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Aula Síncrona: 01/09/2021 Administração Financeira Adriana Fiorotti Campos UNIDADE IV 2. Análise de Liquidez a) Capital de Giro e Capital de Giro Líquido Capital de Giro (CG) ou Capital Circulante (I) • CAPITAL DE GIRO: é o conjunto dos ativos que podem ser modificados por decisões administrativas no curto prazo. Portanto, exclui investimentos (imobilizado e intangível), bem como direitos a longo prazo. • O conceito de CAPITAL DE GIRO (ou de CAPITAL CIRCULANTE) identifica os recursos que giram (circulam) várias vezes em determinado período. • O CAPITAL DE GIRO é formado basicamente por três importantes ativos circulantes: (1) Disponível (caixa e aplicações financeiras); (2) Valores a Receber; e (3) Estoques. Capital de Giro (CG) ou Capital Circulante (II) • O CAPITAL DE GIRO corresponde aos ATIVOS CIRCULANTES mantidos por uma empresa. Em sentido amplo, o CAPITAL DE GIRO representa o valor total dos recursos demandados pela empresa para financiar seu ciclo operacional, o qual engloba as necessidades circulantes identificadas desde a aquisição de matérias-primas até a venda e o recebimento dos produtos elaborados. • A Figura 1 retrata o fluxo de CAPITAL DE GIRO de acordo com o ciclo de produção e venda (operacional) de uma empresa industrial. Figura 1 – Fluxo do Capital de Giro Recursos aplicados no ativo circulante Disponível Estoque de materiais Realizável Vendas a vista Vendas a prazo Estoque de produtos acabados Produção Capital de Giro (CG) ou Capital Circulante (III) • os recursos (próprios ou de terceiros) aplicados no ativo circulante são canalizados, numa etapa inicial do processo de produção e venda da empresa, para o disponível, o qual irá alimentar todas as necessidades financeiras de suas operações. – OBS.: uma importante característica do CAPITAL DE GIRO é seu grau de volatilidade, que é explicado pela curta duração de seus elementos e constante mutação dos itens circulantes com outros de natureza idêntica. Capital de Giro (CG) ou Capital Circulante (IV) • Capital de Giro versus Capital Fixo – CARACTERÍSTICAS: (1) baixa rentabilidade produzida pelos investimentos em itens circulantes. Excetuando-se, em parte, as empresas em que a administração do capital de giro consiste na essência de seus negócios (empresas comerciais). Essa situação induz a minimizar, tanto quanto possível, as aplicações em circulante, notadamente nos itens em que os recursos se apresentam mais expostos à perda de poder aquisitivo; e (2) divisibilidade dos elementos circulantes, que se apresenta bem superior à dos ativos fixos. Esse aspecto permite que o aporte de recursos nos itens de curto prazo ocorra em níveis variados e relativamente baixos, podendo-se, muitas vezes, alocar recursos no momento do surgimento das necessidades financeiras. Capital de Giro Líquido (CGL) ou Capital Circulante Líquido (CCL) (I) • o CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO representa normalmente a parcela dos recursos de longo prazo (recursos permanentes) aplicada em itens ativos de curto prazo (circulantes). • o CCL representa a parcela do financiamento total de longo prazo que excede as aplicações também de longo prazo. • CGL ou CCL: representa o valor líquido dos investimentos (deduzidos das dívidas de curto prazo) realizados no ativo (capital) circulante da empresa. Figura 2 – Balanços por Massas Patrimoniais • dos $ 190.000 de fundos levantados a longo prazo (PL = $ 110.000 + ELP = $ 80.000), $ 170.000 estão alocados em ativos também de longo prazo (realizável a longo prazo e ativo permanente), enquanto os $ 20.000 excedentes foram destinados a financiar o ativo circulante. Esse excedente de $ 20.000 é o capital circulante líquido (CCL). OBS.: há uma folga na liquidez da empresa, a qual se processa pela manutenção de certa sobra de recursos de longo prazo disponíveis para suprir eventuais ausências de sincronização entre os elementos de um fluxo de caixa. Capital de Giro Líquido (CGL) ou Capital Circulante Líquido (CCL) (II) CCL NEGATIVO OU NULO (I) • CCL NULO: quando há total igualdade entre os prazos e os valores dos recursos captados e aplicados pela empresa. Por essa composição justa de valores, a empresa não trabalha com recursos de longo prazo financiando seus ativos circulantes, ou seja, NÃO apresenta folga financeira. As aplicações de curto prazo estão totalmente financiadas com fundos de mesma duração, e a posição de liquidez não apresenta folga alguma. Figura 3 – CCL NULO Capital de Giro Líquido (CGL) ou Capital Circulante Líquido (CCL) (III) CCL NEGATIVO OU NULO (II) • CCL NEGATIVO: quando o capital circulante líquido é negativo, os recursos passivos permanentes da empresa não são suficientes para cobrir todas as suas necessidades de investimentos de longo prazo, devendo, nessa situação, serem utilizados fundos provenientes do passivo circulante (curto prazo). • identifica a presença de dívidas de curto prazo financiando aplicações com prazos de retorno maiores. Essa posição determina um aperto na liquidez da empresa, principalmente ao observar-se que parte de suas dívidas vencerá em prazos inferiores aos dos retornos das aplicações desses recursos. Figura 4 – CCL NEGATIVO Capital de Giro Líquido (CGL) ou Capital Circulante Líquido (CCL) (IV) CCL NEGATIVO OU NULO (III) OBS.: qualquer das posições de liquidez comentadas é decidida muitas vezes (mas nem sempre) pela preferência entre risco (liquidez) e retorno (lucratividade), e a opção deve recair evidentemente sobre a estrutura que melhor satisfaça às necessidades e aos objetivos da empresa. • Reduções no CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO (CCL) produzem dois grandes benefícios à empresa: a) libera capital investido em giro. Como todo dinheiro investido na empresa tem um custo de oportunidade, menos capital investido atua no sentido de reduzir o custo de capital e gerar maior valor econômico (EVA – Economic Value Added) para a empresa; b) redução no giro “incentiva” a empresa demonstrar maior eficiência operacional em produzir e vender com menor folga financeira. Seus procedimentos de produção, estocagem e vendas devem evoluir de forma a atender a todas as demandas. Menor volume de capital investido gera menor custo de capital, e esse benefício econômico pode ser repassado aos clientes gerando maiores vendas. Capital de Giro Líquido (CGL) ou Capital Circulante Líquido (CCL) (V) CCL NEGATIVO OU NULO (IV) • LIMITE: a redução no investimento em giro apresenta um limite mínimo suportável pela empresa, o qual deve ser bem avaliado para que os benefícios financeiros sejam superados pelos custos de uma mais baixa liquidez. Exemplos de alguns custos que podem ocorrer diante de uma redução mais relevante no CCL: (1) perda de vendas por falta de estoques; (2) atrasos na produção por falta de matérias- primas; etc. 3ª Lista de Exercícios – Administração Financeira (2021/1 - EARTE) 3ª Questão – O Ativo Circulante da Aromatis em 2003 era de $ 42.000,00, sendo o Passivo Circulante 2/3 deste valor. Calcular a variação do Capital Circulante Líquido considerando que as contas de Ativo Circulante cresceram 20% e as do Passivo Circulante cresceram 40%. 3ª QUESTÃO AC = $42.000,00 em 2003 PC = 1/3 $42.000 = $28.000,00 em 2003 VARIAÇÃO DO CCL ? CCL_{2003} = AC - PC CCL_{2003} = $42.000 - $28.000 CCL_{2003} = $14.000,00 AC_{2004} = AC_{2003} + 20% AC_{2003} AC_{2004} = (1,20)\times($42.000) = $50.400,00 PC_{2004} = PC_{2003} + 40% PC_{2003} PC_{2004} = (1,40)\times($28.000) = $39.200,00 CCL_{2004} = $50.400,00 - $39.200,00 CCL_{2004} = $11.200,00 Variação do CCL = CCL_{2004} - CCL_{2003} = $11.200 - $14.000 = -$2.800,00 2. Análise de Liquidez b) Financiamento do Capital de Giro Financiamento do Capital de Giro (I) • o custo de um crédito de longo prazo é mais caro que o de curto prazo. Essa desigualdade é explicada, basicamente: - pelo RISCO ENVOLVIDO NA DURAÇÃO DO EMPRÉSTIMO + - quanto maior for o prazo de concessão de um empréstimo, maior será seu custo em razão do risco que o credor assume em não obter um retorno condizente com os padrões de juros da época. • Os juros dos empréstimos de longo prazo são GERALMENTE maiores que os de curto prazo. Isto indica que o custo da empresa se eleva ao preferir financiar seu giro com financiamentos de longo prazo. RAZÕES: (1) risco de flutuação das taxas de juros: as taxas de juros podem variar no tempo, afetando o retorno do investidor. Quanto maior o prazo, maiores as chances de flutuação dos juros; e (2) quanto maior o prazo, menor se apresenta a capacidade de previsão de reembolso do investidor. Financiamento do Capital de Giro (II) DILEMA RISCO-RETORNO NA COMPOSIÇÃO DO FINANCIAMENTO • POLÍTICA DE FINANCIAMENTO DO CAPITAL DE GIRO: trata da composição do endividamento, identificada na definição da participação de recursos de curto prazo e de longo prazos. • crédito de longo prazo: ao se utilizar, há uma redução do risco; no entanto, por serem os juros de longo prazo geralmente superiores aos de curto prazo, este tipo de financiamento diminui, ao mesmo tempo, a taxa de retorno da empresa. • preferência por endividamento de curto prazo: reduz a folga financeira e eleva o risco; diante de um menor custo financeiro da dívida, ocorre uma elevação da taxa de retorno da empresa. Este é o DILEMA RISCO-RETORNO NO FINANCIMENTO DO CAPITAL DE GIRO. • OBS.: enquanto um empréstimo de longo prazo mantém o encargo de juros inalterado por um período de tempo maior, um empréstimo de curto prazo, a ser renovado periodicamente, absorve com maior frequência as oscilações (normalmente crescentes) nas taxas de juros. Financiamento do Capital de Giro (II) ABORDAGEM PARA O FINANCIAMENTO DO CAPITAL DE GIRO (I) • no DILEMA RISCO-RETORNO, as decisões relativas ao financiamento do capital de giro assumem grande importância. Nesse processo, o passivo deve ser composto de forma que se mantenha, da melhor maneira possível, o equilíbrio entre o risco e o retorno. • PARTE FIXA DO ATIVO CIRCULANTE: é determinada pela atividade normal da empresa, e seu montante definido pelo nível mínimo de necessidades de recursos demandados pelo ciclo operacional em determinado período. – Exemplo: se a empresa vende $ 300 mil todo mês a prazo, e costuma receber, em média, em 60 dias, manterá necessariamente um investimento mínimo determinado por seus negócios igual a $ 600 mil em valores a receber. Identicamente, o estoque mínimo necessário à manutenção das atividades normais da empresa é um investimento fixo em capital de giro, e assim por diante. Financiamento do Capital de Giro (III) ABORDAGEM PARA O FINANCIAMENTO DO CAPITAL DE GIRO (II) – O CAPITAL CIRCULANTE FIXO constitui-se num investimento cíclico de recursos em giro que se repete periodicamente, assumindo em consequência um caráter permanente. • CAPITAL DE GIRO SAZONAL: é determinado pelas variações temporárias que ocorrem normalmente nos negócios de uma empresa. – Exemplo: maiores vendas em determinados períodos do ano, ou grandes aquisições de estoques antes de períodos de entressafra, produzem variações temporárias no ativo circulante; por isso, são denominados sazonais ou variáveis. – OBS.: a parte variável (ou sazonal) do capital de giro é medida pela diferença, em determinado momento, entre o montante do investimento no pico máximo e no pico mínimo. O volume mínimo de investimento é o capital de giro permanente. Figura 5 – Comportamento Fixo e Variável do Circulante Financiamento do Capital de Giro (IV) ABORDAGEM PARA O FINANCIAMENTO DO CAPITAL DE GIRO (III) ABORDAGEM PELO EQUILÍBRIO TRADICIONAL • o ativo permanente e o capital de giro permanente são financiados também por recursos de longo prazo (próprios ou de terceiros). As necessidades sazonais de capital de giro, por sua vez, são cobertas por exigibilidades de curto prazo. • pela abordagem, verifica-se que, ocorrendo oscilações no capital de giro, essas necessidades temporárias deverão ser financiadas, à medida que forem ocorrendo, por recursos de terceiros de curto prazo; e os investimentos de caráter permanente serão cobertos por fundos de prazo compatível (longo prazo). – Ao adotar essa abordagem compensatória, a empresa não teria recursos dispendiosos aplicados em itens sem nenhum retorno. Por exemplo, se financiasse suas necessidades sazonais de fundo com captações de longo prazo, a empresa arcaria, em alguns períodos, com o custo desse dinheiro sem obter nenhum tipo de retorno. Evidentemente, essa limitação poderia desaparecer mediante aplicações financeiras temporárias no mercado, que deveriam render, no mínimo, o custo do dinheiro captado. Figura 6 – Abordagem Tradicional Investimentos necessários ($) Capital de giro sazonal Capital de giro permanente Ativo Permanente Financiamento a curto prazo Financiamento a longo prazo Tempo Financiamento do Capital de Giro (V) ABORDAGEM PARA O FINANCIAMENTO DO CAPITAL DE GIRO (IV) ABORDAGEM DE RISCO MÍNIMO • uma postura de minimização do risco pode ser adotada por uma abordagem conservadora para o financiamento do capital de giro. Essa composição é mais extrema e de pouca aplicação prática. • a empresa encontra-se totalmente financiada por recursos permanentes (longo prazo), inclusive em suas necessidades sazonais de fundos. O capital de giro líquido, nessa situação, é igual ao capital de giro (ativo circulante) da empresa. • O risco é colocado em níveis mínimos em razão da empresa não necessitar de utilizar sua capacidade de captação de recursos de curto prazo, a qual seria acionada somente para atender a necessidades financeiras inesperadas (imprevistas). O custo dessa abordagem seria bem elevado, em razão da preferência por créditos de longo prazo (normalmente mais onerosos que os de curto prazo) e da ociosidade desses recursos em vários períodos. Figura 7 – Abordagem de Risco Mínimo Financiamento do Capital de Giro (VI) ABORDAGEM PARA O FINANCIAMENTO DO CAPITAL DE GIRO (V) Financiamento do Capital de Giro (VII) ABORDAGEM PARA O FINANCIAMENTO DO CAPITAL DE GIRO (VI) • OBS.: outras composições poderiam naturalmente ser estabelecidas. No entanto, a definição da melhor estrutura para a empresa é determinada por suas características operacionais e de seu ambiente, pelo grau de aversão ao risco de seus administradores e pelas taxas de juros de mercado. Ao optar por maior participação de recursos de curto prazo, por serem mais baratos, a empresa deverá estar ciente do risco que a composição trará e do nível de sua flexibilidade em obter fundos adicionais no mercado toda vez que surgirem saídas inesperadas do circulante. Uma posição mais conservadora poderá determinar menor risco e afetar a rentabilidade da empresa. 3ª Lista de Exercícios – Administração Financeira (2021/1 - EARTE) 4ª Questão – Estudos financeiros prospectivos da Cia. Giro demonstram que suas necessidades totais de investimento em capital de giro, para cada trimestre do próximo exercício, vão de um mínimo de $ 20.000.000 até $ 38.000.000, ou seja: Períodos Necessidade de Financiamento/Investimento 1° Trimestre $ 20.000.000,00 2° Trimestre $ 27.000.000,00 3° Trimestre $ 24.000.000,00 4° Trimestre $ 38.000.000,00 Pede-se: a) Descrever graficamente o comportamento sazonal (variável) e permanente (fixo) do capital de giro. b) Descrever graficamente a composição de financiamento de capital de giro segundo as abordagens do “Equilíbrio Financeiro Tradicional” e “Risco Mínimo”. 4ª QUESTÃO a) 40.000 36.000 27.0000,00 24.0000 20.000 Capital de Giro Sazonal (VARIÁVEL) Capital de Giro Permanente (FIXO) TEMPO (TRIMESTRES) INVESTIMENTOS NECESSÁRIOS ($) b) EQUILÍBRIO FINANCEIRO TRADICIONAL 38.000 INVESTIMENTOS NECESSÁRIOS ($) 27.000 24.000 20.000 1 2 3 4 TEMPO (TRIMESTRES) Financiamento a Curto Prazo Financiamento a Longo Prazo 4ª QUESTÃO - CONT. ABORDAGEM DE RISCO MÍNIMO 38.000 INVESTIMENTOS NECESSÁRIOS ($) 40.000 20.000 1 2 3 4 TEMPO (TRIMESTRES) 38.700 27.000 Financiamento a LONGO PRAZO 2. Análise de Liquidez c) Indicadores de Liquidez Indicadores de Liquidez (I) • INDICADORES DE LIQUIDEZ: visam medir a capacidade de pagamento (folga financeira) de uma empresa, ou seja, sua habilidade em cumprir corretamente as obrigações passivas assumidas. ÍNDICE DE LIQUIDEZ CORRENTE • ÍNDICE DE LIQUIDEZ CORRENTE (ILC): mede a relação existente entre o ativo circulante e o passivo circulante, ou seja, de $ 1,00 aplicado em haveres e direitos circulantes (disponível, valores a receber e estoques, fundamentalmente), quanto a empresa deve também a curto prazo (duplicatas a pagar, dividendos, impostos e contribuições sociais, empréstimos a curto prazo, etc.). • Se 1: existência de um capital circulante (capital de giro) líquido positivo. • Se = 1: pressupõe a inexistência de capital de giro líquido. • Se 1: existência de um capital de giro líquido negativo (ativo circulante menor que passivo circulante). Indicadores de Liquidez (II) ÍNDICE DE LIQUIDEZ SECA • ÍNDICE DE LIQUIDEZ SECA (ILS): é calculado pela relação dos ativos circulantes de maior liquidez (disponível, valores a receber e aplicações financeiras de curto e curtíssimo prazo) com o total do passivo circulante. • O Índice de Liquidez Seca foi criado para extrair da análise financeira de curto prazo da empresa a baixa liquidez dos estoques e das despesas antecipadas. • Tal Índice revela o percentual das dívidas de curto prazo que pode ser resgatado mediante o uso de ativos circulantes de maior liquidez. Por exemplo, se o índice de liquidez seca for igual a 1,10, entende-se que, para cada $ 1,00 de dívidas circulantes (curto prazo), a empresa mantém $ 1,10 de ativos monetários circulantes, principalmente caixa, aplicações financeiras e valores a receber. ILS = (Disponível + Contas a Receber) / PC Indicadores de Liquidez (III) ÍNDICE DE LIQUIDEZ IMEDIATA • ÍNDICE DE LIQUIDEZ IMEDIATA (ILI): é determinado pela relação existente entre o disponível e o passivo circulante. • Reflete a porcentagem das dívidas de curto prazo (passivo circulante) que pode ser saldada imediatamente pela empresa, por suas disponibilidades de caixa. Evidentemente, quanto maior se apresentar esse índice, maiores serão os recursos disponíveis mantidos pela empresa. Pouco significado apresenta esse índice para os analistas externos. Indicadores de Liquidez (IV) ÍNDICE DE LIQUIDEZ GERAL • ÍNDICE DE LIQUIDEZ GERAL (ILG): retrata a saúde financeira de curto e de longo prazo da empresa. Revela, para cada $ 1,00 de dívidas totais (circulantes e longo prazo), quanto a empresa registra de ativos de mesma maturidade (circulante + realizável a longo prazo). • OBS.: da mesma forma que o observado nos demais indicadores de liquidez, a importância desse índice para análise da folga financeira pode ser prejudicada se os prazos dos ativos e passivos, considerados em seu cálculo, forem muito diferentes. 3ª Lista de Exercícios – Administração Financeira (2021/1 - EARTE) 5ª Questão – Em um determinado exercício social, a empresa de Louças e Vidros apresentou os seguintes dados e informações, referentes a esse mesmo exercício social: Índice de Liquidez Corrente (ILC) 1,25 Índice de Liquidez Seca (ILS) 1,00 Realizável a Longo Prazo R$ 1.900.000,00 Estoques R$ 414.000,00 Passivo Exigível a Longo Prazo R$ 2.125.000,00 Analisando os dados e as informações disponibilizados pela empresa, conclui-se que seu índice de liquidez geral, no mesmo exercício, é: 5ª QUESTÃO ILC = 1,25 ILC = \frac{AC}{PC} → 1,25 = \frac{AC}{PC} → AC = 1,25×PC ILS = \frac{AC - ESTOQUES - DESPESAS ANTECIPADAS}{PC} 1 = \frac{AC - 434.000 - 0}{PC} PC = AC - 434.000 PC = 1,25 × PC - 414.000 0,25PC = 414.000 PC = \frac{414.000}{0.25} = 1.656.000 AC = 1,25 ×PC AC = 1,25 × 1.656.000 = 2.070.000 ILG = AC + REALIZÁVEL A LONGO PRAZO PC + EXIGÍVEL A LONGO PRAZO ILG = 2.070.000 + 1.900.000 1.656.000 + 2.125.000 ILG = 3.970.000 = 1,049987 3.781.000 ILG = 1,05 Obrigada e excelente noite!
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Em sentido amplo, o CAPITAL DE GIRO representa o valor total dos recursos demandados pela empresa para financiar seu ciclo operacional, o qual engloba as necessidades circulantes identificadas desde a aquisição de matérias-primas até a venda e o recebimento dos produtos elaborados. • A Figura 1 retrata o fluxo de CAPITAL DE GIRO de acordo com o ciclo de produção e venda (operacional) de uma empresa industrial. Figura 1 – Fluxo do Capital de Giro Recursos aplicados no ativo circulante Disponível Estoque de materiais Realizável Vendas a vista Vendas a prazo Estoque de produtos acabados Produção Capital de Giro (CG) ou Capital Circulante (III) • os recursos (próprios ou de terceiros) aplicados no ativo circulante são canalizados, numa etapa inicial do processo de produção e venda da empresa, para o disponível, o qual irá alimentar todas as necessidades financeiras de suas operações. – OBS.: uma importante característica do CAPITAL DE GIRO é seu grau de volatilidade, que é explicado pela curta duração de seus elementos e constante mutação dos itens circulantes com outros de natureza idêntica. Capital de Giro (CG) ou Capital Circulante (IV) • Capital de Giro versus Capital Fixo – CARACTERÍSTICAS: (1) baixa rentabilidade produzida pelos investimentos em itens circulantes. Excetuando-se, em parte, as empresas em que a administração do capital de giro consiste na essência de seus negócios (empresas comerciais). Essa situação induz a minimizar, tanto quanto possível, as aplicações em circulante, notadamente nos itens em que os recursos se apresentam mais expostos à perda de poder aquisitivo; e (2) divisibilidade dos elementos circulantes, que se apresenta bem superior à dos ativos fixos. Esse aspecto permite que o aporte de recursos nos itens de curto prazo ocorra em níveis variados e relativamente baixos, podendo-se, muitas vezes, alocar recursos no momento do surgimento das necessidades financeiras. Capital de Giro Líquido (CGL) ou Capital Circulante Líquido (CCL) (I) • o CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO representa normalmente a parcela dos recursos de longo prazo (recursos permanentes) aplicada em itens ativos de curto prazo (circulantes). • o CCL representa a parcela do financiamento total de longo prazo que excede as aplicações também de longo prazo. • CGL ou CCL: representa o valor líquido dos investimentos (deduzidos das dívidas de curto prazo) realizados no ativo (capital) circulante da empresa. Figura 2 – Balanços por Massas Patrimoniais • dos $ 190.000 de fundos levantados a longo prazo (PL = $ 110.000 + ELP = $ 80.000), $ 170.000 estão alocados em ativos também de longo prazo (realizável a longo prazo e ativo permanente), enquanto os $ 20.000 excedentes foram destinados a financiar o ativo circulante. Esse excedente de $ 20.000 é o capital circulante líquido (CCL). OBS.: há uma folga na liquidez da empresa, a qual se processa pela manutenção de certa sobra de recursos de longo prazo disponíveis para suprir eventuais ausências de sincronização entre os elementos de um fluxo de caixa. Capital de Giro Líquido (CGL) ou Capital Circulante Líquido (CCL) (II) CCL NEGATIVO OU NULO (I) • CCL NULO: quando há total igualdade entre os prazos e os valores dos recursos captados e aplicados pela empresa. Por essa composição justa de valores, a empresa não trabalha com recursos de longo prazo financiando seus ativos circulantes, ou seja, NÃO apresenta folga financeira. As aplicações de curto prazo estão totalmente financiadas com fundos de mesma duração, e a posição de liquidez não apresenta folga alguma. Figura 3 – CCL NULO Capital de Giro Líquido (CGL) ou Capital Circulante Líquido (CCL) (III) CCL NEGATIVO OU NULO (II) • CCL NEGATIVO: quando o capital circulante líquido é negativo, os recursos passivos permanentes da empresa não são suficientes para cobrir todas as suas necessidades de investimentos de longo prazo, devendo, nessa situação, serem utilizados fundos provenientes do passivo circulante (curto prazo). • identifica a presença de dívidas de curto prazo financiando aplicações com prazos de retorno maiores. Essa posição determina um aperto na liquidez da empresa, principalmente ao observar-se que parte de suas dívidas vencerá em prazos inferiores aos dos retornos das aplicações desses recursos. Figura 4 – CCL NEGATIVO Capital de Giro Líquido (CGL) ou Capital Circulante Líquido (CCL) (IV) CCL NEGATIVO OU NULO (III) OBS.: qualquer das posições de liquidez comentadas é decidida muitas vezes (mas nem sempre) pela preferência entre risco (liquidez) e retorno (lucratividade), e a opção deve recair evidentemente sobre a estrutura que melhor satisfaça às necessidades e aos objetivos da empresa. • Reduções no CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO (CCL) produzem dois grandes benefícios à empresa: a) libera capital investido em giro. Como todo dinheiro investido na empresa tem um custo de oportunidade, menos capital investido atua no sentido de reduzir o custo de capital e gerar maior valor econômico (EVA – Economic Value Added) para a empresa; b) redução no giro “incentiva” a empresa demonstrar maior eficiência operacional em produzir e vender com menor folga financeira. Seus procedimentos de produção, estocagem e vendas devem evoluir de forma a atender a todas as demandas. Menor volume de capital investido gera menor custo de capital, e esse benefício econômico pode ser repassado aos clientes gerando maiores vendas. Capital de Giro Líquido (CGL) ou Capital Circulante Líquido (CCL) (V) CCL NEGATIVO OU NULO (IV) • LIMITE: a redução no investimento em giro apresenta um limite mínimo suportável pela empresa, o qual deve ser bem avaliado para que os benefícios financeiros sejam superados pelos custos de uma mais baixa liquidez. Exemplos de alguns custos que podem ocorrer diante de uma redução mais relevante no CCL: (1) perda de vendas por falta de estoques; (2) atrasos na produção por falta de matérias- primas; etc. 3ª Lista de Exercícios – Administração Financeira (2021/1 - EARTE) 3ª Questão – O Ativo Circulante da Aromatis em 2003 era de $ 42.000,00, sendo o Passivo Circulante 2/3 deste valor. Calcular a variação do Capital Circulante Líquido considerando que as contas de Ativo Circulante cresceram 20% e as do Passivo Circulante cresceram 40%. 3ª QUESTÃO AC = $42.000,00 em 2003 PC = 1/3 $42.000 = $28.000,00 em 2003 VARIAÇÃO DO CCL ? CCL_{2003} = AC - PC CCL_{2003} = $42.000 - $28.000 CCL_{2003} = $14.000,00 AC_{2004} = AC_{2003} + 20% AC_{2003} AC_{2004} = (1,20)\times($42.000) = $50.400,00 PC_{2004} = PC_{2003} + 40% PC_{2003} PC_{2004} = (1,40)\times($28.000) = $39.200,00 CCL_{2004} = $50.400,00 - $39.200,00 CCL_{2004} = $11.200,00 Variação do CCL = CCL_{2004} - CCL_{2003} = $11.200 - $14.000 = -$2.800,00 2. Análise de Liquidez b) Financiamento do Capital de Giro Financiamento do Capital de Giro (I) • o custo de um crédito de longo prazo é mais caro que o de curto prazo. Essa desigualdade é explicada, basicamente: - pelo RISCO ENVOLVIDO NA DURAÇÃO DO EMPRÉSTIMO + - quanto maior for o prazo de concessão de um empréstimo, maior será seu custo em razão do risco que o credor assume em não obter um retorno condizente com os padrões de juros da época. • Os juros dos empréstimos de longo prazo são GERALMENTE maiores que os de curto prazo. Isto indica que o custo da empresa se eleva ao preferir financiar seu giro com financiamentos de longo prazo. RAZÕES: (1) risco de flutuação das taxas de juros: as taxas de juros podem variar no tempo, afetando o retorno do investidor. Quanto maior o prazo, maiores as chances de flutuação dos juros; e (2) quanto maior o prazo, menor se apresenta a capacidade de previsão de reembolso do investidor. Financiamento do Capital de Giro (II) DILEMA RISCO-RETORNO NA COMPOSIÇÃO DO FINANCIAMENTO • POLÍTICA DE FINANCIAMENTO DO CAPITAL DE GIRO: trata da composição do endividamento, identificada na definição da participação de recursos de curto prazo e de longo prazos. • crédito de longo prazo: ao se utilizar, há uma redução do risco; no entanto, por serem os juros de longo prazo geralmente superiores aos de curto prazo, este tipo de financiamento diminui, ao mesmo tempo, a taxa de retorno da empresa. • preferência por endividamento de curto prazo: reduz a folga financeira e eleva o risco; diante de um menor custo financeiro da dívida, ocorre uma elevação da taxa de retorno da empresa. Este é o DILEMA RISCO-RETORNO NO FINANCIMENTO DO CAPITAL DE GIRO. • OBS.: enquanto um empréstimo de longo prazo mantém o encargo de juros inalterado por um período de tempo maior, um empréstimo de curto prazo, a ser renovado periodicamente, absorve com maior frequência as oscilações (normalmente crescentes) nas taxas de juros. Financiamento do Capital de Giro (II) ABORDAGEM PARA O FINANCIAMENTO DO CAPITAL DE GIRO (I) • no DILEMA RISCO-RETORNO, as decisões relativas ao financiamento do capital de giro assumem grande importância. Nesse processo, o passivo deve ser composto de forma que se mantenha, da melhor maneira possível, o equilíbrio entre o risco e o retorno. • PARTE FIXA DO ATIVO CIRCULANTE: é determinada pela atividade normal da empresa, e seu montante definido pelo nível mínimo de necessidades de recursos demandados pelo ciclo operacional em determinado período. – Exemplo: se a empresa vende $ 300 mil todo mês a prazo, e costuma receber, em média, em 60 dias, manterá necessariamente um investimento mínimo determinado por seus negócios igual a $ 600 mil em valores a receber. Identicamente, o estoque mínimo necessário à manutenção das atividades normais da empresa é um investimento fixo em capital de giro, e assim por diante. Financiamento do Capital de Giro (III) ABORDAGEM PARA O FINANCIAMENTO DO CAPITAL DE GIRO (II) – O CAPITAL CIRCULANTE FIXO constitui-se num investimento cíclico de recursos em giro que se repete periodicamente, assumindo em consequência um caráter permanente. • CAPITAL DE GIRO SAZONAL: é determinado pelas variações temporárias que ocorrem normalmente nos negócios de uma empresa. – Exemplo: maiores vendas em determinados períodos do ano, ou grandes aquisições de estoques antes de períodos de entressafra, produzem variações temporárias no ativo circulante; por isso, são denominados sazonais ou variáveis. – OBS.: a parte variável (ou sazonal) do capital de giro é medida pela diferença, em determinado momento, entre o montante do investimento no pico máximo e no pico mínimo. O volume mínimo de investimento é o capital de giro permanente. Figura 5 – Comportamento Fixo e Variável do Circulante Financiamento do Capital de Giro (IV) ABORDAGEM PARA O FINANCIAMENTO DO CAPITAL DE GIRO (III) ABORDAGEM PELO EQUILÍBRIO TRADICIONAL • o ativo permanente e o capital de giro permanente são financiados também por recursos de longo prazo (próprios ou de terceiros). As necessidades sazonais de capital de giro, por sua vez, são cobertas por exigibilidades de curto prazo. • pela abordagem, verifica-se que, ocorrendo oscilações no capital de giro, essas necessidades temporárias deverão ser financiadas, à medida que forem ocorrendo, por recursos de terceiros de curto prazo; e os investimentos de caráter permanente serão cobertos por fundos de prazo compatível (longo prazo). – Ao adotar essa abordagem compensatória, a empresa não teria recursos dispendiosos aplicados em itens sem nenhum retorno. Por exemplo, se financiasse suas necessidades sazonais de fundo com captações de longo prazo, a empresa arcaria, em alguns períodos, com o custo desse dinheiro sem obter nenhum tipo de retorno. Evidentemente, essa limitação poderia desaparecer mediante aplicações financeiras temporárias no mercado, que deveriam render, no mínimo, o custo do dinheiro captado. Figura 6 – Abordagem Tradicional Investimentos necessários ($) Capital de giro sazonal Capital de giro permanente Ativo Permanente Financiamento a curto prazo Financiamento a longo prazo Tempo Financiamento do Capital de Giro (V) ABORDAGEM PARA O FINANCIAMENTO DO CAPITAL DE GIRO (IV) ABORDAGEM DE RISCO MÍNIMO • uma postura de minimização do risco pode ser adotada por uma abordagem conservadora para o financiamento do capital de giro. Essa composição é mais extrema e de pouca aplicação prática. • a empresa encontra-se totalmente financiada por recursos permanentes (longo prazo), inclusive em suas necessidades sazonais de fundos. O capital de giro líquido, nessa situação, é igual ao capital de giro (ativo circulante) da empresa. • O risco é colocado em níveis mínimos em razão da empresa não necessitar de utilizar sua capacidade de captação de recursos de curto prazo, a qual seria acionada somente para atender a necessidades financeiras inesperadas (imprevistas). O custo dessa abordagem seria bem elevado, em razão da preferência por créditos de longo prazo (normalmente mais onerosos que os de curto prazo) e da ociosidade desses recursos em vários períodos. Figura 7 – Abordagem de Risco Mínimo Financiamento do Capital de Giro (VI) ABORDAGEM PARA O FINANCIAMENTO DO CAPITAL DE GIRO (V) Financiamento do Capital de Giro (VII) ABORDAGEM PARA O FINANCIAMENTO DO CAPITAL DE GIRO (VI) • OBS.: outras composições poderiam naturalmente ser estabelecidas. No entanto, a definição da melhor estrutura para a empresa é determinada por suas características operacionais e de seu ambiente, pelo grau de aversão ao risco de seus administradores e pelas taxas de juros de mercado. Ao optar por maior participação de recursos de curto prazo, por serem mais baratos, a empresa deverá estar ciente do risco que a composição trará e do nível de sua flexibilidade em obter fundos adicionais no mercado toda vez que surgirem saídas inesperadas do circulante. Uma posição mais conservadora poderá determinar menor risco e afetar a rentabilidade da empresa. 3ª Lista de Exercícios – Administração Financeira (2021/1 - EARTE) 4ª Questão – Estudos financeiros prospectivos da Cia. Giro demonstram que suas necessidades totais de investimento em capital de giro, para cada trimestre do próximo exercício, vão de um mínimo de $ 20.000.000 até $ 38.000.000, ou seja: Períodos Necessidade de Financiamento/Investimento 1° Trimestre $ 20.000.000,00 2° Trimestre $ 27.000.000,00 3° Trimestre $ 24.000.000,00 4° Trimestre $ 38.000.000,00 Pede-se: a) Descrever graficamente o comportamento sazonal (variável) e permanente (fixo) do capital de giro. b) Descrever graficamente a composição de financiamento de capital de giro segundo as abordagens do “Equilíbrio Financeiro Tradicional” e “Risco Mínimo”. 4ª QUESTÃO a) 40.000 36.000 27.0000,00 24.0000 20.000 Capital de Giro Sazonal (VARIÁVEL) Capital de Giro Permanente (FIXO) TEMPO (TRIMESTRES) INVESTIMENTOS NECESSÁRIOS ($) b) EQUILÍBRIO FINANCEIRO TRADICIONAL 38.000 INVESTIMENTOS NECESSÁRIOS ($) 27.000 24.000 20.000 1 2 3 4 TEMPO (TRIMESTRES) Financiamento a Curto Prazo Financiamento a Longo Prazo 4ª QUESTÃO - CONT. ABORDAGEM DE RISCO MÍNIMO 38.000 INVESTIMENTOS NECESSÁRIOS ($) 40.000 20.000 1 2 3 4 TEMPO (TRIMESTRES) 38.700 27.000 Financiamento a LONGO PRAZO 2. Análise de Liquidez c) Indicadores de Liquidez Indicadores de Liquidez (I) • INDICADORES DE LIQUIDEZ: visam medir a capacidade de pagamento (folga financeira) de uma empresa, ou seja, sua habilidade em cumprir corretamente as obrigações passivas assumidas. ÍNDICE DE LIQUIDEZ CORRENTE • ÍNDICE DE LIQUIDEZ CORRENTE (ILC): mede a relação existente entre o ativo circulante e o passivo circulante, ou seja, de $ 1,00 aplicado em haveres e direitos circulantes (disponível, valores a receber e estoques, fundamentalmente), quanto a empresa deve também a curto prazo (duplicatas a pagar, dividendos, impostos e contribuições sociais, empréstimos a curto prazo, etc.). • Se 1: existência de um capital circulante (capital de giro) líquido positivo. • Se = 1: pressupõe a inexistência de capital de giro líquido. • Se 1: existência de um capital de giro líquido negativo (ativo circulante menor que passivo circulante). Indicadores de Liquidez (II) ÍNDICE DE LIQUIDEZ SECA • ÍNDICE DE LIQUIDEZ SECA (ILS): é calculado pela relação dos ativos circulantes de maior liquidez (disponível, valores a receber e aplicações financeiras de curto e curtíssimo prazo) com o total do passivo circulante. • O Índice de Liquidez Seca foi criado para extrair da análise financeira de curto prazo da empresa a baixa liquidez dos estoques e das despesas antecipadas. • Tal Índice revela o percentual das dívidas de curto prazo que pode ser resgatado mediante o uso de ativos circulantes de maior liquidez. Por exemplo, se o índice de liquidez seca for igual a 1,10, entende-se que, para cada $ 1,00 de dívidas circulantes (curto prazo), a empresa mantém $ 1,10 de ativos monetários circulantes, principalmente caixa, aplicações financeiras e valores a receber. ILS = (Disponível + Contas a Receber) / PC Indicadores de Liquidez (III) ÍNDICE DE LIQUIDEZ IMEDIATA • ÍNDICE DE LIQUIDEZ IMEDIATA (ILI): é determinado pela relação existente entre o disponível e o passivo circulante. • Reflete a porcentagem das dívidas de curto prazo (passivo circulante) que pode ser saldada imediatamente pela empresa, por suas disponibilidades de caixa. Evidentemente, quanto maior se apresentar esse índice, maiores serão os recursos disponíveis mantidos pela empresa. Pouco significado apresenta esse índice para os analistas externos. Indicadores de Liquidez (IV) ÍNDICE DE LIQUIDEZ GERAL • ÍNDICE DE LIQUIDEZ GERAL (ILG): retrata a saúde financeira de curto e de longo prazo da empresa. Revela, para cada $ 1,00 de dívidas totais (circulantes e longo prazo), quanto a empresa registra de ativos de mesma maturidade (circulante + realizável a longo prazo). • OBS.: da mesma forma que o observado nos demais indicadores de liquidez, a importância desse índice para análise da folga financeira pode ser prejudicada se os prazos dos ativos e passivos, considerados em seu cálculo, forem muito diferentes. 3ª Lista de Exercícios – Administração Financeira (2021/1 - EARTE) 5ª Questão – Em um determinado exercício social, a empresa de Louças e Vidros apresentou os seguintes dados e informações, referentes a esse mesmo exercício social: Índice de Liquidez Corrente (ILC) 1,25 Índice de Liquidez Seca (ILS) 1,00 Realizável a Longo Prazo R$ 1.900.000,00 Estoques R$ 414.000,00 Passivo Exigível a Longo Prazo R$ 2.125.000,00 Analisando os dados e as informações disponibilizados pela empresa, conclui-se que seu índice de liquidez geral, no mesmo exercício, é: 5ª QUESTÃO ILC = 1,25 ILC = \frac{AC}{PC} → 1,25 = \frac{AC}{PC} → AC = 1,25×PC ILS = \frac{AC - ESTOQUES - DESPESAS ANTECIPADAS}{PC} 1 = \frac{AC - 434.000 - 0}{PC} PC = AC - 434.000 PC = 1,25 × PC - 414.000 0,25PC = 414.000 PC = \frac{414.000}{0.25} = 1.656.000 AC = 1,25 ×PC AC = 1,25 × 1.656.000 = 2.070.000 ILG = AC + REALIZÁVEL A LONGO PRAZO PC + EXIGÍVEL A LONGO PRAZO ILG = 2.070.000 + 1.900.000 1.656.000 + 2.125.000 ILG = 3.970.000 = 1,049987 3.781.000 ILG = 1,05 Obrigada e excelente noite!