A Construção do Sujeito de Direito e a Vontade Estatal em 'Os Filhos da Esperança'

A construção do sujeito de direito como representação da vontade estatal no filme os filhos da esperança A historicidade das técnicas do eu e sua variação ao longo da história estão profundamente arraigadas na percepção de que as identidades e práticas individuais são esculpidas por meio das transformações nos contextos sociais Essa interligação remete à compreensão da formação da subjetividade humana e das dinâmicas de poder que fundamentam as estruturas sociais Michel Foucault por exemplo investigou a interação entre as práticas pessoais de autoconhecimento e transformação ou seja as técnicas do eu e as táticas de controle social e poder representadas pelas técnicas de dominação As técnicas de dominação entrelaçamse com as técnicas de si no intricado processo de construção da subjetividade1 As técnicas do eu referemse às práticas através das quais os indivíduos se autoconstituem moldam suas identidades e buscam a autotransformação Isso envolve aspectos como ética pessoal moralidade autocontrole e a busca por uma vida virtuosa No entanto essas práticas não são fixas pois são moldadas por contextos históricos culturais e sociais em constante mudança Por exemplo o que é considerado uma vida virtuosa ou os ideais de autocontrole podem variar significativamente de uma sociedade para outra e ao longo do tempo Por outro lado as técnicas de dominação referemse às estratégias utilizadas pelas estruturas de poder para exercer controle sobre os indivíduos e as populações Isso pode envolver instituições como o sistema jurídico o sistema educacional a mídia e o aparato estatal em geral Foucault argumenta que a subjetivação não é simplesmente um processo interno individual mas é construída através da interação complexa entre práticas individuais e estratégias de controle social Por exemplo as normas sociais e os discursos hegemônicos influenciam a forma como as pessoas percebem a si mesmas e seus desejos moldando assim suas práticas de autoconstituição 1 A Hermenêutica do Sujeito pág 637 pdf 330