975 Foi utilizada a equação 15 para o cálculo da densidade de drenagem 𝐷𝑑 𝑖𝐿𝑖 𝐴 12 Em que 𝐷𝑑 densidade de drenagem kmkm² 𝐴 área total da bacia km² 𝑖𝐿𝑖 somatório dos comprimentos dos cursos hídricos da bacia km 364 Vazão mínima 34 Foi utilizada a Equação 16 para o cálculo da vazão mínima da bacia A vazão mínima também é conhecida como 𝑄710 que é a menor vazão média de 7 dias consecutivos nos últimos 10 anos GERAIS 2016 𝑄𝑚𝑖𝑛 09 𝑅𝐸 𝐴 13 Em que 𝑄𝑚𝑖𝑛 vazão mínima ls 𝐴 área km² RE rendimento mínimo específico obtido através da plataforma da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico ANA intitulada Hidroweb de 2021 variando de acordo com cada região Assim através da plataforma retromencionada obtevese o valor de 39 lskm² 365 Tempo de concentração O cálculo do tempo de concentração da chuva que é o tempo necessário para que toda água da chuva que cai na bacia chegue na seção de exutória do córrego foi realizado pela equação 17 dada por Kirpich 1940 𝑇𝐶 57 𝐿3 ℎ 0385 14 Em que 𝑇𝐶 tempo de concentração min 𝐿 comprimento total ℎ variação do desnível do percurso do córrego 366 Intensidade pluviométrica A intensidade pluviométrica relaciona a duração e a frequência das chuvas Foi estabelecido por Gomides 2021 os intervalos de 10 25 e 50 anos para tempo de 35 recorrência TR Para o cálculo da intensidade foram extraídos dados do software Plúvio GPRH 2015 e utilizados na Equação 18 a qual se refere ao Município de Divinópolis 𝑖 𝐾 𝑇𝑅𝑎 𝑇𝐶 𝑏𝑐 15 Em que 𝐼 intensidade pluviométrica mmh 𝑇𝑅 tempo de recorrência anos 𝑇𝐶 tempo de concentração min 𝐾 237702 adimensional dado obtido no software Plúvio acesso em 2021 𝑎 0205 adimensional dado obtido no software Plúvio acesso em 2021 𝑏 22171 adimensional dado obtido no software Plúvio acesso em 2021 𝑐 0869 adimensional dado obtido no software Plúvio acesso em 2021 367 Vazão máxima A vazão máxima da seção exutória Córrego Olhos Dágua foi obtida pelo método racional que é recomendado para bacias de pequeno porte sendo menor ou igual a 2 km² TUCCI 2001 A vazão máxima é calculada pela a equação 19 𝑄𝑚á𝑥 𝐶 𝑖 𝐴 16 Em que 𝑄𝑚á𝑥 vazão máxima m³s 𝑖 intensidade mmh 𝐴 área total da bacia km² 𝐶 coeficiente de escoamento superficial Para o coeficiente de escoamento superficial definido por Gomides 2021 devese utilizar poligonais simplificadas para o C médio e apenas duas tipologias sendo para área verde C 035 e para área urbanizada C 065 36 37 Engenharia de Estradas Para a realização da análise da situação das vias e dimensionamento da camada de revestimento em CBUQ Cimento Betuminoso Usinado a Quente conforme o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes DNIT 2011 fez se um levantamento do estado das quadras das ruas pertencentes ao trecho em estudo da subbacia do Córrego Olhos Dágua préestabelecido por Silva 2021 Foi feita a classificação dos tipos de revestimento usados no trecho se haviam deformações ou buracos e caso houvesse a área destes largura das vias e extensão dos quarteirões Para isso utilizouse análise visual com registros fotográficos trenas para medição e os softwares AutoCad Excel e Google Earth Após a averiguação da condição das vias determinouse o procedimento a ser utilizado para recuperação e aplicação de camada de recobrimento asfáltico Como algumas das vias em estudo já estavam pavimentadas foi determinado por Silva 2022 que em casos onde já havia algum revestimento asfáltico fosse dimensionada uma camada de 3 cm de CBUQ precedida pela pintura de ligação Nas vias onde forem necessários reparos é apropriado o procedimento chamado de fresagem descontínua que é o desbaste da área a ser reparada com nova camada de 3 cm de pavimento asfáltico precedido de pintura de ligação Já nos trechos de pavimentação com pedras irregulares foi estabelecido o procedimento para dimensionamento de pavimentação asfáltica com pintura de ligação sobre o revestimento poliédrico após ele 3 cm de camada asfáltica inicial e 3 cm de camada asfáltica final precedida por pintura de ligação 38 Engenharia de Transporte De acordo com Cardoso 2008 o Sistema Nacional de Trânsito SNT é o conjunto de órgãos e entidades de trânsito seja normativo consultivo ou executivo pertencente à União Estados Distrito Federal e Municípios que se integram com a finalidade de exercício das atividades de planejamento administração normatização pesquisa registro entre outras Diante disso foi feito um estudo sobre o trânsito da bacia Córrego Olhos Dágua para a elaboração do projeto de Engenharia de Transporte A partir do seu conhecimento do Sistema que o rege de seus órgãos 37 suas competências atribuições definições normas e estrutura é possível conhecer a sistemática não só das autuações mas também de outros assuntos relacionados ao trânsito tais como a educação a edição de normas e a Política Nacional de Trânsito De acordo com o Sistema Nacional de Trânsito SNT o projeto deve estar em concordância com os objetivos básicos que são determinados no artigo 6º da Lei 95031997 Código de Trânsito Brasileiro 1997 que determina Art 6º São objetivos básicos do Sistema Nacional de Trânsito I estabelecer diretrizes da Política Nacional de Trânsito com vistas à segurança à fluidez ao conforto à defesa ambiental e à educação para o trânsito e fiscalizar seu cumprimento II fixar mediante normas e procedimentos a padronização de critérios técnicos financeiros e administrativos para a execução das atividades de trânsito III estabelecer a sistemática de fluxos permanentes de informações entre os seus diversos órgãos e entidades a fim de facilitar o processo decisório e a integração do Sistema BRASIL 1997 Temse então a necessidade de um estudo de sinalização tanto vertical quanto horizontal existentes na bacia Córrego Olhos Dágua sendo realizadas visitas in loco para mapear e fotografar os pontos que apresentam as sinalizações presentes Assim temse como foco o diagnóstico das sinalizações verticais e horizontais presentes na região bem como diagnosticar se obedecem ao objetivo do Sistema Nacional de Trânsito que é implantar uma política com regras em todo o território nacional para atender à segurança fluidez conforto e educação no trânsito Em seguida foi determinado um sistema de sinalização e delimitação de vias de uma área de aproximadamente 18 quadras dentro da área de estudo como pode ser observado na Figura 5 38 Figura 5 Área de estudo Fonte Autoria própria3 2022 De acordo com Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito CONTRAN 2007a 2007b na concepção e na implantação da sinalização de trânsito devese ter como princípio básico as condições de percepção dos usuários da via garantindo a sua real eficácia Sendo assim foi realizado os dimensionamentos das sinalizações das ferramentas de sinalização seu posicionamento nas vias sentidos de fluxos largura das vias áreas de estacionamento áreas de travessias de pedestre locais com utilização de sinalização semafórica tipo de linha de divisão de fluxo entre outros elementos Além disso foram estabelecidas as velocidades máximas adotadas nas vias projetadas conforme os parâmetros impostos no manual que podem ser observados na Tabela 2 Tabela 2 Princípios básicos para a sinalização do trânsito PRINCÍPIOS DA SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO CLASSIFICAÇÃO Legalidade Código de Trânsito Brasileiro CTB e legislação complementar Suficiência Permitir facilmente a percepção com quantidade de sinalização compatível com a necessidade Padronização Seguir padrão legalmente estabelecido Uniformidade Situações iguais devem ser sinalizadas com os mesmos critérios Clareza Transmitir mensagens objetivas de fácil compreensão Precisão e confiabilidade Ser precisa e confiável corresponder à situação existente ter credibilidade 3 Figura adaptada de COPERNICUS 2022 39 Visibilidade e legibilidade Ser vista à distância necessária ser interpretada em tempo hábil para a tomada de decisão Manutenção e conservação Estar permanentemente limpa conservada e visível Fonte Autoria própria 2022 39 Resíduos sólidos Com o intuito de analisar caracterizar e desenvolver melhorias relacionadas aos resíduos sólidos da região foram utilizados como fontes a própria prefeitura de Divinópolis 2021 juntamente com dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento SNIS 2021 e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE 2010 Para obter a estimativa da população da região estudada foram utilizados dados fornecidos pelo IBGE de 2010 e feito uma projeção para 2022 através da taxa de crescimento anual da cidade de Divinópolis segundo o mesmo instituto O cálculo de dimensionamento de frota da coleta de resíduos foi realizado através de uma análise dos dados referente à produção e coleta dos resíduos sólidos de Divinópolis fornecidos pela prefeitura com a estimativa da população da região seguindo a equação 20 𝑁𝑠 1 𝐽 𝐿 𝑉𝑐 2 𝐷𝑔 𝑉𝑡 2 𝐷𝑑 𝑉𝑡 𝑄 𝐶 17 Em que 𝑁𝑠 número de caminhões 𝐽 jornada de trabalho 𝐿 comprimento da via de coleta 𝑉𝑐 velocidade de coleta 𝐷𝑔 distância da garagem até a coleta 𝑉𝑡 velocidade da garagem até o setor 𝐷𝑑 distância entre a coleta e o aterro 𝑣𝑡 velocidade da coleta até o aterro 𝑄 quantidade de resíduos por coleta 𝐶 capacidade do caminhão 40 O projeto de varrição foi desenvolvido com o levantamento das dimensões das ruas próximas à cervejaria Brothers Beer na zona urbana do Município de Divinópolis Tais visão são pavimentadas eou calçadas sendo beneficiadas com o serviço de varrição além de determinar a frequência semanal necessária em cada rua Os serviços de varrição manual de vias e logradouros públicos serão realizados de segundafeira a sábado no período diurno mediante uma programação prévia e mensal Deverão indicar de forma regular a localização dos logradouros que serão realizados os serviços bem como o dimensionamento dos recursos necessários a frequência e o horário de atendimento A extensão total de ruas a serem varridas foi definida de acordo com a frequência de varrição estabelecida para as principais vias seguindo a equação 21 𝑁𝑣 𝑘𝑗 𝐹𝑣 𝑃𝑑 𝐶𝑟 18 Em que 𝑁𝑣 nº de varredores necessários 𝐾𝑗 vias a serem varridas em km de sarjetas 𝐹𝑣 frequência de varrição 𝑃𝑑 produção diária de cada varredor 𝐶𝑟 coeficiente de reserva 310 Sistema de Esgotamento Sanitário A partir de uma divisão da bacia Córrego Olhos Dágua realizada por Gomides 2021 representada pela Figura 06 a seguir podese dimensionar a rede de esgotamento sanitário da área em questão utilizandose de arquivos projetados pelo software AutoCad que exibiam as características necessárias do local para a realização do projeto Esses dados foram retirados da planta cadastral da Prefeitura de Divinópolis 41 Figura 6 Divisão da bacia Córrego Olhos dÁgua Fonte Prefeitura do Município de Divinópolis 2021 adaptado Aproveitouse dos dados fornecidos por Gomides 2021 para o início dos cálculos quais sejam densidade populacional consumo per capita coeficiente de infiltração vazão mínima e declividade mínima assim como obtenção de informações através de um arquivo disponibilizado pela prefeitura do município pelo software AutoCad que evidenciou a área de estudo com 45ha densidade populacional 600 habha consumo per capita 165 lhabdia coeficiente de infiltração 05 Lskm vazão mínima 15 Ls declividade mínima 05 Iniciase assim com o cálculo da vazão média pela equação 22 𝑄𝑚𝑒𝑑 08 P QPC 86400 19 Em que 𝑄𝑚𝑒𝑑 vazão média Ls 𝑃 população hab 𝑄𝑃𝐶 consumo per capita lhabdia 42 Em seguida calculase a vazão máxima do sistema multiplicando a vazão média 𝑄𝑚𝑒𝑑 por um coeficiente de majoração de 18 e encontrase o valor da vazão de infiltração de acordo com a equação 23 𝑄𝑖𝑛𝑓 𝐿 𝐶 20 Em que 𝑄𝑖𝑛𝑓 vazão de infiltração 𝐿 comprimento de rede 𝐶 coeficiente de infiltração Com os valores de vazão máxima e vazão de infiltração determinados podese encontrar a vazão de projeto a partir da equação 24 𝑄𝑝𝑟𝑜𝑗 𝑄𝑚á𝑥 𝑄𝑖𝑛𝑓 21 Em que 𝑄𝑝𝑟𝑜𝑗 vazão de projeto 𝑄𝑚á𝑥 vazão máxima 𝑄𝑖𝑛𝑓 vazão de infiltração A partir dos dados calculados iniciase o dimensionamento das redes coletoras definindo as cotas dos poços de visita vazão de contribuição capacidade de escoamento declividade e vazão de contribuição respeitando a ABNT NBR 96491986 Projeto de Redes Coletoras de Esgoto Sanitário ABNT 1986 O software Excel é utilizado como ferramenta de apoio para a elaboração de uma planilha que auxilie a visualização das informações e os resultados encontrados Para a vazão de contribuição utilizase a equação a seguir 𝑄𝑐𝑜𝑛 𝑞 𝐿 22 43 𝑄𝑗𝑢𝑠 𝑄𝑚𝑜𝑛 𝑄𝑐𝑜𝑛 23 Em que 𝑄𝑐𝑜𝑛 vazão de contribuição 𝑞 contribuição unitária de esgotos 𝐿 comprimento do trecho 𝑄𝑚𝑜𝑛 vazão de montante 𝑄𝑗𝑢𝑠 vazão de jusante A declividade em cada trecho da rede coletora não deve sobrepor nem ao mínimo e nem ao máximo admissível conforme estipulado pela ABNT NBR 96491986 ABNT 1986 Com os poços de visita PVs distribuídos e numerados ao longo da rede e com as vazões de interesse calculadas iniciase a próxima etapa de cálculos com o auxílio da planilha na qual é preenchida com o comprimento de cada trecho suas respectivas inclinações e a profundidade dos PVs de acordo com a declividade natural do local e com os parâmetros mínimos e máximos que foram propostos para o dimensionamento da rede e por fim é feita a escolha do diâmetro das tubulações levando em consideração que o diâmetro de saída deve sempre ser maior ou igual ao de entrada 311 Sistema de abastecimento de água Com base no artigo 4º do Decreto nº 72172010 BRASIL 2010 é possível obter levantamento e estudo sobre o sistema de abastecimento de água de Divinópolis a partir da análise da reserva captação e adução de água bruta bem como do tratamento dessa água e seus processos posteriores como adução da água tratada reserva da água tratada e distribuição Art 4o Consideramse serviços públicos de abastecimento de água a sua distribuição mediante ligação predial incluindo eventuais instrumentos de medição bem como quando vinculadas a esta finalidade as seguintes atividades I reservação de água bruta II captação III adução de água bruta IV tratamento de água V adução de água tratada e 44 VI reservação de água tratada BRASIL 2010 Para o estudo foram obtidos dados do portal do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento SNIS 2019 tal como o aumento anual da população total de Divinópolis entre os anos de 2015 e 2019 O referido aumento está diretamente ligado à quantidade de ligações ativas de água e diretamente proporcional ao aumento da extensão da rede de água A partir de dados retirados do mesmo portal citado anteriormente e também da Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais ARSAEMG 2021 podese analisar e diagnosticar informações referentes ao sistema de abastecimento de Divinópolis tais como companhia responsável pelo serviço extensão total da rede percentual da população atendida consumo per capita perdas no sistema e eficiência do sistema Através das referências obtidas é possível analisar as consequências sofridas pelo município em relação ao sistema de abastecimento e traçar comparações com o âmbito nacional 45 4 CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO Divinópolis é um município brasileiro do estado de Minas Gerais localizado entre os principais polos regionais de Minas ostentando a posição de maior cidade da mesorregião do Oeste de Minas e a principal da microrregião da cidade Situado na interseção das coordenadas geográficas 20º 8 21 de latitude sul e 44º 53 17 de longitude oeste De acordo com estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE o município possuí cerca de 242505 habitantes sendo o mais populoso do Oeste de Minas A cidade ocupa uma área de aproximadamente 708115 km² que é equivalente a 012 da área do estado apresentando uma densidade demográfica estimada de 30082 habkm² IBGE 2021 A geomorfologia do município encontrase situada na região das terras altas do Sudeste na faixa hipsométrica entre 600 e 850 m de altitude O relevo apresenta formações típicas de planaltos dissecados como serras e mares de morros As porções leste e noroeste do referido município são caracterizadas por terras altas que constituem a Serra dos Caetanos Nas porções leste e sudeste estão situadas as maiores áreas de várzea onde predominam os terrenos de aluvião IBGE 2021 O clima da cidade no inverno tem uma temperatura média de 16 C aproximadamente Já a média do mês mais quente fica em torno dos 25 C A microrregião de Divinópolis tem média anual de precipitação registrada de 1100 mm até 1700 mm os meses entre dezembro e fevereiro são os mais chuvosos e os mais secos são o outono e inverno IBGE 2021 41 Drenagem Pluvial Urbana No que se refere ao processo de urbanização a precipitação em uma bacia rural tem a oportunidade de infiltrar ou ficar retida por vegetações e evaporar ou deslocarse na bacia Com a urbanização os espaços que a precipitação ocorre é imprevisível ocasionando o aumento e escoamento superficial O aumento do pico de vazão acarreta em processos erosivos conduzindo os sólidos para os cursos de água e como consequência piora a obstrução dos sistemas de microdrenagem ocasionada pelos resíduos sólidos redução da recarga dos lençóis freáticos e enchentes nas áreas a jusante conforme relatam Tonello et al 2006 e Tucci 2016 46 O sistema de drenagem tem como prioridade a contenção dos riscos que as pessoas estão expostas a fim de diminuir os prejuízos advindos das águas pluviais e permitindo o desenvolvimento urbano de maneira harmônica articulada e ambientalmente sustentável O sistema é projetado para controlar enchentes e inundações que podem ocasionar deslizamentos de encostas o qual é entendido como o conjunto da infraestrutura para realização da coleta o transporte e o lançamento final das águas superficiais De acordo com a Prefeitura Municipal de Divinópolis 2022 o território é banhado por dois rios sendo eles os afluentes do rio São Francisco nele o rio Pará A nascente do rio São Francisco se localiza entre os rios de Minas Gerais e banha toda a costa leste de Divinópolis e o rio Itapecerica que nasce na região com águas dos ribeirões Boa Vista e Tamanduá cortando a cidade transversalmente e desaguando no rio Pará Segundo dados do Instituto Água e Saneamento IAS sd 3339 da área de Divinópolis é considerada urbana sendo que 43 dos domicílios de Divinópolis 3960 habitantes estão sujeitos a riscos de inundações tornando vulnerável a segurança dos moradores Entre os anos de 2013 a 2020 foram registradas duas enxurradas inundações ou alagamentos De acordo com os dados estão sujeitos aos riscos de inundações 3960 domicílios Através das análises do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento SINIS 2022 é possível notar que a parcela de área urbana em relação à área total é de 10 a densidade de domicílios na área urbana é de 12 domicílios por hectare a taxa de cobertura de pavimentação meiofio na área urbana de Divinópolis é de 69 a taxa de cobertura de vias públicas com redes ou canais pluviais subterrâneos na área urbana é de 1480 a parcela de curso dágua com parques lineares em relação à extensão total de cursos dagua em áreas urbanas é de 1160 Foi ainda avaliado a proporção de curso de água perenes canalizados a céu aberto em relação ao total de cursos de água urbanas tendo como proporção 240 Ademais as parcelas de cursos de água naturais perenes que foram canalizados em galerias fechadas é de 210 o volume total dos reservatórios de amortecimento em relação à área urbana é de 989040 metros cúbicos por quilômetros quadrados a densidade do total de captação de águas pluviais bocas de lobo por unidade de área urbana é de 1410 unidades por quilômetro quadrado a quantidade de domicílios urbanos sujeitos a riscos de inundação em relação à quantidade total de domicílios urbanos de 47 Divinópolis é de 290 a parcela da população impactada por eventos hidrológicos desabrigada ou desalojada devido á ocorrência de inundações é de 020 a quantidade de habitantes realocados em decorrência de eventos hidrológicos é de 010 pessoas por 100 mil habitantes Através das Equipes da Defesa Civil e Secretaria Municipal de Trânsito Segurança Pública e Mobilidade Urbana SETTRANS em DivinópolisMG foi registrado alagamentos em via pública inundação em uma creche veículos ficaram submersos na Rua Ibituruna no Bairro Ipiranga durante a chuva G1 CENTRO OESTE DE MINAS 2021 Conforme informações da Defesa Civil alguns bairros de Divinópolis precisaram de reparos De acordo com o órgão inundações foram registradas na Rua São João Del Rey no Bairro São Miguel e na região conhecida como Canto da Mina entre os bairros Porto Velho e Catalão O alagamento foi provocado pelo entupimento dos bueiros G1 CENTROOESTE DE MINAS 2019 Segundo o Jornal do Estado de Minas Gerais córregos transbordaram Como consequência deixou famílias desalojadas em Divinópolis Foram oito pontos de alagamentos em vários bairros em que houve a invasão de cerca de 20 casas no município O prefeito Gleidson Azevedo e a vice Janete Aparecida visitaram o local A região é geralmente conhecida por ser ponto de alagamento O córrego que deságua no rio Itapecerica também transbordou em um trecho no qual carros ficaram parcialmente submersos Foram registrados pontos de alagamentos também nos bairros Planalto e Bela Vista A última enchente de grande proporção registrada em Divinópolis foi em 2008 PORTAL GERAIS 2022 42 Sistema de Esgotamento Sanitário De acordo com a Agência Reguladora de Água e Esgoto de Minas Gerais ARSAEMG 2021 a responsável pela coleta e tratamento é a COPASAMG sendo o agente fiscalizador a ARSAEMG O Sistema de Esgotamento Sanitário possui uma extensão total de 22130 metros de interceptores 4 estações elevatórias de esgoto EEE além da elevatória final situada no interior da área da estação de tratamento de esgoto ETE localizada no rio Pará bem como 10 fossas comunitárias construídas pela Prefeitura Municipal previamente à concessão da prestação dos serviços de esgotamento sanitário à COPASA ARSAEMG 2021 48 Divinópolis conta com 836 de sua população atendida com os serviços e apresenta um sistema de esgotamento sanitário divido em três sistemas menores sistema Pará sistema Itapecerica e sistema Ermida ARSAEMG 2021 A partir da mesma fonte citada anteriormente temse que o principal corpo receptor de esgotos domésticos sem tratamento da cidade de Divinópolis é o rio Itapecerica Contudo a ETE Rio Pará é o corpo receptor do efluente para o esgotamento que recebe tratamento e abrange a bacia Olhos Dágua 43 Vias do Município Segundo o Plano Municipal de Mobilidade Urbana no Município de Divinópolis Lei nº 86432019 a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Políticas de Mobilidade Urbana SEPLAM é responsável por coletar os dados concernentes à situação das vias através das audiências realizadas periodicamente DIVINÓPOLIS 2019 A Secretaria Municipal de Fiscalização de Obras Públicas e Planejamento SEMFOP segundo a Prefeitura de Divinópolis é responsável pelos projetos de pavimentação e reparos das vias do município contendo todas as necessidades relacionadas ao uso como sarjeta sinalização e meiofio DIVINÓPOLIS 2019 A segunda e última audiência pública de mobilidade urbana realizada em março de 2019 apontou que trechos de vias importantes como a Avenida Paraná necessitavam de grandes reparos na pavimentação asfáltica em praticamente toda a sua extensão Essa mesma situação se repetia em outras ruas e avenidas DIVINÓPOLIS 2019 Porém a partir da segunda metade de 2022 o município por meio da SEMFOP iniciou o trabalho de recapeamento de várias ruas e avenidas de Divinópolis através da usina de asfalto recebida pelo município DIVINÓPOLIS 2022b 44 Sistema de Abastecimento de Água O Município de Divinópolis possui uma população de 240408 habitantes IBGE 2020 sendo 9742 residentes em área urbana e 258 em área rural O abastecimento de água do município é de responsabilidade da Companhia de Saneamento de Minas Gerais COPASA onde o rio Itapecerica é responsável 49 pelo abastecimento de cerca de 80 de toda a população e o rio Pará é responsável pelos demais 20 ambos da bacia do Rio São Francisco SNIS 2020 Vale dizer que 9520 da população total de Divinópolis tem acesso aos serviços de abastecimento de água percentual positivo se comparado às médias nacional e estadual sendo 8396 e 8267 respectivamente SNIS 2020 Divinópolis apresenta um consumo médio per capita de 1476 lhabdia valor acima da média do país que está em 14233 lhabdia Conta ainda com o preço por metro cúbico de água no município em 406 Rm³ enquanto que o preço médio cobrado no país é de 430 Rm³ o que representa um valor 557 menor quando comparados entre si SNIS 2020 Ainda é possível medir a eficiência do sistema de água uma vez que 9998 dos estabelecimentos de Divinópolis possuem hidrômetros Essa avaliação permite afirmar que 4046 da água capitada é perdida na rede antes mesmo de chegar às residências índice 3904 maior do que a média nacional uma vez que o índice médio de perda na distribuição do país está em 2910 SNIS 2020 45 Resíduos Sólidos Atualmente o serviço de coleta em Divinópolis é realizado por 12 caminhões compactadores do modelo Volkswagen 17260 ano 2021 conforme Figura 7 Tal coleta se faz nas áreas urbana rural e de difícil acesso do Município de Divinópolis pela empresa ENGESP Construção Eireli sendo coletado um total de aproximadamente 4132 quatro mil cento e trinta e dois toneladasmês de lixo DIVINÓPOLIS 2022b Em 2021 foram coletados 10039 quilos de resíduos provenientes da Coleta Seletiva Tais resíduos são destinados ao Centro de Triagem Ascadi dados obtidos por meio da SEMSUR Secretaria Municipal de Operações e Serviços Urbanos de Divinópolis 2021 50 Figura 7 Caminhões de coleta de lixo Fonte ENGESP 2022 O lixão do Município de Divinópolis localizase na rodovia que liga Divinópolis a Carmo do Cajuru denominada MG345 no km 6 As etapas de construção da quarta célula do lixão do Município de Divinópolis se iniciaram em março de 2017 e a conclusão da obra se deu em outubro de 2018 como apresentado na Figura 8 Dentre as melhorias implementadas estão a manutenção do local sendo a construção das lagoas de tratamento de lixiviados a instalação de geomembrana de 01 mm a construção das lagoas de prétratamento a construção dos drenos de captação de chorume e gás as atividades de requalificação manutenção com máquinas pesadas vigilância armada revitalização das áreas adjacentes Porém mesmo com todas essas medidas implantadas a atual situação do lixão de Divinópolis é demonstrada na Figura 9 Figura 8 Lixão do Município de Divinópolis Fonte SEMSUR 2021 51 Fonte Autoria própria 2022 Figura 9 Lixão de Divinópolis 52 5 CARACTERIZAÇÂO DA SUBBACIA 51 Caracterização do Solo 511 Caracterização por tamanho das partículas Através do tato e observação visual fazse a classificação inicial a qual é aprimorada através de outros testes expedidos convenientemente denominados de testes do vidro do cordão da fita de exsudação da resistência seca entre outros NEVES et al 2005 Verificase assim a textura e o comportamento do solo em diversas situações e identificase as técnicas construtivas mais adequadas De acordo com a amostra analisada dentro da bacia Olhos Dágua os resultados da classificação do solo podem ser observados na Tabela 3 Tabela 3 Resultados da inspeção tátilvisual do solo SOLO AMOSTRA RESULTADOS Tamanho das partículas Quantidade maior de grãos finos e médios Siltosa ou argilosa Cor As cores são claras e têm aspecto brilhante Solos inorgânicos Brilho Presença de brilho Terra argilosa Resistência ao tato Tem uma textura fina e suja os dedos como talco Terra argilosa Queda da bola Espalhase menos e apresenta maior coesão Terra argilosa Vidro Areia 4730 Silte 3015 Argila 225 Terra argilosa Cordão Foi esmagada facilmente e apresentou um cordão frágil Solo com maior concentração de argila Fita Obtevese um comprimento entre 5 a 10 cm com certa dificuldade Solo com maior concentração de argila Exsudação Após o aparecimento da água na superfície da mistura foi obtido uma reação rápida com a aplicação de mais de 30 golpes Terra de alta plasticidade Argila 53 Resistência do solo seco Necessário efetuar uma força considerável para seu rompimento Solo inorgânico de alta plasticidade argila Rolo Obtevese um comprimento entre 80 mm e 120 mm Temse a quantidade ideal de argila Fonte Autoria própria 2022 512 Conclusão da análise do solo O ensaio de análise tátilvisual dos solos é um ensaio rápido e prático utilizado para uma primeira identificação dos solos in loco ou mesmo em laboratório As amostras são examinadas procurando identificálas no mínimo através das seguintes características granulometria plasticidade compacidades consistência rugosidade forma origem e cor Por dependerem muitas vezes da experiência e sensibilidade de quem as está realizando podem não apresentar grande precisão SEVERO 2011 Desse modo ao considerar os resultados obtidos em todos os testes executados podese concluir que o solo em estudo do terreno apresentase como argiloso com uma parte em argila e uma porcentagem de areia e silte Tal tipo de solo tem partículas menores que 0002 mm Pelo fato de possuírem uma grande área superficial específica apresentam uma enorme capacidade de adsorção de água e outras substâncias Esse grande poder de adsorção faz com que partículas de argila se mantenham unidas em uma massa coesa depois de seca Quando úmida a argila é pegajosa e pode ser facilmente moldada Cada mineral de argila atribui diferentes propriedades aos solos nos quais são predominantes Por essa razão propriedades do solo como contração expansão plasticidade capacidade de retenção de água resistência do solo e adsorção de elementos químicos são dependentes do tipo e da quantidade de argila presente no solo SEVERO 2011 54 52 Caracterização Hidrológica De acordo com as características físicas da bacia hidrográfica do Córrego Olhos Dágua e da sua subbacia foram identificados dois cursos hídricos sendo o principal com aproximadamente 212 km de extensão e o afluente com 051 km de extensão tendo a bacia uma área de 28 km² e 72 km de perímetro Quanto à sub bacia esta possui uma área de 024 km² e 22 km de perímetro como é demostrado na Figura 10 em que estão retratadas suas delimitações e as demarcações dos cursos hídricos Os levantamentos altimétricos e delimitações da bacia e subbacia que estabeleceram suas características físicas estão demonstrados no apêndice 01 Figura 10 Delimitação da Bacia do Córrego Olhos Dagua da subbacia e seus cursos hídricos Fonte Prefeitura do Município de Divinópolis 2021 adaptado Para a bacia também foram realizados os cortes nos perfis longitudinal e transversal sendo encontrado um desnível de 1228 m comprimento do talvegue de 332 km e declividade de 37 Já para a subbacia foi encontrado um desnível de 62 m comprimento do talvegue de 082 km e uma declividade de 753 Dessarte a bacia é uma área classificada com média declividade e a subbacia com alta declividade segundo Tucci Porto e Barros 1995 sendo a declividade menor que 2 das áreas planas entre 2 e 7 das áreas com média declividade e maior que 7 das áreas com alta declividade A declividade tem relação direta com a velocidade de escoamento da bacia quanto maior ela é menor é o tempo de concentração e maiores são as chances de 55 picos de enchentes Os cortes longitudinal e transversal da bacia estão demostrados na Figura 11 Figura 11 Cortes longitudinal e transversal Fonte Autoria própria 2022 O fator de forma Kf da bacia hidrográfica do Córrego Olhos Dagua foi determinado através da Equação 13 sendo 228 km² a área e 296 km o comprimento axial resultando no valor 026 do fator de forma para bacia Assim segundo Palaretti 2013 a bacia obteve uma classificação que demonstra que ela não está sujeita a grandes enchentes conforme demostrado na Tabela 4 Tabela 4 Classificação do risco de enchentes relacionado ao fator de forma Kf Kf Características da bacia 100 075 Bacia com alta propensão a grandes enchentes 075 050 Bacia com tendência mediana a grandes enchentes 050 Bacia não sujeita a grandes enchentes Fonte Palaretti 2013 Já para coeficiente de compacidade Kc da bacia foi utilizado a Equação 14 sendo 228 km² a área e 718 km o perímetro total tendo como resultado 133 para a bacia Isso significa que de acordo com Palaretti 2013 a bacia possui tendência mediana a grandes enchentes como demostrado na Tabela 5 56 Tabela 5 Classificação do risco de enchentes relacionado ao coeficiente de compacidade Kc Kc Características da bacia 100 125 Bacia com alta propensão a grandes enchentes 125 150 Bacia com tendência mediana a grandes enchentes 150 Bacia não sujeita a grandes enchentes Fonte Palaretti 2013 A densidade drenagem Dd foi calculada através da Equação 15 sendo utilizado para a área total da bacia o valor de 228 km² e o comprimento dos cursos dágua principal e o tributário o valor de 263 km Com isso é obtido o valor de 115 kmkm² para a bacia tendo como classificação a capacidade mediana de drenagem segundo Beltrame 1994 como é visto na Tabela 6 Tabela 6 Classificação da capacidade de drenagem da bacia Dd Denominação 050 Baixa 050 200 Mediana 201 350 Alta 350 Muito alta Fonte Beltrame 1994 O cálculo da vazão mínima da bacia hidrográfica do Córrego Olhos Dagua e da subbacia do afluente foi feito a partir da Equação 16 tendo como rendimento específico RE o valor de 39 lskm² ANA 2021 áreas de 28 km² para bacia e 024 m² para subbacia Com isso os resultados foram de 799 ls para bacia e 084 ls para a subbacia Desse modo temse a menor vazão média de 7 dias consecutivos nos últimos 10 anos GERAIS 2016 Já para o cálculo da vazão máxima para a bacia e subbacia foi necessário definir os coeficientes de escoamento superficial médio C médio para a bacia e sub bacia sendo utilizado C 035 para as áreas verdes e C 060 para as áreas urbanizadas Os valores e tipologias foram estabelecidos por Gomides 2021 A partir disso foram delimitadas as áreas verdes da bacia sendo encontrada uma área de 0579 km² 25 Para a subbacia foi encontrada uma área de 0108 km² 45 sendo o restante da área da bacia e subbacia consideradas como área urbanizada 57 como pode ser visto na Figura 12 em que contém a delimitação das áreas verdes dentro da bacia e subbacia Figura 12 Demarcação das áreas verdes Fonte Autoria própria 2022 Com isso foram encontrados como valores de coeficientes de escoamento médio de 054 para bacia e de 049 para subbacia O tempo de concentração para bacia e subbacia foi encontrado a partir da Equação 17 sendo aproximadamente 35 minutos para a bacia e 9 minutos para a subbacia utilizandose o comprimento do talvegue de 332 km e desnível de 1228 m para a bacia No tocante à subbacia foi utilizado o comprimento do talvegue de 0823 km e desnível de 620 m No cálculo das intensidades pluviométricas i na bacia e subbacia foram adotados 10 25 e 50 anos para os tempos de recorrência TR estabelecidos por Gomides 2021 Para o tempo de concentração foi utilizado para bacia e subbacia 35 minutos e 9 minutos respectivamente sendo aplicado a Equação 18 extraída do software Plúvio 2015 Os resultados encontrados estão demostrados na Tabela 7 Tabela 7 Intensidades pluviométricas para cada tempo de recorrência TR Tempo de recorrência TR Bacia Córrego Olhos Dagua Subbacia Afluente 10 anos 11195 mmh 19030 mmh 58 25 anos 13509 mmh 22963 mmh 50 anos 15571 mmh 26469 mmh Fonte Autoria própria 2022 A definição dos valores das vazões máximas na seção exutória do Córrego Olhos Dagua e seu afluente foi realizada através do método racional e utilizada a Equação 19 de modo que para cada tempo recorrência é encontrado um valor diferente para a vazão máxima sendo utilizados os valores de 054 para bacia e 049 para subbacia como coeficientes de escoamento Os resultados estão demostrados na Tabela 8 Tabela 8 Vazões máximas para cada tempo de recorrência TR Tempo de recorrência TR Córrego Olhos Dágua Afluente 10 anos 3803 m³s 618 m³s 25 anos 4589 m³s 746 m³s 50 anos 5290 m³s 860 m³s Fonte Autoria própria 2022 As vazões máximas obtidas demonstram um crescimento de forma gradativa em relação ao tempo de recorrência Somado com a tendência do aumento das áreas impermeáveis na bacia é crescente o risco de inundações com o passar dos anos TUCCI1998 53 Caracterização 531 Caracterização socioeconômica O Projeto de Lei em nº 0612021 DIVINÓPOLIS 2021 que dispõe sobre o uso e ocupação do solo no Município de Divinópolis e a Lei ordinária nº 24181988 conhecida como Lei de Uso e Ocupação do Solo de Divinópolis DIVINÓPOLIS 1988 tem o papel de planejar a ocupação do território harmonizando o interesse da coletividade com o direito individual de seus habitantes assegurando uma densidade equilibrada da população e atividades compatíveis com a capacidade dos equipamentos urbanos e comunitários infraestrutura serviços urbanos associado ao respeito ao meio ambiente natural e patrimônio cultural DIVINÓPOLIS 1988 59 Verificouse na área de estudo os seguintes zoneamentos Zona Residencial 01 ZR 1 na bacia em análise Córrego Olhos dágua além da Zona Comercial 03 ZC3 e as Zona Especiais 01 02 e 03 ZE1 ZE2 e ZE3 descritos nos artigos 14 e 15 do Projeto de Lei em nº 0612021 e artigos 13 e 10A da Lei ordinária nº 24181988 como Projeto de Lei em nº 0612021 Art 14 I Zona Residencial 1 ZR1 atribuída às áreas urbanas de caráter predominantemente residencial onde a infraestrutura urbana existente ou com potencial de instalação seja compatível com uma diversificação de atividades de média área de abrangência não conflitantes com o uso residencial e caracterizada por um maior adensamento populacional Art 15 III Zona Comercial 3 ZC3 atribuída às áreas urbanas localizadas principalmente em áreas de transição entre zonas residenciais e não residenciais onde a infraestrutura urbana possibilite média diversificação de atividades média área abrangência e adensamento populacional compatível com as restrições urbanísticas locais em fomento à criação de centralidades nos bairros DIVINÓPOLIS 2021 Lei ordinária nº 24181988 Art 13 As Zonas Especiais subdividemse em I Zona Especial 1 ZE1 II Zona Especial 2 ZE2 III Zona Especial 3 ZE3 1º A Zona Especial 1 ZE1 compreende os espaços destinados ao desenvolvimento de projetos especiais tais como ampliação do sistema viário e áreas destinadas ao Programa Municipal de Habitação todos de iniciativa do Poder Público 2º A Zona Especial 2 ZE2 compreende espaços estabelecimentos e instalações sujeitas à preservação tais como áreas de preservação paisagística ou de proteção de mananciais bosques matas naturais reservas florestais e minerais parques urbanos monumentos históricos e áreas de valor estratégico para a segurança pública 3º A Zona Especial 3 ZE3 compreende os espaços estabelecimentos e instalações destinados aos serviços de uso público Art 10A É atribuída a classificação de Corredores aos terrenos cujos alinhamentos estejam voltados para as vias que exercem estruturação local ou regional em que se pretende promover usos não residenciais compatíveis com a ocupação do entorno e com a fluidez do tráfego AC Lei 87672020 DIVINÓPOLIS 1988 A região da Avenida Paraná tem uma característica comercial bem clara no corredor Há atividade constante do tipo institucional na prefeitura e educacional nas universidades próximas além de uma escola de ensino fundamental A densidade nessas regiões é moderada a alta durante seus horários de funcionamento Há ainda o uso do Parque de Exposições que apesar de ser usado apenas em datas específicas aumenta imensamente a densidade populacional da região 60 De acordo com Zona Residencial 1 ZR01 o gabarito máximo tem que estar em concordância com os critérios determinados no artigo 8º 2º da Lei nº 24181994 que determina Lei ordinária nº 24181988 Art 8º 2º A ocupação dos lotes na ZR1 obedecerão aos seguintes parâmetros PREFEITURA MUNICIPAL DE DIVINÓPOLIS a altura máxima no lado da rua definida por um plano com inclinação de 65 sessenta e cinco graus sobre a horizontal passando a 6 seis metros de altura na sua interseção com o plano de alinhamento da face oposta da rua conforme anexo 5 desta Lei Quando se trata de edificação diante de praças parques e outros equipamentos públicos similares a largura corresponderá ao dobro da distância compreendida entre o eixo da caixa de rolamento da via fronteira à edificação e o alinhamento do respectivo terreno b altura máxima nas laterais definida por um plano com inclinação de 60º sessenta graus sobre a horizontal partindo de 125 doze e meio metros de altura na sua interseção com o plano que passa pelos alinhamentos divisórios anexo 5 c recursos de fundo de acordo com os seguintes parâmetros 1 para construções com altura máxima de 6 seis metros e ocupação de 07 sete décimos do terreno o afastamento pode ser nulo ou no mínimo de 15 um e meio metro da divisa Os seis metros serão medidos a partir do nível médio do terreno natural considerandose tanto o perfil do terreno segundo a divisa dos fundos anexo 5 2 para construções com altura superior a 6 seis metros o afastamento será de 12 doze por cento da profundidade média do lote 3 em lotes de esquina o afastamento de fundo será tomado com relação ao logradouro principal considerandose como tal aquele de maior largura de caixa No caso de logradouros de mesma largura de caixa o principal será definido a critério do autor do projeto d a taxa de ocupação máxima na ZR1 Zona Residencial Um será de 72 setenta e dois por cento exceto para o pavimento com uso exclusivo de garagem que poderá ocupar até 100 cem por cento do terreno em qualquer nível NR alínea Lei 417697 DIVINÓPOLIS 1988 Através de visitas ao local podese observar que algumas construções não obedecem às regras estabelecidas É importante ressaltar que esse tipo de fiscalização deve ser feita pelo município e tem como norte a observância do cumprimento das normas previstas na Lei de Uso e Ocupação do Solo DIVINÓPOLIS 1988 Isso quer dizer que a execução da obra deve estar de acordo com o projeto aprovado pela prefeitura e a construção deve atender aos parâmetros urbanísticos legais a exemplo da área de construção no terreno e altura da edificação que variam de acordo com a região em que o empreendimento é erguido 532 Equipamento públicos e comunitários A partir das visitas feitas ao local foram realizados anotações e registros dos instrumentos principais de uso coletivo e urbanos Esses instrumentos foram expostos 61 no art 3º 6º da Lei Federal nº 978599 BRASIL 1999 lei esta que altera o art 2º da Lei nº 6766 de 19 de dezembro de 1979 BRASIL 1979 que passa a vigorar com as seguintes descrições Lei Federal nº 67661979 Art 2º 6o A infraestrutura básica dos parcelamentos situados nas zonas habitacionais declaradas por lei como de interesse social ZHIS consistirá no mínimo de Incluído pela Lei nº 9785 de 1999 I vias de circulação Incluído pela Lei nº 9785 de 1999 II escoamento das águas pluviaisIncluído pela Lei nº 9785 de 1999 III rede para o abastecimento de água potável e Incluído pela Lei nº 9785 de 1999 IV soluções para o esgotamento sanitário e para a energia elétrica domiciliar Incluído pela Lei nº 9785 de 1999 Portanto foi possível constatar que a região de estudo possui infraestrutura básica para a segurança da população como por exemplo sinalização das vias faixas de pedestres placas postes de iluminação pública bocas de lobo calçadas com rampas para acessibilidade de cadeirantes e guaritas para que a população possa usufruir do transporte público A área da subbacia Córrego Olhos Dágua é urbanizada e habitada atualmente contando com a CEMIG Companhia de Energia de Minas Gerais para fornecimento de energia elétrica para as edificações e vias públicas com a COPASA Companhia de Saneamento de Minas Gerais para abastecimento de água tratada e fornecimento de sistema de coleta de esgoto para a população Além da Engesp para a coleta de lixo domiciliar o transporte público é administrado pela empresa Trancid com 4 linhas disponíveis para a área da subbacia sendo elas 02 Danilo PassosBela Vista 03 N Sra de Lourdes Jardim das Acácias 19 Serra VerdeJardinópolis e 31 Maria Helena Copacabana Ademais é de inteira responsabilidade da Prefeitura Municipal de Divinópolis a manutenção e implantação do sistema de drenagem pluvial sistema viário e coleta dos resíduos gerados Além disso salientase que na área da bacia tem a presença de duas escolas municipais sendo elas a Escola Municipal José Carlos Pereira e Escola Municipal Professora Hermínia Corgozinho Há a presença de três instituições de ensino superior público a UEMG Universidade do Estado de Minas Gerais o CEFET 62 Centro Federal de Educação Tecnológica e a UFSJ Universidade Federal de São João Del Rei e por fim o Parque de Exposições da cidade 63 6 DIAGNÓSTICO DA INFRAESTRUTURA DA SUBBACIA 61 Sistema de Drenagem Pluvial Urbana O diagnóstico do serviço e manejo de águas pluviais foi elaborado a partir de uma análise feita da área da subbacia Foi realizado visitas de campo em toda área de estudo com auxílio de um mapa a fim de obter registros fotográficos localização das estruturas de drenagem e os pontos críticos pontos com acúmulo de sedimentos processos erosivos A etapa de visita in loco se deu no período de dezembro a março de 2022 Para a caracterização da microdrenagem as sarjetas foram classificadas pela sua capacidade de escoamento de água as bocas de lobo foram classificadas por tipo de guia grelha ou combinada número de entrada simples dupla ou tripla bem como estado de conservação boa danificada ou obstruída Foi feita a classificação das vias em tipo de calçamento poliédrico ou pavimentação asfáltica Os poços de visitas PVS foram classificados pelo adequado estado de conservação boa danificada ou obstruída Os componentes de microdrenagem que foram objetos de análise são estruturas que coletam pequenos volumes de águas pluviais de modo a evitar que a população tenha contato com essas águas bem como o acúmulo de água nas vias Após a conclusão da pesquisa de campo foi feito um levantamento de dados a respeito da região de estudo para elaborar a sua caracterização Foram realizadas a caracterização dos componentes de microdrenagem existentes e uma análise das suas localizações elaborando um diagnóstico com base no registro fotográfico sobre a situação dos componentes de drenagem quanto a sua integridade manutenção e eficiência A análise foi feita com base em BOTELHO 2011 VASCONCELOS 2021 2022 611 Resultadosdiscussões Tendo em vista que o projeto de pavimentação está na maioria das vezes atrelado ao de drenagem pluvial meiofio sarjeta bocas de lobo foi levantada a extensão de vias Como resultado observouse que um total de 457 quilômetros de vias da área de estudo da microbacia do Córrego Olhos Dágua possuem 64 pavimentação e dispõem de cobertura do sistema de drenagem pluvial Tais vias se concentram nos bairros Chanadour e Belvedere na cidade de Divinópolis Na Figura 13 está demarcada a bacia do Córrego Olhos DAgua área que foi realizado um estudo sobre o sistema de microdrenagem Figura 13 Identificação da subdivisão da bacia Olhos Dágua Fonte Autoria própria4 2022 612 Sarjetões Diante da análise feita não foi possível identificar calhas localizadas nos cruzamentos das vias destinadas a orientar o fluxo das águas na subbacia do Córrego Olhos Dágua 613 Sarjetas meiofio No diagnóstico observouse a presença de sarjetas de concreto contabilizados 19 trechos com sarjetas dos quais 14 trechos estão em boas condições de funcionamento cinco com sua capacidade de captação diminuída Alturas verificadas dos meiosfios foi de 20 a 12 cm de altura sendo que a altura recomendada é de 15 a 175 cm Figuras 14 e 15 em virtude da obstrução por vegetação e desgastes do concreto 4 Figura adaptada de COPERNICUS 2022 65 Figura 14 Sarjeta obstruída com vegetação Rua Epaminondas de Assis Fonte Autoria própria 2022 Figura 15 Sarjeta obstruída por desgaste do concreto Rua Júlio Nogueira Fonte Autoria própria 2022 A falta de sarjeta pode provocar aquaplanagem de veículos espirro de água e dificuldade de locomoção de pedestres Sarjetas com baixa declividade e largura pequena apresentam menor capacidade de escoamento da água De acordo com UFRGS 2005 se a vazão escoamento superficial for excessiva poderá ocorrer alagamento das ruas e seus reflexos inundação das calçadas e velocidade exagerada com erosão do pavimento Figura 16 Ausência de sarjeta Rua Antônia Amaral Tavares 66 Fonte Autoria própria 2022 O bairro apresenta o maior percentual de sarjetas em boas condições de funcionamento com o total de 19 trechos e cerca de 74 14 trechos apresentamse conservados Figura 17 e 18 Figura 17 Sarjeta com boa capacidade de escoamento da água Rua Frei Venceslau Fonte Autoria própria 2022 Figura 18 Sarjeta com boa capacidade de escoamento da água Rua Epaminondas De Assis 67 Fonte Autoria própria 2022 Quanto à análise ao estado de conservação a Tabela 9 indica a quantificação das sarjetas em função de sua qualidade estrutural e capacidade de escoamento de água Tabela 9 Quantificação qualitativa dos trechos com presença de sarjetas Nº trechos com Sarjetas Nº trechos com Sarjetas com capacidade de escoamento da água Nº trechos com Sarjetas com menor capacidade de escoamento da água 19 14 5 Fonte Autoria própria 2022 614 Bocas de lobo As Figuras 19 e 20 apresentam a localização das bocas de lobo instaladas nos bairros Chanadour e Belvedere Figura 19 Localização das bocas de lobo dos bairros Chanadour e Belvedere 68 Fonte Autoria própria5 2022 Figura 20 Localização das bocas de lobo dos bairros Chanadour e Belvedere bem como delimitação das subbacias Fonte Autoria própria6 2022 Foram contabilizadas 46 bocas de lobo das quais 28 estão em boas condições de funcionamento 18 com sua capacidade de captação diminuída em virtude da obstrução de sedimentos e outros materiais Figuras 21 e 22 estão com obstrução por vegetação reduzindo a capacidade de escoamento de água Figura 21 Boca de lobo obstruída com vegetação e lixo Rua Francisco Fernandes 5 Figura adaptada de COPERNICUS 2022 6 Figura adaptada de COPERNICUS 2022 SUB BACIA Córre Olh Dag 69 Fonte Autoria própria 2022 Figura 22 Boca de lobo obstruída com vegetação e lixo Rua Frei Venceslau Fonte Autoria própria 2022 O bairro apresenta o maior percentual de bocas de lobo em boas condições de funcionamento no total de 46 bocas de lobo e cerca de 61 28 estruturas apresentamse conservadas Figura 23 e 24 Figura 23 Boca de lobo de concreto Rua Frei Venceslau 70 Fonte Autoria própria 2022 Figura 24 Boca de lobo de concreto Av Brasília Fonte Autoria própria 2022 Quanto à análise de seu estado de conservação a Tabela 10 indica a quantificação das bocas de lobo em função de sua capacidade de engolimento Tabela 10 Quantificação qualitativa das bocas de lobo Nº total de BL Nº de BL em adequado estado de conservação Nº de BL obstruídadanificada 46 28 18 Fonte Autoria própria 2022 Notase que quase 39 delas encontramse obstruídas Isso se deve ao acúmulo de sedimentos resíduos de varrição e poda elevação do pavimento ou fechamento da entrada da boca de lobo 71 615 Vias Observase que grande parte da microbacia é contemplada por dois tipos de pavimentação calçamento em paralelepípedos e pavimentação asfáltica Calçamentos em paralelepípedo são considerados pavimentos ecologicamente corretos permitindo a infiltração da água da chuva As vantagens dessa infiltração vão desde a recarga do lençol freático até a diminuição da vazão escoada para os mananciais o que diminui os riscos de enchentes Pavimentação asfáltica é impermeabilizante e não permite o escoamento da água das chuvas Como vantagens citamse a resistência dos esforços horizontais e melhora das condições de rolamento que proporcionam comodidade e segurança Figuras 25 e 26 Figura 25 Calçamento poliédrico Rua La Paz Fonte Autoria própria 2022 Figura 26 Calçamento poliédrico Rua Caracas 72 Fonte Autoria própria 2022 A pavimentação asfáltica resulta no aumento da velocidade de escoamento das águas de chuva uma vez que a camada de asfalto é impermeável e visivelmente mais regular que o pavimento de paralelepípedo o que facilita o escoamento da água Figuras 27 e 28 Figura 27 Pavimentação asfáltica Av Amazonas Fonte Autoria própria 2022 Figura 28 Pavimentação asfáltica Av Amazonas 73 Fonte Autoria própria 2022 616 Poços de visita Através de análise foi possível identificar 39 poços de visita em pontos de encontro da drenagem subterrânea Foi diagnosticado recapeamento em alguns poços de visita A irregularidade impossibilita o acesso para possíveis manutenções A falta de acompanhamento de um profissional adequado nas tarefas de recapeamento e a falta de inspeção da prefeitura faz com que o problema se tornasse comum Não foi possível identificar o diâmetro da tubulação secundária dos poços de visita Figuras 29 e 30 Figura 29 Obstrução por recapeamento em poço de visita de ferro fundido Rua Julio Nogueira Fonte Autoria própria 2022 74 Figura 30 Obstrução por recapeamento em poço de visita de ferro fundido Av Amazonas Fonte Autoria própria 2022 O bairro apresenta o maior percentual de poços de visita em boas condições de acesso Do total de 39 PVS cerca de 9225 36 PVS apresentamse conservados Figura 31 Poço de visita de ferro fundido Rua Caracas Fonte Autoria própria 2022 Figura 32 Poço de visita de ferro fundido Rua Caracas 75 Fonte Autoria própria 2022 Quanto à análise de seu estado de conservação a Tabela 11 indica a quantificação dos poços de visita em função de sua qualidade estrutural e condições de acesso Tabela 11 Quantificação qualitativa dos poços de visita PVs Nº total de PV Nº de PV em adequado estado de conservação Nº de PV obstruídodanificado 39 36 3 Fonte Autoria própria 2022 617 Fundo de vale Não foi possível observar pelo difícil acesso a situação atual do fundo de vale se as condições estão contribuindo ou não para a retenção de detritos e diminuição da velocidade do fluxo no leito do canal 618 Diagnóstico do sistema de drenagem Segundo Morais e Silva 2019 podese concluir que o método proposto é aplicável para a elaboração do diagnóstico possibilitando a caracterização das estruturas de microdrenagem o que possibilita a identificação dos principais 76 problemas relacionados à drenagem urbana Notase que a bacia possui problemas relacionados à drenagem urbana o quais são associados aos efeitos da urbanização descontrolada São notados pontos positivos como a alta cobertura de pavimentação das vias facilitando o controle do escoamento e o número de distribuição das bocas de lobo na microbacia Porém destacase que aproximadamente 39 das bocas de lobo possuem problemas por causa de resíduos e sedimentos ou danificação em sua estrutura física 26 das sarjetas estão com obstrução por desgaste do concreto e vegetação reduzindo a capacidade de escoamento de água 775 dos poços de visita estão sem acesso para fazer manutenção por causa do recapeamento nos PVS Recomendase para a minimização desses problemas uma maior atuação do poder público em conjunto com a população planejando e colocando em prática as medidas não estruturais assim como a implantação de medidas estruturais projetos de zoneamento e regulamentação do uso do solo conscientização da população e educação ambiental Com base nos pontos analisados anteriormente fazse necessário uma fiscalização por parte do órgão responsável no que se refere aos lançamentos inadequadosclandestinos de esgotos em rede pluvial Em relação ao controle de possíveis alagamentos e inundações é necessária a elaboração de um programa de manutenção do sistema de drenagem junto à população em conjunto com um trabalho de educação ambiental Evitase assim o lançamento de resíduos sólidos e o comprometimento do funcionamento da rede prevenindo contra entupimentos assoreamento do córrego além da contaminação e alteração da qualidade de suas águas Com isso o sistema de drenagem urbana de águas pluviais provocará menos impactos na microbacia como um todo possibilitando uma melhor qualidade de vida para as pessoas que passam por essa região Assim sendo acreditase que por meio dos critérios apresentados na metodologia proposta foi possível caracterizar o sistema de drenagem de forma padronizada e abrangente 62 Sistema Viário De acordo com a Prefeitura de Divinópolis a Secretaria de Transportes e Serviços Urbanos SETRANS é um órgão diretamente ligado ao Chefe do Poder Executivo e tem a finalidade de exercer orientar coordenar e administrar os serviços de limpeza conservação e utilização dos bens públicos transporte urbano abertura manutenção e conservação de estradas vicinais rurais ramais e ruas e avenidas sem 77 pavimentação zelar pela observância das posturas municipais e administração dos serviços de manutenção mecânica dos equipamentos móveis e veículos próprios Além disso é a responsável pelas funções legislativas e fiscalizadoras e na participação da elaboração de leis Foram realizadas visitas in loco para a realização do diagnóstico através da Engenharia de Transportes A região analisada tem uma área de aproximadamente 22230976 m² com uma distância total de 272 km Em tal região apenas 2174 das suas vias são revestidas com pavimento asfáltico e 7826 são revestidos com calçamento poliédrico Após as visitas in loco foi observado a falta de sinalização na bacia delimitada tanto horizontal quanto vertical Das sinalizações verticais verificadas foram observadas placas de regulamentação e advertência sendo que algumas estão escondidas pela arborização Se a poda dos galhos demora aumentase o risco de acidentes As sinalizações podem ser observadas a seguir Figura 33 Placa de advertência Av Brasília Fonte Autoria própria 2022 78 Figura 34 Placa de regulamentação Rua Antônio Amaral Tavares Fonte Autoria própria 2022 Já para as sinalizações horizontais foi observado as marcas de canalização linhas de bordos tachões refletivos e linhas duplas amarelas nos trechos com pavimento asfáltico Diante disso foi possível analisar a falta de manutenção das faixas trânsito as quais encontramse desgastadas devido ao seu uso e o tempo ou por usarem materiais de baixa qualidade para a pintura das vias Também foi observada a falta de faixas de pedestres em locais onde o fluxo de carros é grande Caso existisse a correta sinalização traria maior segurança aos moradores da região As sinalizações podem ser observadas nas Figuras 35 e 36 Figura 35 Marca de canalização Rua José Faria Barros Fonte Autoria própria 2022 79 Figura 36 Linha dupla e tachão refletivo Rua José Faria Barros Fonte Autoria própria 2022 63 Sistema de Abastecimento de Água O abastecimento de água do Município de Divinópolis é de responsabilidade da Companhia de Saneamento de Minas Gerais COPASA Conforme a ARSAEMG 2013 a captação e tratamento da água que abastece a subbacia Córregos Olhos Dágua são realizados pela ETA Itapecerica a qual é responsável pelo tratamento de 846 da água da cidade local em que a referida empresa transporta a água tratada até o reservatório denominado RAPR1a com capacidade de 750 m³ localizado entre a Avenida Paraná e as Ruas Muriaé e Medina segundo a Figura 37 Figura 37 Reservatório RAPR1a Fonte ARSAEMG 2013 80 A ETA Itapecerica opera de forma satisfatória segundo o relatório da fiscalização da ARSAEMG ocorrido em abril de 2013 o qual aponta as seguintes constatações e não conformidades falta de conservação das instalações falta de limpeza do canal de água bruta falta de limpeza do decantador O sistema Itapecerica frequentemente apresenta paralisações no abastecimento de água ocorridas por manutenções e principalmente por estar localizado em zona de inundação Além disso a estação está operando próximo a sua capacidade limite o que impede o abastecimento de novas redes FUNEDIUEMG 2013 64 Resíduos Sólidos Segundo a Secretaria Municipal de Operações e Serviços Urbanos 2021 a coleta dos RSU Resíduos Sólidos Urbanos da subbacia estudada é realizada pela ENGESP nos dias de terçafeira quintafeira e aos sábados no período da manhã Conforme a mesma secretaria foram coletados em Divinópolis 5080326 toneladas de resíduos no ano de 2021 sendo uma média mensal de 4233605 toneladas e uma média de 14112 toneladas por dia Com dados fornecidos em 2022 pela empresa responsável pela coleta ENGESP são coletados no setor de coleta da subbacia uma média de 116 toneladas por mês o que representa 28 do lixo coletado em Divinópolis Os serviços de capina poda e varrição são realizados pela Secretaria Municipal de Operações e Serviços Urbanos Segundo a secretaria o cronograma e a programação são feitos através de ofícios em sua grande maioria solicitados por moradores da região onde há 15 equipes para realização das demandas sendo elas uma equipe de limpeza de córregos e rios duas equipes de drenagem pesada e duas equipes de drenagem leve uma equipe de poda pesada e duas equipes de poda leve quatro equipes de capina urbana uma equipe de manutenção de cemitérios uma 81 equipe com caminhão de varredeira mecanizada e uma equipe de limpeza urbana com equipamento mecanizado 65 Esgotamento Sanitário O Plano Municipal de Saneamento Básico de Divinópolis Decreto 98432011 DIVINÓPOLIS 2011 foi realizado para realizar o aperfeiçoamento e implementação da execução dos serviços de abastecimento de água esgotamento sanitário e destinação de resíduos sólidos no município Segundo os dados fornecidos pela ARSAEMG em 2021 836 da população teve acesso aos serviços de coleta do esgotamento sanitário um número superior à média do estado de Minas Gerais Já os valores para o tratamento desse esgoto encontramse baixos apenas 29 da população é atendida com o tratamento do esgoto coletado Entretanto existe uma meta para que esse valor atinja 90 até o ano de 2033 ARSAEMG 2021 Especificamente para a subbacia do Córrego Olhos DÁgua não foi possível a obtenção de dados referentes ao tratamento de esgoto por ausência de informações relacionadas à região Entretanto através das visitas in loco em 2021 pôdese observar o despejo inadequado de resíduos sem o devido tratamento o que resulta em danos na fauna e flora aquática e propicia um ambiente adequado para proliferação de vetores de doença de veiculação hídrica além da possível contaminação da população que reside aos arredores do córrego que recebe os efluentes Além da falta de interceptores foi observado a destinação incorreta do esgoto sanitário nas redes de drenagem pluvial resultando em refluxos de esgoto nos pontos de cotas mais baixas que são vedadas conforme art 11 do Capítulo IV do Decreto Estadual nº 328091991 MINAS GERAIS 1991 Tal artigo afirma que a tubulação de esgoto pode não comportar o acréscimo do volume em eventos com altos índices pluviométricos por não serem dimensionados para ser o receptor desses dois fluxos distintos A partir dessa mesma inspeção sobre a área de estudo da subbacia do Córrego Olhos DÁgua pôdese observar o degradante estado de conservação dos poços de visita PVs da região como observado na Figura 38 Ademais foi notado um grande distanciamento entre eles em trechos da subbacia o que em conjunto 82 com a obstrução de alguns acessos dificulta a manutenção em alguns trechos da rede Figura 38 Poços de visita Fonte Autoria própria 2021 83 7 PROPOSTAS E PROJETOS 71 Sistema de Drenagem Pluvial Urbana Com o diagnóstico feito a situação do sistema de drenagem foi analisada conforme subitem 61 Foi necessário a elaboração de um novo projeto representado no apêndice 02 com o intuito de apresentar melhorias no sistema de drenagem bem como o devido escoamento das águas da chuva diminuindo os riscos que a população está exposta Consequentemente ocorrerá a diminuição dos danos ligados às inundações A implementação dos novos dispositivos de drenagem tem o objetivo de reduzir os impactos relacionados à infiltração e escoamento 72 Memorial Descritivo Consoante apêndice 03 a rede foi elaborada com 77 segmentos de trechos Para a intensidade de precipitação obteve a maior cota de 73410 m e a menor 76720 m sendo o comprimento do talvegue principal de 2278 km² Após obter os dados e com a ajuda do arquivo do Autocad da área estudada foi possível calcular a vazão máxima por meio da Equação 01 Em seguida tevese como resultado da Equação 02 e Equação 03 o valor de 1471 minutos Tabela 12 Vazão máxima Dados da Área Coeficiente de Runoff Cálculo C Médio Residencial 712872 06 C Tradicional Vias 302959 095 005 0704383 Fonte Os autores 2022 Posteriormente foi empregue o período de retorno de 10 anos Com auxílio do programa Plúvio através da Equação 04 obtevese a intensidade de precipitação de chuva Tabela 13 Período de retorno TR 10 ANOS ipré 128425 84 ipós 20542326 Fonte Autoria própria 2022 Para as devidas locações dos sarjetões foi estudado o ponto mais baixo e o mais alto do loteamento Foi posicionado os sarjetões deforma a direcionar corretamente o fluxo da água representado no apêndice 03 Para o cálculo da vazão das sarjetas foi utilizada a Equação 05 Foi necessária a implantação de galerias em 29 trechos os quais possibilitaram determinar por meio da Equação 06 que os diâmetros definidos variaram entre 500 mm e 1500 mm A velocidade foi examinada através da Equação 07 Em seguida definiuse dispositivos de bocas de lobo Foram feitas as divisões das bacias de maneira adequada na planta Para a disposição das bocas de lobo quando ultrapassado a capacidade de engolimento foram implantadas bocas de lobo em ambos os lados da via Quando necessária à construção de bocas de lobo intermediárias ou para evitar que mais de quatro tubulações cheguem em um determinado poço de visita utilizouse as chamadas caixas de ligação tornando o projeto mais econômico substituindo o poço de visita no trecho mediante as Equações 08 e 09 Foi necessário a implantação de quatro bocas de lobo simples sem depressão com vazão de 0076 m³s duas bocas de lobo simples sem depressão com vazão de 0117 m³s 18 bocas de lobo de quatro lados caixa com grelha sem depressão com vazão de 0123 m³s e 26 bocas de lobo de quatro lados caixa com grelha com depressão e com vazão de 257 m³s como pode ser visto no apêndice 04 Delimitouse os PVs em mudanças de direção e encontro de redes Os diâmetros definidos variaram entre 500 mm e 1200 mm inclinações das vias foram favoráveis ao posicionamento das tubulações e dos poços de visitas que variaram sua profundidade entre 155 m e 255 m Desse modo é possível verificar um melhor escoamento dos efluentes advindo dos ramais de ligação das residências Foi necessário a implantação um total de 20 poços de visita como pode ser visto no apêndice 04 Após as determinações acima foi possível determinar a largura da caixa de areia mediante a Equação 10 e do comprimento pela Equação 11 sendo a vazão de final de plano de 2356729 m³s 85 Tabela 14 Largura da caixa de areia Caixa de areia Q 2356729 m³s Ø SOLIDOS 08 mm Vstabela 83 mm Vh 03 ms Fonte Autoria própria 2022 Após obter todas as informações necessárias foi possível então obter as dimensões do reservatório de detenção sendo a base de 1115 m e largura de 257763 m Por fim foi dimensionada a escada hidráulica de drenagem pela Equação 12 foi adotado L de 250 m Tabela 15 Dimensões do reservatório Reservatório de detenção Base Largura ADOTANDO H 096 1m L 2577632 m B 9819703 m L 16725 m B 1115 m L 162 m Fonte Autoria própria 2022 Tabela 16 Escada hidráulica de drenagem Escada Hidráulica Q 2356729 207 L 25 H ADOTANDO L 250 m 26731 4721895 H16 H 0566107 0634335595 H 075 m a 5 m b 105 m b 11 m Fonte Autoria própria 2022 86 721 Memorial de cálculo O dimensionamento de galerias bocas de lobo poços de visita está expresso no apêndice 03 Já no apêndice 04 consta o dimensionamento das bocas de lobo e poços de visita 73 Resíduos Sólidos O objetivo do Plano Municipal de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos PMGIRS disponibilizado pela Prefeitura de Divinópolis DIVINÓPOLIS 2013 é contribuir para a redução da geração de resíduos sólidos no município orientando o correto acondicionamento armazenamento coleta transporte tratamento e destinação final No caso do Município de Divinópolis o PMGIRS encontrase desatualizado uma vez que o último arquivo disponibilizado pela prefeitura é do ano de 2013 tendo em vista que o plano é comumente atualizado a cada quatro anos Assim sendo necessário se faz a atualização desse plano 731 Dimensionamento de frota Com o intuito de dimensionar a quantidade de veículos necessária para a coleta de resíduos na região delimitada foram adotados os seguintes parâmetros produção de resíduos per capita 0655 kghabdia dias de coleta três vezes por semana terça quinta e sábado população 1349 habitantes quantidade de resíduos produzidos por dia 883 kg peso específico dos resíduos compactados 800 kgm³ quantidade de resíduos por coleta 2 m³ capacidade do caminhão compactador 15 m³ 10 t velocidade média de coleta 6 kmh tempo de operação de descarga 15 minutos jornada de trabalho 8 horas velocidade média de transporte 30 kmh 87 distância entre a garagem e início da rota 81 km distância entre o final da rota e a estação de transbordo 134 km comprimento total das vias a serem coletadas 873 km Aplicando os dados analisados na Equação 20 temse 𝑁 1 8 873 6 2 7 30 2 134 30 2 10 𝑁 02625 Após o cálculo feito temse que a quantidade necessária de caminhões para realizar a coleta da área delimitada é de um caminhão composto por uma equipe de trabalho de três coletores e um motorista segundo a ENGESP A região tem coleta três vezes na semana terça feira quintafeira e sábado pela manhã A rota do caminhão projetada para a coleta de resíduos da região demonstrada consta na Figura 39 em que o trajeto apresentado em azul demonstra a passagem do caminhão A rota é projetada a partir da disposição em que um coletor passa agrupando os lixos das vias apresentadas na cor branca em pontos estratégicos Tal rota possui o fim de otimizar o tempo e o trabalho para o caminhão e os restantes dos coletores As seguintes figuras pertencem ao apêndice 05 Figura 39 Rota do caminhão de coleta de lixo Fonte Autoria própria 2021 88 732 Sistema de varrição Segundo o Plano Municipal de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos de Divinópolis 2013 os serviços de varrição são executados por funcionários da Empresa Pública EMOP Empresa Municipal de Obras Públicas Existem duas equipes uma diurna de aproximadamente 60 homens e uma equipe noturna de aproximadamente 12 homens A varrição é feita em passeios e vias públicas por rotas individuais projetadas para atender as principais vias analisando suas características o fluxo de veículos e o tipo de arborização projeto incluso e apresentado pela Figura 40 Figura 40 Rota da equipe de varrição Fonte Autoria própria 2021 Para a área de estudo foi projetada uma equipe de varrição manual composta por seis varredores utilizandose de contentor de polietileno com rodas e pedal lixeiras com capacidade para 120 litros vassourão apropriado do tipo Prefeitura vassourão de tamanho médio para acabamentos pá leque e sacos plásticos de 150 litros com espessura mínima de dez micras na cor verde identificados com o nome e logomarca da contratada e da contratante Os resíduos provenientes dos serviços de varrição deverão ser acondicionados nos sacos plásticos especificados para o serviço e dispostos nos passeios calçadas ou outros locais apropriados ao longo das vias para posterior remoção pelo veículo da coleta domiciliar da área 89 733 Sistemas de capina e roçagem Quando não efetuada a varrição regular ou quando chuvas carreiam detritos para logradouros as sarjetas acumulam terra onde em geral crescem mato e ervas daninhas Tornase necessário então serviços de capina do mato para evitar o mau aspecto das vias públicas A equipe estimada para a operação executará o serviço utilizandose de carro de mão enxada vassourão pás roçadeiras e outros equipamentos necessários à boa execução dos serviços A região estudada tem um total de 1746332 m linear de passeio que serão executados por mês ou seja 1746 km Considerando que a largura de limpeza ao longo dos passeios é em média de 060 m resulta em uma média mensal de capinação de 1047799 m² Segundo o livro Lixo Municipal Manual de Gerenciamento Integrado aconselhase utilizar uma produtividade de 150 m² por dia com jornada de trabalho de 8 horasdia Dessa forma durante uma semana de 44 horas a produção será de 82500 m² Contando com a roçada quinzenal a produção mensal será de 165000 m² Sendo assim a necessidade mínima para execução da capinação mensal será de sete garis 74 Esgotamento Sanitário A partir de dados apresentados no capítulo 310 podese iniciar o dimensionamento da rede coletora de esgoto para a área de estudo a qual também foi identificada no mesmo capítulo Para a facilitação na elaboração dos cálculos utilizouse uma planilha em Excel apresentada no apêndice 06 e através do software AutoCAD e do desenho da região de estudo disponibilizado pela prefeitura do Município de Divinópolis foi feito o traçado da rede coletora que está disponível no apêndice 07 Analisando a área de projeto suas curvas de nível e os obstáculos superficiais nos logradouros onde a rede coletora será traçada foram posicionando os poços de visita PVs de maneira estratégica seguindo as recomendações da ABNT NBR 96491986 A partir dos traçados realizados em DWG e dos resultados da planilha de cálculo da rede de esgoto determinouse que a grande maioria dos 98 poços de visita irão ter a profundidade usual de 120 m devido à declividade natural do terreno que 90 favorece o escoamento Porém alguns trechos terão sua profundidade aumentada chegando a atingir uma cota de 487 m devido ao desfavorecimento no sentido do escoamento Definiuse os diâmetros das tubulações respeitando as velocidades e vazões máximas e priorizando o fato de que o diâmetro de saída não pode ser menor que o diâmetro de chegada sendo assim eles ficaram compreendidos em predominância com a medida de 100 mm Entretanto houve pontos em que os diâmetros foram superiores atingindo o diâmetro máximo de 300 mm para a área de estudo Foi respeitada a declividade mínima de 05 e adotada para os trechos em que não foi atingido esse mínimo A vazão média vazão máxima vazão de projeto vazão de infiltração e a vazão de contribuição unitária foram calculadas de acordo com as fórmulas disponibilizadas no capítulo 310 e apresentam respectivamente 𝑄𝑚𝑒𝑑 4125 𝑙 𝑠 𝑄𝑚𝑎𝑥 7425 𝑙 𝑠 𝑄𝑝𝑟𝑜𝑗 7841 𝑙 𝑠 𝑄𝑖𝑛𝑓 41621 𝑙 𝑠 𝑄𝑐𝑜𝑛 942 𝑙 𝑠𝑘𝑚 75 Vias Em relação às vias estudadas na subbacia verificouse após análise in loco e verificação de dados que os trechos com calçamento poliédrico em mau estado de conservação eram de 527 dos trechos analisados calçamento poliédrico em bom estado de conservação era de 236 pavimento asfáltico em mau estado era de 218 e pavimento asfáltico em bom estado era de 18 de um total de 5783241 m² analisados Sendo assim propôsse a recuperação dos trechos de pavimentação asfáltico que estão em situação precária sendo apenas dimensionada a fresagem descontínua nos trechos onde era necessária devido a buracos e a aplicação de 3 cm de CBUQ precedida de pintura de ligação 91 Nas vias pavimentadas com pedras irregulares foi proposto em primeira instância a recuperação com poliedros e após a pavimentação com CBUQ sendo 3 cm como primeira camada e 3 cm como camada fina ambas precedidas por pintura de ligação A tabela a seguir mostra o quantitativo dos materiais necessários Tabela 17 Insumos para pavimentação das ruas em estudo Insumo Quantidade Pintura de ligação 9174525 m³ CBUQ 659911 ton Poliedro 6881 m³ Fonte Autoria própria 2021 751 Sinalização horizontal De acordo com o CONTRAN 2007a 2007b foram demarcadas as sinalizações longitudinais sendo elas o Fluxo Oposto Simples Contínua LFO1 e a Linha de Fluxo Oposto Simples Seccionada LFO 2 A velocidade regulamentada das vias é menor que 60 kmh e a largura da linha possui 10 cm Diante disso foram projetadas linhas de bordo LBO em vias de velocidade menor que 80 kmh A largura da linha estabelecida é de 10 cm conforme determina o manual Em seguida foram determinadas Linhas de Retenção LRE Linhas de Dê a preferência LDP e Faixas de Travessia de Pedestres FTP Além disso foram alocadas marcas de delimitação de estacionamento eou parada de proibição e delimitação de estacionamento regulamentado salientase que foram demarcados três pontos de ônibus na Avenida Brasília Também foi determinada a alocação de ciclo faixas na Rua Epaminondas em ambos sentidos visando o bemestar e segurança dos praticantes de atividades físicas A referida rua foi sinalizada por linhas de bordo legendas com símbolos de bicicletas linhas de divisão de fluxo bem como sinalização vertical e horizontal Foram sinalizadas com linha longitudinal branca de 20 cm e vermelha de 10 cm possuindo 110 m de largura e aproximadamente 710 m de extensão Os detalhamentos de todas as sinalizações horizontais utilizados podem ser encontrados no projeto de sinalização que está no apêndice 8 92 752 Sinalização vertical Foi proposto a instalação de placas de parada obrigatória R1 nos cruzamentos visando à prevenção de acidentes Sinalizações como linhas de retenção placas passagem de pedestres A32b que visam advertir o condutor do veículo sobre a existência de algum acidente Também foi proposta a instalação de faixas de travessia no local placa R6b permitido estacionar placa R6a proibido estacionar placa R6c proibido parar e estacionar e placa R19 velocidade máxima permitida sendo alocadas ao decorrer das vias Conforme orientações do CONTRAN 2007a 2007b para vias urbanas as placas com forma circular possuem diâmetro mínimo de 40 cm tarja e orla de 4 cm as placas de forma octogonal Pare para vias urbanas placas com formato quadrado com lado mínimo de 45 cm orla externa de 09 cm e orla interna de 18 cm passagem de pedestre possuindo lado mínimo de 25 cm orla interna branca de 2 cm e orla externa vermelha de 1 cm e as placas triangulares Dê a preferência que possuem lado mínimo de 75 cm e orla de 10 cm Além disso foram colocadas placas de sinalização de advertência indicando os semáforos travessias de pedestres e a ciclo faixa Segundo o CONTRAN 2007a 2007b em vias urbanas os sinais de forma quadrada que possuem lado mínimo de 45 cm orla externa de 09 cm e orla interna de 18 cm não foram adotadas sinalizações de advertência especiais Por fim foram colocadas as placas de sinalização de indicação próximo aos pontos de ônibus seguindo as instruções presentes no Manual de Sinalização Vertical de Indicação CONTRAN 2007a2007b O detalhamento do posicionamento da placa pode ser encontrado no projeto de sinalização que está no apêndice 8 753 Sinalização semafórica Já para o projeto de sinalização semafórica foi preciso estabelecer quais as vias com maiores conflitos e com maior movimento Diante desse estudo foram escolhidas as interseções da Avenida BrasíliaRua Francisco Fernando 93 FernandesRua Waldemar Faustino de Sousa da Rua Júlio NogueiraRua Frei Wenceslau e da Avenida AmazonasRua Antônio Amaral Tavares A escolha foi feita com base no maior fluxo de veículos na região e o seu tipo de pavimento se tornando uma área mais adequada para a instalação um semáforo Foi elaborado um estudo de caso de sinalização semafórica para o cruzamento da Av BrasíliaR Francisco Fernando FernandesR Waldemar Faustino de Sousa onde foram determinados o diagrama de conflitos Tabela 1 para demonstrar os possíveis movimentos conflitantes ou não do cruzamento bem como o diagrama de estágios indicado na Figura 50 mostrando quais semáforos devem estar no tempo vermelho e quais em tempo de verde Figura 41 Diagrama de movimentos Fonte Autoria própria 2022 Conflitos entre os possíveis movimentos da interseção por meio do Quadro 1 Quadro 1 Movimentos de interseção M V1 M V2 M V3 M V4 M V5 M V6 M V7 M V8 M V9 MV 10 MV 11 MV 12 MV 1 x x x MV 2 x x x x x x MV 3 x x x x x x x MV 4 x x 94 MV 5 x x x x x x MV 6 x x x x x x x MV 7 x x MV 8 x x x x x x MV 9 x x x x x x x MV 10 x x MV 11 x x x x x x MV 12 x x x x x x x x Fonte Autoria própria 2022 E assim foram definidos os diagramas de estágio conforme as Figuras 51 a 54 Figura 42 Estágio 1 Fonte Autoria própria 2022 95 Figura 43 Estágio 2 Fonte Autoria própria 2022 Figura 44 Estágio 3 Fonte Autoria própria 2022 96 Figura 45 Estágio 4 Fonte Autoria própria 2022 Foi elaborado um estudo de caso de sinalização semafórica para o cruzamento da Rua Júlio NogueiraRua Frei Wanceslau onde foram determinados o diagrama de conflitos Tabela 2 para demonstrar os possíveis movimentos conflitantes ou não do cruzamento bem como o diagrama de estágios indicado na Figura 55 mostrando quais semáforos devem estar no tempo vermelho e quais em tempo de verde Figura 46 Diagrama de movimentos Fonte Autoria própria 2022 Assim foi desenvolvido o Diagrama de Conflitos conforme Quadro 2 97 Quadro 2 Diagrama de conflitos M V1 M V2 M V3 M V4 M V5 M V6 M V7 M V8 M V9 MV 10 MV 11 MV 12 MV 1 x x x MV 2 x x x x x x MV 3 x x x x x x x x MV 4 x x x MV 5 x x x x x x MV 6 x x x x x x x x MV 7 x x x MV 8 x x x x x x MV 9 x x x x x x x x MV 10 x x x MV 11 x x x x x x MV 12 x x x x x x x Fonte Autoria própria 2022 Diagramas de estágios conforme as Figuras 56 a 59 Figura 47 Estágios 1 Fonte Autoria própria 2022 98 Figura 48 Estágios 2 Fonte Autoria própria 2022 Figura 49 Estágios 3 Fonte Autoria própria 2022 Figura 50 Estágios 4 99 Fonte Autoria própria 2022 Para as aproximações da Avenida Amazonas e Rua Antônio Amaral Tavares foi elaborado um estudo de caso de sinalização semafórica onde foram determinados o diagrama de conflitos Tabela 3 para demonstrar os possíveis movimentos conflitantes ou não do cruzamento e o diagrama de estágios mostrando quais semáforos devem estar no tempo vermelho e quais em tempo de verde Figura 51 Diagrama de movimentos Fonte Autoria própria 2022 Assim foi desenvolvido o Diagrama de Conflitos conforme Quadro 3 100 Quadro 3 Diagrama de conflitos M V1 M V2 M V3 M V4 M V5 M V6 M V7 M V8 M V9 MV 10 MV 11 MV 12 MV 1 x x X MV 2 x x x x x X MV 3 x x x x x x x X MV 4 x x X MV 5 x x x x x X MV 6 x x x x x x x X MV 7 x x x MV 8 x x x x x X MV 9 x x x x x x x X MV 10 x x x MV 11 x x x x x x MV 12 x x x x x x x Fonte Autoria própria 2022 Diagramas de estágios conforme as Figuras 52 53 54 e 55 Figura 52 Estágios 1 Fonte Autoria própria 2022 101 Figura 53 Estágios 2 Fonte Autoria própria 2022 Figura 54 Estágios 3 9 Fonte Autoria própria 2022 102 Figura 55 Estágios 4 Fonte Autoria própria 2022 103 8 CONCLUSÃO Ao finalizar as etapas discorridas nos capítulos anteriores os objetivos do trabalho em questão foram cumpridos Em relação ao estudo do solo foram realizados testes tátilvisuais que possibilitaram uma definição prévia da caracterização e classificação do solo afim de visar quais são as possíveis obras a serem construídas no local eou quais são os possíveis reparos que se deve fazer no solo para atingir o objetivo almejado O presente estudo possibilitou um diagnóstico da infraestrutura urbana de uma subbacia do Córrego Olhos Dágua localizada no Município de Divinópolis Pôde ser definido o conjunto de obras que proporiam melhorias por meio de levantamentos visitas in loco e fundamentações técnicas Dessa forma foram compreendidas as condições dos elementos que compõem a cidade A partir dos resultados obtidos foram possíveis a proposição de melhorias para a área urbana bem como soluções para os problemas encontrados visando o bem estar da população Realizouse a caracterização da subbacia quanto aos seus aspectos físico e urbanístico Diante da análise feita da área estudada constatouse uma deficiência em relação aos equipamentos de drenagem urbana como a ausência de galerias e sarjetões bem como bocas de lobo danificadasobstruídas pela manutenção inadequada Foi proposto um novo projeto de sistema de drenagem da subbacia Ademais foi feito um estudo advindo especialmente do Plano Diretor da cidade de Divinópolis no qual foram estabelecidos critérios e parâmetros para o uso e ocupação do solo com o intuito de ordenar e orientar o crescimento correto da área da Bacia Córrego Olhos Dágua Visouse controlar a utilização do espaço urbano e definir as atividades permitidas nela buscando o desenvolvimento integrado com a proteção ambiental correta No âmbito hidrológico as vazões máximas e mínimas obtidas do Córrego Olhos Dágua e de seu afluente em conjunto com as características físicas como densidade de drenagem declividade e forma da bacia fizeram com que fosse possível a classificação da bacia com o risco baixo e mediano de ocorrências de grandes enchentes e capacidade mediana de drenagem Os dados hidrológicos extraídos contribuem na previsão de chuvas intensas e fornecem parâmetros para possíveis medidas mitigadoras que tornem mais eficiente o funcionamento da infraestrutura da bacia 104 Em relação às vias os levantamentos mostraram que as ruas em estudo carecem de melhorias como reparos na pavimentação A partir disso foi dimensionado o recapeamento asfáltico para as ruas que já possuíam a pavimentação com CBUQ determinando a espessura de cada camada e a quantidade de pintura de lidação necessária para que o tráfego seja melhor atendido A partir do diagnostico elaborado da sinalização viária foi realizada uma proposta para a sua melhoria com intuito de garantir maior eficiência com segurança e fluidez no trânsito na bacia Córrego Olhos Dágua A partir dos dados coletados sobre a gestão de resíduos sólidos de Divinópolis é possível concluir que o assunto necessita de mais atenção por parte da prefeitura começando com a atualização do Plano Municipal de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos que não há mudanças desde 2013 Sobre a subbacia Córregos Olhos Dágua foi apresentado o dimensionamento da frota de coleta de resíduos sólidos e o sistema de varrição de vias e logradouros públicos visando um melhor conforto e saúde para a população Com relação ao sistema de esgotamento sanitário realizouse um levantamento de dados com o intuito de compreender a situação da subbacia e após essa análise foi realizado o dimensionamento das redes coletoras de esgoto buscando a eficiência do sistema seguindo as condições exigidas pela ABNT NBR 96491986 Projeto de Redes Coletoras de Esgoto Sanitário Com o projeto realizado de acordo com as normas vigentes e com os cuidados ambientais podese garantir que não ocorrerá a poluição de rios e córregos contribuindo com a preservação dos recursos hídricos locais Para o sistema de abastecimento de água o diagnóstico e o levantamento de dados da infraestrutura da subbacia foram contemplados através de pesquisas em órgãos públicos para compreender a situação atual dos sistemas de abastecimento Levantouse dados sobre o funcionamento a eficiência de sua produção e atendimento assim como os principais problemas encontrados na prestação do serviço 105 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS E SANEAMENTO BÁSICO ANA Hidroweb v327 Rede Hidrometeorológica 2005 Disponível em httpwwwsnirhgovbrhidrowebapresentacao Acesso em 01 nov 2022 AGÊNCIA REGULADORA DE SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO DO ESTADO DE MINAS GERAIS ARSAEMG Panorama da prestação dos serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário no município de Divinópolis COPASA 2021 Disponível em httpwwwarsaemggovbrpanoramasdivinopoliscopasapdf Acesso em 18 out 2022 AGÊNCIA REGULADORA DE SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO DO ESTADO DE MINAS GERAIS ARSAEMG Relatório de Fiscalização Fiscalização do Sistema de Abastecimento de Água da sede do Município de Divinópolis 2013 Disponível em httparsaemggovbrimagesRelatoriosrftecopsaadivinopolispdf Acesso em 18 out 2022 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS ABNT NBR 9649 de novembro de 1986 Projeto de redes coletoras de esgoto sanitário Rio de Janeiro Sl 1986 Disponível em httpsissuucomaengenhariadocsnbr9649 projetoderedesdeesgo80c03a94e48aa9 Acesso em 18 out 2022 AutoCAD autodesk 2004 BELTRAME A V Diagnóstico do meio ambiente físico de bacias hidrográficas Modelo de aplicação Florianópolis Ufsc1994 BOTELHO Manuel Henrique Campos Águas de Chuva Engenharia das Águas Pluviais nas Cidades 3 ed São PauloBlucher 2011 BRASIL Decreto nº 7217 de 21 de junho de 2010 Regulamenta a lei no 11445 de 5 de janeiro de 2007 que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico e dá outras providências DOU BrasíliaDF 2010 Disponível em httpswwwplanaltogovbrccivil03ato200720102010decretod7217htm Acesso em 13 jun 2022 BRASIL Lei n 9503 de 23 de setembro de 1997 Institui o código de trânsito brasileiro DOU BrasíliaDF 1997 Disponível em httpswwwplanaltogovbrccivil03leisl9503compiladohtm Acesso em 13 jun 2022 BRASIL Lei no 9785 de 29 de janeiro de 1999 Altera o decretolei no 3365 de 21 de junho de 1941 desapropriação por utilidade pública e as leis nos 6015 de 31 de dezembro de 1973 registros públicos e 6766 de 19 de dezembro de 1979 parcelamento do solo urbano DOU BrasíliaDF 1999 Disponível em httpswwwplanaltogovbrccivil03leisl6766htm Acesso em 13 jun 2022 106 BRASIL Lei no6766 de 19 de dezembro de 1979 Dispõe sobre o parcelamento do solo urbano e dá outras providências DOU BrasíliaDF 1979 Disponível em httpswwwplanaltogovbrccivil03leisl6766htm Acesso em 13 jun 2022 CARDOSO L E d S Sistema Nacional de Trânsito Sl 2008 Disponível em httpswwwctbdigitalcombruploadartigoslcardososntpdf Acesso em 15 jun 2022 CHOW VT MAIDMENT DR MAYS lw Applied Hydrology New York McGrawhill Book 1988 CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO CONTRAN Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito Volume 1 Sinalização Vertical de Regulamentação Brasília Contran 2007a Disponível em httpswwwgovbrinfraestruturapt brassuntostransitoarquivossenatraneducacaopublicacoesmanualvoli2pdf Acesso em 16 ago 2022 CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO CONTRAN Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito Volume 1 Sinalização Vertical de Advertência Brasília Contran 2007b Disponível em httpswwwgovbrinfraestruturapt brassuntostransitoarquivossenatraneducacaopublicacoesmanualvolii2pdf Acesso em 16 ago 2022 COPERNICUS Europes eyes on Earth Looking at our planet and its environment for the benefit of Europes citizens 2022 CRUZ Mauro Cesar Cardoso Notas De Aula Divinópolis 2020 DEPARTAMENTO DE ÁGUAS E ENERGIA ELÉTRICA DAEE COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO CETESB Drenagem Urbana Manual de Projeto 2 ed São Paulo DAEECETESB 1980 DEPARTAMENTO NACIONAL DE TRÂNSITO DNIT Norma DNIT 1592011ES Pavimentos asfálticos Fresagem a frio Especificação de serviço Rio de Janeiro DNIT 2011 Disponível em httpswwwgovbrdnitptbrassuntosplanejamentoe pesquisaiprcoletaneadenormascoletaneadenormasespecificacaodeservico esdnit1592011espdf Acesso em 13 de jun 2022 DIVINÓPOLIS Decreto nº 9843 de 14 de fevereiro de 2011 Aprova e institui o plano municipal de saneamento básico destinado ao aperfeiçoamentoimplemento da execução dos serviços de abastecimento de água esgotamento sanitário e destinação de resíduos sólidos no município de Divinópolis DOM DivinópolisMG 2011 Disponível em httpsleismunicipaiscombramgddivinopolisdecreto20119859843decreton 98432011aprovaeinstituioplanomunicipaldesaneamentobasicodestinadoao aperfeicoamentoimplementodaexecucaodosservicosdeabastecimentodeagua esgotamentosanitarioedestinacaoderesiduossolidosnomunicipiodedivinopolis Acesso em 10 set 2022 107 DIVINÓPOLIS Lei complementar nº 169 de 08 de abril de 2014 Estabelece o plano diretor do município de Divinópolis e dá outras providências DOM DivinópolisMG 2014 Disponível em httpssapldivinopolismglegbrnorma10573 Acesso em 10 set 2022 DIVINÓPOLIS Lei ordinária nº 2418 de 18 de novembro de 1988 Dispõe sobre o uso e ocupação do solo no município de Divinópolis e dá outras providências DOM DivinópolisMG 1988 Disponível em httpssapldivinopolismglegbrmediasaplpublicnormajuridica19889763lei2418 ealteracoespdf Acesso em 10 set 2022 DIVINÓPOLIS Lei ordinária nº 8643 de 15 de outubro de 2019 Institui o plano municipal de mobilidade urbana no município de Divinópolis e regulamenta as políticas para mobilidade e acessibilidade contidas no plano diretor participativo de Divinópolis DOM DivinópolisMG 2019 Disponível em httpssapldivinopolismglegbrnorma15770textinstitui20o20plano20mu nicipal20deplano20diretor20participativo20de20divinc3b3polis Acesso em 10 set 2022 DIVINÓPOLIS Obras Nova empresa de coleta de lixo inicia atividades com 12 caminhões novos 06 jun 2022a Disponível em httpswwwdivinopolismggovbrportalnoticias0313426novaempresadecoleta delixoiniciaatividadescom12caminhoesnovos Acesso em 14 nov 2022 DIVINÓPOLIS Plano Municipal de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Divinópolis 2013 Disponível em httpwebcachegoogleusercontentcomsearchqcachegvUSDQj777MJwwwdivin opoinstarservidorcombrarquivos39planmungerintresidsolidospdfcd3hlpt BRctclnkglbr Acesso em 14 set 2022 DIVINÓPOLIS Obras Prefeitura faz recapeamento asfáltico nas vias da cidade 31 jan 2022b Disponível em httpswwwdivinopolismggovbrportalnoticias0311554prefeiturafaz recapeamentoasfalticonasviasdacidade Acesso em 14 nov 2022 DIVINÓPOLIS Projeto de lei nº 061 de 2021 Dispõe sobre o uso e ocupação do solo no município de Divinópolis DOM DivinópolisMG 2021 Disponível em httpssapldivinopolismglegbrmediasaplpublicmaterialegislativa202130735proj etodeleiemno0612021luospdf Acesso em 10 set 2022 EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA EMBRAPA Satélites de monitoramento Campinas Embrapa 2020 Disponível em httpswwwembrapabrsatelitesdemonitoramento Acesso em 10 nov 2022 ENGENHARIA SÃO PATRÍCIO ENGESP Engesp engenharia 2022 Disponível em httpswwwengespengenhariacombr Acesso em10 nov 2022 G1 CENTROOESTE DE MINAS EQUIPES DA PREFEITURA FAZEM LEVANTAMENTOS DE OCORRÊNCIAS APÓS CHUVA EM DIVINÓPOLIS 07 out 2021 Disponível em httpsg1globocommgcentro 108 oestenoticia20211007equipesdaprefeiturafazemlevantamentosde ocorrenciasaposchuvaemdivinopolisghtml Acesso em 14 nov 2022 G1 CENTROOESTE DE MINAS VÁRIOS BAIRROS DE DIVINÓPOLIS TÊM REFLEXOS APÓS FORTE CHUVA E VENTANIA 28 fev 2019 Disponível em httpsg1globocommgcentrooestenoticia20190228variosbairrosde divinopolistemreflexosaposfortechuvaeventaniaghtml Acesso em 14 nov 2022 GERAIS M Introdução à hidrologia aplicada In NAGHETTINI Mauro PINTO Éber José De Andrade Hidrologia estatística Belo Horizonte Cprm 2016 GOMIDES Clécio Eustáquio Notas de Aula Divinópolis 2021 GRUPO DE PESQUISA EM RECURSOS HÍDRICOS GPRH Software Plúvio 21 Chuvas intensas para o Brasil 2015 Disponível em httpwwwgprhufvbrareasoftwares Acesso em 05 out 2022 INFRAESTRUTURA DE DADOS ESPACIAIS IDESISEMA Infraestrutura de dados espaciais do sistema estadual 2021 Disponível em httpidesisemameioambientemggovbr Acesso em 12 jul 2021 INSTITUTO ÁGUA E SANEAMENTO IAS Municípios e saneamento beta Divinópolis MG sl sd Disponível em httpswwwaguaesaneamentoorgbrmunicipiosesaneamentomgdivinopolis Acesso em 14 jun 2022 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA IBGE Censo brasileiro de 2010 Divinópolis sl Ibge 2017 Disponível em httpscidadesibgegovbrbrasilmgdivinopolispanorama Acesso em 15 out 2022 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA IBGE Censo brasileiro de 2020 Divinópolis sl Ibge 2017 Disponível em httpscidadesibgegovbrbrasilmgdivinopolispanorama Acesso em 15 out 2022 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA IBGE Cidades e Estados Divinópolis sl Ibge 2021 Disponível em httpswebcachegoogleusercontentcomsearchqcacheFIqBvc5k1VMJhttpsww wibgegovbrcidadeseestadosmgdivinopolishtmlcd2hlptBRctclnkglbr Acesso em 15 out 2022 KIRPICH TP Time o concentration of small agricultural watersheds Journal of Civil Engineering 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Cerveira Portugal Escola Superior Galaecia 2005 OCCHIPINTI AG SANTOS PM Relações entre as precipitações máximas de um dia e de 24 horas na cidade de São Paulo São Paulo Instituto Astronômico e Geofísico USP 1966 PALARETTI L F Manejo de bacias hidrográficas Jaboticabal Sl 2013 PORTAL GERAIS Alagamentos Chuva Córregos transbordam e deixam famílias desalojadas em Divinópolis 07 jan 2022 Disponível em httpswwwemcombrappnoticiagerais20220107internagerais1336166chuva corregostransbordamedeixamfamiliasdesalojadasemdivinopolisshtml Acesso em 14 nov 2022 SECRETARIA MUNICIPAL DE OPERAÇÕES E SERVIÇOS URBANOS SEMSUR 2021 SEVERO R N F Caracterização geotécnica da falésia da ponta do Pirambu em Tibau do SulRN considerando a influência do comportamento dos solos nos estados indeformado e cimentado artificialmente Tese Doutorado Universidade Federal de Pernambuco Ctg Programa de pósgraduação em engenharia civil 2011280p SILVA Paulo José Notas de Aula Divinópolis 2021 SILVA Paulo José Notas de Aula Divinópolis 2022 SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES SOBRE SANEAMENTO SNIS Água e Esgoto abastecimento de Água Brasília 2019 Disponível em httpswwwgovbrmdrptbrassuntossaneamentosniscomponentesmenusnis componenteaguaeesgotos Acesso em 01 nov 2022 SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES SOBRE SANEAMENTO SNIS Série histórica Brasília Sd Disponível em httpapp4mdrgovbrserieHistoricaaguaEsgoto Acesso em 17 out 2022 TOMAZ Plínio Curso manejo de águas pluviais Análise de incerteza 2010 Disponível em https909d9be6F6f14d9c8ac9 110 115276d6aa55FilesusrComUgd0573a5A2f0c556f1934ae7899122bd19efcce5Pd fIndexTrue Acesso em 15 out 2021 TONELLO K C et al Morfometria da bacia hidrográfica da Cachoeira Das Pombas GuanhãesMG Revista Árvore v 30 n 5 p 849857 2006 Disponível em httpdxdoiorg101590s010067622006000500019 Acesso em 10 out 2022 TUCCI C E M Hidrologia ciência e aplicação Sl 2001 TUCCI C E M Modelos hidrológicos Porto Alegre UFRGS 1998 TUCCI C E M Regulamentação da drenagem urbana no Brasil Revista de gestão de água da América Latina v 13 n 1 janjun 2016 Disponível em httpswebcachegoogleusercontentcomsearchqcacheHlYdogmjfvAJhttpsww wabrhidroorgbrSGCv3publicacaophp3FPUB3D226ID3D19126SUMARI O3D5202cd1hlptBRctclnkglbr Acesso em 15 out 2022 TUCCI C E M PORTO R L A L BARROS M T Drenagem Urbana Porto Alegre Abrh1995 VASCONCELOS Ivana Prado de Notas De Aula Divinópolis 2021 VILLELA S M MATTOS A A hidrologia aplicada 1975 WILKEN Paulo Sampaio Engenharia de drenagem superficial São Paulo Cetesb1978 BOTELHO Manuel Henrique Campos Águas de Chuva Engenharia das águas pluviais nas cidades 3 ed São Paulo Blucher 2011 UFV Universidade Federal de Viçosa Plúvio 21 Software Grupo de Pesquisa em Recursos Hídricos GPRH da Universidade Federal de Viçosa UFV VASCONCELOS Ivana Prado de Sistemas de drenagem pluvial urbana 03 mar 2022 07 jan 2022 Notas de Aula 111 APÊNDICES Apêndice 1 Layout 1 Delimitação da bacia Layout 2 Áreas verdes da bacia Layout 3 Perfil longitudinal e perfil transversal Acesso httpsdrivegooglecomfiled1eMQObeVnIP1IPT0Qjttqm22dWuSh5iXviewuspsharing httpsdrivegooglecomfiled1golIsB3gRC80gFpxoLQl5TSOHMC3STzviewuspsharing Apêndice 2 Layout 1 Delimitação da bacia Layout 2 Projeto de sistema de drenagem pluvial Layout 3 perfil e detalhamento Acesso httpsdrivegooglecomfiled16PSxWEQbHc4fREBvFvQ2RHWfAmDkCh4nviewuspsharing httpsdrivegooglecomfiled1NcfWoNM0hRHKXhMTY81y4X7UIarf2P44viewuspsharing Apêndice 3 Dimensionamento do sistema de micro drenagem Acesso httpsdocsgooglecomspreadsheetsd1VV6ZcpU73XrVhA m0qGF85OKStxFerQVedituspsharingouid111275640679462146582rtpoftruesdtrue httpsdrivegooglecomfiled1Y9alXT9lJzNRTQPN431DULPgIBGLhIviewuspsharing Apêndice 4 Dimensionamento de bocas de lobo e poços de visita Acesso httpsdocsgooglecomspreadsheetsd1CYlp3lxaJIrjv1Brmb YxVvNGOAFF1edituspsharingouid111275640679462146582rtpoftruesdtrue httpsdrivegooglecomfiled1QJLD6NpK18wdmJvHMX8zzAtq26jVjAKviewuspsharing 112 Apêndice 5 Rota de caminhões Rota da equipe de varrição Acesso httpsdrivegooglecomfiled104W9OhiqXN23UEGpeYAYkDFKicfNIiGoviewuspsharing httpsdrivegooglecomfiled1bXYaCG9SmR2DOXV7HAWDGLoronN9OQcviewuspsh aring Apêndice 6 Planilha de cálculos e resultados referente a rede coletora de esgoto Acesso httpsdrivegooglecomfiled1KUYuOrr0gZicA2wW8IbmcWFx30G53LnLviewuspsharing httpsdocsgooglecomspreadsheetsd1pdPyV5Orvg0bcNG7XOVrpzX58UvEVhkoeditus psharingouid111275640679462146582rtpoftruesdtrue Apêndice 7 Projeto de dimensionamento de rede coletora Acesso httpsdrivegooglecomfiled151Pit0u9nkg64HitYWn1Xr2RVvXCvMVmviewuspsharing httpsdrivegooglecomfiled1HVotsWRQgEgMk9Q8BXdXgIHsS7v0pkLhviewuspsharing Apêndice 8 Layout 1 Projeto de sinalização de trânsito Layout 2 Projeto de sinalização de trânsito Layout 3 Projeto de sinalização de trânsito detalhamento Acesso httpsdrivegooglecomfiled18YX4aYfrZ3hJ6Sn8EosDvoiibDgn7a6bviewuspsharing httpsdrivegooglecomfiled1CJ5vQP5MlIHUg6IleRQEuCsLxHnyo4yviewuspsharing
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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS Faculdade de Engenharia Civil Caio Melquiades de Freitas Dayne Ívida Florentino Gomes Henrique Bianchini Sandin Isaque Misael Freitas João Paulo Gonçalves Lucas Henrique de Almeida Santos TRABALHO INTEGRALIZADOR MULTIDISCIPLINAR I infraestrutura urbana Divinópolis MG 2023 Caio Melquiades de Freitas Dayne Ívida Florentino Gomes Henrique Bianchini Sandin Isaque Misael Freitas João Paulo Gonçalves Lucas Henrique de Almeida Santos TRABALHO INTEGRALIZADOR MULTIDISCIPLINAR I infraestrutura urbana Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Engenharia Civil da Universidade do Estado de Minas Gerais como requisito parcial para o grau de Bacharel em Engenharia Civil Instituição Universidade do Estado de Minas Gerais Área de concentração Bacia hidrográfica Córrego Olhos Dágua Orientadora Profa Ma Ivana Prado de Vasconcelos Divinópolis MG 2023 Caio Melquiades de Freitas Dayne Ívida Florentino Gomes Henrique Bianchini Sandin Isaque Misael Freitas João Paulo Gonçalves Lucas Henrique de Almeida Santos TRABALHO INTEGRALIZADOR MULTIDISCIPLINAR I infraestrutura urbana Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Engenharia Civil da Universidade do Estado de Minas Gerais como requisito parcial para o grau de Bacharel em Engenharia Civil Área de concentração Bacia hidrográfica Córrego Olhos Dágua Trabalho defendido de aprovado em 14 de fevereiro de 2023 Banca examinadora Profa Ma Ivana Prado de Vasconcelos Universidade do Estado de Minas Gerais Profa Laisa Cristina Carvalho Universidade do Estado de Minas Gerais Prof Mauro Cesar Cardoso Cruz Universidade do Estado de Minas Gerais Profa Thalita Cardoso Dias Universidade do Estado de Minas Gerais AGRADECIMENTOS Àqueles que se uniram para a realização deste sonho nossa gratidão A Deus por conceder saúde Aos nossos pais pela oportunidade confiança e incentivo Aos amigos pela união apoio e companheirismo durante esta jornada Aos professores e coordenadores pelo aprendizado Em especial à nossa orientadora Prof M e Ivana Prado de Vasconcelos que tanto admiramos por ter nos orientado para que este trabalho fosse concretizado RESUMO A infraestrutura urbana deve ser planejada e executada de maneira consciente para que contribua positivamente com o município na qual é inserida promovendo qualidade de vida a seus residentes e preservando o meio ambiente através de um sistema eficiente Este trabalho teve como objetivo realizar o diagnóstico análises e proposições de intervenções na subbacia Córrego Olhos DÁgua localizada no Município de DivinópolisMG O diagnóstico e o levantamento de dados da infraestrutura da subbacia foram contemplados através de pesquisas em órgãos públicos visitas in loco ou por meio de notas de aulas Evidenciouse que o sistema de infraestrutura presente no local de estudo não reflete condições operacionais satisfatórias além da ausência de manutenções periódicas o que implica em condições inapropriadas aos sistemas de drenagem pluvial coleta de resíduos sólidos abastecimento de água esgotamento sanitário e por fim o sistema viário As propostas de melhorias foram pautadas em normas técnicas e bibliográficas priorizando a prática correta e sustentável dos sistemas suavizando os impactos já existentes na área e permitindo a evolução dos mesmos buscando a eficiência máxima Palavraschaves Infraestrutura Urbana Vias Subbacia Diagnóstico Projetos ABSTRACT Urban infrastructure must be planned and executed consciously in order to produce a positive contribution to the municipality where it is located it promotes quality of life for its residents and preserves the environment with an efficient system This work focused on carrying out diagnosis analyzes and propositions for interventions in the Córrego Olhos DÁgua subbasin located in the municipality of Divinópolis MG The diagnosis and data collection of the subbasin infrastructure were acquired through researches in public agencies onsite visits and via class notes As a result it was evident that the infrastructure system present at this study site did not show satisfactory operating conditions In addition a lack of periodic maintenance was observed leading to inappropriate conditions for rainwater drainage systems solid waste collection water supply sewage and finally the road system The proposals of improvements were based on technical and bibliographic standards prioritizing the correct and sustainable practice for the systems attenuating the already existing impacts in the area and allowing their evolution aiming at maximum efficiency Keywords Urban Infrastructure Roads Subbasin Diagnosis Projects LISTA DE FIGURAS Figura 1 Pontos De Coleta Das Amostras De Solo 18 Figura 2 Divisão Da Bacia 22 Figura 3 Figura 3 K A B E C Fornecidos Pelo Plúvio 21 25 Figura 4 Fator De Redução Da Capacidade Da Sarjeta 27 Figura 5 Área De Estudo 38 Figura 6 Divisão Da Bacia Córrego Olhos Dágua 41 Figura 7 Caminhões De Coleta De Lixo 50 Figura 8 Lixão Do Município De Divinópolis 50 Figura 9 Lixão De Divinópolis 51 Figura 10 Delimitação Da Bacia Do Córrego Olhos Dagua Da SubBacia E Seus Cursos Hídricos 54 Figura 11 Cortes Longitudinal E Transversal 55 Figura 12 Demarcação Das Áreas Verdes 57 Figura 13 Identificação Da Subdivisão Da Bacia Olhos Dágua 64 Figura 14 Sarjeta Obstruída Com Vegetação Rua Epaminondas De Assis 65 Figura 15 Sarjeta Obstruída Por Desgaste Do Concreto Rua Júlio Nogueira 65 Figura 16 Ausência De Sarjeta Rua Antônia Amaral Tavares 65 Figura 17 Sarjeta Com Boa Capacidade De Escoamento Da Água Rua Frei Venceslau 66 Figura 18 Sarjeta Com Boa Capacidade De Escoamento Da Água Rua Epaminondas De Assis 66 Figura 19 Localização Das Bocas De Lobo Dos Bairros Chanadour E Belvedere 67 Figura 20 Localização Das Bocas De Lobo Dos Bairros Chanadour E Belvedere Bem Como Delimitação Das SubBacias 68 Figura 21 Boca De Lobo Obstruída Com Vegetação E Lixo Rua Francisco Fernandes 68 Figura 22 Boca De Lobo Obstruída Com Vegetação E Lixo Rua Frei Venceslau 69 Figura 23 Boca De Lobo De Concreto Rua Frei Venceslau 69 Figura 24 Boca De Lobo De Concreto Av Brasília 70 Figura 25 Calçamento Poliédrico Rua La Paz 71 Figura 26 Calçamento Poliédrico Rua Caracas 71 Figura 27 Pavimentação Asfáltica Av Amazonas 72 Figura 28 Pavimentação Asfáltica Av Amazonas 72 Figura 29 Obstrução Por Recapeamento Em Poço De Visita De Ferro Fundido Rua Julio Nogueira 73 Figura 30 Obstrução Por Recapeamento Em Poço De Visita De Ferro Fundido Av Amazonas 74 Figura 31 Poço De Visita De Ferro Fundido Rua Caracas 74 Figura 32 Poço De Visita De Ferro Fundido Rua Caracas 74 Figura 33 Placa De Advertência Av Brasília 77 Figura 34 Placa De Regulamentação Rua Antônio Amaral Tavares 78 Figura 35 Marca De Canalização Rua José Faria Barros 78 Figura 36 Linha Dupla E Tachão Refletivo Rua José Faria Barros 79 Figura 37 Reservatório RapR1a 79 Figura 38 Poços De Visita 82 Figura 39 Rota Do Caminhão De Coleta De Lixo 87 Figura 40 Rota Da Equipe De Varrição 88 Figura 41 Diagrama De Movimentos 93 Figura 42 Estágio 1 94 Figura 43 Estágio 2 95 Figura 44 Estágio 3 95 Figura 45 Estágio 4 96 Figura 46 Diagrama De Movimentos 96 Figura 47 Estágios 1 97 Figura 48 Estágios 2 98 Figura 49 Estágios 3 98 Figura 50 Estágios 4 98 Figura 51 Diagrama De Movimentos 99 Figura 52 Estágios 1 100 Figura 53 Estágios 2 101 Figura 54 Estágios 3 101 Figura 55 Estágios 4 102 LISTA DE QUADROS Quadro 1 Movimentos De Interseção 93 Quadro 2 Diagrama De Conflitos 97 Quadro 3 Diagrama De Conflitos 100 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Coeficiente De Runoff 23 Tabela 2 Princípios Básicos Para A Sinalização Do Trânsito 38 Tabela 3 Resultados Da Inspeção TátilVisual Do Solo 52 Tabela 4 Classificação Do Risco De Enchentes Relacionado Ao Fator De Forma Kf 55 Tabela 5 Classificação Do Risco De Enchentes Relacionado Ao Coeficiente De Compacidade Kc 56 Tabela 6 Classificação Da Capacidade De Drenagem Da Bacia 56 Tabela 7 Intensidades Pluviométricas Para Cada Tempo De Recorrência Tr 57 Tabela 8 Vazões Máximas Para Cada Tempo De Recorrência Tr 58 Tabela 9 Quantificação Qualitativa Dos Trechos Com Presença De Sarjetas 67 Tabela 10 Quantificação Qualitativa Das Bocas De Lobo 70 Tabela 11 Quantificação Qualitativa Dos Poços De Visita Pvs 75 Tabela 12 Vazão Máxima 83 Tabela 13 Período De Retorno 83 Tabela 14 Largura Da Caixa De Areia 85 Tabela 15 Dimensões Do Reservatório 85 Tabela 16 Escada Hidráulica De Drenagem 85 Tabela 17 Insumos Para Pavimentação Das Ruas Em Estudo 91 APÊNDICES Apêndice 1 Layout 1 Delimitação da Bacia 111 Layout 2 Áreas Verdes da Bacia 111 Layout 3 Perfil Longitudinal e Perfil Transversal 111 Apêndice 2 Layout 1 Delimitação da Bacia 111 Layout 2 Projeto de Sistema de Drenagem Pluvial 111 Layout 3 Perfil e Detalhamento 111 Apêndice 3 Dimensionamento do Sistema de Micro Drenagem 111 Apêndice 4 Dimensionamento De Bocas de Lobo e Poços de Visita 111 Apêndice 5 Rota de Caminhões 112 Rota da Equipe de Varrição 112 Apêndice 6 Planilha de Cálculos e Resultados Referente a Rede Coletora de Esgoto 112 Apêndice 7 Projeto de Dimensionamento de Rede Coletora 112 Apêndice 8 Layout 1 Projeto de Sinalização de Trânsito 112 Layout 2 Projeto de Sinalização de Trânsito 112 Layout 3 Projeto de Sinalização de Trânsito Detalhamento 112 SUMÁRIO 1 Introdução 15 2 Objetivo 17 21 Objetivo Geral 17 22 Objetivo Específico 17 3 Metodologia 18 31 Geologia 18 311 Ensaio De Composição Granulométrica 18 312 Ensaio De Caracterização Por Cor 18 313 Ensaio De Caracterização Pelo Brilho 19 314 Teste Do Tato 19 315 Teste Da Queda De Bola 19 316 Teste Do Vidro 19 317 Teste Do Cordão 20 318 Teste Da Fita 20 319 Teste De Exsudação 20 3110 Teste Da Resistência Seca 20 3111 Teste Do Rolo 21 32 Sistema De Drenagem Pluvial Urbana 21 321 Análise Hidrológica 22 322 Coeficiente De Runoff 22 323 Tempo De Concentração Tc 23 324 Período De Retorno Tr 24 325 Intensidade Média De Precipitação Im 24 326 Área De Contribuição Da Bacia A 25 33 Dimensionamento Dos Dispositivos 25 331 Sarjetões 25 332 Sarjetas 26 333 Galeria 27 334 Boca De Lobo 28 335 Poços De Visita 29 34 Dispositivos De Drenagem 29 341 Caixa De Areia 29 342 Escada Hidráulica 30 35 Planejamento Urbano 31 36 Hidrologia 32 361 Fator De Forma 32 362 Coeficiente De Compacidade 33 363 Densidade De Drenagem 33 364 Vazão Mínima 33 365 Tempo De Concentração 34 366 Intensidade Pluviométrica 34 367 Vazão Máxima 35 37 Engenharia De Estradas 36 38 Engenharia De Transporte 36 39 Resíduos Sólidos 39 310 Sistema De Esgotamento Sanitário 40 311 Sistema De Abastecimento De Água 43 4 Caracterização Do Município 45 41 Drenagem Pluvial Urbana 45 42 Sistema De Esgotamento Sanitário 47 43 Vias Do Município 48 44 Sistema De Abastecimento De Água 48 45 Resíduos Sólidos 49 5 Caracterizaçâo Da SubBacia 52 51 Caracterização Do Solo 52 511 Caracterização Por Tamanho Das Partículas 52 512 Conclusão Da Análise Do Solo 53 52 Caracterização Hidrológica 54 53 Caracterização 58 531 Caracterização Socioeconômica 58 532 Equipamento Públicos E Comunitários 60 6 Diagnóstico Da Infraestrutura Da SubBacia 63 61 Sistema De Drenagem Pluvial Urbana 63 611 ResultadosDiscussões 63 612 Sarjetões 64 613 Sarjetas MeioFio 64 614 Bocas De Lobo 67 615 Vias 71 616 Poços De Visita 73 617 Fundo De Vale 75 618 Diagnóstico Do Sistema De Drenagem 75 62 Sistema Viário 76 63 Sistema De Abastecimento De Água 79 64 Resíduos Sólidos 80 65 Esgotamento Sanitário 81 7 Propostas E Projetos 83 71 Sistema De Drenagem Pluvial Urbana 83 72 Memorial Descritivo 83 721 Memorial De Cálculo 86 73 Resíduos Sólidos 86 731 Dimensionamento De Frota 86 732 Sistema De Varrição 88 733 Sistemas De Capina E Roçagem 89 74 Esgotamento Sanitário 89 75 Vias 90 751 Sinalização Horizontal 91 752 Sinalização Vertical 92 753 Sinalização Semafórica 92 8 Conclusão 103 Referências Bibliográficas 105 Apêndices 111 15 1 INTRODUÇÃO A urbanização consiste em um conjunto de técnicas importantes para o funcionamento das cidades A engenharia civil é responsável por elaborar grande parte dos projetos de infraestrutura urbana sendo necessário o reconhecimento das características da bacia hidrográfica para os projetos de sistema de drenagem abastecimento de água coleta de esgoto e transporte No tocante à infraestrutura urbana esta é o conjunto de sistemas de que a cidade necessita para que dê condições de a sociedade se desenvolver nela Assim na infraestrutura estão inclusos o saneamento a mobilidade urbana os equipamentos e serviços urbanos que são serviços indispensáveis ao funcionamento social e econômico da região Dessa forma o município precisa dedicarse a uma elaboração ótima dos sistemas anteriormente citados para que evite problemas que afetem a cidade de maneira a diminuir a qualidade de vida de seus habitantes e a funcionalidade socioeconômica O Trabalho Integralizador Multidisciplinar I visa apresentar diagnósticos e propostas para a infraestrutura urbana através dos estudantes do curso de Engenharia Civil da Universidade do Estado de Minas Gerais no que concerne ao conteúdo ministrado no curso No capítulo 2 será abordado as finalidades específicas e gerais deste trabalho No capítulo 3 onde se encontra a metodologia serão apresentados os procedimentos apropriados para desenvolver o trabalho as técnicas referências bibliográficas e normas para demonstrar como a análise da infraestrutura foi realizada No capítulo 4 será identificado e caracterizado o Município de Divinópolis MG dando ênfase à infraestrutura existente na cidade O capítulo 5 tratase da definição da bacia hidrográfica do Córrego Olhos Dágua em Divinópolis Os dados propostos são pertinentes às propriedades geomorfológicas hídricas físicas e urbanísticas No capítulo 6 serão apresentados os diagnósticos e análises dos sistemas de infraestrutura da bacia do Córrego Olhos Dágua sendo contemplados os sistemas de drenagem urbana abastecimento de água esgotamento sanitário viário e de resíduos sólidos 16 No capítulo 7 apresentarseão propostas e projetos referentes a diagnósticos realizados anteriormente O intuito é de propor intervenções que venham a contribuir com o funcionamento dos sistemas que compõem a infraestrutura urbana priorizando o bom funcionamento e o aumento da eficiência nos sistemas No capítulo final será apresentada a conclusão dos estudos realizados neste trabalho Assim será possível compreender que a ausência de infraestrutura e serviços públicos são prejudiciais à qualidade de vida da população bem como à proteção e conservação do meio ambiente 17 2 OBJETIVO 21 Objetivo geral Diagnosticar a bacia do Córrego Olhos Dagua na cidade de Divinópolis MG e apresentar proposta de melhoria da qualidade dos serviços de infraestrutura 22 Objetivo específico O objetivo deste trabalho é caracterizar o Município de Divinópolis quanto a sua infraestrutura caracterizar a composição e estrutura do solo da área de estudo caracterizar e descrever pontos principais do uso e ocupação do solo e sua interação com o meio ambiente urbano da região situada próxima à bacia delimitar a Bacia Hidrográfica do Córrego Olhos Dágua através do levantamento altimétrico caracterizar riscos de enchentes calcular e analisar as vazões máximas e mínimas tendo tempos de recorrência de 10 15 e 20 anos analisar e identificar o tipo e estado da pavimentação utilizada na área de estudo propor recuperações e melhorias a áreas com pavimentação danificada dimensionar redes coletoras para uma fração da bacia em estudo analisar os planos de resíduos sólidos do município e propor melhorias para a região delimitada dentro da subbacia Córrego Olhos Dágua analisar informações do sistema de drenagem pluvial urbana existente na subbacia e propor melhorias caracterizar o sistema viário da subbacia e propor medidas mitigadoras para a alteração do mesmo por parte do empreendimento 18 3 METODOLOGIA 31 Geologia A partir da captação de amostra do solo no terreno conforme as posições apresentadas na Figura 1 é possível obter a identificação das características do solo ao realizar furos de um metro de profundidade no solo Para essa etapa foram coletadas amostras do terreno de quatro pontos diferentes que foram posteriormente convertidas em uma única amostra composta sendo a área determinada por Cruz 2020 A classificação do solo retirado e analisado é feita segundo a NBR 65022002 Figura 1 Pontos de coleta das amostras de solo Fonte Autoria própria1 2022 311 Ensaio de composição granulométrica As amostras de solo são direcionadas à análise tátilvisual onde é feita a homogeneização do material coletado e em seguida sua secagem seguindo os parâmetros estabelecidos por Neves et al 2005 para o teste de composição granulométrica 312 Ensaio de caracterização por cor 1 Figura adaptada de COPERNICUS 2020 19 Utilizando os padrões apresentados em Neves 2005 é possível obter a caracterização de cor em uma análise visual do solo com a amostra obtida identificando suas características em cada porção e determinandoas conforme sua coloração 313 Ensaio de caracterização pelo brilho De acordo com o teste de caracterização pelo brilho ao realizar a separação de uma porção de 78 cm3 de solo da amostra coletada adicionando aproximadamente 10 ml de água moldase o material até que forme uma esfera compacta Em seguida a esfera é dividida pela metade possibilitando assim a observação do seu aspecto interior NEVES et al 2005 314 Teste do tato Para o teste do tato separase a quantidade 39 cm³ de solo seco da amostra coletada Com auxílio dos dedos e da palma da mão esfregase a terra sendo possível identificar a sua textura NEVES et al 2005 315 Teste da queda de bola Para o teste da queda de bola coletase uma pequena amostra de terra e a ela adiciona água moldando uma bola de aproximadamente 3 cm de diâmetro Logo depois a bola é submetida a uma queda livre de cerca de 1 metro de altura para identificar sua coesão avaliando o aspecto da bola e o tipo de solo de acordo com o seu espalhamento NEVES et al 2005 316 Teste do vidro Neves et al 2005 apresenta que o teste do vidro é feito em um recipiente de vidro cilíndrico liso e transparente Adicionase 13 de terra e 23 de água Logo após acrescentase uma pequena porção de sal e agitase Toda a mistura é deixada em repouso por um dia e posteriormente observase a sedimentação diferenciada dos constituintes do solo 20 317 Teste do cordão Já no teste do cordão sua função é avaliar a resistência do solo em um determinado estado de umidade Uma porção de solo é separada da amostra coletada e adicionase água Em seguida rolase a mistura numa superfície lisa e plana de modo a formar um cordão com espessura de 3 mm de diâmetro até seu rompimento Ainda com o mesmo material formase uma esfera e esmagase entre o polegar e o indicador observando a força aplicada NEVES et al 2005 318 Teste da fita Esse teste da fita tem como finalidade analisar a plasticidade do solo Forma se um cilindro com o solo úmido do tamanho de uma caneta Para isso uma porção de terra é separada da amostra coletada e adicionase água Em seguida moldase o material em forma de caneta e amassase o cilindro até se formar uma fita de 3 a 6 milímetros de espessura com maior comprimento possível 319 Teste de exsudação Com o objetivo de avaliar a plasticidade do solo no teste de exsudação se deve separar uma porção de solo e misturar com bastante água Após na palma da mão desferese golpes na mistura até que a água apareça na superfície NEVES et al 2005 3110 Teste da resistência seca O teste da resistência seca tem como finalidade identificar o tipo de terra função da sua resistência Utilizando a mesma porção de solo do teste de exsudação modelase três pastilhas úmidas com diâmetro variando entre 2 e 3 cm Após secagem de 24 horas esmagase cada pastilha entre o indicador e o polegar NEVES et al 2005 21 3111 Teste do rolo Com objetivo de verificar a quantidade de argila existente no solo no teste de rolo o método consiste em separar uma porção de solo úmida e modelálo em um cilindro de aproximadamente 20 cm de comprimento e 25 mm de diâmetro Após isso posicionao sobre a borda da mesa de modo que ele fique em balanço até seu rompimento O tamanho do fragmento rompido determina a quantidade de argila NEVES et al 2005 32 Sistema de Drenagem Pluvial Urbana Os dispositivos de drenagem urbana da área em estudo foram elaborados com a utilização do Google Earth com intuito de obter informações geográficas da bacia Com a pesquisa in loco observase a identificação de todas as ruas e componentes de microdrenagem pluvial urbana da subbacia com os métodos propostos por Vasconcelos 2021 Ao analisar e registrar os relatórios por meios fotográficos os tipos de componentes foram detectados e assim ressaltadas possíveis trincheiras e valas além da vegetação e outros elementos que obstruem a sarjeta modificando o fluxo de escoamento de drenagem Ao realizar a caracterização dos componentes de microdrenagem existentes e uma análise das suas localizações elaborouse um diagnóstico com base no registro fotográfico sobre a situação dos componentes de drenagem quanto a sua integridade manutenção e eficiência compondo adequações e melhoria dos problemas encontrados Para verificarse o dimensionamento do sistema de drenagem inicialmente a bacia foi subdividida em áreas descritas por Vasconcelos 2021 em que se determinou a área 3 como objeto de estudo Na Figura 2 é possível observar essa delimitação das áreas 22 Figura 2 Divisão da bacia Fonte Gomides 2021 Em primeira ordem da realização do projeto utilizando o software AutoCad 2004 se analisou as áreas de influência e o local correto dos dispositivos de drenagem Em seguida foi empregue o uso do software Excel para proporcionar o desenvolvimento do memorial de cálculo e o uso do Plúvio para obter os dados que serão utilizados na análise hidrológica 321 Análise hidrológica Para o devido dimensionamento de coletores de águas pluviais foi utilizado o método racional para se obter a vazão máxima de acordo com o sistema apresentado por Mulvany 1851 e Tomaz 2010 Diante disso a realização do cálculo da vazão é proposta pela equação 1 𝑄 𝐶 𝑖 𝐴 1 Em que 𝑄 vazão pluvial m²s 𝐶 coeficiente de runoff ou de deflúvio superficial 𝐼 intensidade da precipitação mmh 𝐴 área de contribuição m² ou ha 322 Coeficiente de runoff 23 Em seguida foi utilizado os coeficientes de runoff descrito no Manual de Projetos da DAEE e CETESB 1980 apresentado na Tabela 1 Tabela 1 Coeficiente de Runoff Descrição da área Coeficiente de runoff Área Residencial Residências isoladas Unidades múltiplas separadas Unidades múltiplas conjulgadas Lotes em 2mil m² ou mais Área com prédios de apartamentos Área industrial Indústrias leves Indústrias pesadas Áreas sem melhoramentos 035 a 050 040 a 060 060 a 075 030 a 045 050 a 070 050 a 080 060 a 090 010 a 030 Características da superfície Ruas Pavimentação asfáltica Pavimentação de concreto 070 a 095 080 a 095 Fonte Autoria própria2 2022 323 Tempo de concentração TC De acordo com Chow et al 1988 e Tomaz 2010 o tempo de concentração é estabelecido pelo tempo de duração que faz com que todas as bacias a serem consideradas contribuam para o escoamento superficial dimensionado pela equação 2 𝑡𝑐 𝑡𝑠 10 min 2 Em que 𝑡𝑐 tempo de concentração em minutos 𝑡𝑠 tempo de escoamento superficial em minutos De acordo com a equação 03 de Botelho 2011 é encontrado o tempo de escoamento superficial ts 2 Tabela adaptada do Manual de Projetos da DAEE e CETESB 1980 24 𝑡𝑠 16𝐿 105 02 𝑝 100 𝐼𝑚004 1 Em que 𝑡𝑠 tempo de escoamento superficial em minutos 𝐿 comprimento do talvegue principal em quilômetros 𝑝 porcentagem de cobertura vegetal em decimal 𝐼𝑚 declividade média do talvegue principal em mm Após os cálculos do tempo de concentração tc e do tempo de escoamento superficial ts foi a vez do C tradicional o qual foi empregue na pavimentação asfáltica e o C sustentável para piso drenante 324 Período de retorno TR Para o projeto de microdrenagem foi empregue o período de retorno de 10 anos Esse valor representa que o período de tempo é medido em anos intervalo em que a precipitação é superada ou igualada 𝑇𝑟 10 anos 325 Intensidade média de precipitação IM Para a obtenção da intensidade de precipitação de chuva do Município de Divinópolis MG foi usada a equação de Occhipinti e Santos 1966 𝐼𝑚 𝐾 𝑡𝑟𝑎 tcb𝑐 4 Em que 𝐼 intensidade da precipitação mmh 𝐾 𝑎 𝑏 𝑐 coeficientes da equação que descrevem características 𝑡𝑟 período de retorno 𝑡𝑐 tempo de concentração 25 Os valores utilizados para K a b e c foram encontrados pelo software Plúvio 21 GPRH 2015 e são apresentados na Figura 03 Figura 3 Figura 3 K a b e c fornecidos pelo Plúvio 21 Fonte Software Plúvio 21 2022 326 Área de contribuição da bacia A De acordo com a delimitação das bacias de contribuição de Vasconcelos 2021 para cada trecho foi obtido a área de contribuição da bacia 33 Dimensionamento dos dispositivos 331 Sarjetões O no Manual de Projetos da DAEE e CETESB 1980 define os sarjetões como o canal de seção triangular situado nos pontos baixos ou nos encontros dos leitos viários das vias públicas destinados a conectar sarjetas ou encaminhar efluentes destas para os pontos de coleta Para as devidas locações dos sarjetões foi estudado o ponto mais baixo e o mais alto do loteamento para ter um posicionamento adequado do fluxo da água Com a área delimitada pesquisada e conforme o posicionamento das vias foi estabelecido a estruturação mais apropriada para que não tenha problemas com o tráfego das ruas e com as suas constantes frenagens 26 332 Sarjetas O no Manual de Projetos da DAEE e CETESB 1980 apresenta que as sarjetas são canais que acompanham o sentido das vias e são destinados a coletar e conduzir as águas superficiais da faixa pavimentada e da faixa de passeio até o dispositivo de drenagem boca de lobo galeria etc Para o dimensionamento das sarjetas foram adotados os seguintes critérios It sarjetas 4 It via 2 Largura sarjetas 05 m 𝑌 012 Inundação pista 25 m Para calcular a vazão das sarjetas foi utilizado a equação 5 de Manning alterada por Izzard 𝑄 0375 𝑧 ℎ 1 𝑖2 𝑌 8 3 2 Em que 𝑄 descarga teórica em m³s 𝑍 inverso da declividade transversal em mm 𝑆 declividade longitudinal em mm 𝑌 lâmina dágua em m ℎ coeficiente de rugosidade pavimentação asfáltica 0015 Na utilização do ábaco presente no Manual de Projetos da DAEE e CETESB 1980 é possível encontrar o fator de correção da descarga admissível na sarjeta Já para encontrar vazão real da sarjeta multiplicase pela capacidade de escoamento teórica calculada pelo fator de correção conforme apresentado pela Figura 4 27 Figura 4 Fator de redução da capacidade da sarjeta Fonte DAEE CETESB 1980 333 Galeria Segundo no Manual de Projetos da DAEE e CETESB 1980 galeria se refere ao conjunto de tubulações que tem como objetivo captar transportar e drenar a água da chuva das áreas urbanas até rios córregos ou canais Deve possuir diâmetro mínimo de 400 mm e a sua instalação e manutenção é de responsabilidade do poder público municipal Diante disso são verificados os valores específicos da vazão escoada de cada trecho com a vazão das sarjetas que cada uma suporta Caso a vazão do trecho fosse maior que a vazão das sarjetas seria necessário a obtenção da galeria Para o posicionamento da galeria adotouse para YD o valor de 085 Logo após foi obtido o fator de correção para a seção plena através do ábaco Diante disso por meio da equação de Manning apresentada pela equação 6 tornouse viável estabelecer os diâmetros dos trechos da galeria 𝑄 1 𝑛 𝑅ℎ 2 3 𝑖 𝐴𝑚 3 Em que 𝑄 vazão m³s 𝑛 coeficiente de rugosidade de Manning 𝑅ℎ raio hidráulico m 𝑖 declividade média mm 28 𝐴𝑚 área molhada m² Em seguida examinase a velocidade por meio da equação de Manning 𝑉 1 𝑛 𝑅ℎ 2 3 𝑖 4 Em que 𝑉 velocidade ms 𝑛 coeficiente de rugosidade de Manning 𝑅ℎ raio hidráulico m 𝑖 declividade média mm 334 Boca de lobo Utilizando a definição do Manual de Projetos da DAEE e CETESB 1980 a boca de lobo tratase de uma peça com orifícios que permite que a água seja drenada até a rede de escoamento Sua aplicação é absolutamente essencial para evitar alagamentos e conduzir até as galerias ou tubulações subterrâneas Geralmente localizada ao longo das vias pavimentadas para onde escoam as águas da chuva drenadas pelas sarjetas com destino às galerias pluviais As bocas de lobos são classificadas em quatro tipos simples com grelha combinada e múltipla Para o dimensionamento das bocas de lobo foram utilizadas as do tipo combinadas e múltiplas com depressão Através da comparação da vazão no trecho com a vazão de escoamento da sarjeta podese verificar se há necessidade de boca de lobo nos trechos considerando o escoamento pela sarjeta Se a vazão do trecho for maior que vazão de escoamento da sarjeta observase que há a demanda de bocas de lobo para tal trecho Para os cálculos das bocas de lobo utilizamse as equações 8 e 9 Bl simples 𝑄 17 𝐿 𝑦 2 3 5 29 Bl com grelha 𝑄 17 𝑃 𝑦 2 3² 6 Em que 𝐿 comprimento da soleira em metros 1 m 𝑦 altura da lâmina dágua 019 m para uma depressão a 005 m e espessura de tampa de 003 m 𝑝 perímetro da boca lobo em metros 2 m para bl junto a guia 335 Poços de visita De acordo com o Manual de Projetos da DAEE e CETESB 1980 poços de visita são dispositivos utilizados no início e no fim de rede nas interligações e nas mudanças de direção e de declividade do fluxo das galerias Diante disso o poço de visita PV é uma câmara destinada a permitir visitas de técnicos para inspeção e trabalhos de manutenção preventiva ou corretiva nas tubulações da rede de drenagem ou seja permitir o acesso às tubulações enterradas sem que haja a necessidade de se fazer escavações no solo Também tem a função de interligar diferentes redes de tubulações 34 Dispositivos de Drenagem 341 Caixa de areia Já as caixas de areia definidas por Manning são como as unidades destinadas a reter areia e outros detritos minerais inertes e pesados que se encontram nas águas de vazões pluviais Esses materiais proveem de lavagens enxurradas infiltrações e águas residuárias das indústrias A remoção da areia é feita para proteção de bombas contra a abrasão no intuito de evitar entupimentos e obstruções de canalizações bem como impedir a formação de depósitos de material inerte nos decantadores digestores etc Largura da caixa de areia 30 𝐵 𝑄 03 𝐻 7 Em que 𝑄 vazão m³s 𝐻 altura da lâmina dágua para essa vazão Após ser calculado o valor de B devese arredondar para um múltiplo de 5 maior que o resultado 𝑇 𝑠𝑒𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎çã𝑜 𝑇 ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙 Comprimento da caixa de areia 𝐿 𝑄 𝑉𝑠𝑒𝑑 𝐵 8 Em que 𝑄 vazão m³s de final de plano Após ter encontrado o valor de L devese aplicar o coeficiente de segurança de 15 e arredondar para um múltiplo de 5 maior que o resultado 342 Escada hidráulica Pela definição do Manning a escada hidráulica de drenagem dissipa a energia de um curso de água quando é necessário direcionar a água para um nível mais baixo a uma curta distância Tal cenário é o ideal para regularizar a carga hidráulica de um curso dágua permitindo que a velocidade de escoamento seja adaptável 𝑎 adotar próximo de 2 L 𝑏 adotar próximo 14 H O dimensionamento é realizado por meio da expressão do funcionamento como sendo vertedor estabelecendo um certo valor para a largura e verificando o valor da altura 𝑄 207 𝐿09 𝐻16 9 31 Em que 𝐿 largura da descida de água m 𝐻 altura da descida de água m 𝑄 vazão a ser conduzida pela escada m³s 35 Planejamento Urbano No estudo sobre a classificação e caracterização do cenário da região demarcada da bacia Córrego Olhos Dágua na cidade de Divinópolis utilizouse para essa caracterização a Lei nº 24181988 DIVINÓPOLIS 1988 que dispõe sobre o uso e ocupação do solo de Divinópolis Para a classificação da zona da região utilizouse a Lei Complementar nº 1692014 DIVINÓPOLIS 2014 que estabelece o Plano Diretor do município e dá outras providências sendo elas o objetivo de ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana e rural em prol do bem coletivo da segurança e do bemestar dos cidadãos a gestão democrática bem como do equilíbrio ambiental A Lei nº 24181988 DIVINÓPOLIS 1988 que dispõe sobre o uso e ocupação do solo tem como principal objetivo a definição dos tipos de zoneamento da cidade suas regiões e as classificações dos tipos de utilização do solo Os zoneamentos têm como propósito planejar a ocupação do território harmonizando o interesse da coletividade com o direito individual de seus habitantes Isso faz com que se assegure uma densidade equilibrada da população e atividades compatíveis com a capacidade dos equipamentos urbanos e comunitários infraestrutura serviços urbanos associados ao respeito ao meio ambiente natural e ao patrimônio cultural As zonas de uso e ocupação de Divinópolis podem ser classificadas como Zona Residencial ZR Zona Comercial Zona de Uso Múltiplo ZUM Zona Rural zona de Expansão Urbana Zona Industrial ZI e Zona Especial ZE Diante disso as categorias de usos são as seguintes Residencial Comercial Serviço Centro de Compras e Serviços Serviço de Uso Coletivo Industrial e as Atividades Especiais Portanto o correto levantamento da região determinada foi feito por meio de visitas in loco com a intenção de verificar os patrimônios naturais e culturais e a paisagem urbana inseridas na região para se obter as classificações das zonas e suas categorias 32 36 Hidrologia Uma bacia hidrográfica é uma área de captação natural da água de precipitação que faz convergir o escoamento para um único ponto de saída Assim a delimitação da bacia hidrográfica do Córrego Olhos Dágua foi estabelecida por divisores topográficos que são conhecidos como divisores de águas os quais recolhem a precipitação e agem como reservatórios de água e sedimentos que escoam até os talvegues como é definido por Tucci 1998 Para a delimitação da bacia foi necessário o levantamento topográfico do local o qual foi fornecido pela Prefeitura Municipal de Divinópolis 2021 Com o auxílio do software AutoCad 2004 temse a definição dos limites da bacia hidrográfica seguindo as cotas de maior nível Utilizouse o software Google Earth para obtenção de imagem de satélites bem como aplicouse de forma georreferenciada no AutoCad 2004 a fim de demarcar os cursos hídricos presentes na bacia hidrográfica A partir disso foram obtidos dados para realizar a caracterização da bacia hidrográfica e do córrego tais como área total perímetro comprimento axiais desnível e sentido córrego comprimento total do córrego e a definição do ponto de desague do córrego no Rio Itapecerica Ainda assim foi necessário a consulta na base de dados do site Idesisema 2021 e dados do software Plúvio 2015 para dessa forma serem aplicados nas equações subsequentes Através disso foi possível realizar a caracterização da bacia e do córrego 361 Fator de forma O fator de forma Kf é a relação do comprimento axial e da largura média da bacia hidrográfica sendo que ele classifica o risco de enchentes VILLELA MATTOS 1975 Para esse fator utilizase a equação 13 𝐾𝑓 𝐴 𝐿² 10 Em que 𝐴 área total da bacia km² 33 𝐿 comprimento axial km 362 Coeficiente de compacidade O coeficiente de compacidade Kc é a relação entre o perímetro da bacia e um círculo de área da bacia hidrográfica sendo que ele classifica o risco de enchentes VILLELA MATTOS 1975 calculado através da equação 14 𝐾𝑐 028 𝑃 𝐴 11 Em que 𝐴 área total da bacia km² 𝑃 perímetro da bacia km 028 constante que relaciona a forma da bacia com a de um círculo 363 Densidade de drenagem A densidade de drenagem Dd da bacia hidrográfica demostra a sua capacidade de drenagem avaliando sua eficiência ao fazer a relação entre os comprimentos totais dos cursos dágua e a área total bacia VILLELA MATTOS 1975 Foi utilizada a equação 15 para o cálculo da densidade de drenagem 𝐷𝑑 𝑖𝐿𝑖 𝐴 12 Em que 𝐷𝑑 densidade de drenagem kmkm² 𝐴 área total da bacia km² 𝑖𝐿𝑖 somatório dos comprimentos dos cursos hídricos da bacia km 364 Vazão mínima 34 Foi utilizada a Equação 16 para o cálculo da vazão mínima da bacia A vazão mínima também é conhecida como 𝑄710 que é a menor vazão média de 7 dias consecutivos nos últimos 10 anos GERAIS 2016 𝑄𝑚𝑖𝑛 09 𝑅𝐸 𝐴 13 Em que 𝑄𝑚𝑖𝑛 vazão mínima ls 𝐴 área km² RE rendimento mínimo específico obtido através da plataforma da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico ANA intitulada Hidroweb de 2021 variando de acordo com cada região Assim através da plataforma retromencionada obtevese o valor de 39 lskm² 365 Tempo de concentração O cálculo do tempo de concentração da chuva que é o tempo necessário para que toda água da chuva que cai na bacia chegue na seção de exutória do córrego foi realizado pela equação 17 dada por Kirpich 1940 𝑇𝐶 57 𝐿3 ℎ 0385 14 Em que 𝑇𝐶 tempo de concentração min 𝐿 comprimento total ℎ variação do desnível do percurso do córrego 366 Intensidade pluviométrica A intensidade pluviométrica relaciona a duração e a frequência das chuvas Foi estabelecido por Gomides 2021 os intervalos de 10 25 e 50 anos para tempo de 35 recorrência TR Para o cálculo da intensidade foram extraídos dados do software Plúvio GPRH 2015 e utilizados na Equação 18 a qual se refere ao Município de Divinópolis 𝑖 𝐾 𝑇𝑅𝑎 𝑇𝐶 𝑏𝑐 15 Em que 𝐼 intensidade pluviométrica mmh 𝑇𝑅 tempo de recorrência anos 𝑇𝐶 tempo de concentração min 𝐾 237702 adimensional dado obtido no software Plúvio acesso em 2021 𝑎 0205 adimensional dado obtido no software Plúvio acesso em 2021 𝑏 22171 adimensional dado obtido no software Plúvio acesso em 2021 𝑐 0869 adimensional dado obtido no software Plúvio acesso em 2021 367 Vazão máxima A vazão máxima da seção exutória Córrego Olhos Dágua foi obtida pelo método racional que é recomendado para bacias de pequeno porte sendo menor ou igual a 2 km² TUCCI 2001 A vazão máxima é calculada pela a equação 19 𝑄𝑚á𝑥 𝐶 𝑖 𝐴 16 Em que 𝑄𝑚á𝑥 vazão máxima m³s 𝑖 intensidade mmh 𝐴 área total da bacia km² 𝐶 coeficiente de escoamento superficial Para o coeficiente de escoamento superficial definido por Gomides 2021 devese utilizar poligonais simplificadas para o C médio e apenas duas tipologias sendo para área verde C 035 e para área urbanizada C 065 36 37 Engenharia de Estradas Para a realização da análise da situação das vias e dimensionamento da camada de revestimento em CBUQ Cimento Betuminoso Usinado a Quente conforme o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes DNIT 2011 fez se um levantamento do estado das quadras das ruas pertencentes ao trecho em estudo da subbacia do Córrego Olhos Dágua préestabelecido por Silva 2021 Foi feita a classificação dos tipos de revestimento usados no trecho se haviam deformações ou buracos e caso houvesse a área destes largura das vias e extensão dos quarteirões Para isso utilizouse análise visual com registros fotográficos trenas para medição e os softwares AutoCad Excel e Google Earth Após a averiguação da condição das vias determinouse o procedimento a ser utilizado para recuperação e aplicação de camada de recobrimento asfáltico Como algumas das vias em estudo já estavam pavimentadas foi determinado por Silva 2022 que em casos onde já havia algum revestimento asfáltico fosse dimensionada uma camada de 3 cm de CBUQ precedida pela pintura de ligação Nas vias onde forem necessários reparos é apropriado o procedimento chamado de fresagem descontínua que é o desbaste da área a ser reparada com nova camada de 3 cm de pavimento asfáltico precedido de pintura de ligação Já nos trechos de pavimentação com pedras irregulares foi estabelecido o procedimento para dimensionamento de pavimentação asfáltica com pintura de ligação sobre o revestimento poliédrico após ele 3 cm de camada asfáltica inicial e 3 cm de camada asfáltica final precedida por pintura de ligação 38 Engenharia de Transporte De acordo com Cardoso 2008 o Sistema Nacional de Trânsito SNT é o conjunto de órgãos e entidades de trânsito seja normativo consultivo ou executivo pertencente à União Estados Distrito Federal e Municípios que se integram com a finalidade de exercício das atividades de planejamento administração normatização pesquisa registro entre outras Diante disso foi feito um estudo sobre o trânsito da bacia Córrego Olhos Dágua para a elaboração do projeto de Engenharia de Transporte A partir do seu conhecimento do Sistema que o rege de seus órgãos 37 suas competências atribuições definições normas e estrutura é possível conhecer a sistemática não só das autuações mas também de outros assuntos relacionados ao trânsito tais como a educação a edição de normas e a Política Nacional de Trânsito De acordo com o Sistema Nacional de Trânsito SNT o projeto deve estar em concordância com os objetivos básicos que são determinados no artigo 6º da Lei 95031997 Código de Trânsito Brasileiro 1997 que determina Art 6º São objetivos básicos do Sistema Nacional de Trânsito I estabelecer diretrizes da Política Nacional de Trânsito com vistas à segurança à fluidez ao conforto à defesa ambiental e à educação para o trânsito e fiscalizar seu cumprimento II fixar mediante normas e procedimentos a padronização de critérios técnicos financeiros e administrativos para a execução das atividades de trânsito III estabelecer a sistemática de fluxos permanentes de informações entre os seus diversos órgãos e entidades a fim de facilitar o processo decisório e a integração do Sistema BRASIL 1997 Temse então a necessidade de um estudo de sinalização tanto vertical quanto horizontal existentes na bacia Córrego Olhos Dágua sendo realizadas visitas in loco para mapear e fotografar os pontos que apresentam as sinalizações presentes Assim temse como foco o diagnóstico das sinalizações verticais e horizontais presentes na região bem como diagnosticar se obedecem ao objetivo do Sistema Nacional de Trânsito que é implantar uma política com regras em todo o território nacional para atender à segurança fluidez conforto e educação no trânsito Em seguida foi determinado um sistema de sinalização e delimitação de vias de uma área de aproximadamente 18 quadras dentro da área de estudo como pode ser observado na Figura 5 38 Figura 5 Área de estudo Fonte Autoria própria3 2022 De acordo com Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito CONTRAN 2007a 2007b na concepção e na implantação da sinalização de trânsito devese ter como princípio básico as condições de percepção dos usuários da via garantindo a sua real eficácia Sendo assim foi realizado os dimensionamentos das sinalizações das ferramentas de sinalização seu posicionamento nas vias sentidos de fluxos largura das vias áreas de estacionamento áreas de travessias de pedestre locais com utilização de sinalização semafórica tipo de linha de divisão de fluxo entre outros elementos Além disso foram estabelecidas as velocidades máximas adotadas nas vias projetadas conforme os parâmetros impostos no manual que podem ser observados na Tabela 2 Tabela 2 Princípios básicos para a sinalização do trânsito PRINCÍPIOS DA SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO CLASSIFICAÇÃO Legalidade Código de Trânsito Brasileiro CTB e legislação complementar Suficiência Permitir facilmente a percepção com quantidade de sinalização compatível com a necessidade Padronização Seguir padrão legalmente estabelecido Uniformidade Situações iguais devem ser sinalizadas com os mesmos critérios Clareza Transmitir mensagens objetivas de fácil compreensão Precisão e confiabilidade Ser precisa e confiável corresponder à situação existente ter credibilidade 3 Figura adaptada de COPERNICUS 2022 39 Visibilidade e legibilidade Ser vista à distância necessária ser interpretada em tempo hábil para a tomada de decisão Manutenção e conservação Estar permanentemente limpa conservada e visível Fonte Autoria própria 2022 39 Resíduos sólidos Com o intuito de analisar caracterizar e desenvolver melhorias relacionadas aos resíduos sólidos da região foram utilizados como fontes a própria prefeitura de Divinópolis 2021 juntamente com dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento SNIS 2021 e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE 2010 Para obter a estimativa da população da região estudada foram utilizados dados fornecidos pelo IBGE de 2010 e feito uma projeção para 2022 através da taxa de crescimento anual da cidade de Divinópolis segundo o mesmo instituto O cálculo de dimensionamento de frota da coleta de resíduos foi realizado através de uma análise dos dados referente à produção e coleta dos resíduos sólidos de Divinópolis fornecidos pela prefeitura com a estimativa da população da região seguindo a equação 20 𝑁𝑠 1 𝐽 𝐿 𝑉𝑐 2 𝐷𝑔 𝑉𝑡 2 𝐷𝑑 𝑉𝑡 𝑄 𝐶 17 Em que 𝑁𝑠 número de caminhões 𝐽 jornada de trabalho 𝐿 comprimento da via de coleta 𝑉𝑐 velocidade de coleta 𝐷𝑔 distância da garagem até a coleta 𝑉𝑡 velocidade da garagem até o setor 𝐷𝑑 distância entre a coleta e o aterro 𝑣𝑡 velocidade da coleta até o aterro 𝑄 quantidade de resíduos por coleta 𝐶 capacidade do caminhão 40 O projeto de varrição foi desenvolvido com o levantamento das dimensões das ruas próximas à cervejaria Brothers Beer na zona urbana do Município de Divinópolis Tais visão são pavimentadas eou calçadas sendo beneficiadas com o serviço de varrição além de determinar a frequência semanal necessária em cada rua Os serviços de varrição manual de vias e logradouros públicos serão realizados de segundafeira a sábado no período diurno mediante uma programação prévia e mensal Deverão indicar de forma regular a localização dos logradouros que serão realizados os serviços bem como o dimensionamento dos recursos necessários a frequência e o horário de atendimento A extensão total de ruas a serem varridas foi definida de acordo com a frequência de varrição estabelecida para as principais vias seguindo a equação 21 𝑁𝑣 𝑘𝑗 𝐹𝑣 𝑃𝑑 𝐶𝑟 18 Em que 𝑁𝑣 nº de varredores necessários 𝐾𝑗 vias a serem varridas em km de sarjetas 𝐹𝑣 frequência de varrição 𝑃𝑑 produção diária de cada varredor 𝐶𝑟 coeficiente de reserva 310 Sistema de Esgotamento Sanitário A partir de uma divisão da bacia Córrego Olhos Dágua realizada por Gomides 2021 representada pela Figura 06 a seguir podese dimensionar a rede de esgotamento sanitário da área em questão utilizandose de arquivos projetados pelo software AutoCad que exibiam as características necessárias do local para a realização do projeto Esses dados foram retirados da planta cadastral da Prefeitura de Divinópolis 41 Figura 6 Divisão da bacia Córrego Olhos dÁgua Fonte Prefeitura do Município de Divinópolis 2021 adaptado Aproveitouse dos dados fornecidos por Gomides 2021 para o início dos cálculos quais sejam densidade populacional consumo per capita coeficiente de infiltração vazão mínima e declividade mínima assim como obtenção de informações através de um arquivo disponibilizado pela prefeitura do município pelo software AutoCad que evidenciou a área de estudo com 45ha densidade populacional 600 habha consumo per capita 165 lhabdia coeficiente de infiltração 05 Lskm vazão mínima 15 Ls declividade mínima 05 Iniciase assim com o cálculo da vazão média pela equação 22 𝑄𝑚𝑒𝑑 08 P QPC 86400 19 Em que 𝑄𝑚𝑒𝑑 vazão média Ls 𝑃 população hab 𝑄𝑃𝐶 consumo per capita lhabdia 42 Em seguida calculase a vazão máxima do sistema multiplicando a vazão média 𝑄𝑚𝑒𝑑 por um coeficiente de majoração de 18 e encontrase o valor da vazão de infiltração de acordo com a equação 23 𝑄𝑖𝑛𝑓 𝐿 𝐶 20 Em que 𝑄𝑖𝑛𝑓 vazão de infiltração 𝐿 comprimento de rede 𝐶 coeficiente de infiltração Com os valores de vazão máxima e vazão de infiltração determinados podese encontrar a vazão de projeto a partir da equação 24 𝑄𝑝𝑟𝑜𝑗 𝑄𝑚á𝑥 𝑄𝑖𝑛𝑓 21 Em que 𝑄𝑝𝑟𝑜𝑗 vazão de projeto 𝑄𝑚á𝑥 vazão máxima 𝑄𝑖𝑛𝑓 vazão de infiltração A partir dos dados calculados iniciase o dimensionamento das redes coletoras definindo as cotas dos poços de visita vazão de contribuição capacidade de escoamento declividade e vazão de contribuição respeitando a ABNT NBR 96491986 Projeto de Redes Coletoras de Esgoto Sanitário ABNT 1986 O software Excel é utilizado como ferramenta de apoio para a elaboração de uma planilha que auxilie a visualização das informações e os resultados encontrados Para a vazão de contribuição utilizase a equação a seguir 𝑄𝑐𝑜𝑛 𝑞 𝐿 22 43 𝑄𝑗𝑢𝑠 𝑄𝑚𝑜𝑛 𝑄𝑐𝑜𝑛 23 Em que 𝑄𝑐𝑜𝑛 vazão de contribuição 𝑞 contribuição unitária de esgotos 𝐿 comprimento do trecho 𝑄𝑚𝑜𝑛 vazão de montante 𝑄𝑗𝑢𝑠 vazão de jusante A declividade em cada trecho da rede coletora não deve sobrepor nem ao mínimo e nem ao máximo admissível conforme estipulado pela ABNT NBR 96491986 ABNT 1986 Com os poços de visita PVs distribuídos e numerados ao longo da rede e com as vazões de interesse calculadas iniciase a próxima etapa de cálculos com o auxílio da planilha na qual é preenchida com o comprimento de cada trecho suas respectivas inclinações e a profundidade dos PVs de acordo com a declividade natural do local e com os parâmetros mínimos e máximos que foram propostos para o dimensionamento da rede e por fim é feita a escolha do diâmetro das tubulações levando em consideração que o diâmetro de saída deve sempre ser maior ou igual ao de entrada 311 Sistema de abastecimento de água Com base no artigo 4º do Decreto nº 72172010 BRASIL 2010 é possível obter levantamento e estudo sobre o sistema de abastecimento de água de Divinópolis a partir da análise da reserva captação e adução de água bruta bem como do tratamento dessa água e seus processos posteriores como adução da água tratada reserva da água tratada e distribuição Art 4o Consideramse serviços públicos de abastecimento de água a sua distribuição mediante ligação predial incluindo eventuais instrumentos de medição bem como quando vinculadas a esta finalidade as seguintes atividades I reservação de água bruta II captação III adução de água bruta IV tratamento de água V adução de água tratada e 44 VI reservação de água tratada BRASIL 2010 Para o estudo foram obtidos dados do portal do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento SNIS 2019 tal como o aumento anual da população total de Divinópolis entre os anos de 2015 e 2019 O referido aumento está diretamente ligado à quantidade de ligações ativas de água e diretamente proporcional ao aumento da extensão da rede de água A partir de dados retirados do mesmo portal citado anteriormente e também da Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais ARSAEMG 2021 podese analisar e diagnosticar informações referentes ao sistema de abastecimento de Divinópolis tais como companhia responsável pelo serviço extensão total da rede percentual da população atendida consumo per capita perdas no sistema e eficiência do sistema Através das referências obtidas é possível analisar as consequências sofridas pelo município em relação ao sistema de abastecimento e traçar comparações com o âmbito nacional 45 4 CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO Divinópolis é um município brasileiro do estado de Minas Gerais localizado entre os principais polos regionais de Minas ostentando a posição de maior cidade da mesorregião do Oeste de Minas e a principal da microrregião da cidade Situado na interseção das coordenadas geográficas 20º 8 21 de latitude sul e 44º 53 17 de longitude oeste De acordo com estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE o município possuí cerca de 242505 habitantes sendo o mais populoso do Oeste de Minas A cidade ocupa uma área de aproximadamente 708115 km² que é equivalente a 012 da área do estado apresentando uma densidade demográfica estimada de 30082 habkm² IBGE 2021 A geomorfologia do município encontrase situada na região das terras altas do Sudeste na faixa hipsométrica entre 600 e 850 m de altitude O relevo apresenta formações típicas de planaltos dissecados como serras e mares de morros As porções leste e noroeste do referido município são caracterizadas por terras altas que constituem a Serra dos Caetanos Nas porções leste e sudeste estão situadas as maiores áreas de várzea onde predominam os terrenos de aluvião IBGE 2021 O clima da cidade no inverno tem uma temperatura média de 16 C aproximadamente Já a média do mês mais quente fica em torno dos 25 C A microrregião de Divinópolis tem média anual de precipitação registrada de 1100 mm até 1700 mm os meses entre dezembro e fevereiro são os mais chuvosos e os mais secos são o outono e inverno IBGE 2021 41 Drenagem Pluvial Urbana No que se refere ao processo de urbanização a precipitação em uma bacia rural tem a oportunidade de infiltrar ou ficar retida por vegetações e evaporar ou deslocarse na bacia Com a urbanização os espaços que a precipitação ocorre é imprevisível ocasionando o aumento e escoamento superficial O aumento do pico de vazão acarreta em processos erosivos conduzindo os sólidos para os cursos de água e como consequência piora a obstrução dos sistemas de microdrenagem ocasionada pelos resíduos sólidos redução da recarga dos lençóis freáticos e enchentes nas áreas a jusante conforme relatam Tonello et al 2006 e Tucci 2016 46 O sistema de drenagem tem como prioridade a contenção dos riscos que as pessoas estão expostas a fim de diminuir os prejuízos advindos das águas pluviais e permitindo o desenvolvimento urbano de maneira harmônica articulada e ambientalmente sustentável O sistema é projetado para controlar enchentes e inundações que podem ocasionar deslizamentos de encostas o qual é entendido como o conjunto da infraestrutura para realização da coleta o transporte e o lançamento final das águas superficiais De acordo com a Prefeitura Municipal de Divinópolis 2022 o território é banhado por dois rios sendo eles os afluentes do rio São Francisco nele o rio Pará A nascente do rio São Francisco se localiza entre os rios de Minas Gerais e banha toda a costa leste de Divinópolis e o rio Itapecerica que nasce na região com águas dos ribeirões Boa Vista e Tamanduá cortando a cidade transversalmente e desaguando no rio Pará Segundo dados do Instituto Água e Saneamento IAS sd 3339 da área de Divinópolis é considerada urbana sendo que 43 dos domicílios de Divinópolis 3960 habitantes estão sujeitos a riscos de inundações tornando vulnerável a segurança dos moradores Entre os anos de 2013 a 2020 foram registradas duas enxurradas inundações ou alagamentos De acordo com os dados estão sujeitos aos riscos de inundações 3960 domicílios Através das análises do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento SINIS 2022 é possível notar que a parcela de área urbana em relação à área total é de 10 a densidade de domicílios na área urbana é de 12 domicílios por hectare a taxa de cobertura de pavimentação meiofio na área urbana de Divinópolis é de 69 a taxa de cobertura de vias públicas com redes ou canais pluviais subterrâneos na área urbana é de 1480 a parcela de curso dágua com parques lineares em relação à extensão total de cursos dagua em áreas urbanas é de 1160 Foi ainda avaliado a proporção de curso de água perenes canalizados a céu aberto em relação ao total de cursos de água urbanas tendo como proporção 240 Ademais as parcelas de cursos de água naturais perenes que foram canalizados em galerias fechadas é de 210 o volume total dos reservatórios de amortecimento em relação à área urbana é de 989040 metros cúbicos por quilômetros quadrados a densidade do total de captação de águas pluviais bocas de lobo por unidade de área urbana é de 1410 unidades por quilômetro quadrado a quantidade de domicílios urbanos sujeitos a riscos de inundação em relação à quantidade total de domicílios urbanos de 47 Divinópolis é de 290 a parcela da população impactada por eventos hidrológicos desabrigada ou desalojada devido á ocorrência de inundações é de 020 a quantidade de habitantes realocados em decorrência de eventos hidrológicos é de 010 pessoas por 100 mil habitantes Através das Equipes da Defesa Civil e Secretaria Municipal de Trânsito Segurança Pública e Mobilidade Urbana SETTRANS em DivinópolisMG foi registrado alagamentos em via pública inundação em uma creche veículos ficaram submersos na Rua Ibituruna no Bairro Ipiranga durante a chuva G1 CENTRO OESTE DE MINAS 2021 Conforme informações da Defesa Civil alguns bairros de Divinópolis precisaram de reparos De acordo com o órgão inundações foram registradas na Rua São João Del Rey no Bairro São Miguel e na região conhecida como Canto da Mina entre os bairros Porto Velho e Catalão O alagamento foi provocado pelo entupimento dos bueiros G1 CENTROOESTE DE MINAS 2019 Segundo o Jornal do Estado de Minas Gerais córregos transbordaram Como consequência deixou famílias desalojadas em Divinópolis Foram oito pontos de alagamentos em vários bairros em que houve a invasão de cerca de 20 casas no município O prefeito Gleidson Azevedo e a vice Janete Aparecida visitaram o local A região é geralmente conhecida por ser ponto de alagamento O córrego que deságua no rio Itapecerica também transbordou em um trecho no qual carros ficaram parcialmente submersos Foram registrados pontos de alagamentos também nos bairros Planalto e Bela Vista A última enchente de grande proporção registrada em Divinópolis foi em 2008 PORTAL GERAIS 2022 42 Sistema de Esgotamento Sanitário De acordo com a Agência Reguladora de Água e Esgoto de Minas Gerais ARSAEMG 2021 a responsável pela coleta e tratamento é a COPASAMG sendo o agente fiscalizador a ARSAEMG O Sistema de Esgotamento Sanitário possui uma extensão total de 22130 metros de interceptores 4 estações elevatórias de esgoto EEE além da elevatória final situada no interior da área da estação de tratamento de esgoto ETE localizada no rio Pará bem como 10 fossas comunitárias construídas pela Prefeitura Municipal previamente à concessão da prestação dos serviços de esgotamento sanitário à COPASA ARSAEMG 2021 48 Divinópolis conta com 836 de sua população atendida com os serviços e apresenta um sistema de esgotamento sanitário divido em três sistemas menores sistema Pará sistema Itapecerica e sistema Ermida ARSAEMG 2021 A partir da mesma fonte citada anteriormente temse que o principal corpo receptor de esgotos domésticos sem tratamento da cidade de Divinópolis é o rio Itapecerica Contudo a ETE Rio Pará é o corpo receptor do efluente para o esgotamento que recebe tratamento e abrange a bacia Olhos Dágua 43 Vias do Município Segundo o Plano Municipal de Mobilidade Urbana no Município de Divinópolis Lei nº 86432019 a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Políticas de Mobilidade Urbana SEPLAM é responsável por coletar os dados concernentes à situação das vias através das audiências realizadas periodicamente DIVINÓPOLIS 2019 A Secretaria Municipal de Fiscalização de Obras Públicas e Planejamento SEMFOP segundo a Prefeitura de Divinópolis é responsável pelos projetos de pavimentação e reparos das vias do município contendo todas as necessidades relacionadas ao uso como sarjeta sinalização e meiofio DIVINÓPOLIS 2019 A segunda e última audiência pública de mobilidade urbana realizada em março de 2019 apontou que trechos de vias importantes como a Avenida Paraná necessitavam de grandes reparos na pavimentação asfáltica em praticamente toda a sua extensão Essa mesma situação se repetia em outras ruas e avenidas DIVINÓPOLIS 2019 Porém a partir da segunda metade de 2022 o município por meio da SEMFOP iniciou o trabalho de recapeamento de várias ruas e avenidas de Divinópolis através da usina de asfalto recebida pelo município DIVINÓPOLIS 2022b 44 Sistema de Abastecimento de Água O Município de Divinópolis possui uma população de 240408 habitantes IBGE 2020 sendo 9742 residentes em área urbana e 258 em área rural O abastecimento de água do município é de responsabilidade da Companhia de Saneamento de Minas Gerais COPASA onde o rio Itapecerica é responsável 49 pelo abastecimento de cerca de 80 de toda a população e o rio Pará é responsável pelos demais 20 ambos da bacia do Rio São Francisco SNIS 2020 Vale dizer que 9520 da população total de Divinópolis tem acesso aos serviços de abastecimento de água percentual positivo se comparado às médias nacional e estadual sendo 8396 e 8267 respectivamente SNIS 2020 Divinópolis apresenta um consumo médio per capita de 1476 lhabdia valor acima da média do país que está em 14233 lhabdia Conta ainda com o preço por metro cúbico de água no município em 406 Rm³ enquanto que o preço médio cobrado no país é de 430 Rm³ o que representa um valor 557 menor quando comparados entre si SNIS 2020 Ainda é possível medir a eficiência do sistema de água uma vez que 9998 dos estabelecimentos de Divinópolis possuem hidrômetros Essa avaliação permite afirmar que 4046 da água capitada é perdida na rede antes mesmo de chegar às residências índice 3904 maior do que a média nacional uma vez que o índice médio de perda na distribuição do país está em 2910 SNIS 2020 45 Resíduos Sólidos Atualmente o serviço de coleta em Divinópolis é realizado por 12 caminhões compactadores do modelo Volkswagen 17260 ano 2021 conforme Figura 7 Tal coleta se faz nas áreas urbana rural e de difícil acesso do Município de Divinópolis pela empresa ENGESP Construção Eireli sendo coletado um total de aproximadamente 4132 quatro mil cento e trinta e dois toneladasmês de lixo DIVINÓPOLIS 2022b Em 2021 foram coletados 10039 quilos de resíduos provenientes da Coleta Seletiva Tais resíduos são destinados ao Centro de Triagem Ascadi dados obtidos por meio da SEMSUR Secretaria Municipal de Operações e Serviços Urbanos de Divinópolis 2021 50 Figura 7 Caminhões de coleta de lixo Fonte ENGESP 2022 O lixão do Município de Divinópolis localizase na rodovia que liga Divinópolis a Carmo do Cajuru denominada MG345 no km 6 As etapas de construção da quarta célula do lixão do Município de Divinópolis se iniciaram em março de 2017 e a conclusão da obra se deu em outubro de 2018 como apresentado na Figura 8 Dentre as melhorias implementadas estão a manutenção do local sendo a construção das lagoas de tratamento de lixiviados a instalação de geomembrana de 01 mm a construção das lagoas de prétratamento a construção dos drenos de captação de chorume e gás as atividades de requalificação manutenção com máquinas pesadas vigilância armada revitalização das áreas adjacentes Porém mesmo com todas essas medidas implantadas a atual situação do lixão de Divinópolis é demonstrada na Figura 9 Figura 8 Lixão do Município de Divinópolis Fonte SEMSUR 2021 51 Fonte Autoria própria 2022 Figura 9 Lixão de Divinópolis 52 5 CARACTERIZAÇÂO DA SUBBACIA 51 Caracterização do Solo 511 Caracterização por tamanho das partículas Através do tato e observação visual fazse a classificação inicial a qual é aprimorada através de outros testes expedidos convenientemente denominados de testes do vidro do cordão da fita de exsudação da resistência seca entre outros NEVES et al 2005 Verificase assim a textura e o comportamento do solo em diversas situações e identificase as técnicas construtivas mais adequadas De acordo com a amostra analisada dentro da bacia Olhos Dágua os resultados da classificação do solo podem ser observados na Tabela 3 Tabela 3 Resultados da inspeção tátilvisual do solo SOLO AMOSTRA RESULTADOS Tamanho das partículas Quantidade maior de grãos finos e médios Siltosa ou argilosa Cor As cores são claras e têm aspecto brilhante Solos inorgânicos Brilho Presença de brilho Terra argilosa Resistência ao tato Tem uma textura fina e suja os dedos como talco Terra argilosa Queda da bola Espalhase menos e apresenta maior coesão Terra argilosa Vidro Areia 4730 Silte 3015 Argila 225 Terra argilosa Cordão Foi esmagada facilmente e apresentou um cordão frágil Solo com maior concentração de argila Fita Obtevese um comprimento entre 5 a 10 cm com certa dificuldade Solo com maior concentração de argila Exsudação Após o aparecimento da água na superfície da mistura foi obtido uma reação rápida com a aplicação de mais de 30 golpes Terra de alta plasticidade Argila 53 Resistência do solo seco Necessário efetuar uma força considerável para seu rompimento Solo inorgânico de alta plasticidade argila Rolo Obtevese um comprimento entre 80 mm e 120 mm Temse a quantidade ideal de argila Fonte Autoria própria 2022 512 Conclusão da análise do solo O ensaio de análise tátilvisual dos solos é um ensaio rápido e prático utilizado para uma primeira identificação dos solos in loco ou mesmo em laboratório As amostras são examinadas procurando identificálas no mínimo através das seguintes características granulometria plasticidade compacidades consistência rugosidade forma origem e cor Por dependerem muitas vezes da experiência e sensibilidade de quem as está realizando podem não apresentar grande precisão SEVERO 2011 Desse modo ao considerar os resultados obtidos em todos os testes executados podese concluir que o solo em estudo do terreno apresentase como argiloso com uma parte em argila e uma porcentagem de areia e silte Tal tipo de solo tem partículas menores que 0002 mm Pelo fato de possuírem uma grande área superficial específica apresentam uma enorme capacidade de adsorção de água e outras substâncias Esse grande poder de adsorção faz com que partículas de argila se mantenham unidas em uma massa coesa depois de seca Quando úmida a argila é pegajosa e pode ser facilmente moldada Cada mineral de argila atribui diferentes propriedades aos solos nos quais são predominantes Por essa razão propriedades do solo como contração expansão plasticidade capacidade de retenção de água resistência do solo e adsorção de elementos químicos são dependentes do tipo e da quantidade de argila presente no solo SEVERO 2011 54 52 Caracterização Hidrológica De acordo com as características físicas da bacia hidrográfica do Córrego Olhos Dágua e da sua subbacia foram identificados dois cursos hídricos sendo o principal com aproximadamente 212 km de extensão e o afluente com 051 km de extensão tendo a bacia uma área de 28 km² e 72 km de perímetro Quanto à sub bacia esta possui uma área de 024 km² e 22 km de perímetro como é demostrado na Figura 10 em que estão retratadas suas delimitações e as demarcações dos cursos hídricos Os levantamentos altimétricos e delimitações da bacia e subbacia que estabeleceram suas características físicas estão demonstrados no apêndice 01 Figura 10 Delimitação da Bacia do Córrego Olhos Dagua da subbacia e seus cursos hídricos Fonte Prefeitura do Município de Divinópolis 2021 adaptado Para a bacia também foram realizados os cortes nos perfis longitudinal e transversal sendo encontrado um desnível de 1228 m comprimento do talvegue de 332 km e declividade de 37 Já para a subbacia foi encontrado um desnível de 62 m comprimento do talvegue de 082 km e uma declividade de 753 Dessarte a bacia é uma área classificada com média declividade e a subbacia com alta declividade segundo Tucci Porto e Barros 1995 sendo a declividade menor que 2 das áreas planas entre 2 e 7 das áreas com média declividade e maior que 7 das áreas com alta declividade A declividade tem relação direta com a velocidade de escoamento da bacia quanto maior ela é menor é o tempo de concentração e maiores são as chances de 55 picos de enchentes Os cortes longitudinal e transversal da bacia estão demostrados na Figura 11 Figura 11 Cortes longitudinal e transversal Fonte Autoria própria 2022 O fator de forma Kf da bacia hidrográfica do Córrego Olhos Dagua foi determinado através da Equação 13 sendo 228 km² a área e 296 km o comprimento axial resultando no valor 026 do fator de forma para bacia Assim segundo Palaretti 2013 a bacia obteve uma classificação que demonstra que ela não está sujeita a grandes enchentes conforme demostrado na Tabela 4 Tabela 4 Classificação do risco de enchentes relacionado ao fator de forma Kf Kf Características da bacia 100 075 Bacia com alta propensão a grandes enchentes 075 050 Bacia com tendência mediana a grandes enchentes 050 Bacia não sujeita a grandes enchentes Fonte Palaretti 2013 Já para coeficiente de compacidade Kc da bacia foi utilizado a Equação 14 sendo 228 km² a área e 718 km o perímetro total tendo como resultado 133 para a bacia Isso significa que de acordo com Palaretti 2013 a bacia possui tendência mediana a grandes enchentes como demostrado na Tabela 5 56 Tabela 5 Classificação do risco de enchentes relacionado ao coeficiente de compacidade Kc Kc Características da bacia 100 125 Bacia com alta propensão a grandes enchentes 125 150 Bacia com tendência mediana a grandes enchentes 150 Bacia não sujeita a grandes enchentes Fonte Palaretti 2013 A densidade drenagem Dd foi calculada através da Equação 15 sendo utilizado para a área total da bacia o valor de 228 km² e o comprimento dos cursos dágua principal e o tributário o valor de 263 km Com isso é obtido o valor de 115 kmkm² para a bacia tendo como classificação a capacidade mediana de drenagem segundo Beltrame 1994 como é visto na Tabela 6 Tabela 6 Classificação da capacidade de drenagem da bacia Dd Denominação 050 Baixa 050 200 Mediana 201 350 Alta 350 Muito alta Fonte Beltrame 1994 O cálculo da vazão mínima da bacia hidrográfica do Córrego Olhos Dagua e da subbacia do afluente foi feito a partir da Equação 16 tendo como rendimento específico RE o valor de 39 lskm² ANA 2021 áreas de 28 km² para bacia e 024 m² para subbacia Com isso os resultados foram de 799 ls para bacia e 084 ls para a subbacia Desse modo temse a menor vazão média de 7 dias consecutivos nos últimos 10 anos GERAIS 2016 Já para o cálculo da vazão máxima para a bacia e subbacia foi necessário definir os coeficientes de escoamento superficial médio C médio para a bacia e sub bacia sendo utilizado C 035 para as áreas verdes e C 060 para as áreas urbanizadas Os valores e tipologias foram estabelecidos por Gomides 2021 A partir disso foram delimitadas as áreas verdes da bacia sendo encontrada uma área de 0579 km² 25 Para a subbacia foi encontrada uma área de 0108 km² 45 sendo o restante da área da bacia e subbacia consideradas como área urbanizada 57 como pode ser visto na Figura 12 em que contém a delimitação das áreas verdes dentro da bacia e subbacia Figura 12 Demarcação das áreas verdes Fonte Autoria própria 2022 Com isso foram encontrados como valores de coeficientes de escoamento médio de 054 para bacia e de 049 para subbacia O tempo de concentração para bacia e subbacia foi encontrado a partir da Equação 17 sendo aproximadamente 35 minutos para a bacia e 9 minutos para a subbacia utilizandose o comprimento do talvegue de 332 km e desnível de 1228 m para a bacia No tocante à subbacia foi utilizado o comprimento do talvegue de 0823 km e desnível de 620 m No cálculo das intensidades pluviométricas i na bacia e subbacia foram adotados 10 25 e 50 anos para os tempos de recorrência TR estabelecidos por Gomides 2021 Para o tempo de concentração foi utilizado para bacia e subbacia 35 minutos e 9 minutos respectivamente sendo aplicado a Equação 18 extraída do software Plúvio 2015 Os resultados encontrados estão demostrados na Tabela 7 Tabela 7 Intensidades pluviométricas para cada tempo de recorrência TR Tempo de recorrência TR Bacia Córrego Olhos Dagua Subbacia Afluente 10 anos 11195 mmh 19030 mmh 58 25 anos 13509 mmh 22963 mmh 50 anos 15571 mmh 26469 mmh Fonte Autoria própria 2022 A definição dos valores das vazões máximas na seção exutória do Córrego Olhos Dagua e seu afluente foi realizada através do método racional e utilizada a Equação 19 de modo que para cada tempo recorrência é encontrado um valor diferente para a vazão máxima sendo utilizados os valores de 054 para bacia e 049 para subbacia como coeficientes de escoamento Os resultados estão demostrados na Tabela 8 Tabela 8 Vazões máximas para cada tempo de recorrência TR Tempo de recorrência TR Córrego Olhos Dágua Afluente 10 anos 3803 m³s 618 m³s 25 anos 4589 m³s 746 m³s 50 anos 5290 m³s 860 m³s Fonte Autoria própria 2022 As vazões máximas obtidas demonstram um crescimento de forma gradativa em relação ao tempo de recorrência Somado com a tendência do aumento das áreas impermeáveis na bacia é crescente o risco de inundações com o passar dos anos TUCCI1998 53 Caracterização 531 Caracterização socioeconômica O Projeto de Lei em nº 0612021 DIVINÓPOLIS 2021 que dispõe sobre o uso e ocupação do solo no Município de Divinópolis e a Lei ordinária nº 24181988 conhecida como Lei de Uso e Ocupação do Solo de Divinópolis DIVINÓPOLIS 1988 tem o papel de planejar a ocupação do território harmonizando o interesse da coletividade com o direito individual de seus habitantes assegurando uma densidade equilibrada da população e atividades compatíveis com a capacidade dos equipamentos urbanos e comunitários infraestrutura serviços urbanos associado ao respeito ao meio ambiente natural e patrimônio cultural DIVINÓPOLIS 1988 59 Verificouse na área de estudo os seguintes zoneamentos Zona Residencial 01 ZR 1 na bacia em análise Córrego Olhos dágua além da Zona Comercial 03 ZC3 e as Zona Especiais 01 02 e 03 ZE1 ZE2 e ZE3 descritos nos artigos 14 e 15 do Projeto de Lei em nº 0612021 e artigos 13 e 10A da Lei ordinária nº 24181988 como Projeto de Lei em nº 0612021 Art 14 I Zona Residencial 1 ZR1 atribuída às áreas urbanas de caráter predominantemente residencial onde a infraestrutura urbana existente ou com potencial de instalação seja compatível com uma diversificação de atividades de média área de abrangência não conflitantes com o uso residencial e caracterizada por um maior adensamento populacional Art 15 III Zona Comercial 3 ZC3 atribuída às áreas urbanas localizadas principalmente em áreas de transição entre zonas residenciais e não residenciais onde a infraestrutura urbana possibilite média diversificação de atividades média área abrangência e adensamento populacional compatível com as restrições urbanísticas locais em fomento à criação de centralidades nos bairros DIVINÓPOLIS 2021 Lei ordinária nº 24181988 Art 13 As Zonas Especiais subdividemse em I Zona Especial 1 ZE1 II Zona Especial 2 ZE2 III Zona Especial 3 ZE3 1º A Zona Especial 1 ZE1 compreende os espaços destinados ao desenvolvimento de projetos especiais tais como ampliação do sistema viário e áreas destinadas ao Programa Municipal de Habitação todos de iniciativa do Poder Público 2º A Zona Especial 2 ZE2 compreende espaços estabelecimentos e instalações sujeitas à preservação tais como áreas de preservação paisagística ou de proteção de mananciais bosques matas naturais reservas florestais e minerais parques urbanos monumentos históricos e áreas de valor estratégico para a segurança pública 3º A Zona Especial 3 ZE3 compreende os espaços estabelecimentos e instalações destinados aos serviços de uso público Art 10A É atribuída a classificação de Corredores aos terrenos cujos alinhamentos estejam voltados para as vias que exercem estruturação local ou regional em que se pretende promover usos não residenciais compatíveis com a ocupação do entorno e com a fluidez do tráfego AC Lei 87672020 DIVINÓPOLIS 1988 A região da Avenida Paraná tem uma característica comercial bem clara no corredor Há atividade constante do tipo institucional na prefeitura e educacional nas universidades próximas além de uma escola de ensino fundamental A densidade nessas regiões é moderada a alta durante seus horários de funcionamento Há ainda o uso do Parque de Exposições que apesar de ser usado apenas em datas específicas aumenta imensamente a densidade populacional da região 60 De acordo com Zona Residencial 1 ZR01 o gabarito máximo tem que estar em concordância com os critérios determinados no artigo 8º 2º da Lei nº 24181994 que determina Lei ordinária nº 24181988 Art 8º 2º A ocupação dos lotes na ZR1 obedecerão aos seguintes parâmetros PREFEITURA MUNICIPAL DE DIVINÓPOLIS a altura máxima no lado da rua definida por um plano com inclinação de 65 sessenta e cinco graus sobre a horizontal passando a 6 seis metros de altura na sua interseção com o plano de alinhamento da face oposta da rua conforme anexo 5 desta Lei Quando se trata de edificação diante de praças parques e outros equipamentos públicos similares a largura corresponderá ao dobro da distância compreendida entre o eixo da caixa de rolamento da via fronteira à edificação e o alinhamento do respectivo terreno b altura máxima nas laterais definida por um plano com inclinação de 60º sessenta graus sobre a horizontal partindo de 125 doze e meio metros de altura na sua interseção com o plano que passa pelos alinhamentos divisórios anexo 5 c recursos de fundo de acordo com os seguintes parâmetros 1 para construções com altura máxima de 6 seis metros e ocupação de 07 sete décimos do terreno o afastamento pode ser nulo ou no mínimo de 15 um e meio metro da divisa Os seis metros serão medidos a partir do nível médio do terreno natural considerandose tanto o perfil do terreno segundo a divisa dos fundos anexo 5 2 para construções com altura superior a 6 seis metros o afastamento será de 12 doze por cento da profundidade média do lote 3 em lotes de esquina o afastamento de fundo será tomado com relação ao logradouro principal considerandose como tal aquele de maior largura de caixa No caso de logradouros de mesma largura de caixa o principal será definido a critério do autor do projeto d a taxa de ocupação máxima na ZR1 Zona Residencial Um será de 72 setenta e dois por cento exceto para o pavimento com uso exclusivo de garagem que poderá ocupar até 100 cem por cento do terreno em qualquer nível NR alínea Lei 417697 DIVINÓPOLIS 1988 Através de visitas ao local podese observar que algumas construções não obedecem às regras estabelecidas É importante ressaltar que esse tipo de fiscalização deve ser feita pelo município e tem como norte a observância do cumprimento das normas previstas na Lei de Uso e Ocupação do Solo DIVINÓPOLIS 1988 Isso quer dizer que a execução da obra deve estar de acordo com o projeto aprovado pela prefeitura e a construção deve atender aos parâmetros urbanísticos legais a exemplo da área de construção no terreno e altura da edificação que variam de acordo com a região em que o empreendimento é erguido 532 Equipamento públicos e comunitários A partir das visitas feitas ao local foram realizados anotações e registros dos instrumentos principais de uso coletivo e urbanos Esses instrumentos foram expostos 61 no art 3º 6º da Lei Federal nº 978599 BRASIL 1999 lei esta que altera o art 2º da Lei nº 6766 de 19 de dezembro de 1979 BRASIL 1979 que passa a vigorar com as seguintes descrições Lei Federal nº 67661979 Art 2º 6o A infraestrutura básica dos parcelamentos situados nas zonas habitacionais declaradas por lei como de interesse social ZHIS consistirá no mínimo de Incluído pela Lei nº 9785 de 1999 I vias de circulação Incluído pela Lei nº 9785 de 1999 II escoamento das águas pluviaisIncluído pela Lei nº 9785 de 1999 III rede para o abastecimento de água potável e Incluído pela Lei nº 9785 de 1999 IV soluções para o esgotamento sanitário e para a energia elétrica domiciliar Incluído pela Lei nº 9785 de 1999 Portanto foi possível constatar que a região de estudo possui infraestrutura básica para a segurança da população como por exemplo sinalização das vias faixas de pedestres placas postes de iluminação pública bocas de lobo calçadas com rampas para acessibilidade de cadeirantes e guaritas para que a população possa usufruir do transporte público A área da subbacia Córrego Olhos Dágua é urbanizada e habitada atualmente contando com a CEMIG Companhia de Energia de Minas Gerais para fornecimento de energia elétrica para as edificações e vias públicas com a COPASA Companhia de Saneamento de Minas Gerais para abastecimento de água tratada e fornecimento de sistema de coleta de esgoto para a população Além da Engesp para a coleta de lixo domiciliar o transporte público é administrado pela empresa Trancid com 4 linhas disponíveis para a área da subbacia sendo elas 02 Danilo PassosBela Vista 03 N Sra de Lourdes Jardim das Acácias 19 Serra VerdeJardinópolis e 31 Maria Helena Copacabana Ademais é de inteira responsabilidade da Prefeitura Municipal de Divinópolis a manutenção e implantação do sistema de drenagem pluvial sistema viário e coleta dos resíduos gerados Além disso salientase que na área da bacia tem a presença de duas escolas municipais sendo elas a Escola Municipal José Carlos Pereira e Escola Municipal Professora Hermínia Corgozinho Há a presença de três instituições de ensino superior público a UEMG Universidade do Estado de Minas Gerais o CEFET 62 Centro Federal de Educação Tecnológica e a UFSJ Universidade Federal de São João Del Rei e por fim o Parque de Exposições da cidade 63 6 DIAGNÓSTICO DA INFRAESTRUTURA DA SUBBACIA 61 Sistema de Drenagem Pluvial Urbana O diagnóstico do serviço e manejo de águas pluviais foi elaborado a partir de uma análise feita da área da subbacia Foi realizado visitas de campo em toda área de estudo com auxílio de um mapa a fim de obter registros fotográficos localização das estruturas de drenagem e os pontos críticos pontos com acúmulo de sedimentos processos erosivos A etapa de visita in loco se deu no período de dezembro a março de 2022 Para a caracterização da microdrenagem as sarjetas foram classificadas pela sua capacidade de escoamento de água as bocas de lobo foram classificadas por tipo de guia grelha ou combinada número de entrada simples dupla ou tripla bem como estado de conservação boa danificada ou obstruída Foi feita a classificação das vias em tipo de calçamento poliédrico ou pavimentação asfáltica Os poços de visitas PVS foram classificados pelo adequado estado de conservação boa danificada ou obstruída Os componentes de microdrenagem que foram objetos de análise são estruturas que coletam pequenos volumes de águas pluviais de modo a evitar que a população tenha contato com essas águas bem como o acúmulo de água nas vias Após a conclusão da pesquisa de campo foi feito um levantamento de dados a respeito da região de estudo para elaborar a sua caracterização Foram realizadas a caracterização dos componentes de microdrenagem existentes e uma análise das suas localizações elaborando um diagnóstico com base no registro fotográfico sobre a situação dos componentes de drenagem quanto a sua integridade manutenção e eficiência A análise foi feita com base em BOTELHO 2011 VASCONCELOS 2021 2022 611 Resultadosdiscussões Tendo em vista que o projeto de pavimentação está na maioria das vezes atrelado ao de drenagem pluvial meiofio sarjeta bocas de lobo foi levantada a extensão de vias Como resultado observouse que um total de 457 quilômetros de vias da área de estudo da microbacia do Córrego Olhos Dágua possuem 64 pavimentação e dispõem de cobertura do sistema de drenagem pluvial Tais vias se concentram nos bairros Chanadour e Belvedere na cidade de Divinópolis Na Figura 13 está demarcada a bacia do Córrego Olhos DAgua área que foi realizado um estudo sobre o sistema de microdrenagem Figura 13 Identificação da subdivisão da bacia Olhos Dágua Fonte Autoria própria4 2022 612 Sarjetões Diante da análise feita não foi possível identificar calhas localizadas nos cruzamentos das vias destinadas a orientar o fluxo das águas na subbacia do Córrego Olhos Dágua 613 Sarjetas meiofio No diagnóstico observouse a presença de sarjetas de concreto contabilizados 19 trechos com sarjetas dos quais 14 trechos estão em boas condições de funcionamento cinco com sua capacidade de captação diminuída Alturas verificadas dos meiosfios foi de 20 a 12 cm de altura sendo que a altura recomendada é de 15 a 175 cm Figuras 14 e 15 em virtude da obstrução por vegetação e desgastes do concreto 4 Figura adaptada de COPERNICUS 2022 65 Figura 14 Sarjeta obstruída com vegetação Rua Epaminondas de Assis Fonte Autoria própria 2022 Figura 15 Sarjeta obstruída por desgaste do concreto Rua Júlio Nogueira Fonte Autoria própria 2022 A falta de sarjeta pode provocar aquaplanagem de veículos espirro de água e dificuldade de locomoção de pedestres Sarjetas com baixa declividade e largura pequena apresentam menor capacidade de escoamento da água De acordo com UFRGS 2005 se a vazão escoamento superficial for excessiva poderá ocorrer alagamento das ruas e seus reflexos inundação das calçadas e velocidade exagerada com erosão do pavimento Figura 16 Ausência de sarjeta Rua Antônia Amaral Tavares 66 Fonte Autoria própria 2022 O bairro apresenta o maior percentual de sarjetas em boas condições de funcionamento com o total de 19 trechos e cerca de 74 14 trechos apresentamse conservados Figura 17 e 18 Figura 17 Sarjeta com boa capacidade de escoamento da água Rua Frei Venceslau Fonte Autoria própria 2022 Figura 18 Sarjeta com boa capacidade de escoamento da água Rua Epaminondas De Assis 67 Fonte Autoria própria 2022 Quanto à análise ao estado de conservação a Tabela 9 indica a quantificação das sarjetas em função de sua qualidade estrutural e capacidade de escoamento de água Tabela 9 Quantificação qualitativa dos trechos com presença de sarjetas Nº trechos com Sarjetas Nº trechos com Sarjetas com capacidade de escoamento da água Nº trechos com Sarjetas com menor capacidade de escoamento da água 19 14 5 Fonte Autoria própria 2022 614 Bocas de lobo As Figuras 19 e 20 apresentam a localização das bocas de lobo instaladas nos bairros Chanadour e Belvedere Figura 19 Localização das bocas de lobo dos bairros Chanadour e Belvedere 68 Fonte Autoria própria5 2022 Figura 20 Localização das bocas de lobo dos bairros Chanadour e Belvedere bem como delimitação das subbacias Fonte Autoria própria6 2022 Foram contabilizadas 46 bocas de lobo das quais 28 estão em boas condições de funcionamento 18 com sua capacidade de captação diminuída em virtude da obstrução de sedimentos e outros materiais Figuras 21 e 22 estão com obstrução por vegetação reduzindo a capacidade de escoamento de água Figura 21 Boca de lobo obstruída com vegetação e lixo Rua Francisco Fernandes 5 Figura adaptada de COPERNICUS 2022 6 Figura adaptada de COPERNICUS 2022 SUB BACIA Córre Olh Dag 69 Fonte Autoria própria 2022 Figura 22 Boca de lobo obstruída com vegetação e lixo Rua Frei Venceslau Fonte Autoria própria 2022 O bairro apresenta o maior percentual de bocas de lobo em boas condições de funcionamento no total de 46 bocas de lobo e cerca de 61 28 estruturas apresentamse conservadas Figura 23 e 24 Figura 23 Boca de lobo de concreto Rua Frei Venceslau 70 Fonte Autoria própria 2022 Figura 24 Boca de lobo de concreto Av Brasília Fonte Autoria própria 2022 Quanto à análise de seu estado de conservação a Tabela 10 indica a quantificação das bocas de lobo em função de sua capacidade de engolimento Tabela 10 Quantificação qualitativa das bocas de lobo Nº total de BL Nº de BL em adequado estado de conservação Nº de BL obstruídadanificada 46 28 18 Fonte Autoria própria 2022 Notase que quase 39 delas encontramse obstruídas Isso se deve ao acúmulo de sedimentos resíduos de varrição e poda elevação do pavimento ou fechamento da entrada da boca de lobo 71 615 Vias Observase que grande parte da microbacia é contemplada por dois tipos de pavimentação calçamento em paralelepípedos e pavimentação asfáltica Calçamentos em paralelepípedo são considerados pavimentos ecologicamente corretos permitindo a infiltração da água da chuva As vantagens dessa infiltração vão desde a recarga do lençol freático até a diminuição da vazão escoada para os mananciais o que diminui os riscos de enchentes Pavimentação asfáltica é impermeabilizante e não permite o escoamento da água das chuvas Como vantagens citamse a resistência dos esforços horizontais e melhora das condições de rolamento que proporcionam comodidade e segurança Figuras 25 e 26 Figura 25 Calçamento poliédrico Rua La Paz Fonte Autoria própria 2022 Figura 26 Calçamento poliédrico Rua Caracas 72 Fonte Autoria própria 2022 A pavimentação asfáltica resulta no aumento da velocidade de escoamento das águas de chuva uma vez que a camada de asfalto é impermeável e visivelmente mais regular que o pavimento de paralelepípedo o que facilita o escoamento da água Figuras 27 e 28 Figura 27 Pavimentação asfáltica Av Amazonas Fonte Autoria própria 2022 Figura 28 Pavimentação asfáltica Av Amazonas 73 Fonte Autoria própria 2022 616 Poços de visita Através de análise foi possível identificar 39 poços de visita em pontos de encontro da drenagem subterrânea Foi diagnosticado recapeamento em alguns poços de visita A irregularidade impossibilita o acesso para possíveis manutenções A falta de acompanhamento de um profissional adequado nas tarefas de recapeamento e a falta de inspeção da prefeitura faz com que o problema se tornasse comum Não foi possível identificar o diâmetro da tubulação secundária dos poços de visita Figuras 29 e 30 Figura 29 Obstrução por recapeamento em poço de visita de ferro fundido Rua Julio Nogueira Fonte Autoria própria 2022 74 Figura 30 Obstrução por recapeamento em poço de visita de ferro fundido Av Amazonas Fonte Autoria própria 2022 O bairro apresenta o maior percentual de poços de visita em boas condições de acesso Do total de 39 PVS cerca de 9225 36 PVS apresentamse conservados Figura 31 Poço de visita de ferro fundido Rua Caracas Fonte Autoria própria 2022 Figura 32 Poço de visita de ferro fundido Rua Caracas 75 Fonte Autoria própria 2022 Quanto à análise de seu estado de conservação a Tabela 11 indica a quantificação dos poços de visita em função de sua qualidade estrutural e condições de acesso Tabela 11 Quantificação qualitativa dos poços de visita PVs Nº total de PV Nº de PV em adequado estado de conservação Nº de PV obstruídodanificado 39 36 3 Fonte Autoria própria 2022 617 Fundo de vale Não foi possível observar pelo difícil acesso a situação atual do fundo de vale se as condições estão contribuindo ou não para a retenção de detritos e diminuição da velocidade do fluxo no leito do canal 618 Diagnóstico do sistema de drenagem Segundo Morais e Silva 2019 podese concluir que o método proposto é aplicável para a elaboração do diagnóstico possibilitando a caracterização das estruturas de microdrenagem o que possibilita a identificação dos principais 76 problemas relacionados à drenagem urbana Notase que a bacia possui problemas relacionados à drenagem urbana o quais são associados aos efeitos da urbanização descontrolada São notados pontos positivos como a alta cobertura de pavimentação das vias facilitando o controle do escoamento e o número de distribuição das bocas de lobo na microbacia Porém destacase que aproximadamente 39 das bocas de lobo possuem problemas por causa de resíduos e sedimentos ou danificação em sua estrutura física 26 das sarjetas estão com obstrução por desgaste do concreto e vegetação reduzindo a capacidade de escoamento de água 775 dos poços de visita estão sem acesso para fazer manutenção por causa do recapeamento nos PVS Recomendase para a minimização desses problemas uma maior atuação do poder público em conjunto com a população planejando e colocando em prática as medidas não estruturais assim como a implantação de medidas estruturais projetos de zoneamento e regulamentação do uso do solo conscientização da população e educação ambiental Com base nos pontos analisados anteriormente fazse necessário uma fiscalização por parte do órgão responsável no que se refere aos lançamentos inadequadosclandestinos de esgotos em rede pluvial Em relação ao controle de possíveis alagamentos e inundações é necessária a elaboração de um programa de manutenção do sistema de drenagem junto à população em conjunto com um trabalho de educação ambiental Evitase assim o lançamento de resíduos sólidos e o comprometimento do funcionamento da rede prevenindo contra entupimentos assoreamento do córrego além da contaminação e alteração da qualidade de suas águas Com isso o sistema de drenagem urbana de águas pluviais provocará menos impactos na microbacia como um todo possibilitando uma melhor qualidade de vida para as pessoas que passam por essa região Assim sendo acreditase que por meio dos critérios apresentados na metodologia proposta foi possível caracterizar o sistema de drenagem de forma padronizada e abrangente 62 Sistema Viário De acordo com a Prefeitura de Divinópolis a Secretaria de Transportes e Serviços Urbanos SETRANS é um órgão diretamente ligado ao Chefe do Poder Executivo e tem a finalidade de exercer orientar coordenar e administrar os serviços de limpeza conservação e utilização dos bens públicos transporte urbano abertura manutenção e conservação de estradas vicinais rurais ramais e ruas e avenidas sem 77 pavimentação zelar pela observância das posturas municipais e administração dos serviços de manutenção mecânica dos equipamentos móveis e veículos próprios Além disso é a responsável pelas funções legislativas e fiscalizadoras e na participação da elaboração de leis Foram realizadas visitas in loco para a realização do diagnóstico através da Engenharia de Transportes A região analisada tem uma área de aproximadamente 22230976 m² com uma distância total de 272 km Em tal região apenas 2174 das suas vias são revestidas com pavimento asfáltico e 7826 são revestidos com calçamento poliédrico Após as visitas in loco foi observado a falta de sinalização na bacia delimitada tanto horizontal quanto vertical Das sinalizações verticais verificadas foram observadas placas de regulamentação e advertência sendo que algumas estão escondidas pela arborização Se a poda dos galhos demora aumentase o risco de acidentes As sinalizações podem ser observadas a seguir Figura 33 Placa de advertência Av Brasília Fonte Autoria própria 2022 78 Figura 34 Placa de regulamentação Rua Antônio Amaral Tavares Fonte Autoria própria 2022 Já para as sinalizações horizontais foi observado as marcas de canalização linhas de bordos tachões refletivos e linhas duplas amarelas nos trechos com pavimento asfáltico Diante disso foi possível analisar a falta de manutenção das faixas trânsito as quais encontramse desgastadas devido ao seu uso e o tempo ou por usarem materiais de baixa qualidade para a pintura das vias Também foi observada a falta de faixas de pedestres em locais onde o fluxo de carros é grande Caso existisse a correta sinalização traria maior segurança aos moradores da região As sinalizações podem ser observadas nas Figuras 35 e 36 Figura 35 Marca de canalização Rua José Faria Barros Fonte Autoria própria 2022 79 Figura 36 Linha dupla e tachão refletivo Rua José Faria Barros Fonte Autoria própria 2022 63 Sistema de Abastecimento de Água O abastecimento de água do Município de Divinópolis é de responsabilidade da Companhia de Saneamento de Minas Gerais COPASA Conforme a ARSAEMG 2013 a captação e tratamento da água que abastece a subbacia Córregos Olhos Dágua são realizados pela ETA Itapecerica a qual é responsável pelo tratamento de 846 da água da cidade local em que a referida empresa transporta a água tratada até o reservatório denominado RAPR1a com capacidade de 750 m³ localizado entre a Avenida Paraná e as Ruas Muriaé e Medina segundo a Figura 37 Figura 37 Reservatório RAPR1a Fonte ARSAEMG 2013 80 A ETA Itapecerica opera de forma satisfatória segundo o relatório da fiscalização da ARSAEMG ocorrido em abril de 2013 o qual aponta as seguintes constatações e não conformidades falta de conservação das instalações falta de limpeza do canal de água bruta falta de limpeza do decantador O sistema Itapecerica frequentemente apresenta paralisações no abastecimento de água ocorridas por manutenções e principalmente por estar localizado em zona de inundação Além disso a estação está operando próximo a sua capacidade limite o que impede o abastecimento de novas redes FUNEDIUEMG 2013 64 Resíduos Sólidos Segundo a Secretaria Municipal de Operações e Serviços Urbanos 2021 a coleta dos RSU Resíduos Sólidos Urbanos da subbacia estudada é realizada pela ENGESP nos dias de terçafeira quintafeira e aos sábados no período da manhã Conforme a mesma secretaria foram coletados em Divinópolis 5080326 toneladas de resíduos no ano de 2021 sendo uma média mensal de 4233605 toneladas e uma média de 14112 toneladas por dia Com dados fornecidos em 2022 pela empresa responsável pela coleta ENGESP são coletados no setor de coleta da subbacia uma média de 116 toneladas por mês o que representa 28 do lixo coletado em Divinópolis Os serviços de capina poda e varrição são realizados pela Secretaria Municipal de Operações e Serviços Urbanos Segundo a secretaria o cronograma e a programação são feitos através de ofícios em sua grande maioria solicitados por moradores da região onde há 15 equipes para realização das demandas sendo elas uma equipe de limpeza de córregos e rios duas equipes de drenagem pesada e duas equipes de drenagem leve uma equipe de poda pesada e duas equipes de poda leve quatro equipes de capina urbana uma equipe de manutenção de cemitérios uma 81 equipe com caminhão de varredeira mecanizada e uma equipe de limpeza urbana com equipamento mecanizado 65 Esgotamento Sanitário O Plano Municipal de Saneamento Básico de Divinópolis Decreto 98432011 DIVINÓPOLIS 2011 foi realizado para realizar o aperfeiçoamento e implementação da execução dos serviços de abastecimento de água esgotamento sanitário e destinação de resíduos sólidos no município Segundo os dados fornecidos pela ARSAEMG em 2021 836 da população teve acesso aos serviços de coleta do esgotamento sanitário um número superior à média do estado de Minas Gerais Já os valores para o tratamento desse esgoto encontramse baixos apenas 29 da população é atendida com o tratamento do esgoto coletado Entretanto existe uma meta para que esse valor atinja 90 até o ano de 2033 ARSAEMG 2021 Especificamente para a subbacia do Córrego Olhos DÁgua não foi possível a obtenção de dados referentes ao tratamento de esgoto por ausência de informações relacionadas à região Entretanto através das visitas in loco em 2021 pôdese observar o despejo inadequado de resíduos sem o devido tratamento o que resulta em danos na fauna e flora aquática e propicia um ambiente adequado para proliferação de vetores de doença de veiculação hídrica além da possível contaminação da população que reside aos arredores do córrego que recebe os efluentes Além da falta de interceptores foi observado a destinação incorreta do esgoto sanitário nas redes de drenagem pluvial resultando em refluxos de esgoto nos pontos de cotas mais baixas que são vedadas conforme art 11 do Capítulo IV do Decreto Estadual nº 328091991 MINAS GERAIS 1991 Tal artigo afirma que a tubulação de esgoto pode não comportar o acréscimo do volume em eventos com altos índices pluviométricos por não serem dimensionados para ser o receptor desses dois fluxos distintos A partir dessa mesma inspeção sobre a área de estudo da subbacia do Córrego Olhos DÁgua pôdese observar o degradante estado de conservação dos poços de visita PVs da região como observado na Figura 38 Ademais foi notado um grande distanciamento entre eles em trechos da subbacia o que em conjunto 82 com a obstrução de alguns acessos dificulta a manutenção em alguns trechos da rede Figura 38 Poços de visita Fonte Autoria própria 2021 83 7 PROPOSTAS E PROJETOS 71 Sistema de Drenagem Pluvial Urbana Com o diagnóstico feito a situação do sistema de drenagem foi analisada conforme subitem 61 Foi necessário a elaboração de um novo projeto representado no apêndice 02 com o intuito de apresentar melhorias no sistema de drenagem bem como o devido escoamento das águas da chuva diminuindo os riscos que a população está exposta Consequentemente ocorrerá a diminuição dos danos ligados às inundações A implementação dos novos dispositivos de drenagem tem o objetivo de reduzir os impactos relacionados à infiltração e escoamento 72 Memorial Descritivo Consoante apêndice 03 a rede foi elaborada com 77 segmentos de trechos Para a intensidade de precipitação obteve a maior cota de 73410 m e a menor 76720 m sendo o comprimento do talvegue principal de 2278 km² Após obter os dados e com a ajuda do arquivo do Autocad da área estudada foi possível calcular a vazão máxima por meio da Equação 01 Em seguida tevese como resultado da Equação 02 e Equação 03 o valor de 1471 minutos Tabela 12 Vazão máxima Dados da Área Coeficiente de Runoff Cálculo C Médio Residencial 712872 06 C Tradicional Vias 302959 095 005 0704383 Fonte Os autores 2022 Posteriormente foi empregue o período de retorno de 10 anos Com auxílio do programa Plúvio através da Equação 04 obtevese a intensidade de precipitação de chuva Tabela 13 Período de retorno TR 10 ANOS ipré 128425 84 ipós 20542326 Fonte Autoria própria 2022 Para as devidas locações dos sarjetões foi estudado o ponto mais baixo e o mais alto do loteamento Foi posicionado os sarjetões deforma a direcionar corretamente o fluxo da água representado no apêndice 03 Para o cálculo da vazão das sarjetas foi utilizada a Equação 05 Foi necessária a implantação de galerias em 29 trechos os quais possibilitaram determinar por meio da Equação 06 que os diâmetros definidos variaram entre 500 mm e 1500 mm A velocidade foi examinada através da Equação 07 Em seguida definiuse dispositivos de bocas de lobo Foram feitas as divisões das bacias de maneira adequada na planta Para a disposição das bocas de lobo quando ultrapassado a capacidade de engolimento foram implantadas bocas de lobo em ambos os lados da via Quando necessária à construção de bocas de lobo intermediárias ou para evitar que mais de quatro tubulações cheguem em um determinado poço de visita utilizouse as chamadas caixas de ligação tornando o projeto mais econômico substituindo o poço de visita no trecho mediante as Equações 08 e 09 Foi necessário a implantação de quatro bocas de lobo simples sem depressão com vazão de 0076 m³s duas bocas de lobo simples sem depressão com vazão de 0117 m³s 18 bocas de lobo de quatro lados caixa com grelha sem depressão com vazão de 0123 m³s e 26 bocas de lobo de quatro lados caixa com grelha com depressão e com vazão de 257 m³s como pode ser visto no apêndice 04 Delimitouse os PVs em mudanças de direção e encontro de redes Os diâmetros definidos variaram entre 500 mm e 1200 mm inclinações das vias foram favoráveis ao posicionamento das tubulações e dos poços de visitas que variaram sua profundidade entre 155 m e 255 m Desse modo é possível verificar um melhor escoamento dos efluentes advindo dos ramais de ligação das residências Foi necessário a implantação um total de 20 poços de visita como pode ser visto no apêndice 04 Após as determinações acima foi possível determinar a largura da caixa de areia mediante a Equação 10 e do comprimento pela Equação 11 sendo a vazão de final de plano de 2356729 m³s 85 Tabela 14 Largura da caixa de areia Caixa de areia Q 2356729 m³s Ø SOLIDOS 08 mm Vstabela 83 mm Vh 03 ms Fonte Autoria própria 2022 Após obter todas as informações necessárias foi possível então obter as dimensões do reservatório de detenção sendo a base de 1115 m e largura de 257763 m Por fim foi dimensionada a escada hidráulica de drenagem pela Equação 12 foi adotado L de 250 m Tabela 15 Dimensões do reservatório Reservatório de detenção Base Largura ADOTANDO H 096 1m L 2577632 m B 9819703 m L 16725 m B 1115 m L 162 m Fonte Autoria própria 2022 Tabela 16 Escada hidráulica de drenagem Escada Hidráulica Q 2356729 207 L 25 H ADOTANDO L 250 m 26731 4721895 H16 H 0566107 0634335595 H 075 m a 5 m b 105 m b 11 m Fonte Autoria própria 2022 86 721 Memorial de cálculo O dimensionamento de galerias bocas de lobo poços de visita está expresso no apêndice 03 Já no apêndice 04 consta o dimensionamento das bocas de lobo e poços de visita 73 Resíduos Sólidos O objetivo do Plano Municipal de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos PMGIRS disponibilizado pela Prefeitura de Divinópolis DIVINÓPOLIS 2013 é contribuir para a redução da geração de resíduos sólidos no município orientando o correto acondicionamento armazenamento coleta transporte tratamento e destinação final No caso do Município de Divinópolis o PMGIRS encontrase desatualizado uma vez que o último arquivo disponibilizado pela prefeitura é do ano de 2013 tendo em vista que o plano é comumente atualizado a cada quatro anos Assim sendo necessário se faz a atualização desse plano 731 Dimensionamento de frota Com o intuito de dimensionar a quantidade de veículos necessária para a coleta de resíduos na região delimitada foram adotados os seguintes parâmetros produção de resíduos per capita 0655 kghabdia dias de coleta três vezes por semana terça quinta e sábado população 1349 habitantes quantidade de resíduos produzidos por dia 883 kg peso específico dos resíduos compactados 800 kgm³ quantidade de resíduos por coleta 2 m³ capacidade do caminhão compactador 15 m³ 10 t velocidade média de coleta 6 kmh tempo de operação de descarga 15 minutos jornada de trabalho 8 horas velocidade média de transporte 30 kmh 87 distância entre a garagem e início da rota 81 km distância entre o final da rota e a estação de transbordo 134 km comprimento total das vias a serem coletadas 873 km Aplicando os dados analisados na Equação 20 temse 𝑁 1 8 873 6 2 7 30 2 134 30 2 10 𝑁 02625 Após o cálculo feito temse que a quantidade necessária de caminhões para realizar a coleta da área delimitada é de um caminhão composto por uma equipe de trabalho de três coletores e um motorista segundo a ENGESP A região tem coleta três vezes na semana terça feira quintafeira e sábado pela manhã A rota do caminhão projetada para a coleta de resíduos da região demonstrada consta na Figura 39 em que o trajeto apresentado em azul demonstra a passagem do caminhão A rota é projetada a partir da disposição em que um coletor passa agrupando os lixos das vias apresentadas na cor branca em pontos estratégicos Tal rota possui o fim de otimizar o tempo e o trabalho para o caminhão e os restantes dos coletores As seguintes figuras pertencem ao apêndice 05 Figura 39 Rota do caminhão de coleta de lixo Fonte Autoria própria 2021 88 732 Sistema de varrição Segundo o Plano Municipal de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos de Divinópolis 2013 os serviços de varrição são executados por funcionários da Empresa Pública EMOP Empresa Municipal de Obras Públicas Existem duas equipes uma diurna de aproximadamente 60 homens e uma equipe noturna de aproximadamente 12 homens A varrição é feita em passeios e vias públicas por rotas individuais projetadas para atender as principais vias analisando suas características o fluxo de veículos e o tipo de arborização projeto incluso e apresentado pela Figura 40 Figura 40 Rota da equipe de varrição Fonte Autoria própria 2021 Para a área de estudo foi projetada uma equipe de varrição manual composta por seis varredores utilizandose de contentor de polietileno com rodas e pedal lixeiras com capacidade para 120 litros vassourão apropriado do tipo Prefeitura vassourão de tamanho médio para acabamentos pá leque e sacos plásticos de 150 litros com espessura mínima de dez micras na cor verde identificados com o nome e logomarca da contratada e da contratante Os resíduos provenientes dos serviços de varrição deverão ser acondicionados nos sacos plásticos especificados para o serviço e dispostos nos passeios calçadas ou outros locais apropriados ao longo das vias para posterior remoção pelo veículo da coleta domiciliar da área 89 733 Sistemas de capina e roçagem Quando não efetuada a varrição regular ou quando chuvas carreiam detritos para logradouros as sarjetas acumulam terra onde em geral crescem mato e ervas daninhas Tornase necessário então serviços de capina do mato para evitar o mau aspecto das vias públicas A equipe estimada para a operação executará o serviço utilizandose de carro de mão enxada vassourão pás roçadeiras e outros equipamentos necessários à boa execução dos serviços A região estudada tem um total de 1746332 m linear de passeio que serão executados por mês ou seja 1746 km Considerando que a largura de limpeza ao longo dos passeios é em média de 060 m resulta em uma média mensal de capinação de 1047799 m² Segundo o livro Lixo Municipal Manual de Gerenciamento Integrado aconselhase utilizar uma produtividade de 150 m² por dia com jornada de trabalho de 8 horasdia Dessa forma durante uma semana de 44 horas a produção será de 82500 m² Contando com a roçada quinzenal a produção mensal será de 165000 m² Sendo assim a necessidade mínima para execução da capinação mensal será de sete garis 74 Esgotamento Sanitário A partir de dados apresentados no capítulo 310 podese iniciar o dimensionamento da rede coletora de esgoto para a área de estudo a qual também foi identificada no mesmo capítulo Para a facilitação na elaboração dos cálculos utilizouse uma planilha em Excel apresentada no apêndice 06 e através do software AutoCAD e do desenho da região de estudo disponibilizado pela prefeitura do Município de Divinópolis foi feito o traçado da rede coletora que está disponível no apêndice 07 Analisando a área de projeto suas curvas de nível e os obstáculos superficiais nos logradouros onde a rede coletora será traçada foram posicionando os poços de visita PVs de maneira estratégica seguindo as recomendações da ABNT NBR 96491986 A partir dos traçados realizados em DWG e dos resultados da planilha de cálculo da rede de esgoto determinouse que a grande maioria dos 98 poços de visita irão ter a profundidade usual de 120 m devido à declividade natural do terreno que 90 favorece o escoamento Porém alguns trechos terão sua profundidade aumentada chegando a atingir uma cota de 487 m devido ao desfavorecimento no sentido do escoamento Definiuse os diâmetros das tubulações respeitando as velocidades e vazões máximas e priorizando o fato de que o diâmetro de saída não pode ser menor que o diâmetro de chegada sendo assim eles ficaram compreendidos em predominância com a medida de 100 mm Entretanto houve pontos em que os diâmetros foram superiores atingindo o diâmetro máximo de 300 mm para a área de estudo Foi respeitada a declividade mínima de 05 e adotada para os trechos em que não foi atingido esse mínimo A vazão média vazão máxima vazão de projeto vazão de infiltração e a vazão de contribuição unitária foram calculadas de acordo com as fórmulas disponibilizadas no capítulo 310 e apresentam respectivamente 𝑄𝑚𝑒𝑑 4125 𝑙 𝑠 𝑄𝑚𝑎𝑥 7425 𝑙 𝑠 𝑄𝑝𝑟𝑜𝑗 7841 𝑙 𝑠 𝑄𝑖𝑛𝑓 41621 𝑙 𝑠 𝑄𝑐𝑜𝑛 942 𝑙 𝑠𝑘𝑚 75 Vias Em relação às vias estudadas na subbacia verificouse após análise in loco e verificação de dados que os trechos com calçamento poliédrico em mau estado de conservação eram de 527 dos trechos analisados calçamento poliédrico em bom estado de conservação era de 236 pavimento asfáltico em mau estado era de 218 e pavimento asfáltico em bom estado era de 18 de um total de 5783241 m² analisados Sendo assim propôsse a recuperação dos trechos de pavimentação asfáltico que estão em situação precária sendo apenas dimensionada a fresagem descontínua nos trechos onde era necessária devido a buracos e a aplicação de 3 cm de CBUQ precedida de pintura de ligação 91 Nas vias pavimentadas com pedras irregulares foi proposto em primeira instância a recuperação com poliedros e após a pavimentação com CBUQ sendo 3 cm como primeira camada e 3 cm como camada fina ambas precedidas por pintura de ligação A tabela a seguir mostra o quantitativo dos materiais necessários Tabela 17 Insumos para pavimentação das ruas em estudo Insumo Quantidade Pintura de ligação 9174525 m³ CBUQ 659911 ton Poliedro 6881 m³ Fonte Autoria própria 2021 751 Sinalização horizontal De acordo com o CONTRAN 2007a 2007b foram demarcadas as sinalizações longitudinais sendo elas o Fluxo Oposto Simples Contínua LFO1 e a Linha de Fluxo Oposto Simples Seccionada LFO 2 A velocidade regulamentada das vias é menor que 60 kmh e a largura da linha possui 10 cm Diante disso foram projetadas linhas de bordo LBO em vias de velocidade menor que 80 kmh A largura da linha estabelecida é de 10 cm conforme determina o manual Em seguida foram determinadas Linhas de Retenção LRE Linhas de Dê a preferência LDP e Faixas de Travessia de Pedestres FTP Além disso foram alocadas marcas de delimitação de estacionamento eou parada de proibição e delimitação de estacionamento regulamentado salientase que foram demarcados três pontos de ônibus na Avenida Brasília Também foi determinada a alocação de ciclo faixas na Rua Epaminondas em ambos sentidos visando o bemestar e segurança dos praticantes de atividades físicas A referida rua foi sinalizada por linhas de bordo legendas com símbolos de bicicletas linhas de divisão de fluxo bem como sinalização vertical e horizontal Foram sinalizadas com linha longitudinal branca de 20 cm e vermelha de 10 cm possuindo 110 m de largura e aproximadamente 710 m de extensão Os detalhamentos de todas as sinalizações horizontais utilizados podem ser encontrados no projeto de sinalização que está no apêndice 8 92 752 Sinalização vertical Foi proposto a instalação de placas de parada obrigatória R1 nos cruzamentos visando à prevenção de acidentes Sinalizações como linhas de retenção placas passagem de pedestres A32b que visam advertir o condutor do veículo sobre a existência de algum acidente Também foi proposta a instalação de faixas de travessia no local placa R6b permitido estacionar placa R6a proibido estacionar placa R6c proibido parar e estacionar e placa R19 velocidade máxima permitida sendo alocadas ao decorrer das vias Conforme orientações do CONTRAN 2007a 2007b para vias urbanas as placas com forma circular possuem diâmetro mínimo de 40 cm tarja e orla de 4 cm as placas de forma octogonal Pare para vias urbanas placas com formato quadrado com lado mínimo de 45 cm orla externa de 09 cm e orla interna de 18 cm passagem de pedestre possuindo lado mínimo de 25 cm orla interna branca de 2 cm e orla externa vermelha de 1 cm e as placas triangulares Dê a preferência que possuem lado mínimo de 75 cm e orla de 10 cm Além disso foram colocadas placas de sinalização de advertência indicando os semáforos travessias de pedestres e a ciclo faixa Segundo o CONTRAN 2007a 2007b em vias urbanas os sinais de forma quadrada que possuem lado mínimo de 45 cm orla externa de 09 cm e orla interna de 18 cm não foram adotadas sinalizações de advertência especiais Por fim foram colocadas as placas de sinalização de indicação próximo aos pontos de ônibus seguindo as instruções presentes no Manual de Sinalização Vertical de Indicação CONTRAN 2007a2007b O detalhamento do posicionamento da placa pode ser encontrado no projeto de sinalização que está no apêndice 8 753 Sinalização semafórica Já para o projeto de sinalização semafórica foi preciso estabelecer quais as vias com maiores conflitos e com maior movimento Diante desse estudo foram escolhidas as interseções da Avenida BrasíliaRua Francisco Fernando 93 FernandesRua Waldemar Faustino de Sousa da Rua Júlio NogueiraRua Frei Wenceslau e da Avenida AmazonasRua Antônio Amaral Tavares A escolha foi feita com base no maior fluxo de veículos na região e o seu tipo de pavimento se tornando uma área mais adequada para a instalação um semáforo Foi elaborado um estudo de caso de sinalização semafórica para o cruzamento da Av BrasíliaR Francisco Fernando FernandesR Waldemar Faustino de Sousa onde foram determinados o diagrama de conflitos Tabela 1 para demonstrar os possíveis movimentos conflitantes ou não do cruzamento bem como o diagrama de estágios indicado na Figura 50 mostrando quais semáforos devem estar no tempo vermelho e quais em tempo de verde Figura 41 Diagrama de movimentos Fonte Autoria própria 2022 Conflitos entre os possíveis movimentos da interseção por meio do Quadro 1 Quadro 1 Movimentos de interseção M V1 M V2 M V3 M V4 M V5 M V6 M V7 M V8 M V9 MV 10 MV 11 MV 12 MV 1 x x x MV 2 x x x x x x MV 3 x x x x x x x MV 4 x x 94 MV 5 x x x x x x MV 6 x x x x x x x MV 7 x x MV 8 x x x x x x MV 9 x x x x x x x MV 10 x x MV 11 x x x x x x MV 12 x x x x x x x x Fonte Autoria própria 2022 E assim foram definidos os diagramas de estágio conforme as Figuras 51 a 54 Figura 42 Estágio 1 Fonte Autoria própria 2022 95 Figura 43 Estágio 2 Fonte Autoria própria 2022 Figura 44 Estágio 3 Fonte Autoria própria 2022 96 Figura 45 Estágio 4 Fonte Autoria própria 2022 Foi elaborado um estudo de caso de sinalização semafórica para o cruzamento da Rua Júlio NogueiraRua Frei Wanceslau onde foram determinados o diagrama de conflitos Tabela 2 para demonstrar os possíveis movimentos conflitantes ou não do cruzamento bem como o diagrama de estágios indicado na Figura 55 mostrando quais semáforos devem estar no tempo vermelho e quais em tempo de verde Figura 46 Diagrama de movimentos Fonte Autoria própria 2022 Assim foi desenvolvido o Diagrama de Conflitos conforme Quadro 2 97 Quadro 2 Diagrama de conflitos M V1 M V2 M V3 M V4 M V5 M V6 M V7 M V8 M V9 MV 10 MV 11 MV 12 MV 1 x x x MV 2 x x x x x x MV 3 x x x x x x x x MV 4 x x x MV 5 x x x x x x MV 6 x x x x x x x x MV 7 x x x MV 8 x x x x x x MV 9 x x x x x x x x MV 10 x x x MV 11 x x x x x x MV 12 x x x x x x x Fonte Autoria própria 2022 Diagramas de estágios conforme as Figuras 56 a 59 Figura 47 Estágios 1 Fonte Autoria própria 2022 98 Figura 48 Estágios 2 Fonte Autoria própria 2022 Figura 49 Estágios 3 Fonte Autoria própria 2022 Figura 50 Estágios 4 99 Fonte Autoria própria 2022 Para as aproximações da Avenida Amazonas e Rua Antônio Amaral Tavares foi elaborado um estudo de caso de sinalização semafórica onde foram determinados o diagrama de conflitos Tabela 3 para demonstrar os possíveis movimentos conflitantes ou não do cruzamento e o diagrama de estágios mostrando quais semáforos devem estar no tempo vermelho e quais em tempo de verde Figura 51 Diagrama de movimentos Fonte Autoria própria 2022 Assim foi desenvolvido o Diagrama de Conflitos conforme Quadro 3 100 Quadro 3 Diagrama de conflitos M V1 M V2 M V3 M V4 M V5 M V6 M V7 M V8 M V9 MV 10 MV 11 MV 12 MV 1 x x X MV 2 x x x x x X MV 3 x x x x x x x X MV 4 x x X MV 5 x x x x x X MV 6 x x x x x x x X MV 7 x x x MV 8 x x x x x X MV 9 x x x x x x x X MV 10 x x x MV 11 x x x x x x MV 12 x x x x x x x Fonte Autoria própria 2022 Diagramas de estágios conforme as Figuras 52 53 54 e 55 Figura 52 Estágios 1 Fonte Autoria própria 2022 101 Figura 53 Estágios 2 Fonte Autoria própria 2022 Figura 54 Estágios 3 9 Fonte Autoria própria 2022 102 Figura 55 Estágios 4 Fonte Autoria própria 2022 103 8 CONCLUSÃO Ao finalizar as etapas discorridas nos capítulos anteriores os objetivos do trabalho em questão foram cumpridos Em relação ao estudo do solo foram realizados testes tátilvisuais que possibilitaram uma definição prévia da caracterização e classificação do solo afim de visar quais são as possíveis obras a serem construídas no local eou quais são os possíveis reparos que se deve fazer no solo para atingir o objetivo almejado O presente estudo possibilitou um diagnóstico da infraestrutura urbana de uma subbacia do Córrego Olhos Dágua localizada no Município de Divinópolis Pôde ser definido o conjunto de obras que proporiam melhorias por meio de levantamentos visitas in loco e fundamentações técnicas Dessa forma foram compreendidas as condições dos elementos que compõem a cidade A partir dos resultados obtidos foram possíveis a proposição de melhorias para a área urbana bem como soluções para os problemas encontrados visando o bem estar da população Realizouse a caracterização da subbacia quanto aos seus aspectos físico e urbanístico Diante da análise feita da área estudada constatouse uma deficiência em relação aos equipamentos de drenagem urbana como a ausência de galerias e sarjetões bem como bocas de lobo danificadasobstruídas pela manutenção inadequada Foi proposto um novo projeto de sistema de drenagem da subbacia Ademais foi feito um estudo advindo especialmente do Plano Diretor da cidade de Divinópolis no qual foram estabelecidos critérios e parâmetros para o uso e ocupação do solo com o intuito de ordenar e orientar o crescimento correto da área da Bacia Córrego Olhos Dágua Visouse controlar a utilização do espaço urbano e definir as atividades permitidas nela buscando o desenvolvimento integrado com a proteção ambiental correta No âmbito hidrológico as vazões máximas e mínimas obtidas do Córrego Olhos Dágua e de seu afluente em conjunto com as características físicas como densidade de drenagem declividade e forma da bacia fizeram com que fosse possível a classificação da bacia com o risco baixo e mediano de ocorrências de grandes enchentes e capacidade mediana de drenagem Os dados hidrológicos extraídos contribuem na previsão de chuvas intensas e fornecem parâmetros para possíveis medidas mitigadoras que tornem mais eficiente o funcionamento da infraestrutura da bacia 104 Em relação às vias os levantamentos mostraram que as ruas em estudo carecem de melhorias como reparos na pavimentação A partir disso foi dimensionado o recapeamento asfáltico para as ruas que já possuíam a pavimentação com CBUQ determinando a espessura de cada camada e a quantidade de pintura de lidação necessária para que o tráfego seja melhor atendido A partir do diagnostico elaborado da sinalização viária foi realizada uma proposta para a sua melhoria com intuito de garantir maior eficiência com segurança e fluidez no trânsito na bacia Córrego Olhos Dágua A partir dos dados coletados sobre a gestão de resíduos sólidos de Divinópolis é possível concluir que o assunto necessita de mais atenção por parte da prefeitura começando com a atualização do Plano Municipal de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos que não há mudanças desde 2013 Sobre a subbacia Córregos Olhos Dágua foi apresentado o dimensionamento da frota de coleta de resíduos sólidos e o sistema de varrição de vias e logradouros públicos visando um melhor conforto e saúde para a população Com relação ao sistema de esgotamento sanitário realizouse um levantamento de dados com o intuito de compreender a situação da subbacia e após essa análise foi realizado o dimensionamento das redes coletoras de esgoto buscando a eficiência do sistema seguindo as condições exigidas pela ABNT NBR 96491986 Projeto de Redes Coletoras de Esgoto Sanitário Com o projeto realizado de acordo com as normas vigentes e com os cuidados ambientais podese garantir que não ocorrerá a poluição de rios e córregos contribuindo com a preservação dos recursos hídricos locais Para o sistema de abastecimento de água o diagnóstico e o levantamento de dados da infraestrutura da subbacia foram contemplados através de pesquisas em órgãos públicos para compreender a situação atual dos sistemas de abastecimento Levantouse dados sobre o funcionamento a eficiência de sua produção e atendimento assim como os principais problemas encontrados na prestação do serviço 105 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS E SANEAMENTO BÁSICO ANA Hidroweb v327 Rede Hidrometeorológica 2005 Disponível em httpwwwsnirhgovbrhidrowebapresentacao Acesso em 01 nov 2022 AGÊNCIA REGULADORA DE SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO DO ESTADO DE MINAS GERAIS ARSAEMG Panorama da prestação dos serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário no município de Divinópolis COPASA 2021 Disponível em httpwwwarsaemggovbrpanoramasdivinopoliscopasapdf Acesso em 18 out 2022 AGÊNCIA REGULADORA DE SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO DO ESTADO DE MINAS GERAIS ARSAEMG Relatório de Fiscalização Fiscalização do Sistema de Abastecimento de Água da sede do Município de Divinópolis 2013 Disponível em 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Integrado de Resíduos Sólidos Divinópolis 2013 Disponível em httpwebcachegoogleusercontentcomsearchqcachegvUSDQj777MJwwwdivin opoinstarservidorcombrarquivos39planmungerintresidsolidospdfcd3hlpt BRctclnkglbr Acesso em 14 set 2022 DIVINÓPOLIS Obras Prefeitura faz recapeamento asfáltico nas vias da cidade 31 jan 2022b Disponível em httpswwwdivinopolismggovbrportalnoticias0311554prefeiturafaz recapeamentoasfalticonasviasdacidade Acesso em 14 nov 2022 DIVINÓPOLIS Projeto de lei nº 061 de 2021 Dispõe sobre o uso e ocupação do solo no município de Divinópolis DOM DivinópolisMG 2021 Disponível em httpssapldivinopolismglegbrmediasaplpublicmaterialegislativa202130735proj etodeleiemno0612021luospdf Acesso em 10 set 2022 EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA EMBRAPA Satélites de monitoramento Campinas Embrapa 2020 Disponível em httpswwwembrapabrsatelitesdemonitoramento Acesso em 10 nov 2022 ENGENHARIA SÃO PATRÍCIO ENGESP Engesp engenharia 2022 Disponível em httpswwwengespengenhariacombr Acesso em10 nov 2022 G1 CENTROOESTE DE MINAS EQUIPES DA PREFEITURA FAZEM LEVANTAMENTOS DE OCORRÊNCIAS APÓS CHUVA EM DIVINÓPOLIS 07 out 2021 Disponível em httpsg1globocommgcentro 108 oestenoticia20211007equipesdaprefeiturafazemlevantamentosde ocorrenciasaposchuvaemdivinopolisghtml Acesso em 14 nov 2022 G1 CENTROOESTE DE MINAS VÁRIOS BAIRROS DE DIVINÓPOLIS TÊM REFLEXOS APÓS FORTE CHUVA E VENTANIA 28 fev 2019 Disponível em httpsg1globocommgcentrooestenoticia20190228variosbairrosde divinopolistemreflexosaposfortechuvaeventaniaghtml Acesso em 14 nov 2022 GERAIS M Introdução à hidrologia aplicada In NAGHETTINI Mauro PINTO Éber José De Andrade Hidrologia estatística Belo Horizonte Cprm 2016 GOMIDES Clécio Eustáquio Notas de Aula Divinópolis 2021 GRUPO DE PESQUISA EM RECURSOS HÍDRICOS GPRH Software Plúvio 21 Chuvas intensas para o Brasil 2015 Disponível em httpwwwgprhufvbrareasoftwares Acesso em 05 out 2022 INFRAESTRUTURA DE DADOS ESPACIAIS IDESISEMA Infraestrutura de dados espaciais do sistema estadual 2021 Disponível em httpidesisemameioambientemggovbr Acesso em 12 jul 2021 INSTITUTO ÁGUA E SANEAMENTO IAS Municípios e saneamento beta Divinópolis MG sl sd Disponível em httpswwwaguaesaneamentoorgbrmunicipiosesaneamentomgdivinopolis Acesso em 14 jun 2022 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA IBGE Censo brasileiro de 2010 Divinópolis sl Ibge 2017 Disponível em httpscidadesibgegovbrbrasilmgdivinopolispanorama Acesso em 15 out 2022 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA IBGE Censo brasileiro de 2020 Divinópolis sl Ibge 2017 Disponível em httpscidadesibgegovbrbrasilmgdivinopolispanorama Acesso em 15 out 2022 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA IBGE Cidades e Estados Divinópolis sl Ibge 2021 Disponível em httpswebcachegoogleusercontentcomsearchqcacheFIqBvc5k1VMJhttpsww wibgegovbrcidadeseestadosmgdivinopolishtmlcd2hlptBRctclnkglbr Acesso em 15 out 2022 KIRPICH TP Time o concentration of small agricultural watersheds Journal of Civil Engineering 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Cerveira Portugal Escola Superior Galaecia 2005 OCCHIPINTI AG SANTOS PM Relações entre as precipitações máximas de um dia e de 24 horas na cidade de São Paulo São Paulo Instituto Astronômico e Geofísico USP 1966 PALARETTI L F Manejo de bacias hidrográficas Jaboticabal Sl 2013 PORTAL GERAIS Alagamentos Chuva Córregos transbordam e deixam famílias desalojadas em Divinópolis 07 jan 2022 Disponível em httpswwwemcombrappnoticiagerais20220107internagerais1336166chuva corregostransbordamedeixamfamiliasdesalojadasemdivinopolisshtml Acesso em 14 nov 2022 SECRETARIA MUNICIPAL DE OPERAÇÕES E SERVIÇOS URBANOS SEMSUR 2021 SEVERO R N F Caracterização geotécnica da falésia da ponta do Pirambu em Tibau do SulRN considerando a influência do comportamento dos solos nos estados indeformado e cimentado artificialmente Tese Doutorado Universidade Federal de Pernambuco Ctg Programa de pósgraduação em engenharia civil 2011280p SILVA Paulo José Notas de Aula Divinópolis 2021 SILVA Paulo José Notas de Aula Divinópolis 2022 SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES SOBRE SANEAMENTO SNIS Água e Esgoto abastecimento de Água Brasília 2019 Disponível em httpswwwgovbrmdrptbrassuntossaneamentosniscomponentesmenusnis componenteaguaeesgotos Acesso em 01 nov 2022 SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES SOBRE SANEAMENTO SNIS Série histórica Brasília Sd Disponível em httpapp4mdrgovbrserieHistoricaaguaEsgoto Acesso em 17 out 2022 TOMAZ Plínio Curso manejo de águas pluviais Análise de incerteza 2010 Disponível em https909d9be6F6f14d9c8ac9 110 115276d6aa55FilesusrComUgd0573a5A2f0c556f1934ae7899122bd19efcce5Pd fIndexTrue Acesso em 15 out 2021 TONELLO K C et al Morfometria da bacia hidrográfica da Cachoeira Das Pombas GuanhãesMG Revista Árvore v 30 n 5 p 849857 2006 Disponível em httpdxdoiorg101590s010067622006000500019 Acesso em 10 out 2022 TUCCI C E M Hidrologia ciência e aplicação Sl 2001 TUCCI C E M Modelos hidrológicos Porto Alegre UFRGS 1998 TUCCI C E M Regulamentação da drenagem urbana no Brasil Revista de gestão 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httpsdrivegooglecomfiled1eMQObeVnIP1IPT0Qjttqm22dWuSh5iXviewuspsharing httpsdrivegooglecomfiled1golIsB3gRC80gFpxoLQl5TSOHMC3STzviewuspsharing Apêndice 2 Layout 1 Delimitação da bacia Layout 2 Projeto de sistema de drenagem pluvial Layout 3 perfil e detalhamento Acesso httpsdrivegooglecomfiled16PSxWEQbHc4fREBvFvQ2RHWfAmDkCh4nviewuspsharing httpsdrivegooglecomfiled1NcfWoNM0hRHKXhMTY81y4X7UIarf2P44viewuspsharing Apêndice 3 Dimensionamento do sistema de micro drenagem Acesso httpsdocsgooglecomspreadsheetsd1VV6ZcpU73XrVhA m0qGF85OKStxFerQVedituspsharingouid111275640679462146582rtpoftruesdtrue httpsdrivegooglecomfiled1Y9alXT9lJzNRTQPN431DULPgIBGLhIviewuspsharing Apêndice 4 Dimensionamento de bocas de lobo e poços de visita Acesso httpsdocsgooglecomspreadsheetsd1CYlp3lxaJIrjv1Brmb YxVvNGOAFF1edituspsharingouid111275640679462146582rtpoftruesdtrue httpsdrivegooglecomfiled1QJLD6NpK18wdmJvHMX8zzAtq26jVjAKviewuspsharing 112 Apêndice 5 Rota de caminhões Rota da equipe de varrição Acesso httpsdrivegooglecomfiled104W9OhiqXN23UEGpeYAYkDFKicfNIiGoviewuspsharing httpsdrivegooglecomfiled1bXYaCG9SmR2DOXV7HAWDGLoronN9OQcviewuspsh aring Apêndice 6 Planilha de cálculos e resultados referente a rede coletora de esgoto Acesso httpsdrivegooglecomfiled1KUYuOrr0gZicA2wW8IbmcWFx30G53LnLviewuspsharing httpsdocsgooglecomspreadsheetsd1pdPyV5Orvg0bcNG7XOVrpzX58UvEVhkoeditus psharingouid111275640679462146582rtpoftruesdtrue Apêndice 7 Projeto de dimensionamento de rede coletora Acesso httpsdrivegooglecomfiled151Pit0u9nkg64HitYWn1Xr2RVvXCvMVmviewuspsharing httpsdrivegooglecomfiled1HVotsWRQgEgMk9Q8BXdXgIHsS7v0pkLhviewuspsharing Apêndice 8 Layout 1 Projeto de sinalização de trânsito Layout 2 Projeto de sinalização de trânsito Layout 3 Projeto de sinalização de trânsito detalhamento Acesso httpsdrivegooglecomfiled18YX4aYfrZ3hJ6Sn8EosDvoiibDgn7a6bviewuspsharing httpsdrivegooglecomfiled1CJ5vQP5MlIHUg6IleRQEuCsLxHnyo4yviewuspsharing