·
Psicologia ·
Psicanálise
Send your question to AI and receive an answer instantly
Recommended for you
12
o Abuso do Poder na Psicoterapia
Psicanálise
UMG
11
Teorias e Técnicas Psicoterápicas Cap 1 - Fiorinni
Psicanálise
UMG
24
Plantão Psicológico e Escuta Psicanalítica em Serviço-Escola de Psicologia
Psicanálise
UMG
162
Resenha Critica Complexo de Édipo
Psicanálise
UMG
9
O Transtorno de Ansiedade Social em Estudantes de Psicologia
Psicanálise
UMG
11
a Psicologia Analítica e a Terapia Familiar
Psicanálise
UMG
11
Belas e Adormecidas a Histeria Ainda
Psicanálise
UMG
12
o Abuso do Poder na Psicoterapia
Psicanálise
UMG
24
Plantao Psicologico Universitario-Atendimento Emergencial e Pratica Clinica
Psicanálise
UMG
3
Psicoterapia para Estudantes de Psicologia - Importancia e Beneficios na Formacao
Psicanálise
UMG
Preview text
Professora Juliana Beco\nFundamentos da Psicanálise\nAULA 1\nA pré-história da Psicanálise\nparte 1\nAGENDA DE HOJE\nA consciência da loucura\nO saber psiquiátrico\nO interrogatório e a confissão\nA loucura experimental\nA hipnose\nCharcot e a histeria\nTrauma e ab-reação\nTrauma e defesa psíquica\nA sexualidade RENÉ DESCARTES\nDescartes se propunha a investigar os domínios da subjetividade.\nA subjetividade foi assim constituída e transformada em refe- rencial central e às vezes exclusivo para o conhecimento e a verdade. A verdade habita a consciência: é o que proclamam racionalistas e empiristas.\n\nponto de partida\n\nOnde situar a psicanálise?\n\nCARTESIANO\nSem dúvida alguma, a psicanálise produziu uma derrubada da razão e da consciência do lugar sagrado em que se encontravam.\nAo fazer da consciência um mero efeito de superfície do Inconsciente, Freud operou uma inversão do cartesi- nismo que dificilmente pode ser negada.\n\nONDE NASCEU A PSICANÁLISE?\nA fenomenologia, as filosofias da existência, a antropologia, o culturalismo norte-americano, a biologia, a linguística e a psicologia foram alguns desses saberes oficiais que exigiram o direito de adoção, sendo que alguns deles chegaram mesmo a se declarar pais legítimos. Onde situar a psicanálise?\nSUBJETIVIDADE\nÉ a produção do conceito de inconsciente que resultou numa alavagem da subjetividade.\nA partir desse momento, a subjetividade deixa de ser entendida como um todo unitário, identificando com a consciência e sob o domínio da razão, para ser uma realidade dividida em dois grandes sistemas – O Inconsciente e o Consciente – dominada por uma luta interna em relação à qual a razão é apenas um efeito de superfície.\n\nONDE?\nEpistemologicamente, ela não se encontra em continuidade com saber algum, apesar de arqueologicamente estar ligada a todo um conjunto de saberes sobre o homem, que se formou a partir do século XIX.\n\nSÉC XVII E XVIII\nA psicanálise se apresenta como uma teoria e uma prática que pretendem falar do homem enquanto ser singular, mesmo que afirme a clivagem inevitável a que esse indivíduo é submetido.\n\nSÉC XX\nA psicanálise vem ocupar este lugar de escuta.\nSó surgiu com o desenvolvimento da economia capitalista e sua exigência de controle dos corpos e dos desejos. SUBJETIVIDADE E SUJEITO\n\nSUBJETIVIDADE\n• A subjetividade, identificada com a consciência\n• O desejo era visto como perturbação da Ordem, era ele que modificava o pensamento tornando-o inadequado à realidade\n• A psicanálise não vai colocar a questão do sujeito da verdade mas a questão da verdade do sujeito\n\nSUJEITO\n• A psicanálise vai nos apontar um sujeito fendido: aquele que faz uso da palavra e diz 'eu penso', 'eu sou', e que é identificado por Lacan como: \n sujeito do enunciado (ou sujeito do significado), \n sujeito da enunciação (ou sujeito do significante), que se coloca como excêntrico em relação ao sujeito do enunciado. A PRÉ-HISTÓRIA DA PSICANÁLISE\n\nMICHEL DE MONTAIGNE\n• O Que restou da destruição do Mundo e de Deus? \n• O Eu, responde Montaigne.\n• Montaigne permaneceu na dúvida e no ceticismo. Descartes faz da dúvida de Montaigne, não o ponto final, mas o ponto de partida de seu pensamento.\n• \"A dúvida, o cético e Montaigne sofrem-na. Descartes exerce-a\" (op. cit., p. 51). Partindo da dúvida. A CONSCIÊNCIA DA LOUCURA\n\nSÉC XVII\n• A ordem da racionalidade da consciência\n• Realizou a partilha entre a razão e a desrazão; foi o momento de emergência da loucura, ou melhor, foi o momento em que a razão produziu a loucura\n• Literalmene, a loucura não existia, o que existia era a diferença e o lugar da diferença.\n• Antes do século XVII não havia louco como uma entidade diferenciada.\n• Descartes não foi o produtor da loucura no século XVII; o que ele fez foi situar, ao nível do discurso filosófico.\n\nRACIONALIDADE\n• Loucura e pensamento eram dois termos que podiam ser definidos por exclusão, pois o pensamento era exatamente aquilo que, por ser regulado pela razão, opunha-se à loucura.\n• A loucura implica exatamente a perda da racionalidade.\n• Produzir o saber sobre a loucura é produzir a própria loucura. É nesse sentido que Foucault diz que a loucura é um produto do século XVIII, através dos seus saberes, das suas práticas, as suas instituições etc. A LOUCURA EXPERIMENTAL\n\" Sei que não sou louco e sei quem é louco, mas não sei o que é a loucura.\"\n\nMOREAU DE TOURS\n• A partir de Moreau de Tours, Fica criado um espaço comum ao normal e ao patológico,\n• O sonho é a loucura do indivíduo adormecido enquanto os loucos são sonh- dares acordados.\n• Dessa forma, o sonho é o acontecimento que, mais do que qualquer outro, aproxima-se da loucura e permite sua compreensão.\n• Está quebrada a heterogeneidade entre o normal e o patológico. O que Freud fez foi tomar esse fato como um princípio de análise.\n\nA HIPNOSE\nANTON MESMER - MESMERISMO\n• a eficácia do magnetismo.\n• basta o contato de sua mão para que o efeito terapêutico seja alcançado.\n• decretou a conde- nação de Mesmer por charlatanismo.\n• A conclusão da comissão foi que não existia nenhum fluido magnético e que a cura se dava por efeito da imaginação.\n• O mesmerismo é abandonado, e a nova técnica inventada por James Braid: a hipnose, conhecida durante muito tempo como \"bricadeira\".\n\n CHARCOT E A HISTORIA\nCHARCOT E FREUD\n• investigações anatomopatológicas que ofereciam, ao nível do corpo, a lesão referente aos distúrbios observados.\n• Charcot, que, além de neurologista, se tornou professor de anatomia e patologia da Faculdade de Medicina de Paris.\n• há um correlato orgânico das manifestações histéricas.\n• Posteriormente, ele modificou seu ponto de vista ao afirmar que a histeria é, \"como tantas outras esfinxes\"\n• Ao produzir a separação da histeria da anatomia patológica, Charcot a introduz no campo das perturbações fisiológicas do sistema nervoso.\n• No inverno de 1885, Freud vai a Paris e assiste ao curso de Charcot\n\nTRAUMA E AB-REAÇÃO\n• A teoria do trauma psíquico vai ter profunda repercussão sobre os escritos iniciais de Freud e, paradoxalmente, vai se constituir no impedimento maior à elaboração da teoria psicanalítica.\n• dois tipos de tratamento para a neurose histérica. O primeiro consiste no afastamento do paciente de seu ambiente familiar, considerado por ele como gerador de crises, e sua internação num hospital.\n• a hidoterapia e a ginástica. O emprego de massagem e eletroterapia não deveria ser desprezado.\n• hipnose, uma sugestão que remove o distúrbio.\n• Esse procedimento, porém, apenas elimina o sintoma, mas não remove a causa.\n• O caso clínico que deu origem à Comunicação preliminar foi o de Anna O.\n• Freud estava se formando em Medicina, estudos sobre anatomia do sistema nervoso\n TRAUMA E AB-REAÇÃO\nJOSEPH BREUER\n• Anna O. era filha de um paciente de Breuer e começou a apresentar uma série de sintomas histéricos enquanto cuidava do pai.\n• Breuer submeteu-a à hipnose e verificou que os sintomas desapareciam sempre que o acontecimento traumático que estava ligado a ele era reproduzido sob hipnose. Após dois anos de tratamento, todos os sintomas de Anna O. haviam desaparecido.\n• Breuer havia chamado seu método de \"catártico\" (de kátharsis = purgação)\n\nTRAUMA E DEFESA PSÍQUICA\n• Freud propôs a Breuer uma publicação conjunta sobre o assunto. Em 1893 surge a Comunicação preliminar e em 1895 os Estudos sobre a histeria, reunidos posteriormente. É no primeiro desses trabalhos que Freud lança uma noção que vai desempenhar um papel fundamental na elaboração da teoria psicanalítica: a noção de defesa.\n• o afastamento entre os dois autores.\n• Freud só teve pleno acesso ao fenômeno da defesa quando abandonou a técnica da hipnose.\n• num dos pilares da teoria psicana- lítica: a defesa (ou, como ele chamará mais tarde, o recalque).\n• \"A teoria do recalque é a pedra angular sobre a qual repousa toda a estrutura da psicanálise\", (Freud) TRAUMA E DEFESA PSÍQUICA\n\n- todas essas ideias eram de natureza aflitiva, capazes de despertar emoções de vergonha, de autocensura e de dor psíquica.\n- A defesa aparece, assim, como uma forma de censura por parte do ego do paciente à ideia ameaçadora, forçando-a a manter-se fora da consciência; e a resistência era o sinal externo dessa defesa.\n- sintomas somáticos é chamado por Freud de conversão.\n- A conversão é, portanto, o modo de defesa específico da histeria.\n- CONVERSÃO\n- passagem do método catártico para o método psicanalítico. A SEXUALIDADE\n\n- Quando Breuer narrou para Freud a história de sua jovem e bela cliente, não narrou a história completa; o final foi cuidadosamente ocultado.\n- um dos motivos de seu rompimento com Breuer.\n- Freud, o sexólogo. Assim ele foi visto pelos seus contemporâneos\n- Na verdade, a sexualidade já era bastante tematizada pela medicina, pela psiquiatria, pela pedagogia e por vários campos de discurso no século XIX.\n- O que verificamos pela análise de Foucault é que os séculos XVIII e XIX conheciam uma verdadeira explosão discursiva sobre o sexo.\n- \"A colocação do sexo em discurso\"\n\"A grande originalidade de Freud não foi descobrir a sexualidade sob a neurose. A sexualidade estava lá, Charcot já falara dela. Sua originalidade foi tomar isto ao pé da letra (...) o forte da psicanálise é ter desembocado em algo totalmente diferente que é a lógica do inconsciente\". (Foucault, 1979b, pp. 261 e 266)
Send your question to AI and receive an answer instantly
Recommended for you
12
o Abuso do Poder na Psicoterapia
Psicanálise
UMG
11
Teorias e Técnicas Psicoterápicas Cap 1 - Fiorinni
Psicanálise
UMG
24
Plantão Psicológico e Escuta Psicanalítica em Serviço-Escola de Psicologia
Psicanálise
UMG
162
Resenha Critica Complexo de Édipo
Psicanálise
UMG
9
O Transtorno de Ansiedade Social em Estudantes de Psicologia
Psicanálise
UMG
11
a Psicologia Analítica e a Terapia Familiar
Psicanálise
UMG
11
Belas e Adormecidas a Histeria Ainda
Psicanálise
UMG
12
o Abuso do Poder na Psicoterapia
Psicanálise
UMG
24
Plantao Psicologico Universitario-Atendimento Emergencial e Pratica Clinica
Psicanálise
UMG
3
Psicoterapia para Estudantes de Psicologia - Importancia e Beneficios na Formacao
Psicanálise
UMG
Preview text
Professora Juliana Beco\nFundamentos da Psicanálise\nAULA 1\nA pré-história da Psicanálise\nparte 1\nAGENDA DE HOJE\nA consciência da loucura\nO saber psiquiátrico\nO interrogatório e a confissão\nA loucura experimental\nA hipnose\nCharcot e a histeria\nTrauma e ab-reação\nTrauma e defesa psíquica\nA sexualidade RENÉ DESCARTES\nDescartes se propunha a investigar os domínios da subjetividade.\nA subjetividade foi assim constituída e transformada em refe- rencial central e às vezes exclusivo para o conhecimento e a verdade. A verdade habita a consciência: é o que proclamam racionalistas e empiristas.\n\nponto de partida\n\nOnde situar a psicanálise?\n\nCARTESIANO\nSem dúvida alguma, a psicanálise produziu uma derrubada da razão e da consciência do lugar sagrado em que se encontravam.\nAo fazer da consciência um mero efeito de superfície do Inconsciente, Freud operou uma inversão do cartesi- nismo que dificilmente pode ser negada.\n\nONDE NASCEU A PSICANÁLISE?\nA fenomenologia, as filosofias da existência, a antropologia, o culturalismo norte-americano, a biologia, a linguística e a psicologia foram alguns desses saberes oficiais que exigiram o direito de adoção, sendo que alguns deles chegaram mesmo a se declarar pais legítimos. Onde situar a psicanálise?\nSUBJETIVIDADE\nÉ a produção do conceito de inconsciente que resultou numa alavagem da subjetividade.\nA partir desse momento, a subjetividade deixa de ser entendida como um todo unitário, identificando com a consciência e sob o domínio da razão, para ser uma realidade dividida em dois grandes sistemas – O Inconsciente e o Consciente – dominada por uma luta interna em relação à qual a razão é apenas um efeito de superfície.\n\nONDE?\nEpistemologicamente, ela não se encontra em continuidade com saber algum, apesar de arqueologicamente estar ligada a todo um conjunto de saberes sobre o homem, que se formou a partir do século XIX.\n\nSÉC XVII E XVIII\nA psicanálise se apresenta como uma teoria e uma prática que pretendem falar do homem enquanto ser singular, mesmo que afirme a clivagem inevitável a que esse indivíduo é submetido.\n\nSÉC XX\nA psicanálise vem ocupar este lugar de escuta.\nSó surgiu com o desenvolvimento da economia capitalista e sua exigência de controle dos corpos e dos desejos. SUBJETIVIDADE E SUJEITO\n\nSUBJETIVIDADE\n• A subjetividade, identificada com a consciência\n• O desejo era visto como perturbação da Ordem, era ele que modificava o pensamento tornando-o inadequado à realidade\n• A psicanálise não vai colocar a questão do sujeito da verdade mas a questão da verdade do sujeito\n\nSUJEITO\n• A psicanálise vai nos apontar um sujeito fendido: aquele que faz uso da palavra e diz 'eu penso', 'eu sou', e que é identificado por Lacan como: \n sujeito do enunciado (ou sujeito do significado), \n sujeito da enunciação (ou sujeito do significante), que se coloca como excêntrico em relação ao sujeito do enunciado. A PRÉ-HISTÓRIA DA PSICANÁLISE\n\nMICHEL DE MONTAIGNE\n• O Que restou da destruição do Mundo e de Deus? \n• O Eu, responde Montaigne.\n• Montaigne permaneceu na dúvida e no ceticismo. Descartes faz da dúvida de Montaigne, não o ponto final, mas o ponto de partida de seu pensamento.\n• \"A dúvida, o cético e Montaigne sofrem-na. Descartes exerce-a\" (op. cit., p. 51). Partindo da dúvida. A CONSCIÊNCIA DA LOUCURA\n\nSÉC XVII\n• A ordem da racionalidade da consciência\n• Realizou a partilha entre a razão e a desrazão; foi o momento de emergência da loucura, ou melhor, foi o momento em que a razão produziu a loucura\n• Literalmene, a loucura não existia, o que existia era a diferença e o lugar da diferença.\n• Antes do século XVII não havia louco como uma entidade diferenciada.\n• Descartes não foi o produtor da loucura no século XVII; o que ele fez foi situar, ao nível do discurso filosófico.\n\nRACIONALIDADE\n• Loucura e pensamento eram dois termos que podiam ser definidos por exclusão, pois o pensamento era exatamente aquilo que, por ser regulado pela razão, opunha-se à loucura.\n• A loucura implica exatamente a perda da racionalidade.\n• Produzir o saber sobre a loucura é produzir a própria loucura. É nesse sentido que Foucault diz que a loucura é um produto do século XVIII, através dos seus saberes, das suas práticas, as suas instituições etc. A LOUCURA EXPERIMENTAL\n\" Sei que não sou louco e sei quem é louco, mas não sei o que é a loucura.\"\n\nMOREAU DE TOURS\n• A partir de Moreau de Tours, Fica criado um espaço comum ao normal e ao patológico,\n• O sonho é a loucura do indivíduo adormecido enquanto os loucos são sonh- dares acordados.\n• Dessa forma, o sonho é o acontecimento que, mais do que qualquer outro, aproxima-se da loucura e permite sua compreensão.\n• Está quebrada a heterogeneidade entre o normal e o patológico. O que Freud fez foi tomar esse fato como um princípio de análise.\n\nA HIPNOSE\nANTON MESMER - MESMERISMO\n• a eficácia do magnetismo.\n• basta o contato de sua mão para que o efeito terapêutico seja alcançado.\n• decretou a conde- nação de Mesmer por charlatanismo.\n• A conclusão da comissão foi que não existia nenhum fluido magnético e que a cura se dava por efeito da imaginação.\n• O mesmerismo é abandonado, e a nova técnica inventada por James Braid: a hipnose, conhecida durante muito tempo como \"bricadeira\".\n\n CHARCOT E A HISTORIA\nCHARCOT E FREUD\n• investigações anatomopatológicas que ofereciam, ao nível do corpo, a lesão referente aos distúrbios observados.\n• Charcot, que, além de neurologista, se tornou professor de anatomia e patologia da Faculdade de Medicina de Paris.\n• há um correlato orgânico das manifestações histéricas.\n• Posteriormente, ele modificou seu ponto de vista ao afirmar que a histeria é, \"como tantas outras esfinxes\"\n• Ao produzir a separação da histeria da anatomia patológica, Charcot a introduz no campo das perturbações fisiológicas do sistema nervoso.\n• No inverno de 1885, Freud vai a Paris e assiste ao curso de Charcot\n\nTRAUMA E AB-REAÇÃO\n• A teoria do trauma psíquico vai ter profunda repercussão sobre os escritos iniciais de Freud e, paradoxalmente, vai se constituir no impedimento maior à elaboração da teoria psicanalítica.\n• dois tipos de tratamento para a neurose histérica. O primeiro consiste no afastamento do paciente de seu ambiente familiar, considerado por ele como gerador de crises, e sua internação num hospital.\n• a hidoterapia e a ginástica. O emprego de massagem e eletroterapia não deveria ser desprezado.\n• hipnose, uma sugestão que remove o distúrbio.\n• Esse procedimento, porém, apenas elimina o sintoma, mas não remove a causa.\n• O caso clínico que deu origem à Comunicação preliminar foi o de Anna O.\n• Freud estava se formando em Medicina, estudos sobre anatomia do sistema nervoso\n TRAUMA E AB-REAÇÃO\nJOSEPH BREUER\n• Anna O. era filha de um paciente de Breuer e começou a apresentar uma série de sintomas histéricos enquanto cuidava do pai.\n• Breuer submeteu-a à hipnose e verificou que os sintomas desapareciam sempre que o acontecimento traumático que estava ligado a ele era reproduzido sob hipnose. Após dois anos de tratamento, todos os sintomas de Anna O. haviam desaparecido.\n• Breuer havia chamado seu método de \"catártico\" (de kátharsis = purgação)\n\nTRAUMA E DEFESA PSÍQUICA\n• Freud propôs a Breuer uma publicação conjunta sobre o assunto. Em 1893 surge a Comunicação preliminar e em 1895 os Estudos sobre a histeria, reunidos posteriormente. É no primeiro desses trabalhos que Freud lança uma noção que vai desempenhar um papel fundamental na elaboração da teoria psicanalítica: a noção de defesa.\n• o afastamento entre os dois autores.\n• Freud só teve pleno acesso ao fenômeno da defesa quando abandonou a técnica da hipnose.\n• num dos pilares da teoria psicana- lítica: a defesa (ou, como ele chamará mais tarde, o recalque).\n• \"A teoria do recalque é a pedra angular sobre a qual repousa toda a estrutura da psicanálise\", (Freud) TRAUMA E DEFESA PSÍQUICA\n\n- todas essas ideias eram de natureza aflitiva, capazes de despertar emoções de vergonha, de autocensura e de dor psíquica.\n- A defesa aparece, assim, como uma forma de censura por parte do ego do paciente à ideia ameaçadora, forçando-a a manter-se fora da consciência; e a resistência era o sinal externo dessa defesa.\n- sintomas somáticos é chamado por Freud de conversão.\n- A conversão é, portanto, o modo de defesa específico da histeria.\n- CONVERSÃO\n- passagem do método catártico para o método psicanalítico. A SEXUALIDADE\n\n- Quando Breuer narrou para Freud a história de sua jovem e bela cliente, não narrou a história completa; o final foi cuidadosamente ocultado.\n- um dos motivos de seu rompimento com Breuer.\n- Freud, o sexólogo. Assim ele foi visto pelos seus contemporâneos\n- Na verdade, a sexualidade já era bastante tematizada pela medicina, pela psiquiatria, pela pedagogia e por vários campos de discurso no século XIX.\n- O que verificamos pela análise de Foucault é que os séculos XVIII e XIX conheciam uma verdadeira explosão discursiva sobre o sexo.\n- \"A colocação do sexo em discurso\"\n\"A grande originalidade de Freud não foi descobrir a sexualidade sob a neurose. A sexualidade estava lá, Charcot já falara dela. Sua originalidade foi tomar isto ao pé da letra (...) o forte da psicanálise é ter desembocado em algo totalmente diferente que é a lógica do inconsciente\". (Foucault, 1979b, pp. 261 e 266)