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Psicologia ·
Psicanálise
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BOLETIM DE PSICOLOGIA 2008 VOL LVIII Nº 129 185192 REGINA CÉLIA PAGANINI LOURENÇO FURIGO KARINA MENOSSI SAMPEDRO LUCIANA SILVA ZANELATO RENATA FEBRAIO FOLONI RODRIGO CLEMENTE BALLALAI E THOMAZ ORMROD Universidade do Sagrado Coração RESUMO Este estudo visa abordar alguns aspectos pertinentes à implantação do Serviço de Plantão Psicológico na Universidade do Sagrado Coração BauruSP O projeto de Plantão desenvolve atendimentos psicológicos de caráter emergencial destinados à comunidade que a ele recorre espontaneamente sem a necessidade de agendamento prévio O Serviço foi implantado em caráter experimental no ano de 2000 e desde então vem se desenvolvendo e consolidando em uma nova modalidade de atendimento por meio de estudos pesquisas projetos de extensão e práticas O Plantão surgiu para atender à grande demanda de sofrimento advinda da atual situação econômica social política e cultural em que se encontra a população brasileira proporcionando uma atenção psicológica ao sofrimento e à urgência do homem contemporâneo Palavraschave Plantão Psicológico crise atenção psicológica prática clínica ABSTRACT PSYCHOLOGICAL EMERGENCY ATTENDANCE A PRACTICE WHICH CONSOLIDATES ITSELF The purpose of this study is to point out some pertinent aspects of a Psychological Emergency Attendance Service implantation at the Universidade do Sagrado Coração BauruSao Paulo This service offers psychological emergency attendance to the community who spontaneously request such service without any previous scheduling The service was implanted as an experimental practice in 2000 and since then it has been developing and consolidating itself as a new type of clinical attendance producing researches studies extension projects and practices The Psychological Emergency Attendance has arisen as a service to attend the Brazilian suffering needs which has its origin in the current political social and economical situation providing a psychological attention to the suffering and urgency of the contemporary human being Key words Psychological emergency attendance service crisis clinical practice Endereço para correspondência Regina Célia PR Furigo Rua Capitão Gomes Duarte 2118 Bauru SP Email psykheeuolcombr PLANTÃO PSICOLÓGICO UMA PRÁTICA QUE SE CONSOLIDA REGINA CÉLIA PAGANINI LOURENÇO FURIGO KARINA MENOSSI SAMPEDRO LUCIANA SILVA ZANELATO RENATA FEBRAIO FOLONI RODRIGO CLEMENTE BALLALAI E THOMAZ ORMROD 186 Neste estudo pretendese abordar alguns aspectos pertinentes à implantação do Serviço de Plantão Psicológico na ClínicaEscola da Universidade do Sagrado Coração USC BauruSP Por Plantão Psicológico entendese uma nova modalidade de atendimento clínico reconhecida pelo Conselho Federal de Psicologia Freire 2004 diferente dos modelos tradicionais de psicoterapia devido ao seu caráter focal em emergências e urgências psíquica Distanciase dos modelos psicoterápicos por pretender oferecer a quem a ele recorre Atenção Psicológica em forma de Pronto Atendimento que consiste num espaço de escuta acolhimento e intervenção clínica perante situações de crise o que torna um fator que mobiliza e agiliza o tempo de reação e adesão à ajuda psicoterápica já que este Serviço recebe a pessoa no momento exato de sua necessidade Sobre Atenção Psicológica concordase com Furigo 2006 que a descreve como uma das instâncias mobilizadoras próprias ao Plantão Psicológico compreendendoa como a formação de uma aliança um vínculo um ir junto acompanhar o percurso do paciente Assim referese a um Serviço Psicológico de intervenção rápida em situações de crise sendo importante o entendimento pormenorizado em relação ao conceito de crise e demanda emergencial de urgência Acerca da crise entendese como Alto nível de ansiedade de dificuldade para pensar objetivar e discriminar problemas alterações na autoestima distúrbios nas relações com ou outros déficits na produtividade pessoal falta de um projeto positivo de futuro se conjugam e se potencializam criando uma escalada de efeitos negativos Tem um tempo certo de duração Fiorini 1983 p 125 Já em relação à demanda emergencial de urgência referendouse em Cury 1999 citada por Furigo 2006 p86 que a descreve como acontecimentos psíquicos que ocorrem ao usuário que não se encaixam na definição de crise acima mas que dada a subjetividade da pessoa para ele determinado confronto tornase uma crise passando a ter quase que a mesma gravidade de uma Crise O Plantão teve seu início no Serviço de Aconselhamento Psicológico do Instituto de Psicologia da USP por volta de 1960 criado pela professora Rachel Lia Rosenberg onde foi desenvolvido um Pronto Atendimento Psicológico inspirado em experiências norteamericanas vividas nas walkin clinics Bartz 1997 Rosenthal 1999 Desde então este Serviço vem se desenvolvendo e se consolidando em uma nova modalidade de atendimento por meio de estudos pesquisas projetos de extensão e práticas Outro ponto importante é que o Plantão surgiu para atender à grande demanda de sofrimento advinda da atual situação econômica social política e cultural em que se encontra a população brasileira a qual muitas vezes não tem recursos ou acesso a atendimento nos consultórios particulares E além disso como relatam Rabelo e Santos 2006 muitas vezes o modelo tradicional da psicoterapia clássica simplesmente não serve para determinadas pessoas que buscam uma atenção PLANTÃO PSICOLÓGICO UMA PRÁTICA QUE SE CONSOLIDA 187 psicológica somente no momento da crise e depois são capazes de retomar sua vida a partir da ajuda recebida Muitas dessas pessoas não procuram uma análise profunda de sua personalidade e muito menos possuem recursos financeiros para manter um tratamento desses Sendo assim o Serviço de Plantão Psicológico mostrase apropriado para lidar com as reais necessidades da sociedade atual brasileira oferecendo ajuda psicológica para momentos de crise sem necessidade de agendamento prévio pois essa ajuda é procurada espontaneamente Cury 1999 Araújo 2002 Furigo Almendro Sampedro Zanelato e Ballalai 2006 Porém sabese que essa responsabilidade social e habilidade para manejo técnico da profissão são aprendidas desde a formação Por isso Peres Santos e Coelho 2003 2004 relatam que as Clínicas Escolas de Psicologia através dos conteúdos teóricos e práticos oferecidos aos alunos contribuem para que se formem bons profissionais habilitados e também capazes de expandir as práticas psicológicas de acordo com a realidade da demanda social política econômica e cultural da sociedade Dutra 2004 p 384 salienta que a prática clínica da Psicologia tem lugar sempre que o sofrimento do sujeito cria uma demanda mas não necessariamente quando se instala uma patologia O autor completa seu raciocínio afirmando que a prática da Psicologia não pode se restringir ao consultório particular a um determinado número de pessoas a uma determinada classe econômica a uma técnica utilizada e muito menos a uma patologia diagnosticada HISTÓRICO DO PLANTÃO PSICOLÓGICO NA USC A implantação do Serviço de Plantão Psicológico na Universidade do Sagrado Coração pode ser caracterizada pelo encontro entre diversas inquietações da trajetória profissional e acadêmica da então supervisora do estágio de Psicologia Clínica professora Regina Furigo A preocupação a respeito da formação clínica do graduando em Psicologia conjuntamente com o repensar crítico da Psicologia no cenário brasileiro contemporâneo somado à possibilidade de um serviço que privilegiasse a grande demanda da ClínicaEscola da referida Universidade foram poderosos disparadores para a concretização desse espaço Furigo 2006 relata que tais eventos podem ser entendidos como sincronísticos termologia pertinente a sua orientação teórica junguiana pois congregaram eventos e disposições que favoreceram a descoberta e posterior introdução desse modelo de atendimento Na sua preparação para a dissertação de mestrado sobre a formação clínica do aluno de Psicologia teve o primeiro contato com a proposta de Plantão Psicológico Simultaneamente a um pedido da administração da ClínicaEscola para supervisionar um aluno que dispunha de grande disponibilidade de horários de estágio sugere realizar um atendimento de acolhimento psicológico para as pessoas que recorressem à clínica e que comumente esbarravam nas longas filas de espera para o atendimento psicoterápico tradicional Vale mencionar que neste estudo o termo acolhimento é entendido como uma profunda crença na capacidade do indivíduo enfrentar e superar suas próprias crises ainda que no momento da busca de atenção isso pareça longínquo e inexistente O Plantonista crê que a saída está no indivíduo REGINA CÉLIA PAGANINI LOURENÇO FURIGO KARINA MENOSSI SAMPEDRO LUCIANA SILVA ZANELATO RENATA FEBRAIO FOLONI RODRIGO CLEMENTE BALLALAI E THOMAZ ORMROD 188 A partir da solicitação foi implantado em caráter experimental o Plantão Psicológico no ano de 2000 com apenas um estagiário e todas as intempéries da falta de know how de um serviço de Pronto Atendimento Psicológico Ainda assim entusiasticamente nas férias escolares desse mesmo ano tanto a supervisora quanto o estagiário se debruçaram largamente nos estudos do que havia na época sobre Plantão Psicológico Intervenções em Crise Psicoterapia Breve e Aconselhamento Psicológico podendo iniciar uma sistematização dos casos já atendidos como também uma primeira ficha de coleta de dados O primeiro plantonista estagiário elaborou um treinamento com as atendentes da clínica promovendo a divulgação daquele Serviço que ali nascia Os efeitos colaterais da implantação desse Serviço na instituição visivelmente traziam consigo a percepção de um atendimento subversivo às regras clássicas a estranheza em relação à postura não convencional do plantonista as desconfianças com seus possíveis resultados e a desordem que de alguma maneira ocasionava devido aos atendimentos não agendados e ao lidar com as situações de crise dentre outros Furigo 2006 p 17 ressalta que o Plantão havia tirado da fila de espera aproximadamente 30 das pessoas que procuravam auxílio psicoterápico embora diminuir a fila de espera não fosse o objetivo maior do Projeto Devido a prerrogativas institucionais o projeto de Plantão Psicológico não se oficializou no ano seguinte conquistandose no ano de 2002 o caráter de Estágio Supervisionado optativo aos alunos do quinto ano da formação em Psicologia Com a formalização iniciase paulatinamente o crescimento e principalmente a consolidação do projeto perante o curso de Psicologia e a todos os demais cursos da universidade como para a população notadamente pelo aumento anual do número de atendimentos realizados nesse Serviço Psicológico Assim buscaramse parcerias com iniciativas assistenciais da cidade como as Organizações não governamentais e os serviços públicos das áreas de saúde saúde mental assistência jurídica e assistência social agregando serviços possíveis para os encaminhamentos realizados Em 2004 no intento de sistematizar os dados coletados nos atendimentos e discutidos nas supervisões coletivas do grupo de plantonistas estabeleceuse o procedimento de follow up em que se trabalhou nessas avaliações posteriores o grau de ajuda oferecida e elementos para o aprofundamento das discussões acadêmicas e clínicas sobre o Serviço e os casos especificamente Somase a gradativa divulgação científica na medida em que todo grupo de Plantão Psicológico participa de grupos de estudos e variados eventos acadêmicos trocando informações e disponibilizando dados igualmente na produção de pesquisas como o primeiro doutorado acerca do Plantão Psicológico defendido pela supervisora desse Serviço no ano de 2006 na PUC de Campinas e as demais monografias comunicações orais painéis e relatos de experiências Outro exemplo de produção acadêmica do grupo de Plantão Psicológico da USC foi o capítulo Plantão Psicológico Buscando romper com os parâmetros clássicos da prática psicoterápica Furigo et al 2006 publicado no livro Práticas Psicológicas em Instituições uma reflexão sobre os ServiçosEscola que demarca quali quantitativamente os dados mais recentes deste Plantão Psicológico PLANTÃO PSICOLÓGICO UMA PRÁTICA QUE SE CONSOLIDA 189 COMO FUNCIONA O PLANTÃO PSICOLÓGICO NA USC Todo ano o Serviço de Plantão Psicológico é divulgado no Município de Bauru e região por meio de cartazes panfletos anúncio em rádio e comunicados internos nos setores da USC A procura pelo Plantão se dá de forma espontânea sem necessidade de agendamento e sem nenhum custo para a população sendo este Serviço custeado pelo SUS Sistema Único de Saúde O principal objetivo é auxiliar na resolução de conflitos psicológicos focando em questões emergentes urgentes as quais nem sempre precisam de acompanhamento prolongado Furigo et al 2006 p 87 Os procedimentos adotados na ClínicaEscola da USC são constituídos de uma entrevista psicológica e até dois possíveis retornos não tendo uma demarcação fixa de distanciamento proximidade entre um atendimento e outro podendo tanto ter o espaçamento de uma semana quanto ser marcado para o dia seguinte ou até mesmo para a segunda ou terceira semana após a entrevista Geralmente os retornos são combinados entre o plantonistaestagiário e o cliente de acordo com a possibilidade e necessidade deste último Após três semanas do término dos retornos é marcada uma entrevista de followup que consta de três questões básicas O Plantão ajudou Em que Como O propósito desta entrevista é verificar a efetividade do Serviço do Plantão se o mesmo possibilitou melhorias ou não no que se refere à demanda emocional trazida pelo cliente Em casos de insucessos estudamse igualmente os fatores ocorridos Furigo et al 2006 As principais técnicas utilizadas para a condução do processo psicoterápico são técnicas verbais entrevista confrontação esclarecimentos aconselhamento ludoterápicas uso de brinquedos jogos desenhos psicométricas testes inventários escalas vivenciais relaxamento psicodrama exercício de dinâmica e relaxamento Na maioria das vezes os atendimentos são individuais em alguns casos é solicitada a presença da família quando a mesma faz parte do conflito O Plantão Psicológico constituise basicamente como um espaço de escuta e acolhimento Dependendo do caso ele também pode desempenhar o papel que compete a um serviço de triagem e encaminhamento para outros serviços disponíveis na comunidade como médicos principalmente psiquiátricos neurologistas ou clínicos gerais instituições grupos de autoajuda psicoterapia clássica e outros serviços internos da USC Desta forma temse que os procedimentos adotados nesse serviço são variáveis porém independente de ser encaminhado ou não o acolhimento inicial por si só já é considerado uma intervenção Peres Santos e Coelho 2003 2004 Yamamoto et al 2006 As supervisões de estágios são feitas semanalmente e com todo o grupo de plantonista tendo como objetivo proporcionar ao plantonista experiência e agilidade cada vez maior de investigação focal e de diagnóstico num espaço relativamente curto preparandoo para lidar com situações de crise bem como aprende a estabelecer um contato empático e maior autonomia na prática clínica O supervisor pode rever de modo crítico as atitudes e procedimentos dos plantonistasestagiários incentivando a autocrítica o desenvolvimento pessoal e o estudo teórico Bartz 1997 Cury 1999 REGINA CÉLIA PAGANINI LOURENÇO FURIGO KARINA MENOSSI SAMPEDRO LUCIANA SILVA ZANELATO RENATA FEBRAIO FOLONI RODRIGO CLEMENTE BALLALAI E THOMAZ ORMROD 190 DADOS SOBRE O PERCURSO DO PLANTÃO Tabela 1 Distribuição dos participantes e médias de atendimentos por ano de estágio Anos Casos Plantonistas Média por de Estágio Atendidos Plantonista 2000 52 1 52 2001 2002 114 7 19 2003 209 10 20 2004 213 15 14 2005 148 7 21 2006 203 11 18 Total 939 51 18 De acordo com a Tabela 1 verificase um total de 939 casos atendidos no Plantão Psicológico desde que ele foi implantado bem como a formação técnica de 51 plantonistas possibilitando ao aluno em formação em Psicologia Clínica atuar em casos diversificados dentro de uma proposta inovadora de atendimento psicoterápico facilitandolhe assim a absorção maior dos procedimentos clínicos Notase também que o número de casos atendidos é relativo e que também pode estar relacionado ao número disponível de plantonista Em relação às queixas mais freqüentes relatadas pelos clientes no Plantão destacamse problemas familiares problemas de relacionamentos afetivos sintomas depressivos problemas de aprendizagem agressividade infantil hiperatividade problemas sexuais estresse dependência de substâncias psicoativas e transtornos fóbicos A maioria dos casos atendidos é resolvido no Plantão porém se verifica que há desistências por parte do cliente embora isto ocorra com menor freqüência quando comparado aos que chegam até ao final Neste sentido Tassinari 1999 alerta que o abandono do processo psicoterápico pode ser desvelado pelos relatos dos pesquisadores a partir de entrevistas com clientes que interromperam a terapia que a maioria deles não havia de fato abandonado a terapia porém não retornaram porque já se sentiam satisfeitos com os resultados das primeiras consultas Para Small 1974 p 14 nos momentos de crise uma ajuda rápida e eficaz pode resultar numa diminuição do sofrimento no encurtamento do período de perturbação e numa maior realização para a vida do indivíduo Desta forma é possível entender que os clientes que não retornaram ao Plantão tenham obtido uma melhora ou até mesmo conseguido encontrar uma solução para seu problema devido ao atendimento no momento da crise É importante destacar que o Plantão Psicológico está gerando transformações e estimulando novas pesquisas o que pode contribuir para o redimensionamento das rotinas presentes nas ClínicasEscola PLANTÃO PSICOLÓGICO UMA PRÁTICA QUE SE CONSOLIDA 191 CONSIDERAÇÕES FINAIS Tendo em vista os dados apresentados podese inferir que o projeto de Plantão Psicológico para a comunidade de Bauru e região se consolida à medida que as estatísticas apontam um número significativo de atendimentos clínicos variabilidade de queixas faixas etárias diversificadas solicitando o Serviço e os resultados positivos das entrevistas de followup destacados em outros trabalhos Cabe relacionar o fortalecimento da produção de novos saberes às demandas da comunidade inserindo novas e adequadas técnicas e entendimentos teóricos aos encontros de Plantão procurando estabelecer uma relação psicológica com as idéias e vivências presentes no mundo e nos indivíduos A experiência adquirida nos atendimentos e supervisões atesta que a prática do Plantão proporciona uma atenção psicológica ao sofrimento e a urgência do homem contemporâneo De acordo com Araújo 2002 uma nova prática clínica como o Plantão Psicológico possibilita um maior desenvolvimento profissional do psicólogo amplia o interesse na área de pesquisa e proporciona uma vivência direcionada para o espaço público principalmente nos momentos de crise Portanto concluise que este estudo não esgota o assunto apenas levanta alguns dados sobre a prática do Plantão Psicológico na USC no contexto da clínicaescola que a cada dia busca se consolidar REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Araújo ATS 2002 Redes em Psicologia clínica Psikhê 7 2 3337 Bartz SS 1997 Plantão psicológico Atendimento criativo à demanda de emergência Interações Estudos e Pesquisas em Psicologia 1 3 2137 Cury V 1999 Plantão psicológico em clínicaescola In M Mahfoud Org Plantão psicológico Novos horizontes pp 115133 São Paulo Companhia Ilimitada Dutra E 2004 Considerações sobre as significações da Psicologia clínica na contemporaneidade Estudos de Psicologia PUCCampinas 9 2 381387 Fiorini HJ 1983 Teoria e técnicas de psicoterapias C Sussekind trad 5ª ed Rio de Janeiro Francisco Alves Freire PSGL 2004 Pronto atendimento psicológico em um serviço universitário compreendendo os processos sob o olhar da Psicologia Analítica Dissertação de Mestrado Pontifícia Universidade Católica de Campinas Campinas Furigo RCPL 2006 Plantão Psicológico Uma contribuição da clínica junguiana para a atenção psicológica na área da saúde Tese de Doutorado Pontifícia Universidade Católica de Campinas Campinas Furigo RCPL Almendro GW Sampedro KM Zanelato LS Ballalai RC 2006 Plantão psicológico buscando romper com os parâmetros clássicos da prática psicoterápica In C Ramos G G Silva S Souza Org Práticas psicológicas em instituições Uma reflexão sobre os serviçosescola pp 8098 São Paulo Editora Vetor REGINA CÉLIA PAGANINI LOURENÇO FURIGO KARINA MENOSSI SAMPEDRO LUCIANA SILVA ZANELATO RENATA FEBRAIO FOLONI RODRIGO CLEMENTE BALLALAI E THOMAZ ORMROD 192 Peres RS Santos MA Coelho HMB 2003 Atendimento psicológico a estudantes universitários Considerações acerca de uma experiência em clínicaescola Estudos de Psicologia PUCCampinas 20 3 4757 Peres RS Santos MA Coelho HMB 2004 Perfil da clientela de um programa de prontoatendimento psicológico a estudantes universitários Psicologia em Estudo 9 1 4754 Rabelo I S Santos L M S P 2006 O desafio do Plantão Psicológico para o plantonista In C Ramos G G Silva S Souza Org Práticas psicológicas em instituições Uma reflexão sobre os serviçosescola pp 379387 São Paulo Editora Vetor Rosenthal RW 1999 Plantão de Psicólogos no Instituto Sedes Sapientiae Uma proposta de atendimento aberto à comunidade In Mahfoud M Org Plantão psicológico Novos horizontes pp 1528 São Paulo Companhia Ilimitada Small L 1974 As psicoterapias breves Rio de Janeiro Imago Tassinari MA 1999 Plantão psicológico centrado na pessoa no contexto escolar e a promoção da saúde Dissertação de Mestrado Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de Janeiro Yamamoto BS Kaminagakura IE Silva JCB Ackerman K Carvalho LS Kohara PKI Eisenlohr MG Kovács MJ 2006 Plantão psicológico no curso pré vestibular PsicoUSP Uma intervenção possível em um cursinho popular In C Ramos G G Silva S Souza Org Práticas psicológicas em instituições Uma reflexão sobre os serviçosescola pp 388403 São Paulo Editora Vetor Recebido em 310707 Revisto em 290408 Aceito em 050508 FURIGO Regina Célia Paganini Lourenço et al Plantão psicológico uma prática que se consolida Boletim de Psicologia v 58 n 129 p 185192 2008 1 INTRODUÇÃO 11 CONTEXTUALIZAÇÃO O artigo intitulado Plantão psicológico uma prática que se consolida foi publicado em 2008 por cinco pesquisadores Regina Célia Paganini Lourenço Furigo é especialista mestre e doutora em Psicologia atuando como professora assistente na Universidade do Sagrado Coração e tem experiência em pesquisas com ênfase em plantões psicológicos e psicologia analítica Karina Menossi Sampedro é formada em Psicologia por essa instituição Luciana Silva Zanelato é mestre e doutoranda em Psicologia e é professora assistente Universidade do Sagrado Coração tendo como áreas de atuação a Psicologia Organizacional e do Trabalho Psicologia do Trânsito e Psicologia do Desenvolvimento Humano Renata Febraio Foloni também é graduada em Psicologia por essa mesma instituição Rodrigo Clemente Ballalai é mestrando em Psicologia e foca seus estudos em temas como plantões psicológicos e atenção psicológica Por fim Thomaz Ormrod é graduado em Psicologia Com isso notase que esse estudo foi realizado no contexto da Universidade do Sagrado Coração 12 APRESENTAÇÃO Inicialmente cabe destacar que o texto é dividido em cinco partes sendo elas introdução histórico do plantão psicológico na USC como funciona o plantão psicológico na USC dados sobre o percurso do plantão e considerações finais A primeira etapa trata do objetivo do estudo e dos conceitos básicos acerca do tema Desse modo a pesquisa em questão objetiva demonstrar características acerca da construção do Serviço de Plantão Psicológico na ClínicaEscola da Universidade do Sagrado Coração USC BauruSP Desse modo os autores inicialmente se preocupam em definir e diferenciar o plantão psicológico o qual é caracterizado principalmente por ser emergencial e urgente ou seja configurase como uma intervenção para momentos de crises A partir disso ainda nessa primeira parte os autores destacam que a prática de Plantão Psicológico teve início em 1960 no Serviço de Aconselhamento Psicológico do Instituto de Psicologia da USP a evoluiu e ainda se desenvolve como um método de atendimento A demanda por esse tipo de serviço surge diante da busca por serviço psicológico em momentos específicos sem ter a necessidade de um acompanhamento e de agendamento Na segunda parte os autores tratam da implementação do histórico do plantão psicológico na USC Ela veio como resultado do trabalho da Regina Furigo pensando na importância desse tipo de serviço já citada anteriormente e também em atender as pessoas que ficavam nas listas de espera por psicoterapia tradicional Nesse sentido em 2000 houve a implementação experimental desse serviço contando apenas com um estagiário e com isso conseguiuse desafogar em 30 a fila para psicoterapia apesar das desconfianças que surgiram acerca do plantão psicológico Gradualmente o serviço ganhou espaço e aceitação conseguindo parcerias com outras organizações e instituições para ampliálo além de transformarse em produção de pesquisa e divulgação científica A terceira parte do artigo trata do funcionamento do plantão psicológico na USC Com a divulgação feita na região de atuação a procura por ele acontece espontaneamente A partir disso são feitas uma entrevista psicológica e também dois retornos posteriores os quais são agendados Os atendimentos são feitos de forma individual ou com a família utilizando diversos recursos para isso Além disso é feita uma entrevista de followup para avaliar a qualidade do serviço depois de um intervalo de três semanas do retorno Além de sua função emergencial os autores também destacam que os plantões também são formas de encaminhar os indivíduos para outros serviços oferecidos Internamente há supervisões grupais e semanais para aprimorar o atendimento cada vez mais A quarta etapa do texto traz os dados acerca do percurso do plantão psicológico Nesse contexto notase que foram atendidos 939 casos sendo eles feitos por 51 plantonistas tendo queixas comuns como problemas familiares estresse e relacionamentos interpessoais Também há um índice de desistência do processo que pode indicar a satisfação ou melhora do problema apenas com o início do tratamento Na quinta parte os autores apontam como considerações finais a consolidação e eficácia do plantão psicológico na região de Bauru o qual atende positivamente às demandas da comunidade 2 DESENVOLVIMENTO 21 AVALIAÇÃO A partir da leitura do artigo apresento uma opinião positiva sobre ele na medida em que apresenta como uma prática psicológica crescente foi implementada na instituição em questão Além disso os autores conseguiram através da escrita cumprir o objetivo do estudo o que demonstra coerência interna na pesquisa Apesar do ponto de vista favorável em uma determinada parte do texto o conteúdo me pareceu confuso Assim o artigo cumpre seu papel na disseminação de informação sobre plantões psicológicos e acerca do processo de implementação dele em uma instituição podendo com isso inspirar a utilização desse serviço em outras universidades 22 ANÁLISE A obra analisada apresenta muitos aspectos positivos e alguns negativos Acerca das características favoráveis cabe destacar a ótima divisão do texto trazida pelos autores a qual proporciona um melhor entendimento do conteúdo exposto Além disso a escrita de fácil entendimento e coerente favorece a leitura do estudo cumprindo o possível objetivo de democratização da informação bem como de auxiliar o processo de formação de novos profissionais de Psicologia e de novos serviços nesse sentido O histórico de implementação do plantão psicológico trazido no estudo pode inspirar e guiar outras universidades nesse processo fazendo com que caso seja concretizado mais comunidades tenham acesso a esse tipo de serviço e como consequência as filas para serviços gratuitos de psicoterapia tradicional sejam diminuídas nessas regiões Junto a isso a especificação de como ocorre o plantão psicológico na USC pode auxiliar além da implementação no entendimento dos estudantes de Psicologia acerca de como esse serviço pode ser oferecido de forma eficaz Como aspecto negativo destacouse a falta de especificação de onde pertenciam os dados trazidos na quarta parte do texto Isso porque embora possa parecer óbvio que os números expostos sejam advindos da USC essa ausência de caracterização causa uma certa confusão no leitor Outra característica que pode ser considerada negativa é a especificidade que o estudo tem na instituição em questão faltando talvez uma visão mais ampla da aplicação do plantão psicológico no Brasil Assim apesar desses aspectos desfavoráveis o artigo apresenta benefícios que os superam atribuindo um valor positivo para a disseminação do conhecimento acerca da importante ferramenta que é o plantão psicológico 3 CONCLUSÃO Diante do exposto concluise que a leitura do artigo intitulado Plantão psicológico uma prática que se consolida é válida para estudantes docentes coordenadores dos cursos de Psicologia Isso porque apresenta e especifica a prática do plantão psicológico como um complemento e alternativa para as formas de psicoterapia tradicionais para as quais sempre há filas enormes que podem ser reduzidas a partir desse serviço pontual VIEIRA Emanuel Meireles BORIS Georges Daniel Janja Bloc O plantão psicológico como possibilidade de interlocução da psicologia clínica com as políticas públicas Estudos e pesquisas em psicologia v 12 n 3 p 883896 2012 1 INTRODUÇÃO 11 CONTEXTUALIZAÇÃO O artigo intitulado O plantão psicológico como possibilidade de interlocução da psicologia clínica com as políticas públicas foi publicado em 2012 e conta com dois autores Emanuel Meireles Vieira é graduado mestre e doutor em Psicologia e tem experiência em temas como abordagem centrada na pessoa psicologia clínica e psicologia comunitária e é professor adjunto da Universidade Federal do Ceará e permanente do programa de pósgraduação na mesma instituição além de ser colaborador também de pósgraduação em Psicologia da Saúde da Universidade Federal da Bahia Georges Daniel Janja Bloc Boris por sua vez é graduado em Psicologia mestre em Educação e doutor em Sociologia sendo todos os títulos fornecidos pela Universidade Federal do Ceará Além disso Boris tem um extenso e interessante currículo sendo professor de graduação e do programa de pósgraduação em Psicologia na Universidade de Fortaleza 12 APRESENTAÇÃO O artigo é dividido em cinco partes introdução a psicologia clínica no Brasil partes de um cenário em movimento o plantão psicológico no cenário da psicologia clínica o plantão psicológico e as políticas públicasa experiência da UFPA e considerações finais Na primeira parte os autores apontam o objetivo do estudo e alguns conceitos importantes para o entendimento dele Nesse sentido a pesquisa visa explorar a experiência de plantão psicológico como uma oportunidade de diálogo entre a Psicologia e as políticas públicas Assim os autores nessa etapa fazem uso da contextualização da história da construção da Psicologia Clínica para analisar e compreender o desenvolvimento dela ao longo do tempo A segunda parte trata da transformação da Psicologia Clínica no Brasil destacando as mudanças ocorridas a partir de 1980 Nesse sentido destacase que a psicologia na contemporaneidade pode ser apresentada de forma tradicional sendo assim individual e das formas emergentes as quais focam nas associações entre os fenômenos psicológicos e o contexto social como fruto da demanda social na atualidade as quais exigem que as fronteiras entre a psicologia clínica e social sejam transcendidas Assim essa nova abordagem tem efeito também na área e no entendimento da Psicopatologia Na terceira parte do artigo os autores trazem a conceituação e aplicação do plantão psicológico o qual é caracterizado pelo caráter emergencial e pontual Além disso um dos referenciais mais utilizados para oferecer plantões psicológicos é a Abordagem Centrada na Pessoa ACP Outro aspecto importante trazido nessa etapa do texto é a diferenciação entre o plantão psicológico e a psicoterapia A quarta parte do texto trata da implementação do plantão psicológico associado a políticas públicas na Universidade Federal do Pará UFPA Acerca do funcionamento desse serviço nesta instituição os autores afirmam que ele ocorre duas vezes na semana contando com doze voluntários treinados a partir de leituras discussões e prática fundamentadas na ACP supervisionados por um professor A necessidade de interação entre as políticas públicas e a psicologia clínica foi salientada diante de uma situação de risco de vida de uma cliente atendida na UFPA na qual a escuta oferecida foi útil porém não suficiente A partir disso os autores destacam a importância de utilizar os plantões psicológicos como um local de interligação com programas e projetos governamentais Assim é possível que a função da psicologia clínica seja ampliada na medida em que consegue abarcar as complexidades das demandas enquanto problemas sociais Como conclusão e última parte os autores destacam a sugestão de associar a psicologia clínica com as políticas públicas como uma maneira de atualizála de acordo com a contemporaneidade através dos plantões psicológicos Entretanto também apontam a dificuldade de formar profissionais que visem oferecer esse tipo de serviço uma vez que as graduações focam na instrução para atendimento individual Assim os autores trazem a proposta de que os plantões sejam inseridos em instituições que façam parte de programas e projetos relacionados a políticas públicas a fim de ampliar a função da escuta clínica 2 DESENVOLVIMENTO 21 AVALIAÇÃO A partir da leitura do artigo apresento uma opinião positiva sobre ele na medida em que traz uma contextualização acerca da psicologia clínica no Brasil bem como a importância da interligação dela com políticas públicas a fim de ser eficaz na resolução de demandas mais complexas Além disso os autores conseguiram através da escrita cumprir o objetivo do estudo o que demonstra coerência interna na pesquisa Assim o artigo cumpre seu papel na disseminação de informação sobre plantões psicológicos e sua possível associação com as políticas públicas 22 ANÁLISE A obra analisada apresenta muitos aspectos positivos Acerca das características favoráveis cabe destacar a boa repartição do artigo trazida pelos autores a qual proporciona a facilidade no entendimento dos assuntos expostos Além disso a escrita de fácil entendimento e coerente favorece a leitura do estudo cumprindo o possível objetivo de democratização da informação sendo escrito pensando sobretudo em estudantes de Psicologia Ademais a contextualização acerca da Psicologia Clínica tratando da abordagem tradicional dela e do surgimento da necessidade de articular ela com as políticas públicas faz com que a proposta trazida no final do estudo seja melhor entendida uma vez que os autores apresentam os argumentos anteriormente Além disso outro aspecto positivo notado no estudo é o fato de que além de apresentar o surgimento da necessidade e os problemas existentes a partir dela os autores também apresentam uma proposta mesmo que utópica para solucionar essa problemática Assim novos estudos podem ser inspirados para formular uma forma de colocar em prática a articulação entre os plantões psicológicos e as políticas públicas 3 CONCLUSÃO Com isso concluise que a leitura do artigo intitulado O plantão psicológico como possibilidade de interlocução da psicologia clínica com as políticas públicas é válida para estudantes docentes coordenadores dos cursos de Psicologia e também para gestores de programas e serviços de políticas públicas que podem ser associadas aos plantões psicológicos Assim esse estudo contribui para promover uma melhoria na funcionalidade e eficácia da escuta clínica a qual é uma demanda contemporânea que precisa ser atendida FURIGO Regina Célia Paganini Lourenço et al Plantão psicológico uma prática que se consolida Boletim de Psicologia v 58 n 129 p 185192 2008 1 INTRODUÇÃO 11 CONTEXTUALIZAÇÃO O artigo intitulado Plantão psicológico uma prática que se consolida foi publicado em 2008 por cinco pesquisadores Regina Célia Paganini Lourenço Furigo é especialista mestre e doutora em Psicologia atuando como professora assistente na Universidade do Sagrado Coração e tem experiência em pesquisas com ênfase em plantões psicológicos e psicologia analítica Karina Menossi Sampedro é formada em Psicologia por essa instituição Luciana Silva Zanelato é mestre e doutoranda em Psicologia e é professora assistente Universidade do Sagrado Coração tendo como áreas de atuação a Psicologia Organizacional e do Trabalho Psicologia do Trânsito e Psicologia do Desenvolvimento Humano Renata Febraio Foloni também é graduada em Psicologia por essa mesma instituição Rodrigo Clemente Ballalai é mestrando em Psicologia e foca seus estudos em temas como plantões psicológicos e atenção psicológica Por fim Thomaz Ormrod é graduado em Psicologia Com isso notase que esse estudo foi realizado no contexto da Universidade do Sagrado Coração 12 APRESENTAÇÃO Inicialmente cabe destacar que o texto é dividido em cinco partes sendo elas introdução histórico do plantão psicológico na USC como funciona o plantão psicológico na USC dados sobre o percurso do plantão e considerações finais A primeira etapa trata do objetivo do estudo e dos conceitos básicos acerca do tema Desse modo a pesquisa em questão objetiva demonstrar características acerca da construção do Serviço de Plantão Psicológico na ClínicaEscola da Universidade do Sagrado Coração USC BauruSP Desse modo os autores inicialmente se preocupam em definir e diferenciar o plantão psicológico o qual é caracterizado principalmente por ser emergencial e urgente ou seja configurase como uma intervenção para momentos de crises A partir disso ainda nessa primeira parte os autores destacam que a prática de Plantão Psicológico teve início em 1960 no Serviço de Aconselhamento Psicológico do Instituto de Psicologia da USP a evoluiu e ainda se desenvolve como um método de atendimento A demanda por esse tipo de serviço surge diante da busca por serviço psicológico em momentos específicos sem ter a necessidade de um acompanhamento e de agendamento Na segunda parte os autores tratam da implementação do histórico do plantão psicológico na USC Ela veio como resultado do trabalho da Regina Furigo pensando na importância desse tipo de serviço já citada anteriormente e também em atender as pessoas que ficavam nas listas de espera por psicoterapia tradicional Nesse sentido em 2000 houve a implementação experimental desse serviço contando apenas com um estagiário e com isso conseguiuse desafogar em 30 a fila para psicoterapia apesar das desconfianças que surgiram acerca do plantão psicológico Gradualmente o serviço ganhou espaço e aceitação conseguindo parcerias com outras organizações e instituições para ampliálo além de transformarse em produção de pesquisa e divulgação científica A terceira parte do artigo trata do funcionamento do plantão psicológico na USC Com a divulgação feita na região de atuação a procura por ele acontece espontaneamente A partir disso são feitas uma entrevista psicológica e também dois retornos posteriores os quais são agendados Os atendimentos são feitos de forma individual ou com a família utilizando diversos recursos para isso Além disso é feita uma entrevista de followup para avaliar a qualidade do serviço depois de um intervalo de três semanas do retorno Além de sua função emergencial os autores também destacam que os plantões também são formas de encaminhar os indivíduos para outros serviços oferecidos Internamente há supervisões grupais e semanais para aprimorar o atendimento cada vez mais A quarta etapa do texto traz os dados acerca do percurso do plantão psicológico Nesse contexto notase que foram atendidos 939 casos sendo eles feitos por 51 plantonistas tendo queixas comuns como problemas familiares estresse e relacionamentos interpessoais Também há um índice de desistência do processo que pode indicar a satisfação ou melhora do problema apenas com o início do tratamento Na quinta parte os autores apontam como considerações finais a consolidação e eficácia do plantão psicológico na região de Bauru o qual atende positivamente às demandas da comunidade 2 DESENVOLVIMENTO 21 AVALIAÇÃO A partir da leitura do artigo apresento uma opinião positiva sobre ele na medida em que apresenta como uma prática psicológica crescente foi implementada na instituição em questão Além disso os autores conseguiram através da escrita cumprir o objetivo do estudo o que demonstra coerência interna na pesquisa Apesar do ponto de vista favorável em uma determinada parte do texto o conteúdo me pareceu confuso Assim o artigo cumpre seu papel na disseminação de informação sobre plantões psicológicos e acerca do processo de implementação dele em uma instituição podendo com isso inspirar a utilização desse serviço em outras universidades 22 ANÁLISE A obra analisada apresenta muitos aspectos positivos e alguns negativos Acerca das características favoráveis cabe destacar a ótima divisão do texto trazida pelos autores a qual proporciona um melhor entendimento do conteúdo exposto Além disso a escrita de fácil entendimento e coerente favorece a leitura do estudo cumprindo o possível objetivo de democratização da informação bem como de auxiliar o processo de formação de novos profissionais de Psicologia e de novos serviços nesse sentido O histórico de implementação do plantão psicológico trazido no estudo pode inspirar e guiar outras universidades nesse processo fazendo com que caso seja concretizado mais comunidades tenham acesso a esse tipo de serviço e como consequência as filas para serviços gratuitos de psicoterapia tradicional sejam diminuídas nessas regiões Junto a isso a especificação de como ocorre o plantão psicológico na USC pode auxiliar além da implementação no entendimento dos estudantes de Psicologia acerca de como esse serviço pode ser oferecido de forma eficaz Como aspecto negativo destacouse a falta de especificação de onde pertenciam os dados trazidos na quarta parte do texto Isso porque embora possa parecer óbvio que os números expostos sejam advindos da USC essa ausência de caracterização causa uma certa confusão no leitor Outra característica que pode ser considerada negativa é a especificidade que o estudo tem na instituição em questão faltando talvez uma visão mais ampla da aplicação do plantão psicológico no Brasil Assim apesar desses aspectos desfavoráveis o artigo apresenta benefícios que os superam atribuindo um valor positivo para a disseminação do conhecimento acerca da importante ferramenta que é o plantão psicológico 3 CONCLUSÃO Diante do exposto concluise que a leitura do artigo intitulado Plantão psicológico uma prática que se consolida é válida para estudantes docentes coordenadores dos cursos de Psicologia Isso porque apresenta e especifica a prática do plantão psicológico como um complemento e alternativa para as formas de psicoterapia tradicionais para as quais sempre há filas enormes que podem ser reduzidas a partir desse serviço pontual VIEIRA Emanuel Meireles BORIS Georges Daniel Janja Bloc O plantão psicológico como possibilidade de interlocução da psicologia clínica com as políticas públicas Estudos e pesquisas em psicologia v 12 n 3 p 883896 2012 1 INTRODUÇÃO 11 CONTEXTUALIZAÇÃO O artigo intitulado O plantão psicológico como possibilidade de interlocução da psicologia clínica com as políticas públicas foi publicado em 2012 e conta com dois autores Emanuel Meireles Vieira é graduado mestre e doutor em Psicologia e tem experiência em temas como abordagem centrada na pessoa psicologia clínica e psicologia comunitária e é professor adjunto da Universidade Federal do Ceará e permanente do programa de pósgraduação na mesma instituição além de ser colaborador também de pósgraduação em Psicologia da Saúde da Universidade Federal da Bahia Georges Daniel Janja Bloc Boris por sua vez é graduado em Psicologia mestre em Educação e doutor em Sociologia sendo todos os títulos fornecidos pela Universidade Federal do Ceará Além disso Boris tem um extenso e interessante currículo sendo professor de graduação e do programa de pósgraduação em Psicologia na Universidade de Fortaleza 12 APRESENTAÇÃO O artigo é dividido em cinco partes introdução a psicologia clínica no Brasil partes de um cenário em movimento o plantão psicológico no cenário da psicologia clínica o plantão psicológico e as políticas públicasa experiência da UFPA e considerações finais Na primeira parte os autores apontam o objetivo do estudo e alguns conceitos importantes para o entendimento dele Nesse sentido a pesquisa visa explorar a experiência de plantão psicológico como uma oportunidade de diálogo entre a Psicologia e as políticas públicas Assim os autores nessa etapa fazem uso da contextualização da história da construção da Psicologia Clínica para analisar e compreender o desenvolvimento dela ao longo do tempo A segunda parte trata da transformação da Psicologia Clínica no Brasil destacando as mudanças ocorridas a partir de 1980 Nesse sentido destacase que a psicologia na contemporaneidade pode ser apresentada de forma tradicional sendo assim individual e das formas emergentes as quais focam nas associações entre os fenômenos psicológicos e o contexto social como fruto da demanda social na atualidade as quais exigem que as fronteiras entre a psicologia clínica e social sejam transcendidas Assim essa nova abordagem tem efeito também na área e no entendimento da Psicopatologia Na terceira parte do artigo os autores trazem a conceituação e aplicação do plantão psicológico o qual é caracterizado pelo caráter emergencial e pontual Além disso um dos referenciais mais utilizados para oferecer plantões psicológicos é a Abordagem Centrada na Pessoa ACP Outro aspecto importante trazido nessa etapa do texto é a diferenciação entre o plantão psicológico e a psicoterapia A quarta parte do texto trata da implementação do plantão psicológico associado a políticas públicas na Universidade Federal do Pará UFPA Acerca do funcionamento desse serviço nesta instituição os autores afirmam que ele ocorre duas vezes na semana contando com doze voluntários treinados a partir de leituras discussões e prática fundamentadas na ACP supervisionados por um professor A necessidade de interação entre as políticas públicas e a psicologia clínica foi salientada diante de uma situação de risco de vida de uma cliente atendida na UFPA na qual a escuta oferecida foi útil porém não suficiente A partir disso os autores destacam a importância de utilizar os plantões psicológicos como um local de interligação com programas e projetos governamentais Assim é possível que a função da psicologia clínica seja ampliada na medida em que consegue abarcar as complexidades das demandas enquanto problemas sociais Como conclusão e última parte os autores destacam a sugestão de associar a psicologia clínica com as políticas públicas como uma maneira de atualizála de acordo com a contemporaneidade através dos plantões psicológicos Entretanto também apontam a dificuldade de formar profissionais que visem oferecer esse tipo de serviço uma vez que as graduações focam na instrução para atendimento individual Assim os autores trazem a proposta de que os plantões sejam inseridos em instituições que façam parte de programas e projetos relacionados a políticas públicas a fim de ampliar a função da escuta clínica 2 DESENVOLVIMENTO 21 AVALIAÇÃO A partir da leitura do artigo apresento uma opinião positiva sobre ele na medida em que traz uma contextualização acerca da psicologia clínica no Brasil bem como a importância da interligação dela com políticas públicas a fim de ser eficaz na resolução de demandas mais complexas Além disso os autores conseguiram através da escrita cumprir o objetivo do estudo o que demonstra coerência interna na pesquisa Assim o artigo cumpre seu papel na disseminação de informação sobre plantões psicológicos e sua possível associação com as políticas públicas 22 ANÁLISE A obra analisada apresenta muitos aspectos positivos Acerca das características favoráveis cabe destacar a boa repartição do artigo trazida pelos autores a qual proporciona a facilidade no entendimento dos assuntos expostos Além disso a escrita de fácil entendimento e coerente favorece a leitura do estudo cumprindo o possível objetivo de democratização da informação sendo escrito pensando sobretudo em estudantes de Psicologia Ademais a contextualização acerca da Psicologia Clínica tratando da abordagem tradicional dela e do surgimento da necessidade de articular ela com as políticas públicas faz com que a proposta trazida no final do estudo seja melhor entendida uma vez que os autores apresentam os argumentos anteriormente Além disso outro aspecto positivo notado no estudo é o fato de que além de apresentar o surgimento da necessidade e os problemas existentes a partir dela os autores também apresentam uma proposta mesmo que utópica para solucionar essa problemática Assim novos estudos podem ser inspirados para formular uma forma de colocar em prática a articulação entre os plantões psicológicos e as políticas públicas 3 CONCLUSÃO Com isso concluise que a leitura do artigo intitulado O plantão psicológico como possibilidade de interlocução da psicologia clínica com as políticas públicas é válida para estudantes docentes coordenadores dos cursos de Psicologia e também para gestores de programas e serviços de políticas públicas que podem ser associadas aos plantões psicológicos Assim esse estudo contribui para promover uma melhoria na funcionalidade e eficácia da escuta clínica a qual é uma demanda contemporânea que precisa ser atendida
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BOLETIM DE PSICOLOGIA 2008 VOL LVIII Nº 129 185192 REGINA CÉLIA PAGANINI LOURENÇO FURIGO KARINA MENOSSI SAMPEDRO LUCIANA SILVA ZANELATO RENATA FEBRAIO FOLONI RODRIGO CLEMENTE BALLALAI E THOMAZ ORMROD Universidade do Sagrado Coração RESUMO Este estudo visa abordar alguns aspectos pertinentes à implantação do Serviço de Plantão Psicológico na Universidade do Sagrado Coração BauruSP O projeto de Plantão desenvolve atendimentos psicológicos de caráter emergencial destinados à comunidade que a ele recorre espontaneamente sem a necessidade de agendamento prévio O Serviço foi implantado em caráter experimental no ano de 2000 e desde então vem se desenvolvendo e consolidando em uma nova modalidade de atendimento por meio de estudos pesquisas projetos de extensão e práticas O Plantão surgiu para atender à grande demanda de sofrimento advinda da atual situação econômica social política e cultural em que se encontra a população brasileira proporcionando uma atenção psicológica ao sofrimento e à urgência do homem contemporâneo Palavraschave Plantão Psicológico crise atenção psicológica prática clínica ABSTRACT PSYCHOLOGICAL EMERGENCY ATTENDANCE A PRACTICE WHICH CONSOLIDATES ITSELF The purpose of this study is to point out some pertinent aspects of a Psychological Emergency Attendance Service implantation at the Universidade do Sagrado Coração BauruSao Paulo This service offers psychological emergency attendance to the community who spontaneously request such service without any previous scheduling The service was implanted as an experimental practice in 2000 and since then it has been developing and consolidating itself as a new type of clinical attendance producing researches studies extension projects and practices The Psychological Emergency Attendance has arisen as a service to attend the Brazilian suffering needs which has its origin in the current political social and economical situation providing a psychological attention to the suffering and urgency of the contemporary human being Key words Psychological emergency attendance service crisis clinical practice Endereço para correspondência Regina Célia PR Furigo Rua Capitão Gomes Duarte 2118 Bauru SP Email psykheeuolcombr PLANTÃO PSICOLÓGICO UMA PRÁTICA QUE SE CONSOLIDA REGINA CÉLIA PAGANINI LOURENÇO FURIGO KARINA MENOSSI SAMPEDRO LUCIANA SILVA ZANELATO RENATA FEBRAIO FOLONI RODRIGO CLEMENTE BALLALAI E THOMAZ ORMROD 186 Neste estudo pretendese abordar alguns aspectos pertinentes à implantação do Serviço de Plantão Psicológico na ClínicaEscola da Universidade do Sagrado Coração USC BauruSP Por Plantão Psicológico entendese uma nova modalidade de atendimento clínico reconhecida pelo Conselho Federal de Psicologia Freire 2004 diferente dos modelos tradicionais de psicoterapia devido ao seu caráter focal em emergências e urgências psíquica Distanciase dos modelos psicoterápicos por pretender oferecer a quem a ele recorre Atenção Psicológica em forma de Pronto Atendimento que consiste num espaço de escuta acolhimento e intervenção clínica perante situações de crise o que torna um fator que mobiliza e agiliza o tempo de reação e adesão à ajuda psicoterápica já que este Serviço recebe a pessoa no momento exato de sua necessidade Sobre Atenção Psicológica concordase com Furigo 2006 que a descreve como uma das instâncias mobilizadoras próprias ao Plantão Psicológico compreendendoa como a formação de uma aliança um vínculo um ir junto acompanhar o percurso do paciente Assim referese a um Serviço Psicológico de intervenção rápida em situações de crise sendo importante o entendimento pormenorizado em relação ao conceito de crise e demanda emergencial de urgência Acerca da crise entendese como Alto nível de ansiedade de dificuldade para pensar objetivar e discriminar problemas alterações na autoestima distúrbios nas relações com ou outros déficits na produtividade pessoal falta de um projeto positivo de futuro se conjugam e se potencializam criando uma escalada de efeitos negativos Tem um tempo certo de duração Fiorini 1983 p 125 Já em relação à demanda emergencial de urgência referendouse em Cury 1999 citada por Furigo 2006 p86 que a descreve como acontecimentos psíquicos que ocorrem ao usuário que não se encaixam na definição de crise acima mas que dada a subjetividade da pessoa para ele determinado confronto tornase uma crise passando a ter quase que a mesma gravidade de uma Crise O Plantão teve seu início no Serviço de Aconselhamento Psicológico do Instituto de Psicologia da USP por volta de 1960 criado pela professora Rachel Lia Rosenberg onde foi desenvolvido um Pronto Atendimento Psicológico inspirado em experiências norteamericanas vividas nas walkin clinics Bartz 1997 Rosenthal 1999 Desde então este Serviço vem se desenvolvendo e se consolidando em uma nova modalidade de atendimento por meio de estudos pesquisas projetos de extensão e práticas Outro ponto importante é que o Plantão surgiu para atender à grande demanda de sofrimento advinda da atual situação econômica social política e cultural em que se encontra a população brasileira a qual muitas vezes não tem recursos ou acesso a atendimento nos consultórios particulares E além disso como relatam Rabelo e Santos 2006 muitas vezes o modelo tradicional da psicoterapia clássica simplesmente não serve para determinadas pessoas que buscam uma atenção PLANTÃO PSICOLÓGICO UMA PRÁTICA QUE SE CONSOLIDA 187 psicológica somente no momento da crise e depois são capazes de retomar sua vida a partir da ajuda recebida Muitas dessas pessoas não procuram uma análise profunda de sua personalidade e muito menos possuem recursos financeiros para manter um tratamento desses Sendo assim o Serviço de Plantão Psicológico mostrase apropriado para lidar com as reais necessidades da sociedade atual brasileira oferecendo ajuda psicológica para momentos de crise sem necessidade de agendamento prévio pois essa ajuda é procurada espontaneamente Cury 1999 Araújo 2002 Furigo Almendro Sampedro Zanelato e Ballalai 2006 Porém sabese que essa responsabilidade social e habilidade para manejo técnico da profissão são aprendidas desde a formação Por isso Peres Santos e Coelho 2003 2004 relatam que as Clínicas Escolas de Psicologia através dos conteúdos teóricos e práticos oferecidos aos alunos contribuem para que se formem bons profissionais habilitados e também capazes de expandir as práticas psicológicas de acordo com a realidade da demanda social política econômica e cultural da sociedade Dutra 2004 p 384 salienta que a prática clínica da Psicologia tem lugar sempre que o sofrimento do sujeito cria uma demanda mas não necessariamente quando se instala uma patologia O autor completa seu raciocínio afirmando que a prática da Psicologia não pode se restringir ao consultório particular a um determinado número de pessoas a uma determinada classe econômica a uma técnica utilizada e muito menos a uma patologia diagnosticada HISTÓRICO DO PLANTÃO PSICOLÓGICO NA USC A implantação do Serviço de Plantão Psicológico na Universidade do Sagrado Coração pode ser caracterizada pelo encontro entre diversas inquietações da trajetória profissional e acadêmica da então supervisora do estágio de Psicologia Clínica professora Regina Furigo A preocupação a respeito da formação clínica do graduando em Psicologia conjuntamente com o repensar crítico da Psicologia no cenário brasileiro contemporâneo somado à possibilidade de um serviço que privilegiasse a grande demanda da ClínicaEscola da referida Universidade foram poderosos disparadores para a concretização desse espaço Furigo 2006 relata que tais eventos podem ser entendidos como sincronísticos termologia pertinente a sua orientação teórica junguiana pois congregaram eventos e disposições que favoreceram a descoberta e posterior introdução desse modelo de atendimento Na sua preparação para a dissertação de mestrado sobre a formação clínica do aluno de Psicologia teve o primeiro contato com a proposta de Plantão Psicológico Simultaneamente a um pedido da administração da ClínicaEscola para supervisionar um aluno que dispunha de grande disponibilidade de horários de estágio sugere realizar um atendimento de acolhimento psicológico para as pessoas que recorressem à clínica e que comumente esbarravam nas longas filas de espera para o atendimento psicoterápico tradicional Vale mencionar que neste estudo o termo acolhimento é entendido como uma profunda crença na capacidade do indivíduo enfrentar e superar suas próprias crises ainda que no momento da busca de atenção isso pareça longínquo e inexistente O Plantonista crê que a saída está no indivíduo REGINA CÉLIA PAGANINI LOURENÇO FURIGO KARINA MENOSSI SAMPEDRO LUCIANA SILVA ZANELATO RENATA FEBRAIO FOLONI RODRIGO CLEMENTE BALLALAI E THOMAZ ORMROD 188 A partir da solicitação foi implantado em caráter experimental o Plantão Psicológico no ano de 2000 com apenas um estagiário e todas as intempéries da falta de know how de um serviço de Pronto Atendimento Psicológico Ainda assim entusiasticamente nas férias escolares desse mesmo ano tanto a supervisora quanto o estagiário se debruçaram largamente nos estudos do que havia na época sobre Plantão Psicológico Intervenções em Crise Psicoterapia Breve e Aconselhamento Psicológico podendo iniciar uma sistematização dos casos já atendidos como também uma primeira ficha de coleta de dados O primeiro plantonista estagiário elaborou um treinamento com as atendentes da clínica promovendo a divulgação daquele Serviço que ali nascia Os efeitos colaterais da implantação desse Serviço na instituição visivelmente traziam consigo a percepção de um atendimento subversivo às regras clássicas a estranheza em relação à postura não convencional do plantonista as desconfianças com seus possíveis resultados e a desordem que de alguma maneira ocasionava devido aos atendimentos não agendados e ao lidar com as situações de crise dentre outros Furigo 2006 p 17 ressalta que o Plantão havia tirado da fila de espera aproximadamente 30 das pessoas que procuravam auxílio psicoterápico embora diminuir a fila de espera não fosse o objetivo maior do Projeto Devido a prerrogativas institucionais o projeto de Plantão Psicológico não se oficializou no ano seguinte conquistandose no ano de 2002 o caráter de Estágio Supervisionado optativo aos alunos do quinto ano da formação em Psicologia Com a formalização iniciase paulatinamente o crescimento e principalmente a consolidação do projeto perante o curso de Psicologia e a todos os demais cursos da universidade como para a população notadamente pelo aumento anual do número de atendimentos realizados nesse Serviço Psicológico Assim buscaramse parcerias com iniciativas assistenciais da cidade como as Organizações não governamentais e os serviços públicos das áreas de saúde saúde mental assistência jurídica e assistência social agregando serviços possíveis para os encaminhamentos realizados Em 2004 no intento de sistematizar os dados coletados nos atendimentos e discutidos nas supervisões coletivas do grupo de plantonistas estabeleceuse o procedimento de follow up em que se trabalhou nessas avaliações posteriores o grau de ajuda oferecida e elementos para o aprofundamento das discussões acadêmicas e clínicas sobre o Serviço e os casos especificamente Somase a gradativa divulgação científica na medida em que todo grupo de Plantão Psicológico participa de grupos de estudos e variados eventos acadêmicos trocando informações e disponibilizando dados igualmente na produção de pesquisas como o primeiro doutorado acerca do Plantão Psicológico defendido pela supervisora desse Serviço no ano de 2006 na PUC de Campinas e as demais monografias comunicações orais painéis e relatos de experiências Outro exemplo de produção acadêmica do grupo de Plantão Psicológico da USC foi o capítulo Plantão Psicológico Buscando romper com os parâmetros clássicos da prática psicoterápica Furigo et al 2006 publicado no livro Práticas Psicológicas em Instituições uma reflexão sobre os ServiçosEscola que demarca quali quantitativamente os dados mais recentes deste Plantão Psicológico PLANTÃO PSICOLÓGICO UMA PRÁTICA QUE SE CONSOLIDA 189 COMO FUNCIONA O PLANTÃO PSICOLÓGICO NA USC Todo ano o Serviço de Plantão Psicológico é divulgado no Município de Bauru e região por meio de cartazes panfletos anúncio em rádio e comunicados internos nos setores da USC A procura pelo Plantão se dá de forma espontânea sem necessidade de agendamento e sem nenhum custo para a população sendo este Serviço custeado pelo SUS Sistema Único de Saúde O principal objetivo é auxiliar na resolução de conflitos psicológicos focando em questões emergentes urgentes as quais nem sempre precisam de acompanhamento prolongado Furigo et al 2006 p 87 Os procedimentos adotados na ClínicaEscola da USC são constituídos de uma entrevista psicológica e até dois possíveis retornos não tendo uma demarcação fixa de distanciamento proximidade entre um atendimento e outro podendo tanto ter o espaçamento de uma semana quanto ser marcado para o dia seguinte ou até mesmo para a segunda ou terceira semana após a entrevista Geralmente os retornos são combinados entre o plantonistaestagiário e o cliente de acordo com a possibilidade e necessidade deste último Após três semanas do término dos retornos é marcada uma entrevista de followup que consta de três questões básicas O Plantão ajudou Em que Como O propósito desta entrevista é verificar a efetividade do Serviço do Plantão se o mesmo possibilitou melhorias ou não no que se refere à demanda emocional trazida pelo cliente Em casos de insucessos estudamse igualmente os fatores ocorridos Furigo et al 2006 As principais técnicas utilizadas para a condução do processo psicoterápico são técnicas verbais entrevista confrontação esclarecimentos aconselhamento ludoterápicas uso de brinquedos jogos desenhos psicométricas testes inventários escalas vivenciais relaxamento psicodrama exercício de dinâmica e relaxamento Na maioria das vezes os atendimentos são individuais em alguns casos é solicitada a presença da família quando a mesma faz parte do conflito O Plantão Psicológico constituise basicamente como um espaço de escuta e acolhimento Dependendo do caso ele também pode desempenhar o papel que compete a um serviço de triagem e encaminhamento para outros serviços disponíveis na comunidade como médicos principalmente psiquiátricos neurologistas ou clínicos gerais instituições grupos de autoajuda psicoterapia clássica e outros serviços internos da USC Desta forma temse que os procedimentos adotados nesse serviço são variáveis porém independente de ser encaminhado ou não o acolhimento inicial por si só já é considerado uma intervenção Peres Santos e Coelho 2003 2004 Yamamoto et al 2006 As supervisões de estágios são feitas semanalmente e com todo o grupo de plantonista tendo como objetivo proporcionar ao plantonista experiência e agilidade cada vez maior de investigação focal e de diagnóstico num espaço relativamente curto preparandoo para lidar com situações de crise bem como aprende a estabelecer um contato empático e maior autonomia na prática clínica O supervisor pode rever de modo crítico as atitudes e procedimentos dos plantonistasestagiários incentivando a autocrítica o desenvolvimento pessoal e o estudo teórico Bartz 1997 Cury 1999 REGINA CÉLIA PAGANINI LOURENÇO FURIGO KARINA MENOSSI SAMPEDRO LUCIANA SILVA ZANELATO RENATA FEBRAIO FOLONI RODRIGO CLEMENTE BALLALAI E THOMAZ ORMROD 190 DADOS SOBRE O PERCURSO DO PLANTÃO Tabela 1 Distribuição dos participantes e médias de atendimentos por ano de estágio Anos Casos Plantonistas Média por de Estágio Atendidos Plantonista 2000 52 1 52 2001 2002 114 7 19 2003 209 10 20 2004 213 15 14 2005 148 7 21 2006 203 11 18 Total 939 51 18 De acordo com a Tabela 1 verificase um total de 939 casos atendidos no Plantão Psicológico desde que ele foi implantado bem como a formação técnica de 51 plantonistas possibilitando ao aluno em formação em Psicologia Clínica atuar em casos diversificados dentro de uma proposta inovadora de atendimento psicoterápico facilitandolhe assim a absorção maior dos procedimentos clínicos Notase também que o número de casos atendidos é relativo e que também pode estar relacionado ao número disponível de plantonista Em relação às queixas mais freqüentes relatadas pelos clientes no Plantão destacamse problemas familiares problemas de relacionamentos afetivos sintomas depressivos problemas de aprendizagem agressividade infantil hiperatividade problemas sexuais estresse dependência de substâncias psicoativas e transtornos fóbicos A maioria dos casos atendidos é resolvido no Plantão porém se verifica que há desistências por parte do cliente embora isto ocorra com menor freqüência quando comparado aos que chegam até ao final Neste sentido Tassinari 1999 alerta que o abandono do processo psicoterápico pode ser desvelado pelos relatos dos pesquisadores a partir de entrevistas com clientes que interromperam a terapia que a maioria deles não havia de fato abandonado a terapia porém não retornaram porque já se sentiam satisfeitos com os resultados das primeiras consultas Para Small 1974 p 14 nos momentos de crise uma ajuda rápida e eficaz pode resultar numa diminuição do sofrimento no encurtamento do período de perturbação e numa maior realização para a vida do indivíduo Desta forma é possível entender que os clientes que não retornaram ao Plantão tenham obtido uma melhora ou até mesmo conseguido encontrar uma solução para seu problema devido ao atendimento no momento da crise É importante destacar que o Plantão Psicológico está gerando transformações e estimulando novas pesquisas o que pode contribuir para o redimensionamento das rotinas presentes nas ClínicasEscola PLANTÃO PSICOLÓGICO UMA PRÁTICA QUE SE CONSOLIDA 191 CONSIDERAÇÕES FINAIS Tendo em vista os dados apresentados podese inferir que o projeto de Plantão Psicológico para a comunidade de Bauru e região se consolida à medida que as estatísticas apontam um número significativo de atendimentos clínicos variabilidade de queixas faixas etárias diversificadas solicitando o Serviço e os resultados positivos das entrevistas de followup destacados em outros trabalhos Cabe relacionar o fortalecimento da produção de novos saberes às demandas da comunidade inserindo novas e adequadas técnicas e entendimentos teóricos aos encontros de Plantão procurando estabelecer uma relação psicológica com as idéias e vivências presentes no mundo e nos indivíduos A experiência adquirida nos atendimentos e supervisões atesta que a prática do Plantão proporciona uma atenção psicológica ao sofrimento e a urgência do homem contemporâneo De acordo com Araújo 2002 uma nova prática clínica como o Plantão Psicológico possibilita um maior desenvolvimento profissional do psicólogo amplia o interesse na área de pesquisa e proporciona uma vivência direcionada para o espaço público principalmente nos momentos de crise Portanto concluise que este estudo não esgota o assunto apenas levanta alguns dados sobre a prática do Plantão Psicológico na USC no contexto da clínicaescola que a cada dia busca se consolidar REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Araújo ATS 2002 Redes em Psicologia clínica Psikhê 7 2 3337 Bartz SS 1997 Plantão psicológico Atendimento criativo à demanda de emergência Interações Estudos e Pesquisas em Psicologia 1 3 2137 Cury V 1999 Plantão psicológico em clínicaescola In M Mahfoud Org Plantão psicológico Novos horizontes pp 115133 São Paulo Companhia Ilimitada Dutra E 2004 Considerações sobre as significações da Psicologia clínica na contemporaneidade Estudos de Psicologia PUCCampinas 9 2 381387 Fiorini HJ 1983 Teoria e técnicas de psicoterapias C Sussekind trad 5ª ed Rio de Janeiro Francisco Alves Freire PSGL 2004 Pronto atendimento psicológico em um serviço universitário compreendendo os processos sob o olhar da Psicologia Analítica Dissertação de Mestrado Pontifícia Universidade Católica de Campinas Campinas Furigo RCPL 2006 Plantão Psicológico Uma contribuição da clínica junguiana para a atenção psicológica na área da saúde Tese de Doutorado Pontifícia Universidade Católica de Campinas Campinas Furigo RCPL Almendro GW Sampedro KM Zanelato LS Ballalai RC 2006 Plantão psicológico buscando romper com os parâmetros clássicos da prática psicoterápica In C Ramos G G Silva S Souza Org Práticas psicológicas em instituições Uma reflexão sobre os serviçosescola pp 8098 São Paulo Editora Vetor REGINA CÉLIA PAGANINI LOURENÇO FURIGO KARINA MENOSSI SAMPEDRO LUCIANA SILVA ZANELATO RENATA FEBRAIO FOLONI RODRIGO CLEMENTE BALLALAI E THOMAZ ORMROD 192 Peres RS Santos MA Coelho HMB 2003 Atendimento psicológico a estudantes universitários Considerações acerca de uma experiência em clínicaescola Estudos de Psicologia PUCCampinas 20 3 4757 Peres RS Santos MA Coelho HMB 2004 Perfil da clientela de um programa de prontoatendimento psicológico a estudantes universitários Psicologia em Estudo 9 1 4754 Rabelo I S Santos L M S P 2006 O desafio do Plantão Psicológico para o plantonista In C Ramos G G Silva S Souza Org Práticas psicológicas em instituições Uma reflexão sobre os serviçosescola pp 379387 São Paulo Editora Vetor Rosenthal RW 1999 Plantão de Psicólogos no Instituto Sedes Sapientiae Uma proposta de atendimento aberto à comunidade In Mahfoud M Org Plantão psicológico Novos horizontes pp 1528 São Paulo Companhia Ilimitada Small L 1974 As psicoterapias breves Rio de Janeiro Imago Tassinari MA 1999 Plantão psicológico centrado na pessoa no contexto escolar e a promoção da saúde Dissertação de Mestrado Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de Janeiro Yamamoto BS Kaminagakura IE Silva JCB Ackerman K Carvalho LS Kohara PKI Eisenlohr MG Kovács MJ 2006 Plantão psicológico no curso pré vestibular PsicoUSP Uma intervenção possível em um cursinho popular In C Ramos G G Silva S Souza Org Práticas psicológicas em instituições Uma reflexão sobre os serviçosescola pp 388403 São Paulo Editora Vetor Recebido em 310707 Revisto em 290408 Aceito em 050508 FURIGO Regina Célia Paganini Lourenço et al Plantão psicológico uma prática que se consolida Boletim de Psicologia v 58 n 129 p 185192 2008 1 INTRODUÇÃO 11 CONTEXTUALIZAÇÃO O artigo intitulado Plantão psicológico uma prática que se consolida foi publicado em 2008 por cinco pesquisadores Regina Célia Paganini Lourenço Furigo é especialista mestre e doutora em Psicologia atuando como professora assistente na Universidade do Sagrado Coração e tem experiência em pesquisas com ênfase em plantões psicológicos e psicologia analítica Karina Menossi Sampedro é formada em Psicologia por essa instituição Luciana Silva Zanelato é mestre e doutoranda em Psicologia e é professora assistente Universidade do Sagrado Coração tendo como áreas de atuação a Psicologia Organizacional e do Trabalho Psicologia do Trânsito e Psicologia do Desenvolvimento Humano Renata Febraio Foloni também é graduada em Psicologia por essa mesma instituição Rodrigo Clemente Ballalai é mestrando em Psicologia e foca seus estudos em temas como plantões psicológicos e atenção psicológica Por fim Thomaz Ormrod é graduado em Psicologia Com isso notase que esse estudo foi realizado no contexto da Universidade do Sagrado Coração 12 APRESENTAÇÃO Inicialmente cabe destacar que o texto é dividido em cinco partes sendo elas introdução histórico do plantão psicológico na USC como funciona o plantão psicológico na USC dados sobre o percurso do plantão e considerações finais A primeira etapa trata do objetivo do estudo e dos conceitos básicos acerca do tema Desse modo a pesquisa em questão objetiva demonstrar características acerca da construção do Serviço de Plantão Psicológico na ClínicaEscola da Universidade do Sagrado Coração USC BauruSP Desse modo os autores inicialmente se preocupam em definir e diferenciar o plantão psicológico o qual é caracterizado principalmente por ser emergencial e urgente ou seja configurase como uma intervenção para momentos de crises A partir disso ainda nessa primeira parte os autores destacam que a prática de Plantão Psicológico teve início em 1960 no Serviço de Aconselhamento Psicológico do Instituto de Psicologia da USP a evoluiu e ainda se desenvolve como um método de atendimento A demanda por esse tipo de serviço surge diante da busca por serviço psicológico em momentos específicos sem ter a necessidade de um acompanhamento e de agendamento Na segunda parte os autores tratam da implementação do histórico do plantão psicológico na USC Ela veio como resultado do trabalho da Regina Furigo pensando na importância desse tipo de serviço já citada anteriormente e também em atender as pessoas que ficavam nas listas de espera por psicoterapia tradicional Nesse sentido em 2000 houve a implementação experimental desse serviço contando apenas com um estagiário e com isso conseguiuse desafogar em 30 a fila para psicoterapia apesar das desconfianças que surgiram acerca do plantão psicológico Gradualmente o serviço ganhou espaço e aceitação conseguindo parcerias com outras organizações e instituições para ampliálo além de transformarse em produção de pesquisa e divulgação científica A terceira parte do artigo trata do funcionamento do plantão psicológico na USC Com a divulgação feita na região de atuação a procura por ele acontece espontaneamente A partir disso são feitas uma entrevista psicológica e também dois retornos posteriores os quais são agendados Os atendimentos são feitos de forma individual ou com a família utilizando diversos recursos para isso Além disso é feita uma entrevista de followup para avaliar a qualidade do serviço depois de um intervalo de três semanas do retorno Além de sua função emergencial os autores também destacam que os plantões também são formas de encaminhar os indivíduos para outros serviços oferecidos Internamente há supervisões grupais e semanais para aprimorar o atendimento cada vez mais A quarta etapa do texto traz os dados acerca do percurso do plantão psicológico Nesse contexto notase que foram atendidos 939 casos sendo eles feitos por 51 plantonistas tendo queixas comuns como problemas familiares estresse e relacionamentos interpessoais Também há um índice de desistência do processo que pode indicar a satisfação ou melhora do problema apenas com o início do tratamento Na quinta parte os autores apontam como considerações finais a consolidação e eficácia do plantão psicológico na região de Bauru o qual atende positivamente às demandas da comunidade 2 DESENVOLVIMENTO 21 AVALIAÇÃO A partir da leitura do artigo apresento uma opinião positiva sobre ele na medida em que apresenta como uma prática psicológica crescente foi implementada na instituição em questão Além disso os autores conseguiram através da escrita cumprir o objetivo do estudo o que demonstra coerência interna na pesquisa Apesar do ponto de vista favorável em uma determinada parte do texto o conteúdo me pareceu confuso Assim o artigo cumpre seu papel na disseminação de informação sobre plantões psicológicos e acerca do processo de implementação dele em uma instituição podendo com isso inspirar a utilização desse serviço em outras universidades 22 ANÁLISE A obra analisada apresenta muitos aspectos positivos e alguns negativos Acerca das características favoráveis cabe destacar a ótima divisão do texto trazida pelos autores a qual proporciona um melhor entendimento do conteúdo exposto Além disso a escrita de fácil entendimento e coerente favorece a leitura do estudo cumprindo o possível objetivo de democratização da informação bem como de auxiliar o processo de formação de novos profissionais de Psicologia e de novos serviços nesse sentido O histórico de implementação do plantão psicológico trazido no estudo pode inspirar e guiar outras universidades nesse processo fazendo com que caso seja concretizado mais comunidades tenham acesso a esse tipo de serviço e como consequência as filas para serviços gratuitos de psicoterapia tradicional sejam diminuídas nessas regiões Junto a isso a especificação de como ocorre o plantão psicológico na USC pode auxiliar além da implementação no entendimento dos estudantes de Psicologia acerca de como esse serviço pode ser oferecido de forma eficaz Como aspecto negativo destacouse a falta de especificação de onde pertenciam os dados trazidos na quarta parte do texto Isso porque embora possa parecer óbvio que os números expostos sejam advindos da USC essa ausência de caracterização causa uma certa confusão no leitor Outra característica que pode ser considerada negativa é a especificidade que o estudo tem na instituição em questão faltando talvez uma visão mais ampla da aplicação do plantão psicológico no Brasil Assim apesar desses aspectos desfavoráveis o artigo apresenta benefícios que os superam atribuindo um valor positivo para a disseminação do conhecimento acerca da importante ferramenta que é o plantão psicológico 3 CONCLUSÃO Diante do exposto concluise que a leitura do artigo intitulado Plantão psicológico uma prática que se consolida é válida para estudantes docentes coordenadores dos cursos de Psicologia Isso porque apresenta e especifica a prática do plantão psicológico como um complemento e alternativa para as formas de psicoterapia tradicionais para as quais sempre há filas enormes que podem ser reduzidas a partir desse serviço pontual VIEIRA Emanuel Meireles BORIS Georges Daniel Janja Bloc O plantão psicológico como possibilidade de interlocução da psicologia clínica com as políticas públicas Estudos e pesquisas em psicologia v 12 n 3 p 883896 2012 1 INTRODUÇÃO 11 CONTEXTUALIZAÇÃO O artigo intitulado O plantão psicológico como possibilidade de interlocução da psicologia clínica com as políticas públicas foi publicado em 2012 e conta com dois autores Emanuel Meireles Vieira é graduado mestre e doutor em Psicologia e tem experiência em temas como abordagem centrada na pessoa psicologia clínica e psicologia comunitária e é professor adjunto da Universidade Federal do Ceará e permanente do programa de pósgraduação na mesma instituição além de ser colaborador também de pósgraduação em Psicologia da Saúde da Universidade Federal da Bahia Georges Daniel Janja Bloc Boris por sua vez é graduado em Psicologia mestre em Educação e doutor em Sociologia sendo todos os títulos fornecidos pela Universidade Federal do Ceará Além disso Boris tem um extenso e interessante currículo sendo professor de graduação e do programa de pósgraduação em Psicologia na Universidade de Fortaleza 12 APRESENTAÇÃO O artigo é dividido em cinco partes introdução a psicologia clínica no Brasil partes de um cenário em movimento o plantão psicológico no cenário da psicologia clínica o plantão psicológico e as políticas públicasa experiência da UFPA e considerações finais Na primeira parte os autores apontam o objetivo do estudo e alguns conceitos importantes para o entendimento dele Nesse sentido a pesquisa visa explorar a experiência de plantão psicológico como uma oportunidade de diálogo entre a Psicologia e as políticas públicas Assim os autores nessa etapa fazem uso da contextualização da história da construção da Psicologia Clínica para analisar e compreender o desenvolvimento dela ao longo do tempo A segunda parte trata da transformação da Psicologia Clínica no Brasil destacando as mudanças ocorridas a partir de 1980 Nesse sentido destacase que a psicologia na contemporaneidade pode ser apresentada de forma tradicional sendo assim individual e das formas emergentes as quais focam nas associações entre os fenômenos psicológicos e o contexto social como fruto da demanda social na atualidade as quais exigem que as fronteiras entre a psicologia clínica e social sejam transcendidas Assim essa nova abordagem tem efeito também na área e no entendimento da Psicopatologia Na terceira parte do artigo os autores trazem a conceituação e aplicação do plantão psicológico o qual é caracterizado pelo caráter emergencial e pontual Além disso um dos referenciais mais utilizados para oferecer plantões psicológicos é a Abordagem Centrada na Pessoa ACP Outro aspecto importante trazido nessa etapa do texto é a diferenciação entre o plantão psicológico e a psicoterapia A quarta parte do texto trata da implementação do plantão psicológico associado a políticas públicas na Universidade Federal do Pará UFPA Acerca do funcionamento desse serviço nesta instituição os autores afirmam que ele ocorre duas vezes na semana contando com doze voluntários treinados a partir de leituras discussões e prática fundamentadas na ACP supervisionados por um professor A necessidade de interação entre as políticas públicas e a psicologia clínica foi salientada diante de uma situação de risco de vida de uma cliente atendida na UFPA na qual a escuta oferecida foi útil porém não suficiente A partir disso os autores destacam a importância de utilizar os plantões psicológicos como um local de interligação com programas e projetos governamentais Assim é possível que a função da psicologia clínica seja ampliada na medida em que consegue abarcar as complexidades das demandas enquanto problemas sociais Como conclusão e última parte os autores destacam a sugestão de associar a psicologia clínica com as políticas públicas como uma maneira de atualizála de acordo com a contemporaneidade através dos plantões psicológicos Entretanto também apontam a dificuldade de formar profissionais que visem oferecer esse tipo de serviço uma vez que as graduações focam na instrução para atendimento individual Assim os autores trazem a proposta de que os plantões sejam inseridos em instituições que façam parte de programas e projetos relacionados a políticas públicas a fim de ampliar a função da escuta clínica 2 DESENVOLVIMENTO 21 AVALIAÇÃO A partir da leitura do artigo apresento uma opinião positiva sobre ele na medida em que traz uma contextualização acerca da psicologia clínica no Brasil bem como a importância da interligação dela com políticas públicas a fim de ser eficaz na resolução de demandas mais complexas Além disso os autores conseguiram através da escrita cumprir o objetivo do estudo o que demonstra coerência interna na pesquisa Assim o artigo cumpre seu papel na disseminação de informação sobre plantões psicológicos e sua possível associação com as políticas públicas 22 ANÁLISE A obra analisada apresenta muitos aspectos positivos Acerca das características favoráveis cabe destacar a boa repartição do artigo trazida pelos autores a qual proporciona a facilidade no entendimento dos assuntos expostos Além disso a escrita de fácil entendimento e coerente favorece a leitura do estudo cumprindo o possível objetivo de democratização da informação sendo escrito pensando sobretudo em estudantes de Psicologia Ademais a contextualização acerca da Psicologia Clínica tratando da abordagem tradicional dela e do surgimento da necessidade de articular ela com as políticas públicas faz com que a proposta trazida no final do estudo seja melhor entendida uma vez que os autores apresentam os argumentos anteriormente Além disso outro aspecto positivo notado no estudo é o fato de que além de apresentar o surgimento da necessidade e os problemas existentes a partir dela os autores também apresentam uma proposta mesmo que utópica para solucionar essa problemática Assim novos estudos podem ser inspirados para formular uma forma de colocar em prática a articulação entre os plantões psicológicos e as políticas públicas 3 CONCLUSÃO Com isso concluise que a leitura do artigo intitulado O plantão psicológico como possibilidade de interlocução da psicologia clínica com as políticas públicas é válida para estudantes docentes coordenadores dos cursos de Psicologia e também para gestores de programas e serviços de políticas públicas que podem ser associadas aos plantões psicológicos Assim esse estudo contribui para promover uma melhoria na funcionalidade e eficácia da escuta clínica a qual é uma demanda contemporânea que precisa ser atendida FURIGO Regina Célia Paganini Lourenço et al Plantão psicológico uma prática que se consolida Boletim de Psicologia v 58 n 129 p 185192 2008 1 INTRODUÇÃO 11 CONTEXTUALIZAÇÃO O artigo intitulado Plantão psicológico uma prática que se consolida foi publicado em 2008 por cinco pesquisadores Regina Célia Paganini Lourenço Furigo é especialista mestre e doutora em Psicologia atuando como professora assistente na Universidade do Sagrado Coração e tem experiência em pesquisas com ênfase em plantões psicológicos e psicologia analítica Karina Menossi Sampedro é formada em Psicologia por essa instituição Luciana Silva Zanelato é mestre e doutoranda em Psicologia e é professora assistente Universidade do Sagrado Coração tendo como áreas de atuação a Psicologia Organizacional e do Trabalho Psicologia do Trânsito e Psicologia do Desenvolvimento Humano Renata Febraio Foloni também é graduada em Psicologia por essa mesma instituição Rodrigo Clemente Ballalai é mestrando em Psicologia e foca seus estudos em temas como plantões psicológicos e atenção psicológica Por fim Thomaz Ormrod é graduado em Psicologia Com isso notase que esse estudo foi realizado no contexto da Universidade do Sagrado Coração 12 APRESENTAÇÃO Inicialmente cabe destacar que o texto é dividido em cinco partes sendo elas introdução histórico do plantão psicológico na USC como funciona o plantão psicológico na USC dados sobre o percurso do plantão e considerações finais A primeira etapa trata do objetivo do estudo e dos conceitos básicos acerca do tema Desse modo a pesquisa em questão objetiva demonstrar características acerca da construção do Serviço de Plantão Psicológico na ClínicaEscola da Universidade do Sagrado Coração USC BauruSP Desse modo os autores inicialmente se preocupam em definir e diferenciar o plantão psicológico o qual é caracterizado principalmente por ser emergencial e urgente ou seja configurase como uma intervenção para momentos de crises A partir disso ainda nessa primeira parte os autores destacam que a prática de Plantão Psicológico teve início em 1960 no Serviço de Aconselhamento Psicológico do Instituto de Psicologia da USP a evoluiu e ainda se desenvolve como um método de atendimento A demanda por esse tipo de serviço surge diante da busca por serviço psicológico em momentos específicos sem ter a necessidade de um acompanhamento e de agendamento Na segunda parte os autores tratam da implementação do histórico do plantão psicológico na USC Ela veio como resultado do trabalho da Regina Furigo pensando na importância desse tipo de serviço já citada anteriormente e também em atender as pessoas que ficavam nas listas de espera por psicoterapia tradicional Nesse sentido em 2000 houve a implementação experimental desse serviço contando apenas com um estagiário e com isso conseguiuse desafogar em 30 a fila para psicoterapia apesar das desconfianças que surgiram acerca do plantão psicológico Gradualmente o serviço ganhou espaço e aceitação conseguindo parcerias com outras organizações e instituições para ampliálo além de transformarse em produção de pesquisa e divulgação científica A terceira parte do artigo trata do funcionamento do plantão psicológico na USC Com a divulgação feita na região de atuação a procura por ele acontece espontaneamente A partir disso são feitas uma entrevista psicológica e também dois retornos posteriores os quais são agendados Os atendimentos são feitos de forma individual ou com a família utilizando diversos recursos para isso Além disso é feita uma entrevista de followup para avaliar a qualidade do serviço depois de um intervalo de três semanas do retorno Além de sua função emergencial os autores também destacam que os plantões também são formas de encaminhar os indivíduos para outros serviços oferecidos Internamente há supervisões grupais e semanais para aprimorar o atendimento cada vez mais A quarta etapa do texto traz os dados acerca do percurso do plantão psicológico Nesse contexto notase que foram atendidos 939 casos sendo eles feitos por 51 plantonistas tendo queixas comuns como problemas familiares estresse e relacionamentos interpessoais Também há um índice de desistência do processo que pode indicar a satisfação ou melhora do problema apenas com o início do tratamento Na quinta parte os autores apontam como considerações finais a consolidação e eficácia do plantão psicológico na região de Bauru o qual atende positivamente às demandas da comunidade 2 DESENVOLVIMENTO 21 AVALIAÇÃO A partir da leitura do artigo apresento uma opinião positiva sobre ele na medida em que apresenta como uma prática psicológica crescente foi implementada na instituição em questão Além disso os autores conseguiram através da escrita cumprir o objetivo do estudo o que demonstra coerência interna na pesquisa Apesar do ponto de vista favorável em uma determinada parte do texto o conteúdo me pareceu confuso Assim o artigo cumpre seu papel na disseminação de informação sobre plantões psicológicos e acerca do processo de implementação dele em uma instituição podendo com isso inspirar a utilização desse serviço em outras universidades 22 ANÁLISE A obra analisada apresenta muitos aspectos positivos e alguns negativos Acerca das características favoráveis cabe destacar a ótima divisão do texto trazida pelos autores a qual proporciona um melhor entendimento do conteúdo exposto Além disso a escrita de fácil entendimento e coerente favorece a leitura do estudo cumprindo o possível objetivo de democratização da informação bem como de auxiliar o processo de formação de novos profissionais de Psicologia e de novos serviços nesse sentido O histórico de implementação do plantão psicológico trazido no estudo pode inspirar e guiar outras universidades nesse processo fazendo com que caso seja concretizado mais comunidades tenham acesso a esse tipo de serviço e como consequência as filas para serviços gratuitos de psicoterapia tradicional sejam diminuídas nessas regiões Junto a isso a especificação de como ocorre o plantão psicológico na USC pode auxiliar além da implementação no entendimento dos estudantes de Psicologia acerca de como esse serviço pode ser oferecido de forma eficaz Como aspecto negativo destacouse a falta de especificação de onde pertenciam os dados trazidos na quarta parte do texto Isso porque embora possa parecer óbvio que os números expostos sejam advindos da USC essa ausência de caracterização causa uma certa confusão no leitor Outra característica que pode ser considerada negativa é a especificidade que o estudo tem na instituição em questão faltando talvez uma visão mais ampla da aplicação do plantão psicológico no Brasil Assim apesar desses aspectos desfavoráveis o artigo apresenta benefícios que os superam atribuindo um valor positivo para a disseminação do conhecimento acerca da importante ferramenta que é o plantão psicológico 3 CONCLUSÃO Diante do exposto concluise que a leitura do artigo intitulado Plantão psicológico uma prática que se consolida é válida para estudantes docentes coordenadores dos cursos de Psicologia Isso porque apresenta e especifica a prática do plantão psicológico como um complemento e alternativa para as formas de psicoterapia tradicionais para as quais sempre há filas enormes que podem ser reduzidas a partir desse serviço pontual VIEIRA Emanuel Meireles BORIS Georges Daniel Janja Bloc O plantão psicológico como possibilidade de interlocução da psicologia clínica com as políticas públicas Estudos e pesquisas em psicologia v 12 n 3 p 883896 2012 1 INTRODUÇÃO 11 CONTEXTUALIZAÇÃO O artigo intitulado O plantão psicológico como possibilidade de interlocução da psicologia clínica com as políticas públicas foi publicado em 2012 e conta com dois autores Emanuel Meireles Vieira é graduado mestre e doutor em Psicologia e tem experiência em temas como abordagem centrada na pessoa psicologia clínica e psicologia comunitária e é professor adjunto da Universidade Federal do Ceará e permanente do programa de pósgraduação na mesma instituição além de ser colaborador também de pósgraduação em Psicologia da Saúde da Universidade Federal da Bahia Georges Daniel Janja Bloc Boris por sua vez é graduado em Psicologia mestre em Educação e doutor em Sociologia sendo todos os títulos fornecidos pela Universidade Federal do Ceará Além disso Boris tem um extenso e interessante currículo sendo professor de graduação e do programa de pósgraduação em Psicologia na Universidade de Fortaleza 12 APRESENTAÇÃO O artigo é dividido em cinco partes introdução a psicologia clínica no Brasil partes de um cenário em movimento o plantão psicológico no cenário da psicologia clínica o plantão psicológico e as políticas públicasa experiência da UFPA e considerações finais Na primeira parte os autores apontam o objetivo do estudo e alguns conceitos importantes para o entendimento dele Nesse sentido a pesquisa visa explorar a experiência de plantão psicológico como uma oportunidade de diálogo entre a Psicologia e as políticas públicas Assim os autores nessa etapa fazem uso da contextualização da história da construção da Psicologia Clínica para analisar e compreender o desenvolvimento dela ao longo do tempo A segunda parte trata da transformação da Psicologia Clínica no Brasil destacando as mudanças ocorridas a partir de 1980 Nesse sentido destacase que a psicologia na contemporaneidade pode ser apresentada de forma tradicional sendo assim individual e das formas emergentes as quais focam nas associações entre os fenômenos psicológicos e o contexto social como fruto da demanda social na atualidade as quais exigem que as fronteiras entre a psicologia clínica e social sejam transcendidas Assim essa nova abordagem tem efeito também na área e no entendimento da Psicopatologia Na terceira parte do artigo os autores trazem a conceituação e aplicação do plantão psicológico o qual é caracterizado pelo caráter emergencial e pontual Além disso um dos referenciais mais utilizados para oferecer plantões psicológicos é a Abordagem Centrada na Pessoa ACP Outro aspecto importante trazido nessa etapa do texto é a diferenciação entre o plantão psicológico e a psicoterapia A quarta parte do texto trata da implementação do plantão psicológico associado a políticas públicas na Universidade Federal do Pará UFPA Acerca do funcionamento desse serviço nesta instituição os autores afirmam que ele ocorre duas vezes na semana contando com doze voluntários treinados a partir de leituras discussões e prática fundamentadas na ACP supervisionados por um professor A necessidade de interação entre as políticas públicas e a psicologia clínica foi salientada diante de uma situação de risco de vida de uma cliente atendida na UFPA na qual a escuta oferecida foi útil porém não suficiente A partir disso os autores destacam a importância de utilizar os plantões psicológicos como um local de interligação com programas e projetos governamentais Assim é possível que a função da psicologia clínica seja ampliada na medida em que consegue abarcar as complexidades das demandas enquanto problemas sociais Como conclusão e última parte os autores destacam a sugestão de associar a psicologia clínica com as políticas públicas como uma maneira de atualizála de acordo com a contemporaneidade através dos plantões psicológicos Entretanto também apontam a dificuldade de formar profissionais que visem oferecer esse tipo de serviço uma vez que as graduações focam na instrução para atendimento individual Assim os autores trazem a proposta de que os plantões sejam inseridos em instituições que façam parte de programas e projetos relacionados a políticas públicas a fim de ampliar a função da escuta clínica 2 DESENVOLVIMENTO 21 AVALIAÇÃO A partir da leitura do artigo apresento uma opinião positiva sobre ele na medida em que traz uma contextualização acerca da psicologia clínica no Brasil bem como a importância da interligação dela com políticas públicas a fim de ser eficaz na resolução de demandas mais complexas Além disso os autores conseguiram através da escrita cumprir o objetivo do estudo o que demonstra coerência interna na pesquisa Assim o artigo cumpre seu papel na disseminação de informação sobre plantões psicológicos e sua possível associação com as políticas públicas 22 ANÁLISE A obra analisada apresenta muitos aspectos positivos Acerca das características favoráveis cabe destacar a boa repartição do artigo trazida pelos autores a qual proporciona a facilidade no entendimento dos assuntos expostos Além disso a escrita de fácil entendimento e coerente favorece a leitura do estudo cumprindo o possível objetivo de democratização da informação sendo escrito pensando sobretudo em estudantes de Psicologia Ademais a contextualização acerca da Psicologia Clínica tratando da abordagem tradicional dela e do surgimento da necessidade de articular ela com as políticas públicas faz com que a proposta trazida no final do estudo seja melhor entendida uma vez que os autores apresentam os argumentos anteriormente Além disso outro aspecto positivo notado no estudo é o fato de que além de apresentar o surgimento da necessidade e os problemas existentes a partir dela os autores também apresentam uma proposta mesmo que utópica para solucionar essa problemática Assim novos estudos podem ser inspirados para formular uma forma de colocar em prática a articulação entre os plantões psicológicos e as políticas públicas 3 CONCLUSÃO Com isso concluise que a leitura do artigo intitulado O plantão psicológico como possibilidade de interlocução da psicologia clínica com as políticas públicas é válida para estudantes docentes coordenadores dos cursos de Psicologia e também para gestores de programas e serviços de políticas públicas que podem ser associadas aos plantões psicológicos Assim esse estudo contribui para promover uma melhoria na funcionalidade e eficácia da escuta clínica a qual é uma demanda contemporânea que precisa ser atendida