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Relações Internacionais ·
História
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O Pensamento Idealista das Relações Internacionais Prof Me Lucas de Oliveira Ramos lucasramosesamcbr Contexto Prévio Antecedentes da Primeira Guerra Mundial 19141918 atmosfera de culto ao cientificismo e ao progressoracionalidade iluminismo Augusto Comte combinado à intensificação da corrida imperialista europeia maior integração entre mercados e aprofundamento dos nacionalismos PósPrimeira Guerra retomada de otimismo condenação alemã a arcar com os custos da guerra Tratado de Versalhes tensão crescente e rearranjo do mapa europeu Woodrow Wilson Discurso dos 14 pontos e o lançamento do projeto da Liga das Nações baseada na lógica da segurança coletiva associação aos EUA Entreguerras crise do idealismo crítica realista embate militaristas x pacifistas NORMAN ANGELL Escritor jornalista e político britânico 18721967 Membro do Comitê Executivo da Liga das Nações Prêmio Nobel da Paz em 1933 Obra de referência A grande ilusão 1910 contexto de distanciamento das guerras napoleônicas ascensão do movimento pacifista combinado ao crescente armamento avanços da indústria bélica e recrutamento militar Proposta de debate para além da polarização entre realistas e pacifistas Debate entre militaristas e pacifistas Capítulo 1 apresentação do estado da arte das discussões do período entre as correntes do desarmamentismo e do equilíbrio de poder Perspectiva do desarmamento vinculada ao movimento pacifista do período do entreguerras difusão da ideia de que o controle de armamentos poderia limitar a guerra entre os países também se compreendia os freios morais como um instrumento e superação da guerra Perspectiva do equilíbrio do poder aproximação entre o funcionamento do sistema internacional e a luta pela sobrevivência entre as espécies darwinismo social condenação do desarmamentismo como uma postura pouco varonil que tenderia a reforçar as fraquezas das nações nesta corrente a guerra também era defendida como meio de superação das falhas morais da sociedade colocando as castas militares como exemplos a serem seguidos pela sociedade civil reforço do militarismo A Grande Ilusão Capítulo III fundamental Embora posteriormente o título A grande ilusão tenha associado pelos críticos da corrente liberal ao idealismo no livro a expressão buscava indicar que o debate do período sobre a inevitabilidade da guerra consistia em uma ilusão de ótica cujos efeitos e argumentos contribuíam para fazer da guerra uma profecia autorrealizável Na visão do autor o expansionismo enquanto destino inevitável dos Estados também faria parte desta mesma ilusão Ao fazêlo Angell se posiciona não necessariamente como um defensor do pacifismo mas sim como um crítico ao militarismo Norman Angell tenta provar que a guerra é uma ilusão de ótica Para isso ele diz que as guerras são uma ameaça a civilização primeiro porque ataques a fim de devastar um país é uma possibilidade impensável pois isso acarretaria na destruição de parques industriais do comércio e das riquezas naturais dos quais a população local é dependente Só seria possível esses ataques se junto com ele todas as pessoas fossem destruídas porém é evidente que isso jamais poderia acontecer pelo fato da dependência de grande parte do mundo das atividades industriais e comerciais postas em prática pelos cidadãos do país ameaçado o que seria o mesmo que um suicídio Sob a mesma ótica e como consequência seriam trágicas as proporções que os mercados financeiros tomariam devido à internacionalização da indústria e das finanças pois os confiscos dos bens privados influenciaria de forma negativa nas finanças do invasor e o prejuízo dos bens confiscados seria maior do que o valor da propriedade confiscada O poder político e militar é economicamente inútil ou seja em nada contribui para a prosperidade e o bemestar daqueles que o detêm O que se argumenta é que a segurança das riquezas depende de outros fatores que não os armamentos que a falta de poder político não constitui obstáculo ou garantia em relação à prosperidade e que a simples extensão do território administrado não tem relação com a riqueza dos habitantes desse território ANGELL 2002 p2230 WOODROW WILSON Thomas Woodrow Wilson 18561924 político e acadêmico americano 28º Presidente dos Estados Unidos de 1913 a 1921 Wilson tinha doutorado em ciências políticas pela Universidade Johns Hopkins e serviu como professor e acadêmico em várias instituições antes de ser escolhido para ser reitor da Universidade de Princeton uma posição que ele teve de 1902 a 1910 Laureado com Nobel da Paz em 1919 Os três ramos do liberalismo internacional idealismo está presente na obra Wilsoniana Comércio República e Regulação Comercial promove permitas e comércio entre os Estados na crença de que a interdependência econômica entre países possa reduzir a violência Republicano incentiva a implementação de democracia nos países onde o povo passa a se autogovernar promovendo seus interesses e desenvolvimento Regulatório fomentar leis nas relações internacionais assim como organizações que moderem a segurança entre os Estados Assim concluise que o idealismo pode ser interpretado como um conjunto de princípios universais que defende a necessidade de estruturar o mundo buscando seu entendimento através de condutas pacifistas onde a confiança e a boa vontade sejam os motores que movimentam a História Durante a Primeira Guerra Mundial aos 8 de janeiro de 1918 o Presidente Woodrow Wilson em seu discurso na sessão conjunta do Congresso dos Estados Unidos formulou sob Catorze Pontos distintos propostas de natureza essencial para um possível acordo pósPrimeira Guerra Mundial Os Catorze Pontos nada mais foram do que um conjunto de princípios diplomáticos desenvolvidos pela administração do Presidente Woodrow Wilson durante a Primeira Guerra Mundial Esses foram planejados como uma declaração dos objetivos de guerra americanos bem como para fornecer um caminho para a paz Altamente progressistas os Catorze Pontos foram geralmente bem recebidos quando anunciados em janeiro de 1918 mas existiam algumas dúvidas acerca da real viabilidade de implementação em um sentido pragmático Naquela altura a Alemanha havia se aproximado dos Aliados para uma paz baseada nas ideias de Wilson e um armistício havia sido concedido Na Conferência de Paz de Paris que se seguiu muitos dos pontos foram postos de lado à medida que a necessidade de reparações a concorrência imperial e o desejo de vingarse da Alemanha tinham precedência Os 14 pontos I Abrir alianças de paz abertamente alcançadas após as quais não haverá nenhum entendimento internacional privado de qualquer tipo mas a diplomacia deve proceder sempre com franqueza e na visão pública II Absoluta liberdade de navegação nos mares fora das águas territoriais tanto em paz quanto em guerra exceto quando os mares forem fechados no todo ou em parte por ação internacional para o cumprimento dos convênios internacionais III A remoção tanto quanto possível de todas as barreiras econômicas e o estabelecimento de condições de igualdade de comércio entre todas as nações consentindo com a paz e associandose para sua manutenção IV Garantias adequadas dadas e tomadas de que os armamentos nacionais serão reduzidos ao ponto mais baixo consistente com a segurança doméstica V Um ajuste livre aberto e absolutamente imparcial de todas as reivindicações coloniais baseado na estrita observância do princípio de que ao determinar todas essas questões de soberania os interesses das populações envolvidas devem ter peso igual com as reivindicações eqüitativas do governo cujo título deve ser determinado VI A evacuação de todo o território russo e a resolução de todas as questões que afetam a Rússia assegurarão a melhor e mais livre cooperação das outras nações do mundo obtendo para ela uma oportunidade sem entraves e sem constrangimento para a determinação independente de seu próprio desenvolvimento político e política nacional e assegurála de uma recepção sincera à sociedade de nações livres sob instituições de sua própria escolha e mais do que bemvinda assistência também de todo tipo que ela possa necessitar e desejar O tratamento concedido pela Rússia a suas nações irmãs nos próximos meses será o teste ácido de sua boa vontade de sua compreensão de suas necessidades como distintas de seus próprios interesses e de sua simpatia inteligente e altruísta VII A Bélgica o mundo inteiro concordará deve ser evacuada e restaurada sem qualquer tentativa de limitar a soberania que ela desfruta em comum com todas as outras nações livres Nenhum outro ato único servirá pois isso servirá para restaurar a confiança entre as nações nas leis que eles próprios estabeleceram e determinaram para o governo de suas relações mútuas Sem esse ato de cura toda a estrutura e validade do direito internacional estão prejudicadas para sempre VIII Todo território francês deveria ser libertado e as porções invadidas restauradas e o mal feito à França pela Prússia em 1871 na questão da AlsáciaLorena que perturbou a paz do mundo por quase cinquenta anos deveria ser corrigido a fim de que a paz possa mais uma vez ser assegurada ao interesse de todos IX Um reajuste das fronteiras da Itália deve ser efetuado ao longo de linhas de nacionalidade claramente reconhecíveis X Os povos da ÁustriaHungria cujo lugar entre as nações que queremos ver salvaguardados e assegurados devem receber a mais livre oportunidade de desenvolvimento autônomo XI Romênia Sérvia e Montenegro devem ser evacuados territórios ocupados restaurados A Sérvia concedeu acesso livre e seguro ao mar e as relações dos vários estados dos Bálcãs entre si determinadas por um conselho amigável ao longo de linhas historicamente estabelecidas de lealdade e nacionalidade e as garantias internacionais da independência política e econômica e da integridade territorial dos diversos estados dos Balcãs devem ser assumidas XII As porções turcas do atual Império Otomano devem ter assegurada uma soberania segura mas as outras nacionalidades que estão agora sob domínio turco devem ter certeza de uma segurança indubitável de vida e uma oportunidade absolutamente inalterada de desenvolvimento autônomo e os Dardanelos devem ser permanentemente abertos como uma passagem livre para os navios e comércio de todas as nações sob garantias internacionais XIII Devese erigir um Estado polonês independente que deve incluir os territórios habitados por populações indiscutivelmente polonesas que devem ter acesso livre e seguro ao mar e cuja independência política e econômica e integridade territorial devem ser garantidas pelo pacto internacional XIV Uma associação geral de nações deve ser formada sob convênios específicos com o propósito de oferecer garantias mútuas de independência política e integridade territorial a estados grandes e pequenos Repercussões Embora os 14 Pontos de Wilson tenham sido bem recebidos pelo público em casa e no exterior os líderes estrangeiros estavam céticos quanto à efetividade desses pontos aplicados ao mundo real Leery do idealismo de Wilson líderes como David Lloyd George Georges Clemenceau e Vittorio Orlando hesitavam em aceitar os pontos como objetivos formais de guerra Em um esforço para obter o apoio dos líderes aliados Wilson encarregou a House de fazer lobby a favor deles Em 16 de outubro Wilson se reuniu com o chefe da inteligência britânica Sir William Wiseman em um esforço para garantir a aprovação de Londres Embora o governo de Lloyd George apoiasse largamente recusouse a honrar o ponto relativo à liberdade dos mares e também desejou ver um ponto acrescentado a respeito das reparações de guerra Continuando a trabalhar por meio de canais diplomáticos o governo Wilson garantiu o apoio aos 14 Pontos da França e da Itália em 1º de novembro Essa campanha diplomática interna entre os Aliados acompanhava um discurso que Wilson estava tendo com autoridades alemãs que começou em 5 de outubro Com a situação militar se deteriorando os alemães finalmente abordaram os Aliados em relação a um armistício baseado nos termos dos Catorze Pontos Isso foi concluído em 11 de novembro em Compiègne e trouxe um fim aos embates FUNDAMENTOS DO IDEALISMO Primeira Premissa É possível transferir a boa política do plano doméstico para o plano internacional associando garantia da liberdade a partir das leis Bom governo democrático governo que faz política visando o bem coletivo Compromisso coletivo no plano internacional proposta de federação de estados onde haja o compromisso mútuo de nãoagressão Ideia de um governo mundial Liga das Nações Estados democráticos garantem a liberdade individual e o diálogo Estados democráticos são mais inclinados para a paz porque os cidadãos têm capacidade de influenciar os governos e restringir eventuais tendências mais agressivas dos seus governantes Convivência em sociedade leva os indivíduos a descobrir interesses comuns Bem Comum Paz Segunda Premissa Visão otimista da natureza humana ação dos Estados é similar a dos indivíduos Estados agem racionalmente têm capacidade de julgar o que é bom distinguem o que é certo Por isso é possível chegar a uma solução pacífica para os conflitos Crença na capacidade e no interesse dos Estados de abandonar seus interesses próprios em prol do Bem Comum projeto de paz perpétua Terceira Premissa Organizações Internacionais Aumenta o entendimento de que é preciso buscar em conjunto soluções para superar a guerra No plano internacional há impossibilidade de criar um poder hegemônico Direito Internacional ganha um papel fundamental é o que orienta o interesse comum e aumenta o grau de reciprocidade Organiza uma comunidade internacional regulada pelas leis internacionais Ajudam a preservar a paz porque garantem o respeito mútuo e incentivam um comportamento cooperativo Cria um compromisso moral parâmetro comum Moralidade é refletida ao longo da história Crença no progresso moral dos Estados aprendizado com a guerra Desdobramentos do Idealismo Criação de mecanismos democráticos que se complementem nacional regional global É preciso pensar as regras internacionais a partir do ponto de vista dos cidadãos que atuam no plano internacional e doméstico que sofrem os impactos de ambos os lados Pensar a ordem internacional e a manutenção da paz a partir da proposição de um novo cosmopolitismo de relações mais justas Democracia Cosmopolita projeto político
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militares como exemplos a serem seguidos pela sociedade civil reforço do militarismo A Grande Ilusão Capítulo III fundamental Embora posteriormente o título A grande ilusão tenha associado pelos críticos da corrente liberal ao idealismo no livro a expressão buscava indicar que o debate do período sobre a inevitabilidade da guerra consistia em uma ilusão de ótica cujos efeitos e argumentos contribuíam para fazer da guerra uma profecia autorrealizável Na visão do autor o expansionismo enquanto destino inevitável dos Estados também faria parte desta mesma ilusão Ao fazêlo Angell se posiciona não necessariamente como um defensor do pacifismo mas sim como um crítico ao militarismo Norman Angell tenta provar que a guerra é uma ilusão de ótica Para isso ele diz que as guerras são uma ameaça a civilização primeiro porque ataques a fim de devastar um país é uma possibilidade impensável pois isso acarretaria na destruição de parques industriais do comércio e das riquezas naturais dos quais a população local é dependente Só seria possível esses ataques se junto com ele todas as pessoas fossem destruídas porém é evidente que isso jamais poderia acontecer pelo fato da dependência de grande parte do mundo das atividades industriais e comerciais postas em prática pelos cidadãos do país ameaçado o que seria o mesmo que um suicídio Sob a mesma ótica e como consequência seriam trágicas as proporções que os mercados financeiros tomariam devido à internacionalização da indústria e das finanças pois os confiscos dos bens privados influenciaria de forma negativa nas finanças do invasor e o prejuízo dos bens confiscados seria maior do que o valor da propriedade confiscada O poder político e militar é economicamente inútil ou seja em nada contribui para a prosperidade e o bemestar daqueles que o detêm O que se argumenta é que a segurança das riquezas depende de outros fatores que não os armamentos que a falta de poder político não constitui obstáculo ou garantia em relação à 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e o estabelecimento de condições de igualdade de comércio entre todas as nações consentindo com a paz e associandose para sua manutenção IV Garantias adequadas dadas e tomadas de que os armamentos nacionais serão reduzidos ao ponto mais baixo consistente com a segurança doméstica V Um ajuste livre aberto e absolutamente imparcial de todas as reivindicações coloniais baseado na estrita observância do princípio de que ao determinar todas essas questões de soberania os interesses das populações envolvidas devem ter peso igual com as reivindicações eqüitativas do governo cujo título deve ser determinado VI A evacuação de todo o território russo e a resolução de todas as questões que afetam a Rússia assegurarão a melhor e mais livre cooperação das outras nações do mundo obtendo para ela uma oportunidade sem entraves e sem constrangimento para a determinação independente de seu próprio desenvolvimento político e política nacional e assegurála de uma recepção sincera à sociedade de nações livres sob instituições de sua própria escolha e mais do que bemvinda assistência também de todo tipo que ela possa necessitar e desejar O tratamento concedido pela Rússia a suas nações irmãs nos próximos meses será o teste ácido de sua boa vontade de sua compreensão de suas necessidades como distintas de seus próprios interesses e de sua simpatia inteligente e altruísta VII A Bélgica o mundo inteiro concordará deve ser evacuada e restaurada sem qualquer tentativa de limitar a soberania que ela desfruta em comum com todas as outras nações livres Nenhum outro ato único servirá pois isso servirá para restaurar a confiança entre as nações nas leis que eles próprios estabeleceram e determinaram para o governo de suas relações mútuas Sem esse ato de cura toda a estrutura e validade do direito internacional estão prejudicadas para sempre VIII Todo território francês deveria ser libertado e as porções invadidas restauradas e o mal feito à França pela Prússia em 1871 na questão da 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outras nacionalidades que estão agora sob domínio turco devem ter certeza de uma segurança indubitável de vida e uma oportunidade absolutamente inalterada de desenvolvimento autônomo e os Dardanelos devem ser permanentemente abertos como uma passagem livre para os navios e comércio de todas as nações sob garantias internacionais XIII Devese erigir um Estado polonês independente que deve incluir os territórios habitados por populações indiscutivelmente polonesas que devem ter acesso livre e seguro ao mar e cuja independência política e econômica e integridade territorial devem ser garantidas pelo pacto internacional XIV Uma associação geral de nações deve ser formada sob convênios específicos com o propósito de oferecer garantias mútuas de independência política e integridade territorial a estados grandes e pequenos Repercussões Embora os 14 Pontos de Wilson tenham sido bem recebidos pelo público em casa e no exterior os líderes estrangeiros estavam céticos quanto à efetividade desses 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os Aliados em relação a um armistício baseado nos termos dos Catorze Pontos Isso foi concluído em 11 de novembro em Compiègne e trouxe um fim aos embates FUNDAMENTOS DO IDEALISMO Primeira Premissa É possível transferir a boa política do plano doméstico para o plano internacional associando garantia da liberdade a partir das leis Bom governo democrático governo que faz política visando o bem coletivo Compromisso coletivo no plano internacional proposta de federação de estados onde haja o compromisso mútuo de nãoagressão Ideia de um governo mundial Liga das Nações Estados democráticos garantem a liberdade individual e o diálogo Estados democráticos são mais inclinados para a paz porque os cidadãos têm capacidade de influenciar os governos e restringir eventuais tendências mais agressivas dos seus governantes Convivência em sociedade leva os indivíduos a descobrir interesses comuns Bem Comum Paz Segunda Premissa Visão otimista da natureza humana ação dos Estados é similar a dos indivíduos Estados agem racionalmente têm capacidade de julgar o que é bom distinguem o que é certo Por isso é possível chegar a uma solução pacífica para os conflitos Crença na capacidade e no interesse dos Estados de abandonar seus interesses próprios em prol do Bem Comum projeto de paz perpétua Terceira Premissa Organizações Internacionais Aumenta o entendimento de que é preciso buscar em conjunto soluções para superar a guerra No plano internacional há impossibilidade de criar um poder hegemônico Direito Internacional ganha um papel fundamental é o que orienta o interesse comum e aumenta o grau de reciprocidade Organiza uma comunidade internacional regulada pelas leis internacionais Ajudam a preservar a paz porque garantem o respeito mútuo e incentivam um comportamento cooperativo Cria um compromisso moral parâmetro comum Moralidade é refletida ao longo da história Crença no progresso moral dos Estados aprendizado com a guerra Desdobramentos do Idealismo Criação de mecanismos democráticos que se complementem nacional regional global É preciso pensar as regras internacionais a partir do ponto de vista dos cidadãos que atuam no plano internacional e doméstico que sofrem os impactos de ambos os lados Pensar a ordem internacional e a manutenção da paz a partir da proposição de um novo cosmopolitismo de relações mais justas Democracia Cosmopolita projeto político