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EDUCAÇÃO LITERÁRIA A construção do convento e as condições de vida dos trabalhadores EXCERTO 1 Cap VIII p 152 ELrei foi a Mafra escolher o sítio onde há de ser levantado o convento Ficará neste alto a que chamam da Vela EXCERTO 2 Cap X p 163 Primeiro falouse em treze frades depois subiu para quarenta agora já andam os franciscanos da albergaria e da capela do Espírito Santo a dizer que não se deve olhenta EXCERTO 3 Cap XII p 177 entretanto começou a constar em Mafra e foi confirmado pelo vigário no sábado que vinha elrei a inaugurar a obra da raiz dos caboucos para cima colocando com as suas reais mãos a primeira pedra EXCERTO 4 Cap XIV pp 289290 293294 o sítio era conhecido pelo nome de Ilha da Madeira e bem posto lhe fora porque tirando umas poucas casas de pedra e cal todo o mais era de tabuada mas construído para durar Havia oficinas de ferreiros e outras artes mais de juntará os das latoeiros dos vidraceiros dos pintores e quantas mais Mas as casas de madeira tinham sobrado em baixo acomodavamse as bestas e os bois em cima as pessoas de muita ou alguma distinção os mestres da obra os matriculados e outros senhores da vedoriageral e oficiais da guerra que governavam os soldados A esta hora da manhã estavam saindo das lojas os bois e as mulas outros teriam sido levados mais cedo o chão empapavase de urina e excrementos Nestas grandes barracas de madeira dormem os homens não comporta cada uma menos de duzentos se Cristo em pessoa andou pelo mundo aqui não chegou porque nesse caso teria sido no alto da Vela o seu calvário Desde que o sol nasce até que se põe setecentos mil mil e duzentos homens carregam os carros com terra e pedras vão uns atrás dos outros despezão o entulho pela encosta abaixo e não é só mato o que vão cobrindo também alguma terra de cultivo além uma horta do tempo mourisco vaiselhe acabar a vida pobre dela tantos séculos a dar couves tenras alfaces que estalavam de frescura orégãos pezinhos de salsa e hortelã primícias e primores e agora adeus 1 Escavação para assentamento de alicerces 2 O que faz ou vende obras de latão ou de lata 3 Pavimento de madeira 4 Administração 5 Primeiras produções 1 Exponha a logística necessária a construção do convento 2 Explique a intenção do narrador quando afirma se Cristo em pessoa andou pelo mundo aqui não chegou porque nesse caso teria sido no alto da Vela o seu calvário P 1920 3 Identifique a crítica subjacente ao último parágrafo do excerto 4 COMPREENSÃO DO ORAL problematica sobre as condições de trabalho tema abordado por Saramago na sua obra suscita polémica considerando o ponto de vista da sua análise Visione um excerto do programa Prós e Contras da RTP e resolva as atividades propostas Leia antecipada mente todo o enunciado 1 Indique o contexto que serviu de ponto de partida para o debate 2 Indique as temáticas que sustentam as três ques tões que se levantam perante a polémica em debate 3 Complete o quadro que se apresenta de modo a identificar alguns dos argumentos e contraargumentos Posição defendida Argumentos Contraargumentos O aumento do salário mínimo é uma realidade que carece de discussão A proposta da CGTP é aumentar do salário mínimo de 600 para 2016 Há um acordo em vigor que diz que devia ser uma comissão a fazer essa proposta tendo em conta três indicadores produtividade crescimento económico e inflação A proposta da CGTP é aumentar do salário mínimo de 2016 para metade de 600 até 700 para o próximo mandato presidencial Existe uma margem de negociação se se tiver em conta o resultado da diferença entre aquilo que o trabalhador recebe e aquilo que a entidade empregadora paga ao Estado A opinião de Paulo Krugman o aumento do salário mínimo pode ser problemático para a economia portuguesa não é a opinião da CGTP A proposta da Confederação em relação ao aumento do salário mínimo para 2016 é inferior a 530 O salário mínimo deve aumentar para 600 em 2016 A proposta do Governo é insuficiente e pode e deve ser melhorada A riqueza deve ser melhor distribuída A Arnaldo Caldas Secretáriogeral da CGTP INSPEÇÃO Marroquês do convento UNIDADE 4 VISÕES SOBRE O TRABALHO 1 2 3 EXCERTO 3 Cap IX p 143 De elerei não falemos que sendo tão moço ainda gosta de brinquedas pois esse se diverte tanto com as freiras nos mosteiros e as vai empreanhando urna após outra ou várias ao mesmo tempo que quando acabar a sua história se há de contar por cento e mais ou menos si6m arranjadas coladas da rainha que seria de não fosse o seu confessor António Stieff jesuíta por lhe ensinar resignação e os sonhos em que lhe aparece o infante D Francisco com marinheiros mortos pendurados dos anéis das molas 1 Classifique as afirmações como verdadeiras ou falsas Corrija as falsas a Uma das maiores preocupações de D João V prendese com a questão da sua descendência b D João V é um homem extremamente fiel a D Maria Ana Josefa e por isso cumpre vigorosamente duas vezes por semana o seu dever real e conjugal c A rainha é uma mulher paciente e submissa ao rei e às convenções da aristocracia e da corte d Os problemas de infertilidade de D Maria Ana Josefa levaramna a deixar de acreditar em Deus e A relação entre D João V e D Maria Ana Josefa assume contornos protocolares e de grande formalidade f Como forma de minimizar o desinteresse de D João V por si D Maria Ana Josefa tem recorrentemente sonhos libidinosos 2 O narrador no excerto 1 adota uma atitude ironicamente machista 21 Transcreva a expressão que no excerto 1 evidencia esta ironia 22 Justifique a ironia do narrador 3 Atente na expressão O cântico está à espera da fonte p 27 31 Identifique o recurso expressivo presente na expressão comentando o seu valor semântico 32 Explique por que razão se pode afirmar que esta expressão resulta num exemplo de uma alusão intertextualidade 4 Aponte a crítica subjacente às seguintes palavras do narrador que em Portugal não há artífices de tanto primor e se os houvesse sem dúvida ganhariam menos p 5354 INFORMA GRAMÁTICA Linguagem e estilo pontuação reprodução do discurso no discurso TEXTO A Todas as características da minha técnica narrativa atual eu prefiro dizerm do meu estilo provêm de um princípio básico segundo o qual o eunarrador ora me veja quando es ouvido Quero com isto significar que é o eunarrador oral que me vejo quando es crêvo e que as palavras são por mim escritas tanto para serem lidas como para serem ouvidas Ora o narrador oral não precisa de pontuação fala como se estivesse a con por música e usa os mesmos elementos que o músico sons e pausas altos e baixos uns breves ou longas outras Certas tendências a que reconheço o confirma estrutu ras barrocas oratória circular simetria de elementos supunho que me vêm de uma certa ideia de um discurso oral tomado como música Perguntome mesmo se não haverá mais do que uma simples coincidência entre o caráter inorganizado e frag mentário do discurso falado de hoje e as expressões mútuas de certa música con temperânea José Saramago Contente de Lanzarote Diário II 5 de fevereiro 1994 Lisboa Editorial Caminho 1995 p 45 TEXTO B Sucede então que insistentemente nos romances de Saramago um continuum frásico entre dois pontos finais finge falas de duas ou mais personagens o diálogo interior de uma delas a interseção da voz do narrador o movimento de pergunta sem ponto de interrogação tudo apenas marcado por vírgulas maiúsculas e pela gestualidade enunciativa Um tal jogo de pontuação é além do mais índice de que uma só frase pode ser o cruzamento de vários enunciados índice da polifonia da enunciação que além disso marca as unidades maiores do texto A voz narrativa pode então fazerse de múltiplos registros discursivos da montagem de diferentes materiais lexicais até às diferentes formas de convócação de outros discursos literá rios e ao trabalho de transformação de clichês e proverbi os Carlos Reis História crítica da literatura portuguesa do Neorrealismo ao PostModernismo vol IX Lisboa Editorial Velho 2005 p 133 1 Considere a informação dos textos e o excerto que se apresenta transcrito Retiramse a uma parte D João V e o inquisidor e este diz Aquele que além está a frei António de S José a quem falandolhe eu sobre a tristeza de vossa majestade por lhe não dar filhos a rainha nossa senhora pedi que encomendasse vossa majestade a Deus para que lhe desse sucessão e ele me respondeu que vossa majestade terá filhos se quiser e então pergunteilhe que queria ele significar com tão obscuras palavras p 8284 11 Reescreva o excerto segundo a norma padrão do português atual na sua modalidade escrita 12 Destaque frases reveladoras da presença de dois modos de relato do discurso enunciando as respectivas marcas GRAMÁTICA 1 Atente na frase D João quinto do nome na tabela real irá esta noite ao quarto de sua mulher 1 11 Identifique a função sintática desempenhada pelo segmento sublinhado 12 Refira os valores temporal e modal presentes na frase 2 Classifique a oração Ainda que insistentemente tranquilizada pelo confessor 157 3 Identifique o mecanismo de coesão verificado entre os termos sublinhados em por isso se diverte tanto com as freiras nos mosteiros e as vai emprenhando 17576 Manual do convento UNIDADE 4 VISÕES SOBRE O TRABALHO