·

Ciências Contábeis ·

Administração Financeira

Envie sua pergunta para a IA e receba a resposta na hora

Fazer Pergunta

Texto de pré-visualização

ADM 00039 – Administração Financeira Professor: Claudio Cunha (Prof.Claudio.Cunha.UFES@gmail.com) Lista de Exercícios IV-9 1) O Balanço e a Demonstração de Resultados da Empresa G, de 2010, são apresentados abaixo: DRE (R$ milhões) - 2010 com dívida Receitas Líquidas 300 Custo das Mercadorias Vendidas (200) Despesas Administrativas e com Vendas (50) Lucro antes de Juros e Tributos 50 Despesas Financeiras (60) Lucro antes de Tributos (10) IR e CSLL (34%) - Lucro Líquido (10) Balanço (R$ milhões) – Dez/2010 com dívida Ativo 1.100 - Disponibilidades 50 - Contas a Receber 50 - Estoques 100 - Imobilizado 900 Passivo 1.100 - Contas a pagar 100 - Exigível a Curto Prazo 0 - Exigível a Longo Prazo 400 - Capital Social 400 - Lucros Acumulados 200 a) Qual o valor em reais do benefício fiscal da dívida em 2010? b) Qual o custo de capital de terceiros em termos de taxa anual (kD)? c) Qual o custo de capital próprio da empresa em termos de taxa anual (kE)? d) Considere neste item e nos próximos rE = 15% a.a.. De quanto, pelo menos, deveria ser o lucro líquido da empresa, em média, para adicionar valor aos acionistas? e) Qual o custo médio ponderado de capital (CMPC) atual da empresa? f) Digamos que foi feita uma oferta para adquirir 100% da empresa G, no valor de R$ 800 milhões. Isso de alguma forma afeta o CMPC da empresa? Como? g) Se a dívida fosse menor, o custo de capital próprio (kE) deveria ser, teoricamente, maior ou menor? Por quê? 2) (ENADE 2009) Num projeto para a construção de um parque temático, serão financiados 30% com recursos do BNDES, 20% com debêntures e 50% com capital dos sócios. O custo do financiamento junto ao BNDES é 10% a.a., a debênture tem um custo de 15% a.a., e o custo de capital dos acionistas é 20% a.a. Desprezando-se o efeito de imposto de renda, o retorno mínimo que o parque temático deverá ter, para ser interessante aos investidores, é de A) 20%. B) 16%. C) 15%. D) 13%. E) 10%. 3) (ENADE 2012) A Diretoria Financeira da empresa Átria informou que, atualmente, a estrutura de capital é composta de R$ 6 000 000,00 de dívidas de longo prazo, captadas junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ao custo de 6% a.a. A empresa tem, hoje, 2 milhões de ações ordinárias distribuídas, ao valor de mercado de R$ 11,00/ação. A empresa é tributada à alíquota de 30%. O preço médio de venda de seus produtos é de R$ 118,00 , os custos variáveis unitários são de R$ 69,00 e os custos fixos são da ordem de R$ 1 428 000,00. A quantidade vendida do exercício anterior foi de 200 000 unidades. Espera-se que a economia nos próximos 3 anos ganhe ainda mais fôlego e expansão. O desempenho financeiro da Átria é especificado na Demonstração de Resultado do Exercício (DRE) a seguir. Considerando a DRE acima e tendo em vista os resultados para os diferentes indicadores e múltiplos, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas. I. A alavancagem financeira adotada pela empresa Átria gerou efeito positivo nos resultados da empresa. PORQUE II. Com a economia em expansão, torna-se mais intensa a geração de resultados líquidos a partir dos investimentos realizados pela empresa Átria com recursos de terceiros, uma vez que estes contribuem para gerar resultados para a empresa. A. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. B. As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I. C. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. D. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. E. As asserções I e II são proposições falsas. 4) (ENADE 2012) Um microempresário está avaliando a captação de recursos com o objetivo de implementar um projeto de substituição de equipamentos de sua empresa. Do total dos recursos necessários, 40% serão financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ao custo de 10% a.a.; 10% dos recursos serão obtidos de uma linha de crédito do banco com o qual a empresa mantém relacionamento, ao custo de 18% a.a.; e o restante dos recursos necessários virão dos lucros retidos pela empresa. Com base nas especificações da captação de recursos acima descrita e desconsiderando o risco do projeto e os efeitos do imposto de renda, avalie as afirmações seguintes. I. O custo de capital de terceiros do projeto de substituição é de 5,80% a.a. II. Se a rentabilidade do projeto está estimada em 17% a.a., então o custo de capital próprio desse investimento deve ser inferior a 22,40% a.a., para que o empreendimento seja viável. III. A expansão do endividamento deve promover aumento no custo de capital próprio da empresa. É correto o que se afirma em A. I, apenas. B. II, apenas. C. I e III, apenas. D. II e III, apenas. E. I, II e III. ADM 00039 – Administração Financeira Professor: Claudio Cunha (Prof.Claudio.Cunha.UFES@gmail.com) Lista de Exercícios IV-9 1) O Balanço e a Demonstração de Resultados da Empresa G, de 2010, são apresentados abaixo: DRE (R$ milhões) - 2010 com dívida sem dívida Receitas Líquidas 300 300 Custo das Mercadorias Vendidas (200) (200) Despesas Administrativas e com Vendas (50) (50) Lucro antes de Juros e Tributos 50 50 Despesas Financeiras (60) - Lucro antes de Tributos (10) 50 IR e CSLL (34%) - 17 Lucro Líquido (10) 33 Balanço (R$ milhões) – Dez/2010 com dívida sem dívida Ativo 1.100 1.100 - Disponibilidades 50 50 - Contas a Receber 50 50 - Estoques 100 100 - Imobilizado 900 900 Passivo 1.100 1.100 - Contas a pagar 100 100 - Exigível a Curto Prazo 0 0 - Exigível a Longo Prazo 400 0 - Capital Social 400 700 - Lucros Acumulados 200 300 a) Qual o valor em reais do benefício fiscal da dívida em 2010? Se a empresa não tivesse dívida (ver colunas adicionadas à direita), pagaria R$ 17 M de impostos. Com dívida, a empresa tem prejuízo e não paga imposto algum. Assim, o benefício fiscal da dívida é de R$ 17 M. OBS: Nas aulas e no livro, vemos o benefício fiscal da dívida é igual à alíquota de tributos diretos (no caso 34%) multiplicada pela despesa financeira, pois este seria o imposto que deixaria de se ser pago. No caso acima 34% x R$ 60 M = R$ 20 M. Por quê a diferença? Porque a empresa apresenta prejuízo. Assim, sobre R$ 10 M da dívida ela não tem o benefício fiscal. Isto mostra que o benefício fiscal só é relevante para empresas lucrativas. Assim, não adianta aumentar muito a dívida de uma empresa pouco lucrativa, para obter redução do CMPC. (Pela legislação americana, a empresa tem o direito de ser reembolsada pelo governo de impostos pagos no passado, caso apresente prejuízo em um ano. Por isso os livros geralmente não fazem menção a esta restrição. No Brasil as empresas com prejuízo podem provisionar um crédito de impostos, para abater em períodos posteriores de lucro. Mas isto não representa um fluxo imediato de caixa, como no caso americano, e pode jamais se converter em benefício, caso a empresa continue apresentando prejuízo.) b) Qual o custo de capital de terceiros em termos de taxa anual (kD)? A taxa de remuneração de capital de terceiros (equivalente aos juros da dívida) j = (despesa financeira – juros sobre capital próprio) / D D = exigível CP + exigível LP = 0 + 400 = 400 Assumindo que a empresa não paga juros sobre capital próprio: j = (60 – 0) / 400 = 15% a.a. O custo do capital de terceiros (kD) deve-se descontar o benefício fiscal da dívida, utilizando a alíquota marginal de tributos (t): kD = j · (1 - t) kD = 15% · (1 – 34%) = 10% OBS: Repare que, no período indicado a empresa não pode se beneficiar totalmente da redução do lucro tributável pela despesa financeira (benefício fiscal da dívida), por ter prejuízo. Mesmo assim foi utilizado o ajuste da tributação no cálculo do custo efetivo de capital de terceiros. Isso está correto, considerando que a empresa poderá compensar o prejuízo em exercícios futuros podendo, inclusive, reconhecer no balanço patrimonial e na DRE o crédito tributário. c) Qual o custo de capital próprio da empresa em termos de taxa anual (kE)? Isto é determinado pela empresa. O lucro da empresa deveria ser capaz de cobrir este custo, mas não podemos conhecê-lo a partir das demonstrações contábeis da empresa. d) Considere neste item e nos próximos rE = 15% a.a.. De quanto, pelo menos, deveria ser o lucro líquido da empresa, em média, para adicionar valor aos acionistas? Para a empresa adicionar valor é preciso que Lucro Líq. – Custo de Capital Próprio > 0. Logo, Lucro Líquido > Custo de Capital Próprio. Custo de Capital Próprio = kE · E E = Patrimônio Líquido = Capital Social + Lucros Acumulados = 400 + 200 = 600 Lucro Líquido > Custo de Capital Próprio = 15% · 600 = R$ 90 M Lucro Líquido > R$ 90 M e) Qual o custo médio ponderado de capital (CMPC) atual da empresa? CMPC = wD · kD + wE · kE wD = D / (D + E); wE = E / (D + E) D = exigível CP + exigível LP = 0 + 400 = 400 Na falta de valor de mercado para a empresa: E = Patrimônio Líquido = Capital Social + Lucros Acumulados = 400 + 200 = 600 wD = 400 / (400 + 600) = 40%; wE = 600 / (400 + 600) = 60% CMPC = 40% · 10% + 60% · 15% = 13% f) Digamos que foi feita uma oferta para adquirir 100% da empresa G, no valor de R$ 800 milhões. Isso de alguma forma afeta o CMPC da empresa? Como? Neste caso teríamos um valor de mercado para o capital próprio (a parte dos sócios). Então teríamos E = 900. Logo: wD = D / (D + E); wE = E / (D + E) wD = 400 / (400 + 800) = 33%; wE = 800 / (400 + 800) = 67% Aumentaria a participação do capital próprio (E) na empresa, consequentemnete aumentando o CMPC (uma vez a que o custo de capital próprio, kE, é maior que o custo de capital de terceiros, kD) g) Se a dívida fosse menor, o custo de capital próprio (kE) deveria ser, teoricamente, maior ou menor? Por quê? Deve ser menor. Vamos assumir que esta empresa seja como praticamente todas as empresas, com lucro diminuindo em períodos em que a economia vai mal. Então, o custo de capital próprio (kE) deveria ser, teoricamente, menor. Pois a alavancagem financeira aumenta o risco não diversificável da empresa. Se diminuímos a alavancagem, diminuímos o risco e, portanto, teoricamente, pode-se diminuir o retorno sobre o capital próprio. Vejamos um exemplo numérico. Digamos que o lucro operacional da empresa (antes de juros e tributos) fosse de R$ 240 M, com a mesma estrutura de capital, numa fase boa da economia. Digamos que, numa fase ruim da economia, o lucro operacional caísse para R$ 0. Na empresa sem dívida o retorno para o acionista (pegando o lucro líquido) variaria entre 16% (LL / E = 160 / 1.000) e 0% (LL / E = 0 / 1.000). Na empresa com dívida o retorno para o acionista (pegando o lucro líquido) variaria entre 20% (LL / E = 120 / 600) e -10% (LL / E = -60 / 600). Ou seja, a variação da taxa de retorno para o acionista, entre os estados da economia, é muito maior quando há dívida. Ou seja, o risco não diversificável da empresa é muito maior quando há dívida (maior alavancagem financeira). 2) (ENADE 2009) Num projeto para a construção de um parque temático, serão financiados 30% com recursos do BNDES, 20% com debêntures e 50% com capital dos sócios. O custo do financiamento junto ao BNDES é 10% a.a., a debênture tem um custo de 15% a.a., e o custo de capital dos acionistas é 20% a.a. Desprezando-se o efeito de imposto de renda, o retorno mínimo que o parque temático deverá ter, para ser interessante aos investidores, é de A) 20%. B) 16%. C) 15%. D) 13%. E) 10%. 3) (ENADE 2012) A Diretoria Financeira da empresa Átria informou que, atualmente, a estrutura de capital é composta de R$ 6 000 000,00 de dívidas de longo prazo, captadas junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ao custo de 6% a.a. A empresa tem, hoje, 2 milhões de ações ordinárias distribuídas, ao valor de mercado de R$ 11,00/ação. A empresa é tributada à alíquota de 30%. O preço médio de venda de seus produtos é de R$ 118,00 , os custos variáveis unitários são de R$ 69,00 e os custos fixos são da ordem de R$ 1 428 000,00. A quantidade vendida do exercício anterior foi de 200 000 unidades. Espera-se que a economia nos próximos 3 anos ganhe ainda mais fôlego e expansão. O desempenho financeiro da Átria é especificado na Demonstração de Resultado do Exercício (DRE) a seguir. Considerando a DRE acima e tendo em vista os resultados para os diferentes indicadores e múltiplos, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas. I. A alavancagem financeira adotada pela empresa Átria gerou efeito positivo nos resultados da empresa. PORQUE II. Com a economia em expansão, torna-se mais intensa a geração de resultados líquidos a partir dos investimentos realizados pela empresa Átria com recursos de terceiros, uma vez que estes contribuem para gerar resultados para a empresa. A. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. B. As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I. C. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. D. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. E. As asserções I e II são proposições falsas. 4) (ENADE 2012) Um microempresário está avaliando a captação de recursos com o objetivo de implementar um projeto de substituição de equipamentos de sua empresa. Do total dos recursos necessários, 40% serão financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ao custo de 10% a.a.; 10% dos recursos serão obtidos de uma linha de crédito do banco com o qual a empresa mantém relacionamento, ao custo de 18% a.a.; e o restante dos recursos necessários virão dos lucros retidos pela empresa. Com base nas especificações da captação de recursos acima descrita e desconsiderando o risco do projeto e os efeitos do imposto de renda, avalie as afirmações seguintes. I. O custo de capital de terceiros do projeto de substituição é de 5,80% a.a. II. Se a rentabilidade do projeto está estimada em 17% a.a., então o custo de capital próprio desse investimento deve ser inferior a 22,40% a.a., para que o empreendimento seja viável. III. A expansão do endividamento deve promover aumento no custo de capital próprio da empresa. É correto o que se afirma em A. I, apenas. B. II, apenas. C. I e III, apenas. D. II e III, apenas. E. I, II e III.