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Centro de Ciências Aplicadas e Ensino Departamento de Letras Curso de Licenciatura em Letras Disciplina Literaturas Africanas de Língua Portuguesa ProfDrSávio Roberto Fonseca de Freitas Alunoa Nota Orientações 1 A atividade pode ser feita até por dois discentes 2 A atividade vale dez pontos 3 A atividade deve ser entregue via SIGAA no dia 07082025 4 Elabore um texto analítico entre 3 a 5 laudas 5 O texto deve estar dividido em três partes a saber Considerações Iniciais nesta parte deve constar o objetivo da análise a apreensão do corpus literário e como a análise vai ser desenvolvida Análise do corpus literário escolha passagens do texto e desenvolva uma análise Considerações finais nesta são feitas colocações parcialmente conclusivas sobre a análise desenvolvida e Referências de acordo com a ABNT colocar as referências das fontes bibliográficas e digitais utilizadas no corpo do texto 6 A atividade deve ser entregue em formato PDF Atividade de 2ª Nota de Literaturas Africanas de Língua Portuguesa A poesia moçambicana é consolidada pela precursão que assume estética e ideologicamente a gênese da poesia combate O poema Quero ser tambor de José Craveirinha representa bem a construção literária de uma identidade moçambicana Partindo desde princípio desenvolva uma análise literária que comprove esta construção identitária por meio da poesia Quero ser tambor Tambor está velho de gritar Oh velho Deus dos homens deixame ser tambor corpo e alma só tambor só tambor gritando na noite quente dos trópicos Nem flor nascida no mato do desespero Nem rio correndo para o mar do desespero Nem zagaita temperada no lume vivo do desespero Nem mesmo poesia forjada na dor rubra do desespero Nem nada Só tambor velho de gritar na lua cheia da minha terra Só tambor de pele curtida ao sol da minha terra Só tambor cavado nos troncos duros da minha terra Eu Só tambor rebentando o silêncio amargo da Mafalala Só tambor velho de sentar no batuque da minha terra Só tambor perdido na escuridão da noite perdida Oh velho Deus dos homens eu quero ser tambor e nem rio e nem flor e nem zagaita por enquanto e nem mesmo poesia Só tambor ecoando como a canção da força e da vida Só tambor noite e dia dia e noite só tambor até a consumação da grande festa do batuque Oh velho Deus dos homens deixame ser tambor só tambor Bom trabalho