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1 Profa Dra Cibele Beirith Figueiredo Freitas Profa Ma Daniela Arns Silveira AS PRÁTICAS DE LINGUAGEM COMO OBJETO DE ENSINOAPRENDIZAGEM DE LÍNGUA PORTUGUESA 4 De acordo com a BNCC BRASIL 2017 as práticas de linguagem no Ensino Fun damental recuperam algumas experiências de leitura e escrita advindas do ambiente familiar e da Educação Infantil Na especificidade da Língua Portuguesa o documento é dividido em quatro eixos quais sejam Leitura a qual leva em consideração as estratégias de leitura em um nível progres sivo de complexidade Produção textual composta pela produção escrita de diversos gêneros textuais Análise linguísticasemiótica a qual iniciase na alfabetização e se desenvolve ao longo dos demais anos escolares tendo como foco a observação e a funcionalidade da língua e da linguagem Oralidade com foco na fala e na escuta AS PRÁTICAS DE LINGUAGEM COMO OBJETO DE ENSINOAPRENDIZAGEM DE LÍNGUA PORTUGUESA 1 Todos os eixos elencados pela BNCC privilegiam as práticas de Letramento ou seja levase em consideração o uso da língua em situações e ambientes reais de uso Nesse sentido é fundamental compreender que na aula de Língua Portuguesa o texto deve ser o objeto central de discussão e de reflexão e o professor deve ser o responsável pelo processo de ensinoaprendizagem ATENÇÃO Desse modo entendese que o texto deve ser trabalhado na sua complexidade se mântica Nesse processo cabe ao docente a mediação e a escuta da opinião dos alunos acerca do que está sendo lido e discutido uma vez que ele também aprende com os alunos por meio da escuta troca de ideias e experiências Conforme afirma Paulo Freire no ato de ensinar também se aprende não existe ensinar sem aprender e com isto eu quero dizer mais do que diria se dissesse que o ato de ensinar exige a existência de quem ensina e de quem aprende Quero dizer que ensinar e aprender se vão dando de tal maneira que quem ensina aprende de um lado porque reconhece um conhecimento antes aprendido e de outro porque ob servado a maneira como a curiosidade do aluno aprendiz trabalha para apreender o ensinandose sem o que não o aprende o ensinante se ajuda a descobrir incertezas acertos equívocos FREIRE 1997 p 19 Nas palavras de Freire verificase que no ato de ensinar o professor também se abre para outras possibilidades de compreensão uma vez que ele não é o único deten tor do conhecimento Segundo o especialista em alfabetização o professor aprende primeiro para depois ensinar e reaprende no momento em que amplia as discussões junto a seus alunos No entanto é preciso levar em consideração que o professor precisa planejar e estudar para ministrar suas aulas 5 No espaço escolar sobretudo nas aulas de Língua Portuguesa o objeto de apren dizagem principal deve ser o texto Mas o que é texto Ao recuperar a origem da palavra texto verificase que ela deriva do latim textum que significa tecido ou seja referese a um grupo de palavras e frases que juntas articuladas em sintonia for mam sentido Podese pensar metaforicamente que os fios seriam as palavras e as frases as quais constituem um texto um tecido Na elaboração do tecido é necessário que as construções tenham harmonia e sejam coerentes para que o autor e o leitor compreendam a mensagem Nesse sentido nas au las de Língua Portuguesa é necessário refletir compre ender e analisar a construção textual para que se possa instrumentalizar os alunos para uma leitura proficiente e consequentemente em suas produções textuais Ambos os processos estão em sintonia e podem ser desenvolvidos de forma conjunta Filme Escritores da Liberdade Baseado em uma história real Erin Gruwel é professora de uma turma de alunos envolvidos com questões de segregação racial Ela atua em um ambiente escolar bastante hostil com professores desmotivados Mesmo diante de todas as dificuldades Erin acredita no potencial dos estudantes e trabalha para o melhor desenvolvimento deles e do ambiente escolar Para refletir sobre a ação do professor na sala de aula assista o filme Escritores da Liberdade SUGESTÃO O TEXTO COMO PROTAGONISTA DO PROCESSO ENSINOAPRENDIZAGEM 2 É necessário levar em consideração que na linguagem do nosso dia a dia quando usamos a comunicação para nos expressarmos utilizamos textos verbais não verbais e mistos Textos verbais são aqueles que se estruturam por meio das palavras escritas eou faladas Já os textos não verbais podem ser construídos por meio de imagens expressões gestos Textos mistos são aqueles que se configuram por meio da linguagem verbal e não verbal como nas histórias em quadrinhos tirinhas programas de televisão entre tantos outros SAIBA MAIS Como se percebe o texto é uma unidade complexa de sentido a qual precisa ser foco da atenção do professor de Língua Portuguesa Em alguns casos o que se ob 6 serva é que o texto é utilizado como pretexto para o ensino de regras da gramática normativa De acordo com os PCN muitas vezes o ensino da gramática de forma descontextualizada serve para ir bem na prova e passar de ano uma prática peda gógica que vai da metalíngua para a língua por meio de exemplificação exercícios de reconhecimento e memorização de nomenclatura BRASIL 1997 p 31 Nesse contexto muitas vezes as palavras e frases são analisadas de forma descon textualizada e isso ocorre ocasionalmente talvez pelo despreparo do professor Não cabe aqui fazer julgamentos mas sim apontar algumas ideias para refletir sobre essa questão e ressignificar o ensinoaprendizagem da língua Dessa forma compreendese que ler e interpretar os textos é uma etapa fundamental e necessária para que se possa haver um entendimento do que está sendo tratado No entanto é possível ampliar essas atividades para que o aluno possa ter outras experiências com a língua e com a linguagem Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais PCN de Língua Portuguesa a escola é o espaço de aprendizagem da língua uma vez que O domínio da língua tem estreita relação com a possibilidade de plena participação social pois é por meio dela que o homem se comunica tem acesso à informação expressa e defende pontos de vista partilha ou constrói visões de mundo produz conhecimento Assim um projeto educativo comprometido com a democratização social e cultural atribui à escola a função e a responsabilidade de garantir a todos os seus alu nos o acesso aos saberes linguísticos necessários para o exercício da cidadania direito inalienável de todos BRASIL 1997 p 21 No espaço em que o nível de letramento é menor essa responsabilidade aumenta Dessa forma é papel da escola promover o acesso aos diversos textos e capacitar os alunos para desenvolvimento e domínio da linguagem por meio da leitura interpreta ção e produção de textos Sabese que a leitura é um processo complexo e fundamental para o desenvolvimento dos alunos o qual vai além do ato de decodificação No Ensino Fundamental essa prática deve ser o foco principal como ação inclusiva a qual possibilita aos alunos a participação efetiva nos mais diversos ambientes da sociedade letrada LEITURA ESCRITA E PRÁTICA DE ANÁLISE LINGUÍSTICA 3 Se pararmos para pensar muitos atos envolvem a leitura proficiente de um texto desde os mais simples como ler um encarte de um anúncio publicitário até o mais complexo como por exemplo ler um processo jurídico REFLITA 7 Essa atividade iniciase e ampliase na escola por meio da mediação do professor ou seja a leitura precisa ser ensinada No trabalho com o texto na sala de aula o aluno precisa compreender as ideias aprender a buscar informações relacionar infor mações com outros textos além de ser incentivado a ler por deleite De acordo com Freitas Ortigara e Giacomazo 2018 p 203 Se pudéssemos definir o trabalho com a leitura na escola diríamos que este se move por dois propósitos um deles é o desenvolvimento sistemático e progressivo de habilidades como localizar compreender relacionar inferir interpretar informações o outro é o de incentivo ao prazer pela leitura eou à leitura como prazer Nesse sentido é fundamental que a criança tenha consciência sobre qual é o objetivo da leitura De acordo com Solé 1998 podese ler por diversão para buscar uma infor mação precisa conhecer determinado assunto para aprender entre outras questões A partir dessa consciência o processo de escrita também pode se estabelecer e um ser complemento do outro Com isso leitura e escrita estão interligadas e se interrelacionam Desse modo a escrita de textos pode em alguns casos estar acompanhada pela etapa de leitura No processo de escrita é necessário elaborar uma proposta dinâ mica reflexiva e contextualizada de modo que faça sentido ao aluno Dessa forma é preciso explorar o gênero textual a ser produzido bem como planejar o que será escrito escrever e reescrever o texto A etapa da reescrita é fundamental uma vez que permite que o aluno reflita sobre o que foi escrito e reelabore o seu próprio texto Nesse processo a mediação por meio do feedback do professor é de fundamental importância uma vez que ele poderá pro piciar momentos de reflexão sobre a língua por meio da prática de análise linguística Nessa perspectiva o professor deve propor momentos de discussão e análise por meio de atividades que propiciem ao discente a reflexão sobre o uso da linguagem nos mais diversos contextos Dessa forma ler escrever e reescrever são processos que auxiliam o aluno na compreensão e no domínio da língua Letramento Literário teoria e prática Formar leitores é um desafio na atualidade na qual outras mídias como a televisão o celular e a internet disputam a atenção das crianças e dos adolescentes Nesse cenário a literatura a arte da palavra pode ser uma ótima opção de entretenimento e aprendizagem A obra Letramento literário teoria e prática escrita por Rildo Cosson traz uma abordagem acerca da formação de leitores literários no Ensino Básico Por meio de uma linguagem simples e acessível ilustrada por muitos exemplos práticos o autor problematiza o ensino da literatura na escola e apresenta uma possível dentre várias existentes metodologia de trabalho com o livro em sala de aula desde a motivação para a leitura até a interpretaçãoextrapolação do texto literário LEITURA COMPLEMENTAR 8 Para refletir sobre as práticas de oralidade é preciso ter clareza de que esse proces so não condiz com a ideia de ensinar a criança a falar uma vez que ela já é falante da língua Como falante e pertencente a um universo cultural e social específico é fundamental que a forma de expressão da criança seja respeitada nas suas parti cularidades sem julgamentos Nesse contexto as variações linguísticas devem ser respeitadas tanto pelo professor quanto pelos demais colegas No entanto devese ter em mente que o papel da escola é ensinar a adequação da linguagem nos diferentes contextos discursivos de acordo com o grau de formalidade que cada situação exige conforme seu propósito comunicativo Promover espaços de escuta e de explanação de ideias é um ótimo caminho Porém essas práticas precisam ser acompanhadas pelo professor tendo em vista que não é um processo simples Tanto a produção de textos escritos como orais são atividades desafiadoras e carecem de atenção Nesse sentido é necessário fazer um planejamento e pensar qual a melhor estratégia a ser adotada nessa modalidade da língua Há muitas possibilidades para o desenvol vimento do trabalho com gênero oral tais como atividades em grupo que envolvam o planejamento e realização de pes quisas atividades de resolução de problemas que exijam estimativa de resulta dos possíveis verbalização atividades de produção oral de planejamento de um texto de elaboração propriamente e de análise de sua qualidade exposição oral BRASIL 1997 p 38 Essas são algumas possibilidades de trabalho com a oralidade no entanto tais ativi dades devem fazer sentido para o aluno Propor momentos como a dramatização de algum texto ou a apresentação de telejornal realização de uma entrevista ou ainda um debate regradojúri popular por exemplo são atividades contextualizadas que podem mover outros elementos como o uso da entonação expressões faciais e corporais entre outros Além disso esses exercícios também podem ser momentos de escuta e reflexão sobre temáticas que precisam ser debatidas no espaço escolar Caberá ao professor mediar esses encontros e promover momentos diversificados de prática da oralidade os quais façam sentido aos alunos PRÁTICAS DE ORALIDADE 4 Para refletir assista ao curtametragem Aprender a aprender que traz uma reflexão acerca do processo de ensinoaprendizagem Acesse aqui MÍDIA INTEGRADA 9 A partir das ideias apresentadas entendese que a aula de Língua Portuguesa deve ser centrada no texto e nas suas potencialidades Ler refletir produzir textos orais e escritos são excelentes atividades para realizar em sala de aula Na elaboração dos textos é necessário criar caminhos para reflexão acerca da escrita explorando suas potencialidades e promovendo debates e discussões sobre questões que podem ser melhoradas O gênero oral também deve ser trabalhado na escola e será papel do professor ela borar atividades diversificadas e contextualizadas para que o aluno nas diferentes situações possa colocar em prática Desse modo a aula de Língua Portuguesa precisa ser planejada e será papel do pro fessor mediador do conhecimento promover deferentes momentos de reflexão e uso da língua Tanto a linguagem oral quanto a escrita são de fundamental importância para o desenvolvimento dos alunos CONCLUSÃO REFERÊNCIAS BRASIL Ministério da Educação e do Desporto Base Nacional Comum Curricular BNCC versão aprovada pelo CNE Brasília DF MEC 2017 Disponível httpsbit ly2YYSMSD Acesso em 28 set 2021 BRASIL Secretaria de Educação Fundamental Parâmetros curriculares nacionais língua portuguesa Brasília DF SEF 1997 Disponível em httpsbitly3BpG6Ef Acesso em 28 out 2021 FREIRE Paulo Professora sim tia não cartas a quem ousa ensinar São Paulo Olho Dágua 1997 FREITAS Cibele Beirith Figueiredo ORTIGARA Vidalcir GIACOMAZZO Graziela Fátima Desafios da formação do leitor no século XXI o papel da escola In ANDRADE Maria Eurácia Barreto de Andrade ESTRELA Sineide Cerqueira SILVA Irlanda Jane Menos da Políticas e práticas educacionais dilemas e proposições Jundiaí Paco Editorial 2018 SOLÉ Isabel Estratégias de leitura Porto Alegre Artes Médicas 1998
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1 Profa Dra Cibele Beirith Figueiredo Freitas Profa Ma Daniela Arns Silveira AS PRÁTICAS DE LINGUAGEM COMO OBJETO DE ENSINOAPRENDIZAGEM DE LÍNGUA PORTUGUESA 4 De acordo com a BNCC BRASIL 2017 as práticas de linguagem no Ensino Fun damental recuperam algumas experiências de leitura e escrita advindas do ambiente familiar e da Educação Infantil Na especificidade da Língua Portuguesa o documento é dividido em quatro eixos quais sejam Leitura a qual leva em consideração as estratégias de leitura em um nível progres sivo de complexidade Produção textual composta pela produção escrita de diversos gêneros textuais Análise linguísticasemiótica a qual iniciase na alfabetização e se desenvolve ao longo dos demais anos escolares tendo como foco a observação e a funcionalidade da língua e da linguagem Oralidade com foco na fala e na escuta AS PRÁTICAS DE LINGUAGEM COMO OBJETO DE ENSINOAPRENDIZAGEM DE LÍNGUA PORTUGUESA 1 Todos os eixos elencados pela BNCC privilegiam as práticas de Letramento ou seja levase em consideração o uso da língua em situações e ambientes reais de uso Nesse sentido é fundamental compreender que na aula de Língua Portuguesa o texto deve ser o objeto central de discussão e de reflexão e o professor deve ser o responsável pelo processo de ensinoaprendizagem ATENÇÃO Desse modo entendese que o texto deve ser trabalhado na sua complexidade se mântica Nesse processo cabe ao docente a mediação e a escuta da opinião dos alunos acerca do que está sendo lido e discutido uma vez que ele também aprende com os alunos por meio da escuta troca de ideias e experiências Conforme afirma Paulo Freire no ato de ensinar também se aprende não existe ensinar sem aprender e com isto eu quero dizer mais do que diria se dissesse que o ato de ensinar exige a existência de quem ensina e de quem aprende Quero dizer que ensinar e aprender se vão dando de tal maneira que quem ensina aprende de um lado porque reconhece um conhecimento antes aprendido e de outro porque ob servado a maneira como a curiosidade do aluno aprendiz trabalha para apreender o ensinandose sem o que não o aprende o ensinante se ajuda a descobrir incertezas acertos equívocos FREIRE 1997 p 19 Nas palavras de Freire verificase que no ato de ensinar o professor também se abre para outras possibilidades de compreensão uma vez que ele não é o único deten tor do conhecimento Segundo o especialista em alfabetização o professor aprende primeiro para depois ensinar e reaprende no momento em que amplia as discussões junto a seus alunos No entanto é preciso levar em consideração que o professor precisa planejar e estudar para ministrar suas aulas 5 No espaço escolar sobretudo nas aulas de Língua Portuguesa o objeto de apren dizagem principal deve ser o texto Mas o que é texto Ao recuperar a origem da palavra texto verificase que ela deriva do latim textum que significa tecido ou seja referese a um grupo de palavras e frases que juntas articuladas em sintonia for mam sentido Podese pensar metaforicamente que os fios seriam as palavras e as frases as quais constituem um texto um tecido Na elaboração do tecido é necessário que as construções tenham harmonia e sejam coerentes para que o autor e o leitor compreendam a mensagem Nesse sentido nas au las de Língua Portuguesa é necessário refletir compre ender e analisar a construção textual para que se possa instrumentalizar os alunos para uma leitura proficiente e consequentemente em suas produções textuais Ambos os processos estão em sintonia e podem ser desenvolvidos de forma conjunta Filme Escritores da Liberdade Baseado em uma história real Erin Gruwel é professora de uma turma de alunos envolvidos com questões de segregação racial Ela atua em um ambiente escolar bastante hostil com professores desmotivados Mesmo diante de todas as dificuldades Erin acredita no potencial dos estudantes e trabalha para o melhor desenvolvimento deles e do ambiente escolar Para refletir sobre a ação do professor na sala de aula assista o filme Escritores da Liberdade SUGESTÃO O TEXTO COMO PROTAGONISTA DO PROCESSO ENSINOAPRENDIZAGEM 2 É necessário levar em consideração que na linguagem do nosso dia a dia quando usamos a comunicação para nos expressarmos utilizamos textos verbais não verbais e mistos Textos verbais são aqueles que se estruturam por meio das palavras escritas eou faladas Já os textos não verbais podem ser construídos por meio de imagens expressões gestos Textos mistos são aqueles que se configuram por meio da linguagem verbal e não verbal como nas histórias em quadrinhos tirinhas programas de televisão entre tantos outros SAIBA MAIS Como se percebe o texto é uma unidade complexa de sentido a qual precisa ser foco da atenção do professor de Língua Portuguesa Em alguns casos o que se ob 6 serva é que o texto é utilizado como pretexto para o ensino de regras da gramática normativa De acordo com os PCN muitas vezes o ensino da gramática de forma descontextualizada serve para ir bem na prova e passar de ano uma prática peda gógica que vai da metalíngua para a língua por meio de exemplificação exercícios de reconhecimento e memorização de nomenclatura BRASIL 1997 p 31 Nesse contexto muitas vezes as palavras e frases são analisadas de forma descon textualizada e isso ocorre ocasionalmente talvez pelo despreparo do professor Não cabe aqui fazer julgamentos mas sim apontar algumas ideias para refletir sobre essa questão e ressignificar o ensinoaprendizagem da língua Dessa forma compreendese que ler e interpretar os textos é uma etapa fundamental e necessária para que se possa haver um entendimento do que está sendo tratado No entanto é possível ampliar essas atividades para que o aluno possa ter outras experiências com a língua e com a linguagem Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais PCN de Língua Portuguesa a escola é o espaço de aprendizagem da língua uma vez que O domínio da língua tem estreita relação com a possibilidade de plena participação social pois é por meio dela que o homem se comunica tem acesso à informação expressa e defende pontos de vista partilha ou constrói visões de mundo produz conhecimento Assim um projeto educativo comprometido com a democratização social e cultural atribui à escola a função e a responsabilidade de garantir a todos os seus alu nos o acesso aos saberes linguísticos necessários para o exercício da cidadania direito inalienável de todos BRASIL 1997 p 21 No espaço em que o nível de letramento é menor essa responsabilidade aumenta Dessa forma é papel da escola promover o acesso aos diversos textos e capacitar os alunos para desenvolvimento e domínio da linguagem por meio da leitura interpreta ção e produção de textos Sabese que a leitura é um processo complexo e fundamental para o desenvolvimento dos alunos o qual vai além do ato de decodificação No Ensino Fundamental essa prática deve ser o foco principal como ação inclusiva a qual possibilita aos alunos a participação efetiva nos mais diversos ambientes da sociedade letrada LEITURA ESCRITA E PRÁTICA DE ANÁLISE LINGUÍSTICA 3 Se pararmos para pensar muitos atos envolvem a leitura proficiente de um texto desde os mais simples como ler um encarte de um anúncio publicitário até o mais complexo como por exemplo ler um processo jurídico REFLITA 7 Essa atividade iniciase e ampliase na escola por meio da mediação do professor ou seja a leitura precisa ser ensinada No trabalho com o texto na sala de aula o aluno precisa compreender as ideias aprender a buscar informações relacionar infor mações com outros textos além de ser incentivado a ler por deleite De acordo com Freitas Ortigara e Giacomazo 2018 p 203 Se pudéssemos definir o trabalho com a leitura na escola diríamos que este se move por dois propósitos um deles é o desenvolvimento sistemático e progressivo de habilidades como localizar compreender relacionar inferir interpretar informações o outro é o de incentivo ao prazer pela leitura eou à leitura como prazer Nesse sentido é fundamental que a criança tenha consciência sobre qual é o objetivo da leitura De acordo com Solé 1998 podese ler por diversão para buscar uma infor mação precisa conhecer determinado assunto para aprender entre outras questões A partir dessa consciência o processo de escrita também pode se estabelecer e um ser complemento do outro Com isso leitura e escrita estão interligadas e se interrelacionam Desse modo a escrita de textos pode em alguns casos estar acompanhada pela etapa de leitura No processo de escrita é necessário elaborar uma proposta dinâ mica reflexiva e contextualizada de modo que faça sentido ao aluno Dessa forma é preciso explorar o gênero textual a ser produzido bem como planejar o que será escrito escrever e reescrever o texto A etapa da reescrita é fundamental uma vez que permite que o aluno reflita sobre o que foi escrito e reelabore o seu próprio texto Nesse processo a mediação por meio do feedback do professor é de fundamental importância uma vez que ele poderá pro piciar momentos de reflexão sobre a língua por meio da prática de análise linguística Nessa perspectiva o professor deve propor momentos de discussão e análise por meio de atividades que propiciem ao discente a reflexão sobre o uso da linguagem nos mais diversos contextos Dessa forma ler escrever e reescrever são processos que auxiliam o aluno na compreensão e no domínio da língua Letramento Literário teoria e prática Formar leitores é um desafio na atualidade na qual outras mídias como a televisão o celular e a internet disputam a atenção das crianças e dos adolescentes Nesse cenário a literatura a arte da palavra pode ser uma ótima opção de entretenimento e aprendizagem A obra Letramento literário teoria e prática escrita por Rildo Cosson traz uma abordagem acerca da formação de leitores literários no Ensino Básico Por meio de uma linguagem simples e acessível ilustrada por muitos exemplos práticos o autor problematiza o ensino da literatura na escola e apresenta uma possível dentre várias existentes metodologia de trabalho com o livro em sala de aula desde a motivação para a leitura até a interpretaçãoextrapolação do texto literário LEITURA COMPLEMENTAR 8 Para refletir sobre as práticas de oralidade é preciso ter clareza de que esse proces so não condiz com a ideia de ensinar a criança a falar uma vez que ela já é falante da língua Como falante e pertencente a um universo cultural e social específico é fundamental que a forma de expressão da criança seja respeitada nas suas parti cularidades sem julgamentos Nesse contexto as variações linguísticas devem ser respeitadas tanto pelo professor quanto pelos demais colegas No entanto devese ter em mente que o papel da escola é ensinar a adequação da linguagem nos diferentes contextos discursivos de acordo com o grau de formalidade que cada situação exige conforme seu propósito comunicativo Promover espaços de escuta e de explanação de ideias é um ótimo caminho Porém essas práticas precisam ser acompanhadas pelo professor tendo em vista que não é um processo simples Tanto a produção de textos escritos como orais são atividades desafiadoras e carecem de atenção Nesse sentido é necessário fazer um planejamento e pensar qual a melhor estratégia a ser adotada nessa modalidade da língua Há muitas possibilidades para o desenvol vimento do trabalho com gênero oral tais como atividades em grupo que envolvam o planejamento e realização de pes quisas atividades de resolução de problemas que exijam estimativa de resulta dos possíveis verbalização atividades de produção oral de planejamento de um texto de elaboração propriamente e de análise de sua qualidade exposição oral BRASIL 1997 p 38 Essas são algumas possibilidades de trabalho com a oralidade no entanto tais ativi dades devem fazer sentido para o aluno Propor momentos como a dramatização de algum texto ou a apresentação de telejornal realização de uma entrevista ou ainda um debate regradojúri popular por exemplo são atividades contextualizadas que podem mover outros elementos como o uso da entonação expressões faciais e corporais entre outros Além disso esses exercícios também podem ser momentos de escuta e reflexão sobre temáticas que precisam ser debatidas no espaço escolar Caberá ao professor mediar esses encontros e promover momentos diversificados de prática da oralidade os quais façam sentido aos alunos PRÁTICAS DE ORALIDADE 4 Para refletir assista ao curtametragem Aprender a aprender que traz uma reflexão acerca do processo de ensinoaprendizagem Acesse aqui MÍDIA INTEGRADA 9 A partir das ideias apresentadas entendese que a aula de Língua Portuguesa deve ser centrada no texto e nas suas potencialidades Ler refletir produzir textos orais e escritos são excelentes atividades para realizar em sala de aula Na elaboração dos textos é necessário criar caminhos para reflexão acerca da escrita explorando suas potencialidades e promovendo debates e discussões sobre questões que podem ser melhoradas O gênero oral também deve ser trabalhado na escola e será papel do professor ela borar atividades diversificadas e contextualizadas para que o aluno nas diferentes situações possa colocar em prática Desse modo a aula de Língua Portuguesa precisa ser planejada e será papel do pro fessor mediador do conhecimento promover deferentes momentos de reflexão e uso da língua Tanto a linguagem oral quanto a escrita são de fundamental importância para o desenvolvimento dos alunos CONCLUSÃO REFERÊNCIAS BRASIL Ministério da Educação e do Desporto Base Nacional Comum Curricular BNCC versão aprovada pelo CNE Brasília DF MEC 2017 Disponível httpsbit ly2YYSMSD Acesso em 28 set 2021 BRASIL Secretaria de Educação Fundamental Parâmetros curriculares nacionais língua portuguesa Brasília DF SEF 1997 Disponível em httpsbitly3BpG6Ef Acesso em 28 out 2021 FREIRE Paulo Professora sim tia não cartas a quem ousa ensinar São Paulo Olho Dágua 1997 FREITAS Cibele Beirith Figueiredo ORTIGARA Vidalcir GIACOMAZZO Graziela Fátima Desafios da formação do leitor no século XXI o papel da escola In ANDRADE Maria Eurácia Barreto de Andrade ESTRELA Sineide Cerqueira SILVA Irlanda Jane Menos da Políticas e práticas educacionais dilemas e proposições Jundiaí Paco Editorial 2018 SOLÉ Isabel Estratégias de leitura Porto Alegre Artes Médicas 1998