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A partir dos estudos mais recentes da sociologia da infância a infância é vista hoje como categoria social e como tal detentora de direitos Ou seja uma criança que além de ter direito à sua infância tem o direito ao acesso a uma educação de qualidade o direito de possibilidades e de condições para efetuar o devircriança A infância não é preparação para nada ela é simplesmente o aqui e agora Criança sujeito de sua história aprende e ensina produz cultura A educação como direito de todos é portanto uma responsabilidade da comunidade Uma educação de qualidade voltada para a primeira infância é condição para uma oportunidade de crescimento e de emancipação A educação vive de escuta diálogo e participação A criança sempre existiu como ser humano de pouca idade O que diferenciou com o passar do tempo foi o entendimento da sociedade sobre a maneira como deve ser vivido esse momento da vida 22 Currículo na Educação Infantil O currículo da Educação Infantil é concebido como um conjunto de práticas que buscam articular as experiências e os saberes das crianças com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural artístico ambiental científico e tecnológico Tais práticas são efetivadas por meio do brincar e das interações que as crianças estabelecem desde bem pequenas com os professores e as outras crianças e afetam a construção de suas identidades BRASIL 2010 As práticas pedagógicas que compõem a proposta curricular da Educação Infantil têm como eixos norteadores as interações e a brincadeira garantindo experiências que promovam o conhecimento de si e do mundo por meio da ampliação de experiências sensoriais expressivas corporais e que favoreçam a relação das crianças com as diferentes linguagens e o progressivo domínio por elas de vários gêneros e formas de expressão BRASIL 2010 Todas as ações desenvolvidas na escola da infância são marcadas pela intencionalidade educativa e pela indissociabilidade entre o educar e o cuidar bem como pelo acesso ao conhecimento sistematizado através de práticas pedagógicas significativas para as crianças Assim os conteúdos que emergem dessa etapa apresentam uma profunda relação com a vida cotidiana entre eles a alimentação a higiene o repouso o domínio do corpo o brincar o movimento a exploração de si e do entorno dentre tantas outras linguagens As linguagens são conjuntos de representações que podem ser expressas pela oralidade sonoridades escrita imagens desenhos gestos e expressões corporais e por uma infinidade de outras formas de representação e expressão que o homem puder criar BRASIL 2009 Os dois grandes eixos descritos pelas DCNEI 2010 as interações e a brincadeira devem garantir às crianças aprendizagens significativas a serem reproduzidas e reinventadas de maneira simbólica e em diversas situações organizadas e potencializadas por meio do planejamento docente Nesse sentido educar transcende a ideia de um trabalho organizado por currículos ou programas prédefinidos e prescritivos O entendimento de educar valoriza escuta e respeita as características os conhecimentos e as experiências das crianças compreendendoas como sujeitos de direitos sociais ativos potentes O currículo assim compreendido emerge da escuta atenta às crianças de suas necessidades e desejos e deixa de ser um caminho linear com objetivos predefinidos Pensar o currículo supõe mudar a concepção de aprendizagem apenas como uma aquisição para uma concepção de aprendizagem como construção narrativa da experiência como história de aprendizagens de crianças grupos e turmas com seus professores Assumimos a concepção de relevância como o potencial que o currículo possui de tornar as pessoas capazes de compreender o papel que devem ter na mudança de seus contextos imediatos e da sociedade em geral Relevância nesse sentido sugere conhecimentos e experiências que corroborem na formação de sujeitos sensíveis autônomos críticos e criativos que se sintam capazes de analisar como as coisas passaram a ser o que são e como fazer para mudálas 2 PRINCÍPIOS LEGAIS A educação infantil na qual conhecemos atualmente foi fruto de lutas e de um longo processo de reflexão Durante muito tempo a educação infantil no Brasil esteve atrelada a uma prática educativa assistencialista contudo na segunda metade do século XX este segmento da educação começa a avançar cientificamente quando estudiosos da área do mundo inteiro através de pesquisas sérias comprovam que é nos primeiros anos de vida que se constitui a base para as aprendizagens posteriores e que são nessas primeiras vivências na interação com o meio físico e social que se dá o desenvolvimento Estas mesmas pesquisas impulsionaram significativamente o desenvolvimento da consciência social sobre o significado da infância e o reconhecimento do direito da criança à educação infantil de qualidade e desse modo estes fatores foram fundamentais na implantação de políticas públicas nesta área com cunho mais educacional e menos assistencialista No Brasil o marco fundamental deste avanço foi a Constituição Federal de 1988 quando determina a Educação Infantil como um direito das crianças e de seus pais e um dever do Estado estabelecendo a obrigatoriedade de essas instituições implantarem o sistema oficial de ensino Segundo a Constituinte de 1988 Artigo 208 O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de IV Atendimento em creche e préescola às crianças de 0 a 6 anos de idade A partir da Constituição de 1988 teve início o despertar da valorização da educação para as crianças de zero a seis anos com os seguintes documentos O Estatuto da Criança e do Adolescente 1990 a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 939496 o Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil 1998 As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil em 2010 e a Base Nacional Curricular comum BNCC homologada em dezembro de 2017 Outra conquista das políticas públicas para educação e que não pode ser excluída da educação infantil é a Declaração de Salamanca 1994 Este documento reflete o consenso mundial sobre os futuros rumos dos serviços educativos especiais que tem como princípio fundamental de que as escolas devem acolher 21 PRINCÍPIOS FUNDADORES 211 Historicidade Historicamente a infância fase essencial ao desenvolvimento foi renegada às crianças restavalhes a exclusão já que eram consideradas incompletas folhas em branco serviam inclusive de divertimento para os adultos Com esse olhar de incompletude sobre as crianças os adultos impuseram sua supremacia determinando quais conhecimentos deveriam aprender e como deveriam aprender de maneira que nem se quer fossem questionados ditando as normas educativas Há uma ausência no sentido de infância tal como um estágio que especificou o desenvolvimento humano Kramer 2007 p14 afirma que a ideia de infância não existiu sempre e da mesma maneira ao contrário a noção de infância surgiu com a sociedade capitalista urbanoindustrial na medida em que mudavam a inserção do papel da criança na sua comunidade Os estudos do historiador francês Philippe Arês influenciaram pesquisadores quanto à evolução na mudança de atitudes em relação à família ao longo dos séculos Arês 1981 identifica a ausência de um sentimento de infância até o final do século XVII Com base nisso a infância é uma construção social influenciada pelos contextos sociais das quais fazem parte Dessa forma não há uma infância e sim várias infâncias de acordo com a cultura e a sociedade em que vivem Como afirma Kuhlmann Jr 2015 p 30 é preciso conhecer as representações de infância e considerar as crianças concretas localizálas nas relações sociais reconhecêlas como produtoras da história É preciso considerar a infância uma condição da criança já que a ideia de infância é uma ideia moderna Contextualmente desde o século XVIII a infância tem ganhado notoriedade elaborando um conjunto de saberes sobre esta fase da vida que se revela complexa Ora é uma estrutura universal constante e características de todas as sociedades ora ela é um conceito geracional uma variável sociológica que se articula à diversidade da vida das crianças considerando a classe social o gênero e pertencimento étnico ou seja ora a infância é singular ora é plural ABROMOWICZ 2011 p18 todas as crianças independente de suas condições físicas intelectuais sociais emocionais linguísticas ou outras Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente Capítulo 4 Do Direito à Cultura ao Esporte e ao Lazer Artigo 54 É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente I Ensino fundamental obrigatório e gratuito inclusive para os que a ele não tiveram na idade própria IV Atendimento em creche e préescola às crianças de zero a seis anos de idade Com a promulgação da LDBEN BRASIL 1996 uma nova identidade de atendimento à infância foi se constituindo e com isso as creches passaram a integrar os sistemas de ensino e a compor junto com as préescolas a primeira etapa da Educação Básica O artigo 29 da LDB 939496 especifica que a educação infantil primeira etapa da educação básica tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até os seis anos de idade em seus aspectos físico psicológico intelectual e social complementando a ação da família e da comunidade A partir da participação de uma grande parte de professores e pesquisadores da primeira infância foi homologada em dezembro de 2017 a Base Nacional Comum Curricular a BNCC documento normativo e mandatório que rege a Educação Básica em nosso país A partir dos Campos de Experiência para a Educação Infantil uma mudança conceitual importante para o atendimento à criança pequena está em vigor Mudam a lógica de pensar um currículo antes um que se estrutura em conteúdos prévios para um currículo que se centra na experiência da criança ou seja no modo como ela constrói sentido A educação infantil agora vista dessa forma deve ser compreendida como uma ação educativa que tem um fim em si mesma e vê a criança pequena como um sujeito de direitos uma pessoa que pensa que sente que ri chora e se emociona Portanto o desafio atual das instituições de educação infantil é criar condições para atender as necessidades básicas da criança e propiciar oportunidades e estímulos dos mais variados para a criança educarse socializarse construir sua autonomia e apropriarse do processo de aprendizagem como sujeito de sua história Aulas de observação Aula 1 Tema Apresentação do tema de ciências Objetivos Conhecer os conceitos básicos de ciências Identificar os interesses dos alunos sobre o tema Aula 2 Tema Observação de objetos e fenômenos da natureza Objetivos Estimular a curiosidade e a observação dos alunos Desenvolver o pensamento científico Aula 3 Tema Realização de experimentos Objetivos Explorar os conceitos científicos de forma prática Desenvolver o raciocínio lógico Aula 4 Tema Utilização de recursos visuais Objetivos Facilitar a compreensão dos conceitos científicos Estimular a criatividade dos alunos Aula 5 Tema Contação de histórias sobre ciências Objetivos Incentivar o gosto pela leitura Promover a aprendizagem de conceitos científicos Aula 6 Tema Visitas a espaços científicos Objetivos Oferecer aos alunos a oportunidade de vivenciar experiências científicas Ampliar o conhecimento dos alunos sobre o mundo científico Aulas de regência Aula 1 Tema Os animais Objetivos Identificar os diferentes tipos de animais Conhecer os hábitos e características dos animais Aula 2 Tema As plantas Objetivos Identificar as diferentes partes das plantas Conhecer os tipos de plantas Aula 3 Tema O corpo humano Objetivos Conhecer as partes do corpo humano Descobrir como o corpo humano funciona Aula 4 Tema O tempo e o clima Objetivos Aprender sobre os dias da semana os meses do ano e as estações do ano Observar os fenômenos climáticos Aula 5 Tema A conservação da natureza Objetivos Conscientizar os alunos sobre a importância da preservação do meio ambiente Promover atitudes sustentáveis Aula 6 Tema A ciência na vida cotidiana Objetivos Demonstrar que a ciência está presente em nosso dia a dia Estimular a curiosidade dos alunos sobre o mundo científico Aula extra de observação e exploração Levar os alunos para observar animais plantas ou outros fenômenos da natureza na própria escola Oferecer aos alunos materiais para explorar como lupas microscópios pázinhas REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL Ministério da Educação Parâmetros Curriculares Nacionais PCN Ciências Naturais Brasília MEC 1998 FURTADO Carlos Eduardo Aprendendo ciências brincando São Paulo Phorte 2015 SOUZA Ana Paula Alves de Ensinar ciências uma abordagem construtivista São Paulo Cortez 2013
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práticas que buscam articular as experiências e os saberes das crianças com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural artístico ambiental científico e tecnológico Tais práticas são efetivadas por meio do brincar e das interações que as crianças estabelecem desde bem pequenas com os professores e as outras crianças e afetam a construção de suas identidades BRASIL 2010 As práticas pedagógicas que compõem a proposta curricular da Educação Infantil têm como eixos norteadores as interações e a brincadeira garantindo experiências que promovam o conhecimento de si e do mundo por meio da ampliação de experiências sensoriais expressivas corporais e que favoreçam a relação das crianças com as diferentes linguagens e o progressivo domínio por elas de vários gêneros e formas de expressão BRASIL 2010 Todas as ações desenvolvidas na escola da infância são marcadas pela intencionalidade educativa e pela indissociabilidade entre o educar e o cuidar bem como pelo acesso ao conhecimento 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deste avanço foi a Constituição Federal de 1988 quando determina a Educação Infantil como um direito das crianças e de seus pais e um dever do Estado estabelecendo a obrigatoriedade de essas instituições implantarem o sistema oficial de ensino Segundo a Constituinte de 1988 Artigo 208 O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de IV Atendimento em creche e préescola às crianças de 0 a 6 anos de idade A partir da Constituição de 1988 teve início o despertar da valorização da educação para as crianças de zero a seis anos com os seguintes documentos O Estatuto da Criança e do Adolescente 1990 a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 939496 o Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil 1998 As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil em 2010 e a Base Nacional Curricular comum BNCC homologada em dezembro de 2017 Outra conquista das políticas públicas para educação e que não pode ser excluída da educação infantil é a Declaração de 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infantil primeira etapa da educação básica tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até os seis anos de idade em seus aspectos físico psicológico intelectual e social complementando a ação da família e da comunidade A partir da participação de uma grande parte de professores e pesquisadores da primeira infância foi homologada em dezembro de 2017 a Base Nacional Comum Curricular a BNCC documento normativo e mandatório que rege a Educação Básica em nosso país A partir dos Campos de Experiência para a Educação Infantil uma mudança conceitual importante para o atendimento à criança pequena está em vigor Mudam a lógica de pensar um currículo antes um que se estrutura em conteúdos prévios para um currículo que se centra na experiência da criança ou seja no modo como ela constrói sentido A educação infantil agora vista dessa forma deve ser compreendida como uma ação educativa que tem um fim em si mesma e vê a criança pequena como um sujeito de direitos uma pessoa que pensa 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