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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CAMPUS DO SERTÃODELMIRO GOUVEIA CURSO DE HISTÓRIA DISCIPLINA HSLS076N20222 DIDÁTICA Prof Dr Rodrigo Pereira Alunos Critérios Os textos devem ser escritos conforme a norma culta da língua portuguesa As repostas devem apresentar fundamentação teórica específica Ao fazer uso de citações as mesmas devem ser utilizadas dentro dos padrões da ABNT 03 questões devem ser respondidas A questão n04 sobre o Plano de Aula tem valor 50 pontos As duas outras questões podem ser escolhidas A prova pode ser realizada em duplas A consulta ao material de estudo está liberada Avaliação Bimestral 01 Ab1 Questão 01 Considerando os estudos sobre a Didática e seu lugar na formação pedagógica elabore um texto objetivo que analisa o significado da relação pesquisa ensino na formação de professores suas contradições e possibilidades Questão 02 No texto As formas e práticas de interação entre professores e alunos da autora Pura lúcia Martins o Seminário Didática em Questão recebe especial destaque por dar visibilidade ao movimento que propôs um protagonismo maior dos professores no desenvolvimento de formas mais críticas de ensino articuladas ao interesse e necessidades práticas das camadas populares Em relação a esse tema a autora faz menção ao movimento pedagógico identificado como históricocrítico que tem em Demerval Saviani seu maior intelectual no Brasil A esse respeito e sobre a importância desse movimento no processo de renovação da Didática e na formação de professores no período dos anos 19802000 no Brasil elabore um texto analítico que interprete os fundamentos e demonstre as principais consequências para o pensamento pedagógico do período e para a formação dos professoresas Questão 03 De forma objetiva responda como a obra de João Amós Comênio A Didática Magna influenciou a construção da Didática como área técnicocientífica e referência para a formação e prática para professores e professoras em todas as instituições de ensino Questão 04 Considere os textos de referência escolha uma deles e proceda a organização de uma plano de aula de acordo com a referência definida em sala de aula e dentro da estrutura proposta abaixo Ao final justifique sua proposta caso entenda como necessário Plano de Aula I Plano de Aula Carga horária II Dados de Identificação Professor a Disciplina III Tema IV Objetivos V Conteúdo VI Desenvolvimento do tema Metodologia VII Avaliação VIII Recursos didáticos IX Bibliografia Textos de referência 01 Diáspora africana Texto completo httpswwwgeledesorgbrdiasporaafricana A diáspora africana é o nome dado a um fenômeno histórico e social caracterizado pela imigração forçada de homens e mulheres do continente africano para outras regiões do mundo Esse processo foi marcado pelo fluxo de pessoas e culturas através do Oceano Atlântico e pelo encontro e pelas trocas de diversas sociedades e culturas seja nos navios negreiros ou nos novos contextos que os sujeitos escravizados encontraram fora da África Por Ana Luíza Mello Santiago de Andrade Para pensar a diáspora africana é preciso destacar as regiões portuárias Tais regiões marcaram a entrada desses indivíduos em novos mundos e por serem locais de chegada eram também marcados pelo contato e pela mistura de diferentes realidades Os números são bastante relevantes nesse contexto Foram aproximadamente doze milhões de africanos trazidos às Américas e destes 40 desembarcaram no Brasil marcando a história do país pela diversidade cultural étnica e social A imigração forçada é exemplo da violência e da exploração sistemática de homens e mulheres para sustentação de um regime escravocrata do monopólio de cultivos como os do açúcar e da própria Coroa Portuguesa Mas não só de violência o cotidiano desses sujeitos era feito Um mundo de trocas e sociabilidade se construiu a partir da experiência num novo local Formas de ver o mundo domínio de diferentes tecnologias ideias e crenças são exemplos destas trocas Africanos de todas as partes do continente precisaram construir novas formas de viver a vida em terras hoje brasileiras Assim a diáspora não é apenas sinônimo da imigração à força mas também uma redefinição identitária ou seja a construção de novas formas de ser agir e pensar no mundo Os castigos físicos e o sofrimento fizeram parte da vida de homens e mulheres escravizados Mas as lutas diárias os novos elos afetivos os vínculos familiares também O processo da diáspora consistiu em uma trama complexa que envolveu desde a captura de homens e mulheres em diversas sociedades africanas a travessia do oceano atlântico nos navios negreiros a inserção violenta e brutal no novo contexto até a construção de novas identidades O Brasil foi a região americana com o maior número de escravizados e por isso até hoje traz as marcas das diversas culturas do continente africano Os africanos que aqui chegaram vieram de diversos locais do continente A transformação desses homens e mulheres em escravos começava já na África nas feitorias ou no porto logo ao chegar na nova terra Nesse processo foram modificados e suas referências culturais redefinidas Dessa forma diversos povos benguelas cabindas angolas minas entre tantos outros embarcaram nos navios e aqui chegaram Estes africanos passam a ser chamados não mais pelas suas formas próprias de identificação ou pelas suas formas de organização social mas sim pela ideia de nação Por nação os agentes do tráfico ou da Coroa referenciavam ou os portos de onde embarcaram ou as regiões de onde eram provenientes ou a identificação feita pelos próprios traficantes Dessa forma só é possível mapear as regiões de procedência mas não os grupos étnicos aos quais esses sujeitos pertenciam Por isso novas configurações de identidade vão surgindo no contexto da escravidão Essas novas nomenclaturas referências de nação foram assumidas e apropriadas pelos sujeitos escravizados pois auxiliavam no processo de reorientação Por exemplo nagô foi a terminologia escolhida pelos traficantes de escravos para chamar os povos de língua Iorubá mas no continente africano esses grupos identificavamse de outra forma geralmente a partir de suas cidades de origem Mesmo aceitando e utilizando a denominação nagô mantiveram também seus nomes próprios Esses exemplos mostram a necessidade de construir novas formas de ser e agir no novo mundo entre tensões negociações e redefinições Referência MORTARI Claudia Introdução aos estudos africanos e da diáspora Florianópolis DIOESC UDESC 2015 Texto 02 Mulheres e lutas urbanas movimentos populares e o direito à cidade no cotidiano Texto completo httpswwwgeledesorgbrmulhereselutasurbanasmovimentospopulareseodireitoa cidadenocotidiano Maria das Graças de Jesus Xavier Foto Arquivo Pessoal INTRODUÇÃO Este artigo trata da experiência cotidiana das mulheres trabalhadoras de luta pela terra e moradia organizadas na União dos Movimentos de Moradia de São Paulo UMMSP e sua Secretaria de Mulheres de Luta por Moradia² Mulheres como eu em sua maioria negras e que historicamente sustentam em seu bairro e em sua cidade lutas para conquistar os direitos das trabalhadoras contra a violência de qualquer espécie e para a transformação social dentro e fora de casa do movimento social e disputando as políticas públicas estatais NEGAÇÃO DO DIREITO À TERRA DA SENZALA À FAVELA A luta por moradia no Brasil se deu historicamente a partir da abolição da escravatura quando as pessoas negras após o fim oficial da escravidão continuaram sem acesso aos direitos básicos como o direito ao trabalho remunerado e à terra No período imperial foi criada a Lei de Terras Lei nº 601 de 1850 segundo a qual o acesso à terra no Brasil ficou restrito à classe burguesa que por sua vez se apropria da mão de obra escrava Segundo Holston A Lei de Terras de 1850 só foi bemsucedida se assim podemos dizer em evitar a existência de pequenos proprietários de terra entre as massas de brasileiros os cidadãos e os imigrantes livres e libertos rurais e urbanos A maioria dos brasileiros continuou destituída de terras pelos cem anos seguintes HOLSTON 2013 p 184 De tal forma que depois de três séculos de colonização o Brasil é formado por um povo sem terra onde a ocupação ilegal é o único meio de acesso à terra para a maioria dos cidadãos A restrição do acesso à propriedade fundiária teve o efeito de forçar a maior parte dos brasileiros a morar ilegalmente tornando a ilegalidade se não uma norma ao menos a condição predominante de assentamento Holston 2013 pp 155156 Dessa forma esse povo se torna novamente prisioneiros do sistema sem ter onde morar e plantar para o próprio sustento e proteção Forçados a construir suas moradias de barracos de tábuas em áreas de risco como encostas de morro e beira de córregos Assim formaramse as primeiras favelas como o Morro da Providência da cidade do Rio de Janeiro em 1890 a população negra despejada dos cortiços em que viviam durante o processo de higienização da zona central da cidade realizado pela Prefeitura do Rio de Janeiro Na segunda metade do século XX o processo de urbanização no Brasil se intensificou somado a um crescimento populacional significativo Após a década de 1930 o Brasil vivenciava o processo de industrialização da economia urbana e as regiões mais afastadas dos centros urbanos tornaramse as únicas áreas em que os trabalhadores conseguiam estabelecer residência As periferias urbanas se desenvolveram no Brasil como o lugar dos trabalhadores pobres e o lugar para os trabalhadores pobres Holston 2013 p197 A rápida expansão urbana aliada à falta de planejamento urbano fez com que a população de baixa renda ocupasse as periferias das cidades comprando lotes em áreas de mananciais longe dos polos de trabalho transporte saúde e educação Com o passar das décadas o aumento significativo da população aumentou também a demanda por serviços públicos e a ocupação desordenada e a autoconstrução Com a globalização nos anos 1980 a questão da terra colocada como mercadoria agrava se A velocidade da urbanização acrescida da falta de planejamento por parte do Estado contribuiu para a segregação do espaço urbano com graves consequências Segundo Maricato 2010 p 14 produtos primários como minérios celulose grãos carne petróleo etanol commodities ganham importância estratégica nos mercados globais impactando na concentração fundiária por monoculturas no campo e forçando a migração desterritorializando milhões de camponeses de suas terras Excluída do acesso à terra urbanizada essa população migrante ou em alguns casos imigrante amontoase em favelas já que a terra urbanizada é um bem precioso e escasso nas cidades Esse cenário demonstra que o direito à terra foi abolido literalmente da população negra e seus descendentes exclusão que perdura por séculos Em pleno século XXI as políticas públicas que beneficiam a população de baixa renda ainda continuam insuficientes principalmente pela falta de política habitacional de Estado nas três esferas de governo Recentemente o Estado brasileiro vem avançando nas privatizações das políticas habitacionais conquistadas durante a democratização do país entregando a política pública nas mãos das grandes empresas construtoras que praticam a especulação imobiliária A omissão do Estado na política de habitação popular produz uma enorme desigualdade no Brasil há mais imóveis vazios do que gente sem casa para morar O déficit habitacional é de 58 milhões FJP 2019 enquanto mais de 6 milhões de imóveis permanecem vagos ou sem utilização IBGE 2010 A luta deve ser por políticas públicas de Estado permanentes para garantir os direitos conquistados independente do governo vigente priorizando a classe trabalhadora e não só a classe historicamente privilegiada Conforme artigo publicado pelo Coletivo Antirracista Esperança Garcia na Coluna Tecendo Democracias e Territórios do Instituto Brasileiro de Direito Urbanístico IBDU para além do questionamento da origem majoritariamente negra das favelas há que se discutir o motivo pelo qual esse grupo racial composto por pessoas pretas e pardas1 segue sendo a maioria nas regiões Segundo o Ipea 2011 662 das casas em favelas são ocupadas por pessoas negras sendo 394 chefiadas por homens negros e 268 chefiadas por mulheres negras o que reforça a conservação da maior vulnerabilidade social vivida por esse grupo SILVA etal 2022 MULHERES NEGRAS UM OLHAR DIFERENCIADO PARA A QUESTÃO DE GÊNERO E RAÇA É esse meu lugar de fala é nesse contexto que estão as mulheres trabalhadoras de luta pela terra e moradia organizadas na União dos Movimentos de Moradia de São Paulo UMMSP e na Secretaria de Mulheres de Luta por Moradia³ Em sua maioria mulheres negras que historicamente lutam para conquistas de direito das trabalhadoras contra a violência de qualquer espécie e para a transformação social Fotos 1 e 2 Atividades das lideranças mulheres na República Dominicana em 2018 Fonte acervo UMMSP Fotos 1 e 2 Atividades das lideranças mulheres na República Dominicana em 2018 Fonte acervo UMMSP As mulheres participantes da UMMSP sofrem com a cultura patriarcal e com a lógica da desigualdade com a violência de todas as formas sexual moral psicológica dentre outras Essa cultura ainda se repete no cotidiano da maioria das mulheres nas periferias que são mulheres chefes de família em busca de trabalho e sustento para manter os filhos ou parentes idosos levando na maioria das vezes de 3 a 4 horas no transporte público de péssima qualidade do trabalho para casa ocupando todo o seu tempo sem poder dedicar um tempo para cuidar de si própria Tem também mulheres que migraram de outros estados para as grandes metrópoles em busca de trabalho na cidade grande em casas de família que se depararam em situação de trabalho escravo em pleno século XXI em troca de um prato de comida e um local para dormir Desde 2020 até o momento no Brasil e no mundo vivenciamos o contexto de pandemia do Covid19 período em que foi escancarada a desigualdade social inclusive por parte do poder público despejando famílias com ações administrativas e não por ação judicial Tudo isso para liberar áreas que atendam aos interesses da especulação imobiliária comprando grandes terras com o aval do poder público construindo grandes arranhas céus nas grandes cidades Nós mulheres que somos a maioria da população brasileira na luta pelos direitos como creche transporte escola postos de saúde hospitais trabalho e renda ainda somos a minoria a ter igualdade nos direitos ocupando cargos com menores salários no setor público e privado como nos cargos do poder executivo legislativo e judiciário Em mais de 500 anos de Brasil uma única presidenta foi eleita e ainda assim sofreu um golpe sendo destituída do cargo injustamente pelo machismo enraizado nas estruturas do Estado e sociedade A cultura machista é tão presente no processo histórico de formação da sociedade brasileira que mesmo nos espaços de movimentos sociais há contradições presentes conforme destaquei ao relatar minha experiencia como militante da União dos Movimentos de Moradia de São Paulo UMMSP Se éramos maioria por que os cargos de direção eram sempre ocupados por homens isso foi algo que me incomodava muito XAVIER 2020 Foi preciso realizar enfrentamentos até conseguir criar a Secretaria de Mulheres da União dos Movimentos de Moradia de Estado de São Paulo UMMSP E com isso ocupar cargos de direção após longo processo interno em que criamos espaços de organização e formação política As mulheres da União Nacional por Moradia Popular também enfrentaram o machismo enraizado dentro do movimento que perdurou por 30 anos e só foi possível devido à nossa resistência Até que no ano de 2008 começaram a colher os frutos da luta elegendo representantes mulheres qualificadas Atualmente 60 da coordenação do movimento é composta por mulheres uma conquista histórica desde a fundação do movimento em 1989 Nos espaços de organização das mulheres que lutam por moradia pensamos e abordamos temas como i o protagonismo das mulheres na luta de classe que a partir da formação política e cidadã gera conhecimento que permite entender e compreender as diferenças do capitalismo e do socialismo e como cada um impacta na vida dos cidadãos ii a formação de base a partir do território como a participação efetiva na elaboração e aprovação dos Planos Diretores em vários municípios do Brasil prevista no Estatuto das Cidades Lei 102572001 e o caso da formação em Plano de Bairro e o Direito à Cidade com Garantia dos Direitos Humanos no município de São Paulo Nós mulheres lideranças da UMMSP realizamos rodas de conversas seminários e cursos para fornecer elementos a reflexão crítica das mulheres que participam destes espaços mesmo no contexto de pandemia Questão 1 A relação entre pesquisa e ensino é de extrema importância na formação de professores pois a pesquisa contribui para a construção de uma prática pedagógica mais efetiva e reflexiva No entanto essa relação é marcada por contradições e desafios que precisam ser enfrentados Em primeiro lugar é importante ressaltar que a pesquisa pode oferecer subsídios teóricos e práticos para que o professor possa refletir e aprimorar sua prática pedagógica A pesquisa permite que o professor se mantenha atualizado amplie sua visão de mundo e possa contribuir para o desenvolvimento de novas metodologias de ensino No entanto a relação entre pesquisa e ensino é muitas vezes conflituosa pois nem sempre os professores têm acesso aos resultados das pesquisas realizadas Além disso a falta de tempo e recursos para a pesquisa também é uma barreira para muitos professores Outra contradição diz respeito à aplicação prática dos resultados das pesquisas em sala de aula Nem sempre é fácil e imediato aplicar as descobertas da pesquisa no contexto da sala de aula principalmente se não houver uma conexão entre a pesquisa e a realidade do ambiente escolar Apesar dessas contradições é importante destacar que a relação entre pesquisa e ensino pode gerar possibilidades de transformação e aprimoramento do ensino A pesquisa pode contribuir para que o professor desenvolva um olhar mais crítico e reflexivo sobre a prática pedagógica e possa identificar as potencialidades e limitações do processo de ensinoaprendizagem Portanto é fundamental que a formação de professores inclua a discussão sobre a relação entre pesquisa e ensino destacando suas possibilidades e contradições É necessário investir em políticas públicas que fomentem a pesquisa na educação e que possibilitem que os professores tenham acesso aos resultados das pesquisas realizadas Além disso é preciso estimular a reflexão e a prática de uma educação crítica e reflexiva que valorize o diálogo entre teoria e prática Questão 2 O movimento pedagógico identificado como históricocrítico teve um papel fundamental no processo de renovação da Didática e na formação de professores no Brasil especialmente durante os anos 1980 e 1990 Esse movimento foi inspirado nas ideias do pedagogo italiano Antonio Gramsci e se baseou na necessidade de superar a educação tradicional que era vista como conservadora e alienante Demerval Saviani um dos principais intelectuais brasileiros que se dedicaram ao estudo e difusão desse movimento propôs a superação da educação bancária que concebia o aluno como um mero receptor passivo de conhecimento e defendeu a importância de um ensino mais crítico e reflexivo que valorizasse a participação ativa do aluno Os fundamentos do movimento históricocrítico estavam centrados na ideia de que a educação deveria ser um instrumento de transformação social e que o ensino deveria ser pautado pela crítica e pela reflexão possibilitando a formação de indivíduos críticos e capazes de compreender a realidade em que vivem Além disso o movimento defendeu a importância da articulação entre teoria e prática de forma que o conhecimento pudesse ser construído a partir das experiências vividas pelos alunos As principais consequências do movimento históricocrítico para o pensamento pedagógico do período foram a valorização da participação ativa do aluno no processo de ensinoaprendizagem a ênfase na crítica e na reflexão como elementos centrais do processo educativo e a defesa da articulação entre teoria e prática Essas ideias influenciaram fortemente a Didática e a formação de professores que passaram a ser pautadas por uma perspectiva mais crítica e reflexiva Para a formação dos professores o movimento históricocrítico teve como principal consequência a necessidade de uma formação mais consistente e crítica que permitisse aos professores compreender e atuar sobre as contradições da realidade social e educacional Além disso o movimento também impulsionou a criação de espaços de formação e de discussão como o Seminário Didática em Questão que permitiram aos professores a troca de experiências e a reflexão crítica sobre sua prática pedagógica Podemos concluir que o movimento históricocrítico teve um papel fundamental no processo de renovação da Didática e na formação de professores no Brasil durante os anos 1980 e 1990 Suas ideias e propostas influenciaram fortemente a concepção e a prática pedagógica valorizando a participação ativa do aluno a crítica e a reflexão como elementos centrais do processo educativo e a articulação entre teoria e prática Questão 4 I Plano de Aula Carga horária 2 horas II Dados de Identificação Professor Tereza Matéria História III Tema Diáspora Africana IV Objetivos Compreender o processo histórico da diáspora africana e suas consequências na formação da identidade brasileira Refletir sobre as trocas culturais e sociais que ocorreram entre os africanos escravizados e a sociedade brasileira Identificar as novas formas de identidade que foram construídas pelos africanos escravizados no contexto da escravidão Valorizar a diversidade cultural e étnica presente na sociedade brasileira e reconhecer sua importância histórica V Conteúdo O conteúdo da aula proposta é a diáspora africana um fenômeno histórico e social caracterizado pela imigração forçada de homens e mulheres do continente africano para outras regiões do mundo em especial as Américas O objetivo é compreender a complexidade desse processo desde a captura dos africanos em diversas sociedades africanas até a construção de novas identidades no novo contexto com foco na experiência dos escravizados no Brasil Além disso será abordada a importância das regiões portuárias nesse processo e como elas foram marcadas pelo contato e pela mistura de diferentes realidades Será destacado também que a diáspora não é apenas sinônimo da imigração à força mas também uma redefinição identitária ou seja a construção de novas formas de ser agir e pensar no mundo Serão explorados exemplos de como os escravizados africanos mantiveram e recriaram suas culturas e identidades no Brasil mesmo diante de condições adversas VI Metodologia Início da aula 10 minutos Apresentação do tema Diáspora Africana Questionamento inicial O que você sabe sobre a diáspora africana Já ouviu falar sobre isso O que imagina que seja Desenvolvimento da aula 90 minutos Leitura do texto A diáspora africana e a formação da identidade brasileira Debate sobre o texto Quais são os principais pontos abordados no texto O que mais chamou a atenção de vocês Como a diáspora africana influenciou a formação da identidade brasileira Exposição de imagens e trechos de músicas que ilustram a influência africana na cultura brasileira Dinâmica em grupo Cada grupo deverá escolher uma manifestação cultural brasileira dança música culinária festas populares entre outros e pesquisar suas origens africanas e representálas em papel sulfite através de desenhos ou mapa mental Apresentação dos resultados da pesquisa pelos grupos Conclusão da aula 20 minutos Debate final O que aprendemos hoje sobre a diáspora africana e sua influência na formação da identidade brasileira Como podemos valorizar e reconhecer a diversidade cultural e étnica presente na sociedade brasileira VII Avaliação A avaliação será realizada através da participação dos alunos no debate e na dinâmica em grupo além da capacidade de reflexão e compreensão do tema abordado durante a aula VIII Recursos Texto A diáspora africana e a formação da identidade brasileira Imagens e trechos de músicas que ilustram a influência africana na cultura brasileira Papel sulfite e canetas para a dinâmica em grupo IX Bibliografia Diáspora Africana Disponível em httpswwwgeledesorgbrdiasporaafricana Acesso em 05 de abril de 2023 BUENO Eduardo Brasil uma história 2 ed São Paulo Ática 2003 HOLANDA Sérgio Buarque de Raízes do Brasil 26 ed São Paulo Companhia das Letras 1995 SCHWARTZ Stuart B Segredos internos engenhos e escravos na sociedade colonial 15501835 São Paulo Companhia das Letras 1988 Questão 1 A relação entre pesquisa e ensino é de extrema importância na formação de professores pois a pesquisa contribui para a construção de uma prática pedagógica mais efetiva e reflexiva No entanto essa relação é marcada por contradições e desafios que precisam ser enfrentados Em primeiro lugar é importante ressaltar que a pesquisa pode oferecer subsídios teóricos e práticos para que o professor possa refletir e aprimorar sua prática pedagógica A pesquisa permite que o professor se mantenha atualizado amplie sua visão de mundo e possa contribuir para o desenvolvimento de novas metodologias de ensino No entanto a relação entre pesquisa e ensino é muitas vezes conflituosa pois nem sempre os professores têm acesso aos resultados das pesquisas realizadas Além disso a falta de tempo e recursos para a pesquisa também é uma barreira para muitos professores Outra contradição diz respeito à aplicação prática dos resultados das pesquisas em sala de aula Nem sempre é fácil e imediato aplicar as descobertas da pesquisa no contexto da sala de aula principalmente se não houver uma conexão entre a pesquisa e a realidade do ambiente escolar Apesar dessas contradições é importante destacar que a relação entre pesquisa e ensino pode gerar possibilidades de transformação e aprimoramento do ensino A pesquisa pode contribuir para que o professor desenvolva um olhar mais crítico e reflexivo sobre a prática pedagógica e possa identificar as potencialidades e limitações do processo de ensinoaprendizagem Portanto é fundamental que a formação de professores inclua a discussão sobre a relação entre pesquisa e ensino destacando suas possibilidades e contradições É necessário investir em políticas públicas que fomentem a pesquisa na educação e que possibilitem que os professores tenham acesso aos resultados das pesquisas realizadas Além disso é preciso estimular a reflexão e a prática de uma educação crítica e reflexiva que valorize o diálogo entre teoria e prática Questão 2 O movimento pedagógico identificado como históricocrítico teve um papel fundamental no processo de renovação da Didática e na formação de professores no Brasil especialmente durante os anos 1980 e 1990 Esse movimento foi inspirado nas ideias do pedagogo italiano Antonio Gramsci e se baseou na necessidade de superar a educação tradicional que era vista como conservadora e alienante Demerval Saviani um dos principais intelectuais brasileiros que se dedicaram ao estudo e difusão desse movimento propôs a superação da educação bancária que concebia o aluno como um mero receptor passivo de conhecimento e defendeu a importância de um ensino mais crítico e reflexivo que valorizasse a participação ativa do aluno Os fundamentos do movimento históricocrítico estavam centrados na ideia de que a educação deveria ser um instrumento de transformação social e que o ensino deveria ser pautado pela crítica e pela reflexão possibilitando a formação de indivíduos críticos e capazes de compreender a realidade em que vivem Além disso o movimento defendeu a importância da articulação entre teoria e prática de forma que o conhecimento pudesse ser construído a partir das experiências vividas pelos alunos As principais consequências do movimento históricocrítico para o pensamento pedagógico do período foram a valorização da participação ativa do aluno no processo de ensinoaprendizagem a ênfase na crítica e na reflexão como elementos centrais do processo educativo e a defesa da articulação entre teoria e prática Essas ideias influenciaram fortemente a Didática e a formação de professores que passaram a ser pautadas por uma perspectiva mais crítica e reflexiva Para a formação dos professores o movimento históricocrítico teve como principal consequência a necessidade de uma formação mais consistente e crítica que permitisse aos professores compreender e atuar sobre as contradições da realidade social e educacional Além disso o movimento também impulsionou a criação de espaços de formação e de discussão como o Seminário Didática em Questão que permitiram aos professores a troca de experiências e a reflexão crítica sobre sua prática pedagógica Podemos concluir que o movimento históricocrítico teve um papel fundamental no processo de renovação da Didática e na formação de professores no Brasil durante os anos 1980 e 1990 Suas ideias e propostas influenciaram fortemente a concepção e a prática pedagógica valorizando a participação ativa do aluno a crítica e a reflexão como elementos centrais do processo educativo e a articulação entre teoria e prática Questão 4 I Plano de Aula Carga horária 2 horas II Dados de Identificação Professor Tereza Matéria História III Tema Diáspora Africana IV Objetivos Compreender o processo histórico da diáspora africana e suas consequências na formação da identidade brasileira Refletir sobre as trocas culturais e sociais que ocorreram entre os africanos escravizados e a sociedade brasileira Identificar as novas formas de identidade que foram construídas pelos africanos escravizados no contexto da escravidão Valorizar a diversidade cultural e étnica presente na sociedade brasileira e reconhecer sua importância histórica V Conteúdo O conteúdo da aula proposta é a diáspora africana um fenômeno histórico e social caracterizado pela imigração forçada de homens e mulheres do continente africano para outras regiões do mundo em especial as Américas O objetivo é compreender a complexidade desse processo desde a captura dos africanos em diversas sociedades africanas até a construção de novas identidades no novo contexto com foco na experiência dos escravizados no Brasil Além disso será abordada a importância das regiões portuárias nesse processo e como elas foram marcadas pelo contato e pela mistura de diferentes realidades Será destacado também que a diáspora não é apenas sinônimo da imigração à força mas também uma redefinição identitária ou seja a construção de novas formas de ser agir e pensar no mundo Serão explorados exemplos de como os escravizados africanos mantiveram e recriaram suas culturas e identidades no Brasil mesmo diante de condições adversas VI Metodologia Início da aula 10 minutos Apresentação do tema Diáspora Africana Questionamento inicial O que você sabe sobre a diáspora africana Já ouviu falar sobre isso O que imagina que seja Desenvolvimento da aula 90 minutos Leitura do texto A diáspora africana e a formação da identidade brasileira Debate sobre o texto Quais são os principais pontos abordados no texto O que mais chamou a atenção de vocês Como a diáspora africana influenciou a formação da identidade brasileira Exposição de imagens e trechos de músicas que ilustram a influência africana na cultura brasileira Dinâmica em grupo Cada grupo deverá escolher uma manifestação cultural brasileira dança música culinária festas populares entre outros e pesquisar suas origens africanas e representálas em papel sulfite através de desenhos ou mapa mental Apresentação dos resultados da pesquisa pelos grupos Conclusão da aula 20 minutos Debate final O que aprendemos hoje sobre a diáspora africana e sua influência na formação da identidade brasileira Como podemos valorizar e reconhecer a diversidade cultural e étnica presente na sociedade brasileira VII Avaliação A avaliação será realizada através da participação dos alunos no debate e na dinâmica em grupo além da capacidade de reflexão e compreensão do tema abordado durante a aula VIII Recursos Texto A diáspora africana e a formação da identidade brasileira Imagens e trechos de músicas que ilustram a influência africana na cultura brasileira Papel sulfite e canetas para a dinâmica em grupo IX Bibliografia Diáspora Africana Disponível em httpswwwgeledesorgbrdiasporaafricana Acesso em 05 de abril de 2023 BUENO Eduardo Brasil uma história 2 ed São Paulo Ática 2003 HOLANDA Sérgio Buarque de Raízes do Brasil 26 ed São Paulo Companhia das Letras 1995 SCHWARTZ Stuart B Segredos internos engenhos e escravos na sociedade colonial 15501835 São Paulo Companhia das Letras 1988