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Aula Síncrona: 13/07/2022 Administração Financeira Adriana Fiorotti Campos UNIDADE V 1. Análise do Resultado das Operações Continuadas a) Margens Bruta, Operacional e Líquida Análise Horizontal e Vertical (I) ANÁLISE HORIZONTAL (AH) (I) – Permite que se avalie a evolução dos vários itens de cada demonstração financeira em intervalos sequenciais. • Exemplo 1: considere a evolução das receitas de vendas e dos lucros brutos de uma empresa, conforme apurados em suas demonstrações contábeis publicadas no encerramento dos exercícios de X4, X5, X6. Pede-se analisar o crescimento horizontal. Análise Horizontal e Vertical (II) ANÁLISE HORIZONTAL (AH) (II) • Solução: Ano-base 31-12-X4 Nº Índice de Vendas = [($9.894/$8.105 x 100] = 122,07 em 31-12-X5 Nº Índice de Vendas = [($12.310/$8.105) x 100] = 151, 88 em 31-12-X6 Ou seja, o faturamento cresceu 22,07% em 31-12-X5 e 51,88% em 31-12-X6, tendo como base os valores de 31-12-X4. Análise Horizontal e Vertical (III) ANÁLISE HORIZONTAL (AH) (III) • Exemplo 2: apresenta-se a seguir a evolução horizontal das dívidas mantidas por uma empresa atuante no país, referentes aos exercícios sequenciais de X5, X6 e X7. • Solução: Análise Horizontal e Vertical (IV) ANÁLISE HORIZONTAL (AH) (IV) Ano-base X5 Nº Índice de Dívidas = [($28.220/$30.010) x 100] = 94,04 Nº Índice de Dívidas = [($29.300/$30.010) x 100] = 97,63 • Ou seja, as dívidas de X6 representam 94,04% da dívida do ano de 2005, denotando-se crescimento negativo (decréscimo) de 5,96% (94,04% - 100% = - 5,96%). No ano de X7, essa evolução foi ligeiramente menor e totalizou 2,37% (97,63% - 100% = - 2,37%), comparativamente ao ano-base de X5. – OBS.: em contextos com INFLAÇÃO, é importante que o analista desenvolva seus estudos dos principais itens patrimoniais e de resultados, baseado em suas evoluções reais, ou seja, em valores depurados da inflação. Se a data escolhida for a final (data do último relatório financeiro) tem-se o que se denomina de INDEXAÇÃO (correção ou inflacionamento). Caso optar por uma data inicial (data do primeiro relatório analisado), tem-se uma desindexação (ou deflacionamento). Análise Horizontal e Vertical (V) ANÁLISE HORIZONTAL (AH) (V) • Exemplo 3: considere os valores do ativo circulante da Companhia PetrosX, conforme publicado pela empresa, e sua evolução nominal. Sabendo que os índices gerais de preços da economia para os anos de X5, X6 e X7 foram de 59,1; 78,9 e 92,2, respectivamente, faça a correção de todos os valores para a moeda da data de 31-12-X7 (evolução real do ativo circulante) e interprete os resultados com valores nominais e valores reais (levando-se em consideração a inflação do período). fazer a INDEXAÇÃO (correção ou inflacionamento). Análise Horizontal e Vertical (VI) ANÁLISE HORIZONTAL (AH) (VI) • A evolução nominal de 7,70% verificada no ativo circulante em 31-12-X7, não suportou a correção efetuada em seus valores, registrando redução de 30,96% (número índice de 69,04). • OBS.: deve-se ter cuidado, ao se fazer as correções de valores, com certos itens da demonstração de resultados, PRINCIPALMENTE às receitas de vendas, formadas em diferentes datas anteriores às de suas respectivas apurações. É necessário também que a correção, para a obtenção da evolução horizontal real, seja aplicada também a partir do próprio exercício social para aqueles valores que não estão expressos em moeda de final do exercício (normalmente, vendas e determinadas despesas operacionais). Análise Horizontal e Vertical (VII) ANÁLISE VERTICAL (AV) (I) • É desenvolvida por meio de comparações relativas entre valores afins ou relacionáveis identificados numa mesma demonstração financeira. – OBS.: por considerar percentualmente as proporções existentes entre as diversas contas, a análise vertical pode dispensar a indexação dos valores. Análise Horizontal e Vertical (VIII) ANÁLISE VERTICAL (AV) (II) • com a análise vertical observa-se claramente a composição do ativo, do passivo e do patrimônio líquido. Tal análise é complementar à Análise Horizontal. Análise Horizontal e Vertical (IX) ANÁLISE VERTICAL (AV) (III) • observa-se um decréscimo dos investimentos de curto prazo (ativo circulante). Observa-se, também, uma elevação nas aplicações de longo prazo (realizável e permanente). Evidencia-se, mediante estes resultados, maior preferência (ou necessidade) da empresa por ativos de longo prazo (imobilizações) em detrimento dos de curto prazo. • ao se analisar a estrutura do passivo da empresa, observa-se uma evolução na participação em seu financiamento de curto prazo (passivo circulante), que passou de 41,67% em 2005 para 43,55% em 2007. Como os ativos de longo prazo mostraram um crescimento proporcionalmente maior, a maior participação dos passivos de curto prazo reduziu a folga financeira de curto prazo da empresa. Ou seja, o que se observa é que captações de curto prazo estão sendo aplicadas, em proporções cada vez maiores, em ativos de prazos mais dilatados, e podem levar a empresa a sacrificar sua liquidez (folga financeira) de curto prazo. • a análise vertical passiva permite, também, visualizar maior preferência por recursos próprios (patrimônio líquido), em relação aos recursos de terceiros de maior maturidade (exigível de longo prazo), em sua estrutura de financiamento. 2ª Lista de Exercícios – Administração Financeira (2022/1 - EARTE) 5ª Questão - Uma empresa apurou os seguintes valores de receitas de vendas e patrimônio líquido ao final dos exercícios sociais de 2014 a 2017. Pede-se apurar a evolução anual nominal e real das informações contábeis: 2014 (R$ mil) 2015 (R$ mil) 2016 (R$ mil) 2017 (R$ mil) Receitas de Vendas R$ 148.000,00 R$ 263.000,00 R$ 303.500,00 R$ 250.000,00 Patrimônio Líquido R$ 190.000,00 R$ 201.000,00 R$ 230.000,00 R$ 245.000,00 Inflação Anual 12,42% 1,20% 3,85% 4,06% 5ª Questão 2014 2015 2014-2015 EVOL. NOMINAL EVOL. REAL RECEITAS 148,000 163,000 163,000 1,1 1,0757 1,1-1 14% 7,50% 148,000 1,0142 PL 190,000 231,000 231,000 1,2157 1,03-1 21% 4,54% 190,000 1,0142 INFLAÇÃO 1,24% 1,20% Taxa REAL (^) = \frac{1 + TAXA NOMINAL (AG)}{1 + TAXA DE INFLAÇÃO (INF)} -1 2016 2017 2016-2017 EVOL. NOMINAL EVOLUÇÃO REAL RECEITAS 303,500 250,000 \frac{250,000}{303,500}-1 =-17,59% n=\frac{1+(-0,176923)}{\frac{1,4006}} -1 = PL 230,000 245,000 \frac{245,000}{230,000}-1 =6,52% n= \frac{3,065217-1}{1,0406} - 1 =2,37% INFLAÇÃO 3,85% 4,06% 0,823723 -1 \frac{1.0406}{1} =824915885 -1 = 2ª Lista de Exercícios – Administração Financeira (2022/1 - EARTE) 7ª Questão – Uma empresa publicou seus balanços referentes aos exercícios encerrados em 31-12-06 e 31-12-07. Pede-se: a) efetuar uma análise horizontal e vertical dos balanços; e b) analisar a situação financeira de curto prazo da empresa? Houve melhora do exercício encerrado em 31- 12-07 em comparação com o de 31-12-06? Justifique. 2º Questão Balanço Patrimonial (R$) 31/12/2006 AH AV 31/12/2007 AH AV Ativo Circulante Caixa 2,800 9,82% 3.500 125,00 11,41% Contas a Receber 43,400 30,27% 44,000 106,88 14,38% Outros Valores a Receber 40,000 22,79% 53,000 92,94 15,62% Estoques 42,200 59,56% 57,000 125,78 17,76% Total do Ativo Circulante 128,400 98,54% 137,000 96,90 40,37% Ativo Permanente Investimentos 33,600 10,98% 35,000 92,36 10,06% Imobilizado 137,200 50,44% 145,000 105,69 47,45% Total Ativo Permanente 170,800 90,00% 180,000 153,94 57,51% Total do Ativo 305,900 100,00 308,000 109,19 100% Passivos Circulante Fornecedores 53,200 12,59% 56,200 316,54 28,25% Duplicatas a Receber 700 0,32% 7,000 500,00 23,11% Financiamentos 42,200 11,22% 49,000 101,31 1306,61% Outras Obrigações 47,400 14,29% 40,000 52,14 16,12% Total do Passivo Circulante 142,500 46,74% 156,000 114,41 50,65% Passivo Não Circulante Financiamentos 32,400 10,21% 36,000 36, COPMG QUESTÃO 1 1) (3.500 / 2.600) x 100 = 125 2) (44.920 / 42.140) x 100 = 106,55 3) (39.000 / 40.000) x 100 = 96,40 4) (37.000 / 43.740) x 100 = 85,25 5) (134.400 / 138.380) x 100 = 96,90 6) (2.600 / 6.720) x 100 = 513,10 7) (35.000 / 33.600) x 100 = 52,26 8) (145.000 / 137.200) x 100 = 105,69 9) (126.000 / 130.800) x 100 = 93,04 10) (308.000 / 305.900) x 100 = 100,69 11) (52.000 / 53.200) x 100 = 116,54 12) (7.000 / 7.300) x 100 = 105,19 13) (47.000 / 46.200) x 100 = 101,73 14) (40.000 / 42.000) x 100 = 95,24 15) (150.000 / 142.100) x 100 = 105,78 14) (1.500 / 2.400) x 100 = 35,11 15) (19.000 / 32.200) x 100 = 43,48 16) (29.000 / 54.600) x 100 = 40,29 17) (185.000 / 81.200) x 100 = 104,68 18) (125.000 / 92.030) x 100 = 360,73 19) (130.000 / 109.200) x 100 = 133,05 20) (311.000 / 309.900) x 100 = 100,69 AV 2006 Exemplo: 2.800 / 305.900 = 0,92% b) POUCA FOLGA FINANCEIRA. A EMPRESA APRESENTA UM VOLUME MAIOR DE OBRIGAÇÕES A CURTO PRAZO EM RELAÇÃO A SEU ATIVO CIRCULANTE, EM 2007 A SITUAÇÃO AGRAVOU-SE UM POUCO MAIS EM FUNÇÃO DE UM DECRESCIMO DO ATIVO CIRCULANTE E UMA ELEVAÇÃO DO PASSIVO CIRCULANTE, A DIMINUIÇÃO DS ESTOQUES É UM ITEM QUE MERECE UMA ANÁLISE MAIS DETALHADA NO RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO, A EMPRESA JUSTIFICA ESSE COMPORTA- MENTO DOS ESTOQUES EM RAZÃO DAS DIFICULDADES DE ABASTECIMENTO IMPOSTA PELA CONJUNTURA DA ÉPOCA. 1. Análise do Resultado b) Análise Custo-Volume-Lucro – Ponto de Equilíbrio Análise Custo-Volume-Lucro (I) • ANÁLISE CUSTO-VOLUME-LUCRO: também é chamada de análise do ponto de equilíbrio, é utilizada visando conhecer o volume de atividade necessária para cobrir todos os custos e despesas operacionais e analisar o lucro associado ao nível de vendas. • A análise do PONTO DE EQUILÍBRIO (BREAK-EVEN POINT) informa o volume de vendas necessário para cobrir todos os custos e despesas operacionais, ou seja, no ponto de equilíbrio o resultado operacional da empresa é igual a zero. • PONTO DE PARTIDA: separar os custos de produção e as despesas operacionais em fixos e variáveis. – CUSTOS (e DESPESAS) FIXOS: são aqueles que não dependem do volume de produção e vendas no período. Exemplo: aluguel da fábrica, depreciação de máquinas e equipamentos, salários de pessoal administrativo, honorários de administração etc. Análise Custo-Volume-Lucro (II) – CUSTOS (e DESPESAS) VARIÁVEIS: são aqueles que dependem do volume de atividade (produção e vendas), sempre dentro de alguma unidade de tempo (mês, trimestre etc.). Estes custos acompanham o volume de produção: quanto maior a atividade da empresa, maiores se apresentam estes custos. Exemplo: comissões sobre vendas, embalagens, fretes, consumo de matérias-primas, custos de mercadorias vendidas no caso de empresas comerciais etc. – CUSTOS (ou DESPESAS) SEMIFIXOS e SEMIVARIÁVEIS: são aqueles que possuem parte fixa e parte variável, como a remuneração de pessoal de venda que recebe salário-fixo mais uma parcela variável representada por comissões sobre as vendas. Nessa situação, deve- se, para efeito de análise, fazer a separação da parte que é fixa da parte que é variável. • a partir da separação dos custos (e despesas) em fixos e variáveis, pode- se elaborar uma demonstração de resultados mais gerencial, na qual são destacados o desempenho dos produtos (ou unidades de negócios, ou da própria empresa) e sua contribuição para a cobertura dos gastos fixos e formação dos lucros. Análise Custo-Volume-Lucro (III) • Quando uma empresa produz e vende certo volume de seus produtos, pode elaborar o seguinte resultado: • MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO: é a diferença entre as receitas operacionais de vendas e os custos (e despesas) variáveis incorridos no período. Pode ser entendida como a sobra do resultado entre vendas e custos variáveis que irá contribuir, após a remuneração dos custos fixos, para a formação do lucro total da empresa. • Exemplo 1: admita uma empresa que vendeu, em certo mês, dois produtos: A e B, registrando os seguintes valores: Análise Custo-Volume-Lucro (IV) • O custo e despesa fixo total incorrido no mês atingiu $ 435.000,00. A margem de contribuição por produto e da empresa é calculada: • O produto de maior margem de contribuição unitária é A, porém B, pelo maior volume de vendas, é o que produz a mais elevada margem total ($ 420.000,00). • O produto A contribui com $ 93,50/un. e o produto B com $ 84,00/un. para a formação do lucro da empresa. A soma dessas margens unitárias, multiplicadas respectivamente pelas quantidades vendidas, perfaz a MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO TOTAL da empresa no mês, igual a $ 663.100,00. Deste montante são deduzidos os custos e despesas fixos para se chegar ao resultado operacional (antes do IR) da empresa. Análise Custo-Volume-Lucro (V) PONTO DE EQUILÍBRIO OPERACIONAL (I) PONTO DE EQUILÍBRIO: é formado a partir das relações dos custos e despesas fixos e variáveis com as receitas de vendas. Algebricamente, pode-se calcular o Ponto de Equilíbrio Operacional (PEO) como sendo: Receita de vendas: p x q (-) Custos Fixos: CF (-) Custos variáveis: CVu x q (=) LAJIR onde: q = quantidade de vendas por unidade p = preço de venda unitário CVu = custo (despesa) operacional variável por unidade CF = custo (despesa) operacional fixo no período LAJIR = lucro antes dos juros e IR (lucro operação antes do IR). Análise Custo-Volume-Lucro (VI) PONTO DE EQUILÍBRIO OPERACIONAL (II) • No ponto de equilíbrio, tem-se: LAJIR = 0. Simplificando a expressão e colocando o valor da quantidade vendida de mercadorias q em evidência, tem-se: p x q – CVu x q – CF = 0 q (p – CVu) – CF = 0 • Essa quantidade de unidades a ser produzida e vendida pela empresa é o que se denomina de Ponto de Equilíbrio Operacional (PEO), ou seja, o volume mínimo de vendas necessário para pagar todos os custos operacionais fixos e variáveis da empresa. Realizando vendas acima desse ponto, a empresa atua na faixa de lucro; volume de vendas abaixo do ponto de equilíbrio gera prejuízo. Análise Custo-Volume-Lucro (VII) PONTO DE EQUILÍBRIO OPERACIONAL (III) • Exemplo 2: considere um exemplo típico de uma pequena empresa que tenha custos (e despesas) operacionais fixos no valor de $ 2.000,00 por mês. O preço de venda por unidade de seu único produto é de $ 15,00 e seu custo (e despesa) operacional variável é de $ 5,00/unidade. Pede-se determinar o ponto de equilíbrio operacional da empresa. CF = $2.000,00 por mês p = $15,00/un. CVu = $ 5,00/un. q = CF = CF (p – CVu) MC • Neste volume de vendas, a margem de contribuição iguala-se aos custos fixos, produzindo um LAJIR zero. Receita de vendas: 200 un. × $ 15,00 = $ 3.000,00 Custos e despesas variáveis: 200 un. × $ 5,00 = ($ 1.000,00) Margem de Contribuição = $ 2.000,00 Custos e despesas fixos = ($ 2.000,00) Resultado Operacional Antes IR (LAJIR) = – 0 – Análise Custo-Volume-Lucro (VIII) PONTO DE EQUILÍBRIO OPERACIONAL (IV) Figura 1 - Representação Gráfica do Ponto de Equilíbrio Fonte: ASSAF NETO; LIMA (2011, p. 292). Análise Custo-Volume-Lucro (IX) PONTO DE EQUILÍBRIO OPERACIONAL (V) • OBS.: (1) o ponto de equilíbrio da empresa é o volume de vendas no qual o seu custo e despesa operacional total, isto é, a soma dos seus custos e despesas operacionais fixos e variáveis, se igualam à receita das vendas; e (2) a diferença que consta no denominador da fórmula da quantidade de equilíbrio (p – CVu) é denominada de Margem de Contribuição Unitária (MC). Em outras palavras, a margem de contribuição nada mais é do que o valor que sobra das vendas para pagar os custos e despesas fixos e gerar lucro. Análise Custo-Volume-Lucro (X) PONTO DE EQUILÍBRIO OPERACIONAL (VI) • Exemplo 3: considere uma empresa comercial que vende seus produtos a $ 60,00 a unidade, já com os impostos e margem de lucro embutidos. O custo de compra da mercadoria vendida é de $ 30,00 a unidade, também calculado com impostos inclusos. Sabe- se que a compra e a venda ocorrem dentro do mesmo Estado, cuja alíquota do ICMS é de 18%, PIS/COFINS de 9,25% com IPI de 15%. O custo fixo total mensal da empresa é de $ 10.200,00 e a quantidade comprada em determinado mês para revender é de 1.400 unidades. Dado ainda que a empresa espera uma perda pela inadimplência (clientes incobráveis) de 2%, pede-se: a) o preço de venda sem os impostos e as despesas de perdas; b) o custo unitário total líquido dos impostos; c) o ponto de equilíbrio operacional. Análise Custo-Volume-Lucro (XI) PONTO DE EQUILÍBRIO OPERACIONAL (VII) Análise Custo-Volume-Lucro (XII) PONTO DE EQUILÍBRIO OPERACIONAL (VIII) Análise Custo-Volume-Lucro (XIII) PONTO DE EQUILÍBRIO OPERACIONAL (IX) • Na prática, muitas empresas trabalham com mais de um produto e precisam conhecer as quantidades de venda de cada um deles. A fórmula para o cálculo do ponto de equilíbrio para mais de um produto é dada a seguir: Análise Custo-Volume-Lucro (XIV) PONTO DE EQUILÍBRIO OPERACIONAL (X) • Exemplo 4: considere um posto de combustível que vende 8.500 litros de combustível por mês, distribuídos em 2.500 litros de gasolina comum, 2.000 litros de óleo diesel e 4.000 litros de álcool. O preço atual bruto da gasolina é de $ 2,50 /litro, do diesel $1,50/litro e do álcool $ 1,10/litro. O custo unitário de compra da gasolina é $ 1,50, do óleo diesel é $ 0,90 e do álcool é $ 0,60. Sabendo que esse posto tem um custo fixo mensal de $ 4.000,00, calcule o ponto de equilíbrio total e por combustível que esse posto deve vender. Análise Custo-Volume-Lucro (XV) PONTO DE EQUILÍBRIO OPERACIONAL (XI) Análise Custo-Volume-Lucro (XVI) PONTO DE EQUILÍBRIO OPERACIONAL (XII) Análise Custo-Volume-Lucro (XVII) PONTO DE EQUILÍBRIO CONTÁBIL, ECONÔMICO E FINANCEIRO (I) PONTO DE EQUILÍBRIO CONTÁBIL: ponto em que o resultado operacional se anula. Ele é baseado num lucro contábil igual a zero. A expressão de cálculo é dada a seguir: • Todas as empresas perseguem um lucro mínimo, representado pelo custo de oportunidade do investimento feito pelos proprietários, ou seja, um resultado mínimo que compense o investimento realizado. É como se atribuíssem ao capital próprio investido um “juro mínimo”. PONTO DE EQUILÍBRIO ECONÔMICO: volume de vendas que produz esse lucro esperado. A expressão de cálculo pode ser vista a seguir: Análise Custo-Volume-Lucro (XVIII) PONTO DE EQUILÍBRIO CONTÁBIL, ECONÔMICO E FINANCEIRO (II) PONTO DE EQUILÍBRIO FINANCEIRO: calcula o volume de vendas que iguala as entradas com as saídas de caixa. A grande contribuição do ponto de equilíbrio financeiro é eliminar os eventuais conflitos entre os prazos de pagamento e de recebimentos. Sua expressão de cálculo é a seguinte: Análise Custo-Volume-Lucro (IX) PONTO DE EQUILÍBRIO CONTÁBIL, ECONÔMICO E FINANCEIRO (III) • Exemplo 5: considere o exemplo ilustrativo desenvolvido no cálculo do Ponto de Equilíbrio Operacional de uma pequena empresa que tenha custos (e despesas) operacionais fixos de $ 2.000,00 por mês. O preço de venda por unidade de seu único produto é de $ 15,00 e seu custo (e despesa) operacional variável é de $ 5,00. Pede-se calcular o ponto de equilíbrio econômico se a empresa deseja ter um lucro de $ 500,00 por mês. Calcule também o ponto de equilíbrio financeiro considerando que a empresa possui uma depreciação mensal de $ 100 e um empréstimo que possui uma amortização mensal de $ 700. 2ª Lista de Exercícios – Administração Financeira (2022/1 - EARTE) 2ª Questão – Quanto uma empresa deve produzir para obter um LAJIR de R$ 2.400,00, sabendo-se que seus custos fixos são de R$ 5.500,00, custo variável unitário de R$ 3,50 e preço de R$ 7,50. 2ª QUESTÃO LAJIR = R$ 2.400,00 CF = R$ 5.500,00 CVu = R$ 3,50 p = R$ 7,50 LAJIR = Receitas - CV - CF 2.400 = p.q - CVu.q - CF 2.400 = 7,5q - 3,5q - 5.500 4q = 2.400 + 5.500 4q = 7.900 q = 7.900/4 = 1.975 unidades 2ª Lista de Exercícios – Administração Financeira (2022/1 - EARTE) 4ª Questão – Considere uma empresa que produz um só produto a um custo unitário de R$ 20,00. O vendedor vende seus produtos pelo dobro do preço de custo e possui ainda um custo fixo mensal de R$ 1.000,00. Qual deverá ser o volume de vendas mensal dessa empresa, em unidades, para gerar um lucro de 30% sobre as vendas? 4ª QUESTÃO CVu = R$ 20,00 p = R$ 40,00 (dobro) CF: R$ 3.000,00 q = ? Lucro = 0,3 (40q) Lucro = R - Custos Lucro = p.q - CVu.q - CF 0,3 (40 q) = 40.q - 20 q - 3.000 12q = 20q - 3.000 (-8q = -1000) (-1) q = 1000/8 = 125 unidades UNIDADE V 1. Análise do Resultado das Operações Continuadas c) Alavancagem Operacional e Risco Alavancagem Operacional (I) • A medida da alavancagem operacional revela como uma alteração no volume de atividade influi sobre o resultado operacional da empresa. Em outras palavras, se as vendas sofrerem uma variação, por exemplo, de 10% em certo período, qual o impacto desse comportamento sobre o lucro operacional. GAO (Grau de Alavancagem Operacional). Expressão dada a seguir: • OBS.: o GAO é determinado pela estrutura de custos e despesas da empresa, apresentando maior capacidade de alavancar os lucros aquela que apresentar maiores custos e despesas fixos em relação aos custos e despesas totais. Identicamente, empresas com estrutura mais elevada de custos e despesas fixos assumem também maiores riscos em razão da maior variabilidade de seus resultados operacionais. Alavancagem Operacional (II) • Exemplo 6: considere ilustrativamente duas empresas A e B, iguais em todos os aspectos, exceto em sua estrutura de custos e despesas. A empresa A, por ser mais automatizada, tem uma relação custo e despesa fixo/custo e despesa total mais alta que a empresa B. . a) admitindo um aumento de 20% no volume de vendas, calcule o GAO para as duas empresas e interprete o seu resultado. b) admitindo uma redução de 20% no volume de vendas, calcule o GAO para as duas empresas e interprete o seu resultado. Alavancagem Operacional (III) Solução: a) • Ocorrendo um aumento de 20% no volume de vendas, o lucro operacional da empresa A se eleva 7 vezes (140%), e o da empresa B somente 3 vezes (60%). Em outras palavras, para cada 1% de aumento nas vendas, a empresa A oferece uma elevação de 7% em seus resultados operacionais, e a empresa B somente 3%. Por não sofrerem variações em seus valores, os custos e despesas fixos são diluídos pela elevação do volume de atividade, alavancando maiores variações nos lucros operacionais. Alavancagem Operacional (IV) Solução: b) • ao se admitir uma redução de 20% no volume de vendas, a empresa A revela-se incapaz de cobrir os seus custos e despesas fixos mais elevados, apurando um prejuízo operacional. A empresa B, por apresentar uma participação bem mais reduzida de custos e despesas fixos, ainda consegue manter-se em situação de lucro. Observe ainda que o GAO é o mesmo: GAO = 7 para a empresa A e GAO = 3 para a empresa B. Os resultados indicam uma redução, em valores percentuais, 7 vezes maior no resultado operacional da empresa A para cada unidade de variação em seu volume de vendas e de somente 3 vezes para o caso da empresa B. Riscos Operacionais das Variações nos Custos e Despesas (I) • A alavancagem operacional, por incorporar o resultado dos ativos da empresa, é um dos componentes relevantes de seu risco econômico. Diversas INCERTEZAS se verificam na análise do GAO, como variações nos custos e despesas operacionais. • Exemplo 7: ilustrativamente, considere o mesmo exemplo anterior das empresas A e B, porém agora avalie o que ocorre se houver: a) um acréscimo de 20% nos custos e despesas fixos; b) um decréscimo de 20% nos custos e despesas fixos; e c) um acréscimo de 20% nos custos e despesas variáveis. Riscos Operacionais das Variações nos Custos e Despesas (II) Solução a) considerando um acréscimo de 20% nos custos e despesas fixos, ou seja, para a empresa A, os custos e despesas fixos, que eram originalmente de $ 60, passarão a $ 72 (20% de aumento), e para a empresa B, de $ 20 passarão a $ 24. • Observe que se o aumento dos custos e despesas fixos for relativamente o mesmo para as duas empresas, a empresa A corre o risco de incorrer em prejuízo mais rapidamente do que a empresa B, em razão do seu maior nível de custos e despesas fixos. Riscos Operacionais das Variações nos Custos e Despesas (III) Solução b) o contrário ocorre quando custos e despesas fixos diminuem. Se esses custos recuarem os mesmos 20%, ou seja, para a empresa A, de $ 60 passarem para 48% (20% a menos), e para a empresa B, de $ 20 passarem para $ 16, tem-se: • A redução nos custos e despesas fixos promove maiores lucros na empresa mais alavancada (empresa A). Tem-se então que, quanto maiores forem os custos e despesas fixos, maiores se apresentam as chances de grandes lucros e maiores os riscos de grandes prejuízos. Riscos Operacionais das Variações nos Custos e Despesas (IV) Solução c) ocorrendo variações nos custos e despesas variáveis, e mantendo- se os demais valores constantes, as empresas com menor margem de contribuição unitária serão afetadas mais fortemente do que aquelas com maior margem, ou com menores custos e despesas variáveis. Considere o aumento de 20% nos custos e despesas variáveis na empresa A, que passará de $ 30 para $ 36 e, para a empresa B, de $ 70 para $ 84. • Assim, quanto maiores forem os custos e despesas variáveis, maiores também os riscos em caso de elevação dos custos. A empresa B, com menor margem de contribuição, terá de arcar com prejuízo, apresentando maior dificuldade em retomar os lucros. Formulações do Cálculo do Grau de Alavancagem Operacional (I) • Como os custos e despesas fixos não se alteram, por definição, diante de variações no volume de vendas, a variação do resultado operacional pode ser obtida pela margem de contribuição, ou seja: Formulações do Cálculo do Grau de Alavancagem Operacional (II) • A variação no volume de vendas é determinada por: • Fazendo as simplificações matemáticas em que a expressão ∆q do numerador da primeira expressão pode ser cancelada com a mesma expressão do denominador da segunda, tem-se: Formulações do Cálculo do Grau de Alavancagem Operacional (III) • Essa expressão apura o grau de alavancagem operacional (GAO) com base em unidades de volume de vendas. Para um volume de vendas expresso em valores monetários totais, tem-se: 2ª Lista de Exercícios – Administração Financeira (2022/1 - EARTE) 6ª Questão – Apresentam-se a seguir informações relativas aos resultados de duas empresas que atuam em um mesmo setor de atividade. Pede-se: a) Calcular os resultados operacionais das duas empresas. b) Apurar o volume mínimo de vendas que cada empresa deve atingir para que não apresente prejuízo. c) Calcular o GAO (Grau de Alavancagem Operacional) das duas empresas. Qual das duas empresas apresenta menor risco? 6ª QUESTÃO a) EMPRESA A EMPRESA B VOLUME DE VENDAS 3.000.000 3.000.000 CUSTOS E DESPESAS VARIÁVEIS (2.000.000) (2.000.000) MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 1.000.000 1.000.000 CUSTOS E DESPESAS FIXOS (750.000) (550.000) RESULTADO OPERACIONAL 250.000 450.000 b)O VOLUME MÍNIMO DE VENDAS QUE NÃO APRESENTA PREJUÍZO TAMBÉM É CHAMADO PONTO DE EQUILÍBRIO CONTÁBIL (PEC), PODE SER CALCULADO: EMPRESA A -> PEC = CF / MC/V 750.000 / 1.000.000 / 3.000.000 750.000 = R$ 2.250.000 0,333333 6ª QUESTÃO -> CONT. b) CONT. 2.000.000 / 3.000.000 = 0,666667 V - 0,666667 V - 750.000 = 0 0,333333 V = 750.000 V = 750.000 / 0,333333 = R$ 2.250.000 EMPRESA B -> PEC = CF / MC/V 550.000 / 1.000.000 / 3.000.000 550.000 / 0,333333 PEC = R$ 1.650.000,00 ou V - 0,666667 V - 550.000 = 0 0,333333 V = 550.000 V = 550.000 / 0,333333 = R$ 1.650.000,00 c) GAO EMPRESA A = RVt - CVt / RVt - CVt - CF = 3.000.000 - 2.000.000 / (3.000.000 - 2.000.000) - 750.000 GAO EMPRESA A = 1.000.000 / 1.000.000 - 750.000 = 4 GAO EMPRESA A = 1.000.000 / 250.000 GAO EMPRESA B = 3.000.000 - 2.000.000 / (3.000.000 - 2.000.000) - 550.000 GAO EMPRESA B = 1.000.000 / 1.000.000 - 550.000 = 2,22 GAO EMPRESA B = 1.000.000 / 450.000 O GAO é determinado pela estrutura de custos e despesas da empresa, apresentando maior capacidade de alavancar os lucros àquele que apresenta maiores custos e despesas. Fixos em relação aos custos e despesas totais. Identicamente, empresas com estruturas mais elevadas de custos e despesas fixos assumem também MAIORES RISCOS em razão da maior variabilidade de seus resultados operacionais. Assim, A EMPRESA B, com menor GAO, é a que apresenta o MENOR RISCO. Obrigada e excelente noite!
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Aula Síncrona: 13/07/2022 Administração Financeira Adriana Fiorotti Campos UNIDADE V 1. Análise do Resultado das Operações Continuadas a) Margens Bruta, Operacional e Líquida Análise Horizontal e Vertical (I) ANÁLISE HORIZONTAL (AH) (I) – Permite que se avalie a evolução dos vários itens de cada demonstração financeira em intervalos sequenciais. • Exemplo 1: considere a evolução das receitas de vendas e dos lucros brutos de uma empresa, conforme apurados em suas demonstrações contábeis publicadas no encerramento dos exercícios de X4, X5, X6. Pede-se analisar o crescimento horizontal. Análise Horizontal e Vertical (II) ANÁLISE HORIZONTAL (AH) (II) • Solução: Ano-base 31-12-X4 Nº Índice de Vendas = [($9.894/$8.105 x 100] = 122,07 em 31-12-X5 Nº Índice de Vendas = [($12.310/$8.105) x 100] = 151, 88 em 31-12-X6 Ou seja, o faturamento cresceu 22,07% em 31-12-X5 e 51,88% em 31-12-X6, tendo como base os valores de 31-12-X4. Análise Horizontal e Vertical (III) ANÁLISE HORIZONTAL (AH) (III) • Exemplo 2: apresenta-se a seguir a evolução horizontal das dívidas mantidas por uma empresa atuante no país, referentes aos exercícios sequenciais de X5, X6 e X7. • Solução: Análise Horizontal e Vertical (IV) ANÁLISE HORIZONTAL (AH) (IV) Ano-base X5 Nº Índice de Dívidas = [($28.220/$30.010) x 100] = 94,04 Nº Índice de Dívidas = [($29.300/$30.010) x 100] = 97,63 • Ou seja, as dívidas de X6 representam 94,04% da dívida do ano de 2005, denotando-se crescimento negativo (decréscimo) de 5,96% (94,04% - 100% = - 5,96%). No ano de X7, essa evolução foi ligeiramente menor e totalizou 2,37% (97,63% - 100% = - 2,37%), comparativamente ao ano-base de X5. – OBS.: em contextos com INFLAÇÃO, é importante que o analista desenvolva seus estudos dos principais itens patrimoniais e de resultados, baseado em suas evoluções reais, ou seja, em valores depurados da inflação. Se a data escolhida for a final (data do último relatório financeiro) tem-se o que se denomina de INDEXAÇÃO (correção ou inflacionamento). Caso optar por uma data inicial (data do primeiro relatório analisado), tem-se uma desindexação (ou deflacionamento). Análise Horizontal e Vertical (V) ANÁLISE HORIZONTAL (AH) (V) • Exemplo 3: considere os valores do ativo circulante da Companhia PetrosX, conforme publicado pela empresa, e sua evolução nominal. Sabendo que os índices gerais de preços da economia para os anos de X5, X6 e X7 foram de 59,1; 78,9 e 92,2, respectivamente, faça a correção de todos os valores para a moeda da data de 31-12-X7 (evolução real do ativo circulante) e interprete os resultados com valores nominais e valores reais (levando-se em consideração a inflação do período). fazer a INDEXAÇÃO (correção ou inflacionamento). Análise Horizontal e Vertical (VI) ANÁLISE HORIZONTAL (AH) (VI) • A evolução nominal de 7,70% verificada no ativo circulante em 31-12-X7, não suportou a correção efetuada em seus valores, registrando redução de 30,96% (número índice de 69,04). • OBS.: deve-se ter cuidado, ao se fazer as correções de valores, com certos itens da demonstração de resultados, PRINCIPALMENTE às receitas de vendas, formadas em diferentes datas anteriores às de suas respectivas apurações. É necessário também que a correção, para a obtenção da evolução horizontal real, seja aplicada também a partir do próprio exercício social para aqueles valores que não estão expressos em moeda de final do exercício (normalmente, vendas e determinadas despesas operacionais). Análise Horizontal e Vertical (VII) ANÁLISE VERTICAL (AV) (I) • É desenvolvida por meio de comparações relativas entre valores afins ou relacionáveis identificados numa mesma demonstração financeira. – OBS.: por considerar percentualmente as proporções existentes entre as diversas contas, a análise vertical pode dispensar a indexação dos valores. Análise Horizontal e Vertical (VIII) ANÁLISE VERTICAL (AV) (II) • com a análise vertical observa-se claramente a composição do ativo, do passivo e do patrimônio líquido. Tal análise é complementar à Análise Horizontal. Análise Horizontal e Vertical (IX) ANÁLISE VERTICAL (AV) (III) • observa-se um decréscimo dos investimentos de curto prazo (ativo circulante). Observa-se, também, uma elevação nas aplicações de longo prazo (realizável e permanente). Evidencia-se, mediante estes resultados, maior preferência (ou necessidade) da empresa por ativos de longo prazo (imobilizações) em detrimento dos de curto prazo. • ao se analisar a estrutura do passivo da empresa, observa-se uma evolução na participação em seu financiamento de curto prazo (passivo circulante), que passou de 41,67% em 2005 para 43,55% em 2007. Como os ativos de longo prazo mostraram um crescimento proporcionalmente maior, a maior participação dos passivos de curto prazo reduziu a folga financeira de curto prazo da empresa. Ou seja, o que se observa é que captações de curto prazo estão sendo aplicadas, em proporções cada vez maiores, em ativos de prazos mais dilatados, e podem levar a empresa a sacrificar sua liquidez (folga financeira) de curto prazo. • a análise vertical passiva permite, também, visualizar maior preferência por recursos próprios (patrimônio líquido), em relação aos recursos de terceiros de maior maturidade (exigível de longo prazo), em sua estrutura de financiamento. 2ª Lista de Exercícios – Administração Financeira (2022/1 - EARTE) 5ª Questão - Uma empresa apurou os seguintes valores de receitas de vendas e patrimônio líquido ao final dos exercícios sociais de 2014 a 2017. Pede-se apurar a evolução anual nominal e real das informações contábeis: 2014 (R$ mil) 2015 (R$ mil) 2016 (R$ mil) 2017 (R$ mil) Receitas de Vendas R$ 148.000,00 R$ 263.000,00 R$ 303.500,00 R$ 250.000,00 Patrimônio Líquido R$ 190.000,00 R$ 201.000,00 R$ 230.000,00 R$ 245.000,00 Inflação Anual 12,42% 1,20% 3,85% 4,06% 5ª Questão 2014 2015 2014-2015 EVOL. NOMINAL EVOL. REAL RECEITAS 148,000 163,000 163,000 1,1 1,0757 1,1-1 14% 7,50% 148,000 1,0142 PL 190,000 231,000 231,000 1,2157 1,03-1 21% 4,54% 190,000 1,0142 INFLAÇÃO 1,24% 1,20% Taxa REAL (^) = \frac{1 + TAXA NOMINAL (AG)}{1 + TAXA DE INFLAÇÃO (INF)} -1 2016 2017 2016-2017 EVOL. NOMINAL EVOLUÇÃO REAL RECEITAS 303,500 250,000 \frac{250,000}{303,500}-1 =-17,59% n=\frac{1+(-0,176923)}{\frac{1,4006}} -1 = PL 230,000 245,000 \frac{245,000}{230,000}-1 =6,52% n= \frac{3,065217-1}{1,0406} - 1 =2,37% INFLAÇÃO 3,85% 4,06% 0,823723 -1 \frac{1.0406}{1} =824915885 -1 = 2ª Lista de Exercícios – Administração Financeira (2022/1 - EARTE) 7ª Questão – Uma empresa publicou seus balanços referentes aos exercícios encerrados em 31-12-06 e 31-12-07. Pede-se: a) efetuar uma análise horizontal e vertical dos balanços; e b) analisar a situação financeira de curto prazo da empresa? Houve melhora do exercício encerrado em 31- 12-07 em comparação com o de 31-12-06? Justifique. 2º Questão Balanço Patrimonial (R$) 31/12/2006 AH AV 31/12/2007 AH AV Ativo Circulante Caixa 2,800 9,82% 3.500 125,00 11,41% Contas a Receber 43,400 30,27% 44,000 106,88 14,38% Outros Valores a Receber 40,000 22,79% 53,000 92,94 15,62% Estoques 42,200 59,56% 57,000 125,78 17,76% Total do Ativo Circulante 128,400 98,54% 137,000 96,90 40,37% Ativo Permanente Investimentos 33,600 10,98% 35,000 92,36 10,06% Imobilizado 137,200 50,44% 145,000 105,69 47,45% Total Ativo Permanente 170,800 90,00% 180,000 153,94 57,51% Total do Ativo 305,900 100,00 308,000 109,19 100% Passivos Circulante Fornecedores 53,200 12,59% 56,200 316,54 28,25% Duplicatas a Receber 700 0,32% 7,000 500,00 23,11% Financiamentos 42,200 11,22% 49,000 101,31 1306,61% Outras Obrigações 47,400 14,29% 40,000 52,14 16,12% Total do Passivo Circulante 142,500 46,74% 156,000 114,41 50,65% Passivo Não Circulante Financiamentos 32,400 10,21% 36,000 36, COPMG QUESTÃO 1 1) (3.500 / 2.600) x 100 = 125 2) (44.920 / 42.140) x 100 = 106,55 3) (39.000 / 40.000) x 100 = 96,40 4) (37.000 / 43.740) x 100 = 85,25 5) (134.400 / 138.380) x 100 = 96,90 6) (2.600 / 6.720) x 100 = 513,10 7) (35.000 / 33.600) x 100 = 52,26 8) (145.000 / 137.200) x 100 = 105,69 9) (126.000 / 130.800) x 100 = 93,04 10) (308.000 / 305.900) x 100 = 100,69 11) (52.000 / 53.200) x 100 = 116,54 12) (7.000 / 7.300) x 100 = 105,19 13) (47.000 / 46.200) x 100 = 101,73 14) (40.000 / 42.000) x 100 = 95,24 15) (150.000 / 142.100) x 100 = 105,78 14) (1.500 / 2.400) x 100 = 35,11 15) (19.000 / 32.200) x 100 = 43,48 16) (29.000 / 54.600) x 100 = 40,29 17) (185.000 / 81.200) x 100 = 104,68 18) (125.000 / 92.030) x 100 = 360,73 19) (130.000 / 109.200) x 100 = 133,05 20) (311.000 / 309.900) x 100 = 100,69 AV 2006 Exemplo: 2.800 / 305.900 = 0,92% b) POUCA FOLGA FINANCEIRA. A EMPRESA APRESENTA UM VOLUME MAIOR DE OBRIGAÇÕES A CURTO PRAZO EM RELAÇÃO A SEU ATIVO CIRCULANTE, EM 2007 A SITUAÇÃO AGRAVOU-SE UM POUCO MAIS EM FUNÇÃO DE UM DECRESCIMO DO ATIVO CIRCULANTE E UMA ELEVAÇÃO DO PASSIVO CIRCULANTE, A DIMINUIÇÃO DS ESTOQUES É UM ITEM QUE MERECE UMA ANÁLISE MAIS DETALHADA NO RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO, A EMPRESA JUSTIFICA ESSE COMPORTA- MENTO DOS ESTOQUES EM RAZÃO DAS DIFICULDADES DE ABASTECIMENTO IMPOSTA PELA CONJUNTURA DA ÉPOCA. 1. Análise do Resultado b) Análise Custo-Volume-Lucro – Ponto de Equilíbrio Análise Custo-Volume-Lucro (I) • ANÁLISE CUSTO-VOLUME-LUCRO: também é chamada de análise do ponto de equilíbrio, é utilizada visando conhecer o volume de atividade necessária para cobrir todos os custos e despesas operacionais e analisar o lucro associado ao nível de vendas. • A análise do PONTO DE EQUILÍBRIO (BREAK-EVEN POINT) informa o volume de vendas necessário para cobrir todos os custos e despesas operacionais, ou seja, no ponto de equilíbrio o resultado operacional da empresa é igual a zero. • PONTO DE PARTIDA: separar os custos de produção e as despesas operacionais em fixos e variáveis. – CUSTOS (e DESPESAS) FIXOS: são aqueles que não dependem do volume de produção e vendas no período. Exemplo: aluguel da fábrica, depreciação de máquinas e equipamentos, salários de pessoal administrativo, honorários de administração etc. Análise Custo-Volume-Lucro (II) – CUSTOS (e DESPESAS) VARIÁVEIS: são aqueles que dependem do volume de atividade (produção e vendas), sempre dentro de alguma unidade de tempo (mês, trimestre etc.). Estes custos acompanham o volume de produção: quanto maior a atividade da empresa, maiores se apresentam estes custos. Exemplo: comissões sobre vendas, embalagens, fretes, consumo de matérias-primas, custos de mercadorias vendidas no caso de empresas comerciais etc. – CUSTOS (ou DESPESAS) SEMIFIXOS e SEMIVARIÁVEIS: são aqueles que possuem parte fixa e parte variável, como a remuneração de pessoal de venda que recebe salário-fixo mais uma parcela variável representada por comissões sobre as vendas. Nessa situação, deve- se, para efeito de análise, fazer a separação da parte que é fixa da parte que é variável. • a partir da separação dos custos (e despesas) em fixos e variáveis, pode- se elaborar uma demonstração de resultados mais gerencial, na qual são destacados o desempenho dos produtos (ou unidades de negócios, ou da própria empresa) e sua contribuição para a cobertura dos gastos fixos e formação dos lucros. Análise Custo-Volume-Lucro (III) • Quando uma empresa produz e vende certo volume de seus produtos, pode elaborar o seguinte resultado: • MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO: é a diferença entre as receitas operacionais de vendas e os custos (e despesas) variáveis incorridos no período. Pode ser entendida como a sobra do resultado entre vendas e custos variáveis que irá contribuir, após a remuneração dos custos fixos, para a formação do lucro total da empresa. • Exemplo 1: admita uma empresa que vendeu, em certo mês, dois produtos: A e B, registrando os seguintes valores: Análise Custo-Volume-Lucro (IV) • O custo e despesa fixo total incorrido no mês atingiu $ 435.000,00. A margem de contribuição por produto e da empresa é calculada: • O produto de maior margem de contribuição unitária é A, porém B, pelo maior volume de vendas, é o que produz a mais elevada margem total ($ 420.000,00). • O produto A contribui com $ 93,50/un. e o produto B com $ 84,00/un. para a formação do lucro da empresa. A soma dessas margens unitárias, multiplicadas respectivamente pelas quantidades vendidas, perfaz a MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO TOTAL da empresa no mês, igual a $ 663.100,00. Deste montante são deduzidos os custos e despesas fixos para se chegar ao resultado operacional (antes do IR) da empresa. Análise Custo-Volume-Lucro (V) PONTO DE EQUILÍBRIO OPERACIONAL (I) PONTO DE EQUILÍBRIO: é formado a partir das relações dos custos e despesas fixos e variáveis com as receitas de vendas. Algebricamente, pode-se calcular o Ponto de Equilíbrio Operacional (PEO) como sendo: Receita de vendas: p x q (-) Custos Fixos: CF (-) Custos variáveis: CVu x q (=) LAJIR onde: q = quantidade de vendas por unidade p = preço de venda unitário CVu = custo (despesa) operacional variável por unidade CF = custo (despesa) operacional fixo no período LAJIR = lucro antes dos juros e IR (lucro operação antes do IR). Análise Custo-Volume-Lucro (VI) PONTO DE EQUILÍBRIO OPERACIONAL (II) • No ponto de equilíbrio, tem-se: LAJIR = 0. Simplificando a expressão e colocando o valor da quantidade vendida de mercadorias q em evidência, tem-se: p x q – CVu x q – CF = 0 q (p – CVu) – CF = 0 • Essa quantidade de unidades a ser produzida e vendida pela empresa é o que se denomina de Ponto de Equilíbrio Operacional (PEO), ou seja, o volume mínimo de vendas necessário para pagar todos os custos operacionais fixos e variáveis da empresa. Realizando vendas acima desse ponto, a empresa atua na faixa de lucro; volume de vendas abaixo do ponto de equilíbrio gera prejuízo. Análise Custo-Volume-Lucro (VII) PONTO DE EQUILÍBRIO OPERACIONAL (III) • Exemplo 2: considere um exemplo típico de uma pequena empresa que tenha custos (e despesas) operacionais fixos no valor de $ 2.000,00 por mês. O preço de venda por unidade de seu único produto é de $ 15,00 e seu custo (e despesa) operacional variável é de $ 5,00/unidade. Pede-se determinar o ponto de equilíbrio operacional da empresa. CF = $2.000,00 por mês p = $15,00/un. CVu = $ 5,00/un. q = CF = CF (p – CVu) MC • Neste volume de vendas, a margem de contribuição iguala-se aos custos fixos, produzindo um LAJIR zero. Receita de vendas: 200 un. × $ 15,00 = $ 3.000,00 Custos e despesas variáveis: 200 un. × $ 5,00 = ($ 1.000,00) Margem de Contribuição = $ 2.000,00 Custos e despesas fixos = ($ 2.000,00) Resultado Operacional Antes IR (LAJIR) = – 0 – Análise Custo-Volume-Lucro (VIII) PONTO DE EQUILÍBRIO OPERACIONAL (IV) Figura 1 - Representação Gráfica do Ponto de Equilíbrio Fonte: ASSAF NETO; LIMA (2011, p. 292). Análise Custo-Volume-Lucro (IX) PONTO DE EQUILÍBRIO OPERACIONAL (V) • OBS.: (1) o ponto de equilíbrio da empresa é o volume de vendas no qual o seu custo e despesa operacional total, isto é, a soma dos seus custos e despesas operacionais fixos e variáveis, se igualam à receita das vendas; e (2) a diferença que consta no denominador da fórmula da quantidade de equilíbrio (p – CVu) é denominada de Margem de Contribuição Unitária (MC). Em outras palavras, a margem de contribuição nada mais é do que o valor que sobra das vendas para pagar os custos e despesas fixos e gerar lucro. Análise Custo-Volume-Lucro (X) PONTO DE EQUILÍBRIO OPERACIONAL (VI) • Exemplo 3: considere uma empresa comercial que vende seus produtos a $ 60,00 a unidade, já com os impostos e margem de lucro embutidos. O custo de compra da mercadoria vendida é de $ 30,00 a unidade, também calculado com impostos inclusos. Sabe- se que a compra e a venda ocorrem dentro do mesmo Estado, cuja alíquota do ICMS é de 18%, PIS/COFINS de 9,25% com IPI de 15%. O custo fixo total mensal da empresa é de $ 10.200,00 e a quantidade comprada em determinado mês para revender é de 1.400 unidades. Dado ainda que a empresa espera uma perda pela inadimplência (clientes incobráveis) de 2%, pede-se: a) o preço de venda sem os impostos e as despesas de perdas; b) o custo unitário total líquido dos impostos; c) o ponto de equilíbrio operacional. Análise Custo-Volume-Lucro (XI) PONTO DE EQUILÍBRIO OPERACIONAL (VII) Análise Custo-Volume-Lucro (XII) PONTO DE EQUILÍBRIO OPERACIONAL (VIII) Análise Custo-Volume-Lucro (XIII) PONTO DE EQUILÍBRIO OPERACIONAL (IX) • Na prática, muitas empresas trabalham com mais de um produto e precisam conhecer as quantidades de venda de cada um deles. A fórmula para o cálculo do ponto de equilíbrio para mais de um produto é dada a seguir: Análise Custo-Volume-Lucro (XIV) PONTO DE EQUILÍBRIO OPERACIONAL (X) • Exemplo 4: considere um posto de combustível que vende 8.500 litros de combustível por mês, distribuídos em 2.500 litros de gasolina comum, 2.000 litros de óleo diesel e 4.000 litros de álcool. O preço atual bruto da gasolina é de $ 2,50 /litro, do diesel $1,50/litro e do álcool $ 1,10/litro. O custo unitário de compra da gasolina é $ 1,50, do óleo diesel é $ 0,90 e do álcool é $ 0,60. Sabendo que esse posto tem um custo fixo mensal de $ 4.000,00, calcule o ponto de equilíbrio total e por combustível que esse posto deve vender. Análise Custo-Volume-Lucro (XV) PONTO DE EQUILÍBRIO OPERACIONAL (XI) Análise Custo-Volume-Lucro (XVI) PONTO DE EQUILÍBRIO OPERACIONAL (XII) Análise Custo-Volume-Lucro (XVII) PONTO DE EQUILÍBRIO CONTÁBIL, ECONÔMICO E FINANCEIRO (I) PONTO DE EQUILÍBRIO CONTÁBIL: ponto em que o resultado operacional se anula. Ele é baseado num lucro contábil igual a zero. A expressão de cálculo é dada a seguir: • Todas as empresas perseguem um lucro mínimo, representado pelo custo de oportunidade do investimento feito pelos proprietários, ou seja, um resultado mínimo que compense o investimento realizado. É como se atribuíssem ao capital próprio investido um “juro mínimo”. PONTO DE EQUILÍBRIO ECONÔMICO: volume de vendas que produz esse lucro esperado. A expressão de cálculo pode ser vista a seguir: Análise Custo-Volume-Lucro (XVIII) PONTO DE EQUILÍBRIO CONTÁBIL, ECONÔMICO E FINANCEIRO (II) PONTO DE EQUILÍBRIO FINANCEIRO: calcula o volume de vendas que iguala as entradas com as saídas de caixa. A grande contribuição do ponto de equilíbrio financeiro é eliminar os eventuais conflitos entre os prazos de pagamento e de recebimentos. Sua expressão de cálculo é a seguinte: Análise Custo-Volume-Lucro (IX) PONTO DE EQUILÍBRIO CONTÁBIL, ECONÔMICO E FINANCEIRO (III) • Exemplo 5: considere o exemplo ilustrativo desenvolvido no cálculo do Ponto de Equilíbrio Operacional de uma pequena empresa que tenha custos (e despesas) operacionais fixos de $ 2.000,00 por mês. O preço de venda por unidade de seu único produto é de $ 15,00 e seu custo (e despesa) operacional variável é de $ 5,00. Pede-se calcular o ponto de equilíbrio econômico se a empresa deseja ter um lucro de $ 500,00 por mês. Calcule também o ponto de equilíbrio financeiro considerando que a empresa possui uma depreciação mensal de $ 100 e um empréstimo que possui uma amortização mensal de $ 700. 2ª Lista de Exercícios – Administração Financeira (2022/1 - EARTE) 2ª Questão – Quanto uma empresa deve produzir para obter um LAJIR de R$ 2.400,00, sabendo-se que seus custos fixos são de R$ 5.500,00, custo variável unitário de R$ 3,50 e preço de R$ 7,50. 2ª QUESTÃO LAJIR = R$ 2.400,00 CF = R$ 5.500,00 CVu = R$ 3,50 p = R$ 7,50 LAJIR = Receitas - CV - CF 2.400 = p.q - CVu.q - CF 2.400 = 7,5q - 3,5q - 5.500 4q = 2.400 + 5.500 4q = 7.900 q = 7.900/4 = 1.975 unidades 2ª Lista de Exercícios – Administração Financeira (2022/1 - EARTE) 4ª Questão – Considere uma empresa que produz um só produto a um custo unitário de R$ 20,00. O vendedor vende seus produtos pelo dobro do preço de custo e possui ainda um custo fixo mensal de R$ 1.000,00. Qual deverá ser o volume de vendas mensal dessa empresa, em unidades, para gerar um lucro de 30% sobre as vendas? 4ª QUESTÃO CVu = R$ 20,00 p = R$ 40,00 (dobro) CF: R$ 3.000,00 q = ? Lucro = 0,3 (40q) Lucro = R - Custos Lucro = p.q - CVu.q - CF 0,3 (40 q) = 40.q - 20 q - 3.000 12q = 20q - 3.000 (-8q = -1000) (-1) q = 1000/8 = 125 unidades UNIDADE V 1. Análise do Resultado das Operações Continuadas c) Alavancagem Operacional e Risco Alavancagem Operacional (I) • A medida da alavancagem operacional revela como uma alteração no volume de atividade influi sobre o resultado operacional da empresa. Em outras palavras, se as vendas sofrerem uma variação, por exemplo, de 10% em certo período, qual o impacto desse comportamento sobre o lucro operacional. GAO (Grau de Alavancagem Operacional). Expressão dada a seguir: • OBS.: o GAO é determinado pela estrutura de custos e despesas da empresa, apresentando maior capacidade de alavancar os lucros aquela que apresentar maiores custos e despesas fixos em relação aos custos e despesas totais. Identicamente, empresas com estrutura mais elevada de custos e despesas fixos assumem também maiores riscos em razão da maior variabilidade de seus resultados operacionais. Alavancagem Operacional (II) • Exemplo 6: considere ilustrativamente duas empresas A e B, iguais em todos os aspectos, exceto em sua estrutura de custos e despesas. A empresa A, por ser mais automatizada, tem uma relação custo e despesa fixo/custo e despesa total mais alta que a empresa B. . a) admitindo um aumento de 20% no volume de vendas, calcule o GAO para as duas empresas e interprete o seu resultado. b) admitindo uma redução de 20% no volume de vendas, calcule o GAO para as duas empresas e interprete o seu resultado. Alavancagem Operacional (III) Solução: a) • Ocorrendo um aumento de 20% no volume de vendas, o lucro operacional da empresa A se eleva 7 vezes (140%), e o da empresa B somente 3 vezes (60%). Em outras palavras, para cada 1% de aumento nas vendas, a empresa A oferece uma elevação de 7% em seus resultados operacionais, e a empresa B somente 3%. Por não sofrerem variações em seus valores, os custos e despesas fixos são diluídos pela elevação do volume de atividade, alavancando maiores variações nos lucros operacionais. Alavancagem Operacional (IV) Solução: b) • ao se admitir uma redução de 20% no volume de vendas, a empresa A revela-se incapaz de cobrir os seus custos e despesas fixos mais elevados, apurando um prejuízo operacional. A empresa B, por apresentar uma participação bem mais reduzida de custos e despesas fixos, ainda consegue manter-se em situação de lucro. Observe ainda que o GAO é o mesmo: GAO = 7 para a empresa A e GAO = 3 para a empresa B. Os resultados indicam uma redução, em valores percentuais, 7 vezes maior no resultado operacional da empresa A para cada unidade de variação em seu volume de vendas e de somente 3 vezes para o caso da empresa B. Riscos Operacionais das Variações nos Custos e Despesas (I) • A alavancagem operacional, por incorporar o resultado dos ativos da empresa, é um dos componentes relevantes de seu risco econômico. Diversas INCERTEZAS se verificam na análise do GAO, como variações nos custos e despesas operacionais. • Exemplo 7: ilustrativamente, considere o mesmo exemplo anterior das empresas A e B, porém agora avalie o que ocorre se houver: a) um acréscimo de 20% nos custos e despesas fixos; b) um decréscimo de 20% nos custos e despesas fixos; e c) um acréscimo de 20% nos custos e despesas variáveis. Riscos Operacionais das Variações nos Custos e Despesas (II) Solução a) considerando um acréscimo de 20% nos custos e despesas fixos, ou seja, para a empresa A, os custos e despesas fixos, que eram originalmente de $ 60, passarão a $ 72 (20% de aumento), e para a empresa B, de $ 20 passarão a $ 24. • Observe que se o aumento dos custos e despesas fixos for relativamente o mesmo para as duas empresas, a empresa A corre o risco de incorrer em prejuízo mais rapidamente do que a empresa B, em razão do seu maior nível de custos e despesas fixos. Riscos Operacionais das Variações nos Custos e Despesas (III) Solução b) o contrário ocorre quando custos e despesas fixos diminuem. Se esses custos recuarem os mesmos 20%, ou seja, para a empresa A, de $ 60 passarem para 48% (20% a menos), e para a empresa B, de $ 20 passarem para $ 16, tem-se: • A redução nos custos e despesas fixos promove maiores lucros na empresa mais alavancada (empresa A). Tem-se então que, quanto maiores forem os custos e despesas fixos, maiores se apresentam as chances de grandes lucros e maiores os riscos de grandes prejuízos. Riscos Operacionais das Variações nos Custos e Despesas (IV) Solução c) ocorrendo variações nos custos e despesas variáveis, e mantendo- se os demais valores constantes, as empresas com menor margem de contribuição unitária serão afetadas mais fortemente do que aquelas com maior margem, ou com menores custos e despesas variáveis. Considere o aumento de 20% nos custos e despesas variáveis na empresa A, que passará de $ 30 para $ 36 e, para a empresa B, de $ 70 para $ 84. • Assim, quanto maiores forem os custos e despesas variáveis, maiores também os riscos em caso de elevação dos custos. A empresa B, com menor margem de contribuição, terá de arcar com prejuízo, apresentando maior dificuldade em retomar os lucros. Formulações do Cálculo do Grau de Alavancagem Operacional (I) • Como os custos e despesas fixos não se alteram, por definição, diante de variações no volume de vendas, a variação do resultado operacional pode ser obtida pela margem de contribuição, ou seja: Formulações do Cálculo do Grau de Alavancagem Operacional (II) • A variação no volume de vendas é determinada por: • Fazendo as simplificações matemáticas em que a expressão ∆q do numerador da primeira expressão pode ser cancelada com a mesma expressão do denominador da segunda, tem-se: Formulações do Cálculo do Grau de Alavancagem Operacional (III) • Essa expressão apura o grau de alavancagem operacional (GAO) com base em unidades de volume de vendas. Para um volume de vendas expresso em valores monetários totais, tem-se: 2ª Lista de Exercícios – Administração Financeira (2022/1 - EARTE) 6ª Questão – Apresentam-se a seguir informações relativas aos resultados de duas empresas que atuam em um mesmo setor de atividade. Pede-se: a) Calcular os resultados operacionais das duas empresas. b) Apurar o volume mínimo de vendas que cada empresa deve atingir para que não apresente prejuízo. c) Calcular o GAO (Grau de Alavancagem Operacional) das duas empresas. Qual das duas empresas apresenta menor risco? 6ª QUESTÃO a) EMPRESA A EMPRESA B VOLUME DE VENDAS 3.000.000 3.000.000 CUSTOS E DESPESAS VARIÁVEIS (2.000.000) (2.000.000) MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 1.000.000 1.000.000 CUSTOS E DESPESAS FIXOS (750.000) (550.000) RESULTADO OPERACIONAL 250.000 450.000 b)O VOLUME MÍNIMO DE VENDAS QUE NÃO APRESENTA PREJUÍZO TAMBÉM É CHAMADO PONTO DE EQUILÍBRIO CONTÁBIL (PEC), PODE SER CALCULADO: EMPRESA A -> PEC = CF / MC/V 750.000 / 1.000.000 / 3.000.000 750.000 = R$ 2.250.000 0,333333 6ª QUESTÃO -> CONT. b) CONT. 2.000.000 / 3.000.000 = 0,666667 V - 0,666667 V - 750.000 = 0 0,333333 V = 750.000 V = 750.000 / 0,333333 = R$ 2.250.000 EMPRESA B -> PEC = CF / MC/V 550.000 / 1.000.000 / 3.000.000 550.000 / 0,333333 PEC = R$ 1.650.000,00 ou V - 0,666667 V - 550.000 = 0 0,333333 V = 550.000 V = 550.000 / 0,333333 = R$ 1.650.000,00 c) GAO EMPRESA A = RVt - CVt / RVt - CVt - CF = 3.000.000 - 2.000.000 / (3.000.000 - 2.000.000) - 750.000 GAO EMPRESA A = 1.000.000 / 1.000.000 - 750.000 = 4 GAO EMPRESA A = 1.000.000 / 250.000 GAO EMPRESA B = 3.000.000 - 2.000.000 / (3.000.000 - 2.000.000) - 550.000 GAO EMPRESA B = 1.000.000 / 1.000.000 - 550.000 = 2,22 GAO EMPRESA B = 1.000.000 / 450.000 O GAO é determinado pela estrutura de custos e despesas da empresa, apresentando maior capacidade de alavancar os lucros àquele que apresenta maiores custos e despesas. Fixos em relação aos custos e despesas totais. Identicamente, empresas com estruturas mais elevadas de custos e despesas fixos assumem também MAIORES RISCOS em razão da maior variabilidade de seus resultados operacionais. Assim, A EMPRESA B, com menor GAO, é a que apresenta o MENOR RISCO. Obrigada e excelente noite!