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Ciências Biológicas ·
Parasitologia Humana
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Doença de Chagas Aspectos epidemiológicos fisiopatológicos e de transmissão Chagas disease Epidemiological physiological and transmission aspects DOI1034119bjhrv4n5037 Recebimento dos originais 03082021 Aceitação para publicação 03092021 Ayssa Marinho Vitorino de Almeida Graduada em Enfermagem Graduanda em Medicina Faculdade de Medicina Nova Esperança FAMENE Endereço Av Frei Galvão 12 Gramame João Pessoa PB 58067698 Email ayssaalmeidahotmailcom João Antonio Batista de Matos Soares Graduando em Medicina Faculdade de Medicina Nova Esperança FAMENE Endereço Av Frei Galvão 12 Gramame João Pessoa PB 58067698 Email joaomatosss87gmailcom Laryssa Marques Pereira Crizanto Graduanda em Medicina Faculdade de Medicina Nova Esperança FAMENE Endereço Av Frei Galvão 12 Gramame João Pessoa PB 58067698 Email laryssamarques88hotmailcom Maria do Socorro Vieira Pereira Doutorado em Ciências Biológicas Faculdade de Medicina Nova Esperança FAMENE Endereço Av Frei Galvão 12 Gramame João Pessoa PB 58067698 Email vieirapereirauolcombr Clélia de Alencar Xavier Mota Doutora em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos Farmacologia Faculdade de Medicina Nova Esperança FAMENE Endereço Av Frei Galvão 12 Gramame João Pessoa PB 58067698 Email cleliamotahotmailcom RESUMO Introdução A Doença de Chagas representa uma condição infecciosa com elevada carga de morbimortalidade Configura um importante problema de saúde pública no Brasil com diferentes cenários regionais Diante disso o estudo tem como objetivo contextualizar a Doença de Chagas evidenciando os principais mecanismos fisiopatológicos de transmissão e de profilaxia que permeiam a doença Metodologia Tratase de uma revisão sistemática de literatura realizada através da leitura e discussão de artigos obtidos na base de dados PUBMED SCIELO e LILACS Como estratégia de busca foram utilizados os seguintes descritores doença de chagas fisiopatologia e epidemiologia Os artigos utilizados no estudo foram selecionados através leitura do abstract no período de Janeiro a Maio de 2021 sendo considerados pertinentes ao estudo aqueles que foram publicados na íntegra nos últimos cinco anos e nos idiomas português e inglês Resultados e Discussões A Doença de Chagas é provocada pelo protozoário Trypanosoma cruzi e é considerada problema de saúde pública e social pois é caracterizada como parte da identidade da pobreza e dos maus tratos às condições de saúde afetando populações em situação de vulnerabilidade especialmente aquelas com baixa visibilidade e pouco vis política desencadeando processos de estigma e discriminação É uma patologia que provoca impacto de morbimortalidade importante e é relativamente negligenciada por pesquisadores Geralmente contrariamente à Doença de Chagas quando se é contaminado pelas fezes do inseto barbeiro portador de um protozoário o Trypanosoma cruzi É este tripanossoma que circulando pelo sangue do homem irá penetrar e produzir lesões em órgãos importantes como no coração esôfago e os intestinos causando uma série de sintomas da doença No entanto mecanismos alternativos de transmissão têm sido observados destacandose a transmissão transfusional a congênita mãe a filho durante a gestação a acidental contaminação em laboratório e mesmo em transplante de órgãos quando o doador é infectado Assim é essencial o maior conhecimento referente à fisiopatologia da doença e sua dinâmica de transmissão envolvendo pessoas infectadas e sob o risco de infecção diferentes populações de parasito espécies do vetor e reservatórios de T cruzi Este conhecimento integrado representa fator central para a busca de ações consistentes e sustentáveis quanto à gestão a vigilância ao controle e a atenção à saúde e social a fim de que sejam coerentes e efetivas Considerações Finais Esperase com este documento fortalecer o desenvolvimento de ações integradas para o enfrentamento da doença no país com foco em epidemiologia gestão atenção integral incluindo famílias e comunidades comunicação informação educação e pesquisas Palavraschave Doença de Chagas Fisiopatologia Epidemiologia ABSTRACT Introduction Chagas disease represents an infectious condition with a high burden of morbidity and mortality It is an important public health problem in Brazil with different regional scenarios Therefore the study aims to contextualize Chagas disease highlighting the main pathophysiological transmission and prophylaxis mechanisms that permeate the disease Methodology This is a systematic literature review carried out through the reading and discussion of articles obtained from the PUBMED SCIELO and LILACS databases As a search strategy the following descriptors were used chagas disease pathophysiology and epidemiology The articles used in the study were selected by reading the abstract in the period from January to May 2021 being considered relevant the study those that were published in full in the last five years and in Portuguese and English Results and Discussions Chagas disease is caused by the protozoan Trypanosoma cruzi and is considered a public and social health problem as it is characterized as part of the identity of poverty and illtreatment health conditions affecting populations in situations of vulnerability especially those with low visibility and little political voice triggering processes of stigma and discrimination It is a pathology that causes an important morbidity and mortality impact and is relatively neglected by researchers Usually Chagas disease is contracted when it is contaminated by the feces of the barber insect that carries a protozoan Trypanosoma cruzi It is this trypanosome that circulating through the human blood will penetrate and produce lesions in important organs such as the heart esophagus and intestines causing a series of symptoms of the disease However alternative transmission mechanisms have been observed highlighting transfusional congenital mother to child during pregnancy accidental contamination in the laboratory and even organ transplantation when the donor is infected transmission Thus greater knowledge regarding the pathophysiology of the disease and its transmission dynamics is essential involving infected people and those at risk of infection different populations of the parasite vector species and T cruzi reservoirs This integrated knowledge represents a central factor for the search for consistent and sustainable actions in terms of management surveillance control and health and social care so that they are coherent and effective Final Considerations This document is expected to strengthen the development of integrated actions to fight the disease in the country with a focus on epidemiology management comprehensive care including families and communities communication information education and research Keywords Chagas disease Pathophysiology Epidemiology No Brasil a transmissão vetorial ocorre em todos os estados em especial na região Nordeste e depende principalmente da presença de vetores nos domicílios FIDALGO et al 2018 Geralmente as características da residência e como os habitantes tratam seus domicílios e arredores podem influenciar fortemente a infestação por triatomíneos A colonização por triatomíneos ainda é alta Isso pode ser explicado pelo fato que o homem através da queima e de outras alterações no habitat natural do triatomíneo forçou esses insetos para se adaptar a ambientes artificiais Esse cenário representa um desafio para o controle de vetores pois as populações de insetos em ambientes periódicos são as mais difíceis de eliminar Além de medidas regulares e sistemáticas de controle químico em conjunto com uma vigilância entomológica eficaz é necessária uma melhoria da habitação juntamente com melhores condições de saúde e educação com participação comunitária para fornecer conhecimento para a prevenção e controle dessa patologia DIAS et al 2016 Para Mattos et al 2020 a ocorrência de insetos na inspeção de alimentos indica problemas nas condições higiênico sanitárias e outros possíveis problemas de segurança alimentar Esta segurança diz respeito à transmissão oral da DC pela ingestão de alimentos contaminados Clinicamente a DC pode ser dividida sumariamente em duas fases a aguda e a crônica Na fase aguda os sinais e sintomas da infecção tendem a serem insidiosos e raramente notados pelos pacientes Após certo período de tempo a doença tende à cronicidade se subdividindo em duas outras fases uma fase crônica indeterminada na qual o parasita ainda continua presente no organismo do ser humano porém costuma ser assintomática e uma porção dos pacientes que chegam a esta fase começam a manifestar sintomas principalmente cardíacos e gástricos determinando a fase crônica sintomática da DC FERNANDES 2018 Portanto por ser uma doença considerada negligenciada no Brasil e que desperta pouco interesse da indústria farmacêutica e que está relacionada principalmente a populações em situações de vulnerabilidade este presente estudo objetivou contextualizar a Doença de Chagas evidenciando os principais aspectos epidemiológicos fisiopatológicos e de transmissão que permeiam a Doença de Chagas 2 METODOLOGIA Tratase de um estudo de revisão sistemática de literatura A busca ocorreu entre os meses de janeiro a maio de 2021 e considerou as bases de dados a seguir a PubMed a SciELO Scientific Electronic Library Online e a Lilacs as quais abrangem literatura referente a evidências da patogenicidade quanto a Doença de Chagas Foram incluídas todas as referências que atenderam aos seguintes critérios a fossem publicados na íntegra nos últimos cinco anos b caracterizaremse como texto completo c e apresentassem versão nos idiomas português e inglês Foram descartados todos os estudos que a não estivessem disponíveis de maneira gratuita b não classificassem como artigo científico c e não apresentassem relação com a temática de interesse devendo esta estar condicionada ao consenso entre dois avaliadores Como estratégia de busca foram utilizados os seguintes descritores doença de chagas fisiopatologia e epidemiologia Ao final do levantamento bibliográfico foram efetivamente utilizados 15 artigos selecionados conforme a qualidade e relevância com o tema proposto 3 RESULTADOS E DISCUSSÕES A doença de Chagas é considerada uma das doenças tropicais mais negligenciadas pelas autoridades de saúde e pelas indústrias farmacêuticas tornandoa uma endemia em inúmeros países A maior parte dos cerca de 8 milhões de pessoas infectadas no mundo estão concentrada em países da América Latina principalmente em áreas de baixas condições socioeconômicas e que apresentam precárias condições de habitação o que associado à elevada diversidade e a quantidade de vetores nesses locais tornam essa região endêmica para a doença de Chagas FONSECA 2020 ALVES 2020 Isso ocorre porque os vetores hemípteros hematófagos pertencentes à subfamília Triatominae popularmente conhecidos como barbeiros se ocultam principalmente em casas de barro local de moradia de muitas pessoas de baixas condições socioeconômicas De acordo com Teixeira et al 2019 geralmente características da residência e como os habitantes tratam seus domicílios e arredores podem influenciar fortemente a infestação por triatomíneos O desmatamento pode reduzir o suprimento natural de alimentos forçando tanto os bichos quanto os possíveis reservatórios de T cruzi a mudar seu comportamento para procurar comida e abrigo em ambientes artificiais como periódicos e até intradomicílios Nesse sentido entendese que a intervenção humana sobre a natureza acarreta alterações no habitat natural do triatomíneo o que força esses insetos a se adaptarem a ambientes artificiais Diante disso a adaptação dos triatomíneos ao ambiente doméstico pode ser a questão mais preocupante na transmissão da DC Santana et al 2018 afirmam que a situação na Região Nordeste brasileira ainda é preocupante principalmente por três motivos concentra a maior quantidade de vetores secundários implicados na transmissão da doença de especial importância o Triatoma brasiliensis cujos hábitos periódomiciliares dificultam a sua localização captura e controle químico por inseticidas a região mantém altos índices de más condições de moradia apropriados à colonização pelo triatomíneo as medidas de fiscalização e controle entomológico não têm sido eficazes Por isso que A Região Nordeste do Brasil é considerada endêmica da Doença de Chagas e é a segunda entre as principais regiões infestadas por triatomíneos com o estado da Bahia abrigando a maior diversidade de espécies de triatomíneos do país FIDALGO et al 2018 Para Teixeira et al 2019 o T brasiliensis atualmente é considerado a espécie mais notória do Brasil representando uma fonte perene de infestações por casas e consequentemente uma ameaça incessante Com base nisso madeira e rochas são lugares que apresentam fissuras que podem abrigar o T brasiliensis favorecendo muito a infecção Nessa perspectiva a alta capacidade de adaptação de T brasiliensis aos ambientes humanos favorece a infestação e manutenção de colônias tanto nas rochas quanto nos anexos periódicos Tal cenário representa um desafio para o controle de vetores pois as populações de insetos em ambientes periódicos são as mais difíceis de eliminar uma vez que os inseticidas apresentam menos efeitos residuais no exterior principalmente devido à exposição ao clima Diante disso observase que o barbeiro como é conhecido o inseto vetor da Doença de Chagas pode ser encontrado em diversos ambientes principalmente próximo de casas onde geralmente está alojado em amontoados de telhas tijolos ou até mesmo na lenha que é utilizada para construção de galinheiros e currais Isso pode ser evidenciado no estudo de Fidalgo et al 2018 que diz nos ambientes artificiais as capturas de triatomíneos são mais produtivas em currais de cabras ovelhas galinheiros e pilhas de ladrihos tijolos madeira Na literatura no que tange ao vetor da Doença de Chagas os dois principais vetores são o Triatoma infestans e o Triatoma dimidiata Segundo Guarner 2019 esses insetos vão realizar o hematofagismo durante a noite principalmente quando a unidade está baixa e a temperatura do ambiente estiver acima de 30C e ao se alimentar do sangue A patogenia da Doença de Chagas é dividida em duas etapas Segundo Guarner 2019 acontece da seguinte forma No estágio do parasita no hospedeiro vertebrado vai ser caracterizado pela presença de tripomastigotas e amastigotas replicativas na corrente sanguinea enquanto que nos estágios do vetor vai ser caracterizado pela presença de epimastigotas replicativas e a forma infectante os tripomastigotas metacíclicos Esses tripomastigotas uma vez no organismo do hospedeiro vertebrado vão infectar células e dentro delas vão se converter em amastigotas replicativas para não serem detectados pelas células do sistema imunológico e vão continuar se reproduzindo dentro da célula do hospedeiro até um momento em que a produção se torna excessiva e a célula se rompe liberando dessa vez tripomastigotas que vão migrar e infectar outras células Os estudos mostram que a transmissão da Doença de Chagas ocorre quando há o contato da pessoa não infectada com o vetor Outro fator muito importante é quando a Doença de Chagas cursa num estágio assintomático sendo frequentemente subdiagnosticada em que o paciente continua sendo um portador do parasita e um possível disseminador do mesmo A transmissão da Doença de Chagas através do contato ou sangue depende de muitos fatores como o conteúdo a ser doado concentrado de hemácias ou plaquetas a carga parasitária e também a cepa do parasita Em estudos Guarner 2019 diz que apesar de as taxas de transmissões por doação de sangue e órgãos transplantados serem muito pequenas é importante se ressaltar que são essas umas das principais vias de transmissão em países não endêmicos A transmissão através de transfusão sanguínea tem sido controlada pela realização de testes clínicos mais eficazes para triagem nos hemocentros acontecendo hoje em casos excepcionais em que falta dos testes porém são bem raras uma vez que os testes apresentam uma sensibilidade de aproximadamente 995 DA SILVA BRITO 2019 Segundo Guarner 2019 a Doença de Chagas pode cursar em três fases sendo a primeira a fase aguda com duração de até dois meses sendo os pacientes muitas vezes assintomáticos porém também pode apresentar sintomas mais brandos e muito raramente podem ser fatais a segunda é uma fase assintomática que pode durar de anos a décadas em que o paciente vai estar com as condições fisiológicas normais porém ainda vai apresentar o parasita no organismo dessa fase crônica em que o paciente pode nunca apresentar sintomas cerca de 60 a 70 ou o paciente pode ter uma disfunção do organismo e desenvolver doenças crônicas e manifestações cardíacas e gastrointestinais Durante a fase aguda da infecção circulamse no sangue os tripomastigotas sendo estas também presentes em vários tecidos animais provocando reações imunológicas variadas com produção de citocinas Porém quando este parasita está se reproduzindo dentro das células sob a forma de amastigotas será desencadeada uma resposta inflamatória de células mononucleares como linfócitos T e macrófagos nos tecidos infectados Da mesma forma pode ser que não haja essa resposta inflamatória ou que ela seja pequena mesmo nas condições em que é possível visualizar o parasita uma vez vai depender além disso do tipo de cepa de T cruzi que está infectando e também da resposta imune do hospedeiro GUARNER 2019 atribuir a patogenicidade da doença de Chagas apenas a um fator isolado ou a uma única teoria mas sim definir como um processo multifatorial complexo e heterogêneo Guarner 2019 afirma em estudo que o diagnóstico da infecção pode ocorrer tanto durante a fase aguda quanto na fase crônica Durante a fase aguda os tripomastigotas podem ser encontrados no sangue ou no líquido cefalorraquidiano Ainda de acordo com o mesmo estudo ele diz que A Organização Mundial da Saúde em um relatório acerca do diagnóstico da doença de chagas para melhorar a detecção de tripomastigotas os laboratórios podem realizar um esfe inspecção de alimentos indica problemas nas condições higiêniosanitárias e outros possíveis problemas de segurança alimentar Uma preocupação particularmente grave com a segurança alimentar é a transmissão oral da doença de Chagas aqui pela ingestão de alimentos contaminados Embora a transmissão vetorial de Trypanosoma cruzi seja tradicionalmente a mais conhecida a via oral tem sido um importante modo de transmissão no Brasil recentemente Portanto pontuase assim a importância da atuação dos órgãos cabíveis na fiscalização e vigilância quanto à prevenção e ao combate da DC Ainda Mattos et al 2020 ressalta também a importância das pesquisas quanto a esta temática ao afirmar que estudos que avaliam pragas e contaminação vetorial em alimentos contribuem significativamente para a melhoria de alimentos e bebidas à base de plantas principalmente quando esses produtos podem servir como veículos para a transmissão oral da DC de transmissão que embora mais raros devem ser ressaltados como a via oral transfusão sanguínea e transplante de órgãos Outrossim foi possível destacar as principais manifestações e aspectos clínicos associados a cada fase da doença visando auxiliar na suspeição diagnóstica da DC bem como os principais métodos profiláticos ressaltando a importância da prevenção da doença através da contribuição da sociedade e das instituições de saúde pública Diante disso este trabalho alcançou todos os objetivos propostos de forma clara e coerente contribuindo para o melhor entendimento da Doença de Chagas e de suas características clínicas e epidemiológicas REFERÊNCIAS 1 ALVES Nayra Suélen Gomes Dias Influência da infecção por Trypanosoma Cruzi sobre a microbiota intestinal no hospedeiro mamífero 2020 2 BONNEY Kevin M et al Pathology and pathogenesis of Chagas heart disease Annual Review of Pathology Mechanisms of Disease v 14 p 421447 2019 3 CORREIA Jennifer Rodrigues et al Doença de Chagas aspectos clínicos epidemiológicos e fisiopatológicos Revista Eletrônica Acervo Saúde v 13 n 3 p e6502e6502 2021 4 DA SILVA BRITO Josué Doença de Chagas aspectos fisiopatológicos e históricos Revista Atenas Higeia v 1 n 2 p 5460 2019 5 DIAS J V et al Conhecimentos sobre Triatomíneos e sobre a Doença de Chagas em localidades com diferentes níveis de infestação vetorial Ciência Saúde Coletiva 2016 6 FERNANDES Anna Luísa Barbosa et al Incidência e prevalência da doença de chagas no Brasil CIPEEX v 2 p 978983 2018 7 FIDALGO A S O B V et al Insect vectors of Chagas disease Trypanosoma cruzi in Northeastern Brazil Rev Soc Bras Med Trop MarchApril 2018 8 FONSECA Gabriela Andrade Fisiopatologia e diagnóstico das principais hemoparasitoses causadoras de infecção em humanos 2020 9 GUARNER J Chagas disease as example of a reemerging parasite Seminars in Diagnostic Pathology 2019 10 MATTOS E C et al Fragment detection of Coleopteran and Triatomine insects in experimentally contaminated açaí pulp and sugarcane juice Rev Soc Bras Med Trop Vol 53 2020 11 MELO Antônia P M et al 2021 Doença de Chagas Aspectos Clínicos e Farmacoepidemiológicos Doenças infecciosas e parasitárias no contexto brasileiro livro eletrônico 154167 organização Tatiana Paschoalette Rodrigues Bachur Denise Barquil Nepomuceno Campina Grande Editora Amplla 2021 2 V DOI 1051859ampladip34421210 12 MENDONÇA Rafael Mota ROCHA Aymeé Medeiros da ANDRADE Maria Sandra SILVA Aline Beatriz dos Santos Doença de Chagas serviço de referência e epidemiologia Revista Brasileira em Promoção da Saúde Sl v 33 p 112 2020 Fundacao Edson Queiroz 13 SANTANA M P et al Prevalência da doença de Chagas entre doadores de sangue do Estado do Piauí Brasil no período de 2004 a 2013 Cad Saúde Pública 2018 342e00123716 14 TEIXEIRA N F D et al Multiple Approaches to Address Potential Risk Factors of Chagas Disease Transmission in Northeastern Brazil Am J Trop Med Hyg 2019
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Email vieirapereirauolcombr Clélia de Alencar Xavier Mota Doutora em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos Farmacologia Faculdade de Medicina Nova Esperança FAMENE Endereço Av Frei Galvão 12 Gramame João Pessoa PB 58067698 Email cleliamotahotmailcom RESUMO Introdução A Doença de Chagas representa uma condição infecciosa com elevada carga de morbimortalidade Configura um importante problema de saúde pública no Brasil com diferentes cenários regionais Diante disso o estudo tem como objetivo contextualizar a Doença de Chagas evidenciando os principais mecanismos fisiopatológicos de transmissão e de profilaxia que permeiam a doença Metodologia Tratase de uma revisão sistemática de literatura realizada através da leitura e discussão de artigos obtidos na base de dados PUBMED SCIELO e LILACS Como estratégia de busca foram utilizados os seguintes descritores doença de chagas fisiopatologia e epidemiologia Os artigos utilizados no estudo foram selecionados através leitura do abstract no período de Janeiro a Maio de 2021 sendo considerados pertinentes ao estudo aqueles que foram publicados na íntegra nos últimos cinco anos e nos idiomas português e inglês Resultados e Discussões A Doença de Chagas é provocada pelo protozoário Trypanosoma cruzi e é considerada problema de saúde pública e social pois é caracterizada como parte da identidade da pobreza e dos maus tratos às condições de saúde afetando populações em situação de vulnerabilidade especialmente aquelas com baixa visibilidade e pouco vis política desencadeando processos de estigma e discriminação É uma patologia que provoca impacto de morbimortalidade importante e é relativamente negligenciada por pesquisadores Geralmente contrariamente à Doença de Chagas quando se é contaminado pelas fezes do inseto barbeiro portador de um protozoário o Trypanosoma cruzi É este tripanossoma que circulando pelo sangue do homem irá penetrar e produzir lesões em órgãos importantes como no coração esôfago e os intestinos causando uma série de sintomas da doença No entanto mecanismos alternativos de transmissão têm sido observados destacandose a transmissão transfusional a congênita mãe a filho durante a gestação a acidental contaminação em laboratório e mesmo em transplante de órgãos quando o doador é infectado Assim é essencial o maior conhecimento referente à fisiopatologia da doença e sua dinâmica de transmissão envolvendo pessoas infectadas e sob o risco de infecção diferentes populações de parasito espécies do vetor e reservatórios de T cruzi Este conhecimento integrado representa fator central para a busca de ações consistentes e sustentáveis quanto à gestão a vigilância ao controle e a atenção à saúde e social a fim de que sejam coerentes e efetivas Considerações Finais Esperase com este documento fortalecer o desenvolvimento de ações integradas para o enfrentamento da doença no país com foco em epidemiologia gestão atenção integral incluindo famílias e comunidades comunicação informação educação e 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transplantation when the donor is infected transmission Thus greater knowledge regarding the pathophysiology of the disease and its transmission dynamics is essential involving infected people and those at risk of infection different populations of the parasite vector species and T cruzi reservoirs This integrated knowledge represents a central factor for the search for consistent and sustainable actions in terms of management surveillance control and health and social care so that they are coherent and effective Final Considerations This document is expected to strengthen the development of integrated actions to fight the disease in the country with a focus on epidemiology management comprehensive care including families and communities communication information education and research Keywords Chagas disease Pathophysiology Epidemiology No Brasil a transmissão vetorial ocorre em todos os estados em especial na região Nordeste e depende principalmente da presença de vetores nos domicílios FIDALGO et al 2018 Geralmente as características da residência e como os habitantes tratam seus domicílios e arredores podem influenciar fortemente a infestação por triatomíneos A colonização por triatomíneos ainda é alta Isso pode ser explicado pelo fato que o homem através da queima e de outras alterações no habitat natural do triatomíneo forçou esses insetos para se adaptar a ambientes artificiais Esse cenário representa um desafio para o controle de vetores pois as populações de insetos em ambientes periódicos são as mais difíceis de eliminar Além de medidas regulares e sistemáticas de controle químico em conjunto com uma vigilância entomológica eficaz é necessária uma melhoria da habitação juntamente com melhores condições de saúde e educação com participação comunitária para fornecer conhecimento para a prevenção e controle dessa patologia DIAS et al 2016 Para Mattos et al 2020 a ocorrência de insetos na inspeção de alimentos indica problemas nas condições higiênico sanitárias e outros possíveis problemas de segurança alimentar Esta segurança diz respeito à transmissão oral da DC pela ingestão de alimentos contaminados Clinicamente a DC pode ser dividida sumariamente em duas fases a aguda e a crônica Na fase aguda os sinais e sintomas da infecção tendem a serem insidiosos e raramente notados pelos pacientes Após certo período de tempo a doença tende à cronicidade se subdividindo em duas outras fases uma fase crônica indeterminada na qual o parasita ainda continua presente no organismo do ser humano porém costuma ser assintomática e uma porção dos pacientes que chegam a esta fase começam a manifestar sintomas principalmente cardíacos e gástricos determinando a fase crônica sintomática da DC FERNANDES 2018 Portanto por ser uma doença considerada negligenciada no Brasil e que desperta pouco interesse da indústria farmacêutica e que está relacionada principalmente a populações em situações de vulnerabilidade este presente estudo objetivou contextualizar a Doença de Chagas evidenciando os principais aspectos epidemiológicos fisiopatológicos e de transmissão que permeiam a Doença de Chagas 2 METODOLOGIA Tratase de um estudo de revisão sistemática de literatura A busca ocorreu entre os meses de janeiro a maio de 2021 e considerou as bases de dados a seguir a PubMed a SciELO Scientific Electronic Library Online e a Lilacs as quais abrangem literatura referente a evidências da patogenicidade quanto a Doença de Chagas Foram incluídas todas as referências que atenderam aos seguintes critérios a fossem publicados na íntegra nos últimos cinco anos b caracterizaremse como texto completo c e apresentassem versão nos idiomas português e inglês Foram descartados todos os estudos que a não estivessem disponíveis de maneira gratuita b não classificassem como artigo científico c e não apresentassem relação com a temática de interesse devendo esta estar condicionada ao consenso entre dois avaliadores Como estratégia de busca foram utilizados os seguintes descritores doença de chagas fisiopatologia e epidemiologia Ao final do levantamento bibliográfico foram efetivamente utilizados 15 artigos selecionados conforme a qualidade e relevância com o tema proposto 3 RESULTADOS E DISCUSSÕES A doença de Chagas é considerada uma das doenças tropicais mais negligenciadas pelas autoridades de saúde e pelas indústrias farmacêuticas tornandoa uma endemia em inúmeros países A maior parte dos cerca de 8 milhões de pessoas infectadas no mundo estão concentrada em países da América Latina principalmente em áreas de baixas condições socioeconômicas e que apresentam precárias condições de habitação o que associado à elevada diversidade e a quantidade de vetores nesses locais tornam essa região endêmica para a doença de Chagas FONSECA 2020 ALVES 2020 Isso ocorre porque os vetores hemípteros hematófagos pertencentes à subfamília Triatominae popularmente conhecidos como barbeiros se ocultam principalmente em casas de barro local de moradia de muitas pessoas de baixas condições socioeconômicas De acordo com Teixeira et al 2019 geralmente características da residência e como os habitantes tratam seus domicílios e arredores podem influenciar fortemente a infestação por triatomíneos O desmatamento pode reduzir o suprimento natural de alimentos forçando tanto os bichos quanto os possíveis reservatórios de T cruzi a mudar seu comportamento para procurar comida e abrigo em ambientes artificiais como periódicos e até intradomicílios Nesse sentido entendese que a intervenção humana sobre a natureza acarreta alterações no habitat natural do triatomíneo o que força esses insetos a se adaptarem a ambientes artificiais Diante disso a adaptação dos triatomíneos ao ambiente doméstico pode ser a questão mais preocupante na transmissão da DC Santana et al 2018 afirmam que a situação na Região Nordeste brasileira ainda é preocupante principalmente por três motivos concentra a maior quantidade de vetores secundários implicados na transmissão da doença de especial importância o Triatoma brasiliensis cujos hábitos periódomiciliares dificultam a sua localização captura e controle químico por inseticidas a região mantém altos índices de más condições de moradia apropriados à colonização pelo triatomíneo as medidas de fiscalização e controle entomológico não têm sido eficazes Por isso que A Região Nordeste do Brasil é considerada endêmica da Doença de Chagas e é a segunda entre as principais regiões infestadas por triatomíneos com o estado da Bahia abrigando a maior diversidade de espécies de triatomíneos do país FIDALGO et al 2018 Para Teixeira et al 2019 o T brasiliensis atualmente é considerado a espécie mais notória do Brasil representando uma fonte perene de infestações por casas e consequentemente uma ameaça incessante Com base nisso madeira e rochas são lugares que apresentam fissuras que podem abrigar o T brasiliensis favorecendo muito a infecção Nessa perspectiva a alta capacidade de adaptação de T brasiliensis aos ambientes humanos favorece a infestação e manutenção de colônias tanto nas rochas quanto nos anexos periódicos Tal cenário representa um desafio para o controle de vetores pois as populações de insetos em ambientes periódicos são as mais difíceis de eliminar uma vez que os inseticidas apresentam menos efeitos residuais no exterior principalmente devido à exposição ao clima Diante disso observase que o barbeiro como é conhecido o inseto vetor da Doença de Chagas pode ser encontrado em diversos ambientes principalmente próximo de casas onde geralmente está alojado em amontoados de telhas tijolos ou até mesmo na lenha que é utilizada para construção de galinheiros e currais Isso pode ser evidenciado no estudo de Fidalgo et al 2018 que diz nos ambientes artificiais as capturas de triatomíneos são mais produtivas em currais de cabras ovelhas galinheiros e pilhas de ladrihos tijolos madeira Na literatura no que tange ao vetor da Doença de Chagas os dois principais vetores são o Triatoma infestans e o Triatoma dimidiata Segundo Guarner 2019 esses insetos vão realizar o hematofagismo durante a noite principalmente quando a unidade está baixa e a temperatura do ambiente estiver acima de 30C e ao se alimentar do sangue A patogenia da Doença de Chagas é dividida em duas etapas Segundo Guarner 2019 acontece da seguinte forma No estágio do parasita no hospedeiro vertebrado vai ser caracterizado pela presença de tripomastigotas e amastigotas replicativas na corrente sanguinea enquanto que nos estágios do vetor vai ser caracterizado pela presença de epimastigotas replicativas e a forma infectante os tripomastigotas metacíclicos Esses tripomastigotas uma vez no organismo do hospedeiro vertebrado vão infectar células e dentro delas vão se converter em amastigotas replicativas para não serem detectados pelas células do sistema imunológico e vão continuar se reproduzindo dentro da célula do hospedeiro até um momento em que a produção se torna excessiva e a célula se rompe liberando dessa vez tripomastigotas que vão migrar e infectar outras células Os estudos mostram que a transmissão da Doença de Chagas ocorre quando há o contato da pessoa não infectada com o vetor Outro fator muito importante é quando a Doença de Chagas cursa num estágio assintomático sendo frequentemente subdiagnosticada em que o paciente continua sendo um portador do parasita e um possível disseminador do mesmo A transmissão da Doença de Chagas através do contato ou sangue depende de muitos fatores como o conteúdo a ser doado concentrado de hemácias ou plaquetas a carga parasitária e também a cepa do parasita Em estudos Guarner 2019 diz que apesar de as taxas de transmissões por doação de sangue e órgãos transplantados serem muito pequenas é importante se ressaltar que são essas umas das principais vias de transmissão em países não endêmicos A transmissão através de transfusão sanguínea tem sido controlada pela realização de testes clínicos mais eficazes para triagem nos hemocentros acontecendo hoje em casos excepcionais em que falta dos testes porém são bem raras uma vez que os testes apresentam uma sensibilidade de aproximadamente 995 DA SILVA BRITO 2019 Segundo Guarner 2019 a Doença de Chagas pode cursar em três fases sendo a primeira a fase aguda com duração de até dois meses sendo os pacientes muitas vezes assintomáticos porém também pode apresentar sintomas mais brandos e muito raramente podem ser fatais a segunda é uma fase assintomática que pode durar de anos a décadas em que o paciente vai estar com as condições fisiológicas normais porém ainda vai apresentar o parasita no organismo dessa fase crônica em que o paciente pode nunca apresentar sintomas cerca de 60 a 70 ou o paciente pode ter uma disfunção do organismo e desenvolver doenças crônicas e manifestações cardíacas e gastrointestinais Durante a fase aguda da infecção circulamse no sangue os tripomastigotas sendo estas também presentes em vários tecidos animais provocando reações imunológicas variadas com produção de citocinas Porém quando este parasita está se reproduzindo dentro das células sob a forma de amastigotas será desencadeada uma resposta inflamatória de células mononucleares como linfócitos T e macrófagos nos tecidos infectados Da mesma forma pode ser que não haja essa resposta inflamatória ou que ela seja pequena mesmo nas condições em que é possível visualizar o parasita uma vez vai depender além disso do tipo de cepa de T cruzi que está infectando e também da resposta imune do hospedeiro GUARNER 2019 atribuir a patogenicidade da doença de Chagas apenas a um fator isolado ou a uma única teoria mas sim definir como um processo multifatorial complexo e heterogêneo Guarner 2019 afirma em estudo que o diagnóstico da infecção pode ocorrer tanto durante a fase aguda quanto na fase crônica Durante a fase aguda os tripomastigotas podem ser encontrados no sangue ou no líquido cefalorraquidiano Ainda de acordo com o mesmo estudo ele diz que A Organização Mundial da Saúde em um relatório acerca do diagnóstico da doença de chagas para melhorar a detecção de tripomastigotas os laboratórios podem realizar um esfe inspecção de alimentos indica problemas nas condições higiêniosanitárias e outros possíveis problemas de segurança alimentar Uma preocupação particularmente grave com a segurança alimentar é a transmissão oral da doença de Chagas aqui pela ingestão de alimentos contaminados Embora a transmissão vetorial de Trypanosoma cruzi seja tradicionalmente a mais conhecida a via oral tem sido um importante modo de transmissão no Brasil recentemente Portanto pontuase assim a importância da atuação dos órgãos cabíveis na fiscalização e vigilância quanto à prevenção e ao combate da DC Ainda Mattos et al 2020 ressalta também a importância das pesquisas quanto a esta temática ao afirmar que estudos que avaliam pragas e contaminação vetorial em alimentos contribuem significativamente para a melhoria de alimentos e bebidas à base de plantas principalmente quando esses produtos podem servir como veículos para a transmissão oral da DC de transmissão que embora mais raros devem ser ressaltados como a via oral transfusão sanguínea e transplante de órgãos Outrossim foi possível destacar as principais manifestações e aspectos clínicos associados a cada fase da doença visando auxiliar na suspeição diagnóstica da DC bem como os principais métodos profiláticos ressaltando a importância da prevenção da doença através da contribuição da sociedade e das instituições de saúde pública Diante disso este trabalho alcançou todos os objetivos propostos de forma clara e coerente contribuindo para o melhor entendimento da Doença de Chagas e de suas características clínicas e epidemiológicas REFERÊNCIAS 1 ALVES Nayra Suélen Gomes Dias Influência da infecção por Trypanosoma Cruzi sobre a microbiota intestinal no hospedeiro mamífero 2020 2 BONNEY Kevin M et al Pathology and pathogenesis of Chagas heart disease Annual Review of Pathology Mechanisms of Disease v 14 p 421447 2019 3 CORREIA Jennifer Rodrigues et al Doença de Chagas aspectos clínicos epidemiológicos e fisiopatológicos Revista Eletrônica Acervo Saúde v 13 n 3 p e6502e6502 2021 4 DA SILVA BRITO Josué Doença de Chagas aspectos fisiopatológicos e históricos Revista Atenas Higeia v 1 n 2 p 5460 2019 5 DIAS J V et al Conhecimentos sobre Triatomíneos e sobre a Doença de Chagas em localidades com diferentes níveis de infestação vetorial Ciência Saúde Coletiva 2016 6 FERNANDES Anna Luísa Barbosa et al Incidência e prevalência da doença de chagas no Brasil CIPEEX v 2 p 978983 2018 7 FIDALGO A S O B V et al Insect vectors of Chagas disease Trypanosoma cruzi in Northeastern Brazil Rev Soc Bras Med Trop MarchApril 2018 8 FONSECA Gabriela Andrade Fisiopatologia e diagnóstico das principais hemoparasitoses causadoras de infecção em humanos 2020 9 GUARNER J Chagas disease as example of a reemerging parasite Seminars in Diagnostic Pathology 2019 10 MATTOS E C et al Fragment detection of Coleopteran and Triatomine insects in experimentally contaminated açaí pulp and sugarcane juice Rev Soc Bras Med Trop Vol 53 2020 11 MELO Antônia P M et al 2021 Doença de Chagas Aspectos Clínicos e Farmacoepidemiológicos Doenças infecciosas e parasitárias no contexto brasileiro livro eletrônico 154167 organização Tatiana Paschoalette Rodrigues Bachur Denise Barquil Nepomuceno Campina Grande Editora Amplla 2021 2 V DOI 1051859ampladip34421210 12 MENDONÇA Rafael Mota ROCHA Aymeé Medeiros da ANDRADE Maria Sandra SILVA Aline Beatriz dos Santos Doença de Chagas serviço de referência e epidemiologia Revista Brasileira em Promoção da Saúde Sl v 33 p 112 2020 Fundacao Edson Queiroz 13 SANTANA M P et al Prevalência da doença de Chagas entre doadores de sangue do Estado do Piauí Brasil no período de 2004 a 2013 Cad Saúde Pública 2018 342e00123716 14 TEIXEIRA N F D et al Multiple Approaches to Address Potential Risk Factors of Chagas Disease Transmission in Northeastern Brazil Am J Trop Med Hyg 2019