·

Cursos Gerais ·

Pedagogia

Send your question to AI and receive an answer instantly

Ask Question

Preview text

Autores Profa Andréa da Silva Rosa Profa Beatriz Crittelli Amado Prof Hélio Fonseca de Araújo Colaboradoras Profa Silmara Maria Machado Profa Juliane Adne Mesa Corradi Língua Brasileira de Sinais Professores conteudistas Andréa da Silva Rosa Beatriz Crittelli Amado Hélio Fonseca de Araújo Andréa da Silva Rosa Possui graduação em Pedagogia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas 1989 e mestrado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas 2005 Atualmente é professora da Universidade Paulista e pedagoga da Universidade Estadual de Campinas da Faculdade de Ciências Médicas e do Centro de Estudos e Pesquisa em Reabilitação Tem experiência na área de educação atuando principalmente com os seguintes temas língua de sinais brincar imaginário linguagem educação do surdo inclusão letramento e interpretação Beatriz Crittelli Amado Possui mestrado em Ensino de Ciências com enfoque em Educação de Surdos pela Universidade de São Paulo USP pósgraduação em Tradução e Interpretação de Libras pela Faculdade XV de Agosto e graduação em Ciências da Natureza pela USP Tem experiência na docência e produção de recursos didáticos para surdos e pessoas com deficiência atuando como intérprete de Libras e professora da Universidade Paulista Hélio Fonseca de Araújo É professor da disciplina Língua Brasileira de Sinais do curso de Pedagogia da Universidade Paulista É também autor de materiais didáticos para educação a distância Atua como intérprete em órgãos públicos e privados e em programas televisivos como o Novo Telecurso da Rede Globo Publica materiais e artigos sobre o tema Todos os direitos reservados Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma eou quaisquer meios eletrônico incluindo fotocópia e gravação ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita da Universidade Paulista U50784 20 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação CIP R788l Rosa Andréa da Silva Língua Brasileira de Sinais Andréa da Silva Rosa Beatriz Crittelli Amado Hélio Fonseca de Araújo São Paulo Editora Sol 2020 116 p il Nota este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e Pesquisas da UNIP Série Didática ISSN 15179230 1 Língua de sinais 2 Brasil língua de sinais 3 Legislação e surdez I Amado Beatriz Crittelli II Araújo Hélio Fonseca III Título CDU 37633 8122124 Prof Dr João Carlos Di Genio Reitor Prof Fábio Romeu de Carvalho ViceReitor de Planejamento Administração e Finanças Profa Melânia Dalla Torre ViceReitora de Unidades Universitárias Prof Dr Yugo Okida ViceReitor de PósGraduação e Pesquisa Profa Dra Marília AnconaLopez ViceReitora de Graduação Unip Interativa EaD Profa Elisabete Brihy Prof Marcello Vannini Prof Dr Luiz Felipe Scabar Prof Ivan Daliberto Frugoli Material Didático EaD Comissão editorial Dra Angélica L Carlini UNIP Dr Ivan Dias da Motta CESUMAR Dra Kátia Mosorov Alonso UFMT Apoio Profa Cláudia Regina Baptista EaD Profa Betisa Malaman Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos Projeto gráfico Prof Alexandre Ponzetto Revisão Marcilia Brito Ricardo Duarte Sumário Língua Brasileira de Sinais APRESENTAÇÃO 7 INTRODUÇÃO 7 1 LIBRAS E SURDEZ MITOS E VERDADES 9 2 HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DOS SURDOS 10 3 ABORDAGENS EDUCACIONAIS NA EDUCAÇÃO DE SURDOS 18 31 Oralismo 18 32 Comunicação total 19 33 Bilinguismo 20 4 CONTEXTOS ESCOLARES PARA O ALUNO SURDO 28 5 O QUE É LÍNGUA DE SINAIS 30 6 GRAMÁTICA DA LÍNGUA DE SINAIS FONOLOGIA E MORFOLOGIA 32 61 Fonologia 33 62 Morfologia39 7 GRAMÁTICA DA LÍNGUA DE SINAIS SINTAXE 43 8 SINAIS ESPECÍFICOS 46 81 Sinais relacionados à educação 65 7 APRESENTAÇÃO O objetivo geral desta disciplina é desenvolver os conhecimentos básicos relacionados à língua brasileira de sinais Libras para que o futuro profissional possa em seu ambiente de trabalho e na sociedade compreender e respeitar o surdo e sua língua Como objetivos específicos a disciplina busca analisar criticamente as questões relativas à educação de surdos compreender historicamente conceitos e práticas relacionados à educação da pessoa surda desenvolver habilidades básicas necessárias para a compreensão e aquisição da Libras e identificar o papel e a importância da Libras na constituição do sujeito surdo e consequentemente na aprendizagem da língua portuguesa INTRODUÇÃO O propósito deste texto é fornecer elementos básicos para a compreensão do processo histórico da educação dos surdos e seus desdobramentos até a atualidade Ao contrário do que se postula há muitas publicações sobre a educação de surdos tanto em formato de artigos como em livros e existe uma crescente divulgação dessa língua na mídia O presente texto abordará de forma geral os seguintes temas mitos e verdades sobre o surdo e a Libras abordagens pedagógicas para a educação de surdos como o oralismo a comunicação total e o bilinguismo De acordo com a concepção que a sociedade tinhatem sobre surdos e pessoas com deficiência auditiva estudaremos os contextos em que era dada pouca importância à língua de sinais estudaremos algumas formas possíveis de alfabetizar o surdo e como se dá o ensino da língua portuguesa para eles será visto também um pouco sobre o tradutor e intérprete de língua de sinais Tils e sua formação assim como sua atuação na sala de aula conheceremos a legislação básica sobre surdez mais especificamente o Decreto n 5626 de 2005 que evidencia a importância das leis para que cidadãos surdos tenham seus direitos garantidos e a Lei n 10436 de 2002 que regulamenta a Libras como língua nacional Na parte prática veremos o que são a língua de sinais e a gramática dessa língua que nos induz a uma nova forma de ler o mundo Iremos ainda aprender sinais relacionados a família educação pronomes pessoas alfabeto manual números entre outros temas Bons estudos 9 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS 1 LIBRAS E SURDEZ MITOS E VERDADES Muitos são os termos referentes a uma pessoa que não ouve surdomudo mudinho deficiente com problema mas afinal qual seria a terminologia correta Antes de entender as questões terminológicas há aqui uma questão referente à visão desse sujeito no mundo Comparemos então as duas visões básicas a visão clínicopatológica e a visão socioantropológica A visão clínicopatológica ressalta no indivíduo sua condição biológica através de uma comparação com a maioria ou seja a maioria da sociedade ouve ou possui condições plenas de audição portanto uma pessoa que não ouve é diferente da maioria Sendo assim ocorre a classificação de uma condição normal de ser humano e de uma condição anormal categorizando o indivíduo por uma não funcionalidade de seu ser biológico Contrária à visão clínicopatológica a visão socioantropológica utiliza o termo surdo para se referir a qualquer pessoa que não escute independentemente do grau da perda no melhor ouvido Nessa visão a surdez é concebida como diferença e os surdos como membros de uma comunidade linguística minoritária Assumese nessa perspectiva como direito das crianças surdas o acesso à língua de sinais o mais cedo possível Considerar a surdez uma diferença implica entre outras coisas respeitar a língua de sinais como tal e aceitála como forma legítima de aquisição de conhecimento pela pessoa surda SILVA PEREIRA ZANOLLI 2007 Essa visão entende o surdo no mundo como um ser humano em sua condição plena de vida reconhecendo que cada indivíduo percebe o mundo de uma maneira sendo assim algumas pessoas ouvem e outras não algumas pessoas se comunicam oralmente e outras com as mãos Sabendo desses pontos para denominar uma pessoa que não ouve como surdo ou como pessoa com deficiência auditiva é preciso saber que quem se denomina é o próprio sujeito por isso a maneira como ele se identifica deve ser respeitada A palavra surdo pode ser interpretada por muitos como algo ofensivo ou mesmo pejorativo mas é algo identitário reconhecendo o indivíduo como é usuário de uma outra língua Isso revela uma visão socioantropológica da surdez O termo deficiente auditivo pode ser modificado para pessoa com deficiência auditiva pois a partir de uma convenção da ONU estabeleceuse um novo paradigma com o termo pessoa com deficiência e não mais portador de necessidades especiais deficiente ou pessoa com necessidades especiais Com isso reconheceuse que a deficiência é um conceito em evolução não incorporado de forma pejorativa pois vem associado à palavra pessoa o que valoriza o indivíduo A Libras é uma linguagem ou uma língua A sigla Libras significa língua brasileira de sinais pois a palavra linguagem tem outro significado dentro do campo linguístico 10 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Assim como o português o inglês e o espanhol são línguas a Libras também é a grande diferença é que as primeiras citadas são línguas oralauditivas e as línguas de sinais são visoespaciais Isso significa que as línguas orais são faladas com a boca e ouvidas com os ouvidos já as línguas de sinais são faladas com as mãos dentro de um espaço e percebidas com os olhos Outra pergunta que pode nos vir à mente é se a língua de sinais é igual no mundo todo Não cada país tem a sua própria língua de sinais podendo ser encontrada no mesmo território mais de uma língua A Libras é brasileira Em outros países existem lenguage de las manos Chile American sign language ASL Estados Unidos língua gestual portuguesa LGP Portugal entre outras Como diz a sigla Libras é a língua brasileira de sinais ou seja cada unidade corresponde às palavras na língua portuguesa e referese a sinais e não a mímicas ou a gestos Para comunicarse com uma pessoa surda toque delicadamente seu corpo para ter sua atenção não é necessário gritar Verifique se ela se comunica com língua de sinais Quando a pessoa não souber a língua de sinais é necessário estabelecer outras formas de comunicação por meio de gestos dramatização etc Use expressões não manuais para se expressar e mantenhase calmo caso você não entenda o que a pessoa surda está lhe dizendo 2 HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DOS SURDOS Em algumas sociedades antigas os surdos eram considerados incapazes de serem ensinados por isso eles não frequentavam escolas As pessoas surdas principalmente as que não falavam eram excluídas da sociedade sendo proibidas de casar possuir ou herdar bens e viver como as demais pessoas Assim privadas de seus direitos básicos ficavam com a própria sobrevivência comprometida Na Antiguidade a ideia que prevalecia era a de Aristóteles a linguagem é que dá ao indivíduo a condição de humano Com isso por não falarem os surdos não eram vistos como humanos pois naquele momento só era considerada a linguagem oral Para os romanos os surdos não tinham direitos legais e até o século XII não podiam se casar como é possível verificar no trecho a seguir A infortunada criança era prontamente asfixiada ou tinha sua garganta cortada ou era lançada de um precipício para dentro das ondas Era uma traição poupar uma criatura de quem a nação nada poderia esperar LANE PHILIP 1984 p 165 Durante a Antiguidade e por quase toda a Idade Média pensavase que os surdos não fossem educáveis ou que fossem o que se chamava na época de imbecis Na Idade Média a Igreja católica acreditava que as almas dos surdos não poderiam ser consideradas imortais porque eles não podiam falar os sacramentos Alguns escritos encontrados demonstraram principalmente depoimentos de curas por meio de milagres ou curas não explicadas A partir do início do século XVI começouse a reconhecer que os 11 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS surdos poderiam se desenvolver utilizandose procedimentos pedagógicos sem a necessidade de uma interferência miraculosa Surgem então depoimentos de educadores que se dispuseram a trabalhar no desenvolvimento intelectual dos surdos cada um desses obteve um resultado diferente de acordo com sua prática pedagógica O objetivo principal nesse momento era ajudar os surdos a desenvolverem seus pensamentos dandolhes conhecimentos para interagir no mundo dos ouvintes Para que essa interação se desse de forma satisfatória os surdos tinham que aprender a falar e entender as línguas orais LACERDA 1996 Infelizmente nessa época era de costume não revelar quais eram os métodos adotados na educação dos surdos Cada educador ou pesquisador trabalhava autonomamente e não era habitual a troca de experiências No contexto educacional era comum a figura do preceptor Muitas famílias nobres e influentes da época que tinham um membro surdo contratavam um professorpreceptor que teria a responsabilidade de ensinar a língua oral a esse indivíduo pois sem essa comunicação perderia vários direitos legais que eram retirados daqueles que não falavam O espanhol Pedro Ponce de León 15201584 é em geral reconhecido nos trabalhos de caráter histórico como o primeiro professor de surdos LACERDA 1996 Ponce de León foi um monge beneditino cujo trabalho serviu de base para diversos outros educadores de surdos o verdadeiro início da educação dos surdos Educava filhos de nobres porque se não falassem não receberiam o título nem a herança caso fossem primogênitos Além da atenção dada à oralidade dos surdos a língua escrita também desempenhava um papel fundamental em sua educação Os alfabetos manuais sempre foram utilizados nas comunidades surdas esse sistema de representação das letras do alfabeto era inventado pelos próprios professores ouvintes que tinham como argumento o fato de que se o indivíduo surdo não poderia ouvir o som das palavras poderia então lêlas com os olhos De fato os surdos tinham aptidão em correlacionar as palavras com o conceito diretamente sem precisar da fala oral A grande maioria dos educadores de surdos iniciava o ensinamento de seus alunos propondo a leituraescrita e a partir daí tinha como instrumento diferentes técnicas para desenvolver outras habilidades como articulação das palavras e leitura Eram poucos os surdos que podiam se beneficiar do trabalho desses professores apenas os que pertenciam às famílias mais ricas Nessa época grande parte dos surdos não tiveram nenhum tipo de atenção especial e provavelmente se vivessem agrupados ou se tivessem alguma instituição onde pudessem se encontrar poderiam ter desenvolvido algum tipo de língua de sinais por meio da qual interagir Desde então é possível distinguir nas propostas e currículos educacionais vigentes 12 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS iniciativas e métodos que atualmente chamamos de oralismo e outros antecedentes que chamamos de gestualismo Quando os profissionais da educação começaram a pensar no desenvolvimento dos surdos fizeram um acordo de que essa educação só se daria de fato com a aprendizagem da língua oral da sociedade em que viviam entretanto no meio desse acordo já no início do século XVIII foi aberta uma brecha que aumentaria com o passar do tempo e que separaria irreconciliavelmente oralistas de gestualistas Os oralistas exigiam que os surdos se reabilitassem vencendo os obstáculos da surdez que aprendessem a língua oral e que agissem como se não fossem surdos Algumas pessoas impacientes da época reprimiam tudo que fizesse lembrar que os surdos não poderiam falar oralmente como os ouvintes A oralização foi imposta para que os surdos fossem aceitos na sociedade mas nesse processo a grande maioria dos surdos das classes sociais mais pobres não teria acesso à educação desenvolvimento pessoal e integração à sociedade levandoos assim a se organizarem de forma precária e clandestina Já os gestualistas aceitavam o fato de os surdos terem dificuldade com a língua oral e perceberam que eles desenvolveram outro tipo de linguagem que era eficaz para a comunicação e que possibilitaria o conhecimento da cultura que os oralistas tinham lhes tirado Abade LEpée No final do século XVIII aumentou o número de gestualistas e por isso houve mudanças no ambiente educacional que favoreceram os surdos Como representante mais importante do que se conhece como abordagem gestualista está o método francês de educação de surdos O abade Charles M de LEpée 17121789 foi o primeiro a estudar uma língua de sinais usada por surdos reconhecendo o seu valor linguístico LEpée observou que os surdos utilizavam uma forma de comunicação apoiada no canal visoespacial e essa por sua vez era muito eficiente Tendo como base a linguagem gestual nomenclatura da época ele desenvolveu um método educacional para os surdos daquela região adicionando sinais que aproximavam sua estrutura da língua francesa Esse sistema recebeu o nome de sinais metódicos A proposta educativa de LEpée é que todos os educadores deveriam aprender os sinais para se comunicar e assim oferecer uma boa educação para os surdos além de possibilitar a aprendizagem da língua oral falada pela sociedade majoritária O abade LEpée iniciou o seu trabalho com surdos em 1760 por razões religiosas catequizando duas irmãs surdas Percebeu que na ausência da audição a escrita poderia ser a principal forma de aprendizagem dos surdos Observação Diferentemente de seus contemporâneos LEpée não teve problemas para romper com a tradição das práticas secretas e não se limitou a trabalhar individualmente com poucos surdos 13 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Em 1775 fundou uma escola a primeira em seu gênero com aulas coletivas nas quais professores e alunos usavam os chamados sinais metódicos Instituto de Educação de Surdos de Paris Diferente dos educadores da época LEpée sempre divulgava seus trabalhos em reuniões periódicas Em 1776 publicou um livro divulgando suas técnicas Seus alunos evoluíram na escrita e muitos deles ocuparam mais tarde o lugar de professores de outros surdos Nesse período alguns desses ganharam lugar de destaque na sociedade de seu tempo LEpée sentiu orgulho de seus alunos que liam e escreviam em francês além de refletir e discutir sobre diversos assuntos Livros datados desse período escritos por surdos demonstram suas dificuldades em se expressar e os problemas provocados pela surdez LANE PHILIP 1984 Para LEpée a língua de sinais é concebida como a língua natural dos surdos e como veículo adequado para desenvolver seu pensamento e sua comunicação Ainda o domínio de uma língua oral ou sinalizada é tido como um instrumento para o sucesso de seus objetivos e não como um fim em si mesmo Ele tinha clara a diferença entre linguagem e fala e a necessidade de um desenvolvimento pleno da linguagem para o desenvolvimento normal dos sujeitos Renomados educadores oralistas da época como Pereira em Portugal e Heinicke na Alemanha criticavam LEpée e desenvolviam outra forma de trabalhar com os surdos Samuel Heinicke Samuel Heinicke 17271790 por volta de 1754 educou sua primeira aluna surda Seu sucesso em ensinar essa menina foi tão grande que tomou a decisão de se devotar inteiramente a esse trabalho Inaugurou a primeira instituição para surdos em Leipzig em 1778 Dirigiu essa escola até sua morte Foi autor de vários livros sobre a instrução de surdos Seus métodos de ensino eram estritamente orais Heinicke é considerado o fundador do método alemão e do oralismo Ele acreditava que o raciocínio só é possível pela língua oral e depende dela ou seja para Heinicke os surdos que não oralizavam não pensavam A língua escrita teria importância secundária devendo ser ensinada depois da língua oral e nunca antes dela Para ele a educação dos alunos surdos utilizando a língua de sinais era um retrocesso Congresso Internacional sobre a Instrução de Surdos Devido ao avanço e à divulgação das práticas pedagógicas com surdos foi realizado em 1878 em Paris o I Congresso Internacional sobre a Instrução de Surdos no qual houve grandes debates sobre as experiências e os resultados obtidos até então Nesse evento muitos eram a favor do uso de sinais mas a grande maioria defendia o uso da língua oral Ali os surdos tiveram algumas conquistas importantes como o direito a assinar documentos tirandoos da marginalidade social mas ainda estava distante a possibilidade de uma verdadeira integração social 14 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Em 1880 foi realizado o II Congresso Internacional em Milão que trouxe uma completa e terrível mudança na educação dos surdos Justamente por isso é considerado um marco histórico O congresso foi organizado pela maioria oralista com o objetivo de dar força de lei às suas teorias no que dizia respeito à surdez e à educação de surdos Nesse congresso foi decidido que a língua de sinais deveria ser banida como forma de comunicação e de trabalho com surdos em ambientes educacionais A única oposição clara feita ao oralismo foi apresentada por Gallaudet que desenvolvendo nos Estados Unidos um trabalho baseado nos sinais metódicos do abade LEpée discordava dos argumentos apresentados remetendose aos sucessos obtidos por seus alunos Com o congresso de Milão não se tolerava mais o uso da língua de sinais com a língua oral a figura do professor surdo desaparecia Foi esse professor surdo que intervinha na educação de modo a ensinartransmitir certo tipo de cultura e de informação através do canal visoespacial que depois do congresso foi excluído das escolas O oralismo tornouse referencial para o mundo todo todas as práticas educacionais vinculadas a ele foram amplamente desenvolvidas e difundidas Essa abordagem foi aceita sem ser questionada por quase cem anos mas os resultados de décadas de trabalho nessa linha entretanto não mostram grande sucesso Grande parte dos surdos não desenvolveu uma fala socialmente aceita e em geral esse desenvolvimento era parcial e tardio se comparado aos ouvintes Do Congresso de Milão até hoje várias foram as práticas visando à reabilitação da pessoa surda que não obtiveram sucesso por isso foram criadas leis que valorizam e reconhecem a importância da língua de sinais na educação dos surdos Pequeno histórico dos últimos anos no Brasil e suas conquistas políticas Em relação ao Brasil há informações de que em 1855 chegou ao país o professor francês surdo Hernest Huet Ele veio para o Brasil a convite do imperador D Pedro II para iniciar um trabalho de educação de duas crianças surdas Estas tinham bolsas de estudo que eram pagas pelo governo Em 26 de setembro de 1857 é fundado o Instituto Nacional de SurdosMudos atualmente renomeado como Instituto Nacional de Educação de Surdos Ines em que era utilizada a língua de sinais Porém seguindo a tendência determinada pelo Congresso de Milão 1880 em 1911 o Ines estabeleceu o oralismo como abordagem de educação dos surdos Ao final da década de 1970 chega ao Brasil a abordagem metodológica da comunicação total introduzida sob a influência do Congresso Internacional de Gallaudet Desde então ocorreram diversos eventos importantes para a comunidade surda 1977 é criada no Rio de Janeiro a Federação Nacional de Educação e Integração dos Deficientes Auditivos Feneida com diretoria de ouvintes 1981 iniciamse as pesquisas sistematizadas sobre a língua de sinais no Brasil 15 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS 1982 ocorre a elaboração em equipe de um projeto subsidiado pela Associação Nacional de PósGraduação e Pesquisa em Ciências Sociais Anpocs e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico CNPq intitulado Levantamento Linguístico da Língua de Sinais dos Centros Urbanos Brasileiros LSCB e sua aplicação na educação A partir dessa data diversos estudos linguísticos sobre Libras são efetuados sob a orientação da linguista Lucinda Ferreira Brito principalmente na Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRJ A problemática da surdez passa a ser objeto de estudo de diversas dissertações de mestrado 1983 é criada no Brasil a Comissão de Luta pelos Direitos dos Surdos 1986 o Centro Suvag PE faz sua opção pelo bilinguismo tornandose o primeiro lugar no Brasil em que efetivamente essa orientação passou a ser praticada 1987 em 16 de maio ocorre a criação da Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos Feneis sob a direção de surdos 1991 a Libras é reconhecida oficialmente pelo governo do estado de Minas Gerais Lei n 10397 de 10 de janeiro de 1991 1994 começa a ser exibido na TV Educativa o programa Vejo Vozes de outubro de 1994 a fevereiro de 1995 usando a língua de sinais brasileira 1995 é criado por surdos no Rio de Janeiro o Comitê PróOficialização da Língua de Sinais 1996 são iniciadas no Ines em convênio com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro UERJ pesquisas que envolvem a implantação da abordagem educacional com bilinguismo em turmas da préescola sob a coordenação da linguista Eulália Fernandes 1998 a empresa Telecomunicações do Rio de Janeiro Telerj em parceria com a Feneis inaugura a central de atendimento ao surdo através do número 1402 o surdo por meio de seu telefone para surdos poderia comunicarse com o ouvinte em telefone convencional O aparelho oferecia Acoplador acústico para nonofone Visor para texto digitado e recebido Teclado alfanumérico para digitação das mensagens 1999 em março começam a ser instaladas em todo o Brasil telessalas com o Telecurso 2000 legendado 2000 após três anos de funcionamento no Jornal Nacional o closed caption ou legenda oculta que transcreve o que é dito é disponibilizado aos surdos também nos programas Fantástico Bom Dia Brasil Jornal Hoje Jornal da Globo e Programa do Jô É o fim da televisão muda 16 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Figura 1 Closed caption 2002 a Libras é reconhecida no Brasil como língua nacional em 24 de abril pela Lei Federal n 10436 2005 é aprovado o Projeto de Lei n 5626 que regulamenta a Libras e dispõe sobre a implantação da disciplina da língua brasileira de sinais nos cursos de graduação 2015 instituise a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência de n 13146 de 6 de julho que dispõe sobre os direitos das pessoas com deficiência especificando em alguns pontos os direitos dos surdos como à escola bilíngue e ao intérprete de Libras A luta das pessoas surdas pela regulamentação da língua de sinais tem sido árdua e constante Muitos podem se perguntar sobre a importância do reconhecimento dessa língua e o que muda na vida das pessoas surdas o seu reconhecimento Ao reconhecer a Libras como a língua natural das pessoas surdas e o direito delas de se comunicarem em todos os espaços sociais com a sua própria língua o Brasil avança para construir uma sociedade de fato inclusiva que respeita as diferenças O conhecimento da legislação vigente no que diz respeito às pessoas surdas é matéria obrigatória para todo profissional que trabalha na educação É importante ainda que se conheça a evolução histórica e cronológica da legislação para que sejam compreendidos os atuais direitos do cidadão surdo ou com deficiência auditiva É necessário explicar que embora o arcabouço jurídico referente a esse segmento da população seja amplo raramente encontrase o termo surdo Na legislação antiga é comum a citação de inválido incapaz defeituoso referindose a todo e qualquer tipo de deficiência Na legislação mais moderna há uma tendência a usar a nomenclatura pessoa com deficiência no caso ressaltando a deficiência auditiva eou surdez No Brasil temos normas legais e acordos internacionais que se referem às pessoas com deficiência Essas leis proíbem a discriminação e garantem reserva de vagas em empresas de médio a grande porte um salário mínimo mensal no caso de carência tutela jurisdicional de interesses coletivos ou difusos regulamentação da acessibilidade e declarações sobre inclusão 17 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Com relação à pessoa surda temos a Lei n 10436 de 24 de abril de 2002 regulamentada pelo Decreto n 5626 de 22 de dezembro de 2005 que reconhece a língua brasileira de sinais como forma de comunicação e expressão inclui a Libras como disciplina curricular nos cursos de graduação em Pedagogia Licenciaturas e Fonoaudiologia e estabelece normas para a formação do professor e do intérprete de Libras garantindo a saúde e a educação dos surdos e das pessoas com deficiência auditiva Lembrete A Lei n 10436 de 24 de abril de 2002 que dispõe sobre a língua brasileira de sinais foi regulamentada pelo Decreto n 5626 de 22 de dezembro de 2005 A Lei n 10436 reconhece o status linguístico da língua brasileira de sinais Essa lei e o decreto de 2005 possibilitam que o professor compreenda os seus alunos surdos e também que eles sejam compreendidos pelos fonoaudiólogos quando estiverem em terapia A luta da comunidade surda continua para que essa disciplina seja obrigatória também em cursos da área da saúde Esses documentos são bem recentes antes desse reconhecimento as pessoas só poderiam aprender Libras em contato com as pessoas surdas Diante desse quadro é possível concluirmos que no Brasil ainda estamos no processo de formação de professores de Libras O Decreto n 5626 de 22 de dezembro de 2005 trata ainda sobre o acesso por parte dos surdos à educação e ao aprendizado da língua portuguesa Art 8º As instituições de ensino da Educação Básica e Superior públicas e privadas deverão garantir às pessoas surdas acessibilidade à comunicação nos processos seletivos nas atividades e nos conteúdos curriculares desenvolvidos em todos os níveis etapas e modalidades de educação BRASIL 2005 O artigo 8º referese ao direito de a pessoa surda usuária da língua de sinais ter intérprete durante qualquer processo seletivo ou seja provas Esse direito é muitas vezes ignorado pelos responsáveis dos concursos ou desconhecido pelo surdo e seus familiares Com relação ao ensino da língua portuguesa para surdos o decreto garante ao aluno surdo um aprendizado dinâmico e significativo Para que essa forma de ensino seja efetivada fazse necessário que os professores alfabetizadores saibam língua de sinais e utilizem recursos didáticos diferentes aos destinados aos alunos ouvintes Art 9º A modalidade escrita da Língua Portuguesa para surdos na Educação Básica deverá ser ministrada em uma perspectiva dialógica funcional e instrumental como 18 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS I atividade ou componente curricular específico na educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental e II área de conhecimento como componente curricular nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio Art 10 A modalidade oral da Língua Portuguesa na Educação Básica deverá ser ofertada aos alunos surdos ou com deficiência auditiva em turno distinto ao da escolarização resguardado o direito de opção da família ou do próprio aluno por essa modalidade BRASIL 2005 A respeito da formação do tradutor e intérprete de língua de sinais Tils a legislação é bem clara e específica O Tils encontra nas instituições educacionais o seu maior campo de trabalho remunerado Não raro a presença do Tils na sala de aula causa muita confusão pelo fato de professores e intérpretes não saberem o limite de atuação do Tils O aluno surdo é de responsabilidade do professor da sala e não do intérprete É imprescindível que intérprete e professor trabalhem em cooperação para que o aluno surdo tenha êxito na sua vida educacional A legislação brasileira é bem abrangente entretanto é necessário que seja conhecida e exercida 3 ABORDAGENS EDUCACIONAIS NA EDUCAÇÃO DE SURDOS 31 Oralismo Assim como vimos nos itens anteriores o oralismo se caracterizou pela visão de que o sujeito surdo deve falar e não gesticular como antes era denominada a sinalização baseandose em um modelo clínicoterapêutico da surdez como uma patologia que poderia ser curada e tratada através da fala leitura orofacial em outras palavras leitura labial e mais tarde próteses e implantes buscando tornar o sujeito surdo o mais próximo do que se acreditava ser normal ou seja de pessoas que utilizam a oralidade para se comunicar Neste modelo o surdo era também colocado em posição inferior ao ouvinte destacandose sua incapacidade auditiva A proibição da língua de sinais foi marcada pelo Congresso de Milão em 1880 que reuniu educadores de surdos principalmente da França e Itália Com isso a educação de surdos limitouse ao ensino da oralização a língua de sinais foi eliminada das instituições de ensino os professores surdos foram expulsos e a comunidade surda foi extremamente prejudicada por ter sido excluída das políticas das instituições de ensino Acreditavase nessa época que se essas medidas não fossem tomadas seria um risco para o desenvolvimento da linguagem oral Essa abordagem foi implantada em escolas e com ela a língua de sinais foi desvalorizada e proibida na Europa pois com o domínio da fala por parte dos surdos estudiosos afirmavam que ela não era mais necessária 19 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Nesse período não se levava em consideração se esse processo era forçoso ao indivíduo surdo ou mesmo inadequado à sua educação escolar ele simplesmente era imposto afinal é mais fácil impor que a minoria aprenda a língua da maioria não o contrário Dessa forma acreditavase que o sujeito surdo poderia ser incluído na sociedade e que essa era a melhor maneira para ele aprender e se desenvolver Sua cultura e sua língua foram negligenciadas por muitos anos no Brasil por exemplo somente em 2002 a Libras foi reconhecida como língua Desde o Congresso de Milão foram praticamente 100 anos de proibição e negligência à comunidade surda e a seus direitos fundamentais 32 Comunicação total Na década de 1960 estudos sobre a língua de sinais foram surgindo Toda a proibição por parte dos oralistas não impediu que os surdos utilizassem os sinais nem que essa língua continuasse a se desenvolver Com o fracasso do oralismo e com novas pesquisas sobre a língua de sinais propostas educacionais que contemplavam o uso de uma comunicação visoespacial foram surgindo Surge então em 1970 a abordagem educacional chamada comunicação total A comunicação total é a prática de usar sinais leitura labial expressão facial e corporal alfabeto manual e recursos visuais para fornecer inputs linguísticos para estudantes surdos para que assim possam escolher a qual tipo de comunicação melhor se adaptam A oralização não é o objetivo final e sim um dos meios para proporcionar a integração dos surdos na sociedade Na comunicação total os surdos poderiam usar sinais que eles já utilizavam nas conversas em seu cotidiano e também sinais gramaticais que foram criados e marcados com elementos presentes na língua oral mas não na língua de sinais Na comunicação total tudo o que era falado poderia ser acompanhado por elementos visuais que o representassem letra do alfabeto digital para ajudar na aquisição da língua oral e posteriormente da leitura e da escrita A comunicação total foi um progresso se pensarmos que a partir dela os surdos puderam se expressar por meio da língua de sinais proibida pelo oralismo A surdez é uma experiência visual que traz ao sujeito surdo a possibilidade de constituir sua subjetividade por meio de experiências cognitivolinguísticas diversas mediadas por formas de comunicação simbólica alternativas que encontram na língua de sinais seu principal meio de concretização O uso dos sinais pode ser muito variado dependendo da opção feita no trabalho de comunicação total Podese falar e sinalizar junto à língua de sinais Como nessa abordagem as línguas oral e sinalizada eram realizadas concomitantemente os surdos estavam em desvantagem em relação aos ouvintes porque não aprendiam efetivamente 20 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS nem uma língua nem outra O cérebro humano processa a língua de sinais na mesma região em que é processada a língua oral línguas de sinais são de fato línguas e não há possibilidade de uma língua oral ser falada ao mesmo tempo que uma língua de sinais é expressa com as mãos 33 Bilinguismo Enquanto a comunicação total ganhava seu espaço estudos paralelos sobre a língua de sinais eram feitos Com isso propostas educacionais diferentes foram surgindo como o bilinguismo Essa proposta defende a ideia de que a língua de sinais é a língua natural dos surdos e tem que ser ensinada primeiro L1 pois mesmo sem audição podem desenvolver uma língua visoespacial Os surdos adquirem naturalmente a língua de sinais que possibilita ter acesso a uma comunicação eficaz e completa como aquela desenvolvida pelos ouvintes além de possibilitar um melhor desenvolvimento cognitivosocial de acordo com a faixa etária Contrapondo o oralismo o modelo de educação bilíngue valoriza o canal visoespacial dos surdos e apoia a aquisição da língua de sinais Ao contrário também da comunicação total que usava a língua de sinais como um apoio na comunicação e alfabetização dos surdos o bilinguismo defende um espaço efetivo da língua de sinais nos trabalhos educacionais indo contra essa mistura de sinais que até então era feita Nesse modelo o que se propõe é que sejam ensinadas duas línguas a língua de sinais e secundariamente a língua do grupo ouvinte majoritário no caso do Brasil a língua portuguesa O objetivo da educação bilíngue é que a criança surda possa se desenvolver cognitivamente e linguisticamente como a criança ouvinte e que possa desenvolver uma relação harmoniosa também com ouvintes tendo acesso às duas línguas a língua de sinais e a língua majoritária escrita e falada A abordagem educacional bilíngue acredita também que a criança surda em contato com um adulto surdo constrói uma autoimagem positiva como sujeito surdo além de se integrar na comunidade ouvinte Para garantir a qualidade em um projeto educacional para surdos é primordial que a língua de sinais seja ensinada na infância como primeira língua e a língua majoritária do país como segunda língua Para isso fazse necessária a atuação de educadores bilíngues surdos e ouvintes como professores interlocutores e intérpretes de língua de sinais Esses profissionais darão acesso aos surdos a condições de igualdade com os demais alunos do sistema educacional Os surdos fazem parte de uma comunidade linguística diferente e que por isso têm direito de aprender e ter experiências com a utilização de sua língua natural É necessário repensarmos a forma como a criança surda é recebida na escola como uma criança que possui uma língua diferente da usada por sua professora e também por seus colegas A proposta bilíngue respeita não somente a língua de sinais mas também a comunidade surda e seus familiares sejam ouvintes ou surdos 21 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS O bilinguismo não se limita à educação ou seja à sala de aula ele se estende a todo o universo da vida do surdo Nesse sentido o bilinguismo na educação de surdos não se confunde com bilinguismo na escola ou mais especificamente na sala de aula Um dos grandes desafios dos educadores é aceitar que esse tipo de oferta educativa deve se basear na compreensão de respeito à cidadania ao exercício da pluralidade cultural à constituição de conhecimento e à formação do sujeito crítico e participativo Atingir essa meta significa compor um debate por meio da concepção de homem que o compreende como sujeito histórico que transforma e é transformado pelo próprio contexto que faz e refaz a sua história e a do outro O processo pedagógico mais que um capítulo à parte ou mesmo um passaporte para a cidadania é o seu próprio exercício Esse processo se determina por meio da rede complexa de relações de subjetividade cultura e conhecimento Toda criança surda independentemente do nível da sua perda auditiva deve ter o direito de crescer bilíngue Conhecendo e usando a língua de sinais e a língua oral na sua modalidade de leitura e escrita e quando for possível na sua modalidade falada a criança alcançará um completo desenvolvimento das suas capacidades cognitivas linguísticas e sociais Em relação à abordagem educacional a ser adotada atualmente não existe mesmo em nível mundial um consenso sobre qual delas oralismo comunicação total ou bilinguismo seria a melhor como aconteceu no Congresso de Milão em 1880 No entanto de forma isolada países como a Venezuela apresentam uma política governamental oficial que dirige a filosofia educacional adotada em todas as suas escolas A despeito de qualquer benefício que esse tipo de postura possa trazer criase uma camisa de força e a educação perde toda a flexibilidade necessária para formar as pessoas Mais uma vez mas de maneira mal disfarçada estamos diante daquela velha prática que acompanha a humanidade desde sempre a normatização de todos O que necessita fazer a criança surda com a linguagem Uma criança ouvinte normalmente adquire a língua nos primeiros anos de vida se está exposta a ela e pode percebêla O uso da língua é um meio importante para estabelecer e solidificar os vínculos sociais e pessoais entre a criança e seus pais O que é uma realidade para a criança ouvinte deve ser também para a criança surda A criança surda deve ser capaz de se comunicar com os seus pais por meio de uma língua natural tão pronta e integralmente quanto possível Através da linguagem se estabelece grande parte dos vínculos afetivos entre a criança e seus pais Por meio da linguagem a criança surda deve cumprir uma série de tarefas como comunicarse com seus pais e familiares o mais cedo possível e Desenvolver suas capacidades cognitivas durante a infância Por meio da língua a criança desenvolve suas capacidades cognitivas capacidades de importância crítica para seu desenvolvimento pessoal Entre essas capacidades encontramos diferentes tipos de raciocínio pensamento abstrato memorização etc A ausência total de uma língua a adoção de uma língua não natural ou o uso de uma língua que é pobremente percebida ou conhecida podem ter consequências negativas importantes no desenvolvimento cognitivo da criança 22 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Adquirir conhecimentos sobre o mundo A criança adquirirá conhecimentos sobre a realidade exterior principalmente por meio do uso da língua Comunicandose com os seus pais familiares e outras crianças ou adultos a criança intercambiará e processará a informação sobre o mundo que a rodeia Esses conhecimentos servirão como base para as atividades que ocorrerão na escola e facilitarão a compreensão da língua Não existe uma verdadeira compreensão da língua sem o apoio de tais conhecimentos Comunicarse integralmente com o mundo circundante A criança surda como a criança ouvinte deve ser capaz de se comunicar de modo integral com todas aquelas pessoas que formam parte de sua vida pais irmãos grupos de pares professores adultos etc A comunicação deve proporcionar certa quantidade de informação numa língua apropriada para o interlocutor e adequada ao contexto Em alguns casos será a língua de sinais em outros será a língua oral em alguma de suas modalidades e em outros serão ambas as línguas alternadamente Pertencer culturalmente a dois mundos Por meio do uso da língua a criança surda deverá converterse progressivamente em membro do mundo ouvinte e do mundo surdo Deverá identificarse pelo menos em parte com o mundo ouvinte que é quase sempre o mundo de seus pais e familiares 90 das crianças surdas têm pais ouvintes O bilinguismo é o único modo de satisfazer essas necessidades O bilinguismo é o conhecimento e o uso regular de duas ou mais línguas Um bilinguismo que envolva língua oral e língua de sinais é a única via através da qual a criança surda poderá ser atendida nas suas necessidades quer dizer comunicarse com os pais desde uma idade precoce desenvolver as suas capacidades cognitivas adquirir conhecimentos sobre a realidade externa comunicarse plenamente com o mundo circundante e converterse num membro do mundo surdo e do mundo ouvinte Que tipo de bilinguismo O bilinguismo da criança surda implica o emprego da língua de sinais usada pela comunidade surda e da língua oral usada pela maioria ouvinte Esta última adquirese na sua modalidade escrita e quando possível na sua modalidade falada Em cada criança as duas línguas jogarão papéis diferentes em algumas crianças predominará a língua de sinais em outras predominará a língua oral e noutras haverá certo equilíbrio entre ambas as línguas Ainda devido aos diferentes níveis de surdez possíveis e à complexa situação de contato entre ambas as línguas quatro modalidades linguísticas dois sistemas de produção e dois de recepção etc podemos encontrar diferentes tipos de bilinguismo isto é a maioria das crianças surdas adquirirá níveis distintos de bilinguismo e biculturalismo Nesse sentido não se diferenciam de metade da população mundial aproximadamente que convive com duas ou mais línguas estimase que haja no mundo atualmente tantas pessoas se não mais bilíngues quantas monolíngues Como outras crianças bilíngues as crianças surdas usarão ambas as línguas na sua vida cotidiana como membros de dois mundos nesse caso o mundo ouvinte e o mundo surdo 23 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Saiba mais Para aprofundar seus conhecimentos leia LACERDA C B F Os processos dialógicos entre aluno surdo e educador ouvinte examinando a construção de conhecimentos 1996 Tese Doutorado em Educação Faculdade de Educação Unicamp Campinas 1996 Disponível em httprepositoriounicampbrbitstreamREPOSIP2516121LacerdaCris tinaBFdeCristinaBrogliaFeitosadeDpdf Acesso em 12 maio 2020 Qual é o papel da língua de sinais A língua de sinais deve ser a primeira língua ou uma das primeiras adquirida pelas crianças com uma perda auditiva severa A língua de sinais é uma língua natural plenamente desenvolvida que assegura uma comunicação completa e integral Diferentemente da língua oral a língua de sinais permite às crianças surdas em idade precoce se comunicar com os pais plenamente desde que ambos a adquiram rapidamente A língua de sinais tem papel importante no desenvolvimento cognitivo e social da criança e permite a aquisição de conhecimentos sobre o mundo circundante A língua de sinais permitirá à criança um desenvolvimento de sua identificação com o mundo surdo um dos dois mundos aos quais a criança pertence logo que entre em contato com ele E mais a língua de sinais facilitará a aquisição da língua oral seja na modalidade escrita ou na modalidade falada É sabido que uma primeira língua adquirida com normalidade quer se trate de uma língua oral ou de uma língua de sinais estimulará em grande medida a aquisição de uma segunda língua Finalmente o fato de ser capaz de utilizar a língua de sinais será uma garantia de que a criança maneje pelo menos uma língua Apesar dos vários esforços feitos para as crianças surdas aprenderem a língua oral na sua modalidade falada grande é a dificuldade dos surdos para conseguir ter algum resultado satisfatório sem contar os vários anos que essa criança ficará sem o acesso à sua língua natural ocasionando um atraso cognitivo e linguístico Qual é o papel da língua oral Para uma pessoa ser considerada bilíngue precisa saber e utilizar duas línguas A segunda língua da criança surda é a língua oral da comunidade à qual pertence As pessoas que convivem com o surdos devem aprender a língua de sinais quando isso não acontece é importante que a comunicação seja mantida mesmo que oralmente A língua oral na sua modalidade escrita auxiliará o surdo na aquisição de conhecimentos Inúmeras são as aprendizagens que se transmitem através da escrita tanto em casa como depois na escola Por isso o êxito acadêmico da criança surda e seus futuros sucessos profissionais estão associados diretamente a um bom manejo da língua oral na sua modalidade escrita e quando possível na modalidade falada 24 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS A ideia de reabilitar os surdos contando exclusivamente com a língua oral devido aos recentes avanços tecnológicos com aparelhos auditivos ou implantes cocleares traz um risco muito grande podendo haver consequências sérias para o futuro dessa criança A criança pequena tendo contato com as duas línguas disporá de mais recursos do que tendo contato apenas com uma língua independentemente do caminho que ela trilhar ou do contexto em que ela viver Ninguém perde em saber várias línguas você se arrepende quando sabe poucas A criança surda tem o direito de crescer bilíngue e é nossa responsabilidade fazer com que isso aconteça Aquisição da escrita pela criança surda na proposta bilíngue Para que essa aquisição aconteça com sucesso a língua de sinais deve ser a primeira língua dos surdos oferecendo o respaldo necessário para a aprendizagem da segunda língua preferencialmente na modalidade escrita já que o canal visoespacial é o mais acessível para esse aluno Em qualquer escola o aluno surdo tem o direito a uma metodologia que atenda às suas especificidades Por isso o educador deve oferecer estímulos visuais diversos para que as crianças se apropriem de todos os conceitos Quando a criança é surda e os pais são ouvintes fica mais difícil a aquisição dos sinais logo essa criança precisa ter contato com adultos surdos que utilizem atividades pedagógicas como jogos histórias relatos etc A interação com os adultos surdos será propiciada por escolas de surdos ou inclusivas que tenham professores surdos ou ouvintes fluentes em língua de sinais No Brasil a aquisição da língua portuguesa na sua modalidade escrita se dará por meio de exposição de texto uma vez que a leitura se constitui como principal fonte para a aprendizagem da língua portuguesa O professor fluente nas duas línguas língua de sinais e português deverá explicar os textos bem como mostrar para os alunos a diferença e semelhanças entre uma língua e outra Como vimos no Brasil o direito das crianças surdas a uma educação bilíngue é garantido pelo Decreto Federal n 5626 de 22 de dezembro de 2005 e pela Lei n 13146 de 6 de julho de 2015 Esses documentos asseguram vários direitos aos surdos como educação bilíngue intérprete de Libras desde a Educação Infantil até o Ensino Superior etc Os documentos também reconhecem a língua de sinais como primeira língua dos surdos e a língua portuguesa como segunda língua Considerar a língua de sinais como a primeira língua do surdo significa que os conteúdos escolares deverão ser trabalhados por meio dela e que a língua portuguesa na modalidade escrita será ensinada com base nas habilidades interativas e cognitivas já adquiridas pelas crianças surdas nas suas experiências com a língua de sinais QUADROS 1997 O educador surdo que atua dentro das instituições de ensino tem um papel fundamental para difundir a língua de sinais aos profissionais aos pais ouvintes de alunos surdos e aos alunos ouvintes 25 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Segundo Moura e Vieira 2005 o fato de a escola ter profissionais surdos atuando possibilita a construção de identidades surdas por meio do acesso às características culturais da comunidade surda e da interação com modelos positivos de surdos adultos com os quais as crianças surdas irão se identificar trabalhando assim a sua autoimagem Levando em conta a importância desse profissional ele deve fazer parte da equipe escolar e participar do planejamento das atividades direcionadas aos alunos surdos a fim de garantir que sejam respeitadas as suas peculiaridades de aprendizagem Lembrete Quadros 2005 lembra que a educação de surdos em uma proposta bilíngue deve ser organizada em uma perspectiva visoespacial mesmo que para isso adaptações e equipamentos eletrônicos sejam necessários Não basta simplesmente traduzir o conteúdo para a língua de sinais é necessário pensar nas questões culturais das comunidades surdas ou seja fazer uma transposição cultural para a realidade dos surdos SKLIAR 1999 Ser bilíngue não é simplesmente conhecer palavras soltas desconexas em uma frase Vai além disso É conhecer e saber usar o léxico a semântica a pragmática etc Ser bilíngue no caso da pessoa surda só é possível com o biculturalismo isto é a convivência e a identificação com usuários da língua de sinais eou da língua majoritária no caso do Brasil a língua portuguesa preferencialmente na sua modalidade escrita Para que isso aconteça de fato é necessário que as duas línguas sejam contempladas no currículo escolar Alguns assuntos não podem ficar de fora desse currículo como história da educação dos surdos história das comunidades surdas movimentos surdos personagens importantes cultura literaturas surdas artes e direitos e deveres dos surdos Os profissionais da área além da fluência em língua de sinais deverão ter conhecimento da cultura surda e valorizar a língua de sinais como uma língua tal qual a língua portuguesa Para que a aprendizagem da língua portuguesa escrita aconteça de forma satisfatória é necessário trabalhar com os alunos o maior número de textos possível No começo textos ilustrados favorecem muito a compreensão É possível fazer a interpretação dos textos para a língua de sinais Assim os surdos podem analisar os conteúdos na sua língua natural e na língua portuguesa No exercício a seguir é possível verificar o uso da língua portuguesa e do alfabeto manual no começo do processo de alfabetização Utilizandose exercícios semelhantes a criança surda irá se apropriar da língua portuguesa de forma significativa e entender a diferença entre as duas línguas 26 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Escreva a letra correspondente Figura 2 Por meio de exercícios como o apresentado na figura anterior a criança surda desenvolve gradualmente o conhecimento sobre a forma escrita da língua As duas línguas não competem não se ameaçam possuem o mesmo status A língua de sinais como primeira língua do surdo é sua língua de identificação de instrução e de comunicação e a língua portuguesa na modalidade escrita como segunda língua é a possibilidade do surdo ter 27 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS acesso à informação conhecimento e cultura tanto da comunidade surda como da majoritária ouvinte PEREIRA VIEIRA 2009 p 67 A proposta bilíngue também vai permitir ao aluno surdo construir uma autoimagem positiva pois além de utilizar a língua de sinais como língua natural vai recorrer à língua portuguesa para integrarse na cultura ouvinte O bilinguismo chama a atenção para o aspecto da identificação da criança surda com seus pares considerando que a educação bilíngue tem contribuído cada vez mais para que isso aconteça sugerindo um novo olhar sobre a surdez que se afasta de uma visão clínica e reabilitadora É necessário compreender que a língua de sinais apresenta uma modalidade diferente da língua oral e tornase uma mediadora para o aprendizado de português Vale ressaltar que os meios favoráveis para o ensino da língua portuguesa devem ser visuais pois facilitarão a compreensão desse aluno sendo de fundamental importância a mudança de metodologia em sala de aula para que a surdez não seja usada como impedimento na aprendizagem É preciso então que seja oferecida uma educação que permita o desenvolvimento integral do aluno surdo de toda a sua capacidade A língua portuguesa para surdos Por falta de conhecimento em relação ao aluno surdo a escola por muitos anos atribuiu a não aprendizagem da língua portuguesa à falta de interesse da pessoa surda ignorando as necessidades educacionais do aluno e trabalhando com ele a mesma metodologia aplicada aos ouvintes Sánchez 1989 diz que os surdos de forma diferente dos ouvintes não podem aprender o som das letras porque não ouvem o que não lhes permite fazer uso do mecanismo alfabético para extrair significado do escrito As propostas educacionais direcionadas para o indivíduo surdo têm como objetivo o pleno desenvolvimento de suas capacidades O aluno surdo deve ter contato com a língua portuguesa a partir de objetos e coisas familiares estabelecendo a relação da palavra com as coisas É necessário o uso de recursos visuais para a compreensão da língua portuguesa A educação bilíngue para a aprendizagem da criança surda é fundamental Os exercícios devem ser adaptados conforme as necessidades da pessoa surda O aluno surdo precisa de uma metodologia de ensino própria que atenda às suas necessidades A pessoa surda tem as mesmas possibilidades de desenvolvimento que a pessoa ouvinte precisando apenas que suas diferenças linguísticas sejam trabalhadas e respeitadas A língua de sinas é de extrema importância para o processo de aprendizagem bem como a língua portuguesa a primeira servirá de mediadora para a segunda e a alfabetização se dará da forma mais natural possível primeiro compreendendose o conteúdo em Libras e em seguida de forma gradativa associandose o aprendido ao português 28 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS É necessário que os alunos se tornem leitores e escritores que possuam conhecimento da língua portuguesa resultando em surdos alfabetizados em ambas as línguas a língua de sinais e a língua portuguesa Assim vêm a ser conhecedores de sua cultura além de ter acesso ao desenvolvimento total e à participação na sociedade exercendo sua plena cidadania 4 CONTEXTOS ESCOLARES PARA O ALUNO SURDO Após o reconhecimento da língua brasileira de sinais foram implantados diferentes atendimentos especializados para os alunos surdos entre eles Intérprete de Libraslíngua portuguesa é o profissional com competência linguística em Libras e língua portuguesa que atua no âmbito da interpretação com conhecimento da língua e da cultura surda No âmbito escolar a função do intérprete não é substituir a figura do professor no processo de aprendizagem mas mediar a comunicação entre surdos e ouvintes Instrutor surdo de Libras é o profissional surdo que atua na área do ensino relacionada a aspectos socioculturais da surdez e da difusão da Libras Centro de atendimento especializado é um serviço de apoio educacional em horários distintos dos ocupados pelas aulas direcionado aos alunos surdos matriculados na Educação Básica Com profissionais da área da surdez o centro tem como objetivo atender às necessidades educacionais dos alunos surdos com uma proposta de educação bilíngue Libraslíngua portuguesa Instituições especializadas dedicadas a atender alunos surdos matriculados na Educação Básica dispõem de uma equipe especializada de natureza terapêutica psicologia fonoaudiologia entre outros Escola bilíngue para surdos Educação Básica escola especializada na educação bilíngue para surdos no ensino formal na Educação Infantil no Ensino Fundamental eou no Ensino Médio Algumas escolas dispõem de atendimento especializado com profissionais da área terapêutica psicologia fonoaudiologia entre outros Na esfera de escolarização do surdo existem políticas definidas a partir de dois modelos quanto ao ensino de alunos surdos ser obrigatório em escolas com salas de aula comuns ou em relação ao ensino em escolas de educação bilíngue pois há documentos que sugerem um tipo de escola como o mais adequado e outros documentos que sugerem o outro Encontramos essa dualidade na comparação entre o Decreto n 5626 BRASIL 2005 e a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva BRASIL 2008 As escolas bilíngues são previstas no Decreto n 5626 BRASIL 2005 que dispõe sobre processos educativos específicos das pessoas surdas sobre direitos dos surdos a uma educação bilíngue e sobre a formação dos profissionais da área É definido pelo art 22 parágrafo 1º que nessas escolas a Libras será mantida como L1 e o português como L2 através da leitura e escrita Para que a educação siga dessa maneira os professores devem ministrar suas aulas em Libras ou contar com intérpretes e instrutores em sala para mediar esse processo 29 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Esse decreto garante a disponibilização da educação em escolas bilíngues municipais dos anos iniciais ao final do Ensino Fundamental II sendo necessário ao aluno surdo procurar escolas com salas de aula comuns para concluir seus estudos no Ensino Médio Por sua vez a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva BRASIL 2008 indica a educação bilíngue nas escolas comuns como uma forma de inclusão do aluno surdo Essa política tem como foco propor ações que acabem com a exclusão escolar e consequentemente social dos alunos com deficiências em geral Porém os alunos surdos não têm o desenvolvimento linguístico necessário para se apropriarem de conteúdos específicos dentro das escolas com salas de aula comuns porque o contato deles com os conhecimentos específicos acontece a partir de uma tradução feita pelos intérpretes Além disso as avaliações a depender do professor são realizadas em português Hoje em dia o aluno surdo possui o direito de escolher entre se matricular em escolas específicas de educação bilíngue para surdos ou em escolas com salas de aula comuns que por lei têm o dever de recebêlo e não rejeitar sua matrícula além de garantirlhe a inclusão através de intérpretes e outros recursos com priorização da Libras No ano de 2015 é instituída a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência LBI de n 13146 com o foco em assegurar e também promover o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência visando à sua inclusão social e cidadania BRASIL 2015 Entre as disposições gerais o art 2º revela qual a definição de pessoa com deficiência que o documento adota Considerase pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física mental intelectual ou sensorial o qual em interação com uma ou mais barreiras pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas BRASIL 2015 Especificamente em relação à surdez a LBI traz no capítulo IV Do direito à educação art 28 a indicação de que a educação de qualidade à pessoa com deficiência deve ser assegurada pelo Estado a sociedade a comunidade escolar e a família incumbindo o poder público de assegurar criar desenvolver implementar incentivar acompanhar e avaliar o que indica o inciso IV a saber a oferta de educação bilíngue em Libras como primeira língua e na modalidade escrita da língua portuguesa como segunda língua em escolas e classes bilíngues e em escolas inclusivas permitindo que se mantenham os trabalhos de escolas e salas bilíngues mas não especificando o grau de escolarização em que esses trabalhos devem ser feitos Outro contexto educacional são as denominadas escolaspolo Nesse modelo a proposta é delineada pelo projeto políticopedagógico PPP da escola em que em geral alunos surdos e ouvintes estudam separadamente nas séries iniciais para que sejam estimulados em suas línguas maternas com surdos estudando Libras e português em suas modalidades de leitura e escrita e ouvintes estudando português e também Libras 30 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Esses alunos se encontram e interagem nos momentos de intervalo de aulas mas com o avançar das séries no início do Ensino Fundamental II surdos e ouvintes se misturam na mesma sala e iniciase a atuação do intérprete de Libras para propiciar a acessibilidade comunicativa para os surdos Em geral o aluno surdo está respaldado legalmente a usufruir de uma educação bilíngue cabendo a ele escolher em qual contexto escolar prefere obter sua formação Saiba mais Para saber mais busque as obras FALCÃ0 L A Aprendendo Libras e reconhecendo as diferenças um olhar reflexivo sobre a inclusão Recife Editora do Autor 2007 FERNANDES E Linguagem e surdez Porto Alegre Artmed 2003 5 O QUE É LÍNGUA DE SINAIS Este tópico objetiva expor a questão da língua de sinais como língua reconhecida pela linguística Nosso intuito é demonstrar que as línguas de sinais são línguas naturais Elas existem de forma natural em comunidades linguísticas de pessoas surdas e consequentemente partilham uma série de características que lhes atribuem caráter específico e as distinguem dos demais sistemas de comunicação não verbal A Libras como toda língua de sinais foi criada em comunidades surdas que se contatavam entre si e a passavam ao longo de gerações É uma língua de modalidade visoespacial porque utiliza como canal ou meio de comunicação movimentos sinalizados e expressões faciais e corporais que são percebidos pela visão diferenciandose da língua portuguesa que é uma língua de modalidade oralauditiva por utilizar como canal ou meio de comunicação sons articulados que são percebidos pelos ouvidos Observação Devido a essa diferença de canal de comunicação normalmente os sinais utilizados na língua de sinais são entendidos como simples gestos Durante muito tempo foi considerada e para alguns ainda o é um sistema natural de gestos sem nenhuma estrutura gramatical própria e com áreas restritas de uso Entretanto pesquisas sobre as línguas de sinais vêm mostrando que elas são comparáveis em complexidade e expressividade a quaisquer línguas orais expressam ideias sutis complexas 31 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS e abstratas Os seus usuários podem não apenas discutir filosofia literatura ou política além de esportes trabalho ou moda como também utilizála com função estética para fazer poesias histórias teatro e humor É importante destacar que a língua de sinais é natural no sentido de que não há impedimento para sua aquisição pelos surdos Ser natural não significa ser inata pois do mesmo modo que as demais línguas ela será aprendida nas diferentes situações de interação entre seus usuários Os estudos sobre as línguas de sinais datam de 1960 quando William Stokoe linguista americano propôs uma análise linguística da American sign language ASL em seus aspectos estruturais básicos fonológico morfológico e sintático o que tornou as línguas de sinais equivalentes às línguas orais constituídas de gramática própria Stokoe empenhouse em evidenciar a isomorfia entre sinal e fala valendose de parâmetros similares aos do distribucionalismo O linguista americano nomeou quirema o segmento mínimo sinalizado correspondente ao fonema da fala Segundo ele cada morfema unidade mínima de significação seria composto por três quiremas ponto de articulação configuração de mão e movimento possuindo cada um deles um número limitado de combinações Dessa forma as palavras sinalizadas poderiam ser decompostas e descritas conforme a combinação entre esses três traços Stokoe 1960 propôs ainda um sistema notacional para a representação das possibilidades de cada um dos parâmetros descritos Em suas análises demonstrou a dupla articulação como aspecto linguístico presente na formação dos sinais Na parte final de seu texto discute algumas propriedades morfológicas e sintáticas da ASL A língua de sinais contém todos os componentes pertinentes às línguas orais como gramática fonologia semântica morfologia sintaxe preenchendo assim os requisitos científicos para ser considerada instrumento linguístico de poder e força Além de possuir todos os elementos classificatórios identificáveis de uma língua a Libras demanda prática para seu aprendizado como qualquer outra língua As línguas de sinais são diferentes umas das outras e independem das línguas oralauditivas utilizadas em outros países por exemplo Brasil e Portugal possuem a mesma língua oficial o português mas as línguas de sinais desses países são diferentes ou seja no Brasil é usada a língua brasileira de sinais Libras e em Portugal usase a língua gestual portuguesa LGP o mesmo acontece com os Estados Unidos American sign language ASL e a Inglaterra British sign language BSL Observação Os sinais são próprios de cada país ou seja se surdos de países diferentes se encontrarem provavelmente um não entenderá exatamente o que o outro está querendo dizer Pode ocorrer também que uma mesma língua de sinais seja utilizada por dois países como é o caso da língua de sinais norteamericana usada pelos surdos dos Estados Unidos e da parte inglesa do Canadá 32 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Desse modo a língua de sinais não é uma língua universal pois adquire características diferentes em cada país e até mesmo dentro das diversas comunidades de surdos de um mesmo país Além da Libras que é a língua de sinais utilizada nas comunidades surdas de diferentes cidades do Brasil há registros de outra língua de sinais utilizada pelos índios surdos UrubuKaapor no estado do Maranhão junto ao rio Gurupi FERREIRABRITO 1993 Entretanto apesar dos traços peculiares a cada língua todas elas possuem algumas características que as identificam como língua e não como linguagem tornandoas diferentes por exemplo da linguagem das abelhas dos golfinhos dos macacos enfim da comunicação dos animais FELIPE 2001 Uma das características comuns às línguas é que todas são estruturadas a partir de unidades mínimas que formam unidades mais complexas e possuem os seguintes níveis linguísticos o fonológico o morfológico o sintático o semântico e o pragmático Figura 3 Sinal de língua de sinais 6 GRAMÁTICA DA LÍNGUA DE SINAIS FONOLOGIA E MORFOLOGIA A Libras é dotada de uma gramática composta de itens lexicais que se estruturam a partir de mecanismos morfológicos sintáticos e semânticos os quais embora apresentem especificidade seguem também princípios básicos gerais Esses são usados na geração de estruturas linguísticas de forma produtiva possibilitando um número infinito de construções a partir de um número finito de regras Há também componentes pragmáticos convencionais codificados no léxico e na estrutura da Libras que permitem a geração de implícitos sentidos metafóricos ironias e outros significados não literais Esses princípios regem ainda o uso adequado das estruturas linguísticas da Libras isto é permitem aos seus usuários utilizar estruturas nos diferentes contextos que se lhes apresentam de forma a corresponder às diversas funções linguísticas que emergem da interação no dia a dia bem como dos outros tipos de uso da língua 33 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS 61 Fonologia A fonologia das línguas de sinais estuda as configurações e os movimentos dos elementos envolvidos na produção dos sinais O que é denominado palavra ou item lexical nas línguas oralauditivas recebe nas línguas de sinais o nome de sinal o qual é formado a partir da combinação do movimento das mãos com um determinado formato em um determinado lugar podendo esse lugar ser uma parte do corpo ou um espaço em frente ao corpo 1 Configuração de mão CM a CM pode permanecer a mesma durante a articulação de um sinal ou pode ser alterada passando de uma configuração para outra As configurações podem variar apresentando uma mão que pode estar sobre a outra que serve de apoio tendo esta sua própria configuração por exemplo esperar ou duas mãos de forma espelhada por exemplo faltar Figura 4 Esperar Figura 5 Faltar FerreiraBrito 1995 catalogou 46 configurações de mão diferentes para a Libras e elas podem ser diferenciadas quanto às posições ao número de dedos estendidos ao contato e à contração dos 34 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS dedos mãos fechadas ou compactas Esse número está em constante crescimento pois cada vez mais surdos começam a aprofundar seus estudos na Libras Conforme se vê na figura a seguir hoje temos 64 configurações de mão possíveis A tendência é de esse número aumentar cada vez mais 1 9 17 23 30 37a 44 51a 57 64 2 10 18a 24 31 37b 45 51b 58 3 11 18b 25 32 38 46a 52 59a 4 12 19 26 33 39 46b 53a 59b 5 13 20 27 34 40 47 53b 60 6 14 21 28 35a 41 48 54 61 7 15 22a 29a 35b 42 49 55 62 8a 8b 16 22b 29b 36 43 50 56 63 Figura 6 Configurações de mão 35 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS A configuração de mão pode ser mantida constante durante a articulação de um sinal ou ser alterada Os sinais costume e educação no sentido de pessoa educada se diferenciam pela configuração de mão tendo os demais parâmetros iguais ou seja movimento ponto de articulação e orientação da palma da mão Figura 7 À esquerda o sinal costume à direita o sinal educação 2 Ponto de articulação PA é o local do corpo do sinalizador em que o sinal é realizado assim uma maior especificação da posição é necessária já que a região no espaço é muito ampla Esse espaço é limitado e vai desde o topo da cabeça até a cintura sendo alguns pontos mais precisos como a ponta do nariz e outros mais abrangentes como a frente do tórax 100 80 100 100 y z x Figura 8 Espaço de realização dos sinais em Libras Em situações nas quais o sinal não é realizado junto encostado ao corpo esse PA é chamado espaço neutro Há sinais que se diferenciam somente pelo ponto de articulação por exemplo sábado e aprender 36 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Figura 9 Sábado Figura 10 Aprender 3 Movimento para que seja realizado é preciso haver um objeto e um espaço Nas línguas de sinais as mãos do enunciador representam o objeto enquanto o espaço em que o movimento se realiza é a área em torno do corpo do enunciador O movimento pode ser analisado levandose em conta o tipo a direção a maneira e a frequência do sinal O tipo referese às variações do movimento das mãos pulsos e antebraços do movimento interno dos pulsos ou das mãos por exemplo palestra e do movimento dos dedos Quanto à direção o movimento pode ser unidirecional bidirecional ou multidirecional Já a maneira descreve a qualidade a tensão e a velocidade podendo assim haver movimentos mais rápidos mais tensos ou mais frouxos A frequência por sua vez indica se os movimentos são simples ou repetidos FERREIRABRITO 1995 QUADROS KARNOPP 2004 Figura 11 Palestra 37 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Helicoidal Semicircular Circular Sinuoso Angular Retilíneo Figura 12 Tipos de movimento para realizar os sinais em Libras O movimento é realizado pela mão ou mãos ou pelos dedos quando o sinal é produzido Porém é um tanto complicado fazer observações quanto ao movimento pois a mão é um objeto altamente assimétrico Além disso os eixos podem se deslocar simultaneamente dificultando traçar o percurso Mas é possível subdividir os sinais em sua maior parte em pequenos segmentos de movimento a cada um dos quais pode ser relacionado um eixo Outra característica importante para descrever o movimento é a sua velocidade que pode carregar algumas variáveis durante a realização do sinal tensão retenção continuidade e refreamento Uma característica interessante quanto ao movimento é a necessidade de repetição de sinais em algumas situações por exemplo para explicar mais de uma vez ou indicar várias coisas como no plural em que o movimento de um sinal precisa ser reduplicado no tempo 4 Orientação da palma da mão os sinais podem ter uma direção ou não existem sinais que apresentam diferentes significados apenas pela produção de distintas orientações da palma da mão assim como é possível perceber nas imagens a seguir Figura 13 Abrir a porta 38 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Figura 14 Fechar a porta 5 Expressões não manuais além dos parâmetros constituintes dos sinais outros elementos complementam sua formação São as expressões não manuais nas línguas de sinais mas componentes extremamente importantes para a transmissão da mensagem Muitas vezes para expressar realmente o que se deseja o sinal requer características adicionais uma expressão facial ou dos olhos para que sentimentos de alegria de tristeza uma pergunta ou uma exclamação possam ser completamente representados ao receptor da mensagem Muitos sinais além dos quatro parâmetros mencionados antes têm também como traço diferenciador em sua configuração a expressão facial eou corporal como os sinais carinho e ódio Figura 15 Carinho Figura 16 Ódio Por meio dos exemplos anteriores em Libras e em português mostramos que as palavras da Libras também são constituídas a partir de unidades mínimas distintivas correspondentes aos fonemas das línguas orais O número dessas unidades é finito e pequeno porque seguindo o princípio de economia elas se combinam para gerar um número infinito de formas ou palavras Portanto o léxico da Libras assim como o léxico de qualquer língua é infinito no sentido de que sempre comporta a geração de novas palavras Até recentemente pensavase que a Libras fosse pobre porque apresentava um número pequeno de sinais ou palavras Entretanto pode acontecer de uma língua 39 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS não usada em todos os setores da sociedade ou usada em uma cultura bem distinta da que conhecemos não apresentar vocábulos para um determinado campo semântico isso entretanto não significa que ela seja pobre pois potencialmente tem todos os mecanismos para criar ou gerar palavras para qualquer conceito que vier a ser compreendido e posteriormente utilizado pela comunidade sinalizadora Esse fato pode ser comprovado com a inclusão dos surdos em diversos cursos nas universidades com a presença do intérprete de língua de sinais cada qual tem acrescido os sinais após compreender o significado dos conceitos acadêmicos disseminados nos cursos Lembrete A partir da combinação dos cinco parâmetros produzse o sinal Falar com as mãos é portanto combinar devidamente esses elementos que formam as palavras as quais formam as frases em um contexto 62 Morfologia De acordo com Quadros e Karnopp 2004 p 86 Morfemas são elementos mínimos carregados de significado que compõem palavras organizandoas em diversas categorias segundo um sistema próprio da língua As línguas de sinais assim como as línguas orais possuem um sistema de formação de palavras Morfologia é o estudo da estrutura interna das palavras ou sinais assim como das regras que determinam a formação das palavras A palavra morfema deriva do grego morphé que significa forma Os morfemas são unidades mínimas de significado Os morfemas tanto nas línguas orais como na língua de sinais determinam não apenas o significado básico das palavras mas também a ideia de gênero masculino ou feminino de número singular ou plural de grau aumentativo ou diminutivo ou de tempo passado presente ou futuro Itens lexicais para tempo e marca de tempo A Libras não tem em suas formas verbais a marca de tempo como o português Dessa forma quando o verbo referese a um tempo passado futuro ou presente o que vai marcar o tempo da ação ou do evento serão itens lexicais ou sinais adverbiais como ontem amanhã hoje semana passada semana que vem Com isso não há risco de ambiguidade porque se sabe que se o que está sendo narrado se iniciou com uma marca de passado enquanto não aparecer outro item ou sinal para marcar outro tempo tudo será interpretado como tendo ocorrido no passado Os sinais que veiculam conceito temporal geralmente vêm seguidos de uma marca de passado futuro ou presente da seguinte forma movimento para trás para o passado movimento para a frente para o futuro e movimento no plano do corpo para o presente Alguns desses sinais entretanto incorporam essa marca de tempo não requerendo pois uma marca isolada como é o caso do sinal ontem 40 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Figura 17 Ontem Já o termo ano por exemplo requer o acompanhamento de um sinal de futuro ou de presente mas quando se trata de passado ele apenas sofre uma alteração na direção do movimento para trás e por si só já significa ano passado Figura 18 Ano passado Figura 19 Ano que vem Observação É interessante notar que é uma linha do tempo constituída a partir das coordenadas passado atrás presente no plano do corpo futuro na frente Quantificação e intensidade A quantificação em Libras é realizada a partir da configuração de mão com uma maior intensidade na ação Por exemplo para o verbo olhar uma pessoa está olhando quando se quer demonstrar que 41 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS várias pessoas estão olhando a configuração de mão é alterada são estendidos todos os dedos para demonstrar uma maior quantidade de pessoas Figura 20 Uma pessoa olhando Figura 21 Várias pessoas olhando No sinal que possui movimento o seu ritmo pode ser alterado para demonstrar uma maior quantidade ou intensidade Por exemplo Figura 22 Falar Figura 23 Falar muito Gênero No caso de gênero para a indicação do sexo acrescentase o sinal de mulher ou de homem quer a referência seja a pessoas ou a animais Entretanto para indicar pai e mãe isso não é necessário pois há sinais próprios Figura 24 Homem Figura 25 Mulher 42 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Elementos datilológicos O alfabeto manual ou datilologia é uma representação dos alfabetos das línguas orais escritas por meio das mãos realizado por diferentes configurações de mãos utilizado para nome de pessoas lugares ou quando na Libras não existe um sinal lexical específico Cada país possui o seu alfabeto manual e a sua língua de sinais O alfabeto manual é realizado no espaço mediante uma transposição da língua oral Figura 26 Alfabeto manual da língua brasileira de sinais 43 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS 7 GRAMÁTICA DA LÍNGUA DE SINAIS SINTAXE Analisar alguns aspectos da sintaxe de uma língua de sinais requer ver esse sistema que é visoespacial e não oralauditivo A organização espacial da Libras apresenta possibilidades de estabelecer relações gramaticais no espaço por meio de diferentes formas Para Quadros e Karnopp 2004 no espaço em que são executados os sinais o estabelecimento nominal e o uso do sistema pronominal são fundamentais para as relações sintáticas Em qualquer discurso em língua de sinais é necessário haver a definição de um local no espaço de sinalização espaço definido na frente do sinalizador A base para a sinalização no espaço irá depender da presença ou não do referente caso esteja presente os pontos no espaço serão delineados a partir da posição real ocupada pelo referente caso contrário serão escolhidos pontos abstratos no espaço QUADROS KARNOPP 2004 Figura 27 Formas pronominais usadas com referentes presentes Figura 28 Formar pronominais usadas com referentes ausentes A ordem básica da frase A sintaxe descreve a ordem e a relação entre os termos da oração caracterizandose em Libras na maioria das vezes pela organização dos sinais na seguinte ordem objeto sujeito verbo OSV que é um dos princípios universais possíveis para a organização das palavras na frase FERREIRABRITO 1995 QUADROS KARNOPP 2004 Nas línguas de sinais utilizamse as expressões não manuais para estabelecer tipos de frase por exemplo afirmativa exclamativa interrogativa negativa ou imperativa É necessário estar atento às expressões não manuais que se realizam simultaneamente com os sinais para que aconteça uma boa comunicação 44 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Forma afirmativa expressão facial neutra Figura 29 Elea é professora Forma interrogativa sobrancelhas franzidas e um ligeiro movimento da cabeça inclinandose para cima Figura 30 Você é casado Forma exclamativa sobrancelhas levantadas e um ligeiro movimento da cabeça inclinandose para cima e para baixo Pode ainda vir também com um intensificador representado pela boca fechada com um movimento para baixo Figura 31 Que carro bonito Forma negativa a negação pode ser feita a partir de três processos 45 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Com o acréscimo do sinal não à frase afirmativa Figura 32 Eu não sou ouvinte Com a incorporação de um movimento contrário ao do sinal negado Figura 33 Eu não gosto Com um aceno de cabeça que pode ser feito simultaneamente com a ação que está sendo negada ou juntamente com os processos anteriores Figura 34 Eu não sou casado Compreender a gramática de uma língua é apreender suas regras de formação e de combinação dos elementos Nesta introdução a Libras pôde ser percebida a partir de algumas classes gramaticais Os estudos já em andamento aprofundando os pontos aqui apresentados e outros não mencionados poderão mostrar a gramática dessa língua 46 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Saiba mais Para saber mais leia STRNADOVÁ V Como é ser surdo Rio de Janeiro Babel 2000 8 SINAIS ESPECÍFICOS A partir de agora apresentaremos exemplos de como dizer coisas específicas Em geral as palavras dentro de cada tema serão dispostas em ordem alfabética Identificação pessoal Figura 35 Idade Figura 36 Seu nome Figura 37 Seu sinal Observação Na cultura surda é comum a pessoa ter um sinal que a nomeie 47 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Pessoas Figura 38 Amigo Figura 39 Grupo ou comunidade Figura 40 Homem Figura 41 Inimigo Figura 42 Jovem Figura 43 Menina Figura 44 Menino 48 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Figura 45 Mulher Figura 46 Pessoa 1 Figura 47 Pessoa 2 Figura 48 Sociedade 1 Figura 49 Sociedade 2 Figura 50 Sociedade 3 49 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Saiba mais Para aprofundar seus conhecimentos consulte CAPOVILLA F C et al Dicionário da língua de sinais do Brasil a Libras em suas mãos São Paulo Edusp 2017 Referenciais de tempo Figura 51 Agora Figura 52 Amanhã Figura 53 Ano Figura 54 Ano duração Figura 55 Antes 50 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Figura 56 Antiguidade muito tempo atrás Figura 57 Atrasado Figura 58 Atrasar usado em SP RJ MS PR MG CE RS DF Figura 59 Depois Figura 60 Dia 1 Figura 61 Dia 2 Figura 62 Diariamente todos os dias 51 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Figura 63 Feriado Figura 64 Férias Figura 65 Futuro Figura 66 Hoje Figura 67 Hora Figura 68 Já Figura 69 Manhã Figura 70 Mês 52 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Figura 71 Noite 1 Figura 72 Noite 2 Figura 73 Nunca Figura 74 Ontem Figura 75 Passado Figura 76 Semana 1 usado em MS PR DF BA CE RS SC Figura 77 Semana 2 usado no PR 53 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Figura 78 Semana 3 Figura 79 Tarde Dias da semana Figura 80 Segundafeira Figura 81 Terçafeira Figura 82 Quartafeira 54 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Figura 83 Quintafeira Figura 84 Sextafeira Figura 85 Sábado Figura 86 Domingo Meses do ano Figura 87 Janeiro Figura 88 Fevereiro Figura 89 Março 1 55 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Figura 90 Março 2 Figura 91 Março 3 Figura 92 Março 4 Figura 93 Abril Figura 94 Maio Figura 95 Junho Figura 96 Julho Figura 97 Agosto Figura 98 Setembro 56 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Figura 99 Outubro Figura 100 Novembro Figura 101 Dezembro Cores Figura 102 Amarelo Figura 103 Azul Figura 104 Branco 1 Figura 105 Branco 2 57 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Figura 106 Cinza Figura 107 Colorido Figura 108 Cor clara Figura 109 Cor escura Figura 110 Laranja Figura 111 Marrom Figura 112 Preto 58 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Figura 113 Rosa Figura 114 Roxo Figura 115 Verde 1 Figura 116 Verde 2 Figura 117 Vermelho Pronomes demonstrativos Figura 118 Aquela aquele Figura 119 Esta este 59 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Pronomes pessoais Figura 120 Ela ele Figura 121 Elas eles Figura 122 Eu Figura 123 Nós Figura 124 Você Pronomes indefinidos Figura 125 Muito Figura 126 Nada 1 60 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Figura 127 Nada 2 Figura 128 Nada 3 Figura 129 Outro Figura 130 Qualquer Figura 131 Tudo Figura 132 Várias vários Pronomes interrogativos Figura 133 Qual Figura 134 Quanto 61 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Figura 135 Que quem Pronomes possessivos Figura 136 Minha meu 1 Figura 137 Minha meu 2 Figura 138 Nossa nosso Figura 139 Sua seu Família Figura 140 Cunhada cunhado Figura 141 Esposa Marido Casamento 62 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Figura 142 Família Figura 143 Filha filho Figura 144 Filha adotiva filho adotivo Figura 145 Gêmeos Figura 146 Genro Figura 147 Madrasta 63 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Figura 148 Madrinha padrinho Figura 149 Mãe Figura 150 Meiairmã meioirmão Figura 151 Namorada namorado Figura 152 Neta neto Figura 153 Noiva noivo 1 Figura 154 Noivo 2 64 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Figura 155 Noivo 3 Figura 156 Noivo 4 Figura 157 Nora Figura 158 Padrasto Figura 159 Pai Figura 160 Prima primo Figura 161 Separado Figura 162 Sobrinha sobrinho 65 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Figura 163 Sogra sogro Figura 164 Solteiro Figura 165 Tia tio Figura 166 Trigêmeos Figura 167 Viúva viúvo 81 Sinais relacionados à educação Neste tópico iremos ver alguns sinais relacionados à educação em geral Para aprender qualquer língua é necessário praticála Assim sugerimos que você procure um colega que esteja aprendendo língua de sinais para juntos conversarem ou então visite algum lugar na sua cidade onde haja surdos Ao contrário do que se imagina os surdos gostam de ensinar língua de sinais para os ouvintes e têm paciência durante o processo 66 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Lembrete Para o surdo cada nova pessoa que aprende a língua de sinais é uma nova possibilidade de mundo que se abre Bakhtin 1992 p 95 afirma Toda palavra é polissêmica possui vários significados e precisa de um contexto para ser compreendida pois está sempre carregada de um conteúdo ou de um sentido ideológico ou vivencial Em Libras os sinais polissêmicos podem não ter equivalentes polissêmicos em português e viceversa Apenas o sinal e não o signo linguístico é estável e sempre idêntico a si mesmo O locutor lida com o signo em sua natureza móvel e flexível Quanto ao interlocutor destinatário ou receptor seu ato de compreensão não se reduz a um ato mecânico de decodificação pelo reconhecimento de uma forma linguística dada esse é o método utilizado apenas por alguém diante de uma língua estrangeira ou que pouco conhece Não é o reconhecimento mas a compreensão do signo num contexto particular e preciso que importa ao receptor SOUZA 1998 p 41 Sendo assim só no contexto enunciativo é que se define o significado da palavra ou no caso da língua de sinais do sinal Então o sentido produzido por sinalizadores não pode ser considerado apenas como combinação de unidades linguísticas mas como resultado do discurso ou seja da interlocução com os que compreendem os sinais do locutor e têm outras referências de conhecimento e experiência Bakhtin 1992 confere um papel destacado ao contexto social na medida em que a situação social no sentido imediato e o meio social no sentido amplo determinam a enunciação unidade real da cadeia verbal para este autor Assim o centro organizador da enunciação está no exterior no meio social O sinal a seguir demonstra bem a afirmação de que a língua de sinais é polissêmica Figura 168 67 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS O sinal anterior pode significar sábado ou laranja e irá depender do contexto para que se possa distinguir o seu significado na frase Termos gerais Figura 169 Curso Figura 170 Doutorado Figura 171 Educação especial 68 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Figura 172 Escola Figura 173 Escola particular Figura 174 Faculdade 1 Figura 175 Faculdade 2 Figura 176 Faculdade 3 Figura 177 Faculdade 4 Figura 178 Idioma 69 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Figura 179 Mestrado Figura 180 Pósgraduação Figura 181 Série escolar Figura 182 Universidade 70 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Cursos e disciplinas Figura 183 Arquitetura Figura 184 Arte Figura 185 Astronomia Figura 186 Ciências Figura 187 Contabilidade 71 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Figura 188 Direito Figura 189 Economia Administração Figura 190 Educação Física Figura 191 Engenharia Figura 192 Filosofia Figura 193 Fisioterapia Figura 194 Fonoaudiologia Figura 195 Geografia 72 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Figura 196 História Figura 197 Letras Figura 198 Linguística Figura 199 Matemática 1 Figura 200 Matemática 2 Figura 201 Medicina Figura 202 Moda Figura 203 Pedagogia 73 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Figura 204 Português Figura 205 Psicologia 1 Figura 206 Psicologia 2 Figura 207 Publicidade e Propaganda Figura 208 Química Figura 209 Veterinária Idiomas Figura 210 Alemão 74 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Figura 211 Braile Figura 212 Chinês Figura 213 Espanhol 1 Figura 214 Espanhol 2 Figura 215 Francês Figura 216 Inglês Figura 217 Italiano 75 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Figura 218 Japonês Figura 219 Libras Espaços na escola Figura 220 Biblioteca Figura 221 Lanchonete 1 Figura 222 Lanchonete 2 Figura 223 Quadra esporte 76 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Figura 224 Sala de aula Material escolar Figura 225 Borracha Figura 226 Caderno espiral Figura 227 Caneta 1 Figura 228 Caneta 2 Figura 229 Caneta 3 Figura 230 Cola 77 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Figura 231 Compasso Figura 232 Dicionário Figura 233 Giz Figura 234 Lápis Figura 235 Lápis de cor Figura 236 Livro 1 Figura 237 Livro 2 Figura 238 Lousa 78 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Figura 239 Mochila Figura 240 Papel Figura 241 Tesoura Outros sinais relacionados à educação Figura 242 Bilinguismo Figura 243 Comunicação total Figura 244 Conferência 79 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Figura 245 Congresso Figura 246 Didática Figura 247 Ensinar Figura 248 Formatura Figura 249 Método Figura 250 Oralismo Figura 251 Palestra Figura 252 Professor Figura 253 Projeto Figura 254 Prova 1 80 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Figura 255 Prova 2 Figura 256 Reunião 1 Figura 257 Reunião 2 Figura 258 Teoria Resumo A educação de surdos é um desafio constante para os educadores Desde a Antiguidade havia divergências quanto à forma de educálos e às suas possibilidades de passar por esse processo A história da educação de surdos é marcada por três grandes abordagens oralismo comunicação total e bilinguismo Na proposta oralista a língua de sinais não é aceita e todo esforço está concentrado na aprendizagem da língua oral pela pessoa surda Essa forma de educação prevaleceu durante muito tempo e só começou a ser questionada a partir da constatação da sua ineficácia Mesmo os surdos que adquiriam a oralidade não conseguiam aprender de forma satisfatória a língua portuguesa na modalidade escrita A partir do fracasso do oralismo começase uma nova experiência a comunicação total Nessa proposta eram permitidas todas as formas de comunicação na tentativa de fazer a criança surda aprender o português Aceitavamse gestos sinais figuras e palavras do português A experiência não foi bemsucedida porque não havia respeito a nenhuma das línguas envolvidas ou seja nem à língua portuguesa nem à língua de sinais A comunicação total porém contribuiu para a incorporação da língua de sinais nas escolas e na sociedade 81 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Na proposta de educação bilíngue tanto a língua de sinais quanto a língua portuguesa são aceitas Nela tomase a língua de sinais como primeira língua da pessoa surda e a língua portuguesa como segunda língua Devido à inserção da língua de sinais na sala de aula novos profissionais foram integrados ao espaço escolar Entre eles estão o instrutor surdo o professor bilíngue e o intérprete de língua de sinais Grandes foram as conquistas políticas da comunidade surda nos últimos tempos Entre as principais destacamse a Lei n 10436 de 2002 que regulamenta a Libras como língua nacional e o Decreto n 5626 de 2005 que garante ao surdo uma educação bilíngue e um intérprete de língua de sinais um novo profissional na inclusão social e educacional do surdo Surdos podem estudar em escolas com salas comuns como um aluno de inclusão com o apoio de tradutores e intérpretes de Libras em todas as aulas Também podem frequentar escolas bilíngues em que a Libras é língua prioritária e o português é língua secundária nesse caso todas as aulas são ministradas em Libras e o português é trabalhado nas modalidades de escrita e leitura Podem ainda optar por escolaspolo em que se mescla o modelo bilíngue ao das escolas com salas comuns nas séries iniciais os surdos ficam separados dos ouvintes e permanecem em salas bilíngues de Libras posteriormente a partir do Ensino Fundamental II partilham a mesma sala que os ouvintes contando com o apoio de intérpretes de Libras A gramática da Libras é bem diferente da gramática da língua portuguesa Para aprender Libras é necessário estudar sua gramática e não só seu vocabulário ou palavras soltas A linguística reconhece o status linguístico das línguas de sinais ou seja a Libras é uma língua assim como a língua portuguesa e não apenas gestos como muitas pessoas pensam Cada sinal tem cinco elementos mínimos configuração de mão ponto de articulação movimento orientação da palma da mão e expressões não manuais O alfabeto manual da Libras é uma transposição das letras do alfabeto da língua portuguesa Cada país tem seu próprio alfabeto manual Na língua de sinais os tipos de frase são marcados pela expressão facial Na Libras o gênero é indicado pelo acréscimo do sinal de mulher ou homem antes do sinal referente a pessoa ou animal 82 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Exercícios Questão 1 Considere as afirmativas I Na visão socioantropológica a surdez é considerada uma patologia uma deficiência algo que deveria ser tratado II No bilinguismo os surdos são vistos a partir da diferença linguística construída social cultural e politicamente Podemos dizer que A Ambas as afirmativas estão corretas e a II justifica a I B Ambas as afirmativas estão corretas mas a II não justifica a I C Ambas as afirmativas estão incorretas D A afirmativa I está correta e a II incorreta E A afirmativa I está incorreta e a II correta Resposta correta alternativa E Análise das afirmativas I Afirmativa incorreta Justificativa a visão socioantropológica não considera a surdez como patologia e o surdo como deficiente ela o vê como minoria linguística II Afirmativa correta Justificativa essa afirmativa vai ao encontro do que envolve o conceito socioantropológico dando perspectiva à abordagem bilíngue na educação de surdos na qual este é visto a partir da diferença linguística e cultural marcada pela Libras como primeira língua e a língua portuguesa em especial na modalidade escrita como segunda língua 83 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Questão 2 Considere a palavra soletrada Qual o sinal referente à palavra soletrada A B C D E Resposta correta alternativa A 84 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Análise das alternativas A Alternativa correta Justificativa sinal para amarelo em Libras B Alternativa incorreta Justificativa sinal para azul em Libras C Alternativa incorreta Justificativa sinal para rosa em Libras D Alternativa incorreta Justificativa sinal para vermelho em Libras E Alternativa incorreta Justificativa sinal para verde em Libras 85 FIGURAS E ILUSTRAÇÕES Figura 1 MULHERES fantásticas 11 Marietta Baderna 2020 1 vídeo 111 min Publicado pelo canal Globo Frame 037 Disponível em httpswwwyoutubecomwatchvrWelqzXh7jo Acesso em 12 maio 2020 Figura 3 SINAL de língua de sinais In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 819 Figura 4 ESPERAR In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 611 Figura 5 FALTAR In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 646 Figura 6 FERRAZ C L M Dicionário de configurações das mãos em Libras Cruz das Almas BA UFRB 2019 p 2223 Figura 7 COSTUME In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 EDUCAÇÃO In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 571 Figura 8 FERREIRABRITO L Por uma gramática de língua de sinais Rio de Janeiro Tempo Brasileiro 1995 p 215 Figura 9 SÁBADO In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 1157 86 Figura 10 APRENDER In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 215 Figura 11 PALESTRA In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 996 Figura 13 ABRIR a porta In CAPOVILLA F C et al Dicionário da língua de sinais do Brasil a Libras em suas mãos São Paulo Edusp 2017 p 67 Figura 14 FECHAR a porta In CAPOVILLA F C et al Dicionário da língua de sinais do Brasil a Libras em suas mãos São Paulo Edusp 2017 p 1274 Figura 15 CARINHO In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 362 Figura 16 ÓDIO In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 970 Figura 17 ONTEM In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 980 Figura 18 ANO passado In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 200 Figura 19 ANO que vem In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 201 87 Figura 24 HOMEM In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 736 Figura 25 MULHER In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 927 Figura 27 FORMAS pronominais usadas com referentes presentes In QUADROS R M KARNOPP L B Língua de sinais brasileira estudos linguísticos Porto Alegre Artmed 2004 p 131 Figura 28 FORMAS pronominais usadas com referentes ausentes In QUADROS R M KARNOPP L B Língua de sinais brasileira estudos linguísticos Porto Alegre Artmed 2004 p 131 Figura 29 ELEA é professora In FELIPE T A Libras em contexto curso básico livro do estudante cursista Brasília MEC Seesp 2001 p 52 Figura 30 VOCÊ é casado In FELIPE T A In Libras em contexto curso básico livro do estudante cursista Brasília MEC Seesp 2001 p 52 Figura 31 QUE CARRO bonito In FELIPE T A In Libras em contexto curso básico livro do estudante cursista Brasília MEC Seesp 2001 p 53 Figura 32 EU não sou ouvinte In FELIPE T A In Libras em contexto curso básico livro do estudante cursista Brasília MEC Seesp 2001 p 50 Figura 33 EU não gosto In FELIPE T A In Libras em contexto curso básico livro do estudante cursista Brasília MEC Seesp 2001 p 54 88 Figura 34 EU não sou casado In FELIPE T A In Libras em contexto curso básico livro do estudante cursista Brasília MEC Seesp 2001 p 54 Figura 35 IDADE In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 741 Figura 36 SEU nome In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 950 Figura 37 SEU sinal In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 1198 Figura 38 AMIGO In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 189 Figura 39 GRUPO ou comunidade In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 441 Figura 40 HOMEM In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 736 Figura 41 INIMIGO In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 757 Figura 42 JOVEM In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 787 89 Figura 43 MENINA In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 888 Figura 44 MENINO In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 888 Figura 45 MULHER In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 927 Figura 46 PESSOA 1 In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 1041 Figura 47 PESSOA 2 In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 1041 Figura 48 SOCIEDADE 1 In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 1204 Figura 49 SOCIEDADE 2 In CAPOVILLA F C et al Dicionário da língua de sinais do Brasil a Libras em suas mãos São Paulo Edusp 2017 p 2608 Figura 50 SOCIEDADE 3 In CAPOVILLA F C et al Dicionário da língua de sinais do Brasil a Libras em suas mãos São Paulo Edusp 2017 p 2608 Figura 51 AGORA In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 165 90 Figura 52 AMANHÃ In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 183 Figura 53 ANO In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 200 Figura 54 ANO duração In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 201 Figura 55 ANTES In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 203 Figura 56 ANTIGUIDADEmuito tempo atrás In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 203 Figura 57 ATRASADO In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 244 Figura 58 ATRASAR usado em SP RJ MS PR MG CE RS DF In CAPOVILLA F C et al Dicionário da língua de sinais do Brasil a Libras em suas mãos São Paulo Edusp 2017 p 315 Figura 59 DEPOIS In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 514 Figura 60 DIA 1 In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 540 91 Figura 61 DIA 2 In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 540 Figura 62 DIARIAMENTEtodos os dias In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 542 Figura 63 FERIADO In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 661 Figura 64 FÉRIAS In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 661 Figura 65 FUTURO In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 697 Figura 66 HOJE In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 736 Figura 67 HORA In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 738 Figura 68 JÁ In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 773 Figura 69 MANHÃ In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 865 92 Figura 70 MÊS In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 893 Figura 71 NOITE 1 In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 949 Figura 72 NOITE 2 In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 949 Figura 73 NUNCA In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 964 Figura 74 ONTEM In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 980 Figura 75 PASSADO In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 1015 Figura 76 SEMANA 1 usado em MS PR DF BA CE RS SC In CAPOVILLA F C et al Dicionário da língua de sinais do Brasil a Libras em suas mãos São Paulo Edusp 2017 p 2559 Figura 77 SEMANA 2 usado no PR In CAPOVILLA F C et al Dicionário da língua de sinais do Brasil a Libras em suas mãos São Paulo Edusp 2017 p 2559 Figura 78 SEMANA 3 CE In CAPOVILLA F C et al Dicionário da língua de sinais do Brasil a Libras em suas mãos São Paulo Edusp 2017 p 2559 93 Figura 79 TARDE In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 1232 Figura 80 SEGUNDAFEIRA In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 1176 Figura 81 TERÇAFEIRA In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 1244 Figura 82 QUARTAFEIRA In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 1101 Figura 83 QUINTAFEIRA In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 1108 Figura 84 SEXTAFEIRA In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 1196 Figura 85 SÁBADO In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 1157 Figura 86 DOMINGO In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 562 Figura 87 JANEIRO In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 775 94 Figura 88 FEVEREIRO In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 664 Figura 89 MARÇO 1 In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 870 Figura 90 MARÇO 2 In CAPOVILLA F C et al Dicionário da língua de sinais do Brasil a Libras em suas mãos São Paulo Edusp 2017 p 1776 Figura 91 MARÇO 3 In CAPOVILLA F C et al Dicionário da língua de sinais do Brasil a Libras em suas mãos São Paulo Edusp 2017 p 1776 Figura 92 MARÇO 4 In CAPOVILLA F C et al Dicionário da língua de sinais do Brasil a Libras em suas mãos São Paulo Edusp 2017 p 1776 Figura 93 ABRIL In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 140 Figura 94 MAIO In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 857 Figura 95 JUNHO In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 790 Figura 96 JULHO In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 789 95 Figura 97 AGOSTO In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 166 Figura 98 SETEMBRO In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 1194 Figura 99 OUTUBRO In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 988 Figura 100 NOVEMBRO In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 954 Figura 101 DEZEMBRO In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 538 Figura 102 AMARELO In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 185 Figura 103 AZUL In CAPOVILLA F C et al Dicionário da língua de sinais do Brasil a Libras em suas mãos São Paulo Edusp 2017 p 337 Figura 104 BRANCO 1 In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 314 Figura 105 BRANCO 2 In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 314 96 Figura 106 CINZA In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 412 Figura 107 COLORIDO In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 430 Figura 108 COR clara In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 416 Figura 109 COR escura In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 605 Figura 110 LARANJA In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 799 Figura 111 MARROM In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 873 Figura 112 PRETO In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 1080 Figura 113 ROSA In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 1152 Figura 114 ROXO In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 1154 97 Figura 115 VERDE 1 In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 1309 Figura 116 VERDE 2 In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 1309 Figura 117 VERMELHO In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 1312 Figura 118 AQUELAaquele In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 218 Figura 119 ESTAeste In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 625 Figura 120 ELAele In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 573 Figura 121 ELASeles In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 573 Figura 122 EU In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 632 Figura 123 NÓS In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 951 98 Figura 124 VOCÊ In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 1327 Figura 125 MUITO In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 926 Figura 126 NADA 1 In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 934 Figura 127 NADA 2 In CAPOVILLA F C et al Dicionário da língua de sinais do Brasil a Libras em suas mãos São Paulo Edusp 2017 p 1920 Figura 128 NADA 3 In CAPOVILLA F C et al Dicionário da língua de sinais do Brasil a Libras em suas mãos São Paulo Edusp 2017 p 1920 Figura 129 OUTRO In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 987 Figura 130 QUALQUER In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 1099 Figura 131 TUDO In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 1277 Figura 132 VÁRIASvários In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 1301 99 Figura 133 QUAL In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 1098 Figura 134 QUANTO In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 1100 Figura 135 QUEquem In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 1103 Figura 136 MINHAmeu 1 In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 907 Figura 137 MINHAmeu 2 In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 908 Figura 138 NOSSAnosso In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 952 Figura 139 SUAseu In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 1212 Figura 140 CUNHADAcunhado In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 487 Figura 141 ESPOSAmaridocasamento In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 616 100 Figura 142 FAMÍLIA In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 Figura 143 FILHAfilho In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 668 Figura 144 FILHA adotivafilho adotivo In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 668 Figura 145 GÊMEOS In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 706 Figura 146 GENRO In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 707 Figura 147 MADRASTA In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 854 Figura 148 MADRINHApadrinho In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 854 Figura 149 MÃE In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 855 Figura 150 MEIAIRMÃmeioirmão In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 885 101 Figura 151 NAMORADAnamorado In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 935 Figura 152 NETAneto In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 946 Figura 153 NOIVAnoivo 1 In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 949 Figura 154 NOIVO 2 In CAPOVILLA F C et al Dicionário da língua de sinais do Brasil a Libras em suas mãos São Paulo Edusp 2017 p 1952 Figura 155 NOIVO 3 In CAPOVILLA F C et al Dicionário da língua de sinais do Brasil a Libras em suas mãos São Paulo Edusp 2017 p 1952 Figura 156 NOIVO 4 In CAPOVILLA F C et al Dicionário da língua de sinais do Brasil a Libras em suas mãos São Paulo Edusp 2017 p 1952 Figura 157 NORA In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 950 Figura 158 PADRASTO In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 992 Figura 159 PAI In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 994 102 Figura 160 PRIMAprimo In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 1081 Figura 161 SEPARADO In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 1183 Figura 162 SOBRINHAsobrinho In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 1204 Figura 163 SOGRAsogro In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 1206 Figura 164 SOLTEIRO In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 1208 Figura 165 TIAtio In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 1250 Figura 166 TRIGÊMEOS In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 1274 Figura 167 VIÚVAviúvo In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 1325 Figura 168 SÁBADO In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 1157 103 Figura 169 CURSO In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 489 Figura 170 DOUTORADO In CAPOVILLA F C et al Dicionário da língua de sinais do Brasil a Libras em suas mãos São Paulo Edusp 2017 p 1008 Figura 171 EDUCAÇÃO especial In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 571610 Figura 172 ESCOLA In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 599 Figura 173 ESCOLA particular In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 5991014 Figura 174 FACULDADE 1 CAPOVILLA F C et al Dicionário da língua de sinais do Brasil a Libras em suas mãos São Paulo Edusp 2017 p 1248 Figura 175 FACULDADE 2 CAPOVILLA F C et al Dicionário da língua de sinais do Brasil a Libras em suas mãos São Paulo Edusp 2017 p 1248 Figura 176 FACULDADE 3 In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 643 Figura 177 FACULDADE 4 In CAPOVILLA F C et al Dicionário da língua de sinais do Brasil a Libras em suas mãos São Paulo Edusp 2017 p 1248 104 Figura 178 IDIOMA In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 742 Figura 179 MESTRADO In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 895 Figura 180 PÓSGRADUAÇÃO In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 1066 Figura 181 SÉRIE ESCOLAR In CAPOVILLA F C et al Dicionário da língua de sinais do Brasil a Libras em suas mãos São Paulo Edusp 2017 p 2569 Figura 182 UNIVERSIDADE In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 1284 Figura 183 ARQUITETURA In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 225 Figura 184 ARTE In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 1047 Figura 185 ASTRONOMIA In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 238 Figura 186 CIÊNCIAS In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 409 105 Figura 187 CONTABILIDADE In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 454 Figura 188 DIREITO In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 546 Figura 189 ECONOMIAAdministração In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 569 Figura 190 EDUCAÇÃO Física In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 571 Figura 191 ENGENHARIA In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 589 Figura 192 FILOSOFIA In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 669 Figura 193 FISIOTERAPIA In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 674 Figura 194 FONOAUDIOLOGIA In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 681 Figura 195 GEOGRAFIA In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 707 106 Figura 196 HISTÓRIA In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 735 Figura 197 LETRAS In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 811 Figura 198 LINGUÍSTICA In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 821 Figura 199 MATEMÁTICA 1 In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 877 Figura 200 MATEMÁTICA 2 In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 877 Figura 201 MEDICINA In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 881 Figura 202 MODA In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 915 Figura 203 PEDAGOGIA In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 1022 Figura 204 PORTUGUÊS 1 In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 1066 107 Figura 205 PSICOLOGIA 1 In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 1093 Figura 206 PSICOLOGIA 2 In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 1093 Figura 207 PUBLICIDADE e Propaganda In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 1094 Figura 208 QUÍMICA In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 1108 Figura 209 VETERINÁRIA In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 1314 Figura 210 ALEMÃO In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 174 Figura 211 BRAILE In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 313 Figura 212 CHINÊS In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 402 Figura 213 ESPANHOL 1 In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 609 108 Figura 214 ESPANHOL 2 In CAPOVILLA F C et al Dicionário da língua de sinais do Brasil a Libras em suas mãos São Paulo Edusp 2017 p 1144 Figura 215 FRANCÊS In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 688 Figura 216 INGLÊS In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 757 Figura 217 ITALIANO In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 772 Figura 218 JAPONÊS In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 776 Figura 219 LIBRAS In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 820 Figura 220 BIBLIOTECA In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 290 Figura 221 LANCHONETE 1 In CAPOVILLA F C et al Dicionário da língua de sinais do Brasil a Libras em suas mãos São Paulo Edusp 2017 p 1640 Figura 222 LANCHONETE 2 In CAPOVILLA F C et al Dicionário da língua de sinais do Brasil a Libras em suas mãos São Paulo Edusp 2017 p 1640 109 Figura 223 QUADRA esporte In CAPOVILLA F C et al Dicionário da língua de sinais do Brasil a Libras em suas mãos São Paulo Edusp 2017 p 2346 Figura 224 SALA de aula In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 1162 Figura 225 BORRACHA In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 311 Figura 226 CADERNO espiral In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 335 Figura 227 CANETA 1 In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 352 Figura 228 CANETA 2 In CAPOVILLA F C et al Dicionário da língua de sinais do Brasil a Libras em suas mãos São Paulo Edusp 2017 p 544 Figura 229 CANETA 3 In CAPOVILLA F C et al Dicionário da língua de sinais do Brasil a Libras em suas mãos São Paulo Edusp 2017 p 544 Figura 230 COLA In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 426 Figura 231 COMPASSO In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 437 110 Figura 232 DICIONÁRIO In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 542 Figura 233 GIZ In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 709 Figura 234 LÁPIS In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 798 Figura 235 LÁPIS de cor In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 798 Figura 236 LIVRO 1 In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 824 Figura 237 LIVRO 2 In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 824 Figura 238 LOUSA In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 829 Figura 239 MOCHILA In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 914 Figura 240 PAPEL In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 1003 111 Figura 241 TESOURA In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 1247 Figura 242 BILINGUISMO In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 293 Figura 243 COMUNICAÇÃO total In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 440 Figura 244 CONFERÊNCIA In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 444 Figura 245 CONGRESSO In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 449 Figura 246 DIDÁTICA In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 542 Figura 247 ENSINAR In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 591 Figura 248 FORMATURA In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 684 Figura 249 MÉTODO In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 896 112 Figura 250 ORALISMO In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 982 Figura 251 PALESTRA In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 996 Figura 252 PROFESSOR In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 1084 Figura 253 PROJETO In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 1086 Figura 254 PROVA 1 In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 1091 Figura 255 PROVA 2 In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 1091 Figura 256 REUNIÃO 1 In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 1144 Figura 257 REUNIÃO 2 In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 1144 Figura 258 TEORIA In CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 p 1242 113 REFERÊNCIAS Textuais BAKHTIN M Marxismo e filosofia da linguagem Tradução Michel Lahud Yara Frateschi Vieira Lúcia Teixeira Wisnik e Carlos Henrique D Chagas Cruz São Paulo Hucitec 1992 BRASIL Ministério da Educação Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva Brasília 2008 Disponível em httpportalmecgovbrindexphpoptioncom docmanviewdownloadalias16690politicanacionaldeeducacaoespecialnaperspectivada educacaoinclusiva05122014Itemid30192 Acesso em 12 maio 2020 BRASIL Presidência da República Decreto n 5626 de 22 de dezembro de 2005 Regulamenta a Lei n 10436 de 24 de abril de 2002 que dispõe sobre a língua brasileira de sinais Libras e o art 18 da Lei n 10098 de 19 de dezembro de 2000 Brasília 2005 Disponível em httpwwwplanaltogovbr ccivil03ato200420062005decretod5626htm Acesso em 12 maio 2020 BRASIL Presidência da República Lei n 10436 de 24 de abril de 2002 Dispõe sobre a língua brasileira de sinais Libras e dá outras providências Brasília 2002 Disponível em httpwwwplanaltogovbr ccivil03leis2002l10436htm Acesso em 12 maio 2020 BRASIL Presidência da República Lei n 13146 de 6 de julho de 2015 Institui a lei brasileira de inclusão da pessoa com deficiência Estatuto da Pessoa com Deficiência Brasília 2015 Disponível em httpwwwplanaltogovbrccivil03ato201520182015leil13146htm Acesso em 12 maio 2020 CAPOVILLA F C et al Dicionário da língua de sinais do Brasil a Libras em suas mãos São Paulo Edusp 2017 CAPOVILLA F C RAPHAEL W D Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue São Paulo Edusp 2001 FALCÃO L A Aprendendo libras e reconhecendo as diferenças um olhar reflexivo sobre a inclusão Recife Editora do Autor 2007 FELIPE T A A função do intérprete na escolarização do surdo In CONGRESSO INTERNACIONAL DO INES 2 2003 Rio de Janeiro Anais Rio de Janeiro Ines 2003 FELIPE T A Libras em contexto curso básico livro do estudante cursista Brasília MEC Seesp 2001 FERNANDES E Linguagem e surdez Porto Alegre Artmed 2003 FERNANDES E Problemas linguísticos e cognitivos do surdo Rio de Janeiro AGIR 1990 FERREIRABRITO L Integração social e educação de surdos Rio de Janeiro Babel 1993 FERREIRABRITO L Por uma gramática de língua de sinais Rio de Janeiro Tempo Brasileiro 1995 114 LACERDA C B F Os processos dialógicos entre aluno surdo e educador ouvinte examinando a construção de conhecimentos 1996 Tese Doutorado em Educação Faculdade de Educação Unicamp Campinas 1996 Disponível em httprepositoriounicampbrbitstreamREPOSIP2516121 LacerdaCristinaBFdeCristinaBrogliaFeitosadeDpdf Acesso em 12 maio 2020 LANE H PHILIP F The deaf experience classics in language and education Cambridge Harvard University Press 1984 MOURA M C VIEIRA M I S Língua de sinais a clínica e a escola de quem é esse território In PAVONE S RAFAELI Y M org Audição voz e linguagem a clínica e o sujeito São Paulo Cortez 2005 p 109117 PEREIRA M C C VIEIRA M I S Bilinguismo e educação de surdos Revista Intercâmbio São Paulo v 19 p 6267 2009 Disponível em httpwwweducadoresdiaadiaprgovbrarquivosFileartigos edespecialbilinguismopdf Acesso em 12 maio 2020 QUADROS R M O bi em bilinguismo na educação de surdos In FERNANDES E org Surdez e bilinguismo Porto Alegre Mediação 2005 p 2636 QUADROS R M Educação de surdos a aquisição da linguagem Porto Alegre Artes Médicas 1997 QUADROS R M KARNOPP L B Língua de sinais brasileira estudos linguísticos Porto Alegre Artmed 2004 ROSA A S A presença do intérprete de língua de sinais na mediação social entre surdos e ouvintes In SILVA I R KAUCHAKJE S GESUELI Z M org Cidadania surdez e linguagem São Paulo Plexus 2003 SÁNCHEZ C La adquisición de la lengua escrita sin mediación de la lengua oral Caracas OEA 1989 SILVA A B P PEREIRA M C C ZANOLLI M L Mães ouvintes com filhos surdos concepção de surdez e escolha da modalidade de linguagem Psicologia Brasília v 23 n 3 p 279286 2007 SKLIAR C A localização política da educação bilingue para surdos In SKLIAR C org Atualidades da educação bilingue para surdos processos e projetos pedagógicos Porto Alegre Mediação 1999 p 714 SOUZA R M Que palavra que te falta São Paulo Martins Fontes 1998 STOKOE W C Sign language structure an outline of the visual communication systems of the American deaf New York University of Buffalo Press 1960 STRNADOVÁ V Como é ser surdo Rio de Janeiro Babel 2000 VERGAMINI S A A Mãos fazendo história Rio de Janeiro Arara Azul 2003 WILCOX S WILCOX P P Aprender a ver o ensino da língua de sinais americana como segunda língua Tradução Tarcísio de Arantes Leite Rio de Janeiro Arara Azul 2005 Informações wwwsepiunipbr ou 0800 010 9000