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Psicologia ·

Psicologia Social

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Realizar um diário de bordo com citações dos capítulos lidos e citados e seu entendimento sobre os mesmos Mínimo 2 páginas para cada Receber em formato word 1O real e o suprarreal JUNG C G Espiritualidade e transcendência Petrópolis Vozes 2015 p 299327 2Religião e gênero SERRA Cristiana de Assis De Sodoma à Samaria Cristianismo homofobia e alteridade no Brasil In BOECHAT Walter org A alma brasileira luzes e sombras PetrópolisVozes 2014 p8396 3SILVA JR Reinaldo A religião e as questões de gênero construção do conceito de espiritualidade na compreensão da diversidade sexual In CLEROT Psicologia laicidade espiritualidade religião e outras tradições os desafios de uma ciência e profissão no século XXI In CRP04 Psicologia laicidade espiritualidade religião e outras tradições encontrando os caminhos para o diálogo Belo Horizonte CRP04 2019 p3651 4Religião e política SANTOS Guaraci M A dimensão da espiritualidade e o enfrentamento ao fundamentalismo discutindo as relações de poder In CLEROT Psicologia laicidade espiritualidade religião e outras tradições os desafios de uma ciência e profissão no século XXI In CRP04 Psicologia laicidade espiritualidade religião e outras tradições encontrando os caminhos para o diálogo Belo Horizonte CRP04 2019 p151166 JUNG C G Espiritualidade e transcendência Petrópolis Vozes 2015 p 218 257 Em primeira análise Jung 2015 aponta que a realidade é composta tudo o que podemos saber pois aquilo que age que atua é real p 218 em outras palavras o real é tudo que chega a noção percepção através da via direta dos sentidos Nesse viés só somos capazes de falar naturalmente das coisas percebidas pelos nossos sentidos e por isso que somos capazes apenas de falar naturalmente de coisas reais Logo para o sujeito do ocidente tal coisa é real se for percebida pelos órgãos do sentido Sob essa ótica na parte ocidental do mundo vivemos numa realidade diretamente composta de imagens Essa noção ocidental limitatória retira uma parte considerável das coisas que são percebidas pelo sujeito levando de forma enfática a realidade material a qual nos é apresentado isto é consideramos o real em detrimento do irreal ou do suprarreal Questão essa vista de forma diferente pela visão oriental do mundo uma vez que esta 6 inclui o real o irreal o suprarreal entre outros Para além do mundo material ocidental o mundo psíquico supera o mundo material uma vez que de acordo com Jung Só o psíquico possui uma realidade imediata que abrange todas as formas do psíquico inclusive as ideias e os pensamentos irreais que não se referem a nada de exterior Podemos chamálas de imaginação ou ilusão isto não lhes tira nada de sua realidade p 220 No tópico intitulado de sincronicidade o autor com uma descrição do que seria a sincronicidade considerando sua origem etimológica relacionados com a noção temporal de simultaneidade Análogo a uma série de episódios entre eles um acúmulo de coincidências de um estado psíquico a partir de um acontecimento objetivo externo e simultâneo de um estado psíquico com um acontecimento exterior correspondente bem como de um estado psíquico com um acontecimento futuro a sensação de déjàvu Já no próximo tópico titulado como A alma e a morte Jung apresenta o que ele pensa a respeito da morte sendo essa conhecida como um fim e nada mais sendo a vida seu antônimo podendo refletir os contrapontos da vida a partir da faixa etária de quem a vive como o autor pontua o contraponto principalmente na noção que cada sujeito carrega de temporalidade de quando vemos um jovem a lutar por objetivos distantes e a construir um futuro em comparação com um doente incurável ou um ancião que descem relutantes e impotentes à sepultura p 228 Nesse âmbito a juventude vem com objetivos com futuro significado e valor sendo julgado como otimismo em oposição à visão daqueles que não são mais jovens Pontuando que assim como os jovens podem vir a ter medo da vida os mais velhos têm medo da morte sem negar a possibilidade de um jovem que tenha medo da morte Com isso Jung traz A recusa em aceitar a plenitude da vida equivale a não aceitar o seu fim Tanto uma coisa como a outra significam não querer viver E não querer viver é sinônimo de não querer morrer A ascensão e o declínio formam uma só curva p 230 E o autor ainda pontua A vida natural é o solo em que se nutre a alma Quem não consegue acompanhar essa vida permanece enrijecido e parado em pleno ar É por isto que muitas pessoas se petrificam na idade madura olham para trás e se agarram ao passado com um medo secreto da morte no coração p 230 Por fim na primeira parte do tópico Sobre o renascimento Jung traz um sumário sobre as formas do renascimento entre elas a Metempsicose sendo que essa trata da ideia de uma vez que se estende na noção de temporalidade por vários corpos a Reencarnação considerando a personalidade humana é suscetível a continuidade e memória a Ressurreição que vem atrelada a noção de um renascimento da existência humana após a sua morte e o Renascimento durante a vida individual Em segunda instância o autor traz a psicologia do renascimento sendo que esta considera o ambiente do mundo psíquico isto é aquele para além do mundo material como já foi discutido anteriormente Sob essa conjectura cabe discutir o seu significado a partir de uma visão abrangente dos fenômenos apresentados nas vivências Com isso podemos distinguir dois tipos de vivência a vivência da transcendência da vida e de sua própria transformação SERRA Cristiana de Assis De Sodoma à Samaria Cristianismo homofobia e alteridade no Brasil In BOECHAT Walter org A alma brasileira luzes e sombras PetrópolisVozes 2014 p8396 O capítulo De Sodoma à Samaria traz como contexto histórico de análise a virada do século XX para o XXI no desenvolvimento das esferas jurídicas e religiosas à luz dos debates sobre as concepções de gênero e sexualidade a partida da busca por direitos humanos e civis à comunidade LGBT Nesse contexto no Brasil o embate entre ativistas religiosos e os militantes da comunidade supracitada o que tem gerado a polarização do conflito chegando até a situações de agressões físicas e simbólicas Tal situação possui contexto histórico que é imperativo para uma compreensão efetiva do supracitado embate Historicamente os sujeitos que possuem orientação sexual ou identidade de gênero diferente dos padrões normativos da sociedade são de acordo com a autora são estigmatizados e levados a viver no anonimato ou à margem da sociedade p 85 principalmente devido a homofobia que tal comunidade está vulnerável Segundo a autora homofobia referese a uma realidade multifacetada que vai além dos crimes de ódio e não se reduz à aversão aos homossexuais de fato a homofobia se expressa de maneira mais ampla na violência simbólica da qualificação arbitrária do Outro como contrário inferior ou anormal e sua destituição em virtude de sua diferença da sua humanidade dignidade e personalidade p 85 No Brasil os dados oficiais não são suficientes para analisar de forma efetiva a violência sofrida pela comunidade Sob essa ótica a homofobia ainda pode ser atravessada pela crença religiosa fazendo com que essa atravesse os discursos bem como as agressões físicas e simbólicas sofridas pelos LGBT trazendo ainda temas como ordem moral Em contrapartida a militância LGBT brasileira também sofre críticas quando essa acaba assumindo uma postura reativa em detrimento dos projetos liberatório e igualitários Já a tradição judaicocristã desde da patrística traz o critério da condenação do homoerotismo principalmente porque tais uniões não possuíam finalidade procriadora Além disso o capítulo ainda traz que apesar de normalização da incompatibilidade entre a diversididade seuxal e o cristianismo nem sempre foi assim uma vez que em meados dos anos 1960 nos Estados Unidos o movimento gay era aliadas a comunidades religiosas tal como nos anos 1967 um padro redentorista brasileiro também publica em uma revista teológica um artigo a acerca do acolhimento da comunidade pela igreja Nessa conjuntura retomado ao titulo do capitulo a cidade de Sodoma é utilizada pelas tradições religiosas para recriminar o suposto pecado da homossexualidade a tal ponto que sodomia termo que se refere aos habitantes da cidade Sodoma foi utilizado para referse às relações entre pessoas do mesmo sexo Essa interpretação se deu a partir dos escritos de Fílon e Flávio Josefo e com o contato com o helenismo escritos judaicos interpretaram a passagem de Sodoma pela chave da homossexualidade em sua origem contudo ela não guardava qualquer relação nem com o amor nem com relações sexuais livremente consentidas entre adultos do mesmo sexo p89 SILVA JR Reinaldo A religião e as questões de gênero construção do conceito de espiritualidade na compreensão da diversidade sexual In CLEROT Psicologia laicidade espiritualidade religião e outras tradições os desafios de uma ciência e profissão no século XXI In CRP04 Psicologia laicidade espiritualidade religião e outras tradições encontrando os caminhos para o diálogo Belo Horizonte CRP04 2019 p3651 Para iniciar a análise do capítulo é impreterível compreender o conceito de religião sendo esse fenômeno revelador da estrutura social de um povo p 38 Logo é possível a partir da análise da religião compreender as questões que compreendem as estruturas sociais afetivas econômicas culturais políticas morais e éticas de seu contexto Dentre elas é possível analisar a construção da identidade de gênero e da sexualidade nas atitudes e ações sociais que configuram a noção de moralidade e ética uma vez que de acordo com o autor sexualidade e religião sempre estiveram intimamente relacionadas em todas as culturas o controle do corpo para a libertação da alma a relação da fertilidade feminina com a vida e o mistério da criação e a apresentação do falo como o símbolo do poder são apenas algumas analogias possíveis dessa intimidade às vezes favorável e às vezes repressora p 38 Tal como a proposta pelos debates atuais sobre as questões de gênero e sexualidade a vivência mais aberta sobre arquétipos femino e masculino que ultrapasse a noção biológica e determinista vem como uma noção espiritual transformadora que rege uma ética que respeite tais diversidades garantindo direitos a esse corpo social isto é mesmo tendo em vista uma análise espiritual é necessário analisar o espaço político de lutas e direitos que perpassam a noção dinamismo identitária e sexual Dentro do primeiro recorte proposto pelo capítulo titulado de compreendendo a identidade de gênero trazendo a noção de contemporaneidade líquida de acordo com Bauman ressaltando o caráter transitório e temporal da realidade contemporâneo fazendo com que de acordo com o autor a diferença ganha não apenas visibilidade mas reconhecimento O sujeito é reconhecido e com ele os direitos humanos podem ser reivindicados p41 Entretanto o ganho vem atrelado a uma perda perda das noções de representatividade como algo mais estático gerando de acordo com a autora uma dificuldade de estabelecer critérios que possam nos dar sustentação ética uma cegueira para os elementos universais p 4142 Dentro desse contexto noções do que é ser masculino e do ser feminino perpassam uma análise fenomenológica partindo de uma redução fenomenológica isto é a partir de desconsiderar noções prévias que representam a diferenciação do que é ser de um determinado gênero Já no segundo recorte do capítulo nomeado de o que a espiritualidade tem a ver com isso partindo de concepção de espírito como um significante daquilo que produz o frescor e mobilidade a existência o inanimado se torna animado pelo espírito o que está inerte ganha vida pelo espírito p 46 Nesse caminho o compromisso do agente de saúde de promover a saúde também está relacionado com a noção espiritual uma vez que garantir que sujeitos consigam viver sua espiritualidade expressas em seu corpo em suas ações são fatores que contribuem para o bem estar físico e emocional tal como para a harmonização entre corpo e espírito haja visto que a existência humana é composta por um todo Fundamentado nisso o autor traz a importância do estudo da noção de espiritualidade e espírito haja visto que esse conceito tem uma interpretação bastante confusa por conta da apropriação deste por diferentes ideologias e pelas instituições religiosas que procuram submeter o espírito e a espiritualidade aos dogmas e doutrinas de suas tradições p 49 Em outras palavras para analisar de forma efetiva tal realidade para além do senso comum é necessário a compreensão efetiva do termo indo na contramão da reprodução de estereótipos que visam a exclusão ou marginalização de corpos SANTOS Guaraci M A dimensão da espiritualidade e o enfrentamento ao fundamentalismo discutindo as relações de poder In CLEROT Psicologia laicidade espiritualidade religião e outras tradições os desafios de uma ciência e profissão no século XXI In CRP04 Psicologia laicidade espiritualidade religião e outras tradições encontrando os caminhos para o diálogo Belo Horizonte CRP04 2019 p151166 O capítulo titulado de A dimensão da espiritualidade e o enfrentamento ao fundamentalismo discutindo as relações de poder traz um convite à reflexão como a espiritualidade pode contribuir para o enfrentamento ao fundamentalismo mais especificamente o religioso Em que medida a Psicologia pode tratar de temas atuais que se pautam em fundamentalismos como racismo xenofobia homofobia e intolerância religiosa p 151 Essa reflexão trazida pelo autor faz alusão a psicologia como um todo mas sem descartar as singularidades de cada corrente epistemológica apenas traz como ênfase o objetivo comum o cuidado com a saúde mental dos sujeitos Logo para atingir tal objetivo se faz necessário refletir esse corpo inserido em seu contexto geográfico histórico o que resultará em debater sobre questões sociais e religiosas supracitadas no recorte do capítulo entre elas o fundamentalismo Nesse viés fundamentalismo segundo Magali Cunha 2017 apud SANTOS 2019 é um termo que foi empregado para retratar um movimento teológico protestante conservador contrário ao liberalismo teológico e científico inaugurado pela modernidade p 153 Em outras palavras é o movimento que se afasta de qualquer interpretação contextualizada ou moderna sobre textos religiosos antigos representando um pensamento rígido Na contemporaneidade de acordo com Santos 2019 no Brasil comportamentos fundamentalistas são utilizados para classificar corpos sociais religiosos oue políticos que defendem pensamentos conservadores regidos em detrimento de livres expressões sexuais e identitárias novas organizações familiares entre outros Tal comportamento corrobora para formação de novos conflitos e maximização dos conflitos já existentes Sob essa ótica o autor traz como exemplo os atos de homicídios das populações jovens negras e LGBT além dos ataques a afroreligiosos e seus terreiros p 154 eventos esse que estão se tornando mais recorrentes Por fim o autor ainda pontua que esses atos são de extrema perversidade e violência contra a dignidade e a vida humanap 154 Vale ainda pontuar que para refletir tais questões é necessário considerar a crescente pluralidade de opções religiosas associados a uma carência de sentidos dos sujeitos sociais A partir disso de acordo com o autor o sujeito pode responder de forma positiva e aberta a tais possibilidades tal como pode reagir de forma negativa adotando posturas fundamentalistas em outras palavras a pluralidade da contemporaneidade pode contribuir para o aumento de intolerâncias religiosas Nesse âmbito Teixeira 2017 apud SANTOS 2019 pontua que há duas possíveis estratégias a estratégia de gueto onde se busca o afastamento de pessoas e situações que não fazem parte daquela religião específica e a estratégia da cruzada onde se tenta resgatar o mundo e as pessoas através de conversões e mudanças nas práticas sociais p 156 Podendo tais estratégias serem utilizadas através de atos violentos baseado em violência simbólicas verbais físicas entre outros O texto ainda aponta que de acordo com Mariz 2013 apud SANTOS 2019 que as religiões mais conservadoras dentro dos campos católico e evangélico tendem a demonizar as religiões da nova era e as religiões com matrizes africanas p 156 Sendo esse dado um reflexo histórico onde as religiões que eram aceitas no Brasil colonial era a cristã onde as demais sofriam forte represália principalmente pautadas em preceitos racistas Tal momento histórico é análogo à noção de Guerra Santa isto é vem como um meio de manter o poder religioso nas mãos de determinados grupos fazendo com que apenas uma religião seja aceita em detrimento das demais Em suma a partir de toda discussão do capitulo é impreterível retomar a necessidade de diferenciar corpo religioso de corpo religioso fanático para que seja possivel realizar uma reflexão responsavel e justas acerca de tal problemática uma vez que cabe à Psicologia como ciência e prática social se debruçar sobre essa questão e criar metodologias que facilitem a vivência do diálogo e do respeito à diferença p 165 JUNG C G Espiritualidade e transcendência Petrópolis Vozes 2015 p 218257 Em primeira análise Jung 2015 aponta que a realidade é composta tudo o que podemos saber pois aquilo que age que atua é real p 218 em outras palavras o real é tudo que chega a noção percepção através da via direta dos sentidos Nesse viés só somos capazes de falar naturalmente das coisas percebidas pelos nossos sentidos e por isso que somos capazes apenas de falar naturalmente de coisas reais Logo para o sujeito do ocidente tal coisa é real se for percebida pelos órgãos do sentido Sob essa ótica na parte ocidental do mundo vivemos numa realidade diretamente composta de imagens Essa noção ocidental limitatória retira uma parte considerável das coisas que são percebidas pelo sujeito levando de forma enfática a realidade material a qual nos é apresentado isto é consideramos o real em detrimento do irreal ou do suprarreal Questão essa vista de forma diferente pela visão oriental do mundo uma vez que esta inclui o real o irreal o suprarreal entre outros Para além do mundo material ocidental o mundo psíquico supera o mundo material uma vez que de acordo com Jung Só o psíquico possui uma realidade imediata que abrange todas as formas do psíquico inclusive as ideias e os pensamentos irreais que não se referem a nada de exterior Podemos chamálas de imaginação ou ilusão isto não lhes tira nada de sua realidade p 220 No tópico intitulado de sincronicidade o autor com uma descrição do que seria a sincronicidade considerando sua origem etimológica relacionados com a noção temporal de simultaneidade Análogo a uma série de episódios entre eles um acúmulo de coincidências de um estado psíquico a partir de um acontecimento objetivo externo e simultâneo de um estado psíquico com um acontecimento exterior correspondente bem como de um estado psíquico com um acontecimento futuro a sensação de déjàvu Já no próximo tópico titulado como A alma e a morte Jung apresenta o que ele pensa a respeito da morte sendo essa conhecida como um fim e nada mais sendo a vida seu antônimo podendo refletir os contrapontos da vida a partir da faixa etária de quem a vive como o autor pontua o contraponto principalmente na noção que cada sujeito carrega de temporalidade de quando vemos um jovem a lutar por objetivos distantes e a construir um futuro em comparação com um doente incurável ou um ancião que descem relutantes e impotentes à sepultura p 228 Nesse âmbito a juventude vem com objetivos com futuro significado e valor sendo julgado como otimismo em oposição à visão daqueles que não são mais jovens Pontuando que assim como os jovens podem vir a ter medo da vida os mais velhos têm medo da morte sem negar a possibilidade de um jovem que tenha medo da morte Com isso Jung traz A recusa em aceitar a plenitude da vida equivale a não aceitar o seu fim Tanto uma coisa como a outra significam não querer viver E não querer viver é sinônimo de não querer morrer A ascensão e o declínio formam uma só curva p 230 E o autor ainda pontua A vida natural é o solo em que se nutre a alma Quem não consegue acompanhar essa vida permanece enrijecido e parado em pleno ar É por isto que muitas pessoas se petrificam na idade madura olham para trás e se agarram ao passado com um medo secreto da morte no coração p 230 Por fim na primeira parte do tópico Sobre o renascimento Jung traz um sumário sobre as formas do renascimento entre elas a Metempsicose sendo que essa trata da ideia de uma vez que se estende na noção de temporalidade por vários corpos a Reencarnação considerando a personalidade humana é suscetível a continuidade e memória a Ressurreição que vem atrelada a noção de um renascimento da existência humana após a sua morte e o Renascimento durante a vida individual Em segunda instância o autor traz a psicologia do renascimento sendo que esta considera o ambiente do mundo psíquico isto é aquele para além do mundo material como já foi discutido anteriormente Sob essa conjectura cabe discutir o seu significado a partir de uma visão abrangente dos fenômenos apresentados nas vivências Com isso podemos distinguir dois tipos de vivência a vivência da transcendência da vida e de sua própria transformação SERRA Cristiana de Assis De Sodoma à Samaria Cristianismo homofobia e alteridade no Brasil In BOECHAT Walter org A alma brasileira luzes e sombras PetrópolisVozes 2014 p8396 O capítulo De Sodoma à Samaria traz como contexto histórico de análise a virada do século XX para o XXI no desenvolvimento das esferas jurídicas e religiosas à luz dos debates sobre as concepções de gênero e sexualidade a partida da busca por direitos humanos e civis à comunidade LGBT Nesse contexto no Brasil o embate entre ativistas religiosos e os militantes da comunidade supracitada o que tem gerado a polarização do conflito chegando até a situações de agressões físicas e simbólicas Tal situação possui contexto histórico que é imperativo para uma compreensão efetiva do supracitado embate Historicamente os sujeitos que possuem orientação sexual ou identidade de gênero diferente dos padrões normativos da sociedade são de acordo com a autora são estigmatizados e levados a viver no anonimato ou à margem da sociedade p 85 principalmente devido a homofobia que tal comunidade está vulnerável Segundo a autora homofobia referese a uma realidade multifacetada que vai além dos crimes de ódio e não se reduz à aversão aos homossexuais de fato a homofobia se expressa de maneira mais ampla na violência simbólica da qualificação arbitrária do Outro como contrário inferior ou anormal e sua destituição em virtude de sua diferença da sua humanidade dignidade e personalidade p 85 No Brasil os dados oficiais não são suficientes para analisar de forma efetiva a violência sofrida pela comunidade Sob essa ótica a homofobia ainda pode ser atravessada pela crença religiosa fazendo com que essa atravesse os discursos bem como as agressões físicas e simbólicas sofridas pelos LGBT trazendo ainda temas como ordem moral Em contrapartida a militância LGBT brasileira também sofre críticas quando essa acaba assumindo uma postura reativa em detrimento dos projetos liberatório e igualitários Já a tradição judaicocristã desde da patrística traz o critério da condenação do homoerotismo principalmente porque tais uniões não possuíam finalidade procriadora Além disso o capítulo ainda traz que apesar de normalização da incompatibilidade entre a diversididade seuxal e o cristianismo nem sempre foi assim uma vez que em meados dos anos 1960 nos Estados Unidos o movimento gay era aliadas a comunidades religiosas tal como nos anos 1967 um padro redentorista brasileiro também publica em uma revista teológica um artigo a acerca do acolhimento da comunidade pela igreja Nessa conjuntura retomado ao titulo do capitulo a cidade de Sodoma é utilizada pelas tradições religiosas para recriminar o suposto pecado da homossexualidade a tal ponto que sodomia termo que se refere aos habitantes da cidade Sodoma foi utilizado para referse às relações entre pessoas do mesmo sexo Essa interpretação se deu a partir dos escritos de Fílon e Flávio Josefo e com o contato com o helenismo escritos judaicos interpretaram a passagem de Sodoma pela chave da homossexualidade em sua origem contudo ela não guardava qualquer relação nem com o amor nem com relações sexuais livremente consentidas entre adultos do mesmo sexo p89 SILVA JR Reinaldo A religião e as questões de gênero construção do conceito de espiritualidade na compreensão da diversidade sexual In CLEROT Psicologia laicidade espiritualidade religião e outras tradições os desafios de uma ciência e profissão no século XXI In CRP04 Psicologia laicidade espiritualidade religião e outras tradições encontrando os caminhos para o diálogo Belo Horizonte CRP04 2019 p3651 Para iniciar a análise do capítulo é impreterível compreender o conceito de religião sendo esse fenômeno revelador da estrutura social de um povo p 38 Logo é possível a partir da análise da religião compreender as questões que compreendem as estruturas sociais afetivas econômicas culturais políticas morais e éticas de seu contexto Dentre elas é possível analisar a construção da identidade de gênero e da sexualidade nas atitudes e ações sociais que configuram a noção de moralidade e ética uma vez que de acordo com o autor sexualidade e religião sempre estiveram intimamente relacionadas em todas as culturas o controle do corpo para a libertação da alma a relação da fertilidade feminina com a vida e o mistério da criação e a apresentação do falo como o símbolo do poder são apenas algumas analogias possíveis dessa intimidade às vezes favorável e às vezes repressora p 38 Tal como a proposta pelos debates atuais sobre as questões de gênero e sexualidade a vivência mais aberta sobre arquétipos femino e masculino que ultrapasse a noção biológica e determinista vem como uma noção espiritual transformadora que rege uma ética que respeite tais diversidades garantindo direitos a esse corpo social isto é mesmo tendo em vista uma análise espiritual é necessário analisar o espaço político de lutas e direitos que perpassam a noção dinamismo identitária e sexual Dentro do primeiro recorte proposto pelo capítulo titulado de compreendendo a identidade de gênero trazendo a noção de contemporaneidade líquida de acordo com Bauman ressaltando o caráter transitório e temporal da realidade contemporâneo fazendo com que de acordo com o autor a diferença ganha não apenas visibilidade mas reconhecimento O sujeito é reconhecido e com ele os direitos humanos podem ser reivindicados p41 Entretanto o ganho vem atrelado a uma perda perda das noções de representatividade como algo mais estático gerando de acordo com a autora uma dificuldade de estabelecer critérios que possam nos dar sustentação ética uma cegueira para os elementos universais p 4142 Dentro desse contexto noções do que é ser masculino e do ser feminino perpassam uma análise fenomenológica partindo de uma redução fenomenológica isto é a partir de desconsiderar noções prévias que representam a diferenciação do que é ser de um determinado gênero Já no segundo recorte do capítulo nomeado de o que a espiritualidade tem a ver com isso partindo de concepção de espírito como um significante daquilo que produz o frescor e mobilidade a existência o inanimado se torna animado pelo espírito o que está inerte ganha vida pelo espírito p 46 Nesse caminho o compromisso do agente de saúde de promover a saúde também está relacionado com a noção espiritual uma vez que garantir que sujeitos consigam viver sua espiritualidade expressas em seu corpo em suas ações são fatores que contribuem para o bem estar físico e emocional tal como para a harmonização entre corpo e espírito haja visto que a existência humana é composta por um todo Fundamentado nisso o autor traz a importância do estudo da noção de espiritualidade e espírito haja visto que esse conceito tem uma interpretação bastante confusa por conta da apropriação deste por diferentes ideologias e pelas instituições religiosas que procuram submeter o espírito e a espiritualidade aos dogmas e doutrinas de suas tradições p 49 Em outras palavras para analisar de forma efetiva tal realidade para além do senso comum é necessário a compreensão efetiva do termo indo na contramão da reprodução de estereótipos que visam a exclusão ou marginalização de corpos SANTOS Guaraci M A dimensão da espiritualidade e o enfrentamento ao fundamentalismo discutindo as relações de poder In CLEROT Psicologia laicidade espiritualidade religião e outras tradições os desafios de uma ciência e profissão no século XXI In CRP04 Psicologia laicidade espiritualidade religião e outras tradições encontrando os caminhos para o diálogo Belo Horizonte CRP04 2019 p151166 O capítulo titulado de A dimensão da espiritualidade e o enfrentamento ao fundamentalismo discutindo as relações de poder traz um convite à reflexão como a espiritualidade pode contribuir para o enfrentamento ao fundamentalismo mais especificamente o religioso Em que medida a Psicologia pode tratar de temas atuais que se pautam em fundamentalismos como racismo xenofobia homofobia e intolerância religiosa p 151 Essa reflexão trazida pelo autor faz alusão a psicologia como um todo mas sem descartar as singularidades de cada corrente epistemológica apenas traz como ênfase o objetivo comum o cuidado com a saúde mental dos sujeitos Logo para atingir tal objetivo se faz necessário refletir esse corpo inserido em seu contexto geográfico histórico o que resultará em debater sobre questões sociais e religiosas supracitadas no recorte do capítulo entre elas o fundamentalismo Nesse viés fundamentalismo segundo Magali Cunha 2017 apud SANTOS 2019 é um termo que foi empregado para retratar um movimento teológico protestante conservador contrário ao liberalismo teológico e científico inaugurado pela modernidade p 153 Em outras palavras é o movimento que se afasta de qualquer interpretação contextualizada ou moderna sobre textos religiosos antigos representando um pensamento rígido Na contemporaneidade de acordo com Santos 2019 no Brasil comportamentos fundamentalistas são utilizados para classificar corpos sociais religiosos oue políticos que defendem pensamentos conservadores regidos em detrimento de livres expressões sexuais e identitárias novas organizações familiares entre outros Tal comportamento corrobora para formação de novos conflitos e maximização dos conflitos já existentes Sob essa ótica o autor traz como exemplo os atos de homicídios das populações jovens negras e LGBT além dos ataques a afroreligiosos e seus terreiros p 154 eventos esse que estão se tornando mais recorrentes Por fim o autor ainda pontua que esses atos são de extrema perversidade e violência contra a dignidade e a vida humanap 154 Vale ainda pontuar que para refletir tais questões é necessário considerar a crescente pluralidade de opções religiosas associados a uma carência de sentidos dos sujeitos sociais A partir disso de acordo com o autor o sujeito pode responder de forma positiva e aberta a tais possibilidades tal como pode reagir de forma negativa adotando posturas fundamentalistas em outras palavras a pluralidade da contemporaneidade pode contribuir para o aumento de intolerâncias religiosas Nesse âmbito Teixeira 2017 apud SANTOS 2019 pontua que há duas possíveis estratégias a estratégia de gueto onde se busca o afastamento de pessoas e situações que não fazem parte daquela religião específica e a estratégia da cruzada onde se tenta resgatar o mundo e as pessoas através de conversões e mudanças nas práticas sociais p 156 Podendo tais estratégias serem utilizadas através de atos violentos baseado em violência simbólicas verbais físicas entre outros O texto ainda aponta que de acordo com Mariz 2013 apud SANTOS 2019 que as religiões mais conservadoras dentro dos campos católico e evangélico tendem a demonizar as religiões da nova era e as religiões com matrizes africanas p 156 Sendo esse dado um reflexo histórico onde as religiões que eram aceitas no Brasil colonial era a cristã onde as demais sofriam forte represália principalmente pautadas em preceitos racistas Tal momento histórico é análogo à noção de Guerra Santa isto é vem como um meio de manter o poder religioso nas mãos de determinados grupos fazendo com que apenas uma religião seja aceita em detrimento das demais Em suma a partir de toda discussão do capitulo é impreterível retomar a necessidade de diferenciar corpo religioso de corpo religioso fanático para que seja possivel realizar uma reflexão responsavel e justas acerca de tal problemática uma vez que cabe à Psicologia como ciência e prática social se debruçar sobre essa questão e criar metodologias que facilitem a vivência do diálogo e do respeito à diferença p 165