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Engenharia de Produção ·
Análise Econômica
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Capítulo 1 Aspectos metodológicos da análise de viabilidade econômica de sistemas de produgáo Rosana do Carmo Nascimento Guiducci Eliseu Roberto de Andrade Alves Joaauim Raimundode Lima Filho i e i s o n Martins Mota Introdução O desenvolvimento e a modernização do setor agropecuário são consequência de transformações estruturais que exigem do produtor conhecimento profundo do negócio Isso inclui além de conhecimento do ambiente em que está inserido práticas administrativas capazes de responder a complexidade que a atividade agropecuária adquiriu durante esse processo A análise econômica ao permitir que o produtor conheça os resultados financeirosobtidosnum determinadoan0tornase fundamental para nortear as decisóes a serem tomadas no momento do planejamento da atividade para o ano seguinte e para orientar nas decisões relativas aos investimentos Dessa forma é fundamental conhecer bem o sistema de produção praticado o custo da unidade produzida o resíduo gerado a cada safra e o retorno do investimento considerandose as condiçóes de mercado A metodologia ora proposta tem porfinalidade prover mecanismo de levantamento de dados e análises econômicas de forma sistemática que possibilitem a realização de inferências quanto aos retornos econômicos de Viabilidade econômica de sistemas de produçáo agropecuários metodologia e estudos de caso sistemas de produção agropecuários em especial aqueles que incorporam tecnologias ou práticas indicadas pela Embrapa Nesse sentido fazemse algumas considerações acerca de princípios metodológicos uti1izadosA primeira consideração dizrespeitoa separação virtual dos papéis do empreendedor e do capitalista No setor agrícola é comum que o dono da propriedade e o produtor sejam a mesma pessoa dispondo algumas vezes de recursos próprios para financiar seu negócio Quando isso ocorre o produtor assume simultaneamente os papéis de empreendedor e de capitalista o que pode comprometer a correta identificação do custo de produção caso esses papéis não sejam devidamente considerados na avaliação Para evitar erros dessa natureza é recomendável tratar separadamente as remuneraçóes do capitalista e do empreendedor Procedendo dessa forma obtémse maior clareza na classificação dos itens de custo e na identificação dos diversos dispêndios decorrentes do processo de produção Nesse sentido o empreendedor é o agente responsável pelas decisões relativasa produção e nãodispõe de bens decapital Para produzir aluga os fatores terra benfeitorias máquinas e animais e financia o custeio com empréstimoTudo isso tem um custo que deverá ser contabilizado na apuração de sua remuneração No momento em que o empreendedor está planejando a atividade ele já conhece as despesas relativas a remuneração do capitalista juros e aluguéis Fixada a remuneração do capitalista buscase o valor da remuneração do empreendedor que será dada pelo resíduo A renda bruta gerada ao final do período corresponde ao valor de toda a produção mesmo que não tenha sido comercializada E com esse valor que o empreendedor pagará as despesas relativas a remuneração do capitalista e demais despesas como o trabalho familiar empregado na atividade A única despesa deixada de fora é o risco assumido ao produzir Essa despesa é remunerada pelo valor correspondente a renda líquida ou resíduo Parte 1 Capítulo 1 I Aspectos metodolbgicor da análise de viabilidade econômica de sistemas Portanto a renda líquida é igual a renda bruta subtraindose insumos anuais aluguéis pagos trabalho assalariado trabalho familiar seguro de frustração de safra e juros relativos a remuneração do capital exceto os já embutidos nos aluguéis pagos O capitalista por sua vez é o agente responsável pelas decisões de investimento já que é o dono do capital físico natural e financeiro Na qualidade de dono do capital recebe juros e aluguéis do empreendedor Para apurar a remuneração do capitalista fixase o valor da remuneração do empreendedor mantendo variáveis a taxa de juros e os aluguéis Na apuração do resultado do capitalista utilizase inicialmente a análise de fluxo de caixa no período do investimento Esse período irá variar de acordo com a atividade produtiva Utilizase também indicadores de viabilidade tais como valor presente líquido VPL taxa interna de retorno TIR payback descontado entre outros Esse conjunto de informações irá orientar a decisão do produtor quanto aos investimentos ou seja sob o ponto de vista do capitalista Dessa forma a metodologia ora proposta está organizada em duas partes A parte 1 irá tratar da análise econômica sob a ótica do empreende dor e a parte 2 sob a ótica do capitalista Ambas apresentam indicadores úteis para auxiliar a tomada de decisão do produtor nas diferentes situa ções por ele vivenciadas A segunda consideração referese a uma particularidade dos sistemas de criação animal pecuária de leite pecuária de corte ovinocaprinocultura entre outros Sabese que uma característica dos sistemas de criação é a geração de subprodutos em conjunto com a produção fim carnelleite Paralelamente a esses produtos temse a produção de cria e recria de animais volumosos silagem esterco feno etc Para fins de apuração de De acordo com Peres et al 2003 enquanto o capital físico referese a máquinas equipamentos instalações e benfeitorias ocapital natural é relativoa terra e ocapitalfinanceiro aos recursos financeiros disponibilizados para despesas de custeio tais como insumos mão de obra serviços aluguéis seguros etc Viabilidade econômica de sistemas de produção agropeiuirios metodologia e estudos de casa produção do produto principal dissociado do custo total da atividade fazse a segmentaçáo virtual da atividade para separar os custos por produto final gerado Apenas como exemplo na pecuária de corte podemse estabelecer as seguintes etapas do sistema de produção cria recria e engorda Caso haja produção de insumos como alimentação do gado esses deverão ser considerados separadamente como outra etapa Na pecuária de leite podemse ter as seguintes etapas a leite b recria de novilhas fêmeas para reposição c recria de machos para engorda d produção de volumosos Essa segmentação em etapas distintas é importante pois possibilita identificar e localizar os gargalos da atividade com maior precisão A produção de leite por exemplo pode ter seus resultados comprometidos caso haja ineficiência na etapa de recria ou de produção de volumosos A segmentação ao permitir a comparação de resultados das etapas minimiza os erros de interpretação Consequentemente contribui para que o sistema de produção possa ser aperfeiçoado com maior eficiência Dessa forma coeficientes técnicos serão estabelecidos para cada uma das etapas consideradas mesmo que na prática essas atividades estejam fortemente interligadas As planilhas de custos deverão estar formatadas em conformidade com essa segmentação Portanto além da planilha de custos do produto principal deverão ser utilizadas planilhas auxiliares para apurar as despesas e as receitas de cada uma das etapas que compõe o sistema de produção em análise Para fins de apuração do custo de produção cabe observar que os produtos gerados possuem um valor de mercado Quando o produto de uma etapa for utilizado como insumo em outra ele deve ser pago a preço de mercado Todavia ao considerar que o sistema de produção começa e termina dentro da porteira não se deve imputar o custo de transporte e impostos que incidem na fase de comercialização do produto Para exemplificar considerase na pecuária de leite um sistema com cria e recria de novilhas A bezerra é vendida ao segmento novilhas Parte 1 Capitulo 1 Aspectos metodol6gicos da analise de viabilidade econòmica de sistemas após mamar o colostro A partir dai o segmento novilhas ira comprar o leite sem os custos relativos a impostos e transporte No caso da pecuária de corte num sistema composto por cria recria e engorda o segmento animal compra alimentos do segmento pasto O dispêndio de alimentação via pasto é estimado com base em informações sobre aluguel de pastagem A mesma lógica é usada para estimar osdispendios com osdemais insumos A terceira consideração referese ao método para levantamento de dados Propõese que a coleta de dados do sistema de produção seja feita por meio de painel de especialistas Tratase de um metodo pratico e objetivo que possibilita um feedback instantáneo aos participantes ao mesmo tempo em que permite fazer correções de informações a fim de obter um sistema otimizado ou seja livre de gorduras Esse método de obtenção de informações tem a vantagem de ser menos oneroso do que os métodos tradicionais nos quais os dados são obtidos por meio de acompanhamento de sistemas de produção in loco Para auxiliar na definiçso do sistema de produção o pesquisador deve estar informado no que se refere aos sistemas existentes no local as tecnologias utilizadas ao tamanho das propriedades aos preços praticados na região entre outros dados secundários Essas informações deverão ser levantadas a priori e estar disponíveis no momento do painel para orientar as discussões O painel pode ser constituido de forma ideal por 10 a 15 pessoas ligadas as instituições da cadeia em análise tais como pesquisadores extensionistas técnicos e produtores Durante o painel caracterizase a unidade produtiva com a indicação dos coeficientes técnicos relacionados a insumos maquinas implernentos serviços e vetores de preços que compõem o sistema de produção adotado na região Cabe ressaltar que os coeficientes técnicos são baseados na quantidade mínima de insumos e serviços necessários para produzir uma unidade de determinado produto por exemplo 1 t de soja Normalmente usamse os coeficientesfixos do ano anterior ou os coeficientes informados Viabilidade econòmica de rirtemar de produqáo agropecuáriar metodologia e estudos de caso pelos produtores no painel Ainda que haja disponibilidade de um insumo em abundância na propriedade tal como máo de obra familiar para que o sistema seja eficiente devese empregar a proporção otimizada desse insumo Outra consideração importante está relacionada a definiçáo de sistema de produção Para Berdegué e Larraín 1987 um sistema de produçáo pode ser entendido como um conjunto de atividades que um grupo humano uma família por exemplo organiza dirige e realiza tendo por base seus objetivos cultura e recursos Para isso o grupo adota práticas específicas em resposta ao meio ambiente físico no qual está inserido Em termos práticos e considerando as especificidades do setor agropecuári0definesesistemadeproduçãoa partirdoconjuntodeinsumos utilizados e produtos gerados Fixados os produtos o que diferencia dois sistemas de produção é a lista de insumos utilizada Mudanças qualitativas de insumos implicam em novos sistemas de produção Alterações nas quantidades utilizadas de insumos sem alterar qualitativamente a lista náo modificam o sistema de produção Dada a diversidade de insumos disponíveis no mercado os quais podem ser substituídos entre si é preciso ter clareza com relação a escolha das variáveis que faráo parte da lista de insumos que irá caracterizar o sistema Não se pode ser muito rígido ao ponto de considerar por exemplo que dois sistemas de produção são distintos porque um aduba com ureia e o outro com sulfato de amônia Além disso não se deve simplificar demasiadamente a ponto de considerar que a diferenciaçáo entre dois sistemas de pecuária por exemplo ocorrerá com base em itens específicos de uma lista como prática de inseminaçáo e numero de ordenhas Outra questão importante é a rigorosa identificação do aspecto quantitativo do sistema de produção No levantamento das informaçôes devese levar em conta o mínimo necessário no que diz respeito as benfeitorias máquinas e equipamentos para a realização das operações sem ociosidades Caso contrário não será possível chegar ao custo médio Parte 1 Capitulo 1 I Aspectos metadológicos da analise de viabilidade económica de sistemas mínimo daquele sistema em virtude disso as análises de eficiência e viabilidade econômica ficarão comprometidas Com relação a definição de custo de produgão sua importância e aplicação algumas considerações são relevantes Entendese por custo de produçáo a soma de todos os recursos insumos e operações serviços utilizados de forma econõmica no processo produtivo a fim de obter determinada quantidade de produto com o mínimo dispêndio Nesse sentido e para fins de análise econômica custo de produção é a compensação que os donos dos fatores de produção terra trabalho capital e dos recursos financeiros de custeio utilizados por uma empresa para produzir determinado bem devem receber para que esses fatores continuem sendo fornecidos A utilidade dos custos é permitir verificar o valor dos recursos empregados por unidade produzida e comparalo com o preço do produto A partir da comparação entre esses dois valores é possível inferir sobre a rentabilidade da atividade e consequentemente sobre a viabilidade econômica Notase que o objetivo do cálculo do custo de produção é justamente determinar o custo mínimo E com base no minimo necessário para produzir que se faz a avaliação econômica da atividade a qual serve de referência para cada produtor individualmente Portantoocusto de produçáo corresponde aos dispêndios minimizados livres de gorduras e excessos O conhecimento do custo de produção é fundamental para a tomada de decisão do produtor de forma segura e correta para avaliar a viabilidade econômica de um sistema de produção para comparar níveis de desempenho entre diferentes sistemas de produçáo entre tecnologias assim como para orientar os formuladores de políticas públicas nas ações de fomento ao desenvolvimento do setor agrícola A configuração de um sistema de produção determina em grande medida o resultado técnicoeconômico obtido Para se avaliar qual o melhor sistema a ser adotado ou pacote tecnológico mais adequado para compor o sistema é preciso conhecer o custo de produção de uma Viabilidade econhica de sistemas de pmduo agmpecu51ior metoddogia e estudos de caso unidade do produto em diferentes sistemas Isso pode ser feito por meio do levantamento de todos os gastos ou dispêndios necessários h produção em cada sistema Por isso é importante a realização correta do levantamento e das análises dos custos de produção Além disso a classificação do custo de produção em componentes fixos e variáveis deve ser entendida como o resultado de uma decisão tomada pelo produtor no momento do planejamento da atividade Sendo assim náo se pode falar a priori em custos de natureza fixa e custos de natureza variável pois isso depende do planejamento da atividade produtiva Para um dado produtor pode ser interessante fixar gastos para o ano seguinte ou fixar alguns insumos Há também a opçáo de reorganizar o negócio e modificar todo o planejamento Neste último caso todos os recursos empregados serão variáveis não havendo custos fixos Entretanto quando o objetivo é avaliar sistemas de produção ou fornecer informações para a política agrícola não cabe fixar despesas todos os custos são variáveis O produtor ao fixar um componente do seu custo cria um viés de alta sobre os custos totais obtidos O mesmo sistema de produção tendo todos os insumos variáveis certamente terá um custo total menor Para fins de comparaçáo com o preço do produto base para as análises de rentabilidade e viabilidade econõmica a informação com esse viés não é útil Nesse sentido Alves 2009P argumenta que o custo é calculado para o ano seguinte usando informações do ano que se passou mas com total liberdade para modificálas De acordo com o autor do ponto de vista do empreendedor ele tem plena liberdade de repetir a experiência do passado reorganizar o negócio e até mesmo vendêlo Por isso todos os recursos incluindo terra máquinas e equipamentos benfeitorias e animais têm custo de oportunidade e não são fixos podendo ter valores mudados ALVES E Custo de Produo em Diálogo 2009 Texto na0 publicado Parte 1 Capítulo 1 1 Aspectos metodol6gicos da análise de viabilidade econômica de sistemas Os estudos de caso apresentados na Parte 2 têm por finalidade avaliar a viabilidade econômica de sistemas de produção que utilizam tecnologias elou práticas desenvolvidas pela Embrapa e comparar com sistemas de produção utilizados por produtores em determinada região do País Nesse sentido todos os itens componentes do custo de produção são considerados variáveis Viabilidade econômica sob a ótica do empreendedor Conforme dito anteriormente ainda que o produtor desempenhe simultaneamente o papel de empreendedor e de capitalista na condução da atividade produtiva a separação desses papéis é extremamente útil na avaliação econômica dos resultados da atividade Isso porque todos os fatores de produção utilizados devem ser devidamente remunerados independentemente de serem recursos próprios ou de terceiros Nesse caso a correta identificação do que é remuneração do capitalista e do empreendedor é fundamental para a apuração dos resultados econômicos Sendo o empreendedor o agente responsável pelas decisões relativas a produção e o capitalista pelos investimentos este último é remunerado pelos juros e aluguéis enquanto o primeiro é remunerado pelo resíduo ou renda líquida A análise ora proposta ocorre no momento do planejamento da atividade quando o produtor tendo conhecimento do custo total de produção do ano que se passou planeja a atividade para o ano seguinte Com base nas informações resultantes dessa análise ele poderá decidir se irá manter o mesmo sistema de produção ou modificálo se deve permanecer na atividade aumentar a área produzida entre outros fatores Para tanto independentemente de qual seja a decisão a ser tomada deve se inicialmente identificar o custo total de produção Viabilidade econòmica de sistemas de produsáo agropecuárias metodologia e estudos de caso Determinaçio do custo total O custo total é composto de todas as despesas e gastos mensuráveis mínimos utilizados para a produção Para fins de análise do sistema de produção propõese a apresentação das informações relativas aos custos organizadas em operações básicas que caracterizam o sistema utilizado Nos sistemas de criação animal as operações consideradas são ali mentação sanidade reprodução serviços manutenção outros deprecia ção e custo de oportunidade Nas lavouras permanente e temporária as operações consideradas são sistematização do solo correção do solo plan tiolsemeadura tratos culturais colheita manutenção outros depreciação e custo de oportunidade Cada operação requer atividades e fatores servi ços e insumos específicos Os modelos de planos de contas com as estrutu ras de custos para sistemas de criação animal e lavouras são apresentados respectivamente nos Anexos 1 e 2 De forma agregada as despesas relativas as operações realizadas nos sistemas de produção bem como as demais despesas associadas constituemosseguintestiposdedispêndiosacusteio b remuneração para mão de obra familiar c depreciação do capital d custo de oportunidade STOCK et al 2002 Esses itens envolvem particularidades metodológicas detalhadas a seguir Custeio Fazem parte das despesas de custeio os seguintes itens Mão de obra contratada incluindo encargos sociais assistência técnica agronõmica contábil entre outros Materiais consumidos para limpeza preparação e manutenção do solo Pane 1 Capítulo 1 I Aspectos metodológicos da análise de viabilidade economica de sistemas Insumos utilizados na produção a preços pagos pelo produtor dentro da propriedade ou seja incluídos frete e impostos tais como IPVA ITR Funrural PIS Cofins IRPJ Despesas diversas tais como transporte interno reparo e manu tenção de equipamentos máquinas instalações combustível material de escritório lubrificantes energia elétrica etc Os recursos gastos em aluguéis e serviços também são considera dos como despesas de custeio No caso dos sistemas de criação animal acrescentamse ainda alimentos concentrados e volumosos grãos farelos aditivos ca pineiras pastagens fenos silagens suplementos minerais etc mensurados em toneladas por ano a preços de mercado para cada um dos itens utilizados ou estimativa do custo unitário Medicamentos tais como água oxigenada álcool agulhas anes tésicos antibióticos antiinflamatórios antimastíticos antitérmi cos antitóxicos bernicidas matabicheiras vacinas seringas ver mífugo carrapaticidas complexos vitamínicos e minerais formol hormônios etc Itens usados para reprodução animal tais como sêmen aplicador bainhas luvas nitrogênio liquido pipetas etc É importante ob servar que no caso da pecuária de leite não se deve imputar ao leite o custo relativo a melhoria da qualidade genética das recrias O mesmo deve ser considerado no segmento do qual faz parte no caso o segmento novilhas ou machos Obs o imposto de renda do produtor não faz parte do custo de produção Remuneração para mão de obra familiar A mão de obra familiar deve ser considerada no custo de produçáo ainda que não haja efetivamente pagamento em dinheiro Em algumas Viabilidade econ6mica de sistemas de pradusáo agropecuarios metodologia e estudos de caso atividades agropecuárias a participação da mão de obra familiar é muito significativa por isso tem impacto considerável no custo de produção Para fins de apuração do custo de produção o valor atribuído ao trabalho executado pela família deve ser correspondente ao valor da mão de obra contratada no mercado local Em relação ao administrador da propriedade caso ele seja um membro da família o custo relativo a esse fator de produção deverá ser contabilizado como mão de obra familiar sendo medido pelo custo de oportunidade de um administrador contratado no mercado local importante deixar claro que apenas o custo de oportunidade das horas trabalhadas na atividade em análise deverá ser computado e não o valor correspondente as horas totais de trabalho na propriedade Como o trabalhador familiar normalmente executa diversas atividades essa distinção deve ser feita para não superestimar o custo da mão de obra Os encargos sociais relativos a mão de obra encontramse no Anexo 3 Depreciação do capital A depreciação é um custo indireto que incide sobre os bens que possuem vida útil limitada Ao longo do processo produtivo esses bens se desgastam ou se tornam obsoletos e devem ser substituídos Para isso é preciso manter uma reserva em dinheiro durante o período provável de vida útil do bem Para o caso do fator terra não será contabilizada depreciação pelo fato de se considerar que a vida útil da terra é infinita Além disso o desgaste do fator com a produção já está embutido no valor do aluguel pago ao capitalista Daí a importância de separar os papéis do empreendedor e do capitalista Nos sistemas de criação animal os bens passíveis de depreciação são os animais destinados a produção de leite carne reprodução e servico vacas touros rufião ovelhas etc além de instalações equipamentos implementos máquinas e pastagens formadas No caso das lavouras Parte 1 Capitulo 1 1 Aspectos metadológicos da analise de viabilidade eionòmica de sistemas temporárias e permanentes em geral os bens passiveis de depreciação são as instalações as benfeitorias os equipamentos os implementos e as máquinas O Anexo 4 traz indicações de vida útil de máquinas e equipamentos agricolas Todavia na lavoura permanente também se consideram passiveis de depreciação as despesas relativas a fase de implantação da lavoura Isso porque o período de implantação da lavoura é considerado um periodo de investimento ou formação do capital no qual o produtor incorre apenas em custos sem auferir receita Passado esse período iniciase a produção Porém a lavoura ainda não está em sua maturidade máxima e a receita gerada não é suficiente para cobrir os custos Nessa fase o produtor opera com prejuizo Dessa forma os anos iniciais da atividade nos quais o produtor incorre em prejuizo decorrente da fase de maturação incipiente também são considerados periodos de investimento e o prejuízo verificado deve ser contabilizadocomocustodeformaçãodocapitalPortantoserá considerado investimento todo gasto com a implantação da lavoura permanente até a maturidade biológica da planta Daí para frente as despesas incorridas são relativas a depreciação custo de oportunidade e manutenção da lavoura Para exemplificar o que foi dito acima suponhase que uma determinada lavoura necessite de 3 anos para que a árvore atinja a maturidade biológica e comece a produzir frutos No primeiro ano não há produção nem receita apenas custos No segundo e terceiro anos começam alguns frutos mas a árvore ainda está em fase de crescimento No quarto ano iniciase o periodo de produção normal que vai até o décimo quinto ano Nesse caso a contabilizaçao será feita da seguinte forma os custos e as receitas quando houver verificados nos três primeiros anos deverão ser subtraídos os saldos deverão ser trazidos a valores do terceiro ano e somados Observase que o periodo de produção dessa lavoura é de 12anos ou seja do4Oao 15Oano Os anos 12 e 3 acumulados passam a ser entendidos como ano zero ano de formação da lavoura O resultado é o valorda árvoreocapita1 investid0A partirdesse momento ano 3 ocapital Viabilidade econômica de sistemas de produçáo ayropecuárior metodoloyia e estudos de raia deverá ser tratado como se fosse um equipamento que sofre depreciação e tem custo de oportunidade e de manutenção após a aquisição Com relação a depreciação existem vários métodos para calculála Optouse pelo método da função PGTO na planilha eletrônica Microsoft Excel ou BrOffice Calc Essa função é análoga as teclas financeiras de uma calculadora HP e pode ser acessada pelo botão Assistente da Função fx da planilha eletrônica Ao ser aberta uma caixa de diálogo escolhese a função Financeira Em seguida escolhese a função PGTO equivalente ao PMT da HP Em seguida aparecerá uma caixa de diálogo como apresentada na Figura 1 No campo Taxa colocase a taxa de juros em por exemplo 0 No campo Nper colocase a vida útil do bem por exemplo 12 No campo Vp colocase o valor presente do bem por exemplo 15000 PGTO TOOUi5wO30000 I L 1m Tipo 6 u n v s W m m b b p a b l a o M d o o o y k Figura 1 Demonstração do cálculo da depreciação do capital Parte 1 Capitulo 1 1 Aspectos metado6gicos da análise de viabilidade econômica de sistemas No campo Vf colocase o valor residual sinal negativo por exemplo 3000 O campo Tipo é preenchido com zero já que os pagamentos são postecipados ou seja pagos ao final do periodo Em seguida devese clicar em OK O resultado aparecerá na própria caixa e na célula selecionada antes do uso do Assistente de Função O valor resultante é negativo o que significa que há um débito a pagar ao longo da vida útil do bem no valor de R 1000OO Se a vida útil for de 12 anos serão 12 pagamentos anuais nesse valor Nesse caso em que se considera a taxa de juros zero temse a depreciação física linear Ao incluir taxa de juros 0 obtémse a depreciação juntamente com o custo de oportunidade que será visto a seguir Obs ao inserir os valores não se deve deixar espaço entre o número e o indicador de nem ponto separando os milhares Com a contabilizaçãodasdespesasatéaqui listadasobtémseocusto operacional Observase que o custo operacional tem um componente efetivo que exige desembolso por parte do produtor e um componente de depreciação que se realiza no periodo de produção Czsto operacionul custeio inüo de obiufumiliur depreciriçüo do ccipitul Custo de oportunidade do investimento Ocustode oportunidade do investimento éofundamento do cálculo docusto No momento do planejamento da atividade o produtortem ampla liberdade para decidir seus investimentos Quando ele decide investir na lavoura elou na criação de animais incorre no custo de oportunidade já que poderia optar por uma atividade alternativa ou mesmo vender tudo e aplicar o dinheiro a juros no banco Vários são os critérios para a composição do valor a ser determinado cornocustodeoportunidadeou remuneraçãodo investimento Partindose Viabilidade economira de rirtemar de piodugãa agropecuarior metodologia e estudos de cara do principiodequetodosos fatoresde produçãotém custodeoportunidade e devem ser remunerados em conformidade com o estabelecido entre empreendedor e capitalista definese aqui o seguinte procedimento As despesas de custeio e mão de obra familiar serão remuneradas considerandose a taxa de 6 ao ano sobre o seu valor Para bensdecapitaltaiscomomáquinasequipamentos instalaçóes e benfeitorias utilizase preferencialmente o valor do aluguel pago ao dono do capital no qual estão embutidos o custo de oportunidade e a depreciação do bem Nesse caso não se separam essas despesas que serão contabilizadas como serviços e farão parte das despesas de custeio conforme definido anteriormente Quando a informação relativa aos aluguéis não estiver disponível o custo de oportunidade e a depreciação do bem serão calculados por meio da Tabela Price O procedimento para calcular esses valores será demostrado adiante Para o fator terra utilizase o valor do arrendamento praticado na região Na auséncia dessa informação considerase a taxa de 4 ao ano sobre o valor médio imobilizado nesse fator Essa taxa inferior ao custo de oportunidade dos demais fatores justificase pelo menor risco associado ao fator terra Especial atenção deve ser dada para o caso de atividades que geram renda mensal ao longo do ano como a pecuária de leite Alves e Assis 2000 ressaltam que nesses casos quando se considera o custo de oportunidadedas despesas de custeio devese também remunerar a renda bruta decorrente das vendas realizadas ao longo do período Isso porque todo o planejamento do ano é feito em um momento específico diaD e A manutenção do valor da terra agricola depende entre outros fatores da presewação de sua fertilidade ao longo do tempo Considerandose que muitos insumos utilizados no processo produtivo restauram pane da fertilidade da terra o risco atribuido a esse falor tornase relativamenle menor quando comparado com os demais fatores de produção Dai a utilização da taxa de 4 Viabilidade econômica de sistemas de produgáa agropecuários rnetodologia e estudos de caso Figura 2 Tabela Price Em uma planilha selecione a célula A20 e digite o titulo Depreciação pelo Sistema Price Selecione a célula A4 e digiteVida útil Selecione a célula B4 e digiteValor atualizado Selecione a célula C4 e digite Depreciação do bem Selecione a célula D4 e digite Juros sobre o capital Parte 1 Capitulo 1 1 Aspectos rnerodalógicoi da analise deviabilidade económica de sistemas tanto o recurso de custeio quanto a renda gerada ao longo do ano já estão definidos nesse dia Portanto ambos devem ser remunerados Para a remuneração da renda adotase a progressão geométrica do valor recebido mensalmente utilizandose a seguinte expressão em que r é a taxa de juros e 17 é O numero de meses É necessário ressaltar que estão sendo consideradas rendas mensais uniformes durante o ano Quando as rendas mensais obtidds não forem uniformes a remuneração deverá ser feita mês a mês e somadas ao final Quando a renda é auferida apenas ao final do pefíodo como ocorre com a maior parte das culturas temporárias e perenes não há renda a ser remunerada Todavia as despesas que ocorrem ao longo do período têm custo de oportunidade Sendo assim para uma cultura de 7 meses haverá custo de oportunidade relativo a esse período Como a taxa ora utilizada é de 6 ao ano ou seja referese a 12 meses devese fazer a proporção do custo de oportunidade para os 7 meses da cultura Com relação aos contratos de aluguel cabem aqui algumas consideraçóes a fim de evitar dupla contagem de despesas Muitas vezes no aluguel de uma máquina já estão incluidos o custo da mão de obra e o combustivel Nesse caso essas despesas não poderão ser contabilizadas novamente na planilha de custosQuando o aluguel da máquina não incluir o tratorista e o cornbustivel gasto essas despesas deverão ser registradas separadamente junto com os demais insumos Portanto utilizase preferencialmente o valor do arrendamento de benfeitorias e máquinas na regiáoQuandoesse dado nãoestiverdisponivel ele poderá ser calculado por meio da Tabela Price Figura 2 A montagem da Tabela Price é feita de acordo com as orientaçóes a seguir Parte 1 Capitulo 1 I Aspectos metadológicoi da analise de viabilidade econômica de sistemas Selecione a célula E4 e digite Recomposição do capital aluguel pago Selecione a célula A6 e digite 0 Em seguida selecione a célula A7 e digite 1 e assim por diante Ao selecionar a célula A1 8 digite 12 anos de vida útil do bem Na célula 36 digite o valor 1 5000 Selecione a célula E7 e usando o Assistente de Função fx escolha a função PGTO Considere o valor presente do bem igual a R 1500000 a vida útil de 12 anos o valor residual igual a R 300000 e a taxa de juros que remunera ocapital igual a 6 ao ano Preencha a caixa de diálogo conforme indicado a seguir Taxa 6 NPER 12 VP 1 5000 VF 3000 Tipo O já que os pagamentos são postecipados pagos ao final do período O resultado é igual a R 161 132 Uma parte desse valor corresponde a depreciação do bem enquanto a outra parte é o custo de oportunidade do capital Para separar esses custos procedese da seguinte maneira Selecione o valor da célula E7 e preencha com o mesmo valor até a célula E18 Esse é o valor de recomposição do capital ou do alu guel pago mensalmente Selecione a célula D7 e digite a fórmula 00686 para obter o custo de oportunidade do capital Selecione a célula C7 e digite a fórmula E7D7 para calcular a depreciação sofrida pelo bem em cada ano de vida útil Observa Viabilidade econômica de sistemas de produgáo agropecuarios metodologia e estudos de rasa se que a depreciação é diferença entre o valor do aluguel dado pela função PGTO e o custo de oportunidade do capital Selecione a célula 87 e digite a fórmula B6C7 para calcular o valor atualizado do bem a medida que se deprecia E dado pela diferença entre o valor anterior e a depreciaçáo do bem Selecione simultaneamente as células 87 C7 e D7 e com a alça de preenchimento preencha as três colunas simultaneamente até o ano 12 A planilha ficará com o formato ilustrado na Figura 2 Observase que o total da depreciação é o mesmo obtido se calculado por meio de depreciação linear ou seja com taxa de juros igual a zero O custo de oportunidade do capital no período é de R 733589 Observase ainda que o somatóriodos aluguéis pagos ao longo do período corresponde a soma do valor da depreciação e do custo de oportunidade do capital O custo operacional por sua vez acrescido do valor de remuneração do capital ou docustodeoportunidadeequivaleaocusto total da atividade Custo total custo operacional valor da remuneração do capital Como será visto é a partir da apuração do custo total que se chega a renda líquida ou remuneração do empreendedor pelo risco corrido na atividade Esse é o principal indicador de viabilidade econômica adotado Apropriação de despesas gerais na atividade Um importante aspecto a ser considerado na contabilização dos custos de produção referese a apropriação de despesas gerais Quando a propriedade desempenha mais de uma atividade produtiva é necessário ratear as despesas gerais e distribuilas proporcionalmente a sua utilização na atividade em análise Parte 1 Capitulo 1 Aspectos metodol6gicoi da aoãlse de viabilidade económica de sistema5 O fator de proporcionalidade ou fator de rateio I pode ser obtido por vários critérios Utilizase aqui a participação da área cultivada com a lavoura no total da área cultivada da propriedade No caso de sistemas de criação animal considerase a participação da área destinada aos animais no total da área da propriedade FR úreu utilizada pelu iitiviclade úwn totcil ctrIiiado Considerase como exemplo que o fator de rateio seja igual a 020 Nesse caso para uma despesa geral no valor de R 3000OO combustível por exemplo será apropriado o montante de R 600OO na planilha de custos ou seja 20 dessa despesa geral são atribuídos aquela cultural criação O valor restante faz parte do custo das demais atividades da propriedade e não é computado Utilizase esse procedimento para despesas gerais da propriedade como energia elétrica telefone além de fatores de produção como mão de obra contador administrador da fazenda trator e outros que possam ser utilizados simultaneamente em diferentes atividades E importante deixar claro que a definição do uso dos fatores é feita pelo produtor no momento do planejamento da atividade Os dados coletados no painel referemse a um sistema real que poderá prevalecer para o ano seguinte ou ser modificado de acordo com a decisão do produtor Indicadores de eficiência econômica Na análise de viabilidade econômica considerandose as decisoes que cabem ao empreendedor serão utilizados os seguintes indicadores de eficiência que irão nortear as decisões a serem tomadas pelo produtor no planejamento da produção para o próximo ano renda liquida RI renda da família KF ponto de nivelamento P produtividade total dos fatores PTF e taxa de retorno do empreendedor TK Viabilidade econômica de sistemas de producão agropecuários metadalogia e estudos de caso Renda Iíquida A renda Iíquida RL é obtida após a remuneração de todos os dispêndios incorridos na produção Segundo Alves et al 1999 a RL de longo prazo é o resíduo que remunera o trabalho do empreendedor é a remuneração pelo risco que o empreendedor corre ao produzir Pode ser obtida subtraindose o custo total da receita bruta Remia liquida irceitu lolal custo total Se essa remuneração não for competitiva relativamente as oportunidades urbanas a propriedade não é sustentável no longo prazo Portantoa RLdá a medida de estabilidade de um estabelecimentoagrícola ou seja mede sua possibilidade de sobrevivência Se a RL for maior ou igual a zero isso indica que a atividade é estável e tem possibilidade de expansão Quando a RI é negativa mas a receita gerada cobre pelo menos o custo operacional haverá problemas de descapitalizaçáo do produtor no entanto a atividade poderá se manter por algum tempo Havendo a possibilidade de reverter o resultado o produtor deve permanecer na atividadeTodavia enquanto perdurar essa situação o produtor receberá um pagamento inferior ao que foi considerado no custo o qual não cobrirá a depreciação de benfeitorias e máquinas Isso causará o seu empobrecimento e no limite final a atividade se torna insustentável Renda líquida igual a zero em condições de concorrência indica o equilíbrio em longo prazo no qual o produtor é capaz de pagar todos os dispêndios ou seja remunera todos os fatores de produção Renda da família Além da renda líquida o produtor tem a sua disposição a renda relativa a mão de obra familiar utilizada na produção Quando ele é o dono do montante investido ou parte dele também terá a sua disposição o Parte 1 Capitulo 1 I Aspectos metodoiogicos da análise de viabilidade econbmica de sistemas recurso relativo ao custo de oportunidade do investimento ou seja os juros sobre os recursos próprios investidos nos seguintes fatores custeio bens de capital terra e mão de obra familiar É preciso deixar claro que o valor da depreciaçáo não pode ser considerado como renda da família pois deve ser destinado a reposição de máquinas edificaç6es animais e equipamentos quando esses ficarem obsoletos Dessa forma a renda disponível para despesas da família e investimentos será dada por Renda dafamilia rrnda liyziida custo de oporirnidade rahalhojumiliar Esse indicador é importante pois ajuda a explicar em grande parte a resistência de pequenos produtores familiares que permanecem na atividade produtiva mesmo quando auferem renda Iíquida menor que zero Isso muitas vezes ocorre e se justifica mediante a obtenção de uma renda da família positiva Ponto de nivelamento O ponto de nivelamento PM também chamado de ponto de equilíbrio corresponde a um nível de produção no qual o valor das vendas se iguala aos custos totais No PN os gastos são iguais a receita advinda da produçáo ou seja a exploração não apresenta lucro nem prejuízo A identificaçáo do ponto de nivelamento pode ser obtida dividindo seocusto total pelo preço do produto no mercado O resultadocorresponde hquantidade a ser produzida de modo que a renda Iíquida seja igual a zero OU a receita total igual ao custo total Ponto de nivelamenro czrsro rotallreço do produto Viabilidade econômica de sistemas de produão agropecuários rnetodologia e estudos de caro Essa é a produção que maximiza a renda Iíquida gerada e permite a estabilidade do empreendimento no longo prazo Se produzir abaixo desse nível o sistema de produção terá renda Iíquida negativa e não se sustentará Produtividade total dos fatores A produtividade total dos fatores P T n é medida pela razão entre receita total e custo total PTF receita total custo total A receita total obtida é dada pela multiplicação da produçáo total pelo preço do produto recebido pelo produtor Para fins de apuração da receita considerase na produção total não apenas a produçáo vendida mas também a parcela da produção que foi consumida seja como insumo em outros segmentos da atividade seja pela família Como se optou por avaliar o sistema de produção dentro da porteira o preço do produto é livre de despesas de comercialização Da mesma forma tributos e taxas que incidem sobre a comercialização não devem ser inseridos no preçoTratase do preço líquido ao produtor por isso a receita total é aquela efetivamente apurada por ele A produtividade total dos fatores deve ser no mínimo igual a um para que o sistema de produção se sustente Porém quanto mais alta for a PTF melhor a rentabilidade do investimento e mais eficiente é o sistema de produção Taxa de retorno do empreendedor A renda Iíquida também fornece um importante indicativo do resultado da atividade que éa taxa de retorno doempreendedor Dividindo se a renda Iíquida pelo custo total obtémse uma medida do retorno da Parte 1 Capitulo 1 1 Aspectos metodolbgicos da análise de viabilidade econômica de sistemas atividade ou seja da proporção em que cada unidade monetária gasta na atividade resulta em renda liquida ao empreendedor A taxa de retorno do empreendedor também pode ser obtida pela produtividade total dos fatores menos um taxa de retorno PTF 1 Tara de retorno renda liquida P T F I custo total Considerando que o objetivo das análises no âmbito do projeto é avaliar a viabilidade econòmica de sistemas de produção que utilizam tecnologias ou práticas desenvolvidas pela Embrapa a renda liquida será em última instância o indicador de viabilidade em longo prazo Nesse sentido se uma tecnologia no contexto de um sistema de produção tem desempenho inferior a outro sistema com tecnologia alternativa ou seja se apresenta uma taxa de retorno menor há que se recomendara pesquisa a necessidade de revera indicação eaos produtores indicar alternativas para otimizar os resultados Viabilidade econômica sob a ótica do capitalista A atividade agropecuária demanda investimentos em instalações máquinas entre outros cujo retorno se dá em longo prazo A ampliação de um galpáo para aumentar a capacidade de armazenamento ou a aquisição deum novotrator ou de uma colhedora de maior capacidade são exemplos de investimentos com retorno em longo prazo e cabe ao produtor no papel de capitalista avaliar a oportunidade de realizálos Segundo Faro 1995 a avaliação de uma dada oportunidade de investimento é sempre efetuada em termos comparativos de modo que a decisão de investir ocorre quando se tem uma indicação segura de que os resultados econòmicos que serão obtidos superem aqueles que adviriam de uma oortunidade alternativa de investimento Viabilidade econBmica de sistemas de produsão agroperuários metodologia e estudos de caio Considerando que a oportunidade alternativa seja a aplicaçáo dos recursos disponíveis no mercado financeiro obtémse uma taxa de rentabilidade periódica econstante igual a i O investimento será ditoviável se a taxa interna de retorno r superar a taxa de mercado i Nesta segunda parte serão discutidos os elementos necessários para a análise de viabilidade econômica de investimentos dessa natureza O ponto de partida para a análise de investimento é a montagem do fluxo de caixa da atividade Definição do fluxo de caixa O diagrama de fluxo de caixa pode ser representado da seguinte maneira Entradas de caixa correspondem aos recebimentos de recursos encaixes de dinheiro e têm sinal positivo Saídas de caixa correspondem aos pagamentosinvestimentos desembolso e têm sinais negativos Taxa de juros representa o valor do dinheiro no tempo do fluxo de caixa Escala horizontal representa a linha do tempo podendo ser fra cionada em dias semanas meses anos etc Escala de tempo para as atividades agropecuárias a escala de tempo irá depender do ciclo produtivo e será definida caso a caso Um modelo de fluxo de caixa é mostrado no Anexo 5 Basicamente a recuperaçáo do capital terra máquinas obras civis animais implantação da lavoura permanente etc ao final do período e a receita bruta obtida na atividade iráo compor as entradas de caixa enquanto as despesas de custeio juntamente com os investimentos em equipamentos benfeitorias terra animais formação da lavoura Parte 1 Capítulo 1 1 Aspectos metodológicas da análise de viabilidade econômica de sistemas permanente entre outros irão compor as saídas de caixa O fluxo de caixa gerado corresponde ao saldo de cada periodo Chamase a atençáo para o fato de que juros e depreciações devem ser subtraídos do custo total de cada periodo na montagem do fluxo de caixa A depreciação é feita no próprio fluxo de caixa que considera valores de saídas e entradas de investimentos O custo de oportunidade é excluído porque é justamente a taxa de remuneração do capitalista ou seja a taxa interna de retorno o principal indicador que se pretende obter Indicadores de viabilidade econômica Os indicadores de viabilidade econômica de investimento utilizados nesteestudo podem ser diferenciados com relação ao conhecimento prévio da taxa de juros no seu cálculo Indicadores como a taxa interna de retorno TIR e a taxa interna de retorno modificada T1RZI são obtidos sem que se conheça a priori a taxa de juros Esses indicadores são úteis quando não se tem segurança sobre a taxa de retorno que vai vigorar no mercado Em um mundo sem risco tanto a TIR quanto a TIRM náo teriam utilidade para o investidor Conforme destacado anteriormente por Faro 1 995 a análise desses indicadores é feita de forma comparativa Indicadores de viabilidade econômica obtidos a partir de uma dada taxa dejuros tais como valor presente liquido VPI valor presente líquido anualizado VPLA índice de lucratividade IL taxa de rentabilidade TR epaybackdescontado normalmente são utilizados para avaliar o resultado de um investimento Para melhor esclarecer a obtenção e a utilização desses indicadores em especial da taxa interna de retorno apresentase a seguir a definição conceitual de cada um deles a fórmula matemática e os procedimentos para calculálos por meio de planilha eletrônica Viabilidade econbrnica de sistemas de produçáo agropeaários rnetodologia e estudos de caso Valor presente Iíquido O valor presente Iíquido corresponde ao somatório dos fluxos de rendimentos esperados para cada período n 1 2 N4 trazidos para valores do período zero por uma taxa de desconto equivalente h taxa mínima de atratividade TMAl do mercado subtraído do valor do investimento inicial realizado no periodo 0 Em que C investimento inicial no periodo 0 a fluxo de rendimento no periodo n TMA taxa minima de atratividade n período em que n 12 N Para que o investimento seja considerado viável o fluxo esperado de rendimentos deve ser superior ao valor do investimento que o gerou Em outras palavras o VPL tem de ser maior que zero Seja um VPL igual a 12000 e taxa mínima de atratividade igual a 6 Com esse resultado dizse que o projeto é viável pois além de recuperar O investimento inicial remunera o montante investido a taxa mínima de atratividade de 6 e proporciona um excedente em dinheiro equivalente a R 12000OO Em uma atividade anual o periodo corresponde ao ano em uma atividade semestral o periodo 6 o semestre e assim por diante A taxa minima de atratividade 6 entendida como a melhor taxa disponivel no mercado para aolicacáo com o menor risw associado A decisão de investir no omieto terá semore como aiternativi o investimento na taxa minima de atratividade Ataxa de jmi praticada nómercado B a referência para se definir a TM4 de um pmjeto Parte 1 Capitulo 1 I Aspectos metodológicar da analise de viabilidade econBmica de sistemas O VPL pode ser obtido acessando o botáo Assistente da Função fx da planilha eletrônica Na caixa de diálogo que será aberta escolhese a funçao financeira e depois a opçáo VPL Em seguida aparecerá uma caixa de diálogo na qual se deve informar a taxa de desconto e os valores do fluxo de caixa começando pelo ano 1 até o último ano do projeto esses valores poderão ser selecionados diretamente da planilha O ano zero investimento inicial deve ser subtraído desse resultado A fórmula é indicada a seguir VPI r n periodo 1 período N período O Em que r taxa de juros Ti n periodo do projeto periodo 1 fluxo de rendimento no primeiro ano periodo n fluxo de rendimento no último ano periodo O6 investimento inicial Valor presente líquido anualizado O VPLA também denominado valor uniforme liquido ou valor anual uniforme equivalente consiste em distribuir o VPL ao longo da vida útil do projeto utilizando uma taxa de juros correspondente ao custo de oportunidade do capital Aocontrário do VPL tradicional que fornece um resultado liquido do fluxo de caixa para o projeto período n expresso em moeda do ano zero o VPLA fornece um resultado equivalente expresso em bases periódicas por exemplo anual No fluxo de caixa o ano zero tem sinal negativo Por isso está sendo somado na formula Viabilidade econiimica de sistemas de produão ayropecuarior metodoloyia e errudor de caro O princípio do CPLA pode ser mais bem compreendido se aplicadoa uma situação hipotéticaSeja um produtorquefazdeterminadoempréstimo por um periodo n e ao mesmo tempo empresta determinado valor a terceiros também por um período n gerando uma série de pagamentos parcelas do empréstimo e de rendimentos recebimentos de terceiros ao longo do periodo O LPL4 corresponde ao saldo líquido desses fluxos em cada ano De acordo com Dossa 2000 o IPL4 pode ser entendido como o lucro por período ao longo da vida útil do projeto Esse lucro é o valor que o produtor terá disponível anualmente ou periodicamente para manter a atividade em produção Esse indicador é útil quando se deseja comparar o resultado econômico de projetos com vidas úteis diferentes O cálculo do IILl pode ser feito em planilha eletrônica utilizando se a função pagamento da seguinte forma PGTO r 7 lpL em que r taxa de juros a 6 17 periodo em n anos IP12 valor presente líquido Exemplo prático Considerese uma atividade com o seguinte fluxo de caixa investimento inicial de R 25000OO e fluxos de rendimentos anuais conforme indicado na Figura 3 O lTPLA é facilmente obtido aplicandose a função pagamento da planilha eletrônica sobre o valor do IYPL conforme indicado na Figura 3 Rtie 1 Capitulo 1 I Aspectos metodoligicos da analise deviabilidadeeconbmica de sistemas Figura 3 Demonstração do cálculo do V1lA Taxa interna de retorno A taxa interna de retorno representa a taxa de desconto que iguala a soma dos fluxos de caixa ao valor do investimento Em que Ar soma dos fluxos de caixa r taxa interna de retorno C valor do investimento Considerase viável o investimento que apresentar taxa interna de retorno superior a taxa mínima de atratividade do mercado No entanto para que o critério da taxa interna de retorno seja confiável ao se analisar a viabilidade do investimento é preciso satisfazer algumas condições Tratase de condições de natureza matemática como existência de solução e unicidade e condições de consistência de cunho Viabilidade economica de siiremas de praduáo agropecuárioi metodologia e estudos de caso econômico como a inexistência de conflito entre o resultado da avaliação e o método do valor presente líquido FARO 1995 O tipo de fluxo de caixa gerado irá afetar decisivamente o atendimento ou não das condições acima mencionadas Em fluxos de caixa do tipo convencional nos quais se tem uma saída inicial investimento seguida por uma série de n entradas u a L há uma única inversão de sinal e isso facilita a análise do investimento Dizse que no intervalo ro r há uma inversão de sinal quandof5 O investimento efr O entradas Em fluxos de caixa não convencionais nos quais ocorrem duas ou mais inversóes de sinal reinvestimentos as condições para a utilização do critério da taxa interna de retorno podem não ser satisfeitas o que traz maior dificuldade a análise do investimento Sendo assim dado o investimento C e o fluxo de pagamentos ou de rendimentos que se estendem por n periodos a variável importante a ser determinada é a taxa interna de retorno v que é usada para descontar o fluxo de pagamentos de modo que a soma dos fluxos descontados se iguale ao investimento C A única variável do problema é I a qual é interpretada como taxa de juros porque deve ser comparada com a taxa de juros do mercado ou taxa mínima de atratividade TM4 para que seja possível avaliar se o investimento é viável ou não Conforme dito anteriormente sendo r maior ou igual a TMA o investimento é viável As demais informações necessárias são os fluxos de pagamentos ou de rendimentos e o número de periodos todos eles estabelecidos no projeto Como a variável I somente depende de C e dos n fluxos de rendimentos a u u sendo portanto interna ao problema seguese que seu valor é determinado pelo problema em oposição a taxa externa TMA que é buscada no mercado Se Parte 1 Capitulo 1 I Aspectos rnetodol6gicor da anilire de viabilidade econòmica de risternas o problema matemático é resolver a equação i c e isso equivale a resolver a seguinte equação Notese que a solução do problema e encontrar a taxa de juros que iguale o somatorio dos fluxos descontados ao valor futuro do investimento Há um teorema famoso de álgebra que garante a solução de 2 Haverá n raízes sendo possível todas serem complexas negativas positivas ou uma combinação dessas soluções Para que haja interesse por parte dos investidores é necessário procurar soluções de 2 em 1 O e aquelas positivas Se I O não há interesse dos investidores pelo projeto Notese que c r L I I 0 3 Os casos tratados a seguir referemse ás possíveis soluções para diferentes fluxos de caixa Se O fluxo de caixa for do tipo não convencional ou seja se houver mais de uma inversão de sinal podem ocorrer soluções múltiplas positivas eou negativas mais de uma taxa interna de retorno positiva elou negativa além disso pode nao haver solução no campo dos números reais Quandoa Tllnãoforumindicadorconfiáveldeviabilidadeeconomica para o investimento recomeiidase a utilização da Tli modificada que será discutida no próximo item Para melhor compreensão das implicaçoes dos sinais dos fluxos de rendimentos na solução da equação 2 cada caso é discutido e demonstrado graficamente a seguir Caso 1 Fluxo de caixa convencional Neste caso temse um fluxo de caixa com o investimento inicial C e fluxos de pagamentos positivos A função fi tende para zero a medida que a taxa de juros aumenta porém nunca assume valores negativos Iiiii t r 0 s Acurva que representa a relação entre o fluxo de pagamentos e as respectivas taxas internas de retorno é negativamente inclinada Figura 4 Viabilidade econbmica de sistemas de produq30 agropecu6rios metodologia e estudos de caso Figura 4 Comportamento da função fr em fluxo de caixa convencional Observase que quando r 0 temse CO ou seja investimento maior que o sornatório dos fluxos de rendimento Taxas de juros negativas definitivamente não interessam aos investidores No entanto para todo r O o valor do investimento e menor que o somatorio dos fluxos de pagamento ou seja CO Essa e a situaçáo interessante para o investidor Pelo teorema da unicidade podese afirmar que sendo os fluxos de pagamento ri O para todoj 12 11 a solução positiva r 0 sempre existirá e ela é única Sendo assim a taxa interna de retorno obtida a partir de um fluxo de caixa convencional é um indicador confiável de viabilidade econômica do investimento Parte 1 Capitulo 1 1 Aspectos rnetodologicoi da anãlisede viabilidade econiimica de sistemas Caso 2 Fluxos de caixa náo convencionais Seja r i O e I 0 mas alguns pagamentos negativos 5 0 sendo j l e j n Na prática em projetos de investimentos não devem ocorrer o primeiro e o último pagamento negativos Se fosse o caso de r i 0 seriam incorporados ao investimento os primeiros pagamentos negativos Já a menor que zero não ocorre pelo fato de incorporar o valor do capital depreciadoobviamentea parcela investida Noentantooutrosunegativos podem estar presentes Sabese que a TIR é calculada levandose em conta o horizonte do projeto portanto referese ao futuro por isso é difícil ter certeza Logo é importante simular pagamentos para os quais existam dúvidas sobre alguns valores positivos Suponha que depois de executado por alguns anos o projeto verificouse haver sido acumulado um saldo negativo O procedimento a ser adotado é o seguinte calculase o valor futuro do saldo de cada ano do passado para o ano em que a verificação foi feita Fazse o mesmo com C adicionamse os resultados e obtémse o novo C Novamente calculase a TI Quando se tem certeza de que ocorrerá o valor negativo em alguns pagamentos utilizase o procedimento alternativo do Excel TIRlÇn que será apresentado adiante As Figuras 5 e 6 ilustram algumas dificuldades com o uso da TIR quando há pagamentos negativos mesmo se a O e ri 0 Vimos que quando os pagamentos são positivos lilnfr 0 por valores positivos Osvalores negativos de algunsril aceleram essa tendéncia tornando a inclinação de mais acentuada Embora a taxa interna de retorno obtida nesse caso seja menor que aquela obtida anteriormente será igualmente positiva e única Pode ocorrer também que os pagamentos negativos sejam suficientemente fortes para tornarem fr negativa Figura 6 Nesse caso para r grande u O domina os demais termos de 2 Então depois de Viabilidade econ8mica de sistemas de produçáo agropecuhrios metodologia e estudos de caso Figura 5 Fluxo de caixa não convencional com solução única atingir um mínimo negativofr volta a crescer e corta novamente o eixo r permanecendo menor que a O quando tende para zero Pela Figura 6 é fácil perceber que há em O m r tal queffr 0 Em seguidaffr fica negativa atinge o valor mínimo e depois fica positiva Dessa forma há r tal queffr 0 importante notar também que o máximo defir em r 5 O 6ff0 Se Cfor maior quefio não existirá solução Por sua vez se C for menor ou igual ano a solução será única e positiva A solução r O não interessa aos investidores Nesse caso haverá somente uma solução positiva paraffr C Nos dois casos citados anteriormente verificouse que embora haja mais de uma mudança de sinal no fluxo de caixa a sol y ã o obtida para Parte1 Capitulo 1 Aspectos rnetodolãqicosda análisedeviabilidadeeconômica de sistemas C fO1 náo hã solugão C fO uma soluç2o com r O 1 o min r Figura 6 Fluxo de caixa não convencional com solução única a equação 2 é positiva e única Portanto a 7IR permanece sendo um indicador confiável de viabilidade econômica NO entanto casos como os mostrados nas Figuras 7 e 8 dificultam a solução da equação 2 e torna o critério da taxa interna de retorno não aplicável Conforme explicado por Faro 1995 as dificuldades de implementação prática do critério da TIR estão associadas as já mencionadas exigências de existência unicidade e consistência Na Figura 7 observase que o máximo de i é maior que O Nointervalo1 O há duas raizesdefi pela razãojá exposta anteriormente facilmente observada na Figura 7 Depois I cresce até atingir o valor máximoe volta a decrescer por valores positivos como sabemos Em um fluxo de caixa como esse há as seguintes possibilidades se Cjrmi não há solução se i entao i é a solução se O há uma única solução i se C O há duas soluções positivas i e I como se vê na Figura 7 No entanto a solução quando i0 é maior que qualquer Viabilidade ecanòmica de sistemas de produão agropecuarios metodologia e estudar de carc C r max não h6 aoluo C fO1 duas roluqões com i 0 Figura 7 Fluxo de caixa não convencional com soluções múltiplas C f0 I uma solução com r s O A 1 C fo I tres souões com r O Figura 8 Fluxo de caixa não convencional com soluções múltiplas Parte 1 Capitulo 1 Aspectos metodológicos da analise de viabilidade econdmica de sistemas uma das outras duas I r r Pela Figura 7 fica fácil perceber que a taxa interna de retorno será sempre superior a r para níveis de C inferiores af0 Outra possibilidade de múltiplas e distintas taxas internas de retorno é retratada na Figura 8 Nesse caso os dois primeiros pagamentos são positivos havendo alguns js negativos a partir do terceiro pagamento a O a O uji O para 1 e j 2 Observase que para O há a possibilidade de uma solução r enquanto para C f0 pode haver três soluções positivas e distintas r I e r4 Taxa interna de retorno modificada Implícito no cálculo da TI está o pressuposto de que tanto os investimentos fluxos de caixa negativos quanto os lucros fluxos de caixa positivos caminham no tempo pela própria TIK ou seja sáo financiados e reinvestidos respectivamente a taxa interna de retorno Ocorre que se a TIR apurada for muito diferente da taxa de mercado a interpretação fica comprometida Além disso conforme demonstrado anteriormente quando há várias inversões de sinais no fluxo de caixa pode ocorrer mais de uma TIK positiva elou negativa ou mesmo inexistir solução Para eliminar essas falhas propõese modificar os fluxos de caixa trazendo ao valor presente período 0 todos os fluxos negativos investimentos a uma taxa de financiamento compatível com o mercado Da mesma forma trazemse para o valor futuro período n todos os fluxos positivos lucros a uma taxa de reinvestimento compatível com o mercado Com isso obtémse um único valor presente investimento e valor futuro lucro formando um novo fluxo de caixa mais realista já que as taxas de financiamento e de reinvestimentos são compatíveis com os juros de mercado Com esse procedimento o novo fluxo de caixa terá apenas uma inversáo de sinal eliminando o problema de soluções múltiplas Podese utilizar a fórmula tradicional de juros compostos para calcular a TIRM já que há apenas um valor positivo e um valor negativo Na fórmula lI VP1 r VF é o valor futuro dos fluxos positivos e VP ovalor presente dos fluxos negativos Viabilidade econômica de sistemas de produáo agropeiuárioi metodoiogia e estudas de casa Como alternativa podese utilizar o assistente de função fi da planilha eletrônica Excel ou BrOffice Calc No assistente de função selecione a categoria financeira e a função MTIR Uma caixa de diálogo será aberta conforme ilustrado na Figura 9 Na opção valores selecione os valores do fluxo de caixa No exemplo a seguir esses valoresestão na coluna A2 a F2 da planilha Coloque as taxas de investimento e de reinvestimento que no projeto é de 10 para financiamento e de 6 para reinvestimento Como há apenas uma inversão de sinal no fluxo de caixa a solução é única e confiável de acordo com os teoremas de Descartes e Norstom A interpretação da TIRM é similar a da TIR no que se refere a viabilidade ou não do projeto Quando o resultado obtido for maior ou igual a taxa mínima de atratividade míiiiriia remuneração esperada pelo investimento dizse que o projeto ij viável MTIR X 4 i l A 2 2 1 0 6 A B C 0 E G H I 1 ano0 ano 1 ano 2 ano 3 ano4 ano5 2 25000 12CG 11CC iCC0 9C0 ZJC3 MTIR V e R O l m o l I i W 01 a TrChVeSI 6 006 Figura 9 Demonstração do cálculo da TI rniidificada Por decisão conçençual das proiissionais de Socioeconomia que paflicipam do projeto 56 Parte 1 Capitulo 1 1 Aspectos metodalõgicas da analise de viabilidade econhmica de sistemas A diferença é que a TIRIVI pode ser diretamente comparada com qualquer outra taxa do mercado Além disso o excedente da TIRl1 em relação a taxa minima de atratividade é uma informação importante já que representa um ganho real do projeto Para calcular o excedente da TlRI utilizase a seguinte forma índice de lucratividade O índicede lucratividade indica o retorno apurado para cada unidade monetária investida atualizada pela taxa minima de atratividade E dada pela relação entre o valor presente liquido dos fluxos de caixa positivos entradas e o valor presente liquido dos fluxos de caixa negativos saidas usandose como taxa de desconto a taxa minima de atratividade do projeto KASSAI et al 1999 IL VPL fluxos de caixa positivos VPL fluxos de caixa negativos O investimento será rentável sempre que o valor presente das entradas liquidas de caixa superar os valores investidos ou seja sempre que oIL for maior ou igual a 1 Taxa de rentabilidade A taxa de rentabilidade é determinada a partir do índice de lucrativi dadedefinido no item anterior E uma medida em porcentagem do retorno do investimento dada por VPL fluxos de caixa positivos TR 1 VPL fluxos de caixa negativos Éconsiderado atraente o investimento que obtiver TR maior ou igual a zero apeplqelual ap exei ep a apepnlei3nl ap a3pu op oln31e3 o1 e n f i soue poue E w e o u e TWF ooue 1 I j i a 2 I v r 3 8 f l h d 98 I soinrap exei ewn e sopeiuoxap exeJ ap soxnH oe5eiapsuo wa asopueal opuyap a leide op oe5eiadnJ31 ap opoiad o alaN odwai ou oiaqup op ioleh o ieiapsuoJ iod opeisgos seu a opeiuoxap yoqXod O opeiuoJsap ymqXod o anb ioew no len6 ias eiahap exeJ ap oxnl ou opeiapsuoJ opoiad o eisodoid eio aslleue eu anb ieilessai oiessaJau asze oiueiiod soiml sohisod exeJ ap soxnl solad sopelnue uefas soiuawisahu sohie6au exeJ ap soxng so anb eed oiessaJau odwai o 3 oiuauisahu wn ap oeSeiadnai e eied oiessaJau odwai ap opoiad o anb a sew epeu yoqXod O oiuawisaru op apeplqer e euiguoJ seuadt oiuauisahu ap asleue e eied 0peJu6 wai oeu OL no OLO ap aiuapaJxa O oiaz anb ioeu a 1 e a 1 anb ioew a 11 o sod laAeA a oiaoid o ioiaiue oldwaxa op sopeilnsai so u03 o p i o x aa eqlueld eu opepu awiouoJ exeJ ap oxnl a S I ap apeprieile ap ewuw exei u02 soue s ap oiuawisanu wn ap asele11 01 ein6y selnwioj ap oau iod sepelnJle3 aiuaulxl ias wapod seu reuoiiala seqlueld ua seisaid oeisa oeu L e oiuenb 71 o oiuel Parte i Capitulo 1 1 Aspectos metadológicos da análise de viabilidade econõmica de sistemas taxa mínima de atratividade Para analisar um investimento por meio desse indicador comparase o resultado do payback descontado com o período máximodefinidocomoparâmetrodeatratividadeSeopaybackexcederoIimite estipulado o investimento tem indicativo de rejeição Quando for inferior ao período padrão estabelecido há indicaçao para a sua aceitaçao Esse indicador é útil também para orientar políticas públicas de crédito já que fornece o período necessário para que um investimento se pague a determinada taxa de jurosTambém pode ser interpretado como uma medida de risco Quanto maior o periodo de tempo para se recuperar o capital investido maior o risco Para melhor compreensáo do cálculo do payback descontado considere o seguinte exemplo Seja a taxa mínima de atratividade para um investimento em atividade da lavoura permanente igual a 12 O fluxo de caixa do investimento bem como o valor presente de cada fluxo o VPI e opayback descontado foram calculados por meio de planilha eletrônica e são apresentados na Figura 1 1 Figura 11 Calculo do payback descontado O valor presente de cada fluxo pode ser calculado manualmente utilizandose a seguinte fórmula fluxo VP i Y em que r a taxa de juros fluxo fluxos de caixa em cada periodo Viabilidade econõmica de sistemas de produgão agrapecuArior metodologia e estudos de caso Sendo assim o valor presente para o ano 2 será dado por Em planilha eletrônica Excel ou BrOffice Calc o cálculo do valor presente para cada ano é feito como indicado a seguir Valor presente do ano 2 D2112D5 e valor prcsente do ano 7 1211215 Para se chegar ao valor do fluxo descontado descontase anualmente o valor presente de cada fluxo tendo como ponto de partida o valor inicial do investimento No ano 1 ofluxodescontado é equivalente ao investimento feito no ano zero R 60000000 somado ao valor presente dos recursos do ano 1 equivalente a R 10714253 de acordo com o fluxo de caixa O total do fluxo descontado no ano 1 é R 49285714 No ano 2 o fluxo descontado será dado pela soma do valor presente no ano 2 e o fluxo descontado do ano 1 ou seja R 49285718 R 11957908 R 37327806 E assim sucessivamente para todos os anos do periodo do investimento Os resultados apresentados na Figura 11 indicam que o periodo de recuperaçio do investimento é de 6 anos Para saber o prazo exato podese utilizar a fórmula indicada na barra de fórmulas ou fazer uma interpolaçso linear ou regra de três Dinheiro Tempo ano Falta recuperar Recuperado no sexto ano 851 9960 1 ano 12 meses 1 mês 007 x 084 x 084 meses x 252 dias 30 dias X Portanto o projeto se paga em 5 anos e 25 dias Parte 1 Capitulo 1 1 Aspectos metodológicos da análise de viabilidade econômica de sistemas Análise de sensibilidade A análise de sensibilidade permite identificar os limites em que o preço do produto pode variar sem comprometer a viabilidade econômica do sistema de produção A partir de variações na receita total provocadas por variações no nivel de preços ou no nivel de produçáo por causa de variações na produtividade os resultados relativos a remuneraçáo do empreendedor do capitalista serão afetados já que mudanças nas receitas afetam os ndicadores de eficiência econômica e o fluxo de caixa A fim de verificar em que nivel de preços ou nivel de produção um eterminado sistema de produçáo é viável propõese a análise de sensibili ade para os indicadores de eficiência econômica ótica do empreendedor para os indicadores relativos ao investimento ótica do capitalista Estabelecemse então intervalos de variações do preço recebido elo produtor e avaliase o comportamento dos indicadores para cada ível de preço Esse intervalo deve ser definido de acordo com a realidade evariações de preços de cada produto em análise nos últimos anos Os resultados podem ser organizados como disposto na Tabela 1 iabela 1 Análise de sensibilidade Indicadores de eficiência I P I P P P P P Renda liquida I Renda da famili i i Ponto de nivelamento I Produtividade total dos fatores Taxa de retorno do empreendedor Contivia Viabilidade econômica de sistemas de produçáo agropecuários metodologia e estudos de caso Tabela 1 Continuação Referências ALVES E ASSIS A G Custos de produção perguntas e respostas Balde Branco Sáo Paulo n 431 p 64682000 ALVES E LOPES M CONTINI E O empobrecimento da Agricultura Brasileira Revista de Política Agrícola Brasília DF ano 8 n 3 p 51 9 julset 1999 BERDEGUÉ J A LARRAIN B Como trabaian 10s campesinos una Dropuesta metodológica Santiago Academia de Humanismo Cristiano Grupo de Investigaciones Agrarias 198763 p Cuadernillo de información agraria 18 CONAB Custo da produção agrícola a metodologia da Conab Brasília DF 2010 60 p DEBERTOLIS A J ALEXIUS M L DOSSA D Trabalhador na administração de empresas agrossilvipastoris 2 ed Curitiba SenarPR 2005138 p DOSSA D Competição Agroflorestal de ErvaMate qual o sistema mais rentável Colombo Embrapa Florestas 2000 p 19 Embrapa Florestas ComunicadoTécnico 44 FARO C Princípios e aplicaç6es do cálculo financeiro 2 ed Rio de Janeiro LTC 1995317 p KASSAI J R KASSAI S SANTOS A ASSAF NETO A Retorno de Investimento abordagem matemática e contábil do lucro empresarial São Paulo Atlas 1999 Parte 1 Capitulo 1 I Aspectos rnetodológicor da anaiise de viabilidade econ6rnica de ristemar PERES F C CANZIANI J R GUIMARÃES D ATORRES P L A pedagogia de projetos como eixo do programa empreendedor rural In PERES F C CANZIANI J R GUIMARAES V D ATORRES P L Org O programa empreendedor rural Curitiba SenarPR 2003395 p STOCK L A ALVES E RESENDE J C de Custos de sistemasreferência de produçáo de leite no Brasil In VILELA D BRESSAN M GOMES AT LEITE J L 8 MARTINS M C NOGUEIRA NETTO V N Ed O agronegócio d o leite e políticas públicas para o seu desenvolvimento sustentável Juiz de Fora MG Embrapa Gado de Leite 2002 v 1 p 379395 Viabilidade econômica de sistemas de prod y ã a agropecuarios metodologia e estudas de caso Anexo 1 Plano de contas dos sistemas de criação animal Continua Blf Parte 1 Capitulo 1 1 Aspectos metodoiógicos da análise de viabilidade econômica de sistemas Anexo 1 Ccação Operação Matabicheir Valor Valor EspecificaçãoiJ Unidade Quantidau unitário total 1 I f 1 ito de cobre ira de iodo Continua Viabilidade econbrnica de sistemas de produção agropecuirioi rnetodologia e estudos de caso Anexo 1 ContinuaçBo iapaclRcaçEo Unidade Valor Valor unitario total oportunidade da Continua Parte 1 Capítulo 1 1 Aspectos metodológicos da análise de viabilidade econòmica de sistemas Anexo 1 Continuação I Custo de oportunidade da mão de obra familiar Custo de oportunidade do custeio Custo de oportunidade de máquinas Custo de oportunidade de equipamentos Custo de oportunidade de benfeitorias 12 Custo total de produção l O l l I Descrever a maquina o mpemento o tipo de má0 deobra kmilar permanente temporaria especairada naoespecialzada nome comercial dos nsumas Viabilidade econiimica de rirtemar de produãoagropecuarios metodologia e estudos de caso Anexo 2 Plano de contas das lavouras permanentes e temporárias 1 Sistematizao do solo Derruba mecãnica Roçagem manual a Roçagem mecãnica Aceiro manual t Aceiro mecãnico Queima A Encoivaramento manual Encoivaramento mednico 7 Localização de taipas Construção de taipas Reforma de laipas Limpeza de canais Mão de obra para limpeza de canais i Dessecação w m herbicida 1 I Dessecação com herbicida 2 F Distribuição de herbicida lnsecidade dessecação Espalhante adesivo 1 Mão de obra distribuição i herbicida 2 r e p a r s o solo L Áração convencional I Aração profunda Subsolagem f Escarificação h Usode rolo Gradagem aradora c Gradagern niveladora i Continua 68 Parte 1 Capitulo 1 Aspectos metodoiogicos da análise de viabilidade económica desistemas Anexo 2 ContinuaçSn I Especificaçãol Unidade Quantidade Adubo oro8nico iesterw d Araeo traçao animal 3 Correçáo do solo i Construção do terraço Manutencáo do ÇQ MBo de obraiterraço CalcArio Distibuicão manual do caichiio Fosfato Distribuiao manual da fosiaio Distribuicão mecânica do iosíaio L 4 Plantio 7 Semente 1 4 Semente 2 d Tratamento de mentes I Fungicida 1 L i b i Fonicida 2 A I 1 a OisbibuiçBo manual I i 7 Dsbibuição mecãnica defungicida q Inseticida 1 insehda 2 Dsbibuio manual de inseticida DstribuiçBo mecanik de insstictQ Adubação Mubo I Adubo 2 Mubo complementar Continua Viabilidade econõrnica de sistemas de produo agropecuarios rnetodoloaia e estudos de caso Plantioladubação Maquina para aplicaçao de adubaçao de cobertura 2 para aplicapo deadubaçáode coberiura 2 Parte 1 Capítulo 1 Aspectos metodológicos da análise de viabilidade econômica de sistemas Anexo 2 Continuação Operação Especificação 1 Unidade Ano 1 Ano 2 Quantidade Valor unitário Valor total Mão de obra para aplicação de herbicida Herbicida PRE Herbicida 1 Herbicida 2 Aplicação de herbicida máquina Aplicação de herbicida aéreo Mão de obra para aplicação de herbicida Herbicida POS Herbicida 1 Herbicida 2 Aplicação de herbicida máquina Aplicação de herbicida aéreo Mão de obra para aplicação de herbicida Inseticida 1 Inseticida 2 Espalhante adesivo Aplicação de inseticida máquina Aplicação de inseticida avião Mão de obra para aplicação de inseticida Fungicida 1 Fungicida 2 Espalhante adesivo Aplicação de fungicida máquina Aplicação de fungicida aéreo Mão de obra para aplicação de fungicida Formicida 1 Formicida 2 Continua Viabilidade econ8mica de sistemas de produão agropecuarios metodoloqia e estudos de caso Ano l Ano EpeciiieaW Unldads valor valor Quant1dde IthiO total Má0 de obra para Continua Parte 1 Capitulo 1 1 Aspectos metodalõgicoi da análise deviabilidade econômica de sistemas o 2 Continuaçao 10 Outras custos d AssisiEinca tecnic 12 Custo de oportunidade de i Descrevera maauna o impiementa o tipo de mmáode abia familiar permanente temporária especianzada não especializada nome comercial dos nsumos o n v e n o f txempia rnnpo N d a acordo de acord kidlWnilnid0 nporMo um Iu livo Parte 1 Capitulo 1 I Aspectos metodol0gicos da analise de viabilidadeecon6mica de rirtemar Viabilidade econômica de sistemas de produção agropecuários metodologia e estudos de caso Anexo 4 Estimativa do valor de sucata e vida útil de alguns fatores de produção Fatores de produção Valor sucata Vida útil horas ou anos Manutenção 1 Tratores de pneu 15 a 20 10000 a 12000 horas 50 a 60 Distribuidor de ureia 5 a 10 1500 a 2500 horas 70 a 80 Motor estacionário diesel 15 a 20 1500 a 2500 horas 50 a 60 Misturador de alimentos 5 a 10 15 a 20 anos 30 a 40 Triturador de milho 5 a 10 15 a 20 anos 30 a 40 Caminhonete diesel 20 a 25 15 a 20 anos 45 a 55 Casas e galpões de madeira 25 a 30 20 a 25 anos 35 a 45 Casas e galpões de alvenaria 25 a 30 25 a 35 anos 45 a 55 Carreta agrícola 15 a 20 4000 a 5000 horas 35 a 45 Distribuidor de ureia 5 a 10 1500 a 2500 horas 70 a 80 Colhedoras 20 a 25 5000 a 6000 horas 70 a 80 Semeadoras 5 a 10 2000 a 3000 horas 70 a 80 Plantadoras 5 a 10 2000 a 3000 horas 70 a 80 Pulverizadores 5 a 10 2000 a 3000 horas 70 a 80 Arados 5 a 10 2000 a 3000 horas 35 a 45 Grades 5 a 10 2000 a 3000 horas 50 a 60 Sulcadores 5 a 10 2000 a 3000 horas 25 a 35 Ensiladoras 20 a 30 1500 a 2500 horas 70 a 80 Roçadoras 5 a 10 1500 a 2500 horas 50 a 60 Rolofacadestorroador 5 a 10 1500 a 2500 horas 40 a 50 1 A taxa de manutenção é estimada para a vida útil dos bens Fonte Debertolis 2005 arte1 Capitula 1 1 Aspectos rnetadalógicoi da analisedeviabilidadeecondmica desistemas lnexo 5 Fluxo de caixa Viabilidade econômica d e sistemas de produção agropecuários metodologia e estudos de caso Anexo 5 Continuação i n não poder6 ser inferior ao payliackdescontado A tecuperaeo do capital referese ao valor residual dos bens que deverá ser lançado como entrada na fluxo de caixa no ano referente ao final da vida útil do bem cai Opeaçiies relativas as lavouras permanentes ou tempor6rias Para sistemas de criação as operaIdes são alimentação sanidade reprodução serviços conforme Anexo 1 PARTE 2 ESTUDOS DE CASO This image is blank or contains no text Capítulo 1 Viabilidade econômica da suplementação alimentar de fêmeas Nelore para reduzir a idade na primeira cria1 Fernando Paim Costa Haroldo Pires Queiroz Thais Basso Amaral Introdução O Brasil tem um rebanho bovino de cerca de 190 milhões de cabeças Ocustode produção de seus produtos é comparativamente baixo o que fez do Pais o maior exportador mundial de carne bovina enquanto a Austrália ocupa osegundo lugar A bovinocultura de corte representa a maior fatia do agrone gócio brasileiro com faturamento de mais de R 50 bilhões por ano e geração decerca de 75 milhões de empregos ANUALPEC 201 0 A demanda por carnes tende a manter um forte ritmo de crescimento nos próximos anos em virtude docrescimento demográfico do aumento da renda e da urbanização Esse qua dro estimula o aumento da produção que deverá ocorrer com base na maior produtividade que por sua vez será alicerçada no uso de novas tecnologias Esseamplo universo representado pelonegócioda bovinocultura de corte tem como esteio a atividade de cria a mais complexa e problemática dasfases de produção cujos resultados estão fundamentalmente atrelados a eficiência reprodutiva das fêmeas Osautores agradecem Erno Suhre da Embrapa Gado de Corte pelos subsidias na definição eavaliação da tecnologia Viabilidade econômica de sistemas de produqãa agropecuarios merodologia e estudas de casa No Brasil grande parte das matrizes bovinas sãoazebuadas e a raça Nelore é a principal componente desse rebanho Essas raças zebuínas são reconhecidamente tardias quanto ao seu desenvolvimento reprodutivo como apontou Gressler 1998 em levantamento sobre a raça Nelore no Brasil reportando idade no primeiro parto de 37 a 54 meses Seria desejável no entanto que as novilhas tivessem sua primeira cria de 24 a 26 meses de idade FERRAZ ELER 2001 Tal redução na idade no primeiro parto é uma das práticas de manejo quecausam maior impacto nodesempenho economicodosistema produtivo de bovinos de corte pois promovem diminuição do intervalo entre gerações possibilitando maior intensidade de seleção nas fêmeas além de aumentar sua vida útil Outra vantagem é a diminuição de categorias animais no rebanho da fazenda com consequente aumento da taxa de desfrute Eler et al 2001 por meio de simulações mostraram que a redução da idade no primeiro parto de 3 para 2 anos produziria um aumento de 16 no retorno econômico do sistema de produção de bovinos de corte A seleção de novilhas Nelore para precocidade sexual ou seja para prenhez ao redor dos 14 meses é recente As metodologias para medir características reprodutivas diretamente nas fêmeas são ainda pouco exploradas em termos práticos para seleção Entretanto como afirmam Pereira et al 19981 é possível reduzir a idade na puberdade na primeira fecundação e no primeiro parto independentemente de seleção por meio de manejo reprodutivo e de alimentação adequada na fase de crescimento das novilhas Nesse sentido a suplementaçáo alimentar durante a recria de fêmeas pode ser uma alternativa viável para a induçao de prenhez precoce e reconcepção Corroborando essa ideia Schillo et al 1992 afirmaram que antecipar a puberdade sexual exige primeiramente suprir as exigências nutricionais ou seja as novilhas devem receber nível nutricional adequado para que mantenham ritmo de crescimento constante e progressivo principalmente após a desmama pois essa fase além de gerar estresse para os animais qeralmente coincide com o inicio do período seco do ano no Brasil central Parte2Capitulo 1 1 Viabilidade econámica da suplerneritaáo alimentar defèmeai Nelore Diante dessas evidências pesquisadores da Embrapa Gado de Corte conceberam o projetoViabilidade bioeconômica da antecipação da idade no primeiro parto de 36 para 24 meses em fêmeas Nelore e seu impacto sobre a reconcepçao cujos resultados podem ser vistos em Amaral et al 2005 A tecnologia ou processo daí resultante intituladasuplementação alimentar de fêmeas Nelore após a desmama visando reduzir a idade na primeira cria foi alvo de avaliação econômica visavis com o sistema de produção praticado pelos adotantes potenciais como apresentado a seguir O sistema de produção praticado pelos adotantes potenciais da tecnologia avaliada idade a primeira cria de 36 meses IPC36 Em virtude de sua natureza a tecnologia sob avaliaçao só seria passível de adoção por produtores que já se encontram em um estágio tecnológico mais avançado Explicando melhor é improvável que um pecuaristaquejá não tenha um bom nível de produtividadedas pastagens preocupese com o arraçoamento de fêmeas com o objetivo de reduzir a idade na primeira cria Por isso descartouse a possibilidade de tomar como referência o sistema modal praticado em Mato Grosso do Sul como descrito por Costa et al 2005 Em vez disso considerouse um sistema melhorado2 originalmente concebido para o Estado de Mato Grosso do Sul cuja abrangência geográfica se estende aproximadamente do norte do Paraná ao sul do Pará Tal sistema descrito por Corrêa et al 2006 como sistema melho rado 1 corresponde a uma fazenda com área total de 1500 ha 1200 ha de pastagens e 300 ha de reserva legal O sistema realiza o ciclo completo cria recria e engorda e a alimentação do rebanho da raça Nelore consta exclusivamente de pastagens cuja manutenção inclui além de roçadas a Resultado de uni painel do tipo inesaredonda em que palticiparam produtores tecnicoç e pesquisadores com larga experiencia sobre a pecuária da regáo Viabtlidade ecoiiamic de istema5 de praducaa agropecuarios merodoiagia e estudos de caro adubação de manutenção Essa adubação é diferenciada para os pastos que abrigam a fase de cria e as fases de recrialengorda Nos primeiros a aduba ção é feita a cada 4 anos e inclui calcário 750 kg ha PO 40 kg ha KO 40 kg ha e semeadura da leguminosa estilosantes Campo Grande para atender o requerimento de N Nos pastos que abrigam as fases de recria engorda o intervalo entre adubações e de 2 anos com os mesmos compo nentes e quantidades exceto para o nitrogênio que é suprido por adubo 75 kg de N ha 1 Com esse manejo a lotação média das pastagens atinge 115 unidadesanimal UA por hectare A natalidade média considerando se a totalidade de fêmeas alcança 80 O desempenho ponderal dos machos principal produto do sistema é mostrado naTabela 1 Com tal desempenho a idade de abate está em torno de 3 anos numero bastante satisfatorio para animais alimentados exclusivamente no pasto Vale salientar que ganhos de peso diários bastante superiores a 100 g na seca e 500 g nas águas foram observados por Euclides et al 2009 em pastagens de Brachiaria brzantha adubadas sem qualquer alimentação suplementar Tabela 1 Desempenho ponderal dos machos no sistema praticado pelos adotantes potenciais 2 Ia seca 150 Pasto 180 195 15 0100 131 9 Águas 210 Pasto 195 300 105 0500 2024 Za seca 150 Pasto 300 315 15 0100 2531 Águas 210 Pasto 315 420 105 0500 3236 3a seca 150 Pasto 420 435 15 0100 3739 Aguas 90 pasto 435 480 45 0500 Fonte Correa et i1 2006 P a r t e 2 Capitulo 1 1 Viibidad cronornca da riiplenientaiao alnieritdrdefimcar Neiore Descrição do sistema de produqão modificado pela pesquisa idade a primeira cria de 24 meses lPC24 O sistema modificado pela pesquisa viia diminuir a idade ao primeiro parto de fêmeas Nelore partindo da antecipação da monta dos 24 para os 14 meses de idadeTal sistema mantem a mesma conformacão e a mesma dinâmica do sistema em uso pelos adotantes potenciais ilPC361 ao que se soma a tecnologia avaliada isto é o fornecimento de ração no pasto para bezerras desde a desmama aos 7 meses de idade até os I 5 meses de idade incluindo a estação de monta que dura 63 dias As bezerras diagnosticadas como prenhes no momento dotoque45 dias após o final da estação de monta passam a receber sal proteinado até o início do período de 60 dias que precede o parto ao longo do qual voltam a receber raçã0A expectativa éde reduzir a idade do primeiro parto de 36 para 24 meses Especificamente fêmeas Nelore desmamadas recebem suplemen taçao alimentar a base de 10o do peso vivo com o objetivo de atingirem 280 kg de peso no inicio da estação de monta com idade média de 15 meses A estação dura em torno de 60 dias e aos 45 dias após o termino desse período é feito o diagnóstico de gestação As fêmeas que estiverem prenhes são apartadas e continuam recebendo suplementação alimentar na forma de sal proteinado e na quantidade de 0196 do peso vivo para que possam manter um ganho de peso baixo até o final do segundo terço da gestação Aos 60 dias antes do parto recomendase novamente uma suplemeritação proteicoenergética a base de 1 do peso vivo para que as fêmeas possam parir com uma boa condição corporal imprescindível para queseobtenham boas taxas de reconcepção No total as fêmeas recebem raçãodurante um período de 303 dias Das bezerras arraçoadas 348o pariram aos 24 meses Como o número daí resultante não é suficiente para repor as vacas ordinariamente descartadasa cada ano é preciso reter uma parte das novilhas que falharam asquais irão então parir com 36 meses A parte não retida é vendida com Viabilidade econômica de sistemas de producão agrapecuários metadologia e estudos de cara peso e portanto com preço superior ao das fêmeas vendidas no sistema praticado IPC36 em virtude do tratamento com ração O esquema exposto na Tabela 2 a seguir permite uma melhor visualização da dinâmica do sistema modificado Cabe ressaltar que a redução da idade na primeira parição se obtidz para a totalidade das fêmeas desmamadas implicaria em eliminar umz categoria do rebanho novilhas de 24 a 36 meses permitindo aumentar c quantitativo das demais categorias e como consequência a produtividade do rebanho A presente tecnologia no entanto náo teve esse efeito para a totalidade das bezerras fazendo que persistisse a categoria de novilhas de 24 a 36 meses embora com efetivo menor Tabela 2 Cronograma da tecnologia la cria aos 24 meses de idade Mêsdo Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago Set ano Eventos 3 4 5 617 8 9 Nota nascimeriiu no iiiiuu uu mês 1 desmama ao final do mês 7 2 inicio da estaçáo de monta ao final do més 15 3 ponto de mncepo supostamente concentrado na inicio da estaçáo de monta 4 final da estaçáo dum 63 dias no fim domes 17 3 dias 5 diagnmtim de gestaçáo 45 dias após o fim da estaçáo de monta meio da rns i 9 6 inicio da suplementaçáo das fêmeas prenhes mm sal proteinado até 60 dias antes do fim da gestago 7 final da suoiementacão com sal Droteinado e inicio da suplementação mm ao 8 patiiào e fim da suplementao cam ra novilhasparle das bererns inicialmente arrapadas mudam para a categora de v a u s 9 Avaliação econômica do sistema de produção praticado pelos produtores IPC36 A estrutura de custos do sistema praticado é apresentada na Tabela 3 enquanto as receitas geradas são mostradas na Tabela 4 9 O Tb1 3 Currta tote1 de produo R 100 de agosto de 2010 anual do sistema praticado pelos adotantes potenciais da N tecnologia avaliada IPC3 c 7 O A Valor Va l no c Unidade Quant unitário tot to a 0 1 Alimentaç 737 77 O 1258 2283 157ll 5Ol m a a m Suplemento rn n O mineral 3155737 577 2630 1258 2283 157ll 501 3 o 3 Cria kg 20410 098 1989964 364 1658 793 1440 9907 3113 O a w m Recrialengorda kg 11957 098 1165773 213 971 4135 843 5804 185 m c 0 Ração 5 3 Sal proteico n 2 o 2 759023 139 633 303 549 3779 121 3 Cria m 568172 104 473 227 411 2829 090 ij Spray antisséptico 300 rnL 37 14OO 5182 001 004 002 004 026 0Ol a m a Endectocida ii 500 mL vermifugo 11 13800 15324 003 013 006 011 076 002 rn c Matabicheira 500 mL 167 1500 24984 005 021 0IO 018 124 004 2 Vacina contra afiosa Dose 2415 125 301852 055 252 120 218 1503 048 Continua Tabela 3 Continuação IIVI a 8 b pecificaçáo Unidade Quant total R R R t R ha cab o Vacina c01 carbunculi Dose Vacina coi brucelose Dose Vermifugo levamisol 250 mL Mosquicida piretroide Outros 20 do valor dos demais produtos veterinários usados na cria Recriaiengorda Vacina contra aftosa Dose Vermifugo levamisol 250 mL Mosquicic piretroide 1 L valor Valor riu iuw Especificaçáo Unidade Quant R R R t R g R ha cab I Outros 2 do valor ou demais produtos veterinários usados na recria1 engorda 31809 006 027 013 023 158 005 3 Reproduçãc 4 Serviços Máo de obra permanente Capataz Peões 3 Mào de obra temporária Diversos limpeza etc dhC51 48 Construção de aceiro ao longo das cercas foice krn 31 8813 273203 05 228 109 198 1360 043 Contnua Tabela 3 Continua80 Valor ipecificaçao Unidade Quant unitário Valor no custo total R R RSt R w tall ha r I ia I 1 técnica visitas Contador meses 5 PróJabore 6 Outros custos Combustivel e lubrificante Impostos e segu Energia elétrica telefone etc 7 Custos de oportunidade Terra 1200 ha Instalaçóes e benfeitorias i u o Unidade Quant Valor no custo O total total Maquinas e equipamentos Cxhos de suplementação no pasto Animais de reproduçãoi6 Animais de trabalho Pastagem 1200 ha instaiaçs e benfeitorias Cochos de suplementação no pasto Miquinas e equipamentos Viabilidade econbmica de sistemas de produção agropcudrios metodologia e estudos decam ipecificaçiio Unidade Quant I M á q u i n a s e a I equipamentosv a a m 10 Custo total 54734768 100OO 45612 21822 39597 272507 8693 O o 1 Fórmula mineral com fosforo 80 g de P por quilograma da produto e micronutrientes 1 Quantidades de produtos veterináros sáo fracionárias porque o consuma é geralmente calcuiado segundo a dosagem por kg avo I Custos com reprodução estão implicitos na depreciação e nos juros de repradutores bem como na manutenção dessas categorias animais Náo há custos 0 especiflcos pais a sstema é de monta natural 2 1 mh méshomem 3 0 w li dh dahomem E 1 Vacas de cria e touros correspondem a um capta1 imobilizado que é onerada porjuros Os touros sofrem também depreciação não aplicada no caso da vaca de cria pas seu valor residual venda como vaca gorda é suficiente para adquirr uma novlha de reposlçáa ê exceção de animais de alto valor genético 2 1 A área roçada anualmente equivale a 20 da área total de pastagem o que significa roçar as inuernadas a cada 5 anos No caso apenas óleo diesei é 0 incluido no custo pois os equipamentos e seu operador lã constam em outra rubrica de custo a m i8iAárea total adubada por ano resulta de cillculos que consideram as diferenas na adubaeo das pastagens usadas para a cra e para a recriaiengorda bem 2 cama os distintos intervaios entre adubações quatro anos para as áreas de cria e dois anos para as áreas de recrialengorda 2 li Percentual da valor nova gasto com reparos e manutençáo de instalações e benfeitorias 1 iiaJ Percentual do valor novo gasto com reparos e manutenção de máquinas e equpamentas 25 Fonte adaptada de Cor et ai2006 Viabilidade econômica de sistemas de prod y á o agropecuarios metodologia e estudos de caso Boi gordo Arnba 4431 8150 36114386 66 Vaca gorda Arroba 1786 7335 13102921 24 TOUNO gordo Arroba 79 7335 575953 1 Bezerra desmamada Cabeça 118 42075 4972149 9 Receita total 54765409 100 Fonte adaptada de Corrh et a12008 Para um custo total de RS547 mil obtémse uma receita bruta total de R 548 mil resultando uma receita líquida total em torno de mil reais Esse valor positivo significa que o sistema praticado tem capacidade de remunerar todos os fatores de produção utilizados incluindo a capacidade administrativa do produtor a quem é atribuído como pagamento um pró laboreanual em torno de R18 milVale também comentarque apesar deo boi gordo sero principal produto do negócio as demais categoriasvendidas correspondem a um terço da receita total Isso implica a necessidade de também dar importância aossubprodutosdo sistema como vacas gorda e fêmeas excedentes vendidas em pé Avaliação econômica do sistema de produção modificado pela pesquisa IPC24 em comparação com o sistema praticado pelos adotantes potenciais Procedimentos adotados Para que se tenha em conta o efeito de mudanças nos índices zootécnicos no caso primordialmente a idade na primeira cria usou se planilha Excel em que a composição do rebanho é automaticamente ajustada ao conjunto de indices digitados como inputs Dada a complexidade dos sistenias de produção de gado de corte a parcialidade do efeito da tecnologia relatada anteriormente apenas uma proporção das bezerras tratadas logrou atingir a primeira cria aos 24 meses fez que outros cálculos originalmente não contemplados fossem inseridos na planilha Os resultados assim obtidos embasaram discussões promovidas em três painéis realizados dois internos com participação de técnicos e pesquisadores da unidade e um externo com a presença de técnicos externos e produtores rurais No primeiro painel interno a tecnologia foi apresentada a iesquisadores e técnicos da unidade visando discutir e colher subsídios loque diz respeito aos pressupostos e coeficientes técnicos considerados Como esperado dado o caráter preliminar desse evento vários pontos arentes de ajuste foram apontados delineandose assim a necessidade de realizar um segundo painel interno no qual se consolidaram pressupostos e coeficientes dispondose assim de umapropostarbem delineada passível demelhor discussão com o público externo O terceiro painel externo teve a presença de 15 participantes Os resultados apresentados a seguir são fruto desse exercício respaldado pelas criticas e ajustes decorrentes dos dois painéis internos previamente executados A avaliação econômica foi realizada na forma de corte transversal curto prazo tendo em conta um exercício e também como análise de investimentos longo prazo Para melhor explorar as possibilidades de sucesso da tecnologia sob avaliação foram realizadas análises de sensibilidade para coeficientes técnicos e preços relevantes quanto a variabilidade e quanto ao impacto nosresu1tadosA escolha desses parâmetrosfoi subsidiada pelas discussões ocorridas ao longo dos painéis realizados Viabilidade econômica de sistemas de produo agropecu6rior metodologia e estudos de caso Padrão Preço do boi gordo R 8130 tempo de arraçoamento 363 dias preço da ração R kg 034 Analises de sensibilidade Além da condição padrão a tecnologia foi avaliada sob as seguintes condições Tempo de arraçoamento 363 dias padrão da tecnologia 240 dias 180 dias Essa redução surgiu da hipótese de obter resulta dos semelhantes aos experimentais com menos ração uma vez que o experimento que originou a tecnologia foi realizado em pastagem de qualidade inferior àquela definida para o sistema base Salientase que o tempo total de arraçoamento no sistema modificado padrão corresponde aos 303 dias até ofim da estação de monta e ainda perdura por 60 dias no final da gestação Preço da ração R kg 034 e 027 Dada a importância econô mica da ração no caso e considerando que já ao preço de 034 a tecnologia mostravase pouco promissora quanto à sua viabilida de verificouse o efeito de reduzir o preço desse insumo em 20 Calculouse também o preço de indiferença da ração isto é o preço para o qual o lucro do sistema modificado é equivalente ao lucro do sistema base Nessa análise deuse ênfase ao preço do milho já que esse equivale quando cotado a RS1500 por saco de 60 kg a 56 do custo total da ração Além disso o preço do milho apresenta um grande diferencial no espaço entre estados da Federaçáo conforme Nascimento Júnior e Ninaut 201 1 que analisaram os preços dessa commodity nas praças do Paraná Mato Grosso e Minas Gerais Nesse trabalho os autores encontraram um diferencial que chegou até 53 em abril de 2010 Os menores preços por saco deflacionados para outubro de 2010 observados nos últimos 10 anos foram R1473 no Paraná março de 2006 RS1037 em Mato Grosso março de 201 0 R1664 em Minas Gerais maio de 201 0 Parte2 Capitulo 1 1 allrldc croiioncd ri silmlieiitido aliinitar de femd N l n i c Posteriormente verificouse quanto deveria ser o preço do boi gordo para igualar receita bruta e custo total no sistema modificado Resultados A estrutura geral de custos do sistenia de produçao modificado consta naTabela 5 enquanto a receita e sua composiçao são mostradas na Tabela 6 Em comparacão com a producão praticada pelos produtores o sistema modificado mostra custo total 140 superior Tabela 5 fato que se explica pela introduçao dos novos insumos iraçào e sal proteinado que corresponderii a expressiva proporçao de l30 dos custos totais Já a receita eapenas 690 maior Esse descompasso entre aumento relativo de custo e receita depõe contra a competitividade da tecnologia sob análise Quanto a receita total Tabela 6 as categorias que não o boi gordo têm peso maior 410 no sistema modificado As fêmeas vendidas em pé que no sistema praticado correspondem a 906 da receita total passarn a contribuir com 1706 Essa mudança decorre do arraçoamento das bezerras que com isso atingem maior peso e maior preço de venda A Tabela 7 por sua vez apresenta niimeros que mostram ser inoportuno o lancamento da tecnologia já que todos os indicadores economicos calculados sao desfavoráveis qiiando comparados com o sistema em LISO Enquanto este último apresenta resultados positivos no sistema modificado a renda líquida e a taxa de retorno sao negativas Arenda da família que corresponde aos recursos efetivamente disponíveis ao produtor renda líquida custos de oportunidade e positiva io sistema modificado mas seu valor é inferior aquela do sisteina praticado Em ambos os sistemas a produtividade da pastagem e bastante elevada mais de 70 kg de carne equivalentecarcaça por hectare por ano diante dos 100 kg propostos para um sistema que incluía suplementação alimentar no pasto e no confinamento CORREA et al 2003 Como Tabela 5 Custo total de produção R 100 de agosto de 2010 anual do sistema de produçao modificado pela tecnologia da IPC24 Cuslo Valor Valor n to 1 1 Alimentaçáo Suplemento mineral Cria kg Recriaiengorda kg R a ã o J kg Sal proteico13 k9 2 Sanidade Cria Spray antisséptico 300 mL Endectocida vermifugo 500 rnL Matabicheira 500 mL Vacina contra aftosa Dose 1748 458 273 185 1196 094 126 096 001 002 004 051 continua Parte2Capitulo 1 Viabildade econômica da suplementaáo alimentar de fêmeas Nelore O c m r O 3 0 0 o 0 O O O ParticL Custo Valor zcificação Unidade Quant A ou ou Valor no cu I Outros 2C do valor di demais proauros veterinários usados na recria1 engorda 3 Reproduçaois 4 Serviços Máo de obra permanente Capataz Peões 3 Máo de obra temporaria Diversos limpeza etc Construção de aceiro ao longo das cercas foice km Visitas Assistência tecnica GOT mmoip Valor no custo u ç a o Unidada Quant unlrio total V 5 Contador Meses 13 5 rn 5 Prólabore 18360OO 294 1530 735 1246 8562 303 0 a rn 6 Outros custos 1767118 283 1473 727 1199 8241 292 a Combustivel e lubrificante Impostos e seguros Energia elétrica m telefone etc 352800 057 294 145 239 1645 058 m 2 7 7 Custos de O oportunidade 18976852 3039 15814 7802 12879 88495 3131 Terra 1200 ha Pastagem 1 200 ha Instalações e benfeitorias ii Maquinas e equipamentos 868463 139 724 357 589 4050 143 Wtnus m L D h m m m m m N c n z g 6 8 0 2 r r 2 2 e o m m 7 N k m q N 6 0 2 2 e 0 m D N m L1 N q F L h m m h 0 in O N O D N m m o 0 i o m O m h e r 9 r o LD q 2 a o e o N m m r O m m n i w a z r 0 0 rn e o m e P m e Ci m m ò e N m m N 7 O U O c O o N O m O ICL c Lh c o O m O õ O c c F aio a 0 0 ng 3 V 3 UÒ 6 m F rB o Z n FüL Q m e O E E Fg rn s a i o x a g ã w g E2 o c Eu g5 E E2 c L m m m 0 3 m o Z 4 2 Q e a L a o r n a 4 2 9 Manutenção 15393 d Roçada mecânica c de pastagensls ha 240 30OO 720000 115 6OO 296 489 3358 119 E Adubação das patagens Instalações e benfeitoriasUl d Máquinas e O w eqiparnentos 10 Custo total iil Fórmula mineral com fósforo 80 g de F 62438132 100OO 52032 25670 42375 291168 10303 por qulograma do produto e micronutrientes 2 i Ração para bezerras da desmama ate o fim da estação de monta e nos iiltimos 60 dias de gestação E l3 Sal proteico do diegnóstico ate 210 dias de gestação ta Quantidades de produtos ueterinãros são fracionárias porque o consumo é geralmente calculado segundo a dosagem por kg vivo 2 2 g Custos com reprodução estão implictos na depreciação e nos juros de reprodutores bem como na manutenção dessas categoras animais Não hã custos a especificas pois o sistema é de monta natural rn I r mh mêshomem 1 dh dahomem 9 m 8 V â de cria e touros correspondem a um capital imobilaado que 6 onerado porjuros Os touros sofrem tambem depreciação não aplicada no caso da vaca de cria pois seu valor resdual venda como vaca gorda é suficiente para adquirir uma novilha de reposição com exceção de anmas de alto valor genético g I A área raçada anualmente equivale a 20 da ãrea total de pastagem a que significa roçar as invernadas a cada 5 anos No caso apenas óleo diesel é il p incluido no custo pois os equipamentos e seu operador jã constam em outra rubrica de custo Aárea total adubada por ano resulta de cãlculos que consideram as diferenças na adubaçáo das pastagens usadas para a cria e para a recriaiengorda bem como os distintos intervalos entre adubaçóes 4 anas para as áreas de cria e dois anas para as áreas de recriaiengorda Percenlual do valor novo gasto com reparas e manutenção de instalaçdes e benfeitorias 1 oi Percentual da valor nova gasta com reparos e manutenção de mãqunas e equipamentos 25 Tabela 6 Composição e valor da receita total R 100 de agosto de 2010 anual do sistema de produção modificado pela pesquisa IPC24 Especificação Unidade Quantidade Valor unitário Valor total Boi gordo Arroba 4265 8150 34761398 59 Vaca gorda Arroba 1719 7335 12612034 22 Touruno gordo Arroba 76 7335 554375 1 Bezerra desmamada Novilha 12 anos Cabeça 120 81600 9814375 17 Novilha 23 anos Cabeça 4 81600 354176 1 Receita total 58096358 100 referência geral esse parâmetro situase no gradiente de 22 kg a 133 kg derivado do intervalo de 42 kg a 255 kg de peso vivo referido por CEZAR et al 2005 para um rendimento de carcaça de 52 Considerando que os sistemas avaliados geram vários produtos no sistema modificado são cinco boi vaca e touruno gordos novilhas de 1 a 2 anos e de 2 a 3 anos o cálculo do ponto de nivelamento para um produto específico e supondose que a relação entre as quantidades dos diversos produtos é constante exigiu resolver a seguinte equação PN CT Pi Ri i1 to n em que PN ponto de nivelamento para um dos produtos no caso o boi gordo CT custo total Pi preço de cada um dos n produtos gerados incluindo o boi gordo Ri razão constante entre a quantidade do produto i e a quantidade produzida do produto boi gordo para este último essa razão é obviamente igual a 1 Parte2 Capitulo 1 I Vabiidade rionomlca dd iuplemntòao alimentar defCrnra5 Nelore Tabela 7 Indicadores d e eficiência econòmica dos sistemas d e produçao praticado e d e agosto d e 2010 rnanutenç Supernent mneral Ração e sal proteico Sanidade anmal N I Ç O S Julros custas 2usto de oporlinldade Depreciações Manuteno de instalaçóes e rniqunas Prólabore Custo total Produtvdade da pastagem Receita bruta RS ha Custo lata R ha Renda liquida R ha Renda da farniia R ha Ponto de nivelamento Taxa de retorno Produtividade total dos fatores BC kg decarcaya par hectare kg de carcaga de bol gordo por tietare Viabilidade econamica de sistemas de produãa agropecuários metodologia e estudos de caso Para que se obtenha o ponto de nivelamento dos demais produtos aplicamse as razões das quantidades ao valor obtido para o boi gordo No sistema praticado a produção obtida de 55 kg de carcaça de boi gordo por hectare coincide com o ponto de nivelamento em consonância com uma margem líquida próxima de zero Já a produção do sistema modificado de 53 kg de carcaça de boi gordo por hectare está abaixo do ponto de nivelamento coerente com seu resultado econõmico insatisfatório Salientase que o ponto de nivelamento foi calculado para o produto boi gordo mas os sistemas comercializam outros animais genericamente tratados como subprodutos Análise de investimento dos sistemas de produção Embora a tecnologia sob análise não envolva a imobilização de novos ativos exceto a irrisória compra de cochos para alimentação no pasto resolveuse realizar uma análise dos investimentos envolvidos nos sistemas de produção Tais investimentos compreendem as aquisições de terra com pastagem formada instalações e benfeitorias máquinas veículos e equipamentos animais de reproduçáo e animais de trabalho Quanto a terra tomouse o valor de um hectare de pastagem de alto suporte localizada no município de Ribas do Rio Pardo em Mato Grosso do Sul ANUALPEC 2010 No fluxo de caixa delineado para um período de 10 anos considerouse que esse valor da ordem de RS255000 por hectare vigente em 2009 seria em grande parte recuperado ao final do projeto uma vez que a pastagem recebe manejo adequado incluindo adubação de manutenção Também instalações e benfeitorias máquinas veículos e equipamentos apresentaram valores de recuperação salvage value no último ano do fluxo de caixa A Tabela 8 apresenta os fluxos de caixa e os indicadores calculado para os dois sistemas praticado e modificado Tabela 8 Fluxos de caixa valor presente liquido VPL valor presente liquido anualizado VPLA taxa interna de retorno 6 TIR e taxa interna de retorno modificada TIRM para o sistema praticado IPC36 e para o modificado IPC24 Valores em e 5 Maquinas veiculos e 204 16360 O O O O 4 2206 O O O 10387017 equipamentos Anmair de 80 60143 O O O O 60 801 4 3 O O O O reproduãd Anmais detrabalho 9 12800 O O O O O O O O O Receitas 54765409 54765409 547 65409 547 65409 547 65409 547 65409 54765409 54765409 54765409 547 65409 Fluxo de caixa iqudo 3 746 52616 267 74137 26774137 267 74137 267 74137 182 71934 267 74137 267 74137 26774137 353746239 Fluxo de caxa Iqudo 3 74652616 252 56620 23626887 224 80062 21207624 136 53852 188 74710 176 06330 167 98425 209381655 descontado CPL 53 62231 VP1A 7 28555 TIR 578 583 Continua Animais de reprodução Animais de trabalho custeio Total de saidas Remtas Fluxode caixa liquda Fiuxode caixa liquida descantado IPL R IVPLA R TiX i i R M 474 1 Vacas tém valor recuperado na venda dos animals descanados par isso só se considera o investimento em touros P a r t e 2 Capitulo 1 1 ahldarlc cionõriiicl da i i p l r m c i r a c a o aIiriitii de femeai Neorc De forma compativel com os demais indicadores já discutidos o sistema praticado apresenta meliior desempenho embora seu valor presente liquido ill seja negativo R 54 mil e coerentemente a taxa interna de retorno de 578 ao ario seja inferior a taxa usual de mercado 6 Isso significa que sob a otica da análise de investimentos e para as condiçóes de precos da presente análise não compensa investir no negócio Ataxa modificada que usa as taxasdefinanciamento ede reinvestimentode mercado para capitalizarldescontar os números do fluxo de caixa resultou em número ligeiramente superior 5830 que também nao é interessante Já o sistema modificado apresentase ainda menos atrativo com um JPL negativo de R 389 mil e i l K e 711 liabaixo de 5a Salientase ainda que o tempo de recuperação do capital payback period calculado com base no fluxo de caixa líquido descontado em ambos os sistemas extrapola os 10 anos de horizonte de planejamento considerados Calculado com base no fluxo de caixa liquido sem desconto esse periodo atinge os 10 anos necessitando do aporte representado pelo vaior da terra recuperado neste último periodo fruto do grande peso representado pela terra e pela formação de pastagens na estrutura de custos da atividade Análises de sensibilidade do sistema de produção modificado pela pesquisa IPC24 Avaliando a hipótese de obter os mesmos resultados reduzindo o periodo de arraçoamento os números obtidos estão expostos na Tabela 9 Percebese que mesmo encurtando esse periodo para 180 dias a nova tecnologia nao se torna inais atrativa que o sistema base mantendo se sob essa perspectiva a conclusao exposta anteriormetite a nova tecnologia avaliada nao é capaz de competir com o sistemaein usoe mais aindaapresenta renda liquida negativa Aconclusão anterior se mantem quando o custo da raçao é reduzido em 20h passando de R 034 por kg para R 027 por kg Tabela 10 Embora a renda liquida e a taxa de retorno apresentem melhores números Viabilidade ecan0mica de sistemas de praduãa agropecuarios rnetodologia e estudas de casa eles continuam significativamente piores do que aqueles do sistemaerr uso mantendose negativos Tabela 9 Indicadores de eficiência econômica da tecnologia proposta IPC24 versus tecnoloaia base íIPC36 considerados três eri0d0S de arracoamento 1363 240 e 180 dias preç de agost 010 765409 58096358 58096358 58096358 to total 54734768 62438132 60560273 59217056 Renda liquida total 30641 4341774 2463915 1120698 Renda líquida R ha 026 3618 2053 934 Taxa de retorno 006 695 407 1 8 9 Obs Preqo do boi gordo R81 50 por arroba preco da raqão R O 34 por quilograma Tabela 10 na caeores o if c rn a icnotii i a Ja terio ulj a prupgsia IPC2I bcrss iccno og a uase PC36 c i i s uerauos uo s Lreços ae r a p o RS I 34 por g R O 27 por 6g 2OC menor preços c r agcsio a r 2 111 Custo total Renda liquida total 30641 Renda liquida R ha 026 Taxa de retorno 0063 695 467 Obs Preqo do b o gordo R5 8150 par arroba 363 dias de arraGoamento M2Capltulo 1 I Vmbiliade aonbmia da suplementaçáo alimentar defemeas Nelwe Dada a persistência da inviabilidade da tecnologia examinada mesmo sob condições que fortemente a favorecem buscouse verificar que opreço da ração torna equivalentes a renda líquida do sistema modificado ea renda líquida do sistema baseTais números expostos naTabela 1 1 para dois preços do boi gordo e para duas durações do fornecimento da raçao revelam a necessidade de queda considerável no preço da ração Tabela 11 Preçosda ração R kg que igualam a renda Ilquida do sistema modificado IPC24 B renda Ilquida do sistema base IPC36 considerados dois niveis para o prgo do boi gordo e dois perlodos de arraçnamento preçns de agosto de 2010 Dias de rab R boi 363 240 Vale comentar que o preço de RS018 por kg de ração que igualaria a renda líquida dos dois sistemas para um preço do boi gordo de RS8150 por anoba e 240 dias de ração corresponde a uma considerável redução 47 no preçonbasede RS034 por kgTal preço de RS018 por kg de ração por suavez requer que o milho tenha o saco 60 kg cotado a RS234 ou 16 doconservador baixo preço de RS1500 por saco considerado Por fim verificouse quanto deveria ser o preço do boi gordo para igualar receita bruta e custo total o que equivale a remunerar todos os íatoresde produção no sistema modificado obtendose ovalor de RS9168 por armba Esse número 6 12 maior que o preço base considerado IR 8150 por arroba aumento relativamente pouco expressivo diante das variações de preço do boi gordo Isso permite dizer que o sistema de produção é bastante sensível a variações no preço de seus produtos o que podevir a tornar a tecnologia avaliada viável embora ainda não preferível qwndocomparada com o sistema praticado Vabildade econômica de sistemas de pioduão agropeiuarai rnetodologia e estudas decaio Considerações finais Como fica claro pelos resultados das diversas etapas da avaliação a tecnologia proposta não se mostrou viável e apresentou resultados inferiores aos do sistema praticado o que torna sua difusão não recomendável No entanto a ideia de buscar alternativas para reduzir a idade na primeira cria merece continuidade de estudos e avaliações A complexidade dos sistemas de produção de gado de corte ainda maior quando esses incluem a fase de cria alimentou as discussões realizadas nos painéis das quais resultaram sugestões para novas pesquisas e simulações tendo como pano de fundo os relatos de experiências dos produtores Os principais pontos registrados são apresentados a seguir Foi aventada a possibilidade de reduzir o fornecimento de ração restringindo o uso desse insumo a estação seca De fato essa redução no período de fornecimento foi simulada sem alterar a condição inviável da tecnologia Ainda quanto a ração sugeriuse estudar seus níveis de forneci mento em pastagem melhorada dada a importância do efeito substitutivo da ração no consumo da forrageira e consequente mente nos indicadores de desempenho econômico Como a taxa de parição aos 24 meses da ordem de 348 não é suficiente para repor as vacas descartadas a cada ano é preciso reter parte das fêmeas que não pariram apesar de receberem o tratamento com ração que então terão a primeira cria com 36 meses Nesse caso há um custo com ração que não é recompen sado pelo desempenho reprodutivo apesar de as fêmeas descar tadas serem vendidas com maior peso e preço Considerandose a heterogeneidade sempre presente nos lotes de bovinos aventou se a possibilidade de verificar o efeito de suplementar apenas a metade superior das bezerras mais pesadas a chamada cabe ceira o que poderia elevar a taxa de oaricão de 348 oara 60 PaitezCapitulo 1 Viabilidade econômica da suplementação alimentar de fsmear Nelore O sistema modificado trabalha com fêmeas Nelore Foi argumen tado que fêmeas cruzadas dariam maior resposta ao consumo de ração dada a maior precocidade das raças europeias Portanto esse é um ponto que também se deve levar em conta O peso das fêmeas na desmama foi enfatizado por causa de sua forte relação com o peso na cobertura Em virtude disso sugeriu se que fosse incorporado ao processo o creep feeding suplemen tação alimentar das bezerras durante aleitamento Fêmeas com menos de 180 kg na desmama seriam eliminadas O modelo de análise foi criticado por não levar em conta custos adicionais relativos a tarefa de distribuição de ração nos cochos O modelo no entanto inclui nos custos totais a depreciação e OS juros relativos a um trator e a uma carreta agrícola além de certa quantidade de óleo diesel para uso ordinário desses equi pamentos Argumentouse ainda que o produtor potencialmente adotante da tecnologia já suplementaria a categoria de machos dispondo de meios para tal Suscitou discussão o argumento de que mais vale gastar com adubação das pastagens aumentando a oferta e a qualidade da forragem do que com ração para as bezerras Posição contrária a essa afirmativa foi o argumento de que tal procedimento não resolveria o problema de escassez de forragem na estação seca do ano Exercício interessante a somar ao já realizado seria determinar a taxa de parição aos 24 meses que viabilizaria a tecnologia em exameTaI exercício não foi realizado porque exigiria fazer altera ções significativas na parte da planilha que trata da evolução do rebanho ficando a sugestão para futuros estudos Dada a dificuldade de atingir a primeira pariçao aos 24 meses com fêmeas Nelore foi sugerido estudarse uma idade intermediária entre 24 e 36 meses algo em torno de 2728 meses Essa mu danca que poderia ter importantes efeitos econômicos exigiria porém um melhor gerenciamento do acasalamento dos animais com uma segunda estação de monta Observouse também a ocorrência de um fator que estaria su bestimando o cômputo dos benefícios da tecnoloyia a seleção de fémeas tem efeitos incrementais e cumulativos ao longo dos anos contribuindo para melhorar a eficiência reprodutiva Issono entanto não foi considerado na avaliação A reconcepção após a primeira cria já normalmente baixa emfê meas que parem pela primeira vez aos 36 meses tende a ser ainda menor em animais inais jovens Na presente avaliação supôsse que as bezerras submetidas a tecnologia avaliada teriam desem penho semelhante ao daquelas não submetidas Essa simplifica ção foi adotada em virtude da ausência de dados experimentais mais consistentes sobre essa variável Por fim dois pontos merecem atenção a complexidade da pecuária de corte com seu perfil de atividade em longo prazo e as limitações financeiras e de recursos humanos entre outros fatores tornam praticamente impossível considerar em um só experimento todas as possibilidades derivadas das observações apresentadas anteriormente a incorporação de novas tecnologias ao sistema de produção com sua avaliação em condições análogas as do produtor rural tem nos chamados modelos físicos um importante aliado A Embrapa Gado de Corte desenvolveu por mais de uma década importante atividade nessa área possibilitando a síntese que deve complementar a pesquisa analítica A retomada de projeto dessa natureza poderia contribuir sobremaneira na avaliação de novas tecnologias propostas pela pesquisa Referências AMARALT B OLIVEIRA O F deTORRES JUNIOR R A de A AURIEMO A i 6 Desempenho reprodutivo de fêmeas Nelores submetidas a estação de monta Paite2Capitulo 1 1 Vabiidade ecanòmica da iupleinentaão alinieniùr de fénieòs Nelore aos 15 meses de idade In CONGRESSO INTERNACIONAL DE ZOOTECNIA 7 CONGRESSO NACIONAL DE ZOOTECNIA 10 REUNIA0 NACIONAL DE ENSINO DEZOOTECNIA 11 FÓRUM DE ENTIDADES DE ZOOTECNIA 28 FÓRuM DE COORDENADORES DE CURSOS DE ZOOTECNIA DAS UNIVERSIDADES BRASILEIRAS 1 2005 Campo Grande MS Produção animal e responsabilidade anais Campo Grande MS ABZ UEMS UFMS Embrapa Pantanal 20051 CDROM Zootec 2005 ANUALPEC Anuário da Pecuária Brasileira São Paulo Instituto FNP 201 0 CEZAR I M QUEIROZ H deTHIAGO L R L de S GARAGORRY CASSALES F L COSTA F P Sistemas de produção de gado de corte no Brasil uma descriçao comênfase no regime alimentar e no abate Campo Grande MS Embrapa Gado de Corte 200540 p Ernbrapa Gado de Corte Docurrientos 151 CORRÊA E S COSTA F P CEZAR I M MACEDO M C M EUCLIDES FILHO K EUCLIDES V P B ZIMMER A H Produção de carne de qualidade em pastagem alternativas para o sistema físico da Embrapa Gado de Corte Campo Grande MS Embrapa Gado de Corte 200330 p Embrapa Gado de Corte Documentos 141 CORRÊA E S COSTA F P MELO FILHO G A de PEREIRA M de A Sistemas de produqáo melhorados para gado de corte em Mato Grosso do Sul Campo Grande MS Embrapa Gado de Corte 200611 p Embrapa Gado de Corte Comunicado técliico 1021 COSTA F P CORRÊA E S MELO FILHO G A de CEZAR I M PEREIRA M de A Sistemas e custos de produção de gado de corte em Mato Grosso do Sul regibes decampo Grande e Dourados Campo Grande MS Embrapa Gado de Corte 20058 p Embrapa Gado de Corte ComunicadoTécnico 93 ELERJ P FERRAZ J B SILVA J A V DIAS F Melhoramento genético da precocidade sexual na raça Nelore ln SIMPÓSIO NACIONAL DE PRODYÇÃO E GERENCIAMENTO DA PECUÁRIA DE CORTE 2 2001 Belo Horizonte MG Anais Belo Horizonte FEPMVZ 2001 p 1241 30 EUCL1DESV P 5 MACEDO M C M VALLE C B do DIFANTE G dos S BARBOSA RACACERE E RValor nutritivo da forragem e produçáo animal em pastagens deBrachiaria brizantha Pesquisa Agropecuãria Brasileira Brasília DF v 44 n 1 p98106 jan 2009 FERRAZJ B S ELER J P Cruzamentos visando a precocidade sexual n SIMPSIO NACIONAL DE PRODUÇAO E GERENCIAMENTO DA PECUARIA DE CORTE 2 2001 Beio Horizonte Anais Beio Horizonte FEPMVZ 2001 p 131 148 Viabilidade económica de sistemas de pmduão agropecudrior melodologia e estudos de carI GRESSLER S L Estudo de fatores de ambiente e parbmetros genétimsde algumas caracterlsticas repmdutivas em animais da raça Nelore 1998147 f Dissertaçao Mestrado em Zootecnia Universidade Federal de Minas Gerais Escola de Veterinária Belo Horizonte NASCIMENTO JUNIOR P C D do NINAUT E S Preços agricolas milho soja e triga Agmanalysis Rio de Janeiro v 31 n 1 p 2021 jan 201 1 PEREIRA E ELER J P FERRAZ J B S Correlação genetica entre perimetro e s c d e algumas caracteristicas reprodutivas na raça Nelore In CONGRESSO BRASILEIRO DAS RAÇAS ZEBUINAS 3 1998 Anais Uberaba 1998 p 381384 SCHILLO K K HALL J 0 HILEMAN S M Effects of nutrition and season on the onset of puberty in the beef heifer Joumal of Animal Sclence Champaign vM p 399440051992 PLANEJAMENTO DA ATIVIDADE AVALIATIVA CURSO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO DISCIPLINA ANÁLISE ECONÔMICA DE PROJETOS CÓDIGO PRD8303 CARGA HORÁRIA 60 Hs PROFESSORES IZABEL C SALDANHA MATSUZAKI GERAL Os alunos deverão realizar a aplicação dos conceitos e definições relacionados ao tema central da disciplina através da elaboração de uma resenha crítica ORIENTAÇÕES O arquivo referente à Atividade Avaliativa deverá ser postado até o dia 0812 às 2359 h no local destinado a atividade na Plataforma Canvas Obs Os arquivos recebidos fora do prazo estipulado não serão considerados para fins de avaliação ATIVIDADE AVALIATIVA VALOR 100 pts 1º O trabalho deverá ser realizado individualmente 2º O aluno deverá elaborar uma resenha crítica sobre 3 estudos de caso que abordam Análise de viabilidade econômica A resenha deverá ser elaborada seguindo as normas da ABNT O trabalho deverá ter no mínimo 2 duas páginas de conteúdo fonte Times New Roman nº 12 É importante a indicação correta das referências utilizadas 3º Os artigos referentes aos Estudos de Caso com os respectivos títulos Análise da Viabilidade EconômicoFinanceira dos projetos da Microempresa ALFA Aspectos metodológicos da análise de viabilidade econômica de sistemas de produção e Análise da viabilidade econômicofinanceira da energia solar fotovoltaica em uma Instituição de Ensino Superior do Sul do Brasil estarão disponíveis na área de Material de Estudo da Plataforma Canvas Outros artigos poderão ser adicionados com o intuito de enriquecer o conteúdo do trabalho 4º Detecção de plágio no trabalho zera a nota Orientase que o aluno também siga as instruções das atividades detalhada na Plataforma Canvas 5º ATENÇÃO Orientase que o aluno se certifique de que a postagem foi efetuada bem como o correto upload dos arquivos antes do prazo final estipulado A seguir consta um print das orientações também disponíveis na plataforma Atividade Individual Avaliativa A1 22 Bloqueadoa Publicado Editar ATIVIDADE INDIVIDUAL AVALIATIVA Consulte o enunciado desta atividade avaliativa na área de de Material de Estudo Orientações Gerais para a realização da atividade Salve o arquivo com a atividade no seu computador e envie para o seu Tutor Para isso clique no botão Enviar Tarefa no canto superior direito e anexe o arquivo no campo indicado Essa atividade é pontuada Trabalhos que apresentarem transcrições de textos sem a devida referência segundo as normas da ABNT 6023 serão desconsiderados para correção ou seja será atribuída nota zero ao trabalho Para mais informações consulte a cartilha Cartilha Plágio O Trabalho deverá ser postado somente no local específico no Ambiente Virtual de Aprendizagem Consulte o seu tutor para saber a data de entrega O Trabalho que não for postadoenviado até o prazo terá nota zero assim como aqueles que forem apenas salvos e não enviados para correção na data estipulada no calendário da disciplina ANÁLISE DA VIABILIDADE ECONÔMICOFINANCEIRA DOS PROJETOS DA MICROEMPRESA ALFA JUNIA PINHEIRO ANDRADE DINIZ a219569367fumecedubr FUMEC CARLOS ALBERTO DE SOUZA carlosprofsgmailcom FUMEC VANDA APARECIDA OLIVEIRA DALFIOR vdalfiorigcombr PITÁGORAS ResumoEste trabalho tem por finalidade analisar a viabilidade econômicofinanceira de dois projetos A e B executados por uma microempresa da área de consultoria e pesquisa localizada em Belo HorizonteMG durante o ano de 2015 A análise dos projetos perpassa pelas diretrizes da gestão financeira eficaz as quais são indispensáveis aos administradores no que diz respeito ao melhor controle financeiro bem como no monitoramento constante de recursos atuais e futuros Considerando estas premissas e mediante a utilização do estudo de caso buscouse responder aos questionamentos levantados para a execução deste trabalho que consistiram em saber se a empresa Alfa realmente possui uma gestão arrojada O objetivo foi obter informações que levassem aos proprietários um olhar críticoreflexivo acerca das práticas atuais estabelecidas e ao mesmo tempo proporcionar subsídios que os auxiliem na tomada de decisões mais proveitosas e adequadas em projetos futuros Pretendeuse também indicar a implantação de um controle mais efetivo do fluxo financeiro vinculado a um planejamento prévio adequado Para tanto o estudo foi desenvolvido a partir de duas etapas sendo a primeira através de um levantamento bibliográfico por meio do qual se estabeleceram as bases teóricas e a seguinte com foco na análise documental dos dados relativos à movimentação financeira da empresa no período de execução dos projetos Os resultados indicaram que o projeto A não foi rentável para a empresa não alcançando o retorno total do investimento inicial indicando uma TIR menor que o custo de capital e payback acima do prazo aceitável O projeto B gerou valor para a empresa pois recuperou o investimento inicial dentro do período aceitável de payback e alcançou uma taxa de retorno acima do esperado Palavras Chave Gestão Financeira Fluxo de Caixa Planejamento Controle Microempresa 1 INTRODUÇÃO No mundo dos negócios está mais do que comprovada a essencialidade da gestão financeira para o crescimento manutenção e perpetuidade das empresas isto é para que uma organização seja bem sucedida é necessário concentrar a tomada de decisões entre outros aspectos em sua condição econômica Portanto sua sobrevivência depende de uma gestão financeira eficiente e eficaz que lhe forneça subsídios e informações precisas em tempo hábil para que as decisões sejam tomadas de maneira adequada Apesar de todo o conhecimento acerca do estado da arte percebese a existência de empresas especialmente de pequeno porte que ainda não conseguiram consolidar os mecanismos e ferramentas adotadas para sistematizar e controlar sua situação financeira Apesar de possuir uma missão seguir um modelo de gestão ter uma estrutura organizacional mesmo que mínima um planejamento estratégico e informações sistematizadas estas organizações não atingiram o nível de eficácia esperada em relação à gestão econômica e financeira Empresas prestadoras de serviços comumente trabalham com projetos e precisam antes de tudo analisar a estrutura financeira que dará suporte em sua totalidade aos mesmos Portanto devem preocuparse com o tamanho do projeto os aspectos relacionados aos valores custos despesas bem como considerar a estrutura de capital que conduzirá o projeto enquanto medidas para o desempenho das atividades programadas Esta financeiramente não passa por um período de dificuldades porém não consegue obter lucros Percebese o esforço para manter o controle das movimentações financeiras tanto para os custos fixos como para os créditos a receber e despesas não previstas Entretanto o fluxo de caixa funciona sempre atrelado aos recursos provenientes dos projetos governamentais que em várias ocasiões não cumprem com os pagamentos dentro dos prazos estabelecidos e este atraso por consequência afeta todo o planejamento financeiro previsto Para contornar a situação a empresa se viu obrigada a buscar subsídios via empréstimos junto a instituições bancárias para dar sustentabilidade às suas operações o que não foi possível pois não atendia a todos os critérios exigidos para a obtenção de créditos Desde então vem se mantendo apenas com os recursos disponíveis e apresentando um baixo índice de lucratividade Este cenário se torna propício para que o estudo aqui apresentado tenha sido levado a cabo o qual buscou verificar a viabilidade econômicofinanceira de dois projetos executados pela empresa Alfa com vistas a proporcionar subsídios viáveis aos seus gestores em tomada de decisões que sejam proveitosas e adequadas em projetos futuros O percurso metodológico deste estudo perpassa pela aplicação de indicadores teóricos usados no processo de análise econômicofinanceira que podem dizer muito sobre a eficiência desta empresa isto é se o controle financeiro realmente existe como vem sendo executado as fragilidades que o tornam inócuo e por fim sugerir a adoção de mecanismos melhores e mais adequados às suas condições A estruturação do trabalho é apresentada por seções pretendendose assim conferir melhor demonstração do desenvolvimento processual da pesquisa A primeira seção contempla a introdução os objetivos e a contextualização do tema estudado A próxima seção contém os elementos de fundamentação que deram suporte teórico à análise dos dados A seção três especifica o percurso metodológico e os procedimentos desenvolvidos para se atender aos objetivos propostos com a pesquisa A quarta descreve o processamento das informações as análises efetuadas e respectivas interpretações evidenciadas Já na quinta seção apresentamse os principais resultados do estudo Por último se encontram as considerações finais tecidas sobre o objeto tema e recomendações de futuros estudos encerrandose o documento na seção seis 2 REFERENCIAL TEÓRICO 21 Microempresa definição A definição legal e o enquadramento de microempresa são tratados pela Lei Complementar nº 1232006 cuja normatização foi ampliada pela Lei Complementar nº 1392011 e Lei Complementar nº 1472014 A classificação enquanto ME se dá pela receita bruta igual ou inferior a R36000000 trezentos e sessenta mil reais e seu favorecimento mediante tratamento diferenciado e simplificado nos campos administrativo trabalhista previdenciário fiscal creditício e de desenvolvimento empresarial A classificação definida por lei foi adotada para facilitar seu crescimento como também possibilitar sua entrada e permanência no mercado competitivo A economia brasileira é predominantemente composta por microempresas ME pois segundo o SEBRAE 2014 no período entre 2009 e 2012 o número de microempresas no país aumentou de 41 milhões para 51 milhões de estabelecimentos alcançando um índice de 252 Também representam 30 do Produto Interno Bruto PIB e 48 da produção nacional sendo 223 do ramo comercial e de serviços Pelo exposto percebese que no atual panorama do país as microempresas têm alcançado significativo espaço na economia brasileira demonstrando sua relevante contribuição para gerar emprego renda e consequentemente desenvolvimento socioeconômico Não obstante e a que pese este aumento a falta de planejamento prévio para as finanças vem causando uma taxa de mortalidade empresarial em 27 já no primeiro ano de atividade e somente duas a cada cem empresas sobrevivem após cinco anos de sua abertura Por esta razão este segmento merece atenção e dentre as melhores alternativas podese citar o aumento de estudos sobre gestão financeira que sirvam de subsídios para que as mesmas permaneçam no cenário econômico e continuem fomentando o crescimento do país 22 Gestão Financeira Etimologicamente o termo gestão tem sua procedência em Gestão deriva do latim gestione e significa gerir gerência administração Administrar é planejar organizar dirigir e controlar recursos visando atingir determinado objetivo Gerir é fazer as coisas acontecerem e conduzir a organização para seus objetivos OLIVEIRA 2002 p 136 Por gestão financeira entendese o conjunto de ações administrativas envolvendo o planejamento e controle das atividades econômicofinanceiras da empresa objetivando maximizar os resultados provenientes de suas atividades operacionais Isso significa assegurarlhe rentabilidade dentro de um patamar que lhe permita ser autossustentável além de criar uma estrutura financeira equilibrada capaz de evitar riscos e problemas sérios para a empresa A administração financeira hoje conhecida como gestão financeira é uma ferramenta ou técnica utilizada para controlar da forma eficaz à concessão de crédito para clientes planejamento análise de investimentos e de meios viáveis para a obtenção de recursos para financiar operações e atividades da empresa visando sempre o desenvolvimento evitando gastos desnecessários desperdícios observando os melhores caminhos para a condução financeira da empresa MORAIS 2010 p 33 Portanto a manutenção do status quo financeiro é fator determinante para que uma empresa obtenha sucesso ou não sendo decisivo para seu crescimento especialmente em ambientes competitivos como o brasileiro O fracasso ou o sucesso nos negócios passam pela forma como se conduz as finanças isto é uma gestão administrativa eficiente gera oportunidades cria um ambiente favorável para o desenvolvimento empresarial e em consequência afeta de forma positiva o cenário econômico do país Essa premissa é corroborada por Azevedo 2010 o qual afirma que o sucesso de uma organização está diretamente relacionado à qualificação adequada de seus gestores financeiros sendo portanto uma condição fundamental para o crescimento das micro e pequenas empresas Em termos gerais o corpus de procedimentos administrativos alinhando rotinas controle das atividades financeiras operacionais registros contábeis planejamento visando maximizar seus resultados econômicos e financeiros se constitui como condição sine qua non para a sobrevivência da empresa Em suma para que as empresas alcancem seus objetivos e metas bem como maximizem seus resultados fazse necessário implantar uma gestão financeira eficiente sempre apoiada em estratégias factíveis e dentro da sua realidade usando os mecanismos apropriados conforme se denota da Figura 1 abaixo 23 Planejamento Financeiro Intrinsicamente vinculado à gestão eficiente temse o planejamento Considerando a temática deste estudo o conceito a ser tratado se remente ao financeiro como sendo o conjunto de diretrizes traçadas e o controle de ações para atingir objetivos e metas em curto e longo prazo permitindo aos gestores definir a política financeira sob a qual a empresa Controles Administração de capital Negociação Estruturação Orçamentos Planejamento Figura 1 Agentes contribuintes para uma gestão financeira eficaz Diagnóstico GESTÃO FINANCEIRA Fonte O autor 2015 funcionará visando seu crescimento e rentabilidade Isto significa que a adoção de um plano financeiro proporciona uma gestão financeira eficiente pois por ele se pode avaliar antecipadamente os riscos e buscar soluções mais acertadas para evitar os mesmos Para Gitman 2012 o planejamento é uma estratégia essencial de qualquer empresa porque se trata de uma ferramenta efetiva de controle pela sua natureza tática e operacional mapeando os rumos que a empresa adotará para atingir seus objetivos Acrescenta ademais a importância do planejamento financeiro pois através dele será possível indicar antecipadamente as demandas com vistas a atender os compromissos assumidos pela empresa bem como os prazos a serem liquidados Em sua concepção Assaf 2012 vai além explicando que o planejamento financeiro permite analisar as necessidades de ampliação da empresa identificar eventuais desajustes futuros selecionar devidamente os ativos mais rentáveis e estabelecer quais serão os melhores investimentos para a empresa Gropelli 2010 p 319 amplia o conceito de planejamento financeiro considerando outros fatores que devem ser considerados É o processo por meio do qual se calcula quanto de financiamento é necessário para se dar continuidade às operações de uma companhia e se decide quando e como a necessidade de fundos será financiada Sem um procedimento confiável para estimar as necessidades de financiamento uma companhia pode acabar não tendo fundos suficientes para pagar seus compromissos Uma empresa fica inadimplente se não for capaz de saldar suas obrigações contratuais Portanto a falta de um planejamento financeiro sólido pode causar falta de liquidez e por isso a falência O planejamento financeiro delineia o modo pelo qual os objetivos financeiros esperados podem ser alcançados isto é através do ato de planejar e estabelecer com antecedência as ações a serem executadas possivelmente trará benefícios e vantagens Não obstante planejar pura e simplesmente é contraproducente Um plano bem elaborado deve considerar não somente o cenário econômico atual da empresa mas também abarcar seu período de vigência pois a ausência de um planejamento financeiro em longo prazo é um motivo regularmente mencionado na ocorrência de dificuldades e falências BIEGER SCARAMUSSA 2009 Na concepção de Brasil e Brasil 2008 a gestão financeira ocorre em duas etapas essenciais e complementares entre si A primeira entre elas o planejamento deve ser estruturado considerando os níveis econômico e financeiro atrelados ao crescimento equilibrado da empresa no curto e longo prazo A outra etapa diz respeito ao acompanhamento e controle feitos mediante parâmetros capazes de refletir pontos críticos da empresa também nos níveis econômico e financeiro 24 Controle Financeiro O controle financeiro de uma organização deve ser entendido como um mecanismo que auxilie a gestão empresarial e não como um elemento fiscalizador O controle visa sobretudo gerar informações úteis e confiáveis em tempo hábil para a tomada de decisão acertada e consequente adoção de medidas assertivas quando se fizerem necessárias Souza 2008 enxerga o controle como um meio para se atingir um fim Por ser um instrumental de mensuração deve ser realizado considerando ações do passado seus reflexos no presente e as expectativas futuras Para Atkinson et al 2000 p 612 o controle financeiro se usado de forma adequada provém uma contribuição na avaliação da viabilidade da empresa no longo prazo e na identificação de processos que precisam de melhorias Denotase portanto que é imprescindível adotar o controle financeiro para que a empresa mantenha uma liquidez apropriada e obtenha resultados satisfatórios A existência de controle em especial o financeiro é efetiva para que as decisões sejam as mais corretas possíveis 25 Gestão Financeira nas Microempresas A falta de conhecimento e de informações precisas para o controle e planejamento financeiro motiva a falência da maioria das pequenas empresas as quais possuem uma significativa representatividade no cenário econômico brasileiro Em certos casos sua gestão é permeada por certas peculiaridades que causam dificuldades e fragilizam a condução das atividades Os pequenos negócios geralmente possuem caráter familiar contam com um número reduzido de funcionários e são gerenciados por uma única pessoa que realiza as atribuições de todos os outros cargos Além da acumulação de tarefas cabe assinalar a dificuldade dos proprietários em separar o dinheiro próprio com o da pessoa jurídica bem como a falta de conhecimento adequado para as questões gerenciais Estudos feitos pelo SEBRAE 2008 indicam que empresas familiares gerenciadas por uma única pessoa comumente o próprio dono podem passar por diversos problemas decorrentes de suas características peculiares tais como criação de fortes laços afetivos com os funcionários nível de confiança acentuado pela afetividade autoritarismo decisões centradas no fundador e estrutura administrativa simples Estas particularidades em sua maioria são responsáveis pelas dificuldades que os empresários se deparam para conduzir bem seus negócios Souza 2008 indica que são vários os entraves vivenciados pelas microempresas perpassando pela acirrada concorrência de mercado competitividade ausência de capital de giro inexistência de controle de custos até a constante instabilidade econômica nacional tornandose problemas que acabam contribuindo diretamente para o seu insucesso Matias e Lopes Júnior 2002 apud Kaspczak Scandelari 2006 também reportaram as mesmas situações na pesquisa que realizaram junto a uma amostra composta unicamente de pequenas empresas Constataram que a administração do negócio na maioria dos casos é exercida pelo proprietário e este devido ao acúmulo de atividades não consegue desempenhar a função gerencial mais alinhada Igualmente detectaram que os donos destas empresas não planejavam as finanças empresariais tomavam decisões baseadas mais no achismo do que em dados concretos e tudo isso pelo fato de não deterem conhecimentos técnicos de gestão Por esta razão qualquer empresa independente do tamanho enquadramento ou número de funcionários deve direcionar suas ações financeiras a partir de um planejamento que abranja três pilares geração de lucro monitoramento do caixa e controle das finanças Como preconiza Loddi 2008 as pequenas empresas também deveriam adotar as ferramentas utilizadas pelas grandes corporações para atender essas ações tendo em vista que as mesmas contribuem na tomada de decisões no controle e no planejamento 26 Métricas de Avaliação A análise da viabilidade econômicofinanceira por meio da aplicação de medidas é um procedimento indicado quando se pretende obter dados consistentes e uma visão mais ampla da situação da empresa envolvendo cálculos e interpretação de resultados Entre todas as métricas existentes para identificar a geração de valor as que são notadamente mais utilizadas são o Payback simples Payback descontado o Valor Presente Líquido VPL e a Taxa Interna de Retorno TIR HOJI 2010 Na concepção de Gitman 2012 a análise da viabilidade envolve métodos cálculos e interpretações de resultados financeiros para compreender e acompanhar o desempenho da empresa Para tanto fazse necessário utilizar ferramentas que auxiliam na mensuração dos níveis de eficiência e eficácia da organização dentro de um processo para que se possam atingir metas específicas e dentre os indicadores sugeridos por Gitman encontramse o payback o VPL e a TIR 261 Período de Retorno do Investimento PAYBACK Para examinar um projeto podese empregar enquanto um dos critérios a identificação do tempo necessário para o retorno do investimento Neste caso utilizase o método payback no qual se avalia o período entre a entrada no fluxo de caixa e tempo necessário para cobrir o investimento inicial para avaliar seu prazo de retorno GITMAN 2012 BRIGHAM 2006 Existem dois tipos de payback o tradicional ou simples e o descontado O primeiro projeta o fluxo de caixa sem levar em consideração a correção monetária dos valores O descontado definido por Brigham 2006 é o número de anos necessário para recuperar o investimento dos fluxos líquidos de caixa descontados Alguns autores consideram este método mais eficiente pois considera o valor real do dinheiro propiciando uma análise financeira mais realista que o payback tradicional BREALEY et al 2008 A fórmula para se calcular o payback PB segundo os parâmetros de Gitman encontrase ilustrada abaixo 262 Taxa Interna de Retorno TIR A TIR é uma técnica comumente usada pelas empresas embora seu cálculo seja considerado complexo Consiste na taxa de desconto que iguala os fluxos de recebimento entradas com os fluxos de pagamentos saídas Para Assaf Neto 2012 a TIR consiste em uma taxa de desconto que iguala em determinado momento as entradas e saídas do caixa Com ela procurase determinar o retorno requerido de determinado projeto auxiliando a tomada de decisões quanto à aceitação ou rejeição HOJI 2010 Para Gitman 2012 a TIR é a taxa de desconto que iguala o valor presente de fluxos de entradas de caixa com o investimento inicial associado a um projeto por conseguinte tornando o VPL 0 e o seu cálculo proposto por Gitman é feito mediante a aplicação da fórmula abaixo PB Custos do projetoinvestimento Entradas de caixa do período Zero Fluxo Caixa0 Fluxo Caixa1 Fluxo de Caixa2 Fluxo de Caixan 1 TIR0 1 TIR1 1 TIR2 1 in Figura 2 Fórmula para o cálculo do payback conforme diretrizes de Gitman Fonte Gitman 2012 Figura 2 Fórmula para o cálculo da TIR conforme diretrizes de Gitman Fonte Gitman 2012 263 Valor Presente Líquido VPL O Valor Presente Líquido VPL é uma técnica mais apurada e sofisticada sendo a ferramenta mais utilizada pelas grandes empresas na análise de investimentos Como o valor presente líquido VPL leva explicitamente em conta o valor do dinheiro no tempo é considerado uma técnica sofisticada de orçamento de capital GITMAN 2012 Por definição é o somatório de todos os valores dos fluxos de caixa projetados no momento 0 que é um indicador de tempo utilizandose uma taxa mínima de atratividade a qual indicará o retorno mínimo que um projeto precisa proporcionar para manter inalterado o estado financeiro da empresa HOJI 2010 O valor presente líquido é um elemento norteador na tomada de decisão Se for positivo indica que o projeto irá cobrir o investimento inicial e gerar recursos adicionais Se o VPL for negativo significa que o projeto não irá gerar recursos suficientes para cobrir o capital investido tendo em vista a taxa de retorno exigida A fórmula para fazer seu cálculo seguindo as premissas de Gitman 2012 pode ser visualizada a seguir 3 METODOLOGIA DE PESQUISA Silva 2003 p1 define método científico como um conjunto de processos ou operações que se deve empregar na investigação sendo portanto a linha do raciocínio adotada neste trabalho Em termos metodológicos este estudo se classifica quanto aos objetivos como descritivo quanto aos procedimentos como estudo de caso e quanto à abordagem do problema como quantitativo Como plano de coleta dos dados primeiramente fezse um levantamento de material bibliográfico relacionado ao estado da arte buscandose conhecer os fundamentos primordiais da análise econômicofinanceira tradicional encontrada na literatura disponível em conformidade com Gil 2007 para o qual a pesquisa bibliográfica é desenvolvida através de materiais preparados como livros e artigos científicos Quanto ao procedimento técnico foi realizado um estudo de caso cuja definição segundo Gil 2008 consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento tarefa praticamente impossível mediante outros delineamentos já considerados Vergara 2005 acrescenta estudo de caso é o circunscrito a uma ou pouca unidade entendidas essas como pessoa produto empresa órgão público comunidade ou mesmo país O estudo de caso foi adotado como método nesta pesquisa pois permite a construção do raciocínio usandose conceitos teóricos aplicáveis em apenas um caso analisado como VPL Tempo desconto último fluxo de caixa Valor presente das entradas de caixa tempo desconto entrada Investimento inicial Tempo desconto cada entrada caixa 1 1 taxa de desconto tempo desconto entrada Figura 3 Fórmula para o cálculo do VPL conforme diretrizes de Gitman Fonte Gitman 2012 demonstra Yin 2005 p 33 A investigação de estudo de caso enfrenta uma situação tecnicamente única em que haverá muito mais variáveis de interesse do que pontos de dados e baseiase em várias fontes de evidencias e beneficiase do desenvolvimento prévio de proposições teóricas para conduzir a coleta e a análise de dados A opção pela empresa objeto deste trabalho foi baseada na verificação in loco das dificuldades enfrentadas para alcançar uma gestão financeira eficiente daí o interesse em averiguar as ocorrências mediante a viabilidade econômicofinanceira dos projetos A e B cujo critério de seleção foi o valor total de cada e a performance financeira de cada um deles Como dito anteriormente a situação desta empresa é semelhante a várias MEs isto é os recursos são suficientes para mantêla porém não geram a lucratividade esperada Cabe assinalar que houve consentimento da diretoria da empresa para se submeter ao processo e somente após sua anuência o material de consulta para a efetuação da análise foi disponibilizado De posse dos documentos procedeuse a análise de viabilidade efetuada conforme os critérios mencionados no referencial teórico estabelecidos por Gitman 2012 que consistem nas seguintes técnicas de análise período de payback valor presente líquido VPL taxa interna de retorno TIR Para os cálculos foi utilizado o software EXCEL 4 DESENVOLVIMENTO 41 A Empresa em estudo A empresa objeto deste estudo pertence ao ramo de atividade de consultoria e pesquisa Iniciou suas atividades em julho de 2012 com sede na cidade de Belo HorizonteMG quando então o seu proprietário após trabalhar em outra empresa do ramo decidiu se desligar desta e abrir um negócio por conta própria No primeiro ano o proprietário executava sozinho todas as tarefas administrativas e especializadas e atualmente possui uma estrutura organizacional apoiada por estagiários e um administrador de empresas Em termos de estrutura organizacional a empresa apresenta uma hierarquia bem enxuta sendo representada por uma diretoria composta de um sócio e uma equipe de profissionais considerada de alta capacidade 411 Projeto A NatalRio Grande do Norte Basicamente o projeto constituiuse em uma pesquisa descritiva de natureza quantitativa visando a realização do diagnóstico socioeconômico por meio da tríade identificaçãocaracterizaçãodescrição das reais condições e demandas da mulher residente no município de Natal junto ao mercado de trabalho Identificar as reais demandas e necessidades deste grupo foi considerado como um processo norteador para indicar a oferta de melhores formas e alternativas para o estabelecimento de planos de ação e formulação de políticas para solucionar os problemas e defasagens existentes O público estudado foi obtido por processo de amostragem o qual considerou diversos indicadores a saber i população feminina total do município ii mulheres economicamente ativas iii na faixa etária entre 10 dez a 65 sessenta e cinco anos de idade iv distribuição da população pelas 04 regiões do município v inclusão de todos os bairros com probabilidade proporcional ao total da população residente Para o levantamento das informações foi construído um instrumento de coleta de dados estruturado composto por 44 quarenta e quatro questões distribuídas entre nove blocos O trabalho de campo foi realizado por 10 dez entrevistadores e 02 dois supervisores de campo profissionais com escolaridade entre o ensino médio completo e formação superior além de possuir habilidades exigidas para o bom desempenho da função 412 Projeto B Pernambuco O projeto B teve como foco o estudo do impacto dos cursos de capacitação profissional propiciados pelo Governo de Pernambuco e ministrados às mulheres cadastradas no Programa Mãe Coruja1 presente em 103 municípios localizados no referido Estado O estudo objetivava principalmente trazer novas contribuições para o debate sobre a formulação de políticas públicas para as mulheres especialmente aquelas atendidas pelo Programa Mãe Coruja e o aprimoramento dos mecanismos de gestão identificando a situação da mulher no mercado de trabalho em seu município a partir do seu aprimoramento profissional obtido em oficinas de formação Para o levantamento das informações foi construído um instrumento de coleta de dados questionário estruturado composto por 39 trinta e nove questões distribuídas entre quatro blocos i dados cadastrais ii dados socioeconômicos iii empreendedorismo iv perfil empreender da respondente A coleta de dados de natureza quantitativa executada dentro dos parâmetros do método survey foi desenvolvida por meio de entrevista pessoal individual e domiciliar A adoção de uma metodologia participativa permitiu que as beneficiárias além de objeto do processo fossem agentes transmissoras de suas necessidades e indicadoras de alternativas para melhorar sua qualidade de vida bem como revelar se os objetivos e metas propostos com a capacitação estavam gerando os resultados esperados 42 Resultados da análise Os projetos para análise foram realizados no ano de 2015 e selecionados pelo valor de mercado Houve um pequeno investimento inicial em cada um deles pois logo após o início das atividades os recursos financeiros foram disponibilizados pelos órgãos contratantes além de considerar que a empresa já possuía uma estrutura física A receita dos projetos A e B são R3798500 e R19183500 respectivamente totalizando uma receita de R22982000 Os custos fixos foram rateados pelo valor proporcional representado por cada projeto na soma das duas receitas ou seja o projeto A representa 1653 e o projeto B 8347 do total das receitas A taxa de retorno esperada em cada projeto foi de 10 O período aceitável de payback para os dois projetos foi de 5 cinco meses cada prazo este determinado pela Diretoria No que diz respeito ao valor total a ser recebido do projeto A realizado no município de NatalRN no período de janeiro a maio2015 era inferior ao levantamento dos custos para a sua execução e apesar das circunstâncias a diretoria da empresa optou por participar do processo licitatório para obter o atestado de capacidade técnica que lhe permitiria ampliar as áreas de atuação em futuras licitações Com relação ao fluxo de caixa referente a este projeto 1 Instituído pelo Governo do Estado de Pernambuco PE em 2007 por meio do Decreto n 30859 para apoiar mulheres e crianças em situação de vulnerabilidade os valores podem ser visualizados na Tabela 1 Tabela 1 Planilha de Fluxo de caixa Projeto A NatalRN Rubricas jan15 fev15 mar15 abr15 mai15 Saldo Inicial A 0 279 880 894 1149 Entradas B 7597 7597 7597 7597 7597 Parcela 1 7597 0 0 0 0 Parcela 2 0 7597 0 0 0 Parcela 3 0 0 7597 0 0 Parcela 4 0 0 0 7597 0 Parcela 5 0 0 0 0 7597 Saídas C 7318 6997 7583 7342 7547 Custo fixo 1996 1996 1996 1996 1996 Despesas do Projeto 5322 3785 3371 3914 3935 Impostos 0 1216 2216 1432 1616 Saldo no mês D B C 279 600 14 255 50 Saldo Acumulado E A D 279 880 894 1149 1199 Fonte Dados da pesquisa 2015 Na Tabela 1 acima se observa que os valores das despesas foram quase os mesmos das receitas o que gerou um saldo acumulado final que não cobriu nem o investimento inicial portanto no Projeto A a taxa de retorno esperada não foi alcançada Os resultados encontrados uma vez finalizada a análise da viabilidade econômica demonstram que a execução deste contrato não foi uma opção vantajosa para a empresa o que pode ser constatado pelos dados da Tabela 2 abaixo Tabela 2 Indicadores referentes ao Projeto A Indicadores Projeto A TaxaCusto Capital 10 Investimento Inicial 150000 Período de Payback Aceitável 5 meses Valor Presente Líquido VPL 53375 Payback Simples 537 Payback Descontado 591 Taxa interna de Retorno TIR 886 Fonte Dados financeiros do Projeto A Pelo VPL indicado nos resultados acima o projeto A deveria ter sido recusado pois não apresentou nenhum retorno financeiro para a empresa e reduziu o valor do capital do investidor mas como o objetivo macro era obter o atestado técnico foi aceito e realizado dentro do prazo e conforme as cláusulas estabelecidas no contrato Pela análise do Payback o projeto também deveria ser recusado já que tanto no payback simples como no descontado o retorno do investimento só aconteceria após o prazo máximo aceitável estipulado em 5 cinco meses ou seja o retorno do investimento seria de 5 meses e 11 dias e 5 meses e 27 dias respectivamente Com um saldo acumulado ao final do projeto de R119900 foi demonstrado que este projeto não recuperou o investimento inicial de R150000 Com o resultado da TIR de 886 o projeto também se demonstrou inaceitável já que este resultado é menor que o custo de capital estabelecido de 10 O estudo do projeto B realizado no estado de Pernambuco entre os meses de janeiro a junho2015 apresentou um fluxo de caixa com condições diferentes do A conforme se denota na Tabela 3 Tabela 3 Planilha de Fluxo de caixa Projeto B Pernambuco Rubricas jan15 fev15 mar15 abr15 mai15 jun15 Saldo Inicial A 0 1818 6806 8330 9784 15911 Entradas B 19880 39600 39600 39600 33275 19880 Parcela 1 19880 0 0 0 0 0 Parcela 2 0 39600 0 0 0 0 Parcela 3 0 0 39600 0 0 0 Parcela 4 0 0 0 39600 0 0 Parcela 5 0 0 0 0 33275 0 Parcela 6 0 0 0 0 0 19880 Saídas C 18062 34612 38076 38147 27147 17409 Custo fixo 10079 10079 10079 10079 10079 Despesas do Projeto 7983 18394 20323 20394 10929 11270 Impostos 6139 7673 7673 6139 6139 Saldo no mês D B C 1818 4988 1524 1453 6127 2471 Saldo Acumulado E A D 1818 6806 8330 9784 15911 18382 Fonte Dados da pesquisa 2015 Na Tabela 3 acima se observa que o valor das despesas no segundo terceiro e quarto mês foi alto em relação à receita onde neste período executouse o trabalho de campo nos outros meses o saldo do mês foi maior porque as despesas foram reduzidas Com um saldo acumulado positivo de R1883200 indicou um projeto rentável Os resultados encontrados uma vez finalizada a análise da viabilidade econômica demonstram que a execução deste contrato foi uma opção vantajosa para a empresa o que pode ser constatado pelos dados da Tabela 4 abaixo Tabela 4 Indicadores referentes ao Projeto B Indicadores Projeto B TaxaCusto Capital 10 Investimento Inicial 700000 Período de Payback Aceitável 5 meses Valor Presente Líquido VPL 611239 Payback Simples 385 Payback Descontado 423 Taxa interna de Retorno TIR 3442 Fonte Dados financeiros do Projeto B Com um VPL positivo o projeto B foi aceito e o retorno do investimento aconteceu dentro do período previsto conforme demonstram os resultados do payback simples e descontado que respectivamente representam 3 meses e 25 dias e 4 meses e 6 dias Com uma taxa de retorno interna de 3442 o projeto apresentou um resultado positivo no saldo acumulado e gerou valor para a empresa Como a empresa ganhou a licitação dos dois projetos quase que simultaneamente foi possível como explicado acima aceitar o projeto A apesar dos saldos de caixa baixos e caso seus recursos não fossem suficientes a empresa poderia usar dos recursos do projeto B já que seu objetivo inicial não era a rentabilidade Isto posto apresentase abaixo a planilha 5 conjunta dos fluxos de caixa do projeto A e B para uma análise final Tabela 5 Planilha de Fluxo de caixa Projetos A e B Rubricas jan15 fev15 mar15 abr15 mai15 jun15 Saldo Inicial A 0 2098 7686 9224 10933 15911 Entradas B 27477 47197 47197 47197 40872 19880 Parcela 1 27477 0 0 0 0 0 Parcela 2 0 47197 0 0 0 0 Parcela 3 0 0 47197 0 0 0 Parcela 4 0 0 0 47197 0 0 Parcela 5 0 0 0 0 40872 0 Parcela 6 0 0 0 0 0 19880 Rendimentos 0 0 0 0 0 0 Saídas C 25379 41609 45658 45488 34694 17409 Custo fixo 12075 12075 12075 12075 12075 0 Despesas do Projeto 13304 22178 23694 24308 14864 11270 Impostos 0 7355 9889 9105 7755 6139 Saldo no mês D B C 2098 5588 1539 1709 6177 2471 Saldo Acumulado E A D 2098 7686 9224 10933 17110 18382 Fonte Dados da pesquisa 2015 Esta Tabela 5 acima demonstra a realidade do caixa da empresa no decorrer dos dois projetos já que a regra constante não é separar os fluxos de caixa por projeto pois a empresa possui uma única conta bancária Com saldos mensais positivos foi possível a realização dos projetos sem depender de empréstimos e financiamentos Os resultados encontrados uma vez finalizada a análise da viabilidade econômica dos dois projetos demonstram que a execução destes contratos foi uma opção vantajosa para a empresa o que pode ser constatado pelos dados da Tabela 6 abaixo Tabela 6 Indicadores referentes ao Projeto B Indicadores Projetos A e B TaxaCusto Capital 10 Investimento Inicial 8500 Período de Payback Aceitável 5 meses Valor Presente Líquido VPL 557862 Payback Simples 405 Payback Descontado 446 Taxa interna de Retorno TIR 2944 Fonte Dados financeiros dos Projetos A e B Com o somatório dos dois projetos o VPL foi positivo indicando que os projetos poderiam ser aceitos A TIR taxa de retorno interna na somatória dos projetos alcançou um índice de 2944 confirmando a viabilidade econômica dos projetos mesmo que o projeto A não alcançou um resultado satisfatório O payback demonstrado na Tabela 6 indicou o retorno dos investimentos no quarto mês do início dos projetos alcançando o período aceitável de payback que era de 5 meses 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS É de extrema importância que a empresa Alfa mantenha o controle dos seus projetos levando em consideração seus fluxos de caixa pois como demonstrado no estudo é necessária a correta visualização do que se tem disponível em caixa para não comprometer a sobrevivência da empresa Uma boa prática a ser adotada pela empresa é a da projeção do fluxo de caixa de cada projeto antes de iniciálo permitindo assim a visualização das receitas custos diretos e indiretos e a minimização dos riscos Pelas informações repassadas pela diretoria a empresa também presta consultoria e tem espaços para treinamentos execução de grupos focais e reuniões Diante desta facilidade a empresa precisa pensar em estratégias para aumentar a sua receita utilizandose destas facilidades quem sabe até elaborando um planejamento estratégico para alcançar novas metas É importante que estabeleça por meio das práticas de Gestão Financeira o equilíbrio de suas contas e mantenha um fluxo de caixa com saldo suficiente para honrar seus custos fixos e se manter nos períodos em que não há projetos ou até vencer o próximo processo licitatório Estes projetos em estudo não geraram grandes valores para a empresa no sentido financeiro mas proporcionaram a participação em outras licitações concorrendo com grandes empresas e conseguindo ser vencedora em outros projetos de pesquisa Com isto irá adquirir mais experiência com possibilidade de colocar o nome da empresa em destaque no ramo em que está inserida Uma gestão financeira eficiente exige que o gestor da empresa use com afinco e envolvimento o ato de planejar e controlar as atividades econômicofinanceiras da empresa evitando que se trabalhe com números imprecisos e com o chamado achismo Além também de utilizarse dos métodos disponíveis para a avaliação da viabilidade econômica levando em consideração os custos envolvidos no projeto a expectativa de crescimento suas demandas e outras estimativas que possam comprometer a sobrevivência da empresa Para futuros projetos a serem realizados pela empresa é recomendável o levantamento de todas as premissas e estimativas que o envolverão a fim de visualizar o que se espera alcançar e conseguir um controle eficiente durante toda a sua execução permitindo assim mudanças caso sejam necessárias e aumentando a probabilidade de sucesso e alcance dos objetivos Para futuras pesquisas fica a sugestão de revisar o presente estudo e com isso verificar se a empresa está obtendo retorno financeiro nos seus projetos 6 REFERÊNCIAS ASSAF NETO A Finanças corporativas e valor 6 ed São Paulo Atlas 2012 ATKINSON AA BANKER RD KAPLAN RS YOUNG SM Contabilidade gerencial São Paulo Atlas 2000 AZEVEDO JG As práticas de gestão financeira em micro e pequenas empresas um estudo descritivo em indústrias de castanha de caju do estado do Rio Grande do Norte 2010 Dissertação Mestrado em Administração Universidade Potiguar Natal RN 2010 Disponível em httpwwwuniforbrindexphpoptioncomcontentviewarticleid 3075Itemid214 Acesso em 07 out 2015 BIEGER M SCARAMUSSA SA Práticas de gestão financeira para as empresas de pequeno e médio porte como ferramentas de gestão Facultad de Ciências Económicas Universidad Nacional de Misiones 2009 BRASIL HV BRASIL HG Gestão financeira das empresas um modelo dinâmico 4 ed 5ª reimp Rio de Janeiro Qualitymark 2008 BRASIL Lei Complementar nº 123 de 14 de dezembro de 2006 Institui o estatuto nacional da microempresa e da empresa de pequeno porte Disponível em httpwwwplanaltogovbrccivil03leislcplcp123htmart89 Acesso em 07 out 2015 BRASIL Lei Complementar nº 139 de 10 de novembro de 2011 Altera dispositivos da Lei Complementar nº 123 de 14 de dezembro de 2006 e dá outras providências Disponível em httpwwwplanaltogovbrccivil03leisLCPLcp139htmart5 Acesso em 27 out 2015 BRASIL Lei Complementar nº 147 de 7 de agosto de 2014 Altera a Lei complementar nº 123 de 14 de dezembro de 2006 e as Leis nº 5889 de 8 de junho de 1973 11101 de 9 de fevereiro de 2005 9099 de 26 de setembro de 1995 11598 de 3 de dezembro de 2007 8934 de 18 de novembro de 1994 10406 de 10 de janeiro de 2002 e 8666 de 21 de junho de 1993 e dá outras providências Disponível em httpwwwplanaltogovbrccivil03leisLCPLcp147htmart12 Acesso em 27 out 2015 BREALEY R MYERS S ALLEN F Princípios de finanças corporativas 8 ed São Paulo McGrawHill 2008 BRIGHAM EF Administração financeira teoria e prática São Paulo Atlas 2006 GIL AC Métodos e técnicas de pesquisa social 6ª ed São Paulo Atlas 2008 GITMAN LJ Princípios da administração financeira 12 ed São Paulo Pearson Prentice Hall 2012 GROPELLI AA Administração financeira 3 ed São Paulo Saraiva 2010 HOJI M Administração financeira e orçamentária matemática financeira aplicada estratégias financeiras orçamento empresarial 8 ed São Paulo Atlas 2010 KASPCZAK MCM SCANDELARI L XXVI ENEGEP Fortaleza CE outubro de 2006 Grau de utilização dos sistemas de fluxo de caixa na administração financeira das micro e pequenas empresas da cidade de Ponta Grossa LODDI CE Aplicação das teorias e métodos da administração financeira como sistema de apoio às tomadas de decisões de pequenos empreendimentos franqueados um estudo de caso 2008 Dissertação Mestrado em Engenharia Escola de Engenharia de São Carlos Universidade de São Paulo São Carlos São Paulo 2008 MORAIS S Administração financeira princípios fundamentos e práticas Rio de Janeiro Elsevier 2010 OLIVEIRA LM et al Controladoria estratégica São Paulo Atlas 2002 RIBEIRO MO BOLIGON JAR Análise por meio de índices financeiros e econômicos um estudo de caso em uma empresa de médio porte Disciplinarum Scientia Série Ciências Sociais Aplicadas v 5 n 1 p 1534 2009 SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS 2014 A evolução das microempresas e empresas de pequeno porte de 2009 a 2012 Série Estudos e Pesquisas Disponível em httpobservatoriosebraegocombrconjunturaeconomicaaevolucao dasmicroempresaseempresasdepequenoporte2009a2012brasil Acesso em 07 out 2015 SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS SC Critérios de classificação de empresas ME EPP Disponível em httpwwwsebrae sccombrleisdefaultaspvcdtexto4154 Acesso em 07 out 2015 SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS 2008 Coleção estudos e pesquisas outubro11 Fatores condicionantes e taxas de sobrevivência e mortalidade das micro e pequenas empresas no Brasil 20032005 Disponível em httpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos SobrevivenciadasempresasnoBrasil2011pdf Acesso em 07 out 2015 SILVA ACR Metodologia da pesquisa aplicada à Contabilidade São Paulo Atlas 2003 SOUZA LC Controladoria aplicada aos pequenos negócios Curitiba Juruá 2008 VERGARA SC Métodos de pesquisa em Administração São Paulo Atlas 2005 YIN RK Estudo de Caso planejamento e métodos 3 ed Porto Alegre Bookman 2005 Powered by TCPDF wwwtcpdforg Análise da viabilidade econômicofinanceira da energia solar fotovoltaica em uma Instituição de Ensino Superior do Sul do Brasil Jonatan Antonio Dassi Unochapecó dassiunochapecoedubr Antonio Zanin Unochapecó zaninunochapecoedubr Fabiano Marcos Bagatini Unochapecó bagatiniunochapecoedubr Ademar Tibola Unochapecó ademartibolaunochapecoedubr Rodrigo Barichello UNOCHAPECO rodrigobunochapecoedubr GEOVANNE DIAS DE MOURA Unochapecó geomouraterracombr Resumo O estudo objetivou analisar a viabilidade econômicofinanceira da energia solar fotovoltaica como alternativa para redução de custos e de diversificação energética em uma Instituição de Ensino Superior de Santa Catarina Para tal realizouse pesquisa exploratória por meio de estudo de caso em uma Instituição de Ensino Superior localizada no Estado de Santa Catarina Para a análise da viabilidade econômicofinanceira da energia solar fotovoltaica foram analisados o payback descontado o valor presente líquido a taxa interna de retorno e o valor anual uniforme equivalente Os resultados revelaram que o projeto da implantação de energia solar fotovoltaica como alternativa para redução de custos e de diversificação energética é viável para o período analisado considerando os dados projetados Palavraschave Viabilidade econômicofinanceira Energia solar fotovoltaica Instituição de Ensino Superior Área temática Custos aplicados ao setor privado e terceiro setor Powered by TCPDF wwwtcpdforg XXII Congresso Brasileiro de Custos Foz do Iguaçu PR Brasil 11 a 13 de novembro de 2015 Análise da viabilidade econômicofinanceira da energia solar fotovoltaica em uma Instituição de Ensino Superior do Sul do Brasil Resumo O estudo objetivou analisar a viabilidade econômicofinanceira da energia solar fotovoltaica como alternativa para redução de custos e de diversificação energética em uma Instituição de Ensino Superior de Santa Catarina Para tal realizouse pesquisa exploratória por meio de estudo de caso em uma Instituição de Ensino Superior localizada no Estado de Santa Catarina Para a análise da viabilidade econômicofinanceira da energia solar fotovoltaica foram analisados o payback descontado o valor presente líquido a taxa interna de retorno e o valor anual uniforme equivalente Os resultados revelaram que o projeto da implantação de energia solar fotovoltaica como alternativa para redução de custos e de diversificação energética é viável para o período analisado considerando os dados projetados Palavraschave Viabilidade econômicofinanceira Energia solar fotovoltaica Instituição de Ensino Superior Área Temática Custos aplicados ao setor privado e terceiro setor 1 Introdução A energia elétrica é essencial para a vida moderna e por isso é preciso produzila em larga escala para atender toda a população de um país Nesse sentido de acordo com Dutra et al 2013 a utilização de fontes não renováveis para gerar toda a energia é o que predomina atualmente Os autores destacam ainda que a utilização de fontes não renováveis provoca preocupantes impactos ambientais que vêm sendo comprovados pelos cientistas e sentidos pelas populações mundiais Como exemplo de fontes não renováveis podem ser citadas as termelétricas geradas com a utilização do carvão óleo ou outras fontes não renováveis As termelétricas segundo Jardim 2007 são as principais fontes de energia na maioria dos países desenvolvidos Para o autor contribuem também para o efeito estufa aquecimento global e de catástrofes climáticas Nesse cenário a preocupação ambiental é crescente na maioria dos países Por consequência as fontes de energias renováveis vem ganhando cada vez mais espaço no mercado mundial JARDIM 2007 Os principais motivos para o aumento na participação de energias renováveis conforme descreve Lodi 2011 são as preocupações ambientais desenvolvimento social e econômico o aumento da competitividade diante da geração convencional a volatilidade no preço do combustível fóssil aumento na demanda energética a segurança energética e as políticas governamentais A participação de energias renováveis na matriz energética no Brasil conforme dados da Empresa de Pesquisa Energética EPE 2014 empresa pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia foi de 41 em 2013 enquanto a média mundial foi de apenas 13 em 2011 Fazendose uma repartição da oferta interna dos 41 de energias renováveis têmse biomassa da cana 161 hidráulica 125 lenha e carvão vegetal 83 lixívia e outras renováveis 42 EPE 2014 Em 2013 ainda segundo dados da EPE 2014 a matriz elétrica brasileira neste caso são apresentadas apenas as fontes de energia para geração de energia elétrica apresentou para um total de 6099 TWh de energia elétrica produzida a seguinte configuração hidráulica XXII Congresso Brasileiro de Custos Foz do Iguaçu PR Brasil 11 a 13 de novembro de 2015 706 biomassa 76 eólica 11 gás natural 113 derivados de petróleo 44 nuclear 24 carvão e derivados 26 De acordo com os dados apresentados verificase que a energia solar ainda tem um papel pouco significativo na produção de energia elétrica visto que não aparece entre os percentuais relacionados pela EPE 2014 Então inferese que ainda há muito trabalho por se fazer para se incrementar a participação desta forma de energia na matriz elétrica do Brasil A energia solar dentre as fontes de energias renováveis destacase por ser autônoma por não poluir o meio ambiente por ser uma fonte inesgotável renovável porque oferece grande confiabilidade e por reduzir custos de consumo no longo prazo DUTRA et al 2013 Em relação a energia solar em 2012 com a finalidade de permitir ao consumidor gerar energia elétrica a partir da energia solar em seu próprio estabelecimento a Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL criou a resolução normativa n 482 de 17072012 Esta resolução estabeleceu as condições gerais para o acesso de microgeração e minigeração distribuída aos sistemas de distribuição de energia elétrica o sistema de compensação de energia elétrica ANEEL 2012 Assim sendo a energia solar que no Brasil já é uma realidade permite ao cidadão produzir energia elétrica em sua própria casa É uma fonte de energia limpa e renovável que se utiliza dos raios do Sol cujo impacto no meio ambiente é menor do que o de uma usina hidrelétrica nuclear ou termelétrica GREENPEACE 2013 Painéis solares em telhados ou quintais permitem a produção local de energia ao captar a luz solar Esse tipo de energia tornase uma opção ainda mais valiosa para os brasileiros graças à nova regulamentação da ANEEL que permite a troca da energia produzida pelos painéis por créditos em kWh na fatura de energia É uma fonte de energia com grande potencial e que ainda pode ser muito explorada e aproveitada pela população e pelos governantes Além disso tratase de uma fonte de energia com grande potencial de produção que pode atender toda a necessidade de energia do Brasil Diante do exposto o presente estudo tem por objetivo analisar a viabilidade econômicofinanceira da energia solar fotovoltaica como alternativa para redução de custos e de diversificação energética em uma Instituição de Ensino Superior de Santa Catarina A motivação para este estudo decorre da crescente visibilidade e interesse que as energias renováveis vêm despertando em pesquisadores empresas governos e países inclusive no Brasil nos últimos anos As energias renováveis conforme Jardim 2007 são na atualidade um dos mais importantes assuntos para as discussões sobre o futuro da humanidade 2 Referencial Teórico No referencial teórico deste estudo são abordados temas que embasam conceitualmente a problemática da pesquisa em questão Na subseção 21 buscase descrever questões relacionadas a energia solar na subseção 22 tratase da geração fotovoltaica de energia solar e por fim apresentamse indicadores para análise de viabilidade econômico financeira de projetos 21 Perspectivas da energia solar Assim como se busca ampliar a oferta e reduzir os custos de acordo com Jardim 2007 também crescem as preocupações com a sustentabilidade e o meio ambiente Para o autor é neste contexto que as energias renováveis aparecem e se destacam inclusive recebendo apoio de vários grupos e organizações para a sua ampliação As energias renováveis podem ser definidas como aquelas das quais as fontes não se esgotam ou seja que se renovam constantemente Jardim 2007 Também são entendidas XXII Congresso Brasileiro de Custos Foz do Iguaçu PR Brasil 11 a 13 de novembro de 2015 segundo Jardim 2007 p 2 como energias alternativas ao modelo energético tradicional tanto pela sua disponibilidade presente e futura garantida diferente dos combustíveis fósseis que precisam de milhares de anos para a sua formação como pelo seu menor impacto ambiental Dentre as fontes de energias renováveis a energia solar destacase vez que não polui o meio ambiente e pode ser vista como uma fonte inesgotável DUTRA et al 2013 Nesse sentido Brazil 2006 p 25 ressalta que o Brasil recebe elevados níveis de incidência da radiação solar praticamente durante todos os meses do ano inclusive no mês de junho correspondente ao solstício de inverno para o Hemisfério Sul No tocante a radiação solar Dutra et al 2013 descrevem que para um adequado aproveitamento da energia solar precisase conhecer a radiação e a insolação locais nos horários em que ocorrem Os autores 2013 p 230 esclarecem ainda que a radiação é medida por meio de pirômetros que registram a energia e a incidência sobre o hemisfério celeste Já a insolação é mensurada por meio de heliógrafos que determinam a duração da radiação direta em períodos considerados benéficos De acordo com os dados apresentados durante o Seminário de Mini e Microgeração de Energia realizado pela ANEEL em abril de 2014 o país apresentava a seguinte situação a Capacidade instalada no País era estimada em 40 MWp até 2013 b Cerca de 90 desse total não estavam conectados à Rede sistemas isolados c Irradiação Solar no Plano Inclinado Média Anual kWhm2ano 1650 a 2400 Percebese por meio destes dados apresentados pela ANEEL que a energia solar no Brasil ainda é pouco explorada sendo utilizada apenas para os geradores e não distribuída pela Rede de distribuição No exterior ainda segundo dados apresentados pela ANEEL 2014 o panorama difere do Brasil apresentando os seguintes dados a Crescimento contínuo da potência instalada na última década atingindo 69GWp em 2011 e 100GWp em 2012 b A taxa média de crescimento da geração solar nos últimos 5 anos supera 65 aa c Instalações ainda concentradas em poucos países 50 Alemanha e Itália 75 6 países Alemanha Itália Japão Espanha EUA e China 74 Europa d A redução de custos tem sido contínua o que é atribuído aos ganhos de escala às inovações tecnológicas à crise econômica europeia e à sobreoferta e O custo dos painéis fotovoltaicos caiu de cerca de US 30 em 1980 para menos de US 1 por Wp f A maioria das instalações existentes estão conectadas à Rede GD g Irradiação Solar no Plano Inclinado Média Anual kWhm2ano Alemanha 900 a 1250 França 900 a 1650 Espanha 1200 a 1850 Em geral as energias eólica e solar são as que poderiam dar a maior contribuição para a geração de energia elétrica em todo o mundo WBGU 2013 Em 2011 a German Advisory Council on Global Change WBGU elaborou um estudo sobre as perspectivas de utilização de energia em todo o mundo conforme exposto na Figura 1 XXII Congresso Brasileiro de Custos Foz do Iguaçu PR Brasil 11 a 13 de novembro de 2015 Figura 1 Perspectivas de utilização de energia mundial Fonte WBGU 2011 De acordo com o estudo da German Advisory Council on Global Change as energias renováveis apresentam perspectivas de crescimento enquanto que as energias não renováveis apresentam tendência decrescente de utilização para um horizonte de tempo que estendese até 2050 conforme se verifica na Figura 1 No Brasil a utilização de energias renováveis na produção de energia elétrica segue a tendência mundial A biomassa vem sendo utilizada com sucesso há mais de uma década no processo de produção de energia elétrica em usinas de açúcar e álcool e de beneficiamento de arroz Os recursos financeiros recebidos pela venda de energia elétrica representam um percentual considerável no faturamento global destas empresas Em ascensão e acompanhando o gráfico de tendências mundiais estão também os investimentos em energias solar e eólica O Brasil possui um vasto território com incidência de sol e ventos que propiciam investimentos nestas fontes de energias renováveis Portanto além de grande potencial para o aproveitamento solar o país também apresenta um enorme potencial para a utilização da energia solar em sistemas solares fotovoltaicos isolados ou interligados à rede elétrica Jardim 2007 p 2 Uma das principais vantagens da instalação de energia solar é a descentralização da produção de energia no Brasil Poder produzir eletricidade em seu próprio domicílio representa mais independência para o consumidor isto é não depender dos custos de distribuição e nem dos altos encargos do governo Com isso o brasileiro passará a entender com mais clareza sua conta de luz e o real valor da energia Com o sistema de compensação estabelecido pela ANEEL em dezembro de 2012 RN n 482 é possível injetar a energia produzida por placas solares na rede elétrica pública e ganhar em troca kWh de sua distribuidora de energia Ou seja a nova conta de luz seria a seguinte Consumo da Rede Elétrica Energia Gerada pelas Placas Solares NOVA CONTA DE ENERGIA É uma maneira de incentivar as energias renováveis uma vez que a compensação é prevista apenas para geração renovável de pequeno porte Se a geração de energia for maior que o consumido no mês o excedente será usado para diminuir o custo do consumo nos meses seguintes É importante dizer que sua conta nunca chegará a zero pois os XXII Congresso Brasileiro de Custos Foz do Iguaçu PR Brasil 11 a 13 de novembro de 2015 consumidores devem pagar um custo mínimo de disponibilidade Mas com certeza será um valor muito menor se comparado ao atual 22 Geração fotovoltaica de energia solar O efeito fotovoltaico que tratase da conversão da radiação solar em eletricidade foi relatado pelo físico francês Edmond Becquerel no ano de 1839 SAUER et al 2006 VALLÊRA BRITO 2006 Segundo Sauer et al 2006 somente em 1876 foi obtido o primeiro dispositivo a base de selênio porém o primeiro dispositivo viável foi desenvolvido no ano de 1953 nos Laboratórios Bell nos Estados Unidos em um substrato de silício Essa tecnologia ainda de acordo com Sauer et al 2006 ficou limitada à aplicação aeroespacial até o início da década de 1970 quando em razão da primeira crise do petróleo iniciaramse novas investigação mais detalhadas para sua aplicação Os autores mencionam também que uma das alternativas propostas na época foi o desenvolvimento de células em silício policristalino que reduzia o custo e proporcionava maior viabilidade econômica da tecnologia Todavia ressaltaram que esse avanço ainda não foi suficiente para impulsionar os investimentos em células desse tipo todavia estimulou a permanência de alguns grupos de pesquisa nessa área As décadas de oitenta e noventa conforme Vallêra e Brito 2006 também foi considerada um período de maior investimento em energia solar oriundo de programas de financiamento e motivados principalmente pela consciência crescente da ameaça das alterações climáticas resultantes da queima de combustíveis fósseis Em 1990 conforme descreve Sauer et al 2006 foi anunciado o resultado proveniente de uma célula em escala laboratorial com eficiência de conversão de 35 em áreas de 5 mm2 foi então quando a tecnologia de fabricação de células em silício policristalino tornouse interessante A partir de então segundo os autores houve uma retomada dos investimentos em pesquisas para a obtenção de silício policristalino de baixo custo Sauer et al 2006 destaca que apesar de a energia solar ser a mais abundante entre as fontes renováveis ainda assim tem os custos por kW instalado mais elevados em especial em decorrência do oneroso processo de fabricação de painéis fotovoltaicos Apesar disso esse é um mercado em franca expansão Nesse sentido Shayani Oliveira e Camargo 2006 descrevem que o custo oriundo da implantação da geração solar pode chegar a 50 vezes o custo de de implantação de uma pequena central hidrelétrica mas por outro lado o custo da energia gerada durante a vida útil do sistema implantado mostrase 10 vezes mais eficiente para sistemas isolados e 3 vezes mais eficiente para geração interligada à rede elétrica Deste modo os autores 2006 p 2 mencionam que com a redução anual do custo dos sistemas solares e a valoração dos custos ambientais e sociais da geração centralizada o sistema solar tende a se tornar economicamente competitivo a curto prazo A conversão da energia solar em eletricidade pode ser obtida por meio do chamado sistema fotovoltaico ROSA 2007 Esse sistema conforme explica Rosa 2007 é constituído essencialmente por um conjunto de painéis ou módulos fotovoltaicos por um regulador de tensão um sistema de armazenamento ou acumuladores e por um inversor que converte corrente contínua em alternada Rosa 2007 especifica ainda que o painel fotovoltaico realiza uma função de gerador propriamente dito Descreve em seguida que o painel é composto ainda por células fotovoltaicas construídas a partir de semicondutores que após receberem a luz solar em sua superfície produzem tensão elétrica em seus terminais Em países desenvolvidos ao longo dos anos segundo Jardim 2007 têm sido lançados programas governamentais subsidiando a instalação dessa aplicação O autor cita XXII Congresso Brasileiro de Custos Foz do Iguaçu PR Brasil 11 a 13 de novembro de 2015 como exemplo principalmente os EUA A Million Roofs Program programa um milhão de telhados a Alemanha Hundert Tausend Dächer Programme programa cem mil telhados e a o Japão onde há a lei de incentivo às energias renováveis com tarifaprêmio privilegiada para a geração solar New Sunshine Program Tais sistemas conforme ressalta Jardim 2007 representam um reforço à geração convencional que já existe e que apensa de no presente a contribuição ainda ser pequena no futuro poderá contribuir sobremaneira para a geração de energia elétrica 23 Indicadores para análise de viabilidade econômicofinanceira de projetos Dependendo das características do projeto diferentes tipos de indicadores de viabilidade econômicofinanceira podem ser utilizados Neste estudo que objetiva analisar a viabilidade econômicofinanceira da energia solar fotovoltaica serão analisados o payback descontado o valor presente líquido a taxa interna de retorno e o valor anual uniforme equivalente 231 Payback Descontado Alguns autores entre eles Lemes Júnior Rigo e Cherobim 2002 Brigham e Ehrhardt 2006 abordam o payback descontado com um método de análise capaz de evidenciar o tempo necessário para recuperar o investimento inicial Este método de acordo com os autores citados considera o valor do dinheiro no tempo pois utiliza uma taxa de desconto para verificar o número exato de períodos em que o projeto recupera o valor inicial investido Normalmente essa taxa de desconto usada é a taxa mínima de atratividade a qual é determinada pelo próprio investidor como parâmetro para remuneração de seu capital 232 Valor Presente Líquido VPL Para Souza 2003 p 74 o valor presente líquido VPL corresponde à diferença entre o valor presente das entradas líquidas de caixa associadas ao projeto e o investimento inicial necessário Nesse sentido Gitman 2001 afirma que o VPL é uma técnica de orçamento sofisticada O seu valor é determinado subtraindose do valor inicial de um projeto o valor presente das entradas líquidas de caixa descontadas a uma taxa igual ao custo do capital da empresa LEMES JÚNIOR RIGO e CHEROBIM 2002 Brasil 2002 p 08 cita que o critério do valor presente líquido fornece indicação a respeito do potencial de criação de valor de um investimento Desta forma o VPL é uma medida de quanto valor é criado ou adicionado hoje realizando determinado investimento Para tanto fazse necessário trazer a valor presente todos os fluxos de caixa esperados utilizando uma taxa de desconto e após reduzir estes valores do desembolso inicial do projeto Conforme Lemes Júnior Cherobim e Rigo 2002 utilizar o VPL para a tomada de decisões facilita o alcance do principal objetivo do administrador financeiro que é de maximizar a riqueza do acionista ou proprietário Ressaltase que o VPL é o método de análise de investimento em projetos mais utilizado por profissionais de finanças pois permite interpretar facilmente os resultados ABREU FILHO 2003 ZANIN BAGATINI 2012 233 Taxa Interna de Retorno TIR A taxa interna de retorno TIR de um investimento é a taxa exigida de retorno que quando utilizada como taxa de desconto resulta em VPL igual a zero ROSS WESTERFIELD JORDAN 2000 SOUZA CLEMENTE 2001 BRASIL 2002 LEMES JÚNIOR RIGO CHEROBIM 2002 ABREU FILHO et al 2003 Assim quando o VPL é XXII Congresso Brasileiro de Custos Foz do Iguaçu PR Brasil 11 a 13 de novembro de 2015 zero encontrase o ponto de equilíbrio econômico do projeto e deste modo não haverá criação nem destruição de valor ROSS WESTERFIELD JORDAN 2000 Com a TIR determinase uma única taxa de retorno para sintetizar os méritos de um projeto Essa taxa é dita interna no sentido de que depende somente dos fluxos de caixa de certo investimento e não de taxas oferecidas em algum outro lugar LEMES JÚNIOR RIGO e CHEROBIM 2002 Então para avaliação de propostas de investimento por meio do cálculo da TIR é necessário conhecer os montantes de dispêndio de capital desembolsos se tiver mais de um e dos fluxos de caixa líquidos gerados pela decisão onde a TIR representará a rentabilidade do projeto expressa em termos de taxa de juros ASSAF NETO 2003 Desta forma a TIR representa a taxa de juros para a qual o valor presente das entradas de caixa resultantes do projeto iguala o valor presente dos desembolsos do mesmo sendo uma medida bastante utilizada no orçamento de capital Caracteriza desta forma a taxa de remuneração do capital investido 234 Valor Anual Uniforme Equivalente É mais um método a ser utilizado para analisar as propostas de investimentos de recursos Para Kassai et al 2005 p 85 este método consiste em obter um valor médio periódico dos fluxos de caixa positivos e comparálo com o valor médio dos fluxos de caixa negativos 3 Procedimentos Metodológicos O estudo caracterizase como pesquisa exploratória realizada por meio de um estudo de caso em uma Instituição de Ensino Superior localizada no Estado de Santa Catarina A pesquisa do tipo exploratória de acordo com Martins e Theóphilo 2007 é a abordagem adotada quando se busca maiores informações sobre determinado assunto Os autores complementam descrevendo que é aquela que possui um planejamento flexível e é indicada quando se tem poucas informações sobre o objeto de pesquisa Em relação a pesquisa exploratória Gil 2008 salienta ainda que a pesquisa exploratória proporciona maior familiaridade com o problema ou seja com objetivo de torná lo mais explícito Ainda segundo o autor geralmente esse tipo de pesquisa assume a forma de pesquisa bibliográfica ou de estudo de caso O estudo de caso segundo Gil 2008 consiste no estudo aprofundado de um ou de poucos objetivos de modo que possibilite o conhecimento amplo e detalhado Para Yin 2005 p 32 tratase de uma investigação empírica que investiga um fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto de vida real Os dados relacionados nesse estudo de caso foram coletados diretamente na Instituição de Ensino Superior em análise por meio de entrevistas nãoestruturadas no período de Março de 2015 a Abril de 2015 Segundo Gil 2008 entrevistas nãoestruturadas são aquelas em que o entrevistador possui um guia com tópicos previamente determinados mas sem haver uma sequência obrigatória a seguir De modo mais específico a pesquisa iniciase com o estudo da estrutura da edificação em que pretendese instalar o sistema de geração de energia elétrica através de energia solar As condições ambientais diferentes para cada região do país são fatores que também foram levados em consideração haja vista sua interferência direta na eficiência do sistema XXII Congresso Brasileiro de Custos Foz do Iguaçu PR Brasil 11 a 13 de novembro de 2015 Após foram realizadas análises técnicas dos sistemas propostos pelos possíveis fornecedores incluindo os painéis solares inversores de frequência entre outros itens necessários ao processo de construção de uma central de minigeração distribuída de energia elétrica Em seguida foram realizados os cálculos da geração de energia com base nas informações coletadas na própria Instituição de Ensino quais sejam a Localização no qual a instalação se encontra b Radiação solar no local horas de sol equivalentedia de acordo com a localização da edificação c Perdasganhos por inclinação dos painéis solares d Perdas por sombreamento e Temperatura ambiente ao longo do ano f Número total de painéis solares de acordo com a área total do telhado disponível para instalação dos equipamentos g Potência e tensão elétrica dos painéis solares h Rendimento dos painéis solares Por fim foi realizado o cálculo do investimento necessário para instalação do sistema proposto com base em orçamento de equipamentos fornecido por um possível fornecedor local o qual será responsável pela instalação e comissionamento da central de minigeração de energia elétrica O custo da energia elétrica foi considerado o atualmente pago pela instituição analisada ao seu fornecedor Para a análise da viabilidade econômicofinanceira da energia solar fotovoltaica foram analisados o payback descontado o valor presente líquido a taxa interna de retorno e o valor anual uniforme equivalente 4 Descrição e análise dos resultados Neste capítulo apresentamse todas as informações relativas ao sistema fotovoltaico proposto bem como as análises econômicofinanceiras do projeto 41 Instalação do sistema fotovoltaico proposto O sistema projetado deve ser conectado diretamente à rede de energia elétrica existente na universidade isto possibilita dispensar o uso de baterias pois a rede de energia funciona como um backup Este sistema é mais comum em áreas urbanas utilizando edificações já existentes que além de consumidores também passam a produtores de energia podendo em algumas situações retornar a energia excedente à rede de distribuição conforme apresentado na Figura 2 em que se ilustra o sistema fotovoltaico sugerido XXII Congresso Brasileiro de Custos Foz do Iguaçu PR Brasil 11 a 13 de novembro de 2015 Figura 2 Sistema fotovoltaico conectado a rede Fonte Viridian 2015 Para dimensionar de forma apropriada um sistema fotovoltaico conectado à rede elétrica conforme o exposto na Figura2 devese considerar as variações de temperatura do local onde o mesmo é instalado pois a mesma impacta no rendimento dos módulos bem como a quantidade média diária de sol A Figura 3 apresenta a irradiação média mensal da cidade em que a Instituição de Ensino Superior está localizada Figura 3 Horas de Sol equivalentedia média Fonte ATLAS Solarimétrico do Brasil 2000 Por meio da Figura 3 verificase que na cidade onde a Instituição está localizada a média anual gira em torno de 5 horas de sol equivalente ao dia Os meses de novembro a fevereiro apresentam maior insidência de sol acima de 6 horas diárias enquanto os meses de junho e julho a menor incidência de sol com menos de 3 horas diárias Em razão da variação de incidência solar durante os meses do ano a inclinação e a posição dos painéis são fundamentais pois podem provocar perdas Para este projeto considerouse uma inclinação dos painéis em relação ao plano horizontal de 20 graus A figura 4 apresenta os ganhos e perdas mensais relacionadas à inclinação e posicionamento estimados XXII Congresso Brasileiro de Custos Foz do Iguaçu PR Brasil 11 a 13 de novembro de 2015 Figura 4 Ganhos e perdas por inclinação dos painéis Fonte Dados da pesquisa Os valores na Figura 4 estão em escala comparativa entre um sistema com painéis solares instalados na posição horizontal e com o mesmo sistema com painéis solares instalados com inclinação de 20 em relação ao plano horizontal O valor 10 mostrado na Figura 4 representa que a eficiência do sistema é igual tanto para a posição horizontal quanto para a inclinada Um valor maior que 10 representa quantas vezes o sistema inclinado é melhor que o sistema na posição horizontal Um valor menor que 10 representa quantas vezes o sistema na posição inclinada é menos eficiente que o sistema com placas instaladas na posição horizontal Por meio da Figura 5 visualizase a quantidade média de horas de soldia já considerando os efeitos de sombreamento e inclinação Figura 5 Radiação mensal após sombreamento e inclinação Fonte Dados da pesquisa Os valores ora apresentados foram obtidos através do produto entre os valores das Figuras 3 e 4 Com o sistema instalado na posição horizontal demonstrado pela Figura 3 conseguese uma incidência de sol sobre os painéis solares de 50 horas de sol equivalentedia média Já com o sistema inclinado em 20 conforme demonstra o gráfico da Figura 5 a incidência de sol sobre os painéis solares chega a 53 horas de sol equivalentedia média Observase assim que a inclinação dos painéis solares resulta em um ganho na eficiência do sistema de aproximadamente 6 Para efeito de projeto estes são os dados levados em conta para o dimensionamento da quantidade de painéis e potência do inversor XXII Congresso Brasileiro de Custos Foz do Iguaçu PR Brasil 11 a 13 de novembro de 2015 42 Investimento em equipamentos para instalação do sistema e geração de energia Com base nos dados coletados o sistema proposto para a Instituição de Ensino Superior em estudo é composto dos equipamentos descritos no Quadro 01 com os respectivos investimentos necessários Quadro 01 Investimento do projeto Material Quant Valor R un Valor total R Painel Solar distribuidor Renovigi fabricante Risen modelo SYP250 certificação A no Inmetro 400 75000 30000000 Inversor on grid distribuidor Renovigi fabricante BB Power modelo ST 20000TL potência de 200kW 5 1561988 7809940 Suporte de fixação de painéis 400 12000 4800000 Comissionamento e startup 1 1200000 1200000 Interligação com a rede de energia existente 1 750000 750000 Painel de proteção e distribuição de energia fotovoltaica PPDEF 1 920000 920000 Instalações elétricas das placas fotovoltaicas 1 6200000 6200000 Projeto Elétrico 1 2800000 2800000 Total 54479940 Fonte Dados da pesquisa Os painéis solares descritos no Quadro 1 serão instalados na parte superior sobre o telhado da edificação os quais estarão calçados por suportes de sustentação fixados na própria edificação Os inversores e painéis elétricos bem como a conexão com a rede elétrica existente estarão localizados em uma sala específica da própria edificação no andar térreo para facilitar a manutenção e gerenciamento do processo de produção de energia elétrica O projeto elétrico comissionamento e starup serão feitos por uma empresa especializada da própria cidade que já possui knowhow na área de energias renováveis O projeto elétrico deve ser feito e encaminhado à concessionária de energia local para avaliação e aprovação haja vista que este procedimento é uma exigência da própria concessionária com o objetivo de garantir a segurança e bom funcionamento do sistema Verificase que o investimento em equipamentos para instalação do sistema e geração de energia através de painéis fotovoltaicos conforme pode ser visualizado no Quadro 1 é de R 54479940 43 Capacidade de geração do sistema proposto Com base no sistema proposto composto por 400 painéis fotovoltaicos de 250Wpcada e considerando temperatura inclinação e radiação no local onde os mesmos poderão ser instalados é possível que o sistema forneça mês a mês em média a energia apresentada na figura 06 XXII Congresso Brasileiro de Custos Foz do Iguaçu PR Brasil 11 a 13 de novembro de 2015 Figura 06 Energia média gerada pelo sistema KWhmês Fonte Dados da pesquisa Observase na Figura 6 que a geração de energia elétrica é maior nos meses mais quentes do ano tendo em vista a maior incidência de sol São justamente os períodos de maior consumo pela instituição devido aos sistemas de climatização utilizados principalmente para refrigeração quando da elevação de temperatura ambiente A energia elétrica produzida pelo sistema fotovoltaico supre uma parcela de aproximadamente 25 do consumo de energia da edificação de acordo com estudos técnicos realizados As medições foram realizadas por um período de uma semana no mês de abril de 2015 instalandose equipamentos apropriados para registro do consumo de energia da edificação 44 Análise da viabilidade econômicofinanceira do projeto A energia atualmente consumida pela IES é fornecida por uma empresa que atua na comercialização da mesma no mercado livre Após analisar a fatura de energia elétrica foi possível perceber que o valor do kWh pago pela IES para a fornecedora era de R 04211 A Centrais Elétricas de Santa Catarina SA Celesc é a concessionária de energia elétrica local e esta cobra pelo transporte da energia até o consumidor Esta cobrança é referente a utilização da rede da empresa para transportar a energia entre a geração e o consumidor final Foi possível perceber também pela fatura que o valor do kWh pago para o transporte da energia era de R 0037381 não tendo distinção de valores em horário de ponta e fora da ponta Desta forma temse um total de R 04584 por kWh O quadro 2 apresenta o fluxo de caixa projetado para o período de 15 anos Quadro 2 Fluxo de caixa projetado Anos Investimento Economia Fatura Energia Elétrica Fluxo de Caixa Fluxo de Caixa Descontado Payback descontado 0 R 54479940 R 54479940 R 54479940 R 54479940 1 R 7531145 R 7531145 R 6846496 R 47633444 2 R 7531145 R 7531145 R 6224087 R 41409357 3 R 7531145 R 7531145 R 5658261 R 35751096 4 R 7531145 R 7531145 R 5143874 R 30607223 5 R 7531145 R 7531145 R 4676249 R 25930974 6 R 7531145 R 7531145 R 4251135 R 21679839 7 R 7531145 R 7531145 R 3864668 R 17815171 8 R 7531145 R 7531145 R 3513335 R 14301836 XXII Congresso Brasileiro de Custos Foz do Iguaçu PR Brasil 11 a 13 de novembro de 2015 9 R 7531145 R 7531145 R 3193941 R 11107895 10 R 7531145 R 7531145 R 2903583 R 8204312 11 R 7531145 R 7531145 R 2639620 R 5564692 12 R 7531145 R 7531145 R 2399655 R 3165037 13 R 7531145 R 7531145 R 2181505 R 983532 14 R 7531145 R 7531145 R 1983186 R 999653 15 R 7531145 R 7531145 R 1802896 R 2802550 Fonte Dados da pesquisa Ao considerar um custo do kWh de R 04584 e a possibilidade de geração média mensal do sistema proposto de 13691 kWh é possível economizar anualmente R 7531145 ou seja mensalmente R 627595 conforme pode ser visualizado no Quadro 2 O cálculo do payback descontado considera uma TMA de 10 ao ano assim são necessários 1350 anos para recuperar o investimento inicial proposto de R 54479940 Notase ainda no Quadro 2 que o valor presente líquido ao final do décimo quinto ano será de R 2802550 a taxa interna de retorno de 1089 e o valor anual uniforme equivalente de R 368462 Ao observar ainda no Quadro 2 apenas a economia acumulada durante um período de 8 anos R 7531145 x 8 é possível identificar um valor total de R 60249160 ou seja já é R 5769220 superior ao custo total da instalação do sistema de geração solar Portanto a partir de aproximadamente 75 anos o sistema já estará totalmente pago e gerando uma economia anual de R 7531145 Assim é possível concluir que para uma TMA de 10 ao ano o projeto de energia solar fotovoltaica como alternativa para redução de custos e de diversificação energética é viável para o período analisado considerando os dados projetados 5 Considerações Finais O estudo objetivou analisar a viabilidade econômicofinanceira da energia solar fotovoltaica como alternativa para redução de custos e de diversificação energética em uma Instituição de Ensino Superior de Santa Catarina Para tal realizouse pesquisa exploratória por meio de um estudo de caso em uma Instituição de Ensino Superior localizada no Estado de Santa Catarina Para a análise da viabilidade econômicofinanceira da energia solar fotovoltaica foram analisados o payback descontado o valor presente líquido a taxa interna de retorno e o valor anual uniforme equivalente Os resultados revelaram que o projeto da implantação de energia solar fotovoltaica como alternativa para redução de custos e de diversificação energética é viável para o período analisado considerando os dados projetados Concluise que além de reduzir custos e de apresentar viabilidade econômico financeira para a Instituição de Ensino analisada a energia solar uma das mais importantes dentre as fontes de energias renováveis gerará benefícios inestimáveis também ao meio ambiente Referências ABREU FILHO José Carlos Franco de SOUZA Cristóvão Pereira de GONÇALVES Danilo Amerio CURY Marcus Vinícius Quintella Finanças Corporativas Rio de Janeiro FGV 2003 XXII Congresso Brasileiro de Custos Foz do Iguaçu PR Brasil 11 a 13 de novembro de 2015 ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica Seminário Micro e Minigeração Distribuída Impactos da Resolução Normativa n 4822012 BrasíliaDF 2014 Disponível em httpwwwaneelgovbrhotsitemmgd Acesso em 06072015 Resolução Normativa n 482 de 17 de abril de 2012 Estabelece as condições gerais para o acesso de microgeração e minigeração distribuída aos sistemas de distribuição de energia elétrica o sistema de compensação de energia elétrica Rio de Janeiro 2012 Disponível em httpwwwaneelgovbrcedocren2012482pdf Acesso em 06072015 ASSAF NETO Alexandre Finanças corporativas e valor São Paulo Atlas 2003 ATLAS Solarimétrico do Brasil Recife Editora Universitária da UFPE 2000 BRASIL Haroldo Guimarães Avaliação Moderna de Investimentos Rio de Janeiro Qualitiymark 2002 BRAZIL O A V Regulação e apropriação de energia térmica solar pela população de baixa renda no Brasil 2006 121 f Dissertação Mestrado em Regulação da Indústria de Energia Universidade Salvador UNIFACS Salvador 2006 DUTRA J C D N BOFF V Â SILVEIRA J S T ÁVILA L V Uma Análise do Panorama das Regiões Missões e Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul sob o Prisma da Energia Eólica e Solar Fotovoltaica como Fontes Alternativas de Energia Revista Paranaense de DesenvolvimentoRPD v 34 n 124 p 225243 2013 EPE Empresa de Pesquisa Energética Balanço Energético Nacional 2014 Ano base 2013 Rio de Janeiro 2014 Disponível em httpwwwepegovbr Acesso em 15062015 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed São Paulo Atlas 2008 GITMAN L J Princípios da administração financeira 2 ed Porto Alegre Bookman 2001 GREENPEACE Cartilha Solar 2013 Disponível em httpwwwgreenpeaceorg Acesso em 07072015 JARDIM C S A inserção da geração solar fotovoltaica em alimentadores urbanos enfocando a redução do pico de demanda diurno 2007 148 f Tese Doutorado em Engenharia Civil Programa de PósGraduação em Engenharia Civil da Universidade Federal de Santa Catarina Florianópolis 2007 KASSAI J R et al Retorno de investimento abordagem matemática e contábil do lucro empresarial 3 ed São PauloAtlas 2005 LEMES JUNIOR Antônio Barbosa CHEROBIM Ana Paula RIGO Cláudio Miessa Administração Financeira princípios fundamentos e práticas brasileiras 5 reimpressão Rio de Janeiro Elsevier 2002 XXII Congresso Brasileiro de Custos Foz do Iguaçu PR Brasil 11 a 13 de novembro de 2015 LODI C Perspectivas para a Geração de Energia Elétrica no Brasil Utilizando a Tecnologia Solar Térmica Concentrada 2011 127 f Dissertação Mestrado em Ciências em Planejamento Energético Programa de Planejamento Energético COPPE da Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2011 ROSA V H S Energia elétrica renovável em pequenas comunidades no Brasil em busca de um modelo sustentável 2007 440 f Tese Doutorado em Desenvolvimento Sustentável Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília Brasília 2007 ROSS Stephen A WESTERFIELD Randolph W JORDAN Brandford D Princípios de administração financeira 2ed São Paulo Atlas 2000 SAUER I L QUEIROZ M S MIRAGAYA J C G MASCARENHAS R C JÚNIOR A R Q Energias renováveis ações e perspectivas na Petrobrás Bahia Análise Dados v 16 n 1 p 922 2006 SHAYANI R A OLIVEIRA M CAMARGO I Comparação do custo entre energia solar fotovoltaica e fontes convencionais In CONGRESSO BRASILEIRO DE PLANEJAMENTO ENERGÉTICO CBPE 5 2006 Brasília Anais 2006 SOUZA A B Projetos de investimentos de capital elaboração análise tomada de decisão São Paulo Atlas 2003 SOUZA A CLEMENTE A Decisões financeiras e análise de investimentos fundamentos técnicas e aplicações 4 ed São Paulo Atlas 2001 VALLÊRA Antônio M BRITO Miguel Centeno Meio século de história fotovoltaica Gazeta da física v 29 2006 VIRIDIAN Energia Solar Fotovoltaica 2015 Disponível em httpwwwviridiancombr Acesso em 08072015 WBGU German Advisory Council on Global Change World in Transition A Social Contract for Sustainability Germany 2011 Disponível em httpwwwwbgudeenflagshipreports Acesso em 06072015 World in Transition Governing the Marine Heritage Germany 2013 Disponível em httpwwwwbgudeenflagshipreports Acesso em 06072015 ZANIN A BAGATINI F M The economic and financial feasibility of a biodigester A sound alternative for reducing the environmental impact of swine production In CURKOVIC S Org Susteinable Development Authoritative and leading edge content for environmental management Rijeka Croatia Intech P 371388 2012 1 Análise da viabilidade econômicofinanceira da energia solar fotovoltaica em uma Instituição de Ensino Superior do Sul do Brasil A pesquisa em questão aborda a análise da viabilidade econômicofinanceira da implementação de energia solar fotovoltaica em uma Instituição de Ensino Superior localizada em Santa Catarina Brasil O estudo emprega uma abordagem exploratória utilizando um estudo de caso para coletar dados diretamente na instituição Os procedimentos metodológicos são detalhadamente descritos destacando a pesquisa exploratória como uma escolha apropriada para obter informações detalhadas sobre o tema A coleta de dados incluiu entrevistas nãoestruturadas realizadas na instituição entre março e abril de 2015 Além disso o estudo considera diversos fatores como a estrutura do edifício condições ambientais análises técnicas de sistemas propostos por fornecedores e cálculos de geração de energia A apresentação dos resultados inclui informações sobre a instalação do sistema fotovoltaico investimentos necessários em equipamentos capacidade de geração do sistema e uma análise detalhada da viabilidade econômicofinanceira do projeto Um ponto crucial é a conclusão de que a implementação de energia solar fotovoltaica é viável para a instituição analisada considerando os dados projetados Os indicadores financeiros como payback descontado valor presente líquido taxa interna de retorno e valor anual uniforme equivalente são apresentados para sustentar essa conclusão A pesquisa destaca ainda a contribuição ambiental da energia solar mencionando que além de reduzir custos a transição para fontes renováveis traz benefícios significativos ao meio ambiente A análise econômica mostra que o investimento inicial pode ser recuperado em aproximadamente 75 anos tornando o projeto financeiramente vantajoso para a instituição em questão Em geral o artigo fornece uma abordagem abrangente e detalhada para avaliar a viabilidade econômicofinanceira da energia solar fotovoltaica em uma instituição educacional específica No entanto seria benéfico considerar a generalização desses resultados para outras instituições e explorar possíveis desafios práticos que podem surgir durante a implementação 2 Aspectos metodológicos da análise de viabilidade econômica de sistemas de produção O texto apresenta uma abordagem detalhada sobre a importância da análise econômica na agricultura especificamente voltada para sistemas de produção agropecuários A metodologia proposta visa fornecer mecanismos para o levantamento de dados e análises econômicas que permitam inferências sobre os retornos econômicos desses sistemas O autor destaca a importância de separar virtualmente os papéis do empreendedor e do capitalista na análise econômica Essa abordagem é crucial para evitar distorções na identificação do custo de produção especialmente quando o proprietário da terra também é o produtor A distinção entre a remuneração do empreendedor e do capitalista contribui para uma avaliação mais precisa dos resultados econômicos O texto ressalta a necessidade de segmentar as atividades nos sistemas de produção destacando a importância de avaliar diferentes etapas separadamente Isso permite identificar possíveis gargalos e otimizar o sistema de produção com maior eficiência A segmentação facilita a comparação de resultados e contribui para uma análise mais detalhada O autor propõe o uso de painéis de especialistas como um método prático e objetivo para coletar dados do sistema de produção Destacase a eficiência desse método que fornece feedback instantâneo permite correções durante o processo e é menos oneroso em comparação com métodos tradicionais de acompanhamento in loco O texto aborda a definição e importância do custo de produção destacando que é fundamental para a tomada de decisões do produtor a avaliação da viabilidade econômica e a comparação entre diferentes sistemas e tecnologias A distinção entre custos fixos e variáveis é discutida ressaltando a importância dessa diferenciação para análises mais precisas A segunda parte do texto é dedicada a estudos de caso que avaliam a viabilidade econômica de sistemas de produção que incorporam tecnologias desenvolvidas pela Embrapa Todos os itens componentes do custo de produção são considerados variáveis nesses estudos A separação dos papéis do empreendedor e do capitalista a segmentação das atividades e o uso de painéis de especialistas são elementos que enriquecem a proposta metodológica apresentada 3 Análise Da Viabilidade Econômicofinanceira Dos Projetos Da Microempresa Alfa O texto Análise Da Viabilidade Econômicofinanceira Dos Projetos Da Microempresa Alfa aborda a metodologia de pesquisa e os resultados obtidos na análise econômicofinanceira de dois projetos desenvolvidos pela empresa O estudo segue uma abordagem descritiva um procedimento de estudo de caso e uma abordagem quantitativa para avaliar a viabilidade dos projetos A pesquisa utiliza o método científico que é descrito como um conjunto de processos a serem empregados na investigação Quanto à metodologia classifica se como descritiva estudo de caso e quantitativa A coleta de dados iniciase com um levantamento bibliográfico relacionado ao estado da arte da análise econômico financeira tradicional O estudo de caso é adotado para permitir um conhecimento detalhado do objeto de estudo A escolha da empresa objeto da pesquisa baseiase nas dificuldades percebidas na gestão financeira com a intenção de analisar a viabilidade econômicofinanceira dos projetos A e B Os projetos A e B realizados em 2015 são detalhadamente descritos com destaque para suas características objetivos e métodos de coleta de dados Os resultados da análise econômica indicam que o Projeto A não atingiu a rentabilidade esperada conforme demonstrado pelos cálculos do Valor Presente Líquido VPL Payback e Taxa Interna de Retorno TIR No entanto a empresa optou por participar do projeto devido à obtenção de um atestado técnico Para o Projeto B realizado em Pernambuco a análise demonstra uma viabilidade econômica positiva com VPL Payback e TIR indicando resultados favoráveis A empresa conseguiu equilibrar seus custos e receitas ao longo dos projetos garantindo a execução bemsucedida O trabalho destaca a importância do controle financeiro dos projetos salientando a necessidade de uma projeção de fluxo de caixa antes do início de cada projeto Recomendações são feitas para a empresa adotar práticas de gestão financeira eficientes equilibrar suas contas e explorar oportunidades para aumentar a receita Além disso o texto sugere que apesar de os projetos estudados não gerarem grandes retornos financeiros proporcionaram à empresa participar de licitações concorrendo com grandes empresas o que pode fortalecer sua posição no mercado A eficiência na gestão financeira é ressaltada como crucial para a sobrevivência da empresa O autor concluiu enfatizando a importância de levantar premissas e estimativas para futuros projetos visando a um controle eficiente durante a execução Sugerese também uma revisão futura do estudo para avaliar se a empresa está obtendo retorno financeiro em seus projetos Referências IGUIDUCCI R do C N LIMA FILHO J R de MOTA M M Ed Viabilidade econômica de sistemas de produção agropecuários metodologia e estudos de caso Brasília DF Embrapa 2012 SOARES C A B DE NADAE J DO NASCIMENTO Diego Coelho ANÁLISE DA VIABILIDADE ECONÔMICOFINANCEIRA DA ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA EM UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR NO ESTADO DO CEARÁ Revista Gestão Sustentabilidade Ambiental v 10 n 2 p 84104 2021 STRIEDER J A CUNICO E ANITA WALTER S Estudo de viabilidade econômicofinanceira de loja física do ramo de produtos personalizados em Marechal Cândido RondonPR Cadernos De Ciências Sociais Aplicadas 1934 88108 httpsdoiorg1022481ccsav19i3411132 2022
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Capítulo 1 Aspectos metodológicos da análise de viabilidade econômica de sistemas de produgáo Rosana do Carmo Nascimento Guiducci Eliseu Roberto de Andrade Alves Joaauim Raimundode Lima Filho i e i s o n Martins Mota Introdução O desenvolvimento e a modernização do setor agropecuário são consequência de transformações estruturais que exigem do produtor conhecimento profundo do negócio Isso inclui além de conhecimento do ambiente em que está inserido práticas administrativas capazes de responder a complexidade que a atividade agropecuária adquiriu durante esse processo A análise econômica ao permitir que o produtor conheça os resultados financeirosobtidosnum determinadoan0tornase fundamental para nortear as decisóes a serem tomadas no momento do planejamento da atividade para o ano seguinte e para orientar nas decisões relativas aos investimentos Dessa forma é fundamental conhecer bem o sistema de produção praticado o custo da unidade produzida o resíduo gerado a cada safra e o retorno do investimento considerandose as condiçóes de mercado A metodologia ora proposta tem porfinalidade prover mecanismo de levantamento de dados e análises econômicas de forma sistemática que possibilitem a realização de inferências quanto aos retornos econômicos de Viabilidade econômica de sistemas de produçáo agropecuários metodologia e estudos de caso sistemas de produção agropecuários em especial aqueles que incorporam tecnologias ou práticas indicadas pela Embrapa Nesse sentido fazemse algumas considerações acerca de princípios metodológicos uti1izadosA primeira consideração dizrespeitoa separação virtual dos papéis do empreendedor e do capitalista No setor agrícola é comum que o dono da propriedade e o produtor sejam a mesma pessoa dispondo algumas vezes de recursos próprios para financiar seu negócio Quando isso ocorre o produtor assume simultaneamente os papéis de empreendedor e de capitalista o que pode comprometer a correta identificação do custo de produção caso esses papéis não sejam devidamente considerados na avaliação Para evitar erros dessa natureza é recomendável tratar separadamente as remuneraçóes do capitalista e do empreendedor Procedendo dessa forma obtémse maior clareza na classificação dos itens de custo e na identificação dos diversos dispêndios decorrentes do processo de produção Nesse sentido o empreendedor é o agente responsável pelas decisões relativasa produção e nãodispõe de bens decapital Para produzir aluga os fatores terra benfeitorias máquinas e animais e financia o custeio com empréstimoTudo isso tem um custo que deverá ser contabilizado na apuração de sua remuneração No momento em que o empreendedor está planejando a atividade ele já conhece as despesas relativas a remuneração do capitalista juros e aluguéis Fixada a remuneração do capitalista buscase o valor da remuneração do empreendedor que será dada pelo resíduo A renda bruta gerada ao final do período corresponde ao valor de toda a produção mesmo que não tenha sido comercializada E com esse valor que o empreendedor pagará as despesas relativas a remuneração do capitalista e demais despesas como o trabalho familiar empregado na atividade A única despesa deixada de fora é o risco assumido ao produzir Essa despesa é remunerada pelo valor correspondente a renda líquida ou resíduo Parte 1 Capítulo 1 I Aspectos metodolbgicor da análise de viabilidade econômica de sistemas Portanto a renda líquida é igual a renda bruta subtraindose insumos anuais aluguéis pagos trabalho assalariado trabalho familiar seguro de frustração de safra e juros relativos a remuneração do capital exceto os já embutidos nos aluguéis pagos O capitalista por sua vez é o agente responsável pelas decisões de investimento já que é o dono do capital físico natural e financeiro Na qualidade de dono do capital recebe juros e aluguéis do empreendedor Para apurar a remuneração do capitalista fixase o valor da remuneração do empreendedor mantendo variáveis a taxa de juros e os aluguéis Na apuração do resultado do capitalista utilizase inicialmente a análise de fluxo de caixa no período do investimento Esse período irá variar de acordo com a atividade produtiva Utilizase também indicadores de viabilidade tais como valor presente líquido VPL taxa interna de retorno TIR payback descontado entre outros Esse conjunto de informações irá orientar a decisão do produtor quanto aos investimentos ou seja sob o ponto de vista do capitalista Dessa forma a metodologia ora proposta está organizada em duas partes A parte 1 irá tratar da análise econômica sob a ótica do empreende dor e a parte 2 sob a ótica do capitalista Ambas apresentam indicadores úteis para auxiliar a tomada de decisão do produtor nas diferentes situa ções por ele vivenciadas A segunda consideração referese a uma particularidade dos sistemas de criação animal pecuária de leite pecuária de corte ovinocaprinocultura entre outros Sabese que uma característica dos sistemas de criação é a geração de subprodutos em conjunto com a produção fim carnelleite Paralelamente a esses produtos temse a produção de cria e recria de animais volumosos silagem esterco feno etc Para fins de apuração de De acordo com Peres et al 2003 enquanto o capital físico referese a máquinas equipamentos instalações e benfeitorias ocapital natural é relativoa terra e ocapitalfinanceiro aos recursos financeiros disponibilizados para despesas de custeio tais como insumos mão de obra serviços aluguéis seguros etc Viabilidade econômica de sistemas de produção agropeiuirios metodologia e estudos de casa produção do produto principal dissociado do custo total da atividade fazse a segmentaçáo virtual da atividade para separar os custos por produto final gerado Apenas como exemplo na pecuária de corte podemse estabelecer as seguintes etapas do sistema de produção cria recria e engorda Caso haja produção de insumos como alimentação do gado esses deverão ser considerados separadamente como outra etapa Na pecuária de leite podemse ter as seguintes etapas a leite b recria de novilhas fêmeas para reposição c recria de machos para engorda d produção de volumosos Essa segmentação em etapas distintas é importante pois possibilita identificar e localizar os gargalos da atividade com maior precisão A produção de leite por exemplo pode ter seus resultados comprometidos caso haja ineficiência na etapa de recria ou de produção de volumosos A segmentação ao permitir a comparação de resultados das etapas minimiza os erros de interpretação Consequentemente contribui para que o sistema de produção possa ser aperfeiçoado com maior eficiência Dessa forma coeficientes técnicos serão estabelecidos para cada uma das etapas consideradas mesmo que na prática essas atividades estejam fortemente interligadas As planilhas de custos deverão estar formatadas em conformidade com essa segmentação Portanto além da planilha de custos do produto principal deverão ser utilizadas planilhas auxiliares para apurar as despesas e as receitas de cada uma das etapas que compõe o sistema de produção em análise Para fins de apuração do custo de produção cabe observar que os produtos gerados possuem um valor de mercado Quando o produto de uma etapa for utilizado como insumo em outra ele deve ser pago a preço de mercado Todavia ao considerar que o sistema de produção começa e termina dentro da porteira não se deve imputar o custo de transporte e impostos que incidem na fase de comercialização do produto Para exemplificar considerase na pecuária de leite um sistema com cria e recria de novilhas A bezerra é vendida ao segmento novilhas Parte 1 Capitulo 1 Aspectos metodol6gicos da analise de viabilidade econòmica de sistemas após mamar o colostro A partir dai o segmento novilhas ira comprar o leite sem os custos relativos a impostos e transporte No caso da pecuária de corte num sistema composto por cria recria e engorda o segmento animal compra alimentos do segmento pasto O dispêndio de alimentação via pasto é estimado com base em informações sobre aluguel de pastagem A mesma lógica é usada para estimar osdispendios com osdemais insumos A terceira consideração referese ao método para levantamento de dados Propõese que a coleta de dados do sistema de produção seja feita por meio de painel de especialistas Tratase de um metodo pratico e objetivo que possibilita um feedback instantáneo aos participantes ao mesmo tempo em que permite fazer correções de informações a fim de obter um sistema otimizado ou seja livre de gorduras Esse método de obtenção de informações tem a vantagem de ser menos oneroso do que os métodos tradicionais nos quais os dados são obtidos por meio de acompanhamento de sistemas de produção in loco Para auxiliar na definiçso do sistema de produção o pesquisador deve estar informado no que se refere aos sistemas existentes no local as tecnologias utilizadas ao tamanho das propriedades aos preços praticados na região entre outros dados secundários Essas informações deverão ser levantadas a priori e estar disponíveis no momento do painel para orientar as discussões O painel pode ser constituido de forma ideal por 10 a 15 pessoas ligadas as instituições da cadeia em análise tais como pesquisadores extensionistas técnicos e produtores Durante o painel caracterizase a unidade produtiva com a indicação dos coeficientes técnicos relacionados a insumos maquinas implernentos serviços e vetores de preços que compõem o sistema de produção adotado na região Cabe ressaltar que os coeficientes técnicos são baseados na quantidade mínima de insumos e serviços necessários para produzir uma unidade de determinado produto por exemplo 1 t de soja Normalmente usamse os coeficientesfixos do ano anterior ou os coeficientes informados Viabilidade econòmica de rirtemar de produqáo agropecuáriar metodologia e estudos de caso pelos produtores no painel Ainda que haja disponibilidade de um insumo em abundância na propriedade tal como máo de obra familiar para que o sistema seja eficiente devese empregar a proporção otimizada desse insumo Outra consideração importante está relacionada a definiçáo de sistema de produção Para Berdegué e Larraín 1987 um sistema de produçáo pode ser entendido como um conjunto de atividades que um grupo humano uma família por exemplo organiza dirige e realiza tendo por base seus objetivos cultura e recursos Para isso o grupo adota práticas específicas em resposta ao meio ambiente físico no qual está inserido Em termos práticos e considerando as especificidades do setor agropecuári0definesesistemadeproduçãoa partirdoconjuntodeinsumos utilizados e produtos gerados Fixados os produtos o que diferencia dois sistemas de produção é a lista de insumos utilizada Mudanças qualitativas de insumos implicam em novos sistemas de produção Alterações nas quantidades utilizadas de insumos sem alterar qualitativamente a lista náo modificam o sistema de produção Dada a diversidade de insumos disponíveis no mercado os quais podem ser substituídos entre si é preciso ter clareza com relação a escolha das variáveis que faráo parte da lista de insumos que irá caracterizar o sistema Não se pode ser muito rígido ao ponto de considerar por exemplo que dois sistemas de produção são distintos porque um aduba com ureia e o outro com sulfato de amônia Além disso não se deve simplificar demasiadamente a ponto de considerar que a diferenciaçáo entre dois sistemas de pecuária por exemplo ocorrerá com base em itens específicos de uma lista como prática de inseminaçáo e numero de ordenhas Outra questão importante é a rigorosa identificação do aspecto quantitativo do sistema de produção No levantamento das informaçôes devese levar em conta o mínimo necessário no que diz respeito as benfeitorias máquinas e equipamentos para a realização das operações sem ociosidades Caso contrário não será possível chegar ao custo médio Parte 1 Capitulo 1 I Aspectos metadológicos da analise de viabilidade económica de sistemas mínimo daquele sistema em virtude disso as análises de eficiência e viabilidade econômica ficarão comprometidas Com relação a definição de custo de produgão sua importância e aplicação algumas considerações são relevantes Entendese por custo de produçáo a soma de todos os recursos insumos e operações serviços utilizados de forma econõmica no processo produtivo a fim de obter determinada quantidade de produto com o mínimo dispêndio Nesse sentido e para fins de análise econômica custo de produção é a compensação que os donos dos fatores de produção terra trabalho capital e dos recursos financeiros de custeio utilizados por uma empresa para produzir determinado bem devem receber para que esses fatores continuem sendo fornecidos A utilidade dos custos é permitir verificar o valor dos recursos empregados por unidade produzida e comparalo com o preço do produto A partir da comparação entre esses dois valores é possível inferir sobre a rentabilidade da atividade e consequentemente sobre a viabilidade econômica Notase que o objetivo do cálculo do custo de produção é justamente determinar o custo mínimo E com base no minimo necessário para produzir que se faz a avaliação econômica da atividade a qual serve de referência para cada produtor individualmente Portantoocusto de produçáo corresponde aos dispêndios minimizados livres de gorduras e excessos O conhecimento do custo de produção é fundamental para a tomada de decisão do produtor de forma segura e correta para avaliar a viabilidade econômica de um sistema de produção para comparar níveis de desempenho entre diferentes sistemas de produçáo entre tecnologias assim como para orientar os formuladores de políticas públicas nas ações de fomento ao desenvolvimento do setor agrícola A configuração de um sistema de produção determina em grande medida o resultado técnicoeconômico obtido Para se avaliar qual o melhor sistema a ser adotado ou pacote tecnológico mais adequado para compor o sistema é preciso conhecer o custo de produção de uma Viabilidade econhica de sistemas de pmduo agmpecu51ior metoddogia e estudos de caso unidade do produto em diferentes sistemas Isso pode ser feito por meio do levantamento de todos os gastos ou dispêndios necessários h produção em cada sistema Por isso é importante a realização correta do levantamento e das análises dos custos de produção Além disso a classificação do custo de produção em componentes fixos e variáveis deve ser entendida como o resultado de uma decisão tomada pelo produtor no momento do planejamento da atividade Sendo assim náo se pode falar a priori em custos de natureza fixa e custos de natureza variável pois isso depende do planejamento da atividade produtiva Para um dado produtor pode ser interessante fixar gastos para o ano seguinte ou fixar alguns insumos Há também a opçáo de reorganizar o negócio e modificar todo o planejamento Neste último caso todos os recursos empregados serão variáveis não havendo custos fixos Entretanto quando o objetivo é avaliar sistemas de produção ou fornecer informações para a política agrícola não cabe fixar despesas todos os custos são variáveis O produtor ao fixar um componente do seu custo cria um viés de alta sobre os custos totais obtidos O mesmo sistema de produção tendo todos os insumos variáveis certamente terá um custo total menor Para fins de comparaçáo com o preço do produto base para as análises de rentabilidade e viabilidade econõmica a informação com esse viés não é útil Nesse sentido Alves 2009P argumenta que o custo é calculado para o ano seguinte usando informações do ano que se passou mas com total liberdade para modificálas De acordo com o autor do ponto de vista do empreendedor ele tem plena liberdade de repetir a experiência do passado reorganizar o negócio e até mesmo vendêlo Por isso todos os recursos incluindo terra máquinas e equipamentos benfeitorias e animais têm custo de oportunidade e não são fixos podendo ter valores mudados ALVES E Custo de Produo em Diálogo 2009 Texto na0 publicado Parte 1 Capítulo 1 1 Aspectos metodol6gicos da análise de viabilidade econômica de sistemas Os estudos de caso apresentados na Parte 2 têm por finalidade avaliar a viabilidade econômica de sistemas de produção que utilizam tecnologias elou práticas desenvolvidas pela Embrapa e comparar com sistemas de produção utilizados por produtores em determinada região do País Nesse sentido todos os itens componentes do custo de produção são considerados variáveis Viabilidade econômica sob a ótica do empreendedor Conforme dito anteriormente ainda que o produtor desempenhe simultaneamente o papel de empreendedor e de capitalista na condução da atividade produtiva a separação desses papéis é extremamente útil na avaliação econômica dos resultados da atividade Isso porque todos os fatores de produção utilizados devem ser devidamente remunerados independentemente de serem recursos próprios ou de terceiros Nesse caso a correta identificação do que é remuneração do capitalista e do empreendedor é fundamental para a apuração dos resultados econômicos Sendo o empreendedor o agente responsável pelas decisões relativas a produção e o capitalista pelos investimentos este último é remunerado pelos juros e aluguéis enquanto o primeiro é remunerado pelo resíduo ou renda líquida A análise ora proposta ocorre no momento do planejamento da atividade quando o produtor tendo conhecimento do custo total de produção do ano que se passou planeja a atividade para o ano seguinte Com base nas informações resultantes dessa análise ele poderá decidir se irá manter o mesmo sistema de produção ou modificálo se deve permanecer na atividade aumentar a área produzida entre outros fatores Para tanto independentemente de qual seja a decisão a ser tomada deve se inicialmente identificar o custo total de produção Viabilidade econòmica de sistemas de produsáo agropecuárias metodologia e estudos de caso Determinaçio do custo total O custo total é composto de todas as despesas e gastos mensuráveis mínimos utilizados para a produção Para fins de análise do sistema de produção propõese a apresentação das informações relativas aos custos organizadas em operações básicas que caracterizam o sistema utilizado Nos sistemas de criação animal as operações consideradas são ali mentação sanidade reprodução serviços manutenção outros deprecia ção e custo de oportunidade Nas lavouras permanente e temporária as operações consideradas são sistematização do solo correção do solo plan tiolsemeadura tratos culturais colheita manutenção outros depreciação e custo de oportunidade Cada operação requer atividades e fatores servi ços e insumos específicos Os modelos de planos de contas com as estrutu ras de custos para sistemas de criação animal e lavouras são apresentados respectivamente nos Anexos 1 e 2 De forma agregada as despesas relativas as operações realizadas nos sistemas de produção bem como as demais despesas associadas constituemosseguintestiposdedispêndiosacusteio b remuneração para mão de obra familiar c depreciação do capital d custo de oportunidade STOCK et al 2002 Esses itens envolvem particularidades metodológicas detalhadas a seguir Custeio Fazem parte das despesas de custeio os seguintes itens Mão de obra contratada incluindo encargos sociais assistência técnica agronõmica contábil entre outros Materiais consumidos para limpeza preparação e manutenção do solo Pane 1 Capítulo 1 I Aspectos metodológicos da análise de viabilidade economica de sistemas Insumos utilizados na produção a preços pagos pelo produtor dentro da propriedade ou seja incluídos frete e impostos tais como IPVA ITR Funrural PIS Cofins IRPJ Despesas diversas tais como transporte interno reparo e manu tenção de equipamentos máquinas instalações combustível material de escritório lubrificantes energia elétrica etc Os recursos gastos em aluguéis e serviços também são considera dos como despesas de custeio No caso dos sistemas de criação animal acrescentamse ainda alimentos concentrados e volumosos grãos farelos aditivos ca pineiras pastagens fenos silagens suplementos minerais etc mensurados em toneladas por ano a preços de mercado para cada um dos itens utilizados ou estimativa do custo unitário Medicamentos tais como água oxigenada álcool agulhas anes tésicos antibióticos antiinflamatórios antimastíticos antitérmi cos antitóxicos bernicidas matabicheiras vacinas seringas ver mífugo carrapaticidas complexos vitamínicos e minerais formol hormônios etc Itens usados para reprodução animal tais como sêmen aplicador bainhas luvas nitrogênio liquido pipetas etc É importante ob servar que no caso da pecuária de leite não se deve imputar ao leite o custo relativo a melhoria da qualidade genética das recrias O mesmo deve ser considerado no segmento do qual faz parte no caso o segmento novilhas ou machos Obs o imposto de renda do produtor não faz parte do custo de produção Remuneração para mão de obra familiar A mão de obra familiar deve ser considerada no custo de produçáo ainda que não haja efetivamente pagamento em dinheiro Em algumas Viabilidade econ6mica de sistemas de pradusáo agropecuarios metodologia e estudos de caso atividades agropecuárias a participação da mão de obra familiar é muito significativa por isso tem impacto considerável no custo de produção Para fins de apuração do custo de produção o valor atribuído ao trabalho executado pela família deve ser correspondente ao valor da mão de obra contratada no mercado local Em relação ao administrador da propriedade caso ele seja um membro da família o custo relativo a esse fator de produção deverá ser contabilizado como mão de obra familiar sendo medido pelo custo de oportunidade de um administrador contratado no mercado local importante deixar claro que apenas o custo de oportunidade das horas trabalhadas na atividade em análise deverá ser computado e não o valor correspondente as horas totais de trabalho na propriedade Como o trabalhador familiar normalmente executa diversas atividades essa distinção deve ser feita para não superestimar o custo da mão de obra Os encargos sociais relativos a mão de obra encontramse no Anexo 3 Depreciação do capital A depreciação é um custo indireto que incide sobre os bens que possuem vida útil limitada Ao longo do processo produtivo esses bens se desgastam ou se tornam obsoletos e devem ser substituídos Para isso é preciso manter uma reserva em dinheiro durante o período provável de vida útil do bem Para o caso do fator terra não será contabilizada depreciação pelo fato de se considerar que a vida útil da terra é infinita Além disso o desgaste do fator com a produção já está embutido no valor do aluguel pago ao capitalista Daí a importância de separar os papéis do empreendedor e do capitalista Nos sistemas de criação animal os bens passíveis de depreciação são os animais destinados a produção de leite carne reprodução e servico vacas touros rufião ovelhas etc além de instalações equipamentos implementos máquinas e pastagens formadas No caso das lavouras Parte 1 Capitulo 1 1 Aspectos metadológicos da analise de viabilidade eionòmica de sistemas temporárias e permanentes em geral os bens passiveis de depreciação são as instalações as benfeitorias os equipamentos os implementos e as máquinas O Anexo 4 traz indicações de vida útil de máquinas e equipamentos agricolas Todavia na lavoura permanente também se consideram passiveis de depreciação as despesas relativas a fase de implantação da lavoura Isso porque o período de implantação da lavoura é considerado um periodo de investimento ou formação do capital no qual o produtor incorre apenas em custos sem auferir receita Passado esse período iniciase a produção Porém a lavoura ainda não está em sua maturidade máxima e a receita gerada não é suficiente para cobrir os custos Nessa fase o produtor opera com prejuizo Dessa forma os anos iniciais da atividade nos quais o produtor incorre em prejuizo decorrente da fase de maturação incipiente também são considerados periodos de investimento e o prejuízo verificado deve ser contabilizadocomocustodeformaçãodocapitalPortantoserá considerado investimento todo gasto com a implantação da lavoura permanente até a maturidade biológica da planta Daí para frente as despesas incorridas são relativas a depreciação custo de oportunidade e manutenção da lavoura Para exemplificar o que foi dito acima suponhase que uma determinada lavoura necessite de 3 anos para que a árvore atinja a maturidade biológica e comece a produzir frutos No primeiro ano não há produção nem receita apenas custos No segundo e terceiro anos começam alguns frutos mas a árvore ainda está em fase de crescimento No quarto ano iniciase o periodo de produção normal que vai até o décimo quinto ano Nesse caso a contabilizaçao será feita da seguinte forma os custos e as receitas quando houver verificados nos três primeiros anos deverão ser subtraídos os saldos deverão ser trazidos a valores do terceiro ano e somados Observase que o periodo de produção dessa lavoura é de 12anos ou seja do4Oao 15Oano Os anos 12 e 3 acumulados passam a ser entendidos como ano zero ano de formação da lavoura O resultado é o valorda árvoreocapita1 investid0A partirdesse momento ano 3 ocapital Viabilidade econômica de sistemas de produçáo ayropecuárior metodoloyia e estudos de raia deverá ser tratado como se fosse um equipamento que sofre depreciação e tem custo de oportunidade e de manutenção após a aquisição Com relação a depreciação existem vários métodos para calculála Optouse pelo método da função PGTO na planilha eletrônica Microsoft Excel ou BrOffice Calc Essa função é análoga as teclas financeiras de uma calculadora HP e pode ser acessada pelo botão Assistente da Função fx da planilha eletrônica Ao ser aberta uma caixa de diálogo escolhese a função Financeira Em seguida escolhese a função PGTO equivalente ao PMT da HP Em seguida aparecerá uma caixa de diálogo como apresentada na Figura 1 No campo Taxa colocase a taxa de juros em por exemplo 0 No campo Nper colocase a vida útil do bem por exemplo 12 No campo Vp colocase o valor presente do bem por exemplo 15000 PGTO TOOUi5wO30000 I L 1m Tipo 6 u n v s W m m b b p a b l a o M d o o o y k Figura 1 Demonstração do cálculo da depreciação do capital Parte 1 Capitulo 1 1 Aspectos metado6gicos da análise de viabilidade econômica de sistemas No campo Vf colocase o valor residual sinal negativo por exemplo 3000 O campo Tipo é preenchido com zero já que os pagamentos são postecipados ou seja pagos ao final do periodo Em seguida devese clicar em OK O resultado aparecerá na própria caixa e na célula selecionada antes do uso do Assistente de Função O valor resultante é negativo o que significa que há um débito a pagar ao longo da vida útil do bem no valor de R 1000OO Se a vida útil for de 12 anos serão 12 pagamentos anuais nesse valor Nesse caso em que se considera a taxa de juros zero temse a depreciação física linear Ao incluir taxa de juros 0 obtémse a depreciação juntamente com o custo de oportunidade que será visto a seguir Obs ao inserir os valores não se deve deixar espaço entre o número e o indicador de nem ponto separando os milhares Com a contabilizaçãodasdespesasatéaqui listadasobtémseocusto operacional Observase que o custo operacional tem um componente efetivo que exige desembolso por parte do produtor e um componente de depreciação que se realiza no periodo de produção Czsto operacionul custeio inüo de obiufumiliur depreciriçüo do ccipitul Custo de oportunidade do investimento Ocustode oportunidade do investimento éofundamento do cálculo docusto No momento do planejamento da atividade o produtortem ampla liberdade para decidir seus investimentos Quando ele decide investir na lavoura elou na criação de animais incorre no custo de oportunidade já que poderia optar por uma atividade alternativa ou mesmo vender tudo e aplicar o dinheiro a juros no banco Vários são os critérios para a composição do valor a ser determinado cornocustodeoportunidadeou remuneraçãodo investimento Partindose Viabilidade economira de rirtemar de piodugãa agropecuarior metodologia e estudos de cara do principiodequetodosos fatoresde produçãotém custodeoportunidade e devem ser remunerados em conformidade com o estabelecido entre empreendedor e capitalista definese aqui o seguinte procedimento As despesas de custeio e mão de obra familiar serão remuneradas considerandose a taxa de 6 ao ano sobre o seu valor Para bensdecapitaltaiscomomáquinasequipamentos instalaçóes e benfeitorias utilizase preferencialmente o valor do aluguel pago ao dono do capital no qual estão embutidos o custo de oportunidade e a depreciação do bem Nesse caso não se separam essas despesas que serão contabilizadas como serviços e farão parte das despesas de custeio conforme definido anteriormente Quando a informação relativa aos aluguéis não estiver disponível o custo de oportunidade e a depreciação do bem serão calculados por meio da Tabela Price O procedimento para calcular esses valores será demostrado adiante Para o fator terra utilizase o valor do arrendamento praticado na região Na auséncia dessa informação considerase a taxa de 4 ao ano sobre o valor médio imobilizado nesse fator Essa taxa inferior ao custo de oportunidade dos demais fatores justificase pelo menor risco associado ao fator terra Especial atenção deve ser dada para o caso de atividades que geram renda mensal ao longo do ano como a pecuária de leite Alves e Assis 2000 ressaltam que nesses casos quando se considera o custo de oportunidadedas despesas de custeio devese também remunerar a renda bruta decorrente das vendas realizadas ao longo do período Isso porque todo o planejamento do ano é feito em um momento específico diaD e A manutenção do valor da terra agricola depende entre outros fatores da presewação de sua fertilidade ao longo do tempo Considerandose que muitos insumos utilizados no processo produtivo restauram pane da fertilidade da terra o risco atribuido a esse falor tornase relativamenle menor quando comparado com os demais fatores de produção Dai a utilização da taxa de 4 Viabilidade econômica de sistemas de produgáa agropecuários rnetodologia e estudos de caso Figura 2 Tabela Price Em uma planilha selecione a célula A20 e digite o titulo Depreciação pelo Sistema Price Selecione a célula A4 e digiteVida útil Selecione a célula B4 e digiteValor atualizado Selecione a célula C4 e digite Depreciação do bem Selecione a célula D4 e digite Juros sobre o capital Parte 1 Capitulo 1 1 Aspectos rnerodalógicoi da analise deviabilidade económica de sistemas tanto o recurso de custeio quanto a renda gerada ao longo do ano já estão definidos nesse dia Portanto ambos devem ser remunerados Para a remuneração da renda adotase a progressão geométrica do valor recebido mensalmente utilizandose a seguinte expressão em que r é a taxa de juros e 17 é O numero de meses É necessário ressaltar que estão sendo consideradas rendas mensais uniformes durante o ano Quando as rendas mensais obtidds não forem uniformes a remuneração deverá ser feita mês a mês e somadas ao final Quando a renda é auferida apenas ao final do pefíodo como ocorre com a maior parte das culturas temporárias e perenes não há renda a ser remunerada Todavia as despesas que ocorrem ao longo do período têm custo de oportunidade Sendo assim para uma cultura de 7 meses haverá custo de oportunidade relativo a esse período Como a taxa ora utilizada é de 6 ao ano ou seja referese a 12 meses devese fazer a proporção do custo de oportunidade para os 7 meses da cultura Com relação aos contratos de aluguel cabem aqui algumas consideraçóes a fim de evitar dupla contagem de despesas Muitas vezes no aluguel de uma máquina já estão incluidos o custo da mão de obra e o combustivel Nesse caso essas despesas não poderão ser contabilizadas novamente na planilha de custosQuando o aluguel da máquina não incluir o tratorista e o cornbustivel gasto essas despesas deverão ser registradas separadamente junto com os demais insumos Portanto utilizase preferencialmente o valor do arrendamento de benfeitorias e máquinas na regiáoQuandoesse dado nãoestiverdisponivel ele poderá ser calculado por meio da Tabela Price Figura 2 A montagem da Tabela Price é feita de acordo com as orientaçóes a seguir Parte 1 Capitulo 1 I Aspectos metadológicoi da analise de viabilidade econômica de sistemas Selecione a célula E4 e digite Recomposição do capital aluguel pago Selecione a célula A6 e digite 0 Em seguida selecione a célula A7 e digite 1 e assim por diante Ao selecionar a célula A1 8 digite 12 anos de vida útil do bem Na célula 36 digite o valor 1 5000 Selecione a célula E7 e usando o Assistente de Função fx escolha a função PGTO Considere o valor presente do bem igual a R 1500000 a vida útil de 12 anos o valor residual igual a R 300000 e a taxa de juros que remunera ocapital igual a 6 ao ano Preencha a caixa de diálogo conforme indicado a seguir Taxa 6 NPER 12 VP 1 5000 VF 3000 Tipo O já que os pagamentos são postecipados pagos ao final do período O resultado é igual a R 161 132 Uma parte desse valor corresponde a depreciação do bem enquanto a outra parte é o custo de oportunidade do capital Para separar esses custos procedese da seguinte maneira Selecione o valor da célula E7 e preencha com o mesmo valor até a célula E18 Esse é o valor de recomposição do capital ou do alu guel pago mensalmente Selecione a célula D7 e digite a fórmula 00686 para obter o custo de oportunidade do capital Selecione a célula C7 e digite a fórmula E7D7 para calcular a depreciação sofrida pelo bem em cada ano de vida útil Observa Viabilidade econômica de sistemas de produgáo agropecuarios metodologia e estudos de rasa se que a depreciação é diferença entre o valor do aluguel dado pela função PGTO e o custo de oportunidade do capital Selecione a célula 87 e digite a fórmula B6C7 para calcular o valor atualizado do bem a medida que se deprecia E dado pela diferença entre o valor anterior e a depreciaçáo do bem Selecione simultaneamente as células 87 C7 e D7 e com a alça de preenchimento preencha as três colunas simultaneamente até o ano 12 A planilha ficará com o formato ilustrado na Figura 2 Observase que o total da depreciação é o mesmo obtido se calculado por meio de depreciação linear ou seja com taxa de juros igual a zero O custo de oportunidade do capital no período é de R 733589 Observase ainda que o somatóriodos aluguéis pagos ao longo do período corresponde a soma do valor da depreciação e do custo de oportunidade do capital O custo operacional por sua vez acrescido do valor de remuneração do capital ou docustodeoportunidadeequivaleaocusto total da atividade Custo total custo operacional valor da remuneração do capital Como será visto é a partir da apuração do custo total que se chega a renda líquida ou remuneração do empreendedor pelo risco corrido na atividade Esse é o principal indicador de viabilidade econômica adotado Apropriação de despesas gerais na atividade Um importante aspecto a ser considerado na contabilização dos custos de produção referese a apropriação de despesas gerais Quando a propriedade desempenha mais de uma atividade produtiva é necessário ratear as despesas gerais e distribuilas proporcionalmente a sua utilização na atividade em análise Parte 1 Capitulo 1 Aspectos metodol6gicoi da aoãlse de viabilidade económica de sistema5 O fator de proporcionalidade ou fator de rateio I pode ser obtido por vários critérios Utilizase aqui a participação da área cultivada com a lavoura no total da área cultivada da propriedade No caso de sistemas de criação animal considerase a participação da área destinada aos animais no total da área da propriedade FR úreu utilizada pelu iitiviclade úwn totcil ctrIiiado Considerase como exemplo que o fator de rateio seja igual a 020 Nesse caso para uma despesa geral no valor de R 3000OO combustível por exemplo será apropriado o montante de R 600OO na planilha de custos ou seja 20 dessa despesa geral são atribuídos aquela cultural criação O valor restante faz parte do custo das demais atividades da propriedade e não é computado Utilizase esse procedimento para despesas gerais da propriedade como energia elétrica telefone além de fatores de produção como mão de obra contador administrador da fazenda trator e outros que possam ser utilizados simultaneamente em diferentes atividades E importante deixar claro que a definição do uso dos fatores é feita pelo produtor no momento do planejamento da atividade Os dados coletados no painel referemse a um sistema real que poderá prevalecer para o ano seguinte ou ser modificado de acordo com a decisão do produtor Indicadores de eficiência econômica Na análise de viabilidade econômica considerandose as decisoes que cabem ao empreendedor serão utilizados os seguintes indicadores de eficiência que irão nortear as decisões a serem tomadas pelo produtor no planejamento da produção para o próximo ano renda liquida RI renda da família KF ponto de nivelamento P produtividade total dos fatores PTF e taxa de retorno do empreendedor TK Viabilidade econômica de sistemas de producão agropecuários metadalogia e estudos de caso Renda Iíquida A renda Iíquida RL é obtida após a remuneração de todos os dispêndios incorridos na produção Segundo Alves et al 1999 a RL de longo prazo é o resíduo que remunera o trabalho do empreendedor é a remuneração pelo risco que o empreendedor corre ao produzir Pode ser obtida subtraindose o custo total da receita bruta Remia liquida irceitu lolal custo total Se essa remuneração não for competitiva relativamente as oportunidades urbanas a propriedade não é sustentável no longo prazo Portantoa RLdá a medida de estabilidade de um estabelecimentoagrícola ou seja mede sua possibilidade de sobrevivência Se a RL for maior ou igual a zero isso indica que a atividade é estável e tem possibilidade de expansão Quando a RI é negativa mas a receita gerada cobre pelo menos o custo operacional haverá problemas de descapitalizaçáo do produtor no entanto a atividade poderá se manter por algum tempo Havendo a possibilidade de reverter o resultado o produtor deve permanecer na atividadeTodavia enquanto perdurar essa situação o produtor receberá um pagamento inferior ao que foi considerado no custo o qual não cobrirá a depreciação de benfeitorias e máquinas Isso causará o seu empobrecimento e no limite final a atividade se torna insustentável Renda líquida igual a zero em condições de concorrência indica o equilíbrio em longo prazo no qual o produtor é capaz de pagar todos os dispêndios ou seja remunera todos os fatores de produção Renda da família Além da renda líquida o produtor tem a sua disposição a renda relativa a mão de obra familiar utilizada na produção Quando ele é o dono do montante investido ou parte dele também terá a sua disposição o Parte 1 Capitulo 1 I Aspectos metodoiogicos da análise de viabilidade econbmica de sistemas recurso relativo ao custo de oportunidade do investimento ou seja os juros sobre os recursos próprios investidos nos seguintes fatores custeio bens de capital terra e mão de obra familiar É preciso deixar claro que o valor da depreciaçáo não pode ser considerado como renda da família pois deve ser destinado a reposição de máquinas edificaç6es animais e equipamentos quando esses ficarem obsoletos Dessa forma a renda disponível para despesas da família e investimentos será dada por Renda dafamilia rrnda liyziida custo de oporirnidade rahalhojumiliar Esse indicador é importante pois ajuda a explicar em grande parte a resistência de pequenos produtores familiares que permanecem na atividade produtiva mesmo quando auferem renda Iíquida menor que zero Isso muitas vezes ocorre e se justifica mediante a obtenção de uma renda da família positiva Ponto de nivelamento O ponto de nivelamento PM também chamado de ponto de equilíbrio corresponde a um nível de produção no qual o valor das vendas se iguala aos custos totais No PN os gastos são iguais a receita advinda da produçáo ou seja a exploração não apresenta lucro nem prejuízo A identificaçáo do ponto de nivelamento pode ser obtida dividindo seocusto total pelo preço do produto no mercado O resultadocorresponde hquantidade a ser produzida de modo que a renda Iíquida seja igual a zero OU a receita total igual ao custo total Ponto de nivelamenro czrsro rotallreço do produto Viabilidade econômica de sistemas de produão agropecuários rnetodologia e estudos de caro Essa é a produção que maximiza a renda Iíquida gerada e permite a estabilidade do empreendimento no longo prazo Se produzir abaixo desse nível o sistema de produção terá renda Iíquida negativa e não se sustentará Produtividade total dos fatores A produtividade total dos fatores P T n é medida pela razão entre receita total e custo total PTF receita total custo total A receita total obtida é dada pela multiplicação da produçáo total pelo preço do produto recebido pelo produtor Para fins de apuração da receita considerase na produção total não apenas a produçáo vendida mas também a parcela da produção que foi consumida seja como insumo em outros segmentos da atividade seja pela família Como se optou por avaliar o sistema de produção dentro da porteira o preço do produto é livre de despesas de comercialização Da mesma forma tributos e taxas que incidem sobre a comercialização não devem ser inseridos no preçoTratase do preço líquido ao produtor por isso a receita total é aquela efetivamente apurada por ele A produtividade total dos fatores deve ser no mínimo igual a um para que o sistema de produção se sustente Porém quanto mais alta for a PTF melhor a rentabilidade do investimento e mais eficiente é o sistema de produção Taxa de retorno do empreendedor A renda Iíquida também fornece um importante indicativo do resultado da atividade que éa taxa de retorno doempreendedor Dividindo se a renda Iíquida pelo custo total obtémse uma medida do retorno da Parte 1 Capitulo 1 1 Aspectos metodolbgicos da análise de viabilidade econômica de sistemas atividade ou seja da proporção em que cada unidade monetária gasta na atividade resulta em renda liquida ao empreendedor A taxa de retorno do empreendedor também pode ser obtida pela produtividade total dos fatores menos um taxa de retorno PTF 1 Tara de retorno renda liquida P T F I custo total Considerando que o objetivo das análises no âmbito do projeto é avaliar a viabilidade econòmica de sistemas de produção que utilizam tecnologias ou práticas desenvolvidas pela Embrapa a renda liquida será em última instância o indicador de viabilidade em longo prazo Nesse sentido se uma tecnologia no contexto de um sistema de produção tem desempenho inferior a outro sistema com tecnologia alternativa ou seja se apresenta uma taxa de retorno menor há que se recomendara pesquisa a necessidade de revera indicação eaos produtores indicar alternativas para otimizar os resultados Viabilidade econômica sob a ótica do capitalista A atividade agropecuária demanda investimentos em instalações máquinas entre outros cujo retorno se dá em longo prazo A ampliação de um galpáo para aumentar a capacidade de armazenamento ou a aquisição deum novotrator ou de uma colhedora de maior capacidade são exemplos de investimentos com retorno em longo prazo e cabe ao produtor no papel de capitalista avaliar a oportunidade de realizálos Segundo Faro 1995 a avaliação de uma dada oportunidade de investimento é sempre efetuada em termos comparativos de modo que a decisão de investir ocorre quando se tem uma indicação segura de que os resultados econòmicos que serão obtidos superem aqueles que adviriam de uma oortunidade alternativa de investimento Viabilidade econBmica de sistemas de produsão agroperuários metodologia e estudos de caio Considerando que a oportunidade alternativa seja a aplicaçáo dos recursos disponíveis no mercado financeiro obtémse uma taxa de rentabilidade periódica econstante igual a i O investimento será ditoviável se a taxa interna de retorno r superar a taxa de mercado i Nesta segunda parte serão discutidos os elementos necessários para a análise de viabilidade econômica de investimentos dessa natureza O ponto de partida para a análise de investimento é a montagem do fluxo de caixa da atividade Definição do fluxo de caixa O diagrama de fluxo de caixa pode ser representado da seguinte maneira Entradas de caixa correspondem aos recebimentos de recursos encaixes de dinheiro e têm sinal positivo Saídas de caixa correspondem aos pagamentosinvestimentos desembolso e têm sinais negativos Taxa de juros representa o valor do dinheiro no tempo do fluxo de caixa Escala horizontal representa a linha do tempo podendo ser fra cionada em dias semanas meses anos etc Escala de tempo para as atividades agropecuárias a escala de tempo irá depender do ciclo produtivo e será definida caso a caso Um modelo de fluxo de caixa é mostrado no Anexo 5 Basicamente a recuperaçáo do capital terra máquinas obras civis animais implantação da lavoura permanente etc ao final do período e a receita bruta obtida na atividade iráo compor as entradas de caixa enquanto as despesas de custeio juntamente com os investimentos em equipamentos benfeitorias terra animais formação da lavoura Parte 1 Capítulo 1 1 Aspectos metodológicas da análise de viabilidade econômica de sistemas permanente entre outros irão compor as saídas de caixa O fluxo de caixa gerado corresponde ao saldo de cada periodo Chamase a atençáo para o fato de que juros e depreciações devem ser subtraídos do custo total de cada periodo na montagem do fluxo de caixa A depreciação é feita no próprio fluxo de caixa que considera valores de saídas e entradas de investimentos O custo de oportunidade é excluído porque é justamente a taxa de remuneração do capitalista ou seja a taxa interna de retorno o principal indicador que se pretende obter Indicadores de viabilidade econômica Os indicadores de viabilidade econômica de investimento utilizados nesteestudo podem ser diferenciados com relação ao conhecimento prévio da taxa de juros no seu cálculo Indicadores como a taxa interna de retorno TIR e a taxa interna de retorno modificada T1RZI são obtidos sem que se conheça a priori a taxa de juros Esses indicadores são úteis quando não se tem segurança sobre a taxa de retorno que vai vigorar no mercado Em um mundo sem risco tanto a TIR quanto a TIRM náo teriam utilidade para o investidor Conforme destacado anteriormente por Faro 1 995 a análise desses indicadores é feita de forma comparativa Indicadores de viabilidade econômica obtidos a partir de uma dada taxa dejuros tais como valor presente liquido VPI valor presente líquido anualizado VPLA índice de lucratividade IL taxa de rentabilidade TR epaybackdescontado normalmente são utilizados para avaliar o resultado de um investimento Para melhor esclarecer a obtenção e a utilização desses indicadores em especial da taxa interna de retorno apresentase a seguir a definição conceitual de cada um deles a fórmula matemática e os procedimentos para calculálos por meio de planilha eletrônica Viabilidade econbrnica de sistemas de produçáo agropeaários rnetodologia e estudos de caso Valor presente Iíquido O valor presente Iíquido corresponde ao somatório dos fluxos de rendimentos esperados para cada período n 1 2 N4 trazidos para valores do período zero por uma taxa de desconto equivalente h taxa mínima de atratividade TMAl do mercado subtraído do valor do investimento inicial realizado no periodo 0 Em que C investimento inicial no periodo 0 a fluxo de rendimento no periodo n TMA taxa minima de atratividade n período em que n 12 N Para que o investimento seja considerado viável o fluxo esperado de rendimentos deve ser superior ao valor do investimento que o gerou Em outras palavras o VPL tem de ser maior que zero Seja um VPL igual a 12000 e taxa mínima de atratividade igual a 6 Com esse resultado dizse que o projeto é viável pois além de recuperar O investimento inicial remunera o montante investido a taxa mínima de atratividade de 6 e proporciona um excedente em dinheiro equivalente a R 12000OO Em uma atividade anual o periodo corresponde ao ano em uma atividade semestral o periodo 6 o semestre e assim por diante A taxa minima de atratividade 6 entendida como a melhor taxa disponivel no mercado para aolicacáo com o menor risw associado A decisão de investir no omieto terá semore como aiternativi o investimento na taxa minima de atratividade Ataxa de jmi praticada nómercado B a referência para se definir a TM4 de um pmjeto Parte 1 Capitulo 1 I Aspectos metodológicar da analise de viabilidade econBmica de sistemas O VPL pode ser obtido acessando o botáo Assistente da Função fx da planilha eletrônica Na caixa de diálogo que será aberta escolhese a funçao financeira e depois a opçáo VPL Em seguida aparecerá uma caixa de diálogo na qual se deve informar a taxa de desconto e os valores do fluxo de caixa começando pelo ano 1 até o último ano do projeto esses valores poderão ser selecionados diretamente da planilha O ano zero investimento inicial deve ser subtraído desse resultado A fórmula é indicada a seguir VPI r n periodo 1 período N período O Em que r taxa de juros Ti n periodo do projeto periodo 1 fluxo de rendimento no primeiro ano periodo n fluxo de rendimento no último ano periodo O6 investimento inicial Valor presente líquido anualizado O VPLA também denominado valor uniforme liquido ou valor anual uniforme equivalente consiste em distribuir o VPL ao longo da vida útil do projeto utilizando uma taxa de juros correspondente ao custo de oportunidade do capital Aocontrário do VPL tradicional que fornece um resultado liquido do fluxo de caixa para o projeto período n expresso em moeda do ano zero o VPLA fornece um resultado equivalente expresso em bases periódicas por exemplo anual No fluxo de caixa o ano zero tem sinal negativo Por isso está sendo somado na formula Viabilidade econiimica de sistemas de produão ayropecuarior metodoloyia e errudor de caro O princípio do CPLA pode ser mais bem compreendido se aplicadoa uma situação hipotéticaSeja um produtorquefazdeterminadoempréstimo por um periodo n e ao mesmo tempo empresta determinado valor a terceiros também por um período n gerando uma série de pagamentos parcelas do empréstimo e de rendimentos recebimentos de terceiros ao longo do periodo O LPL4 corresponde ao saldo líquido desses fluxos em cada ano De acordo com Dossa 2000 o IPL4 pode ser entendido como o lucro por período ao longo da vida útil do projeto Esse lucro é o valor que o produtor terá disponível anualmente ou periodicamente para manter a atividade em produção Esse indicador é útil quando se deseja comparar o resultado econômico de projetos com vidas úteis diferentes O cálculo do IILl pode ser feito em planilha eletrônica utilizando se a função pagamento da seguinte forma PGTO r 7 lpL em que r taxa de juros a 6 17 periodo em n anos IP12 valor presente líquido Exemplo prático Considerese uma atividade com o seguinte fluxo de caixa investimento inicial de R 25000OO e fluxos de rendimentos anuais conforme indicado na Figura 3 O lTPLA é facilmente obtido aplicandose a função pagamento da planilha eletrônica sobre o valor do IYPL conforme indicado na Figura 3 Rtie 1 Capitulo 1 I Aspectos metodoligicos da analise deviabilidadeeconbmica de sistemas Figura 3 Demonstração do cálculo do V1lA Taxa interna de retorno A taxa interna de retorno representa a taxa de desconto que iguala a soma dos fluxos de caixa ao valor do investimento Em que Ar soma dos fluxos de caixa r taxa interna de retorno C valor do investimento Considerase viável o investimento que apresentar taxa interna de retorno superior a taxa mínima de atratividade do mercado No entanto para que o critério da taxa interna de retorno seja confiável ao se analisar a viabilidade do investimento é preciso satisfazer algumas condições Tratase de condições de natureza matemática como existência de solução e unicidade e condições de consistência de cunho Viabilidade economica de siiremas de praduáo agropecuárioi metodologia e estudos de caso econômico como a inexistência de conflito entre o resultado da avaliação e o método do valor presente líquido FARO 1995 O tipo de fluxo de caixa gerado irá afetar decisivamente o atendimento ou não das condições acima mencionadas Em fluxos de caixa do tipo convencional nos quais se tem uma saída inicial investimento seguida por uma série de n entradas u a L há uma única inversão de sinal e isso facilita a análise do investimento Dizse que no intervalo ro r há uma inversão de sinal quandof5 O investimento efr O entradas Em fluxos de caixa não convencionais nos quais ocorrem duas ou mais inversóes de sinal reinvestimentos as condições para a utilização do critério da taxa interna de retorno podem não ser satisfeitas o que traz maior dificuldade a análise do investimento Sendo assim dado o investimento C e o fluxo de pagamentos ou de rendimentos que se estendem por n periodos a variável importante a ser determinada é a taxa interna de retorno v que é usada para descontar o fluxo de pagamentos de modo que a soma dos fluxos descontados se iguale ao investimento C A única variável do problema é I a qual é interpretada como taxa de juros porque deve ser comparada com a taxa de juros do mercado ou taxa mínima de atratividade TM4 para que seja possível avaliar se o investimento é viável ou não Conforme dito anteriormente sendo r maior ou igual a TMA o investimento é viável As demais informações necessárias são os fluxos de pagamentos ou de rendimentos e o número de periodos todos eles estabelecidos no projeto Como a variável I somente depende de C e dos n fluxos de rendimentos a u u sendo portanto interna ao problema seguese que seu valor é determinado pelo problema em oposição a taxa externa TMA que é buscada no mercado Se Parte 1 Capitulo 1 I Aspectos rnetodol6gicor da anilire de viabilidade econòmica de risternas o problema matemático é resolver a equação i c e isso equivale a resolver a seguinte equação Notese que a solução do problema e encontrar a taxa de juros que iguale o somatorio dos fluxos descontados ao valor futuro do investimento Há um teorema famoso de álgebra que garante a solução de 2 Haverá n raízes sendo possível todas serem complexas negativas positivas ou uma combinação dessas soluções Para que haja interesse por parte dos investidores é necessário procurar soluções de 2 em 1 O e aquelas positivas Se I O não há interesse dos investidores pelo projeto Notese que c r L I I 0 3 Os casos tratados a seguir referemse ás possíveis soluções para diferentes fluxos de caixa Se O fluxo de caixa for do tipo não convencional ou seja se houver mais de uma inversão de sinal podem ocorrer soluções múltiplas positivas eou negativas mais de uma taxa interna de retorno positiva elou negativa além disso pode nao haver solução no campo dos números reais Quandoa Tllnãoforumindicadorconfiáveldeviabilidadeeconomica para o investimento recomeiidase a utilização da Tli modificada que será discutida no próximo item Para melhor compreensão das implicaçoes dos sinais dos fluxos de rendimentos na solução da equação 2 cada caso é discutido e demonstrado graficamente a seguir Caso 1 Fluxo de caixa convencional Neste caso temse um fluxo de caixa com o investimento inicial C e fluxos de pagamentos positivos A função fi tende para zero a medida que a taxa de juros aumenta porém nunca assume valores negativos Iiiii t r 0 s Acurva que representa a relação entre o fluxo de pagamentos e as respectivas taxas internas de retorno é negativamente inclinada Figura 4 Viabilidade econbmica de sistemas de produq30 agropecu6rios metodologia e estudos de caso Figura 4 Comportamento da função fr em fluxo de caixa convencional Observase que quando r 0 temse CO ou seja investimento maior que o sornatório dos fluxos de rendimento Taxas de juros negativas definitivamente não interessam aos investidores No entanto para todo r O o valor do investimento e menor que o somatorio dos fluxos de pagamento ou seja CO Essa e a situaçáo interessante para o investidor Pelo teorema da unicidade podese afirmar que sendo os fluxos de pagamento ri O para todoj 12 11 a solução positiva r 0 sempre existirá e ela é única Sendo assim a taxa interna de retorno obtida a partir de um fluxo de caixa convencional é um indicador confiável de viabilidade econômica do investimento Parte 1 Capitulo 1 1 Aspectos rnetodologicoi da anãlisede viabilidade econiimica de sistemas Caso 2 Fluxos de caixa náo convencionais Seja r i O e I 0 mas alguns pagamentos negativos 5 0 sendo j l e j n Na prática em projetos de investimentos não devem ocorrer o primeiro e o último pagamento negativos Se fosse o caso de r i 0 seriam incorporados ao investimento os primeiros pagamentos negativos Já a menor que zero não ocorre pelo fato de incorporar o valor do capital depreciadoobviamentea parcela investida Noentantooutrosunegativos podem estar presentes Sabese que a TIR é calculada levandose em conta o horizonte do projeto portanto referese ao futuro por isso é difícil ter certeza Logo é importante simular pagamentos para os quais existam dúvidas sobre alguns valores positivos Suponha que depois de executado por alguns anos o projeto verificouse haver sido acumulado um saldo negativo O procedimento a ser adotado é o seguinte calculase o valor futuro do saldo de cada ano do passado para o ano em que a verificação foi feita Fazse o mesmo com C adicionamse os resultados e obtémse o novo C Novamente calculase a TI Quando se tem certeza de que ocorrerá o valor negativo em alguns pagamentos utilizase o procedimento alternativo do Excel TIRlÇn que será apresentado adiante As Figuras 5 e 6 ilustram algumas dificuldades com o uso da TIR quando há pagamentos negativos mesmo se a O e ri 0 Vimos que quando os pagamentos são positivos lilnfr 0 por valores positivos Osvalores negativos de algunsril aceleram essa tendéncia tornando a inclinação de mais acentuada Embora a taxa interna de retorno obtida nesse caso seja menor que aquela obtida anteriormente será igualmente positiva e única Pode ocorrer também que os pagamentos negativos sejam suficientemente fortes para tornarem fr negativa Figura 6 Nesse caso para r grande u O domina os demais termos de 2 Então depois de Viabilidade econ8mica de sistemas de produçáo agropecuhrios metodologia e estudos de caso Figura 5 Fluxo de caixa não convencional com solução única atingir um mínimo negativofr volta a crescer e corta novamente o eixo r permanecendo menor que a O quando tende para zero Pela Figura 6 é fácil perceber que há em O m r tal queffr 0 Em seguidaffr fica negativa atinge o valor mínimo e depois fica positiva Dessa forma há r tal queffr 0 importante notar também que o máximo defir em r 5 O 6ff0 Se Cfor maior quefio não existirá solução Por sua vez se C for menor ou igual ano a solução será única e positiva A solução r O não interessa aos investidores Nesse caso haverá somente uma solução positiva paraffr C Nos dois casos citados anteriormente verificouse que embora haja mais de uma mudança de sinal no fluxo de caixa a sol y ã o obtida para Parte1 Capitulo 1 Aspectos rnetodolãqicosda análisedeviabilidadeeconômica de sistemas C fO1 náo hã solugão C fO uma soluç2o com r O 1 o min r Figura 6 Fluxo de caixa não convencional com solução única a equação 2 é positiva e única Portanto a 7IR permanece sendo um indicador confiável de viabilidade econômica NO entanto casos como os mostrados nas Figuras 7 e 8 dificultam a solução da equação 2 e torna o critério da taxa interna de retorno não aplicável Conforme explicado por Faro 1995 as dificuldades de implementação prática do critério da TIR estão associadas as já mencionadas exigências de existência unicidade e consistência Na Figura 7 observase que o máximo de i é maior que O Nointervalo1 O há duas raizesdefi pela razãojá exposta anteriormente facilmente observada na Figura 7 Depois I cresce até atingir o valor máximoe volta a decrescer por valores positivos como sabemos Em um fluxo de caixa como esse há as seguintes possibilidades se Cjrmi não há solução se i entao i é a solução se O há uma única solução i se C O há duas soluções positivas i e I como se vê na Figura 7 No entanto a solução quando i0 é maior que qualquer Viabilidade ecanòmica de sistemas de produão agropecuarios metodologia e estudar de carc C r max não h6 aoluo C fO1 duas roluqões com i 0 Figura 7 Fluxo de caixa não convencional com soluções múltiplas C f0 I uma solução com r s O A 1 C fo I tres souões com r O Figura 8 Fluxo de caixa não convencional com soluções múltiplas Parte 1 Capitulo 1 Aspectos metodológicos da analise de viabilidade econdmica de sistemas uma das outras duas I r r Pela Figura 7 fica fácil perceber que a taxa interna de retorno será sempre superior a r para níveis de C inferiores af0 Outra possibilidade de múltiplas e distintas taxas internas de retorno é retratada na Figura 8 Nesse caso os dois primeiros pagamentos são positivos havendo alguns js negativos a partir do terceiro pagamento a O a O uji O para 1 e j 2 Observase que para O há a possibilidade de uma solução r enquanto para C f0 pode haver três soluções positivas e distintas r I e r4 Taxa interna de retorno modificada Implícito no cálculo da TI está o pressuposto de que tanto os investimentos fluxos de caixa negativos quanto os lucros fluxos de caixa positivos caminham no tempo pela própria TIK ou seja sáo financiados e reinvestidos respectivamente a taxa interna de retorno Ocorre que se a TIR apurada for muito diferente da taxa de mercado a interpretação fica comprometida Além disso conforme demonstrado anteriormente quando há várias inversões de sinais no fluxo de caixa pode ocorrer mais de uma TIK positiva elou negativa ou mesmo inexistir solução Para eliminar essas falhas propõese modificar os fluxos de caixa trazendo ao valor presente período 0 todos os fluxos negativos investimentos a uma taxa de financiamento compatível com o mercado Da mesma forma trazemse para o valor futuro período n todos os fluxos positivos lucros a uma taxa de reinvestimento compatível com o mercado Com isso obtémse um único valor presente investimento e valor futuro lucro formando um novo fluxo de caixa mais realista já que as taxas de financiamento e de reinvestimentos são compatíveis com os juros de mercado Com esse procedimento o novo fluxo de caixa terá apenas uma inversáo de sinal eliminando o problema de soluções múltiplas Podese utilizar a fórmula tradicional de juros compostos para calcular a TIRM já que há apenas um valor positivo e um valor negativo Na fórmula lI VP1 r VF é o valor futuro dos fluxos positivos e VP ovalor presente dos fluxos negativos Viabilidade econômica de sistemas de produáo agropeiuárioi metodoiogia e estudas de casa Como alternativa podese utilizar o assistente de função fi da planilha eletrônica Excel ou BrOffice Calc No assistente de função selecione a categoria financeira e a função MTIR Uma caixa de diálogo será aberta conforme ilustrado na Figura 9 Na opção valores selecione os valores do fluxo de caixa No exemplo a seguir esses valoresestão na coluna A2 a F2 da planilha Coloque as taxas de investimento e de reinvestimento que no projeto é de 10 para financiamento e de 6 para reinvestimento Como há apenas uma inversão de sinal no fluxo de caixa a solução é única e confiável de acordo com os teoremas de Descartes e Norstom A interpretação da TIRM é similar a da TIR no que se refere a viabilidade ou não do projeto Quando o resultado obtido for maior ou igual a taxa mínima de atratividade míiiiriia remuneração esperada pelo investimento dizse que o projeto ij viável MTIR X 4 i l A 2 2 1 0 6 A B C 0 E G H I 1 ano0 ano 1 ano 2 ano 3 ano4 ano5 2 25000 12CG 11CC iCC0 9C0 ZJC3 MTIR V e R O l m o l I i W 01 a TrChVeSI 6 006 Figura 9 Demonstração do cálculo da TI rniidificada Por decisão conçençual das proiissionais de Socioeconomia que paflicipam do projeto 56 Parte 1 Capitulo 1 1 Aspectos metodalõgicas da analise de viabilidade econhmica de sistemas A diferença é que a TIRIVI pode ser diretamente comparada com qualquer outra taxa do mercado Além disso o excedente da TIRl1 em relação a taxa minima de atratividade é uma informação importante já que representa um ganho real do projeto Para calcular o excedente da TlRI utilizase a seguinte forma índice de lucratividade O índicede lucratividade indica o retorno apurado para cada unidade monetária investida atualizada pela taxa minima de atratividade E dada pela relação entre o valor presente liquido dos fluxos de caixa positivos entradas e o valor presente liquido dos fluxos de caixa negativos saidas usandose como taxa de desconto a taxa minima de atratividade do projeto KASSAI et al 1999 IL VPL fluxos de caixa positivos VPL fluxos de caixa negativos O investimento será rentável sempre que o valor presente das entradas liquidas de caixa superar os valores investidos ou seja sempre que oIL for maior ou igual a 1 Taxa de rentabilidade A taxa de rentabilidade é determinada a partir do índice de lucrativi dadedefinido no item anterior E uma medida em porcentagem do retorno do investimento dada por VPL fluxos de caixa positivos TR 1 VPL fluxos de caixa negativos Éconsiderado atraente o investimento que obtiver TR maior ou igual a zero apeplqelual ap exei ep a apepnlei3nl ap a3pu op oln31e3 o1 e n f i soue poue E w e o u e TWF ooue 1 I j i a 2 I v r 3 8 f l h d 98 I soinrap exei ewn e sopeiuoxap exeJ ap soxnH oe5eiapsuo wa asopueal opuyap a leide op oe5eiadnJ31 ap opoiad o alaN odwai ou oiaqup op ioleh o ieiapsuoJ iod opeisgos seu a opeiuoxap yoqXod O opeiuoJsap ymqXod o anb ioew no len6 ias eiahap exeJ ap oxnl ou opeiapsuoJ opoiad o eisodoid eio aslleue eu anb ieilessai oiessaJau asze oiueiiod soiml sohisod exeJ ap soxnl solad sopelnue uefas soiuawisahu sohie6au exeJ ap soxng so anb eed oiessaJau odwai o 3 oiuauisahu wn ap oeSeiadnai e eied oiessaJau odwai ap opoiad o anb a sew epeu yoqXod O oiuawisaru op apeplqer e euiguoJ seuadt oiuauisahu ap asleue e eied 0peJu6 wai oeu OL no OLO ap aiuapaJxa O oiaz anb ioeu a 1 e a 1 anb ioew a 11 o sod laAeA a oiaoid o ioiaiue oldwaxa op sopeilnsai so u03 o p i o x aa eqlueld eu opepu awiouoJ exeJ ap oxnl a S I ap apeprieile ap ewuw exei u02 soue s ap oiuawisanu wn ap asele11 01 ein6y selnwioj ap oau iod sepelnJle3 aiuaulxl ias wapod seu reuoiiala seqlueld ua seisaid oeisa oeu L e oiuenb 71 o oiuel Parte i Capitulo 1 1 Aspectos metadológicos da análise de viabilidade econõmica de sistemas taxa mínima de atratividade Para analisar um investimento por meio desse indicador comparase o resultado do payback descontado com o período máximodefinidocomoparâmetrodeatratividadeSeopaybackexcederoIimite estipulado o investimento tem indicativo de rejeição Quando for inferior ao período padrão estabelecido há indicaçao para a sua aceitaçao Esse indicador é útil também para orientar políticas públicas de crédito já que fornece o período necessário para que um investimento se pague a determinada taxa de jurosTambém pode ser interpretado como uma medida de risco Quanto maior o periodo de tempo para se recuperar o capital investido maior o risco Para melhor compreensáo do cálculo do payback descontado considere o seguinte exemplo Seja a taxa mínima de atratividade para um investimento em atividade da lavoura permanente igual a 12 O fluxo de caixa do investimento bem como o valor presente de cada fluxo o VPI e opayback descontado foram calculados por meio de planilha eletrônica e são apresentados na Figura 1 1 Figura 11 Calculo do payback descontado O valor presente de cada fluxo pode ser calculado manualmente utilizandose a seguinte fórmula fluxo VP i Y em que r a taxa de juros fluxo fluxos de caixa em cada periodo Viabilidade econõmica de sistemas de produgão agrapecuArior metodologia e estudos de caso Sendo assim o valor presente para o ano 2 será dado por Em planilha eletrônica Excel ou BrOffice Calc o cálculo do valor presente para cada ano é feito como indicado a seguir Valor presente do ano 2 D2112D5 e valor prcsente do ano 7 1211215 Para se chegar ao valor do fluxo descontado descontase anualmente o valor presente de cada fluxo tendo como ponto de partida o valor inicial do investimento No ano 1 ofluxodescontado é equivalente ao investimento feito no ano zero R 60000000 somado ao valor presente dos recursos do ano 1 equivalente a R 10714253 de acordo com o fluxo de caixa O total do fluxo descontado no ano 1 é R 49285714 No ano 2 o fluxo descontado será dado pela soma do valor presente no ano 2 e o fluxo descontado do ano 1 ou seja R 49285718 R 11957908 R 37327806 E assim sucessivamente para todos os anos do periodo do investimento Os resultados apresentados na Figura 11 indicam que o periodo de recuperaçio do investimento é de 6 anos Para saber o prazo exato podese utilizar a fórmula indicada na barra de fórmulas ou fazer uma interpolaçso linear ou regra de três Dinheiro Tempo ano Falta recuperar Recuperado no sexto ano 851 9960 1 ano 12 meses 1 mês 007 x 084 x 084 meses x 252 dias 30 dias X Portanto o projeto se paga em 5 anos e 25 dias Parte 1 Capitulo 1 1 Aspectos metodológicos da análise de viabilidade econômica de sistemas Análise de sensibilidade A análise de sensibilidade permite identificar os limites em que o preço do produto pode variar sem comprometer a viabilidade econômica do sistema de produção A partir de variações na receita total provocadas por variações no nivel de preços ou no nivel de produçáo por causa de variações na produtividade os resultados relativos a remuneraçáo do empreendedor do capitalista serão afetados já que mudanças nas receitas afetam os ndicadores de eficiência econômica e o fluxo de caixa A fim de verificar em que nivel de preços ou nivel de produção um eterminado sistema de produçáo é viável propõese a análise de sensibili ade para os indicadores de eficiência econômica ótica do empreendedor para os indicadores relativos ao investimento ótica do capitalista Estabelecemse então intervalos de variações do preço recebido elo produtor e avaliase o comportamento dos indicadores para cada ível de preço Esse intervalo deve ser definido de acordo com a realidade evariações de preços de cada produto em análise nos últimos anos Os resultados podem ser organizados como disposto na Tabela 1 iabela 1 Análise de sensibilidade Indicadores de eficiência I P I P P P P P Renda liquida I Renda da famili i i Ponto de nivelamento I Produtividade total dos fatores Taxa de retorno do empreendedor Contivia Viabilidade econômica de sistemas de produçáo agropecuários metodologia e estudos de caso Tabela 1 Continuação Referências ALVES E ASSIS A G Custos de produção perguntas e respostas Balde Branco Sáo Paulo n 431 p 64682000 ALVES E LOPES M CONTINI E O empobrecimento da Agricultura Brasileira Revista de Política Agrícola Brasília DF ano 8 n 3 p 51 9 julset 1999 BERDEGUÉ J A LARRAIN B Como trabaian 10s campesinos una Dropuesta metodológica Santiago Academia de Humanismo Cristiano Grupo de Investigaciones Agrarias 198763 p Cuadernillo de información agraria 18 CONAB Custo da produção agrícola a metodologia da Conab Brasília DF 2010 60 p DEBERTOLIS A J ALEXIUS M L DOSSA D Trabalhador na administração de empresas agrossilvipastoris 2 ed Curitiba SenarPR 2005138 p DOSSA D Competição Agroflorestal de ErvaMate qual o sistema mais rentável Colombo Embrapa Florestas 2000 p 19 Embrapa Florestas ComunicadoTécnico 44 FARO C Princípios e aplicaç6es do cálculo financeiro 2 ed Rio de Janeiro LTC 1995317 p KASSAI J R KASSAI S SANTOS A ASSAF NETO A Retorno de Investimento abordagem matemática e contábil do lucro empresarial São Paulo Atlas 1999 Parte 1 Capitulo 1 I Aspectos rnetodológicor da anaiise de viabilidade econ6rnica de ristemar PERES F C CANZIANI J R GUIMARÃES D ATORRES P L A pedagogia de projetos como eixo do programa empreendedor rural In PERES F C CANZIANI J R GUIMARAES V D ATORRES P L Org O programa empreendedor rural Curitiba SenarPR 2003395 p STOCK L A ALVES E RESENDE J C de Custos de sistemasreferência de produçáo de leite no Brasil In VILELA D BRESSAN M GOMES AT LEITE J L 8 MARTINS M C NOGUEIRA NETTO V N Ed O agronegócio d o leite e políticas públicas para o seu desenvolvimento sustentável Juiz de Fora MG Embrapa Gado de Leite 2002 v 1 p 379395 Viabilidade econômica de sistemas de prod y ã a agropecuarios metodologia e estudas de caso Anexo 1 Plano de contas dos sistemas de criação animal Continua Blf Parte 1 Capitulo 1 1 Aspectos metodoiógicos da análise de viabilidade econômica de sistemas Anexo 1 Ccação Operação Matabicheir Valor Valor EspecificaçãoiJ Unidade Quantidau unitário total 1 I f 1 ito de cobre ira de iodo Continua Viabilidade econbrnica de sistemas de produção agropecuirioi rnetodologia e estudos de caso Anexo 1 ContinuaçBo iapaclRcaçEo Unidade Valor Valor unitario total oportunidade da Continua Parte 1 Capítulo 1 1 Aspectos metodológicos da análise de viabilidade econòmica de sistemas Anexo 1 Continuação I Custo de oportunidade da mão de obra familiar Custo de oportunidade do custeio Custo de oportunidade de máquinas Custo de oportunidade de equipamentos Custo de oportunidade de benfeitorias 12 Custo total de produção l O l l I Descrever a maquina o mpemento o tipo de má0 deobra kmilar permanente temporaria especairada naoespecialzada nome comercial dos nsumas Viabilidade econiimica de rirtemar de produãoagropecuarios metodologia e estudos de caso Anexo 2 Plano de contas das lavouras permanentes e temporárias 1 Sistematizao do solo Derruba mecãnica Roçagem manual a Roçagem mecãnica Aceiro manual t Aceiro mecãnico Queima A Encoivaramento manual Encoivaramento mednico 7 Localização de taipas Construção de taipas Reforma de laipas Limpeza de canais Mão de obra para limpeza de canais i Dessecação w m herbicida 1 I Dessecação com herbicida 2 F Distribuição de herbicida lnsecidade dessecação Espalhante adesivo 1 Mão de obra distribuição i herbicida 2 r e p a r s o solo L Áração convencional I Aração profunda Subsolagem f Escarificação h Usode rolo Gradagem aradora c Gradagern niveladora i Continua 68 Parte 1 Capitulo 1 Aspectos metodoiogicos da análise de viabilidade económica desistemas Anexo 2 ContinuaçSn I Especificaçãol Unidade Quantidade Adubo oro8nico iesterw d Araeo traçao animal 3 Correçáo do solo i Construção do terraço Manutencáo do ÇQ MBo de obraiterraço CalcArio Distibuicão manual do caichiio Fosfato Distribuiao manual da fosiaio Distribuicão mecânica do iosíaio L 4 Plantio 7 Semente 1 4 Semente 2 d Tratamento de mentes I Fungicida 1 L i b i Fonicida 2 A I 1 a OisbibuiçBo manual I i 7 Dsbibuição mecãnica defungicida q Inseticida 1 insehda 2 Dsbibuio manual de inseticida DstribuiçBo mecanik de insstictQ Adubação Mubo I Adubo 2 Mubo complementar Continua Viabilidade econõrnica de sistemas de produo agropecuarios rnetodoloaia e estudos de caso Plantioladubação Maquina para aplicaçao de adubaçao de cobertura 2 para aplicapo deadubaçáode coberiura 2 Parte 1 Capítulo 1 Aspectos metodológicos da análise de viabilidade econômica de sistemas Anexo 2 Continuação Operação Especificação 1 Unidade Ano 1 Ano 2 Quantidade Valor unitário Valor total Mão de obra para aplicação de herbicida Herbicida PRE Herbicida 1 Herbicida 2 Aplicação de herbicida máquina Aplicação de herbicida aéreo Mão de obra para aplicação de herbicida Herbicida POS Herbicida 1 Herbicida 2 Aplicação de herbicida máquina Aplicação de herbicida aéreo Mão de obra para aplicação de herbicida Inseticida 1 Inseticida 2 Espalhante adesivo Aplicação de inseticida máquina Aplicação de inseticida avião Mão de obra para aplicação de inseticida Fungicida 1 Fungicida 2 Espalhante adesivo Aplicação de fungicida máquina Aplicação de fungicida aéreo Mão de obra para aplicação de fungicida Formicida 1 Formicida 2 Continua Viabilidade econ8mica de sistemas de produão agropecuarios metodoloqia e estudos de caso Ano l Ano EpeciiieaW Unldads valor valor Quant1dde IthiO total Má0 de obra para Continua Parte 1 Capitulo 1 1 Aspectos metodalõgicoi da análise deviabilidade econômica de sistemas o 2 Continuaçao 10 Outras custos d AssisiEinca tecnic 12 Custo de oportunidade de i Descrevera maauna o impiementa o tipo de mmáode abia familiar permanente temporária especianzada não especializada nome comercial dos nsumos o n v e n o f txempia rnnpo N d a acordo de acord kidlWnilnid0 nporMo um Iu livo Parte 1 Capitulo 1 I Aspectos metodol0gicos da analise de viabilidadeecon6mica de rirtemar Viabilidade econômica de sistemas de produção agropecuários metodologia e estudos de caso Anexo 4 Estimativa do valor de sucata e vida útil de alguns fatores de produção Fatores de produção Valor sucata Vida útil horas ou anos Manutenção 1 Tratores de pneu 15 a 20 10000 a 12000 horas 50 a 60 Distribuidor de ureia 5 a 10 1500 a 2500 horas 70 a 80 Motor estacionário diesel 15 a 20 1500 a 2500 horas 50 a 60 Misturador de alimentos 5 a 10 15 a 20 anos 30 a 40 Triturador de milho 5 a 10 15 a 20 anos 30 a 40 Caminhonete diesel 20 a 25 15 a 20 anos 45 a 55 Casas e galpões de madeira 25 a 30 20 a 25 anos 35 a 45 Casas e galpões de alvenaria 25 a 30 25 a 35 anos 45 a 55 Carreta agrícola 15 a 20 4000 a 5000 horas 35 a 45 Distribuidor de ureia 5 a 10 1500 a 2500 horas 70 a 80 Colhedoras 20 a 25 5000 a 6000 horas 70 a 80 Semeadoras 5 a 10 2000 a 3000 horas 70 a 80 Plantadoras 5 a 10 2000 a 3000 horas 70 a 80 Pulverizadores 5 a 10 2000 a 3000 horas 70 a 80 Arados 5 a 10 2000 a 3000 horas 35 a 45 Grades 5 a 10 2000 a 3000 horas 50 a 60 Sulcadores 5 a 10 2000 a 3000 horas 25 a 35 Ensiladoras 20 a 30 1500 a 2500 horas 70 a 80 Roçadoras 5 a 10 1500 a 2500 horas 50 a 60 Rolofacadestorroador 5 a 10 1500 a 2500 horas 40 a 50 1 A taxa de manutenção é estimada para a vida útil dos bens Fonte Debertolis 2005 arte1 Capitula 1 1 Aspectos rnetadalógicoi da analisedeviabilidadeecondmica desistemas lnexo 5 Fluxo de caixa Viabilidade econômica d e sistemas de produção agropecuários metodologia e estudos de caso Anexo 5 Continuação i n não poder6 ser inferior ao payliackdescontado A tecuperaeo do capital referese ao valor residual dos bens que deverá ser lançado como entrada na fluxo de caixa no ano referente ao final da vida útil do bem cai Opeaçiies relativas as lavouras permanentes ou tempor6rias Para sistemas de criação as operaIdes são alimentação sanidade reprodução serviços conforme Anexo 1 PARTE 2 ESTUDOS DE CASO This image is blank or contains no text Capítulo 1 Viabilidade econômica da suplementação alimentar de fêmeas Nelore para reduzir a idade na primeira cria1 Fernando Paim Costa Haroldo Pires Queiroz Thais Basso Amaral Introdução O Brasil tem um rebanho bovino de cerca de 190 milhões de cabeças Ocustode produção de seus produtos é comparativamente baixo o que fez do Pais o maior exportador mundial de carne bovina enquanto a Austrália ocupa osegundo lugar A bovinocultura de corte representa a maior fatia do agrone gócio brasileiro com faturamento de mais de R 50 bilhões por ano e geração decerca de 75 milhões de empregos ANUALPEC 201 0 A demanda por carnes tende a manter um forte ritmo de crescimento nos próximos anos em virtude docrescimento demográfico do aumento da renda e da urbanização Esse qua dro estimula o aumento da produção que deverá ocorrer com base na maior produtividade que por sua vez será alicerçada no uso de novas tecnologias Esseamplo universo representado pelonegócioda bovinocultura de corte tem como esteio a atividade de cria a mais complexa e problemática dasfases de produção cujos resultados estão fundamentalmente atrelados a eficiência reprodutiva das fêmeas Osautores agradecem Erno Suhre da Embrapa Gado de Corte pelos subsidias na definição eavaliação da tecnologia Viabilidade econômica de sistemas de produqãa agropecuarios merodologia e estudas de casa No Brasil grande parte das matrizes bovinas sãoazebuadas e a raça Nelore é a principal componente desse rebanho Essas raças zebuínas são reconhecidamente tardias quanto ao seu desenvolvimento reprodutivo como apontou Gressler 1998 em levantamento sobre a raça Nelore no Brasil reportando idade no primeiro parto de 37 a 54 meses Seria desejável no entanto que as novilhas tivessem sua primeira cria de 24 a 26 meses de idade FERRAZ ELER 2001 Tal redução na idade no primeiro parto é uma das práticas de manejo quecausam maior impacto nodesempenho economicodosistema produtivo de bovinos de corte pois promovem diminuição do intervalo entre gerações possibilitando maior intensidade de seleção nas fêmeas além de aumentar sua vida útil Outra vantagem é a diminuição de categorias animais no rebanho da fazenda com consequente aumento da taxa de desfrute Eler et al 2001 por meio de simulações mostraram que a redução da idade no primeiro parto de 3 para 2 anos produziria um aumento de 16 no retorno econômico do sistema de produção de bovinos de corte A seleção de novilhas Nelore para precocidade sexual ou seja para prenhez ao redor dos 14 meses é recente As metodologias para medir características reprodutivas diretamente nas fêmeas são ainda pouco exploradas em termos práticos para seleção Entretanto como afirmam Pereira et al 19981 é possível reduzir a idade na puberdade na primeira fecundação e no primeiro parto independentemente de seleção por meio de manejo reprodutivo e de alimentação adequada na fase de crescimento das novilhas Nesse sentido a suplementaçáo alimentar durante a recria de fêmeas pode ser uma alternativa viável para a induçao de prenhez precoce e reconcepção Corroborando essa ideia Schillo et al 1992 afirmaram que antecipar a puberdade sexual exige primeiramente suprir as exigências nutricionais ou seja as novilhas devem receber nível nutricional adequado para que mantenham ritmo de crescimento constante e progressivo principalmente após a desmama pois essa fase além de gerar estresse para os animais qeralmente coincide com o inicio do período seco do ano no Brasil central Parte2Capitulo 1 1 Viabilidade econámica da suplerneritaáo alimentar defèmeai Nelore Diante dessas evidências pesquisadores da Embrapa Gado de Corte conceberam o projetoViabilidade bioeconômica da antecipação da idade no primeiro parto de 36 para 24 meses em fêmeas Nelore e seu impacto sobre a reconcepçao cujos resultados podem ser vistos em Amaral et al 2005 A tecnologia ou processo daí resultante intituladasuplementação alimentar de fêmeas Nelore após a desmama visando reduzir a idade na primeira cria foi alvo de avaliação econômica visavis com o sistema de produção praticado pelos adotantes potenciais como apresentado a seguir O sistema de produção praticado pelos adotantes potenciais da tecnologia avaliada idade a primeira cria de 36 meses IPC36 Em virtude de sua natureza a tecnologia sob avaliaçao só seria passível de adoção por produtores que já se encontram em um estágio tecnológico mais avançado Explicando melhor é improvável que um pecuaristaquejá não tenha um bom nível de produtividadedas pastagens preocupese com o arraçoamento de fêmeas com o objetivo de reduzir a idade na primeira cria Por isso descartouse a possibilidade de tomar como referência o sistema modal praticado em Mato Grosso do Sul como descrito por Costa et al 2005 Em vez disso considerouse um sistema melhorado2 originalmente concebido para o Estado de Mato Grosso do Sul cuja abrangência geográfica se estende aproximadamente do norte do Paraná ao sul do Pará Tal sistema descrito por Corrêa et al 2006 como sistema melho rado 1 corresponde a uma fazenda com área total de 1500 ha 1200 ha de pastagens e 300 ha de reserva legal O sistema realiza o ciclo completo cria recria e engorda e a alimentação do rebanho da raça Nelore consta exclusivamente de pastagens cuja manutenção inclui além de roçadas a Resultado de uni painel do tipo inesaredonda em que palticiparam produtores tecnicoç e pesquisadores com larga experiencia sobre a pecuária da regáo Viabtlidade ecoiiamic de istema5 de praducaa agropecuarios merodoiagia e estudos de caro adubação de manutenção Essa adubação é diferenciada para os pastos que abrigam a fase de cria e as fases de recrialengorda Nos primeiros a aduba ção é feita a cada 4 anos e inclui calcário 750 kg ha PO 40 kg ha KO 40 kg ha e semeadura da leguminosa estilosantes Campo Grande para atender o requerimento de N Nos pastos que abrigam as fases de recria engorda o intervalo entre adubações e de 2 anos com os mesmos compo nentes e quantidades exceto para o nitrogênio que é suprido por adubo 75 kg de N ha 1 Com esse manejo a lotação média das pastagens atinge 115 unidadesanimal UA por hectare A natalidade média considerando se a totalidade de fêmeas alcança 80 O desempenho ponderal dos machos principal produto do sistema é mostrado naTabela 1 Com tal desempenho a idade de abate está em torno de 3 anos numero bastante satisfatorio para animais alimentados exclusivamente no pasto Vale salientar que ganhos de peso diários bastante superiores a 100 g na seca e 500 g nas águas foram observados por Euclides et al 2009 em pastagens de Brachiaria brzantha adubadas sem qualquer alimentação suplementar Tabela 1 Desempenho ponderal dos machos no sistema praticado pelos adotantes potenciais 2 Ia seca 150 Pasto 180 195 15 0100 131 9 Águas 210 Pasto 195 300 105 0500 2024 Za seca 150 Pasto 300 315 15 0100 2531 Águas 210 Pasto 315 420 105 0500 3236 3a seca 150 Pasto 420 435 15 0100 3739 Aguas 90 pasto 435 480 45 0500 Fonte Correa et i1 2006 P a r t e 2 Capitulo 1 1 Viibidad cronornca da riiplenientaiao alnieritdrdefimcar Neiore Descrição do sistema de produqão modificado pela pesquisa idade a primeira cria de 24 meses lPC24 O sistema modificado pela pesquisa viia diminuir a idade ao primeiro parto de fêmeas Nelore partindo da antecipação da monta dos 24 para os 14 meses de idadeTal sistema mantem a mesma conformacão e a mesma dinâmica do sistema em uso pelos adotantes potenciais ilPC361 ao que se soma a tecnologia avaliada isto é o fornecimento de ração no pasto para bezerras desde a desmama aos 7 meses de idade até os I 5 meses de idade incluindo a estação de monta que dura 63 dias As bezerras diagnosticadas como prenhes no momento dotoque45 dias após o final da estação de monta passam a receber sal proteinado até o início do período de 60 dias que precede o parto ao longo do qual voltam a receber raçã0A expectativa éde reduzir a idade do primeiro parto de 36 para 24 meses Especificamente fêmeas Nelore desmamadas recebem suplemen taçao alimentar a base de 10o do peso vivo com o objetivo de atingirem 280 kg de peso no inicio da estação de monta com idade média de 15 meses A estação dura em torno de 60 dias e aos 45 dias após o termino desse período é feito o diagnóstico de gestação As fêmeas que estiverem prenhes são apartadas e continuam recebendo suplementação alimentar na forma de sal proteinado e na quantidade de 0196 do peso vivo para que possam manter um ganho de peso baixo até o final do segundo terço da gestação Aos 60 dias antes do parto recomendase novamente uma suplemeritação proteicoenergética a base de 1 do peso vivo para que as fêmeas possam parir com uma boa condição corporal imprescindível para queseobtenham boas taxas de reconcepção No total as fêmeas recebem raçãodurante um período de 303 dias Das bezerras arraçoadas 348o pariram aos 24 meses Como o número daí resultante não é suficiente para repor as vacas ordinariamente descartadasa cada ano é preciso reter uma parte das novilhas que falharam asquais irão então parir com 36 meses A parte não retida é vendida com Viabilidade econômica de sistemas de producão agrapecuários metadologia e estudos de cara peso e portanto com preço superior ao das fêmeas vendidas no sistema praticado IPC36 em virtude do tratamento com ração O esquema exposto na Tabela 2 a seguir permite uma melhor visualização da dinâmica do sistema modificado Cabe ressaltar que a redução da idade na primeira parição se obtidz para a totalidade das fêmeas desmamadas implicaria em eliminar umz categoria do rebanho novilhas de 24 a 36 meses permitindo aumentar c quantitativo das demais categorias e como consequência a produtividade do rebanho A presente tecnologia no entanto náo teve esse efeito para a totalidade das bezerras fazendo que persistisse a categoria de novilhas de 24 a 36 meses embora com efetivo menor Tabela 2 Cronograma da tecnologia la cria aos 24 meses de idade Mêsdo Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago Set ano Eventos 3 4 5 617 8 9 Nota nascimeriiu no iiiiuu uu mês 1 desmama ao final do mês 7 2 inicio da estaçáo de monta ao final do més 15 3 ponto de mncepo supostamente concentrado na inicio da estaçáo de monta 4 final da estaçáo dum 63 dias no fim domes 17 3 dias 5 diagnmtim de gestaçáo 45 dias após o fim da estaçáo de monta meio da rns i 9 6 inicio da suplementaçáo das fêmeas prenhes mm sal proteinado até 60 dias antes do fim da gestago 7 final da suoiementacão com sal Droteinado e inicio da suplementação mm ao 8 patiiào e fim da suplementao cam ra novilhasparle das bererns inicialmente arrapadas mudam para a categora de v a u s 9 Avaliação econômica do sistema de produção praticado pelos produtores IPC36 A estrutura de custos do sistema praticado é apresentada na Tabela 3 enquanto as receitas geradas são mostradas na Tabela 4 9 O Tb1 3 Currta tote1 de produo R 100 de agosto de 2010 anual do sistema praticado pelos adotantes potenciais da N tecnologia avaliada IPC3 c 7 O A Valor Va l no c Unidade Quant unitário tot to a 0 1 Alimentaç 737 77 O 1258 2283 157ll 5Ol m a a m Suplemento rn n O mineral 3155737 577 2630 1258 2283 157ll 501 3 o 3 Cria kg 20410 098 1989964 364 1658 793 1440 9907 3113 O a w m Recrialengorda kg 11957 098 1165773 213 971 4135 843 5804 185 m c 0 Ração 5 3 Sal proteico n 2 o 2 759023 139 633 303 549 3779 121 3 Cria m 568172 104 473 227 411 2829 090 ij Spray antisséptico 300 rnL 37 14OO 5182 001 004 002 004 026 0Ol a m a Endectocida ii 500 mL vermifugo 11 13800 15324 003 013 006 011 076 002 rn c Matabicheira 500 mL 167 1500 24984 005 021 0IO 018 124 004 2 Vacina contra afiosa Dose 2415 125 301852 055 252 120 218 1503 048 Continua Tabela 3 Continuação IIVI a 8 b pecificaçáo Unidade Quant total R R R t R ha cab o Vacina c01 carbunculi Dose Vacina coi brucelose Dose Vermifugo levamisol 250 mL Mosquicida piretroide Outros 20 do valor dos demais produtos veterinários usados na cria Recriaiengorda Vacina contra aftosa Dose Vermifugo levamisol 250 mL Mosquicic piretroide 1 L valor Valor riu iuw Especificaçáo Unidade Quant R R R t R g R ha cab I Outros 2 do valor ou demais produtos veterinários usados na recria1 engorda 31809 006 027 013 023 158 005 3 Reproduçãc 4 Serviços Máo de obra permanente Capataz Peões 3 Mào de obra temporária Diversos limpeza etc dhC51 48 Construção de aceiro ao longo das cercas foice krn 31 8813 273203 05 228 109 198 1360 043 Contnua Tabela 3 Continua80 Valor ipecificaçao Unidade Quant unitário Valor no custo total R R RSt R w tall ha r I ia I 1 técnica visitas Contador meses 5 PróJabore 6 Outros custos Combustivel e lubrificante Impostos e segu Energia elétrica telefone etc 7 Custos de oportunidade Terra 1200 ha Instalaçóes e benfeitorias i u o Unidade Quant Valor no custo O total total Maquinas e equipamentos Cxhos de suplementação no pasto Animais de reproduçãoi6 Animais de trabalho Pastagem 1200 ha instaiaçs e benfeitorias Cochos de suplementação no pasto Miquinas e equipamentos Viabilidade econbmica de sistemas de produção agropcudrios metodologia e estudos decam ipecificaçiio Unidade Quant I M á q u i n a s e a I equipamentosv a a m 10 Custo total 54734768 100OO 45612 21822 39597 272507 8693 O o 1 Fórmula mineral com fosforo 80 g de P por quilograma da produto e micronutrientes 1 Quantidades de produtos veterináros sáo fracionárias porque o consuma é geralmente calcuiado segundo a dosagem por kg avo I Custos com reprodução estão implicitos na depreciação e nos juros de repradutores bem como na manutenção dessas categorias animais Náo há custos 0 especiflcos pais a sstema é de monta natural 2 1 mh méshomem 3 0 w li dh dahomem E 1 Vacas de cria e touros correspondem a um capta1 imobilizado que é onerada porjuros Os touros sofrem também depreciação não aplicada no caso da vaca de cria pas seu valor residual venda como vaca gorda é suficiente para adquirr uma novlha de reposlçáa ê exceção de animais de alto valor genético 2 1 A área roçada anualmente equivale a 20 da área total de pastagem o que significa roçar as inuernadas a cada 5 anos No caso apenas óleo diesei é 0 incluido no custo pois os equipamentos e seu operador lã constam em outra rubrica de custo a m i8iAárea total adubada por ano resulta de cillculos que consideram as diferenas na adubaeo das pastagens usadas para a cra e para a recriaiengorda bem 2 cama os distintos intervaios entre adubações quatro anos para as áreas de cria e dois anos para as áreas de recrialengorda 2 li Percentual da valor nova gasto com reparos e manutençáo de instalações e benfeitorias 1 iiaJ Percentual do valor novo gasto com reparos e manutenção de máquinas e equpamentas 25 Fonte adaptada de Cor et ai2006 Viabilidade econômica de sistemas de prod y á o agropecuarios metodologia e estudos de caso Boi gordo Arnba 4431 8150 36114386 66 Vaca gorda Arroba 1786 7335 13102921 24 TOUNO gordo Arroba 79 7335 575953 1 Bezerra desmamada Cabeça 118 42075 4972149 9 Receita total 54765409 100 Fonte adaptada de Corrh et a12008 Para um custo total de RS547 mil obtémse uma receita bruta total de R 548 mil resultando uma receita líquida total em torno de mil reais Esse valor positivo significa que o sistema praticado tem capacidade de remunerar todos os fatores de produção utilizados incluindo a capacidade administrativa do produtor a quem é atribuído como pagamento um pró laboreanual em torno de R18 milVale também comentarque apesar deo boi gordo sero principal produto do negócio as demais categoriasvendidas correspondem a um terço da receita total Isso implica a necessidade de também dar importância aossubprodutosdo sistema como vacas gorda e fêmeas excedentes vendidas em pé Avaliação econômica do sistema de produção modificado pela pesquisa IPC24 em comparação com o sistema praticado pelos adotantes potenciais Procedimentos adotados Para que se tenha em conta o efeito de mudanças nos índices zootécnicos no caso primordialmente a idade na primeira cria usou se planilha Excel em que a composição do rebanho é automaticamente ajustada ao conjunto de indices digitados como inputs Dada a complexidade dos sistenias de produção de gado de corte a parcialidade do efeito da tecnologia relatada anteriormente apenas uma proporção das bezerras tratadas logrou atingir a primeira cria aos 24 meses fez que outros cálculos originalmente não contemplados fossem inseridos na planilha Os resultados assim obtidos embasaram discussões promovidas em três painéis realizados dois internos com participação de técnicos e pesquisadores da unidade e um externo com a presença de técnicos externos e produtores rurais No primeiro painel interno a tecnologia foi apresentada a iesquisadores e técnicos da unidade visando discutir e colher subsídios loque diz respeito aos pressupostos e coeficientes técnicos considerados Como esperado dado o caráter preliminar desse evento vários pontos arentes de ajuste foram apontados delineandose assim a necessidade de realizar um segundo painel interno no qual se consolidaram pressupostos e coeficientes dispondose assim de umapropostarbem delineada passível demelhor discussão com o público externo O terceiro painel externo teve a presença de 15 participantes Os resultados apresentados a seguir são fruto desse exercício respaldado pelas criticas e ajustes decorrentes dos dois painéis internos previamente executados A avaliação econômica foi realizada na forma de corte transversal curto prazo tendo em conta um exercício e também como análise de investimentos longo prazo Para melhor explorar as possibilidades de sucesso da tecnologia sob avaliação foram realizadas análises de sensibilidade para coeficientes técnicos e preços relevantes quanto a variabilidade e quanto ao impacto nosresu1tadosA escolha desses parâmetrosfoi subsidiada pelas discussões ocorridas ao longo dos painéis realizados Viabilidade econômica de sistemas de produo agropecu6rior metodologia e estudos de caso Padrão Preço do boi gordo R 8130 tempo de arraçoamento 363 dias preço da ração R kg 034 Analises de sensibilidade Além da condição padrão a tecnologia foi avaliada sob as seguintes condições Tempo de arraçoamento 363 dias padrão da tecnologia 240 dias 180 dias Essa redução surgiu da hipótese de obter resulta dos semelhantes aos experimentais com menos ração uma vez que o experimento que originou a tecnologia foi realizado em pastagem de qualidade inferior àquela definida para o sistema base Salientase que o tempo total de arraçoamento no sistema modificado padrão corresponde aos 303 dias até ofim da estação de monta e ainda perdura por 60 dias no final da gestação Preço da ração R kg 034 e 027 Dada a importância econô mica da ração no caso e considerando que já ao preço de 034 a tecnologia mostravase pouco promissora quanto à sua viabilida de verificouse o efeito de reduzir o preço desse insumo em 20 Calculouse também o preço de indiferença da ração isto é o preço para o qual o lucro do sistema modificado é equivalente ao lucro do sistema base Nessa análise deuse ênfase ao preço do milho já que esse equivale quando cotado a RS1500 por saco de 60 kg a 56 do custo total da ração Além disso o preço do milho apresenta um grande diferencial no espaço entre estados da Federaçáo conforme Nascimento Júnior e Ninaut 201 1 que analisaram os preços dessa commodity nas praças do Paraná Mato Grosso e Minas Gerais Nesse trabalho os autores encontraram um diferencial que chegou até 53 em abril de 2010 Os menores preços por saco deflacionados para outubro de 2010 observados nos últimos 10 anos foram R1473 no Paraná março de 2006 RS1037 em Mato Grosso março de 201 0 R1664 em Minas Gerais maio de 201 0 Parte2 Capitulo 1 1 allrldc croiioncd ri silmlieiitido aliinitar de femd N l n i c Posteriormente verificouse quanto deveria ser o preço do boi gordo para igualar receita bruta e custo total no sistema modificado Resultados A estrutura geral de custos do sistenia de produçao modificado consta naTabela 5 enquanto a receita e sua composiçao são mostradas na Tabela 6 Em comparacão com a producão praticada pelos produtores o sistema modificado mostra custo total 140 superior Tabela 5 fato que se explica pela introduçao dos novos insumos iraçào e sal proteinado que corresponderii a expressiva proporçao de l30 dos custos totais Já a receita eapenas 690 maior Esse descompasso entre aumento relativo de custo e receita depõe contra a competitividade da tecnologia sob análise Quanto a receita total Tabela 6 as categorias que não o boi gordo têm peso maior 410 no sistema modificado As fêmeas vendidas em pé que no sistema praticado correspondem a 906 da receita total passarn a contribuir com 1706 Essa mudança decorre do arraçoamento das bezerras que com isso atingem maior peso e maior preço de venda A Tabela 7 por sua vez apresenta niimeros que mostram ser inoportuno o lancamento da tecnologia já que todos os indicadores economicos calculados sao desfavoráveis qiiando comparados com o sistema em LISO Enquanto este último apresenta resultados positivos no sistema modificado a renda líquida e a taxa de retorno sao negativas Arenda da família que corresponde aos recursos efetivamente disponíveis ao produtor renda líquida custos de oportunidade e positiva io sistema modificado mas seu valor é inferior aquela do sisteina praticado Em ambos os sistemas a produtividade da pastagem e bastante elevada mais de 70 kg de carne equivalentecarcaça por hectare por ano diante dos 100 kg propostos para um sistema que incluía suplementação alimentar no pasto e no confinamento CORREA et al 2003 Como Tabela 5 Custo total de produção R 100 de agosto de 2010 anual do sistema de produçao modificado pela tecnologia da IPC24 Cuslo Valor Valor n to 1 1 Alimentaçáo Suplemento mineral Cria kg Recriaiengorda kg R a ã o J kg Sal proteico13 k9 2 Sanidade Cria Spray antisséptico 300 mL Endectocida vermifugo 500 rnL Matabicheira 500 mL Vacina contra aftosa Dose 1748 458 273 185 1196 094 126 096 001 002 004 051 continua Parte2Capitulo 1 Viabildade econômica da suplementaáo alimentar de fêmeas Nelore O c m r O 3 0 0 o 0 O O O ParticL Custo Valor zcificação Unidade Quant A ou ou Valor no cu I Outros 2C do valor di demais proauros veterinários usados na recria1 engorda 3 Reproduçaois 4 Serviços Máo de obra permanente Capataz Peões 3 Máo de obra temporaria Diversos limpeza etc Construção de aceiro ao longo das cercas foice km Visitas Assistência tecnica GOT mmoip Valor no custo u ç a o Unidada Quant unlrio total V 5 Contador Meses 13 5 rn 5 Prólabore 18360OO 294 1530 735 1246 8562 303 0 a rn 6 Outros custos 1767118 283 1473 727 1199 8241 292 a Combustivel e lubrificante Impostos e seguros Energia elétrica m telefone etc 352800 057 294 145 239 1645 058 m 2 7 7 Custos de O oportunidade 18976852 3039 15814 7802 12879 88495 3131 Terra 1200 ha Pastagem 1 200 ha Instalações e benfeitorias ii Maquinas e equipamentos 868463 139 724 357 589 4050 143 Wtnus m L D h m m m m m N c n z g 6 8 0 2 r r 2 2 e o m m 7 N k m q N 6 0 2 2 e 0 m D N m L1 N q F L h m m h 0 in O N O D N m m o 0 i o m O m h e r 9 r o LD q 2 a o e o N m m r O m m n i w a z r 0 0 rn e o m e P m e Ci m m ò e N m m N 7 O U O c O o N O m O ICL c Lh c o O m O õ O c c F aio a 0 0 ng 3 V 3 UÒ 6 m F rB o Z n FüL Q m e O E E Fg rn s a i o x a g ã w g E2 o c Eu g5 E E2 c L m m m 0 3 m o Z 4 2 Q e a L a o r n a 4 2 9 Manutenção 15393 d Roçada mecânica c de pastagensls ha 240 30OO 720000 115 6OO 296 489 3358 119 E Adubação das patagens Instalações e benfeitoriasUl d Máquinas e O w eqiparnentos 10 Custo total iil Fórmula mineral com fósforo 80 g de F 62438132 100OO 52032 25670 42375 291168 10303 por qulograma do produto e micronutrientes 2 i Ração para bezerras da desmama ate o fim da estação de monta e nos iiltimos 60 dias de gestação E l3 Sal proteico do diegnóstico ate 210 dias de gestação ta Quantidades de produtos ueterinãros são fracionárias porque o consumo é geralmente calculado segundo a dosagem por kg vivo 2 2 g Custos com reprodução estão implictos na depreciação e nos juros de reprodutores bem como na manutenção dessas categoras animais Não hã custos a especificas pois o sistema é de monta natural rn I r mh mêshomem 1 dh dahomem 9 m 8 V â de cria e touros correspondem a um capital imobilaado que 6 onerado porjuros Os touros sofrem tambem depreciação não aplicada no caso da vaca de cria pois seu valor resdual venda como vaca gorda é suficiente para adquirir uma novilha de reposição com exceção de anmas de alto valor genético g I A área raçada anualmente equivale a 20 da ãrea total de pastagem a que significa roçar as invernadas a cada 5 anos No caso apenas óleo diesel é il p incluido no custo pois os equipamentos e seu operador jã constam em outra rubrica de custo Aárea total adubada por ano resulta de cãlculos que consideram as diferenças na adubaçáo das pastagens usadas para a cria e para a recriaiengorda bem como os distintos intervalos entre adubaçóes 4 anas para as áreas de cria e dois anas para as áreas de recriaiengorda Percenlual do valor novo gasto com reparas e manutenção de instalaçdes e benfeitorias 1 oi Percentual da valor nova gasta com reparos e manutenção de mãqunas e equipamentos 25 Tabela 6 Composição e valor da receita total R 100 de agosto de 2010 anual do sistema de produção modificado pela pesquisa IPC24 Especificação Unidade Quantidade Valor unitário Valor total Boi gordo Arroba 4265 8150 34761398 59 Vaca gorda Arroba 1719 7335 12612034 22 Touruno gordo Arroba 76 7335 554375 1 Bezerra desmamada Novilha 12 anos Cabeça 120 81600 9814375 17 Novilha 23 anos Cabeça 4 81600 354176 1 Receita total 58096358 100 referência geral esse parâmetro situase no gradiente de 22 kg a 133 kg derivado do intervalo de 42 kg a 255 kg de peso vivo referido por CEZAR et al 2005 para um rendimento de carcaça de 52 Considerando que os sistemas avaliados geram vários produtos no sistema modificado são cinco boi vaca e touruno gordos novilhas de 1 a 2 anos e de 2 a 3 anos o cálculo do ponto de nivelamento para um produto específico e supondose que a relação entre as quantidades dos diversos produtos é constante exigiu resolver a seguinte equação PN CT Pi Ri i1 to n em que PN ponto de nivelamento para um dos produtos no caso o boi gordo CT custo total Pi preço de cada um dos n produtos gerados incluindo o boi gordo Ri razão constante entre a quantidade do produto i e a quantidade produzida do produto boi gordo para este último essa razão é obviamente igual a 1 Parte2 Capitulo 1 I Vabiidade rionomlca dd iuplemntòao alimentar defCrnra5 Nelore Tabela 7 Indicadores d e eficiência econòmica dos sistemas d e produçao praticado e d e agosto d e 2010 rnanutenç Supernent mneral Ração e sal proteico Sanidade anmal N I Ç O S Julros custas 2usto de oporlinldade Depreciações Manuteno de instalaçóes e rniqunas Prólabore Custo total Produtvdade da pastagem Receita bruta RS ha Custo lata R ha Renda liquida R ha Renda da farniia R ha Ponto de nivelamento Taxa de retorno Produtividade total dos fatores BC kg decarcaya par hectare kg de carcaga de bol gordo por tietare Viabilidade econamica de sistemas de produãa agropecuários metodologia e estudos de caso Para que se obtenha o ponto de nivelamento dos demais produtos aplicamse as razões das quantidades ao valor obtido para o boi gordo No sistema praticado a produção obtida de 55 kg de carcaça de boi gordo por hectare coincide com o ponto de nivelamento em consonância com uma margem líquida próxima de zero Já a produção do sistema modificado de 53 kg de carcaça de boi gordo por hectare está abaixo do ponto de nivelamento coerente com seu resultado econõmico insatisfatório Salientase que o ponto de nivelamento foi calculado para o produto boi gordo mas os sistemas comercializam outros animais genericamente tratados como subprodutos Análise de investimento dos sistemas de produção Embora a tecnologia sob análise não envolva a imobilização de novos ativos exceto a irrisória compra de cochos para alimentação no pasto resolveuse realizar uma análise dos investimentos envolvidos nos sistemas de produção Tais investimentos compreendem as aquisições de terra com pastagem formada instalações e benfeitorias máquinas veículos e equipamentos animais de reproduçáo e animais de trabalho Quanto a terra tomouse o valor de um hectare de pastagem de alto suporte localizada no município de Ribas do Rio Pardo em Mato Grosso do Sul ANUALPEC 2010 No fluxo de caixa delineado para um período de 10 anos considerouse que esse valor da ordem de RS255000 por hectare vigente em 2009 seria em grande parte recuperado ao final do projeto uma vez que a pastagem recebe manejo adequado incluindo adubação de manutenção Também instalações e benfeitorias máquinas veículos e equipamentos apresentaram valores de recuperação salvage value no último ano do fluxo de caixa A Tabela 8 apresenta os fluxos de caixa e os indicadores calculado para os dois sistemas praticado e modificado Tabela 8 Fluxos de caixa valor presente liquido VPL valor presente liquido anualizado VPLA taxa interna de retorno 6 TIR e taxa interna de retorno modificada TIRM para o sistema praticado IPC36 e para o modificado IPC24 Valores em e 5 Maquinas veiculos e 204 16360 O O O O 4 2206 O O O 10387017 equipamentos Anmair de 80 60143 O O O O 60 801 4 3 O O O O reproduãd Anmais detrabalho 9 12800 O O O O O O O O O Receitas 54765409 54765409 547 65409 547 65409 547 65409 547 65409 54765409 54765409 54765409 547 65409 Fluxo de caixa iqudo 3 746 52616 267 74137 26774137 267 74137 267 74137 182 71934 267 74137 267 74137 26774137 353746239 Fluxo de caxa Iqudo 3 74652616 252 56620 23626887 224 80062 21207624 136 53852 188 74710 176 06330 167 98425 209381655 descontado CPL 53 62231 VP1A 7 28555 TIR 578 583 Continua Animais de reprodução Animais de trabalho custeio Total de saidas Remtas Fluxode caixa liquda Fiuxode caixa liquida descantado IPL R IVPLA R TiX i i R M 474 1 Vacas tém valor recuperado na venda dos animals descanados par isso só se considera o investimento em touros P a r t e 2 Capitulo 1 1 ahldarlc cionõriiicl da i i p l r m c i r a c a o aIiriitii de femeai Neorc De forma compativel com os demais indicadores já discutidos o sistema praticado apresenta meliior desempenho embora seu valor presente liquido ill seja negativo R 54 mil e coerentemente a taxa interna de retorno de 578 ao ario seja inferior a taxa usual de mercado 6 Isso significa que sob a otica da análise de investimentos e para as condiçóes de precos da presente análise não compensa investir no negócio Ataxa modificada que usa as taxasdefinanciamento ede reinvestimentode mercado para capitalizarldescontar os números do fluxo de caixa resultou em número ligeiramente superior 5830 que também nao é interessante Já o sistema modificado apresentase ainda menos atrativo com um JPL negativo de R 389 mil e i l K e 711 liabaixo de 5a Salientase ainda que o tempo de recuperação do capital payback period calculado com base no fluxo de caixa líquido descontado em ambos os sistemas extrapola os 10 anos de horizonte de planejamento considerados Calculado com base no fluxo de caixa liquido sem desconto esse periodo atinge os 10 anos necessitando do aporte representado pelo vaior da terra recuperado neste último periodo fruto do grande peso representado pela terra e pela formação de pastagens na estrutura de custos da atividade Análises de sensibilidade do sistema de produção modificado pela pesquisa IPC24 Avaliando a hipótese de obter os mesmos resultados reduzindo o periodo de arraçoamento os números obtidos estão expostos na Tabela 9 Percebese que mesmo encurtando esse periodo para 180 dias a nova tecnologia nao se torna inais atrativa que o sistema base mantendo se sob essa perspectiva a conclusao exposta anteriormetite a nova tecnologia avaliada nao é capaz de competir com o sistemaein usoe mais aindaapresenta renda liquida negativa Aconclusão anterior se mantem quando o custo da raçao é reduzido em 20h passando de R 034 por kg para R 027 por kg Tabela 10 Embora a renda liquida e a taxa de retorno apresentem melhores números Viabilidade ecan0mica de sistemas de praduãa agropecuarios rnetodologia e estudas de casa eles continuam significativamente piores do que aqueles do sistemaerr uso mantendose negativos Tabela 9 Indicadores de eficiência econômica da tecnologia proposta IPC24 versus tecnoloaia base íIPC36 considerados três eri0d0S de arracoamento 1363 240 e 180 dias preç de agost 010 765409 58096358 58096358 58096358 to total 54734768 62438132 60560273 59217056 Renda liquida total 30641 4341774 2463915 1120698 Renda líquida R ha 026 3618 2053 934 Taxa de retorno 006 695 407 1 8 9 Obs Preqo do boi gordo R81 50 por arroba preco da raqão R O 34 por quilograma Tabela 10 na caeores o if c rn a icnotii i a Ja terio ulj a prupgsia IPC2I bcrss iccno og a uase PC36 c i i s uerauos uo s Lreços ae r a p o RS I 34 por g R O 27 por 6g 2OC menor preços c r agcsio a r 2 111 Custo total Renda liquida total 30641 Renda liquida R ha 026 Taxa de retorno 0063 695 467 Obs Preqo do b o gordo R5 8150 par arroba 363 dias de arraGoamento M2Capltulo 1 I Vmbiliade aonbmia da suplementaçáo alimentar defemeas Nelwe Dada a persistência da inviabilidade da tecnologia examinada mesmo sob condições que fortemente a favorecem buscouse verificar que opreço da ração torna equivalentes a renda líquida do sistema modificado ea renda líquida do sistema baseTais números expostos naTabela 1 1 para dois preços do boi gordo e para duas durações do fornecimento da raçao revelam a necessidade de queda considerável no preço da ração Tabela 11 Preçosda ração R kg que igualam a renda Ilquida do sistema modificado IPC24 B renda Ilquida do sistema base IPC36 considerados dois niveis para o prgo do boi gordo e dois perlodos de arraçnamento preçns de agosto de 2010 Dias de rab R boi 363 240 Vale comentar que o preço de RS018 por kg de ração que igualaria a renda líquida dos dois sistemas para um preço do boi gordo de RS8150 por anoba e 240 dias de ração corresponde a uma considerável redução 47 no preçonbasede RS034 por kgTal preço de RS018 por kg de ração por suavez requer que o milho tenha o saco 60 kg cotado a RS234 ou 16 doconservador baixo preço de RS1500 por saco considerado Por fim verificouse quanto deveria ser o preço do boi gordo para igualar receita bruta e custo total o que equivale a remunerar todos os íatoresde produção no sistema modificado obtendose ovalor de RS9168 por armba Esse número 6 12 maior que o preço base considerado IR 8150 por arroba aumento relativamente pouco expressivo diante das variações de preço do boi gordo Isso permite dizer que o sistema de produção é bastante sensível a variações no preço de seus produtos o que podevir a tornar a tecnologia avaliada viável embora ainda não preferível qwndocomparada com o sistema praticado Vabildade econômica de sistemas de pioduão agropeiuarai rnetodologia e estudas decaio Considerações finais Como fica claro pelos resultados das diversas etapas da avaliação a tecnologia proposta não se mostrou viável e apresentou resultados inferiores aos do sistema praticado o que torna sua difusão não recomendável No entanto a ideia de buscar alternativas para reduzir a idade na primeira cria merece continuidade de estudos e avaliações A complexidade dos sistemas de produção de gado de corte ainda maior quando esses incluem a fase de cria alimentou as discussões realizadas nos painéis das quais resultaram sugestões para novas pesquisas e simulações tendo como pano de fundo os relatos de experiências dos produtores Os principais pontos registrados são apresentados a seguir Foi aventada a possibilidade de reduzir o fornecimento de ração restringindo o uso desse insumo a estação seca De fato essa redução no período de fornecimento foi simulada sem alterar a condição inviável da tecnologia Ainda quanto a ração sugeriuse estudar seus níveis de forneci mento em pastagem melhorada dada a importância do efeito substitutivo da ração no consumo da forrageira e consequente mente nos indicadores de desempenho econômico Como a taxa de parição aos 24 meses da ordem de 348 não é suficiente para repor as vacas descartadas a cada ano é preciso reter parte das fêmeas que não pariram apesar de receberem o tratamento com ração que então terão a primeira cria com 36 meses Nesse caso há um custo com ração que não é recompen sado pelo desempenho reprodutivo apesar de as fêmeas descar tadas serem vendidas com maior peso e preço Considerandose a heterogeneidade sempre presente nos lotes de bovinos aventou se a possibilidade de verificar o efeito de suplementar apenas a metade superior das bezerras mais pesadas a chamada cabe ceira o que poderia elevar a taxa de oaricão de 348 oara 60 PaitezCapitulo 1 Viabilidade econômica da suplementação alimentar de fsmear Nelore O sistema modificado trabalha com fêmeas Nelore Foi argumen tado que fêmeas cruzadas dariam maior resposta ao consumo de ração dada a maior precocidade das raças europeias Portanto esse é um ponto que também se deve levar em conta O peso das fêmeas na desmama foi enfatizado por causa de sua forte relação com o peso na cobertura Em virtude disso sugeriu se que fosse incorporado ao processo o creep feeding suplemen tação alimentar das bezerras durante aleitamento Fêmeas com menos de 180 kg na desmama seriam eliminadas O modelo de análise foi criticado por não levar em conta custos adicionais relativos a tarefa de distribuição de ração nos cochos O modelo no entanto inclui nos custos totais a depreciação e OS juros relativos a um trator e a uma carreta agrícola além de certa quantidade de óleo diesel para uso ordinário desses equi pamentos Argumentouse ainda que o produtor potencialmente adotante da tecnologia já suplementaria a categoria de machos dispondo de meios para tal Suscitou discussão o argumento de que mais vale gastar com adubação das pastagens aumentando a oferta e a qualidade da forragem do que com ração para as bezerras Posição contrária a essa afirmativa foi o argumento de que tal procedimento não resolveria o problema de escassez de forragem na estação seca do ano Exercício interessante a somar ao já realizado seria determinar a taxa de parição aos 24 meses que viabilizaria a tecnologia em exameTaI exercício não foi realizado porque exigiria fazer altera ções significativas na parte da planilha que trata da evolução do rebanho ficando a sugestão para futuros estudos Dada a dificuldade de atingir a primeira pariçao aos 24 meses com fêmeas Nelore foi sugerido estudarse uma idade intermediária entre 24 e 36 meses algo em torno de 2728 meses Essa mu danca que poderia ter importantes efeitos econômicos exigiria porém um melhor gerenciamento do acasalamento dos animais com uma segunda estação de monta Observouse também a ocorrência de um fator que estaria su bestimando o cômputo dos benefícios da tecnoloyia a seleção de fémeas tem efeitos incrementais e cumulativos ao longo dos anos contribuindo para melhorar a eficiência reprodutiva Issono entanto não foi considerado na avaliação A reconcepção após a primeira cria já normalmente baixa emfê meas que parem pela primeira vez aos 36 meses tende a ser ainda menor em animais inais jovens Na presente avaliação supôsse que as bezerras submetidas a tecnologia avaliada teriam desem penho semelhante ao daquelas não submetidas Essa simplifica ção foi adotada em virtude da ausência de dados experimentais mais consistentes sobre essa variável Por fim dois pontos merecem atenção a complexidade da pecuária de corte com seu perfil de atividade em longo prazo e as limitações financeiras e de recursos humanos entre outros fatores tornam praticamente impossível considerar em um só experimento todas as possibilidades derivadas das observações apresentadas anteriormente a incorporação de novas tecnologias ao sistema de produção com sua avaliação em condições análogas as do produtor rural tem nos chamados modelos físicos um importante aliado A Embrapa Gado de Corte desenvolveu por mais de uma década importante atividade nessa área possibilitando a síntese que deve complementar a pesquisa analítica A retomada de projeto dessa natureza poderia contribuir sobremaneira na avaliação de novas tecnologias propostas pela pesquisa Referências AMARALT B OLIVEIRA O F deTORRES JUNIOR R A de A AURIEMO A i 6 Desempenho reprodutivo de fêmeas Nelores submetidas a estação de monta Paite2Capitulo 1 1 Vabiidade ecanòmica da iupleinentaão alinieniùr de fénieòs Nelore aos 15 meses de idade In CONGRESSO INTERNACIONAL DE ZOOTECNIA 7 CONGRESSO NACIONAL DE ZOOTECNIA 10 REUNIA0 NACIONAL DE ENSINO DEZOOTECNIA 11 FÓRUM DE ENTIDADES DE ZOOTECNIA 28 FÓRuM DE COORDENADORES DE CURSOS DE ZOOTECNIA DAS UNIVERSIDADES BRASILEIRAS 1 2005 Campo Grande MS Produção animal e responsabilidade anais Campo Grande MS ABZ UEMS UFMS Embrapa Pantanal 20051 CDROM Zootec 2005 ANUALPEC Anuário da Pecuária Brasileira São Paulo Instituto FNP 201 0 CEZAR I M QUEIROZ H deTHIAGO L R L de S GARAGORRY CASSALES F L COSTA F P Sistemas de produção de gado de corte no Brasil uma descriçao comênfase no regime alimentar e no abate Campo Grande MS Embrapa Gado de Corte 200540 p Ernbrapa Gado de Corte Docurrientos 151 CORRÊA E S COSTA F P CEZAR I M MACEDO M C M EUCLIDES FILHO K EUCLIDES V P B ZIMMER A H Produção de carne de qualidade em pastagem alternativas para o sistema físico da Embrapa Gado de Corte Campo Grande MS Embrapa Gado de Corte 200330 p Embrapa Gado de Corte Documentos 141 CORRÊA E S COSTA F P MELO FILHO G A de PEREIRA M de A Sistemas de produqáo melhorados para gado de corte em Mato Grosso do Sul Campo Grande MS Embrapa Gado de Corte 200611 p Embrapa Gado de Corte Comunicado técliico 1021 COSTA F P CORRÊA E S MELO FILHO G A de CEZAR I M PEREIRA M de A Sistemas e custos de produção de gado de corte em Mato Grosso do Sul regibes decampo Grande e Dourados Campo Grande MS Embrapa Gado de Corte 20058 p Embrapa Gado de Corte ComunicadoTécnico 93 ELERJ P FERRAZ J B SILVA J A V DIAS F Melhoramento genético da precocidade sexual na raça Nelore ln SIMPÓSIO NACIONAL DE PRODYÇÃO E GERENCIAMENTO DA PECUÁRIA DE CORTE 2 2001 Belo Horizonte MG Anais Belo Horizonte FEPMVZ 2001 p 1241 30 EUCL1DESV P 5 MACEDO M C M VALLE C B do DIFANTE G dos S BARBOSA RACACERE E RValor nutritivo da forragem e produçáo animal em pastagens deBrachiaria brizantha Pesquisa Agropecuãria Brasileira Brasília DF v 44 n 1 p98106 jan 2009 FERRAZJ B S ELER J P Cruzamentos visando a precocidade sexual n SIMPSIO NACIONAL DE PRODUÇAO E GERENCIAMENTO DA PECUARIA DE CORTE 2 2001 Beio Horizonte Anais Beio Horizonte FEPMVZ 2001 p 131 148 Viabilidade económica de sistemas de pmduão agropecudrior melodologia e estudos de carI GRESSLER S L Estudo de fatores de ambiente e parbmetros genétimsde algumas caracterlsticas repmdutivas em animais da raça Nelore 1998147 f Dissertaçao Mestrado em Zootecnia Universidade Federal de Minas Gerais Escola de Veterinária Belo Horizonte NASCIMENTO JUNIOR P C D do NINAUT E S Preços agricolas milho soja e triga Agmanalysis Rio de Janeiro v 31 n 1 p 2021 jan 201 1 PEREIRA E ELER J P FERRAZ J B S Correlação genetica entre perimetro e s c d e algumas caracteristicas reprodutivas na raça Nelore In CONGRESSO BRASILEIRO DAS RAÇAS ZEBUINAS 3 1998 Anais Uberaba 1998 p 381384 SCHILLO K K HALL J 0 HILEMAN S M Effects of nutrition and season on the onset of puberty in the beef heifer Joumal of Animal Sclence Champaign vM p 399440051992 PLANEJAMENTO DA ATIVIDADE AVALIATIVA CURSO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO DISCIPLINA ANÁLISE ECONÔMICA DE PROJETOS CÓDIGO PRD8303 CARGA HORÁRIA 60 Hs PROFESSORES IZABEL C SALDANHA MATSUZAKI GERAL Os alunos deverão realizar a aplicação dos conceitos e definições relacionados ao tema central da disciplina através da elaboração de uma resenha crítica ORIENTAÇÕES O arquivo referente à Atividade Avaliativa deverá ser postado até o dia 0812 às 2359 h no local destinado a atividade na Plataforma Canvas Obs Os arquivos recebidos fora do prazo estipulado não serão considerados para fins de avaliação ATIVIDADE AVALIATIVA VALOR 100 pts 1º O trabalho deverá ser realizado individualmente 2º O aluno deverá elaborar uma resenha crítica sobre 3 estudos de caso que abordam Análise de viabilidade econômica A resenha deverá ser elaborada seguindo as normas da ABNT O trabalho deverá ter no mínimo 2 duas páginas de conteúdo fonte Times New Roman nº 12 É importante a indicação correta das referências utilizadas 3º Os artigos referentes aos Estudos de Caso com os respectivos títulos Análise da Viabilidade EconômicoFinanceira dos projetos da Microempresa ALFA Aspectos metodológicos da análise de viabilidade econômica de sistemas de produção e Análise da viabilidade econômicofinanceira da energia solar fotovoltaica em uma Instituição de Ensino Superior do Sul do Brasil estarão disponíveis na área de Material de Estudo da Plataforma Canvas Outros artigos poderão ser adicionados com o intuito de enriquecer o conteúdo do trabalho 4º Detecção de plágio no trabalho zera a nota Orientase que o aluno também siga as instruções das atividades detalhada na Plataforma Canvas 5º ATENÇÃO Orientase que o aluno se certifique de que a postagem foi efetuada bem como o correto upload dos arquivos antes do prazo final estipulado A seguir consta um print das orientações também disponíveis na plataforma Atividade Individual Avaliativa A1 22 Bloqueadoa Publicado Editar ATIVIDADE INDIVIDUAL AVALIATIVA Consulte o enunciado desta atividade avaliativa na área de de Material de Estudo Orientações Gerais para a realização da atividade Salve o arquivo com a atividade no seu computador e envie para o seu Tutor Para isso clique no botão Enviar Tarefa no canto superior direito e anexe o arquivo no campo indicado Essa atividade é pontuada Trabalhos que apresentarem transcrições de textos sem a devida referência segundo as normas da ABNT 6023 serão desconsiderados para correção ou seja será atribuída nota zero ao trabalho Para mais informações consulte a cartilha Cartilha Plágio O Trabalho deverá ser postado somente no local específico no Ambiente Virtual de Aprendizagem Consulte o seu tutor para saber a data de entrega O Trabalho que não for postadoenviado até o prazo terá nota zero assim como aqueles que forem apenas salvos e não enviados para correção na data estipulada no calendário da disciplina ANÁLISE DA VIABILIDADE ECONÔMICOFINANCEIRA DOS PROJETOS DA MICROEMPRESA ALFA JUNIA PINHEIRO ANDRADE DINIZ a219569367fumecedubr FUMEC CARLOS ALBERTO DE SOUZA carlosprofsgmailcom FUMEC VANDA APARECIDA OLIVEIRA DALFIOR vdalfiorigcombr PITÁGORAS ResumoEste trabalho tem por finalidade analisar a viabilidade econômicofinanceira de dois projetos A e B executados por uma microempresa da área de consultoria e pesquisa localizada em Belo HorizonteMG durante o ano de 2015 A análise dos projetos perpassa pelas diretrizes da gestão financeira eficaz as quais são indispensáveis aos administradores no que diz respeito ao melhor controle financeiro bem como no monitoramento constante de recursos atuais e futuros Considerando estas premissas e mediante a utilização do estudo de caso buscouse responder aos questionamentos levantados para a execução deste trabalho que consistiram em saber se a empresa Alfa realmente possui uma gestão arrojada O objetivo foi obter informações que levassem aos proprietários um olhar críticoreflexivo acerca das práticas atuais estabelecidas e ao mesmo tempo proporcionar subsídios que os auxiliem na tomada de decisões mais proveitosas e adequadas em projetos futuros Pretendeuse também indicar a implantação de um controle mais efetivo do fluxo financeiro vinculado a um planejamento prévio adequado Para tanto o estudo foi desenvolvido a partir de duas etapas sendo a primeira através de um levantamento bibliográfico por meio do qual se estabeleceram as bases teóricas e a seguinte com foco na análise documental dos dados relativos à movimentação financeira da empresa no período de execução dos projetos Os resultados indicaram que o projeto A não foi rentável para a empresa não alcançando o retorno total do investimento inicial indicando uma TIR menor que o custo de capital e payback acima do prazo aceitável O projeto B gerou valor para a empresa pois recuperou o investimento inicial dentro do período aceitável de payback e alcançou uma taxa de retorno acima do esperado Palavras Chave Gestão Financeira Fluxo de Caixa Planejamento Controle Microempresa 1 INTRODUÇÃO No mundo dos negócios está mais do que comprovada a essencialidade da gestão financeira para o crescimento manutenção e perpetuidade das empresas isto é para que uma organização seja bem sucedida é necessário concentrar a tomada de decisões entre outros aspectos em sua condição econômica Portanto sua sobrevivência depende de uma gestão financeira eficiente e eficaz que lhe forneça subsídios e informações precisas em tempo hábil para que as decisões sejam tomadas de maneira adequada Apesar de todo o conhecimento acerca do estado da arte percebese a existência de empresas especialmente de pequeno porte que ainda não conseguiram consolidar os mecanismos e ferramentas adotadas para sistematizar e controlar sua situação financeira Apesar de possuir uma missão seguir um modelo de gestão ter uma estrutura organizacional mesmo que mínima um planejamento estratégico e informações sistematizadas estas organizações não atingiram o nível de eficácia esperada em relação à gestão econômica e financeira Empresas prestadoras de serviços comumente trabalham com projetos e precisam antes de tudo analisar a estrutura financeira que dará suporte em sua totalidade aos mesmos Portanto devem preocuparse com o tamanho do projeto os aspectos relacionados aos valores custos despesas bem como considerar a estrutura de capital que conduzirá o projeto enquanto medidas para o desempenho das atividades programadas Esta financeiramente não passa por um período de dificuldades porém não consegue obter lucros Percebese o esforço para manter o controle das movimentações financeiras tanto para os custos fixos como para os créditos a receber e despesas não previstas Entretanto o fluxo de caixa funciona sempre atrelado aos recursos provenientes dos projetos governamentais que em várias ocasiões não cumprem com os pagamentos dentro dos prazos estabelecidos e este atraso por consequência afeta todo o planejamento financeiro previsto Para contornar a situação a empresa se viu obrigada a buscar subsídios via empréstimos junto a instituições bancárias para dar sustentabilidade às suas operações o que não foi possível pois não atendia a todos os critérios exigidos para a obtenção de créditos Desde então vem se mantendo apenas com os recursos disponíveis e apresentando um baixo índice de lucratividade Este cenário se torna propício para que o estudo aqui apresentado tenha sido levado a cabo o qual buscou verificar a viabilidade econômicofinanceira de dois projetos executados pela empresa Alfa com vistas a proporcionar subsídios viáveis aos seus gestores em tomada de decisões que sejam proveitosas e adequadas em projetos futuros O percurso metodológico deste estudo perpassa pela aplicação de indicadores teóricos usados no processo de análise econômicofinanceira que podem dizer muito sobre a eficiência desta empresa isto é se o controle financeiro realmente existe como vem sendo executado as fragilidades que o tornam inócuo e por fim sugerir a adoção de mecanismos melhores e mais adequados às suas condições A estruturação do trabalho é apresentada por seções pretendendose assim conferir melhor demonstração do desenvolvimento processual da pesquisa A primeira seção contempla a introdução os objetivos e a contextualização do tema estudado A próxima seção contém os elementos de fundamentação que deram suporte teórico à análise dos dados A seção três especifica o percurso metodológico e os procedimentos desenvolvidos para se atender aos objetivos propostos com a pesquisa A quarta descreve o processamento das informações as análises efetuadas e respectivas interpretações evidenciadas Já na quinta seção apresentamse os principais resultados do estudo Por último se encontram as considerações finais tecidas sobre o objeto tema e recomendações de futuros estudos encerrandose o documento na seção seis 2 REFERENCIAL TEÓRICO 21 Microempresa definição A definição legal e o enquadramento de microempresa são tratados pela Lei Complementar nº 1232006 cuja normatização foi ampliada pela Lei Complementar nº 1392011 e Lei Complementar nº 1472014 A classificação enquanto ME se dá pela receita bruta igual ou inferior a R36000000 trezentos e sessenta mil reais e seu favorecimento mediante tratamento diferenciado e simplificado nos campos administrativo trabalhista previdenciário fiscal creditício e de desenvolvimento empresarial A classificação definida por lei foi adotada para facilitar seu crescimento como também possibilitar sua entrada e permanência no mercado competitivo A economia brasileira é predominantemente composta por microempresas ME pois segundo o SEBRAE 2014 no período entre 2009 e 2012 o número de microempresas no país aumentou de 41 milhões para 51 milhões de estabelecimentos alcançando um índice de 252 Também representam 30 do Produto Interno Bruto PIB e 48 da produção nacional sendo 223 do ramo comercial e de serviços Pelo exposto percebese que no atual panorama do país as microempresas têm alcançado significativo espaço na economia brasileira demonstrando sua relevante contribuição para gerar emprego renda e consequentemente desenvolvimento socioeconômico Não obstante e a que pese este aumento a falta de planejamento prévio para as finanças vem causando uma taxa de mortalidade empresarial em 27 já no primeiro ano de atividade e somente duas a cada cem empresas sobrevivem após cinco anos de sua abertura Por esta razão este segmento merece atenção e dentre as melhores alternativas podese citar o aumento de estudos sobre gestão financeira que sirvam de subsídios para que as mesmas permaneçam no cenário econômico e continuem fomentando o crescimento do país 22 Gestão Financeira Etimologicamente o termo gestão tem sua procedência em Gestão deriva do latim gestione e significa gerir gerência administração Administrar é planejar organizar dirigir e controlar recursos visando atingir determinado objetivo Gerir é fazer as coisas acontecerem e conduzir a organização para seus objetivos OLIVEIRA 2002 p 136 Por gestão financeira entendese o conjunto de ações administrativas envolvendo o planejamento e controle das atividades econômicofinanceiras da empresa objetivando maximizar os resultados provenientes de suas atividades operacionais Isso significa assegurarlhe rentabilidade dentro de um patamar que lhe permita ser autossustentável além de criar uma estrutura financeira equilibrada capaz de evitar riscos e problemas sérios para a empresa A administração financeira hoje conhecida como gestão financeira é uma ferramenta ou técnica utilizada para controlar da forma eficaz à concessão de crédito para clientes planejamento análise de investimentos e de meios viáveis para a obtenção de recursos para financiar operações e atividades da empresa visando sempre o desenvolvimento evitando gastos desnecessários desperdícios observando os melhores caminhos para a condução financeira da empresa MORAIS 2010 p 33 Portanto a manutenção do status quo financeiro é fator determinante para que uma empresa obtenha sucesso ou não sendo decisivo para seu crescimento especialmente em ambientes competitivos como o brasileiro O fracasso ou o sucesso nos negócios passam pela forma como se conduz as finanças isto é uma gestão administrativa eficiente gera oportunidades cria um ambiente favorável para o desenvolvimento empresarial e em consequência afeta de forma positiva o cenário econômico do país Essa premissa é corroborada por Azevedo 2010 o qual afirma que o sucesso de uma organização está diretamente relacionado à qualificação adequada de seus gestores financeiros sendo portanto uma condição fundamental para o crescimento das micro e pequenas empresas Em termos gerais o corpus de procedimentos administrativos alinhando rotinas controle das atividades financeiras operacionais registros contábeis planejamento visando maximizar seus resultados econômicos e financeiros se constitui como condição sine qua non para a sobrevivência da empresa Em suma para que as empresas alcancem seus objetivos e metas bem como maximizem seus resultados fazse necessário implantar uma gestão financeira eficiente sempre apoiada em estratégias factíveis e dentro da sua realidade usando os mecanismos apropriados conforme se denota da Figura 1 abaixo 23 Planejamento Financeiro Intrinsicamente vinculado à gestão eficiente temse o planejamento Considerando a temática deste estudo o conceito a ser tratado se remente ao financeiro como sendo o conjunto de diretrizes traçadas e o controle de ações para atingir objetivos e metas em curto e longo prazo permitindo aos gestores definir a política financeira sob a qual a empresa Controles Administração de capital Negociação Estruturação Orçamentos Planejamento Figura 1 Agentes contribuintes para uma gestão financeira eficaz Diagnóstico GESTÃO FINANCEIRA Fonte O autor 2015 funcionará visando seu crescimento e rentabilidade Isto significa que a adoção de um plano financeiro proporciona uma gestão financeira eficiente pois por ele se pode avaliar antecipadamente os riscos e buscar soluções mais acertadas para evitar os mesmos Para Gitman 2012 o planejamento é uma estratégia essencial de qualquer empresa porque se trata de uma ferramenta efetiva de controle pela sua natureza tática e operacional mapeando os rumos que a empresa adotará para atingir seus objetivos Acrescenta ademais a importância do planejamento financeiro pois através dele será possível indicar antecipadamente as demandas com vistas a atender os compromissos assumidos pela empresa bem como os prazos a serem liquidados Em sua concepção Assaf 2012 vai além explicando que o planejamento financeiro permite analisar as necessidades de ampliação da empresa identificar eventuais desajustes futuros selecionar devidamente os ativos mais rentáveis e estabelecer quais serão os melhores investimentos para a empresa Gropelli 2010 p 319 amplia o conceito de planejamento financeiro considerando outros fatores que devem ser considerados É o processo por meio do qual se calcula quanto de financiamento é necessário para se dar continuidade às operações de uma companhia e se decide quando e como a necessidade de fundos será financiada Sem um procedimento confiável para estimar as necessidades de financiamento uma companhia pode acabar não tendo fundos suficientes para pagar seus compromissos Uma empresa fica inadimplente se não for capaz de saldar suas obrigações contratuais Portanto a falta de um planejamento financeiro sólido pode causar falta de liquidez e por isso a falência O planejamento financeiro delineia o modo pelo qual os objetivos financeiros esperados podem ser alcançados isto é através do ato de planejar e estabelecer com antecedência as ações a serem executadas possivelmente trará benefícios e vantagens Não obstante planejar pura e simplesmente é contraproducente Um plano bem elaborado deve considerar não somente o cenário econômico atual da empresa mas também abarcar seu período de vigência pois a ausência de um planejamento financeiro em longo prazo é um motivo regularmente mencionado na ocorrência de dificuldades e falências BIEGER SCARAMUSSA 2009 Na concepção de Brasil e Brasil 2008 a gestão financeira ocorre em duas etapas essenciais e complementares entre si A primeira entre elas o planejamento deve ser estruturado considerando os níveis econômico e financeiro atrelados ao crescimento equilibrado da empresa no curto e longo prazo A outra etapa diz respeito ao acompanhamento e controle feitos mediante parâmetros capazes de refletir pontos críticos da empresa também nos níveis econômico e financeiro 24 Controle Financeiro O controle financeiro de uma organização deve ser entendido como um mecanismo que auxilie a gestão empresarial e não como um elemento fiscalizador O controle visa sobretudo gerar informações úteis e confiáveis em tempo hábil para a tomada de decisão acertada e consequente adoção de medidas assertivas quando se fizerem necessárias Souza 2008 enxerga o controle como um meio para se atingir um fim Por ser um instrumental de mensuração deve ser realizado considerando ações do passado seus reflexos no presente e as expectativas futuras Para Atkinson et al 2000 p 612 o controle financeiro se usado de forma adequada provém uma contribuição na avaliação da viabilidade da empresa no longo prazo e na identificação de processos que precisam de melhorias Denotase portanto que é imprescindível adotar o controle financeiro para que a empresa mantenha uma liquidez apropriada e obtenha resultados satisfatórios A existência de controle em especial o financeiro é efetiva para que as decisões sejam as mais corretas possíveis 25 Gestão Financeira nas Microempresas A falta de conhecimento e de informações precisas para o controle e planejamento financeiro motiva a falência da maioria das pequenas empresas as quais possuem uma significativa representatividade no cenário econômico brasileiro Em certos casos sua gestão é permeada por certas peculiaridades que causam dificuldades e fragilizam a condução das atividades Os pequenos negócios geralmente possuem caráter familiar contam com um número reduzido de funcionários e são gerenciados por uma única pessoa que realiza as atribuições de todos os outros cargos Além da acumulação de tarefas cabe assinalar a dificuldade dos proprietários em separar o dinheiro próprio com o da pessoa jurídica bem como a falta de conhecimento adequado para as questões gerenciais Estudos feitos pelo SEBRAE 2008 indicam que empresas familiares gerenciadas por uma única pessoa comumente o próprio dono podem passar por diversos problemas decorrentes de suas características peculiares tais como criação de fortes laços afetivos com os funcionários nível de confiança acentuado pela afetividade autoritarismo decisões centradas no fundador e estrutura administrativa simples Estas particularidades em sua maioria são responsáveis pelas dificuldades que os empresários se deparam para conduzir bem seus negócios Souza 2008 indica que são vários os entraves vivenciados pelas microempresas perpassando pela acirrada concorrência de mercado competitividade ausência de capital de giro inexistência de controle de custos até a constante instabilidade econômica nacional tornandose problemas que acabam contribuindo diretamente para o seu insucesso Matias e Lopes Júnior 2002 apud Kaspczak Scandelari 2006 também reportaram as mesmas situações na pesquisa que realizaram junto a uma amostra composta unicamente de pequenas empresas Constataram que a administração do negócio na maioria dos casos é exercida pelo proprietário e este devido ao acúmulo de atividades não consegue desempenhar a função gerencial mais alinhada Igualmente detectaram que os donos destas empresas não planejavam as finanças empresariais tomavam decisões baseadas mais no achismo do que em dados concretos e tudo isso pelo fato de não deterem conhecimentos técnicos de gestão Por esta razão qualquer empresa independente do tamanho enquadramento ou número de funcionários deve direcionar suas ações financeiras a partir de um planejamento que abranja três pilares geração de lucro monitoramento do caixa e controle das finanças Como preconiza Loddi 2008 as pequenas empresas também deveriam adotar as ferramentas utilizadas pelas grandes corporações para atender essas ações tendo em vista que as mesmas contribuem na tomada de decisões no controle e no planejamento 26 Métricas de Avaliação A análise da viabilidade econômicofinanceira por meio da aplicação de medidas é um procedimento indicado quando se pretende obter dados consistentes e uma visão mais ampla da situação da empresa envolvendo cálculos e interpretação de resultados Entre todas as métricas existentes para identificar a geração de valor as que são notadamente mais utilizadas são o Payback simples Payback descontado o Valor Presente Líquido VPL e a Taxa Interna de Retorno TIR HOJI 2010 Na concepção de Gitman 2012 a análise da viabilidade envolve métodos cálculos e interpretações de resultados financeiros para compreender e acompanhar o desempenho da empresa Para tanto fazse necessário utilizar ferramentas que auxiliam na mensuração dos níveis de eficiência e eficácia da organização dentro de um processo para que se possam atingir metas específicas e dentre os indicadores sugeridos por Gitman encontramse o payback o VPL e a TIR 261 Período de Retorno do Investimento PAYBACK Para examinar um projeto podese empregar enquanto um dos critérios a identificação do tempo necessário para o retorno do investimento Neste caso utilizase o método payback no qual se avalia o período entre a entrada no fluxo de caixa e tempo necessário para cobrir o investimento inicial para avaliar seu prazo de retorno GITMAN 2012 BRIGHAM 2006 Existem dois tipos de payback o tradicional ou simples e o descontado O primeiro projeta o fluxo de caixa sem levar em consideração a correção monetária dos valores O descontado definido por Brigham 2006 é o número de anos necessário para recuperar o investimento dos fluxos líquidos de caixa descontados Alguns autores consideram este método mais eficiente pois considera o valor real do dinheiro propiciando uma análise financeira mais realista que o payback tradicional BREALEY et al 2008 A fórmula para se calcular o payback PB segundo os parâmetros de Gitman encontrase ilustrada abaixo 262 Taxa Interna de Retorno TIR A TIR é uma técnica comumente usada pelas empresas embora seu cálculo seja considerado complexo Consiste na taxa de desconto que iguala os fluxos de recebimento entradas com os fluxos de pagamentos saídas Para Assaf Neto 2012 a TIR consiste em uma taxa de desconto que iguala em determinado momento as entradas e saídas do caixa Com ela procurase determinar o retorno requerido de determinado projeto auxiliando a tomada de decisões quanto à aceitação ou rejeição HOJI 2010 Para Gitman 2012 a TIR é a taxa de desconto que iguala o valor presente de fluxos de entradas de caixa com o investimento inicial associado a um projeto por conseguinte tornando o VPL 0 e o seu cálculo proposto por Gitman é feito mediante a aplicação da fórmula abaixo PB Custos do projetoinvestimento Entradas de caixa do período Zero Fluxo Caixa0 Fluxo Caixa1 Fluxo de Caixa2 Fluxo de Caixan 1 TIR0 1 TIR1 1 TIR2 1 in Figura 2 Fórmula para o cálculo do payback conforme diretrizes de Gitman Fonte Gitman 2012 Figura 2 Fórmula para o cálculo da TIR conforme diretrizes de Gitman Fonte Gitman 2012 263 Valor Presente Líquido VPL O Valor Presente Líquido VPL é uma técnica mais apurada e sofisticada sendo a ferramenta mais utilizada pelas grandes empresas na análise de investimentos Como o valor presente líquido VPL leva explicitamente em conta o valor do dinheiro no tempo é considerado uma técnica sofisticada de orçamento de capital GITMAN 2012 Por definição é o somatório de todos os valores dos fluxos de caixa projetados no momento 0 que é um indicador de tempo utilizandose uma taxa mínima de atratividade a qual indicará o retorno mínimo que um projeto precisa proporcionar para manter inalterado o estado financeiro da empresa HOJI 2010 O valor presente líquido é um elemento norteador na tomada de decisão Se for positivo indica que o projeto irá cobrir o investimento inicial e gerar recursos adicionais Se o VPL for negativo significa que o projeto não irá gerar recursos suficientes para cobrir o capital investido tendo em vista a taxa de retorno exigida A fórmula para fazer seu cálculo seguindo as premissas de Gitman 2012 pode ser visualizada a seguir 3 METODOLOGIA DE PESQUISA Silva 2003 p1 define método científico como um conjunto de processos ou operações que se deve empregar na investigação sendo portanto a linha do raciocínio adotada neste trabalho Em termos metodológicos este estudo se classifica quanto aos objetivos como descritivo quanto aos procedimentos como estudo de caso e quanto à abordagem do problema como quantitativo Como plano de coleta dos dados primeiramente fezse um levantamento de material bibliográfico relacionado ao estado da arte buscandose conhecer os fundamentos primordiais da análise econômicofinanceira tradicional encontrada na literatura disponível em conformidade com Gil 2007 para o qual a pesquisa bibliográfica é desenvolvida através de materiais preparados como livros e artigos científicos Quanto ao procedimento técnico foi realizado um estudo de caso cuja definição segundo Gil 2008 consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento tarefa praticamente impossível mediante outros delineamentos já considerados Vergara 2005 acrescenta estudo de caso é o circunscrito a uma ou pouca unidade entendidas essas como pessoa produto empresa órgão público comunidade ou mesmo país O estudo de caso foi adotado como método nesta pesquisa pois permite a construção do raciocínio usandose conceitos teóricos aplicáveis em apenas um caso analisado como VPL Tempo desconto último fluxo de caixa Valor presente das entradas de caixa tempo desconto entrada Investimento inicial Tempo desconto cada entrada caixa 1 1 taxa de desconto tempo desconto entrada Figura 3 Fórmula para o cálculo do VPL conforme diretrizes de Gitman Fonte Gitman 2012 demonstra Yin 2005 p 33 A investigação de estudo de caso enfrenta uma situação tecnicamente única em que haverá muito mais variáveis de interesse do que pontos de dados e baseiase em várias fontes de evidencias e beneficiase do desenvolvimento prévio de proposições teóricas para conduzir a coleta e a análise de dados A opção pela empresa objeto deste trabalho foi baseada na verificação in loco das dificuldades enfrentadas para alcançar uma gestão financeira eficiente daí o interesse em averiguar as ocorrências mediante a viabilidade econômicofinanceira dos projetos A e B cujo critério de seleção foi o valor total de cada e a performance financeira de cada um deles Como dito anteriormente a situação desta empresa é semelhante a várias MEs isto é os recursos são suficientes para mantêla porém não geram a lucratividade esperada Cabe assinalar que houve consentimento da diretoria da empresa para se submeter ao processo e somente após sua anuência o material de consulta para a efetuação da análise foi disponibilizado De posse dos documentos procedeuse a análise de viabilidade efetuada conforme os critérios mencionados no referencial teórico estabelecidos por Gitman 2012 que consistem nas seguintes técnicas de análise período de payback valor presente líquido VPL taxa interna de retorno TIR Para os cálculos foi utilizado o software EXCEL 4 DESENVOLVIMENTO 41 A Empresa em estudo A empresa objeto deste estudo pertence ao ramo de atividade de consultoria e pesquisa Iniciou suas atividades em julho de 2012 com sede na cidade de Belo HorizonteMG quando então o seu proprietário após trabalhar em outra empresa do ramo decidiu se desligar desta e abrir um negócio por conta própria No primeiro ano o proprietário executava sozinho todas as tarefas administrativas e especializadas e atualmente possui uma estrutura organizacional apoiada por estagiários e um administrador de empresas Em termos de estrutura organizacional a empresa apresenta uma hierarquia bem enxuta sendo representada por uma diretoria composta de um sócio e uma equipe de profissionais considerada de alta capacidade 411 Projeto A NatalRio Grande do Norte Basicamente o projeto constituiuse em uma pesquisa descritiva de natureza quantitativa visando a realização do diagnóstico socioeconômico por meio da tríade identificaçãocaracterizaçãodescrição das reais condições e demandas da mulher residente no município de Natal junto ao mercado de trabalho Identificar as reais demandas e necessidades deste grupo foi considerado como um processo norteador para indicar a oferta de melhores formas e alternativas para o estabelecimento de planos de ação e formulação de políticas para solucionar os problemas e defasagens existentes O público estudado foi obtido por processo de amostragem o qual considerou diversos indicadores a saber i população feminina total do município ii mulheres economicamente ativas iii na faixa etária entre 10 dez a 65 sessenta e cinco anos de idade iv distribuição da população pelas 04 regiões do município v inclusão de todos os bairros com probabilidade proporcional ao total da população residente Para o levantamento das informações foi construído um instrumento de coleta de dados estruturado composto por 44 quarenta e quatro questões distribuídas entre nove blocos O trabalho de campo foi realizado por 10 dez entrevistadores e 02 dois supervisores de campo profissionais com escolaridade entre o ensino médio completo e formação superior além de possuir habilidades exigidas para o bom desempenho da função 412 Projeto B Pernambuco O projeto B teve como foco o estudo do impacto dos cursos de capacitação profissional propiciados pelo Governo de Pernambuco e ministrados às mulheres cadastradas no Programa Mãe Coruja1 presente em 103 municípios localizados no referido Estado O estudo objetivava principalmente trazer novas contribuições para o debate sobre a formulação de políticas públicas para as mulheres especialmente aquelas atendidas pelo Programa Mãe Coruja e o aprimoramento dos mecanismos de gestão identificando a situação da mulher no mercado de trabalho em seu município a partir do seu aprimoramento profissional obtido em oficinas de formação Para o levantamento das informações foi construído um instrumento de coleta de dados questionário estruturado composto por 39 trinta e nove questões distribuídas entre quatro blocos i dados cadastrais ii dados socioeconômicos iii empreendedorismo iv perfil empreender da respondente A coleta de dados de natureza quantitativa executada dentro dos parâmetros do método survey foi desenvolvida por meio de entrevista pessoal individual e domiciliar A adoção de uma metodologia participativa permitiu que as beneficiárias além de objeto do processo fossem agentes transmissoras de suas necessidades e indicadoras de alternativas para melhorar sua qualidade de vida bem como revelar se os objetivos e metas propostos com a capacitação estavam gerando os resultados esperados 42 Resultados da análise Os projetos para análise foram realizados no ano de 2015 e selecionados pelo valor de mercado Houve um pequeno investimento inicial em cada um deles pois logo após o início das atividades os recursos financeiros foram disponibilizados pelos órgãos contratantes além de considerar que a empresa já possuía uma estrutura física A receita dos projetos A e B são R3798500 e R19183500 respectivamente totalizando uma receita de R22982000 Os custos fixos foram rateados pelo valor proporcional representado por cada projeto na soma das duas receitas ou seja o projeto A representa 1653 e o projeto B 8347 do total das receitas A taxa de retorno esperada em cada projeto foi de 10 O período aceitável de payback para os dois projetos foi de 5 cinco meses cada prazo este determinado pela Diretoria No que diz respeito ao valor total a ser recebido do projeto A realizado no município de NatalRN no período de janeiro a maio2015 era inferior ao levantamento dos custos para a sua execução e apesar das circunstâncias a diretoria da empresa optou por participar do processo licitatório para obter o atestado de capacidade técnica que lhe permitiria ampliar as áreas de atuação em futuras licitações Com relação ao fluxo de caixa referente a este projeto 1 Instituído pelo Governo do Estado de Pernambuco PE em 2007 por meio do Decreto n 30859 para apoiar mulheres e crianças em situação de vulnerabilidade os valores podem ser visualizados na Tabela 1 Tabela 1 Planilha de Fluxo de caixa Projeto A NatalRN Rubricas jan15 fev15 mar15 abr15 mai15 Saldo Inicial A 0 279 880 894 1149 Entradas B 7597 7597 7597 7597 7597 Parcela 1 7597 0 0 0 0 Parcela 2 0 7597 0 0 0 Parcela 3 0 0 7597 0 0 Parcela 4 0 0 0 7597 0 Parcela 5 0 0 0 0 7597 Saídas C 7318 6997 7583 7342 7547 Custo fixo 1996 1996 1996 1996 1996 Despesas do Projeto 5322 3785 3371 3914 3935 Impostos 0 1216 2216 1432 1616 Saldo no mês D B C 279 600 14 255 50 Saldo Acumulado E A D 279 880 894 1149 1199 Fonte Dados da pesquisa 2015 Na Tabela 1 acima se observa que os valores das despesas foram quase os mesmos das receitas o que gerou um saldo acumulado final que não cobriu nem o investimento inicial portanto no Projeto A a taxa de retorno esperada não foi alcançada Os resultados encontrados uma vez finalizada a análise da viabilidade econômica demonstram que a execução deste contrato não foi uma opção vantajosa para a empresa o que pode ser constatado pelos dados da Tabela 2 abaixo Tabela 2 Indicadores referentes ao Projeto A Indicadores Projeto A TaxaCusto Capital 10 Investimento Inicial 150000 Período de Payback Aceitável 5 meses Valor Presente Líquido VPL 53375 Payback Simples 537 Payback Descontado 591 Taxa interna de Retorno TIR 886 Fonte Dados financeiros do Projeto A Pelo VPL indicado nos resultados acima o projeto A deveria ter sido recusado pois não apresentou nenhum retorno financeiro para a empresa e reduziu o valor do capital do investidor mas como o objetivo macro era obter o atestado técnico foi aceito e realizado dentro do prazo e conforme as cláusulas estabelecidas no contrato Pela análise do Payback o projeto também deveria ser recusado já que tanto no payback simples como no descontado o retorno do investimento só aconteceria após o prazo máximo aceitável estipulado em 5 cinco meses ou seja o retorno do investimento seria de 5 meses e 11 dias e 5 meses e 27 dias respectivamente Com um saldo acumulado ao final do projeto de R119900 foi demonstrado que este projeto não recuperou o investimento inicial de R150000 Com o resultado da TIR de 886 o projeto também se demonstrou inaceitável já que este resultado é menor que o custo de capital estabelecido de 10 O estudo do projeto B realizado no estado de Pernambuco entre os meses de janeiro a junho2015 apresentou um fluxo de caixa com condições diferentes do A conforme se denota na Tabela 3 Tabela 3 Planilha de Fluxo de caixa Projeto B Pernambuco Rubricas jan15 fev15 mar15 abr15 mai15 jun15 Saldo Inicial A 0 1818 6806 8330 9784 15911 Entradas B 19880 39600 39600 39600 33275 19880 Parcela 1 19880 0 0 0 0 0 Parcela 2 0 39600 0 0 0 0 Parcela 3 0 0 39600 0 0 0 Parcela 4 0 0 0 39600 0 0 Parcela 5 0 0 0 0 33275 0 Parcela 6 0 0 0 0 0 19880 Saídas C 18062 34612 38076 38147 27147 17409 Custo fixo 10079 10079 10079 10079 10079 Despesas do Projeto 7983 18394 20323 20394 10929 11270 Impostos 6139 7673 7673 6139 6139 Saldo no mês D B C 1818 4988 1524 1453 6127 2471 Saldo Acumulado E A D 1818 6806 8330 9784 15911 18382 Fonte Dados da pesquisa 2015 Na Tabela 3 acima se observa que o valor das despesas no segundo terceiro e quarto mês foi alto em relação à receita onde neste período executouse o trabalho de campo nos outros meses o saldo do mês foi maior porque as despesas foram reduzidas Com um saldo acumulado positivo de R1883200 indicou um projeto rentável Os resultados encontrados uma vez finalizada a análise da viabilidade econômica demonstram que a execução deste contrato foi uma opção vantajosa para a empresa o que pode ser constatado pelos dados da Tabela 4 abaixo Tabela 4 Indicadores referentes ao Projeto B Indicadores Projeto B TaxaCusto Capital 10 Investimento Inicial 700000 Período de Payback Aceitável 5 meses Valor Presente Líquido VPL 611239 Payback Simples 385 Payback Descontado 423 Taxa interna de Retorno TIR 3442 Fonte Dados financeiros do Projeto B Com um VPL positivo o projeto B foi aceito e o retorno do investimento aconteceu dentro do período previsto conforme demonstram os resultados do payback simples e descontado que respectivamente representam 3 meses e 25 dias e 4 meses e 6 dias Com uma taxa de retorno interna de 3442 o projeto apresentou um resultado positivo no saldo acumulado e gerou valor para a empresa Como a empresa ganhou a licitação dos dois projetos quase que simultaneamente foi possível como explicado acima aceitar o projeto A apesar dos saldos de caixa baixos e caso seus recursos não fossem suficientes a empresa poderia usar dos recursos do projeto B já que seu objetivo inicial não era a rentabilidade Isto posto apresentase abaixo a planilha 5 conjunta dos fluxos de caixa do projeto A e B para uma análise final Tabela 5 Planilha de Fluxo de caixa Projetos A e B Rubricas jan15 fev15 mar15 abr15 mai15 jun15 Saldo Inicial A 0 2098 7686 9224 10933 15911 Entradas B 27477 47197 47197 47197 40872 19880 Parcela 1 27477 0 0 0 0 0 Parcela 2 0 47197 0 0 0 0 Parcela 3 0 0 47197 0 0 0 Parcela 4 0 0 0 47197 0 0 Parcela 5 0 0 0 0 40872 0 Parcela 6 0 0 0 0 0 19880 Rendimentos 0 0 0 0 0 0 Saídas C 25379 41609 45658 45488 34694 17409 Custo fixo 12075 12075 12075 12075 12075 0 Despesas do Projeto 13304 22178 23694 24308 14864 11270 Impostos 0 7355 9889 9105 7755 6139 Saldo no mês D B C 2098 5588 1539 1709 6177 2471 Saldo Acumulado E A D 2098 7686 9224 10933 17110 18382 Fonte Dados da pesquisa 2015 Esta Tabela 5 acima demonstra a realidade do caixa da empresa no decorrer dos dois projetos já que a regra constante não é separar os fluxos de caixa por projeto pois a empresa possui uma única conta bancária Com saldos mensais positivos foi possível a realização dos projetos sem depender de empréstimos e financiamentos Os resultados encontrados uma vez finalizada a análise da viabilidade econômica dos dois projetos demonstram que a execução destes contratos foi uma opção vantajosa para a empresa o que pode ser constatado pelos dados da Tabela 6 abaixo Tabela 6 Indicadores referentes ao Projeto B Indicadores Projetos A e B TaxaCusto Capital 10 Investimento Inicial 8500 Período de Payback Aceitável 5 meses Valor Presente Líquido VPL 557862 Payback Simples 405 Payback Descontado 446 Taxa interna de Retorno TIR 2944 Fonte Dados financeiros dos Projetos A e B Com o somatório dos dois projetos o VPL foi positivo indicando que os projetos poderiam ser aceitos A TIR taxa de retorno interna na somatória dos projetos alcançou um índice de 2944 confirmando a viabilidade econômica dos projetos mesmo que o projeto A não alcançou um resultado satisfatório O payback demonstrado na Tabela 6 indicou o retorno dos investimentos no quarto mês do início dos projetos alcançando o período aceitável de payback que era de 5 meses 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS É de extrema importância que a empresa Alfa mantenha o controle dos seus projetos levando em consideração seus fluxos de caixa pois como demonstrado no estudo é necessária a correta visualização do que se tem disponível em caixa para não comprometer a sobrevivência da empresa Uma boa prática a ser adotada pela empresa é a da projeção do fluxo de caixa de cada projeto antes de iniciálo permitindo assim a visualização das receitas custos diretos e indiretos e a minimização dos riscos Pelas informações repassadas pela diretoria a empresa também presta consultoria e tem espaços para treinamentos execução de grupos focais e reuniões Diante desta facilidade a empresa precisa pensar em estratégias para aumentar a sua receita utilizandose destas facilidades quem sabe até elaborando um planejamento estratégico para alcançar novas metas É importante que estabeleça por meio das práticas de Gestão Financeira o equilíbrio de suas contas e mantenha um fluxo de caixa com saldo suficiente para honrar seus custos fixos e se manter nos períodos em que não há projetos ou até vencer o próximo processo licitatório Estes projetos em estudo não geraram grandes valores para a empresa no sentido financeiro mas proporcionaram a participação em outras licitações concorrendo com grandes empresas e conseguindo ser vencedora em outros projetos de pesquisa Com isto irá adquirir mais experiência com possibilidade de colocar o nome da empresa em destaque no ramo em que está inserida Uma gestão financeira eficiente exige que o gestor da empresa use com afinco e envolvimento o ato de planejar e controlar as atividades econômicofinanceiras da empresa evitando que se trabalhe com números imprecisos e com o chamado achismo Além também de utilizarse dos métodos disponíveis para a avaliação da viabilidade econômica levando em consideração os custos envolvidos no projeto a expectativa de crescimento suas demandas e outras estimativas que possam comprometer a sobrevivência da empresa Para futuros projetos a serem realizados pela empresa é recomendável o levantamento de todas as premissas e estimativas que o envolverão a fim de visualizar o que se espera alcançar e conseguir um controle eficiente durante toda a sua execução permitindo assim mudanças caso sejam necessárias e aumentando a probabilidade de sucesso e alcance dos objetivos Para futuras pesquisas fica a sugestão de revisar o presente estudo e com isso verificar se a empresa está obtendo retorno financeiro nos seus projetos 6 REFERÊNCIAS ASSAF NETO A Finanças corporativas e valor 6 ed São Paulo Atlas 2012 ATKINSON AA BANKER RD KAPLAN RS YOUNG SM Contabilidade gerencial São Paulo Atlas 2000 AZEVEDO JG As práticas de gestão financeira em micro e pequenas empresas um estudo descritivo em indústrias de castanha de caju do estado do Rio Grande do Norte 2010 Dissertação Mestrado em Administração Universidade Potiguar Natal RN 2010 Disponível em httpwwwuniforbrindexphpoptioncomcontentviewarticleid 3075Itemid214 Acesso em 07 out 2015 BIEGER M SCARAMUSSA SA Práticas de gestão financeira para as empresas de pequeno e médio porte como ferramentas de gestão Facultad de Ciências Económicas Universidad Nacional de Misiones 2009 BRASIL HV BRASIL HG Gestão financeira das empresas um modelo dinâmico 4 ed 5ª reimp Rio de Janeiro Qualitymark 2008 BRASIL Lei Complementar nº 123 de 14 de dezembro de 2006 Institui o estatuto nacional da microempresa e da empresa de pequeno porte Disponível em httpwwwplanaltogovbrccivil03leislcplcp123htmart89 Acesso em 07 out 2015 BRASIL Lei Complementar nº 139 de 10 de novembro de 2011 Altera dispositivos da Lei Complementar nº 123 de 14 de dezembro de 2006 e dá outras providências Disponível em httpwwwplanaltogovbrccivil03leisLCPLcp139htmart5 Acesso em 27 out 2015 BRASIL Lei Complementar nº 147 de 7 de agosto de 2014 Altera a Lei complementar nº 123 de 14 de dezembro de 2006 e as Leis nº 5889 de 8 de junho de 1973 11101 de 9 de fevereiro de 2005 9099 de 26 de setembro de 1995 11598 de 3 de dezembro de 2007 8934 de 18 de novembro de 1994 10406 de 10 de janeiro de 2002 e 8666 de 21 de junho de 1993 e dá outras providências Disponível em httpwwwplanaltogovbrccivil03leisLCPLcp147htmart12 Acesso em 27 out 2015 BREALEY R MYERS S ALLEN F Princípios de finanças corporativas 8 ed São Paulo McGrawHill 2008 BRIGHAM EF Administração financeira teoria e prática São Paulo Atlas 2006 GIL AC Métodos e técnicas de pesquisa social 6ª ed São Paulo Atlas 2008 GITMAN LJ Princípios da administração financeira 12 ed São Paulo Pearson Prentice Hall 2012 GROPELLI AA Administração financeira 3 ed São Paulo Saraiva 2010 HOJI M Administração financeira e orçamentária matemática financeira aplicada estratégias financeiras orçamento empresarial 8 ed São Paulo Atlas 2010 KASPCZAK MCM SCANDELARI L XXVI ENEGEP Fortaleza CE outubro de 2006 Grau de utilização dos sistemas de fluxo de caixa na administração financeira das micro e pequenas empresas da cidade de Ponta Grossa LODDI CE Aplicação das teorias e métodos da administração financeira como sistema de apoio às tomadas de decisões de pequenos empreendimentos franqueados um estudo de caso 2008 Dissertação Mestrado em Engenharia Escola de Engenharia de São Carlos Universidade de São Paulo São Carlos São Paulo 2008 MORAIS S Administração financeira princípios fundamentos e práticas Rio de Janeiro Elsevier 2010 OLIVEIRA LM et al Controladoria estratégica São Paulo Atlas 2002 RIBEIRO MO BOLIGON JAR Análise por meio de índices financeiros e econômicos um estudo de caso em uma empresa de médio porte Disciplinarum Scientia Série Ciências Sociais Aplicadas v 5 n 1 p 1534 2009 SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS 2014 A evolução das microempresas e empresas de pequeno porte de 2009 a 2012 Série Estudos e Pesquisas Disponível em httpobservatoriosebraegocombrconjunturaeconomicaaevolucao dasmicroempresaseempresasdepequenoporte2009a2012brasil Acesso em 07 out 2015 SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS SC Critérios de classificação de empresas ME EPP Disponível em httpwwwsebrae sccombrleisdefaultaspvcdtexto4154 Acesso em 07 out 2015 SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS 2008 Coleção estudos e pesquisas outubro11 Fatores condicionantes e taxas de sobrevivência e mortalidade das micro e pequenas empresas no Brasil 20032005 Disponível em httpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos SobrevivenciadasempresasnoBrasil2011pdf Acesso em 07 out 2015 SILVA ACR Metodologia da pesquisa aplicada à Contabilidade São Paulo Atlas 2003 SOUZA LC Controladoria aplicada aos pequenos negócios Curitiba Juruá 2008 VERGARA SC Métodos de pesquisa em Administração São Paulo Atlas 2005 YIN RK Estudo de Caso planejamento e métodos 3 ed Porto Alegre Bookman 2005 Powered by TCPDF wwwtcpdforg Análise da viabilidade econômicofinanceira da energia solar fotovoltaica em uma Instituição de Ensino Superior do Sul do Brasil Jonatan Antonio Dassi Unochapecó dassiunochapecoedubr Antonio Zanin Unochapecó zaninunochapecoedubr Fabiano Marcos Bagatini Unochapecó bagatiniunochapecoedubr Ademar Tibola Unochapecó ademartibolaunochapecoedubr Rodrigo Barichello UNOCHAPECO rodrigobunochapecoedubr GEOVANNE DIAS DE MOURA Unochapecó geomouraterracombr Resumo O estudo objetivou analisar a viabilidade econômicofinanceira da energia solar fotovoltaica como alternativa para redução de custos e de diversificação energética em uma Instituição de Ensino Superior de Santa Catarina Para tal realizouse pesquisa exploratória por meio de estudo de caso em uma Instituição de Ensino Superior localizada no Estado de Santa Catarina Para a análise da viabilidade econômicofinanceira da energia solar fotovoltaica foram analisados o payback descontado o valor presente líquido a taxa interna de retorno e o valor anual uniforme equivalente Os resultados revelaram que o projeto da implantação de energia solar fotovoltaica como alternativa para redução de custos e de diversificação energética é viável para o período analisado considerando os dados projetados Palavraschave Viabilidade econômicofinanceira Energia solar fotovoltaica Instituição de Ensino Superior Área temática Custos aplicados ao setor privado e terceiro setor Powered by TCPDF wwwtcpdforg XXII Congresso Brasileiro de Custos Foz do Iguaçu PR Brasil 11 a 13 de novembro de 2015 Análise da viabilidade econômicofinanceira da energia solar fotovoltaica em uma Instituição de Ensino Superior do Sul do Brasil Resumo O estudo objetivou analisar a viabilidade econômicofinanceira da energia solar fotovoltaica como alternativa para redução de custos e de diversificação energética em uma Instituição de Ensino Superior de Santa Catarina Para tal realizouse pesquisa exploratória por meio de estudo de caso em uma Instituição de Ensino Superior localizada no Estado de Santa Catarina Para a análise da viabilidade econômicofinanceira da energia solar fotovoltaica foram analisados o payback descontado o valor presente líquido a taxa interna de retorno e o valor anual uniforme equivalente Os resultados revelaram que o projeto da implantação de energia solar fotovoltaica como alternativa para redução de custos e de diversificação energética é viável para o período analisado considerando os dados projetados Palavraschave Viabilidade econômicofinanceira Energia solar fotovoltaica Instituição de Ensino Superior Área Temática Custos aplicados ao setor privado e terceiro setor 1 Introdução A energia elétrica é essencial para a vida moderna e por isso é preciso produzila em larga escala para atender toda a população de um país Nesse sentido de acordo com Dutra et al 2013 a utilização de fontes não renováveis para gerar toda a energia é o que predomina atualmente Os autores destacam ainda que a utilização de fontes não renováveis provoca preocupantes impactos ambientais que vêm sendo comprovados pelos cientistas e sentidos pelas populações mundiais Como exemplo de fontes não renováveis podem ser citadas as termelétricas geradas com a utilização do carvão óleo ou outras fontes não renováveis As termelétricas segundo Jardim 2007 são as principais fontes de energia na maioria dos países desenvolvidos Para o autor contribuem também para o efeito estufa aquecimento global e de catástrofes climáticas Nesse cenário a preocupação ambiental é crescente na maioria dos países Por consequência as fontes de energias renováveis vem ganhando cada vez mais espaço no mercado mundial JARDIM 2007 Os principais motivos para o aumento na participação de energias renováveis conforme descreve Lodi 2011 são as preocupações ambientais desenvolvimento social e econômico o aumento da competitividade diante da geração convencional a volatilidade no preço do combustível fóssil aumento na demanda energética a segurança energética e as políticas governamentais A participação de energias renováveis na matriz energética no Brasil conforme dados da Empresa de Pesquisa Energética EPE 2014 empresa pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia foi de 41 em 2013 enquanto a média mundial foi de apenas 13 em 2011 Fazendose uma repartição da oferta interna dos 41 de energias renováveis têmse biomassa da cana 161 hidráulica 125 lenha e carvão vegetal 83 lixívia e outras renováveis 42 EPE 2014 Em 2013 ainda segundo dados da EPE 2014 a matriz elétrica brasileira neste caso são apresentadas apenas as fontes de energia para geração de energia elétrica apresentou para um total de 6099 TWh de energia elétrica produzida a seguinte configuração hidráulica XXII Congresso Brasileiro de Custos Foz do Iguaçu PR Brasil 11 a 13 de novembro de 2015 706 biomassa 76 eólica 11 gás natural 113 derivados de petróleo 44 nuclear 24 carvão e derivados 26 De acordo com os dados apresentados verificase que a energia solar ainda tem um papel pouco significativo na produção de energia elétrica visto que não aparece entre os percentuais relacionados pela EPE 2014 Então inferese que ainda há muito trabalho por se fazer para se incrementar a participação desta forma de energia na matriz elétrica do Brasil A energia solar dentre as fontes de energias renováveis destacase por ser autônoma por não poluir o meio ambiente por ser uma fonte inesgotável renovável porque oferece grande confiabilidade e por reduzir custos de consumo no longo prazo DUTRA et al 2013 Em relação a energia solar em 2012 com a finalidade de permitir ao consumidor gerar energia elétrica a partir da energia solar em seu próprio estabelecimento a Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL criou a resolução normativa n 482 de 17072012 Esta resolução estabeleceu as condições gerais para o acesso de microgeração e minigeração distribuída aos sistemas de distribuição de energia elétrica o sistema de compensação de energia elétrica ANEEL 2012 Assim sendo a energia solar que no Brasil já é uma realidade permite ao cidadão produzir energia elétrica em sua própria casa É uma fonte de energia limpa e renovável que se utiliza dos raios do Sol cujo impacto no meio ambiente é menor do que o de uma usina hidrelétrica nuclear ou termelétrica GREENPEACE 2013 Painéis solares em telhados ou quintais permitem a produção local de energia ao captar a luz solar Esse tipo de energia tornase uma opção ainda mais valiosa para os brasileiros graças à nova regulamentação da ANEEL que permite a troca da energia produzida pelos painéis por créditos em kWh na fatura de energia É uma fonte de energia com grande potencial e que ainda pode ser muito explorada e aproveitada pela população e pelos governantes Além disso tratase de uma fonte de energia com grande potencial de produção que pode atender toda a necessidade de energia do Brasil Diante do exposto o presente estudo tem por objetivo analisar a viabilidade econômicofinanceira da energia solar fotovoltaica como alternativa para redução de custos e de diversificação energética em uma Instituição de Ensino Superior de Santa Catarina A motivação para este estudo decorre da crescente visibilidade e interesse que as energias renováveis vêm despertando em pesquisadores empresas governos e países inclusive no Brasil nos últimos anos As energias renováveis conforme Jardim 2007 são na atualidade um dos mais importantes assuntos para as discussões sobre o futuro da humanidade 2 Referencial Teórico No referencial teórico deste estudo são abordados temas que embasam conceitualmente a problemática da pesquisa em questão Na subseção 21 buscase descrever questões relacionadas a energia solar na subseção 22 tratase da geração fotovoltaica de energia solar e por fim apresentamse indicadores para análise de viabilidade econômico financeira de projetos 21 Perspectivas da energia solar Assim como se busca ampliar a oferta e reduzir os custos de acordo com Jardim 2007 também crescem as preocupações com a sustentabilidade e o meio ambiente Para o autor é neste contexto que as energias renováveis aparecem e se destacam inclusive recebendo apoio de vários grupos e organizações para a sua ampliação As energias renováveis podem ser definidas como aquelas das quais as fontes não se esgotam ou seja que se renovam constantemente Jardim 2007 Também são entendidas XXII Congresso Brasileiro de Custos Foz do Iguaçu PR Brasil 11 a 13 de novembro de 2015 segundo Jardim 2007 p 2 como energias alternativas ao modelo energético tradicional tanto pela sua disponibilidade presente e futura garantida diferente dos combustíveis fósseis que precisam de milhares de anos para a sua formação como pelo seu menor impacto ambiental Dentre as fontes de energias renováveis a energia solar destacase vez que não polui o meio ambiente e pode ser vista como uma fonte inesgotável DUTRA et al 2013 Nesse sentido Brazil 2006 p 25 ressalta que o Brasil recebe elevados níveis de incidência da radiação solar praticamente durante todos os meses do ano inclusive no mês de junho correspondente ao solstício de inverno para o Hemisfério Sul No tocante a radiação solar Dutra et al 2013 descrevem que para um adequado aproveitamento da energia solar precisase conhecer a radiação e a insolação locais nos horários em que ocorrem Os autores 2013 p 230 esclarecem ainda que a radiação é medida por meio de pirômetros que registram a energia e a incidência sobre o hemisfério celeste Já a insolação é mensurada por meio de heliógrafos que determinam a duração da radiação direta em períodos considerados benéficos De acordo com os dados apresentados durante o Seminário de Mini e Microgeração de Energia realizado pela ANEEL em abril de 2014 o país apresentava a seguinte situação a Capacidade instalada no País era estimada em 40 MWp até 2013 b Cerca de 90 desse total não estavam conectados à Rede sistemas isolados c Irradiação Solar no Plano Inclinado Média Anual kWhm2ano 1650 a 2400 Percebese por meio destes dados apresentados pela ANEEL que a energia solar no Brasil ainda é pouco explorada sendo utilizada apenas para os geradores e não distribuída pela Rede de distribuição No exterior ainda segundo dados apresentados pela ANEEL 2014 o panorama difere do Brasil apresentando os seguintes dados a Crescimento contínuo da potência instalada na última década atingindo 69GWp em 2011 e 100GWp em 2012 b A taxa média de crescimento da geração solar nos últimos 5 anos supera 65 aa c Instalações ainda concentradas em poucos países 50 Alemanha e Itália 75 6 países Alemanha Itália Japão Espanha EUA e China 74 Europa d A redução de custos tem sido contínua o que é atribuído aos ganhos de escala às inovações tecnológicas à crise econômica europeia e à sobreoferta e O custo dos painéis fotovoltaicos caiu de cerca de US 30 em 1980 para menos de US 1 por Wp f A maioria das instalações existentes estão conectadas à Rede GD g Irradiação Solar no Plano Inclinado Média Anual kWhm2ano Alemanha 900 a 1250 França 900 a 1650 Espanha 1200 a 1850 Em geral as energias eólica e solar são as que poderiam dar a maior contribuição para a geração de energia elétrica em todo o mundo WBGU 2013 Em 2011 a German Advisory Council on Global Change WBGU elaborou um estudo sobre as perspectivas de utilização de energia em todo o mundo conforme exposto na Figura 1 XXII Congresso Brasileiro de Custos Foz do Iguaçu PR Brasil 11 a 13 de novembro de 2015 Figura 1 Perspectivas de utilização de energia mundial Fonte WBGU 2011 De acordo com o estudo da German Advisory Council on Global Change as energias renováveis apresentam perspectivas de crescimento enquanto que as energias não renováveis apresentam tendência decrescente de utilização para um horizonte de tempo que estendese até 2050 conforme se verifica na Figura 1 No Brasil a utilização de energias renováveis na produção de energia elétrica segue a tendência mundial A biomassa vem sendo utilizada com sucesso há mais de uma década no processo de produção de energia elétrica em usinas de açúcar e álcool e de beneficiamento de arroz Os recursos financeiros recebidos pela venda de energia elétrica representam um percentual considerável no faturamento global destas empresas Em ascensão e acompanhando o gráfico de tendências mundiais estão também os investimentos em energias solar e eólica O Brasil possui um vasto território com incidência de sol e ventos que propiciam investimentos nestas fontes de energias renováveis Portanto além de grande potencial para o aproveitamento solar o país também apresenta um enorme potencial para a utilização da energia solar em sistemas solares fotovoltaicos isolados ou interligados à rede elétrica Jardim 2007 p 2 Uma das principais vantagens da instalação de energia solar é a descentralização da produção de energia no Brasil Poder produzir eletricidade em seu próprio domicílio representa mais independência para o consumidor isto é não depender dos custos de distribuição e nem dos altos encargos do governo Com isso o brasileiro passará a entender com mais clareza sua conta de luz e o real valor da energia Com o sistema de compensação estabelecido pela ANEEL em dezembro de 2012 RN n 482 é possível injetar a energia produzida por placas solares na rede elétrica pública e ganhar em troca kWh de sua distribuidora de energia Ou seja a nova conta de luz seria a seguinte Consumo da Rede Elétrica Energia Gerada pelas Placas Solares NOVA CONTA DE ENERGIA É uma maneira de incentivar as energias renováveis uma vez que a compensação é prevista apenas para geração renovável de pequeno porte Se a geração de energia for maior que o consumido no mês o excedente será usado para diminuir o custo do consumo nos meses seguintes É importante dizer que sua conta nunca chegará a zero pois os XXII Congresso Brasileiro de Custos Foz do Iguaçu PR Brasil 11 a 13 de novembro de 2015 consumidores devem pagar um custo mínimo de disponibilidade Mas com certeza será um valor muito menor se comparado ao atual 22 Geração fotovoltaica de energia solar O efeito fotovoltaico que tratase da conversão da radiação solar em eletricidade foi relatado pelo físico francês Edmond Becquerel no ano de 1839 SAUER et al 2006 VALLÊRA BRITO 2006 Segundo Sauer et al 2006 somente em 1876 foi obtido o primeiro dispositivo a base de selênio porém o primeiro dispositivo viável foi desenvolvido no ano de 1953 nos Laboratórios Bell nos Estados Unidos em um substrato de silício Essa tecnologia ainda de acordo com Sauer et al 2006 ficou limitada à aplicação aeroespacial até o início da década de 1970 quando em razão da primeira crise do petróleo iniciaramse novas investigação mais detalhadas para sua aplicação Os autores mencionam também que uma das alternativas propostas na época foi o desenvolvimento de células em silício policristalino que reduzia o custo e proporcionava maior viabilidade econômica da tecnologia Todavia ressaltaram que esse avanço ainda não foi suficiente para impulsionar os investimentos em células desse tipo todavia estimulou a permanência de alguns grupos de pesquisa nessa área As décadas de oitenta e noventa conforme Vallêra e Brito 2006 também foi considerada um período de maior investimento em energia solar oriundo de programas de financiamento e motivados principalmente pela consciência crescente da ameaça das alterações climáticas resultantes da queima de combustíveis fósseis Em 1990 conforme descreve Sauer et al 2006 foi anunciado o resultado proveniente de uma célula em escala laboratorial com eficiência de conversão de 35 em áreas de 5 mm2 foi então quando a tecnologia de fabricação de células em silício policristalino tornouse interessante A partir de então segundo os autores houve uma retomada dos investimentos em pesquisas para a obtenção de silício policristalino de baixo custo Sauer et al 2006 destaca que apesar de a energia solar ser a mais abundante entre as fontes renováveis ainda assim tem os custos por kW instalado mais elevados em especial em decorrência do oneroso processo de fabricação de painéis fotovoltaicos Apesar disso esse é um mercado em franca expansão Nesse sentido Shayani Oliveira e Camargo 2006 descrevem que o custo oriundo da implantação da geração solar pode chegar a 50 vezes o custo de de implantação de uma pequena central hidrelétrica mas por outro lado o custo da energia gerada durante a vida útil do sistema implantado mostrase 10 vezes mais eficiente para sistemas isolados e 3 vezes mais eficiente para geração interligada à rede elétrica Deste modo os autores 2006 p 2 mencionam que com a redução anual do custo dos sistemas solares e a valoração dos custos ambientais e sociais da geração centralizada o sistema solar tende a se tornar economicamente competitivo a curto prazo A conversão da energia solar em eletricidade pode ser obtida por meio do chamado sistema fotovoltaico ROSA 2007 Esse sistema conforme explica Rosa 2007 é constituído essencialmente por um conjunto de painéis ou módulos fotovoltaicos por um regulador de tensão um sistema de armazenamento ou acumuladores e por um inversor que converte corrente contínua em alternada Rosa 2007 especifica ainda que o painel fotovoltaico realiza uma função de gerador propriamente dito Descreve em seguida que o painel é composto ainda por células fotovoltaicas construídas a partir de semicondutores que após receberem a luz solar em sua superfície produzem tensão elétrica em seus terminais Em países desenvolvidos ao longo dos anos segundo Jardim 2007 têm sido lançados programas governamentais subsidiando a instalação dessa aplicação O autor cita XXII Congresso Brasileiro de Custos Foz do Iguaçu PR Brasil 11 a 13 de novembro de 2015 como exemplo principalmente os EUA A Million Roofs Program programa um milhão de telhados a Alemanha Hundert Tausend Dächer Programme programa cem mil telhados e a o Japão onde há a lei de incentivo às energias renováveis com tarifaprêmio privilegiada para a geração solar New Sunshine Program Tais sistemas conforme ressalta Jardim 2007 representam um reforço à geração convencional que já existe e que apensa de no presente a contribuição ainda ser pequena no futuro poderá contribuir sobremaneira para a geração de energia elétrica 23 Indicadores para análise de viabilidade econômicofinanceira de projetos Dependendo das características do projeto diferentes tipos de indicadores de viabilidade econômicofinanceira podem ser utilizados Neste estudo que objetiva analisar a viabilidade econômicofinanceira da energia solar fotovoltaica serão analisados o payback descontado o valor presente líquido a taxa interna de retorno e o valor anual uniforme equivalente 231 Payback Descontado Alguns autores entre eles Lemes Júnior Rigo e Cherobim 2002 Brigham e Ehrhardt 2006 abordam o payback descontado com um método de análise capaz de evidenciar o tempo necessário para recuperar o investimento inicial Este método de acordo com os autores citados considera o valor do dinheiro no tempo pois utiliza uma taxa de desconto para verificar o número exato de períodos em que o projeto recupera o valor inicial investido Normalmente essa taxa de desconto usada é a taxa mínima de atratividade a qual é determinada pelo próprio investidor como parâmetro para remuneração de seu capital 232 Valor Presente Líquido VPL Para Souza 2003 p 74 o valor presente líquido VPL corresponde à diferença entre o valor presente das entradas líquidas de caixa associadas ao projeto e o investimento inicial necessário Nesse sentido Gitman 2001 afirma que o VPL é uma técnica de orçamento sofisticada O seu valor é determinado subtraindose do valor inicial de um projeto o valor presente das entradas líquidas de caixa descontadas a uma taxa igual ao custo do capital da empresa LEMES JÚNIOR RIGO e CHEROBIM 2002 Brasil 2002 p 08 cita que o critério do valor presente líquido fornece indicação a respeito do potencial de criação de valor de um investimento Desta forma o VPL é uma medida de quanto valor é criado ou adicionado hoje realizando determinado investimento Para tanto fazse necessário trazer a valor presente todos os fluxos de caixa esperados utilizando uma taxa de desconto e após reduzir estes valores do desembolso inicial do projeto Conforme Lemes Júnior Cherobim e Rigo 2002 utilizar o VPL para a tomada de decisões facilita o alcance do principal objetivo do administrador financeiro que é de maximizar a riqueza do acionista ou proprietário Ressaltase que o VPL é o método de análise de investimento em projetos mais utilizado por profissionais de finanças pois permite interpretar facilmente os resultados ABREU FILHO 2003 ZANIN BAGATINI 2012 233 Taxa Interna de Retorno TIR A taxa interna de retorno TIR de um investimento é a taxa exigida de retorno que quando utilizada como taxa de desconto resulta em VPL igual a zero ROSS WESTERFIELD JORDAN 2000 SOUZA CLEMENTE 2001 BRASIL 2002 LEMES JÚNIOR RIGO CHEROBIM 2002 ABREU FILHO et al 2003 Assim quando o VPL é XXII Congresso Brasileiro de Custos Foz do Iguaçu PR Brasil 11 a 13 de novembro de 2015 zero encontrase o ponto de equilíbrio econômico do projeto e deste modo não haverá criação nem destruição de valor ROSS WESTERFIELD JORDAN 2000 Com a TIR determinase uma única taxa de retorno para sintetizar os méritos de um projeto Essa taxa é dita interna no sentido de que depende somente dos fluxos de caixa de certo investimento e não de taxas oferecidas em algum outro lugar LEMES JÚNIOR RIGO e CHEROBIM 2002 Então para avaliação de propostas de investimento por meio do cálculo da TIR é necessário conhecer os montantes de dispêndio de capital desembolsos se tiver mais de um e dos fluxos de caixa líquidos gerados pela decisão onde a TIR representará a rentabilidade do projeto expressa em termos de taxa de juros ASSAF NETO 2003 Desta forma a TIR representa a taxa de juros para a qual o valor presente das entradas de caixa resultantes do projeto iguala o valor presente dos desembolsos do mesmo sendo uma medida bastante utilizada no orçamento de capital Caracteriza desta forma a taxa de remuneração do capital investido 234 Valor Anual Uniforme Equivalente É mais um método a ser utilizado para analisar as propostas de investimentos de recursos Para Kassai et al 2005 p 85 este método consiste em obter um valor médio periódico dos fluxos de caixa positivos e comparálo com o valor médio dos fluxos de caixa negativos 3 Procedimentos Metodológicos O estudo caracterizase como pesquisa exploratória realizada por meio de um estudo de caso em uma Instituição de Ensino Superior localizada no Estado de Santa Catarina A pesquisa do tipo exploratória de acordo com Martins e Theóphilo 2007 é a abordagem adotada quando se busca maiores informações sobre determinado assunto Os autores complementam descrevendo que é aquela que possui um planejamento flexível e é indicada quando se tem poucas informações sobre o objeto de pesquisa Em relação a pesquisa exploratória Gil 2008 salienta ainda que a pesquisa exploratória proporciona maior familiaridade com o problema ou seja com objetivo de torná lo mais explícito Ainda segundo o autor geralmente esse tipo de pesquisa assume a forma de pesquisa bibliográfica ou de estudo de caso O estudo de caso segundo Gil 2008 consiste no estudo aprofundado de um ou de poucos objetivos de modo que possibilite o conhecimento amplo e detalhado Para Yin 2005 p 32 tratase de uma investigação empírica que investiga um fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto de vida real Os dados relacionados nesse estudo de caso foram coletados diretamente na Instituição de Ensino Superior em análise por meio de entrevistas nãoestruturadas no período de Março de 2015 a Abril de 2015 Segundo Gil 2008 entrevistas nãoestruturadas são aquelas em que o entrevistador possui um guia com tópicos previamente determinados mas sem haver uma sequência obrigatória a seguir De modo mais específico a pesquisa iniciase com o estudo da estrutura da edificação em que pretendese instalar o sistema de geração de energia elétrica através de energia solar As condições ambientais diferentes para cada região do país são fatores que também foram levados em consideração haja vista sua interferência direta na eficiência do sistema XXII Congresso Brasileiro de Custos Foz do Iguaçu PR Brasil 11 a 13 de novembro de 2015 Após foram realizadas análises técnicas dos sistemas propostos pelos possíveis fornecedores incluindo os painéis solares inversores de frequência entre outros itens necessários ao processo de construção de uma central de minigeração distribuída de energia elétrica Em seguida foram realizados os cálculos da geração de energia com base nas informações coletadas na própria Instituição de Ensino quais sejam a Localização no qual a instalação se encontra b Radiação solar no local horas de sol equivalentedia de acordo com a localização da edificação c Perdasganhos por inclinação dos painéis solares d Perdas por sombreamento e Temperatura ambiente ao longo do ano f Número total de painéis solares de acordo com a área total do telhado disponível para instalação dos equipamentos g Potência e tensão elétrica dos painéis solares h Rendimento dos painéis solares Por fim foi realizado o cálculo do investimento necessário para instalação do sistema proposto com base em orçamento de equipamentos fornecido por um possível fornecedor local o qual será responsável pela instalação e comissionamento da central de minigeração de energia elétrica O custo da energia elétrica foi considerado o atualmente pago pela instituição analisada ao seu fornecedor Para a análise da viabilidade econômicofinanceira da energia solar fotovoltaica foram analisados o payback descontado o valor presente líquido a taxa interna de retorno e o valor anual uniforme equivalente 4 Descrição e análise dos resultados Neste capítulo apresentamse todas as informações relativas ao sistema fotovoltaico proposto bem como as análises econômicofinanceiras do projeto 41 Instalação do sistema fotovoltaico proposto O sistema projetado deve ser conectado diretamente à rede de energia elétrica existente na universidade isto possibilita dispensar o uso de baterias pois a rede de energia funciona como um backup Este sistema é mais comum em áreas urbanas utilizando edificações já existentes que além de consumidores também passam a produtores de energia podendo em algumas situações retornar a energia excedente à rede de distribuição conforme apresentado na Figura 2 em que se ilustra o sistema fotovoltaico sugerido XXII Congresso Brasileiro de Custos Foz do Iguaçu PR Brasil 11 a 13 de novembro de 2015 Figura 2 Sistema fotovoltaico conectado a rede Fonte Viridian 2015 Para dimensionar de forma apropriada um sistema fotovoltaico conectado à rede elétrica conforme o exposto na Figura2 devese considerar as variações de temperatura do local onde o mesmo é instalado pois a mesma impacta no rendimento dos módulos bem como a quantidade média diária de sol A Figura 3 apresenta a irradiação média mensal da cidade em que a Instituição de Ensino Superior está localizada Figura 3 Horas de Sol equivalentedia média Fonte ATLAS Solarimétrico do Brasil 2000 Por meio da Figura 3 verificase que na cidade onde a Instituição está localizada a média anual gira em torno de 5 horas de sol equivalente ao dia Os meses de novembro a fevereiro apresentam maior insidência de sol acima de 6 horas diárias enquanto os meses de junho e julho a menor incidência de sol com menos de 3 horas diárias Em razão da variação de incidência solar durante os meses do ano a inclinação e a posição dos painéis são fundamentais pois podem provocar perdas Para este projeto considerouse uma inclinação dos painéis em relação ao plano horizontal de 20 graus A figura 4 apresenta os ganhos e perdas mensais relacionadas à inclinação e posicionamento estimados XXII Congresso Brasileiro de Custos Foz do Iguaçu PR Brasil 11 a 13 de novembro de 2015 Figura 4 Ganhos e perdas por inclinação dos painéis Fonte Dados da pesquisa Os valores na Figura 4 estão em escala comparativa entre um sistema com painéis solares instalados na posição horizontal e com o mesmo sistema com painéis solares instalados com inclinação de 20 em relação ao plano horizontal O valor 10 mostrado na Figura 4 representa que a eficiência do sistema é igual tanto para a posição horizontal quanto para a inclinada Um valor maior que 10 representa quantas vezes o sistema inclinado é melhor que o sistema na posição horizontal Um valor menor que 10 representa quantas vezes o sistema na posição inclinada é menos eficiente que o sistema com placas instaladas na posição horizontal Por meio da Figura 5 visualizase a quantidade média de horas de soldia já considerando os efeitos de sombreamento e inclinação Figura 5 Radiação mensal após sombreamento e inclinação Fonte Dados da pesquisa Os valores ora apresentados foram obtidos através do produto entre os valores das Figuras 3 e 4 Com o sistema instalado na posição horizontal demonstrado pela Figura 3 conseguese uma incidência de sol sobre os painéis solares de 50 horas de sol equivalentedia média Já com o sistema inclinado em 20 conforme demonstra o gráfico da Figura 5 a incidência de sol sobre os painéis solares chega a 53 horas de sol equivalentedia média Observase assim que a inclinação dos painéis solares resulta em um ganho na eficiência do sistema de aproximadamente 6 Para efeito de projeto estes são os dados levados em conta para o dimensionamento da quantidade de painéis e potência do inversor XXII Congresso Brasileiro de Custos Foz do Iguaçu PR Brasil 11 a 13 de novembro de 2015 42 Investimento em equipamentos para instalação do sistema e geração de energia Com base nos dados coletados o sistema proposto para a Instituição de Ensino Superior em estudo é composto dos equipamentos descritos no Quadro 01 com os respectivos investimentos necessários Quadro 01 Investimento do projeto Material Quant Valor R un Valor total R Painel Solar distribuidor Renovigi fabricante Risen modelo SYP250 certificação A no Inmetro 400 75000 30000000 Inversor on grid distribuidor Renovigi fabricante BB Power modelo ST 20000TL potência de 200kW 5 1561988 7809940 Suporte de fixação de painéis 400 12000 4800000 Comissionamento e startup 1 1200000 1200000 Interligação com a rede de energia existente 1 750000 750000 Painel de proteção e distribuição de energia fotovoltaica PPDEF 1 920000 920000 Instalações elétricas das placas fotovoltaicas 1 6200000 6200000 Projeto Elétrico 1 2800000 2800000 Total 54479940 Fonte Dados da pesquisa Os painéis solares descritos no Quadro 1 serão instalados na parte superior sobre o telhado da edificação os quais estarão calçados por suportes de sustentação fixados na própria edificação Os inversores e painéis elétricos bem como a conexão com a rede elétrica existente estarão localizados em uma sala específica da própria edificação no andar térreo para facilitar a manutenção e gerenciamento do processo de produção de energia elétrica O projeto elétrico comissionamento e starup serão feitos por uma empresa especializada da própria cidade que já possui knowhow na área de energias renováveis O projeto elétrico deve ser feito e encaminhado à concessionária de energia local para avaliação e aprovação haja vista que este procedimento é uma exigência da própria concessionária com o objetivo de garantir a segurança e bom funcionamento do sistema Verificase que o investimento em equipamentos para instalação do sistema e geração de energia através de painéis fotovoltaicos conforme pode ser visualizado no Quadro 1 é de R 54479940 43 Capacidade de geração do sistema proposto Com base no sistema proposto composto por 400 painéis fotovoltaicos de 250Wpcada e considerando temperatura inclinação e radiação no local onde os mesmos poderão ser instalados é possível que o sistema forneça mês a mês em média a energia apresentada na figura 06 XXII Congresso Brasileiro de Custos Foz do Iguaçu PR Brasil 11 a 13 de novembro de 2015 Figura 06 Energia média gerada pelo sistema KWhmês Fonte Dados da pesquisa Observase na Figura 6 que a geração de energia elétrica é maior nos meses mais quentes do ano tendo em vista a maior incidência de sol São justamente os períodos de maior consumo pela instituição devido aos sistemas de climatização utilizados principalmente para refrigeração quando da elevação de temperatura ambiente A energia elétrica produzida pelo sistema fotovoltaico supre uma parcela de aproximadamente 25 do consumo de energia da edificação de acordo com estudos técnicos realizados As medições foram realizadas por um período de uma semana no mês de abril de 2015 instalandose equipamentos apropriados para registro do consumo de energia da edificação 44 Análise da viabilidade econômicofinanceira do projeto A energia atualmente consumida pela IES é fornecida por uma empresa que atua na comercialização da mesma no mercado livre Após analisar a fatura de energia elétrica foi possível perceber que o valor do kWh pago pela IES para a fornecedora era de R 04211 A Centrais Elétricas de Santa Catarina SA Celesc é a concessionária de energia elétrica local e esta cobra pelo transporte da energia até o consumidor Esta cobrança é referente a utilização da rede da empresa para transportar a energia entre a geração e o consumidor final Foi possível perceber também pela fatura que o valor do kWh pago para o transporte da energia era de R 0037381 não tendo distinção de valores em horário de ponta e fora da ponta Desta forma temse um total de R 04584 por kWh O quadro 2 apresenta o fluxo de caixa projetado para o período de 15 anos Quadro 2 Fluxo de caixa projetado Anos Investimento Economia Fatura Energia Elétrica Fluxo de Caixa Fluxo de Caixa Descontado Payback descontado 0 R 54479940 R 54479940 R 54479940 R 54479940 1 R 7531145 R 7531145 R 6846496 R 47633444 2 R 7531145 R 7531145 R 6224087 R 41409357 3 R 7531145 R 7531145 R 5658261 R 35751096 4 R 7531145 R 7531145 R 5143874 R 30607223 5 R 7531145 R 7531145 R 4676249 R 25930974 6 R 7531145 R 7531145 R 4251135 R 21679839 7 R 7531145 R 7531145 R 3864668 R 17815171 8 R 7531145 R 7531145 R 3513335 R 14301836 XXII Congresso Brasileiro de Custos Foz do Iguaçu PR Brasil 11 a 13 de novembro de 2015 9 R 7531145 R 7531145 R 3193941 R 11107895 10 R 7531145 R 7531145 R 2903583 R 8204312 11 R 7531145 R 7531145 R 2639620 R 5564692 12 R 7531145 R 7531145 R 2399655 R 3165037 13 R 7531145 R 7531145 R 2181505 R 983532 14 R 7531145 R 7531145 R 1983186 R 999653 15 R 7531145 R 7531145 R 1802896 R 2802550 Fonte Dados da pesquisa Ao considerar um custo do kWh de R 04584 e a possibilidade de geração média mensal do sistema proposto de 13691 kWh é possível economizar anualmente R 7531145 ou seja mensalmente R 627595 conforme pode ser visualizado no Quadro 2 O cálculo do payback descontado considera uma TMA de 10 ao ano assim são necessários 1350 anos para recuperar o investimento inicial proposto de R 54479940 Notase ainda no Quadro 2 que o valor presente líquido ao final do décimo quinto ano será de R 2802550 a taxa interna de retorno de 1089 e o valor anual uniforme equivalente de R 368462 Ao observar ainda no Quadro 2 apenas a economia acumulada durante um período de 8 anos R 7531145 x 8 é possível identificar um valor total de R 60249160 ou seja já é R 5769220 superior ao custo total da instalação do sistema de geração solar Portanto a partir de aproximadamente 75 anos o sistema já estará totalmente pago e gerando uma economia anual de R 7531145 Assim é possível concluir que para uma TMA de 10 ao ano o projeto de energia solar fotovoltaica como alternativa para redução de custos e de diversificação energética é viável para o período analisado considerando os dados projetados 5 Considerações Finais O estudo objetivou analisar a viabilidade econômicofinanceira da energia solar fotovoltaica como alternativa para redução de custos e de diversificação energética em uma Instituição de Ensino Superior de Santa Catarina Para tal realizouse pesquisa exploratória por meio de um estudo de caso em uma Instituição de Ensino Superior localizada no Estado de Santa Catarina Para a análise da viabilidade econômicofinanceira da energia solar fotovoltaica foram analisados o payback descontado o valor presente líquido a taxa interna de retorno e o valor anual uniforme equivalente Os resultados revelaram que o projeto da implantação de energia solar fotovoltaica como alternativa para redução de custos e de diversificação energética é viável para o período analisado considerando os dados projetados Concluise que além de reduzir custos e de apresentar viabilidade econômico financeira para a Instituição de Ensino analisada a energia solar uma das mais importantes dentre as fontes de energias renováveis gerará benefícios inestimáveis também ao meio ambiente Referências ABREU FILHO José Carlos Franco de SOUZA Cristóvão Pereira de GONÇALVES Danilo Amerio CURY Marcus Vinícius Quintella Finanças Corporativas Rio de Janeiro FGV 2003 XXII Congresso Brasileiro de Custos Foz do Iguaçu PR Brasil 11 a 13 de novembro de 2015 ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica Seminário Micro e Minigeração Distribuída Impactos da Resolução Normativa n 4822012 BrasíliaDF 2014 Disponível em httpwwwaneelgovbrhotsitemmgd Acesso em 06072015 Resolução Normativa n 482 de 17 de abril de 2012 Estabelece as condições gerais para o acesso de microgeração e minigeração distribuída aos sistemas de distribuição de energia elétrica o sistema de compensação de energia elétrica Rio de Janeiro 2012 Disponível em httpwwwaneelgovbrcedocren2012482pdf Acesso em 06072015 ASSAF NETO Alexandre Finanças corporativas e valor São Paulo Atlas 2003 ATLAS Solarimétrico do Brasil Recife Editora Universitária da UFPE 2000 BRASIL Haroldo Guimarães Avaliação Moderna de Investimentos Rio de Janeiro Qualitiymark 2002 BRAZIL O A V Regulação e apropriação de energia térmica solar pela população de baixa renda no Brasil 2006 121 f Dissertação Mestrado em Regulação da Indústria de Energia Universidade Salvador UNIFACS Salvador 2006 DUTRA J C D N BOFF V Â SILVEIRA J S T ÁVILA L V Uma Análise do Panorama das Regiões Missões e Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul sob o Prisma da Energia Eólica e Solar Fotovoltaica como Fontes Alternativas de Energia Revista Paranaense de DesenvolvimentoRPD v 34 n 124 p 225243 2013 EPE Empresa de Pesquisa Energética Balanço Energético Nacional 2014 Ano base 2013 Rio de Janeiro 2014 Disponível em httpwwwepegovbr Acesso em 15062015 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed São Paulo Atlas 2008 GITMAN L J Princípios da administração financeira 2 ed Porto Alegre Bookman 2001 GREENPEACE Cartilha Solar 2013 Disponível em httpwwwgreenpeaceorg Acesso em 07072015 JARDIM C S A inserção da geração solar fotovoltaica em alimentadores urbanos enfocando a redução do pico de demanda diurno 2007 148 f Tese Doutorado em Engenharia Civil Programa de PósGraduação em Engenharia Civil da Universidade Federal de Santa Catarina Florianópolis 2007 KASSAI J R et al Retorno de investimento abordagem matemática e contábil do lucro empresarial 3 ed São PauloAtlas 2005 LEMES JUNIOR Antônio Barbosa CHEROBIM Ana Paula RIGO Cláudio Miessa Administração Financeira princípios fundamentos e práticas brasileiras 5 reimpressão Rio de Janeiro Elsevier 2002 XXII Congresso Brasileiro de Custos Foz do Iguaçu PR Brasil 11 a 13 de novembro de 2015 LODI C Perspectivas para a Geração de Energia Elétrica no Brasil Utilizando a Tecnologia Solar Térmica Concentrada 2011 127 f Dissertação Mestrado em Ciências em Planejamento Energético Programa de Planejamento Energético COPPE da Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2011 ROSA V H S Energia elétrica renovável em pequenas comunidades no Brasil em busca de um modelo sustentável 2007 440 f Tese Doutorado em Desenvolvimento Sustentável Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília Brasília 2007 ROSS Stephen A WESTERFIELD Randolph W JORDAN Brandford D Princípios de administração financeira 2ed São Paulo Atlas 2000 SAUER I L QUEIROZ M S MIRAGAYA J C G MASCARENHAS R C JÚNIOR A R Q Energias renováveis ações e perspectivas na Petrobrás Bahia Análise Dados v 16 n 1 p 922 2006 SHAYANI R A OLIVEIRA M CAMARGO I Comparação do custo entre energia solar fotovoltaica e fontes convencionais In CONGRESSO BRASILEIRO DE PLANEJAMENTO ENERGÉTICO CBPE 5 2006 Brasília Anais 2006 SOUZA A B Projetos de investimentos de capital elaboração análise tomada de decisão São Paulo Atlas 2003 SOUZA A CLEMENTE A Decisões financeiras e análise de investimentos fundamentos técnicas e aplicações 4 ed São Paulo Atlas 2001 VALLÊRA Antônio M BRITO Miguel Centeno Meio século de história fotovoltaica Gazeta da física v 29 2006 VIRIDIAN Energia Solar Fotovoltaica 2015 Disponível em httpwwwviridiancombr Acesso em 08072015 WBGU German Advisory Council on Global Change World in Transition A Social Contract for Sustainability Germany 2011 Disponível em httpwwwwbgudeenflagshipreports Acesso em 06072015 World in Transition Governing the Marine Heritage Germany 2013 Disponível em httpwwwwbgudeenflagshipreports Acesso em 06072015 ZANIN A BAGATINI F M The economic and financial feasibility of a biodigester A sound alternative for reducing the environmental impact of swine production In CURKOVIC S Org Susteinable Development Authoritative and leading edge content for environmental management Rijeka Croatia Intech P 371388 2012 1 Análise da viabilidade econômicofinanceira da energia solar fotovoltaica em uma Instituição de Ensino Superior do Sul do Brasil A pesquisa em questão aborda a análise da viabilidade econômicofinanceira da implementação de energia solar fotovoltaica em uma Instituição de Ensino Superior localizada em Santa Catarina Brasil O estudo emprega uma abordagem exploratória utilizando um estudo de caso para coletar dados diretamente na instituição Os procedimentos metodológicos são detalhadamente descritos destacando a pesquisa exploratória como uma escolha apropriada para obter informações detalhadas sobre o tema A coleta de dados incluiu entrevistas nãoestruturadas realizadas na instituição entre março e abril de 2015 Além disso o estudo considera diversos fatores como a estrutura do edifício condições ambientais análises técnicas de sistemas propostos por fornecedores e cálculos de geração de energia A apresentação dos resultados inclui informações sobre a instalação do sistema fotovoltaico investimentos necessários em equipamentos capacidade de geração do sistema e uma análise detalhada da viabilidade econômicofinanceira do projeto Um ponto crucial é a conclusão de que a implementação de energia solar fotovoltaica é viável para a instituição analisada considerando os dados projetados Os indicadores financeiros como payback descontado valor presente líquido taxa interna de retorno e valor anual uniforme equivalente são apresentados para sustentar essa conclusão A pesquisa destaca ainda a contribuição ambiental da energia solar mencionando que além de reduzir custos a transição para fontes renováveis traz benefícios significativos ao meio ambiente A análise econômica mostra que o investimento inicial pode ser recuperado em aproximadamente 75 anos tornando o projeto financeiramente vantajoso para a instituição em questão Em geral o artigo fornece uma abordagem abrangente e detalhada para avaliar a viabilidade econômicofinanceira da energia solar fotovoltaica em uma instituição educacional específica No entanto seria benéfico considerar a generalização desses resultados para outras instituições e explorar possíveis desafios práticos que podem surgir durante a implementação 2 Aspectos metodológicos da análise de viabilidade econômica de sistemas de produção O texto apresenta uma abordagem detalhada sobre a importância da análise econômica na agricultura especificamente voltada para sistemas de produção agropecuários A metodologia proposta visa fornecer mecanismos para o levantamento de dados e análises econômicas que permitam inferências sobre os retornos econômicos desses sistemas O autor destaca a importância de separar virtualmente os papéis do empreendedor e do capitalista na análise econômica Essa abordagem é crucial para evitar distorções na identificação do custo de produção especialmente quando o proprietário da terra também é o produtor A distinção entre a remuneração do empreendedor e do capitalista contribui para uma avaliação mais precisa dos resultados econômicos O texto ressalta a necessidade de segmentar as atividades nos sistemas de produção destacando a importância de avaliar diferentes etapas separadamente Isso permite identificar possíveis gargalos e otimizar o sistema de produção com maior eficiência A segmentação facilita a comparação de resultados e contribui para uma análise mais detalhada O autor propõe o uso de painéis de especialistas como um método prático e objetivo para coletar dados do sistema de produção Destacase a eficiência desse método que fornece feedback instantâneo permite correções durante o processo e é menos oneroso em comparação com métodos tradicionais de acompanhamento in loco O texto aborda a definição e importância do custo de produção destacando que é fundamental para a tomada de decisões do produtor a avaliação da viabilidade econômica e a comparação entre diferentes sistemas e tecnologias A distinção entre custos fixos e variáveis é discutida ressaltando a importância dessa diferenciação para análises mais precisas A segunda parte do texto é dedicada a estudos de caso que avaliam a viabilidade econômica de sistemas de produção que incorporam tecnologias desenvolvidas pela Embrapa Todos os itens componentes do custo de produção são considerados variáveis nesses estudos A separação dos papéis do empreendedor e do capitalista a segmentação das atividades e o uso de painéis de especialistas são elementos que enriquecem a proposta metodológica apresentada 3 Análise Da Viabilidade Econômicofinanceira Dos Projetos Da Microempresa Alfa O texto Análise Da Viabilidade Econômicofinanceira Dos Projetos Da Microempresa Alfa aborda a metodologia de pesquisa e os resultados obtidos na análise econômicofinanceira de dois projetos desenvolvidos pela empresa O estudo segue uma abordagem descritiva um procedimento de estudo de caso e uma abordagem quantitativa para avaliar a viabilidade dos projetos A pesquisa utiliza o método científico que é descrito como um conjunto de processos a serem empregados na investigação Quanto à metodologia classifica se como descritiva estudo de caso e quantitativa A coleta de dados iniciase com um levantamento bibliográfico relacionado ao estado da arte da análise econômico financeira tradicional O estudo de caso é adotado para permitir um conhecimento detalhado do objeto de estudo A escolha da empresa objeto da pesquisa baseiase nas dificuldades percebidas na gestão financeira com a intenção de analisar a viabilidade econômicofinanceira dos projetos A e B Os projetos A e B realizados em 2015 são detalhadamente descritos com destaque para suas características objetivos e métodos de coleta de dados Os resultados da análise econômica indicam que o Projeto A não atingiu a rentabilidade esperada conforme demonstrado pelos cálculos do Valor Presente Líquido VPL Payback e Taxa Interna de Retorno TIR No entanto a empresa optou por participar do projeto devido à obtenção de um atestado técnico Para o Projeto B realizado em Pernambuco a análise demonstra uma viabilidade econômica positiva com VPL Payback e TIR indicando resultados favoráveis A empresa conseguiu equilibrar seus custos e receitas ao longo dos projetos garantindo a execução bemsucedida O trabalho destaca a importância do controle financeiro dos projetos salientando a necessidade de uma projeção de fluxo de caixa antes do início de cada projeto Recomendações são feitas para a empresa adotar práticas de gestão financeira eficientes equilibrar suas contas e explorar oportunidades para aumentar a receita Além disso o texto sugere que apesar de os projetos estudados não gerarem grandes retornos financeiros proporcionaram à empresa participar de licitações concorrendo com grandes empresas o que pode fortalecer sua posição no mercado A eficiência na gestão financeira é ressaltada como crucial para a sobrevivência da empresa O autor concluiu enfatizando a importância de levantar premissas e estimativas para futuros projetos visando a um controle eficiente durante a execução Sugerese também uma revisão futura do estudo para avaliar se a empresa está obtendo retorno financeiro em seus projetos Referências IGUIDUCCI R do C N LIMA FILHO J R de MOTA M M Ed Viabilidade econômica de sistemas de produção agropecuários metodologia e estudos de caso Brasília DF Embrapa 2012 SOARES C A B DE NADAE J DO NASCIMENTO Diego Coelho ANÁLISE DA VIABILIDADE ECONÔMICOFINANCEIRA DA ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA EM UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR NO ESTADO DO CEARÁ Revista Gestão Sustentabilidade Ambiental v 10 n 2 p 84104 2021 STRIEDER J A CUNICO E ANITA WALTER S Estudo de viabilidade econômicofinanceira de loja física do ramo de produtos personalizados em Marechal Cândido RondonPR Cadernos De Ciências Sociais Aplicadas 1934 88108 httpsdoiorg1022481ccsav19i3411132 2022