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Psicologia ·

Gestão Adequada de Conflitos

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Como a CNV Comunicação Não Violenta pode trazer luz à questão da violência no contexto escolar VIEIRA Renata Jurema¹ Resumo Esse artigo tem como objetivo apresentar uma correlação entre o conceito de diversos autores com destaque para Hanna Arendt e Pierre Bourdieu sobre violência e a CNV de Marshall Rosenberg Aliados essas abordagens se complementam e servem como instrumento de identificação dos gatilhos da violência no ambiente escolar em suas diversas nuances Podemos notar que fatores pedagógicoculturais arraigados na prática docente contribuem como fonte de criação e manutenção de conflitos que sem a tratativa adequada culminam em ações de violência Vemos na CNV uma possibilidade real de colaboração para a mudança do cenário atual porém destacamos que nenhuma mudança acontecerá enquanto não fizermos a nossa parte Encerramos com uma sugestão para os educadores e gestores realizarem em suas reuniões pedagógicas reflexões propositivas com objetivo de tornar a escola um ambiente seguro para seus profissionais e alunos onde a vida possa ser plena de possibilidades e realizações Se este não é um lugar onde o meu espírito pode tomar asa onde eu vou voar Se este não é um lugar onde minhas perguntas podem ser feitas onde eu vou procurar O lugar da pessoa por William J Crocker Palavraschave CNV Escola Violência A educação emocional e a negação do conflito na educação Podemos notar que muito se fala sobre a importância de melhorarmos a nossa comunicação pautados no respeito e na empatia assim como está cada vez mais comum ouvir falar em educação socioemocional porém nem sempre temos consciência sobre como as nossas ações colaboram para reproduzir a cultura de violência que é demonstrada nos telejornais diariamente É como se naturalmente os relacionamentos saudáveis e respeitosos acontecessem sem que fosse necessário construílos MEIRELLES 2014 Para além das tragédias recentes esses temas estão ganhando força na educação principalmente com a implantação da BNCC que estabelece o desenvolvimento de habilidades comportamentais como parte integrante dos currículos escolares ¹ Pósgraduada em Gestão Estratégica de RH Especialista em Jogos Cooperativos Praticante e Facilitadora de CNV pela ALUMEIA Desenvolvimento Humano e Organizacional Graduada em Admistração pela FESPSP Cursando licenciatura em Pedagogia pela UNIVESP Talvez ainda tenhamos um longo caminho a percorrer para alcançarmos maior clareza sobre o que é e como fazer esse tal desenvolvimento socioemocional dos alunos haja visto a necessidade primeira de cuidarmos do desenvolvimento das habilidades socioemocionais dos docentes também Ao compararmos os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento definidos pela BNCC com a maioria das práticas docentes que nos é familiar seja como mãe de 4 filhos ou como professora do ensino técnico e profissionalizante podemos dizer por exemplo que a autonomia e respeito pela diversidade dos alunos não são bem aceitas ou acolhidas pela maioria dos professores Há muita controversa quando o assunto é a discrepância entre a retórica e a prática consciente doa docente porém na prática o que podemos observar é que pontos importantes para a construção do conhecimento e para o aprendizado das competências previstas na BNCC são negligenciados Há pouco ou nenhum espaço para a empatia profunda capaz de compreender o que o outro pensa e sente a partir do conjunto de valores e crenças dele e não dos nossos dando espaço para julgamentos e punições O erro não é visto como processo de aprendizagem e os alunos são estimulados a se manterem dentro de padrões considerados normais qualquer um que fuja ao modelo esperado é rotulado com alguma patologia A falta de liberdade para aceitarmos quem somos e os nossos limites surgem desde muito cedo nas famílias e nas escolas parece que nunca somos bons o suficiente BROWN 2014 Aqui já é possível começarmos a identificar as nuances e sutilezas da violência que acontece no ambiente escolar nos fazendo lembrar do conceito de violência simbólica de Bourdieu em seus textos sobre sociologia da educação A escola excluí como sempre mas ela excluí agora de forma continuada e mantém no próprio âmago aqueles que ela excluí vídeo aula UNIVESP 457 O objetivo de aprendizagem e desenvolvimento da BNCC identificado pelo código EI03EO07 determina a criação de estratégias pedagógicas pautadas no respeito mútuo para lidar com conflitos nas interações com crianças e adultos BNCC 2017 Esse é de longe o ponto que mais salta aos olhos quando debruçados sobre os autores aqui apresentados nos dermos à observação detalhada e minuciosa da rotina escolar em todos os níveis Um indício dessa dissonância pode ser detectado pelas escolhas quase majoritárias por aulas expositivas e pela frequente negação por parte dos gestores sobre a existência de conflitos em suas instituições seja para manterem a imagem de suas escolas seja por não saberem a melhor forma de lidar com a questão CUBAS 2006 apud MEIRELLES 2014 p184 Como veremos mais adiante no conceito de Arendt ambientes onde a expressão não é permitida a violência impera sendo assim estratégias pedagógicas que não garantam a livre expressão dos alunos acaba por favorecer um ambiente de censuras e constrangimentos não coerentes à proposta da BNCC Haverá aqueles que se apegarão ao argumento de que não podemos permitir a libertinagem ou algazarras dentro da sala de aula e que a ordem se faz necessária Não estamos aqui fazendo apologia à desordem e indisciplina mas vejam bem em uma sala de aula em que ao docente precisa pedir silêncio a cada 5 minutos existem necessidades de auto expressão gritando por atenção Não seria mais alinhado com a proposta da BNCC e com os discursos de educação socioemocional em voga na atualidade fazer dessa bagunça uma situação de aprendizagem Ficamos perigosos quando não temos consciência de nossas responsabilidades por nossos comportamentos pensamentos e sentimentos ROSENBERG 2006 p45 Segundo Meirelles os conflitos são parte natural da nossa vida diária e deve ser encarado como uma oportunidade de crescimento e amadurecimento das pessoas e das suas relações negálos não colabora para sua solução podendo em alguns casos até agravar a situação o conflito não deve ser encarado como um mal em si mas como um motor de mudanças um gerador de energia transformadora criador de oportunidades de crescimento MEIRELLES 2014 Para pretendermos desenvolver as competências socioemocionais de nossos docentes e discentes será necessário começarmos por trazer mais clareza sobre conceitos básicos como o de conflito e violência Conceitos sobre violência Arun Gandhi neto de Mohandas Karamchard Gandhi nos conta no prefácio do livro Comunicação Não Violenta técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais de Rosenberg que seu avó lhe ensinou que existem dois tipos de violência a física em que se emprega a força física contra os corpos e a violência passiva de natureza emocional Segundo ele é a violência passiva que alimenta a fornalha da violência física ROSENBERG 2006 p14 Ao contrário do conflito que deve ser bem vindo a violência não é inerente à relação humana e deve ter seus gatilhos compreendidos para que possamos atuar de forma preventiva No artigo de Meirelles sobre mediação de conflitos na escola encontramos a definição de Hanna Arendt sobre violência o agir sem argumentar e o império do silêncio onde quer que a violência domine de forma absoluta tudo e todos devem permanecer em silêncio ARENDT 1990 p195 apud MEIRELLES 2014 P184 Para Saad Tosi em seu artigo sobre a banalização da violência publicado na revista do laboratório de estudos da violência da UNESPMarília Arendt também contribui com o entendimento de que por meio das nossas atitudes e palavras as experiências humanas ganham sentido É o sentido das coisas e das relações que torna o homem motivado para suas realizações 2017 p135 Se a escola não fizer sentido para seus atores não haverá engajamento comprometimento e respeito Aqui começamos a correlacionar o conceito de violência de Arendt com a CNV que nos ensina sobre a importância da expressão autêntica e compassiva para a construção de relações mais autênticas e saudáveis repletas de sentido e por isso produtivas Sendo assim uma possibilidade para a redução da violência no ambiente escolar seria a criação de espaços seguros para os alunos se expressarem sobre suas necessidades e sentimentos criação de grupos de discussão com foco na harmonização de demandas pessoais e coletivas e a promoção do movimento estudantil para viabilizar a reinvindicação dos estudantes O conceito de vita activa de Arendt indica a necessidade de toda a comunidade escolar agir em prol da criação de ambientes seguros Na visão de Saad Tosi a escola precisa se reinventar como espaço democrático onde a hierarquia a cultura de paz e o conhecimento sejam levados à sério com responsabilidade e compromisso de todos Quando o diálogo e a aceitação das diversidades não são estimulados pela escola prolifera o modelo mental do piloto automático que favorece o julgamento e a desconexão entre as pessoas Nesse cenário a intolerância cresce à medida que as pessoas não conseguem oferecer empatia aos outros e assim começam a disputar quem está com a razão A violência se instala nos espaços escolares muitas vezes devido à falta de respeito a padrões de alteridade SAAD TOSI 2017 p134 Buscando os gatilhos da violência nos ambientes escolares encontramos a relação que Arendt faz entre poder e violência ela nos diz que a diminuição do poder é sempre um fator que pode levar à violência Para a autora o poder se dá pelo respeito a representatividade do grupo que sustenta a posição de poder e quando essa representação não é honrada dáse início a um processo de diluição do poder Na busca de manter a posição de poder fazse uso da força intimidação coerção a cultura do medo de punição é instaurada SAAD TOSI 2017 p 136 A violência teria assim um caráter instrumental de dominação Levando o pensamento arendtiano para a realidade das escolas podemos entender que as relações escolares estão longe de vislumbrarem a dimensão de seu pensamento devido a dinâmica das relações estabelecidas entre seus atores principalmente na relação professoraluno que não consegue estabelecer por sí só um sentido de ser Poder como a habilidade humana não apenas para agir mas também para agir em respeito àqueles que possibilitam o exercício do poder O poder nunca é propriedade de um indivíduo pertence a um grupo e permanece em existência apenas enquanto grupo se conserva unido Quando dizemos que alguém está no poder na realidade nos referimos ao fato que ele foi empossado por um certo número de pessoas para agir em seu nome ARENDT2009 p63 apud SAAD TOSI 2017 p136 Acrescentamos aqui a nossa visão sobre o entendimento de Marshall Rosenberg a respeito do gatilho dos conflitos que despertam a violência todo ato violento é a expressão trágica de necessidades não atendidas ROSENBERG 2006 A CNV no ambiente escolar A Comunicação Não Violenta ou CNV é um sistema internacionalmente reconhecido de comunicação consciente desenvolvido por ROSENBERG 2006 para mediar conflitos Integrar a CNV Comunicação Não Violenta em nossas relações no cotidiano de forma intencional e atenciosa nos ajuda a agir em harmonia com os valores da Cultura de Paz e contribui para o desenvolvimento de competências socioemocionais Podemos escutar ativamente quais são os sentimentos e necessidades das outras pessoas com quem interagimos assim ao invés de julgálas culpálas e atacálas começamos a compreender os diferentes pontos de vista estabelecendo relações de confiança e respeito mútuo contribuindo para comunidades de ensinoaprendizagem significativas e relevantes Segundo Rosenberg os sentimentos são originados em necessidades que foram atendidas ou não Compreender quais são as necessidades em cena nas situações que vivenciamos contribuí para a criação de conexão entre os envolvidos que por sua vez aumenta a possibilidade de recebermos empatia e cooperação Não basta apenas identificarmos quais são nossas necessidades é preciso saber expressálas e contextualizar de que forma as outras pessoas envolvidas podem colaborar para que a nossa vida seja mais plena O atendimento das nossas necessidades é muito subjetivo portanto o fato de não percebermos uma determinada necessidade viva em nós não significa que não a temos apenas pode indicar que ela já foi atendida e por isso não a precebemos naquele momento Havendo uma interrupção no atendimento a necessidade voltará a falar alto em nossas mentes e corações A CNV deve ser uma filosofia de vida que norteia nossas escolhas diárias ao nos relacionarmos Não devemos encála como uma ferramenta ou técnica embora o próprio Marshal tenha colocado a palavra técnica no subtítulo do livro A grande contribuição da CNV é tornar a vida ainda mais maravilhosa Com a pratica buscamos identificar aquilo que faz sentido para nós e tendemos a deixar de fazer o que não está ligado ao nosso propósito Para algumas pessoas pode parecer fácil colocar a CNV em prática o que pode gerar frustração nas primeiras tentativas A realidade é que desconstruir velhos padrões de crenças e valores costuma ser uma árdua tarefa que requer coragem e disciplina algumas vezes essa empreitada pode ser dolorida e assustadora Talvez por esses motivos alguns senão a maioria dos profissionais da educação escolham negar a existência de conflitos dentro das escolas A CNV centrase em três aspectos 1 Auto empatia uma consciência profunda e compassiva da própria experiência interior Para alcançarmos a auto empatia devemos experimentar diferentes nomenclaturas de sentimentos e necessidades até descobrirmos aqueles que ressoam em nós mesmos Você poderá ter a sensação de um relaxamento corporal quando se conectar com seus sentimentos e necessidades 2 Empatia ter intenção de escutar compassivamente os sentimentos e necessidades dos outros com o objetivo de criar uma conexão Para alcançar a empatia evite críticas julgamentos e condenações Durante as interações respire relaxe e confie no que surgir Procure compreender o que o outro sente e quais são suas necessidades Fuja do piloto automático 3 Autoexpressão honesta partindo de um exercício de auto empatia contínuo ser capaz de expressarse autenticamente de forma suscetível a inspirar compaixão nos outros e gerar uma conexão Muitas vezes é difícil compartilharmos nossa vulnerabilidade com as outras pessoas por optarmos pela não exposição devido aos julgamentos e ofensas que estamos sujeitos A CNV contém quatro componentes básicos conhecidos como os quatro passos da CNV que são usados quando temos a intenção de nos conectarmos empaticamente com nós mesmos e com outros Para que essa técnica seja incorporada e se torne genuína com o tempo de prática fazse necessário que o emissor fale sempre em primeira pessoa Podemos falar apenas de nós e dos nossos sentimentos e necessidades por isso o uso do EU em nossas falas faz toda a diferença na busca de uma comunicação assertiva Também precisamos trazer a nossa consciência de que ninguém é capaz de afirmar com certeza o que os outros pensam ou sentem Assim se faz necessário investigarmos se nossas impressões ou interpretações estão próximas do mundo interno da outra pessoa A essa prática damos o nome de palpites empáticos investigação ou checagem Manual do Jogo GROK 2017 Passo 1 Observações são distintas de avaliações julgamentos rótulos análises interpretações Tratase da capacidade de observação neutra do que realmente vimos ou ouvimos fatos objetivos e observáveis sem filtros subjetivos Ex Eu vi que ao lavar a louça João quebrou outro copo já é o terceiro nesta semana Passo 2 Sentimentos são distintos de percepções Identificar e expressar nossas emoções puras ao invés de lançar mão dos verbosvítimas para apontar o que achamos que alguém está fazendo para nós Os verbosvítimas são pensamentos disfarçados de sentimentos que muitas vezes contém culpa Ex Eu senti um susto com o barulho do copo quebrando e depois fiquei com raiva por mais um copo estar quebrado Passo 3 Necessidades a nossa energia vital universal aquilo que nos motiva e sustenta Quando não temos nossas necessidades atendidas de forma equilibrada não há bem estar e um incômodo se instala em nós As formas de reagirmos a uma necessidade não atendida são diversas sendo as mais comuns raiva agressão medo tristeza vergonha desdém ou arrogância Ex Eu preciso de copos e quero manter os copos que tenho não gostaria de gastar dinheiro comprando mais copos Passo 4 Pedidos são diferentes de exigências eles são formulados no presente são ações factíveis concretas específicas afirmativas Há dois tipos de pedidos Pedido de conexão ou de checagem para certificar o que foi dito ou para explicitar como você está se sentindo quando ouve o que eu digo Pedido de açãosolução estratégias para atender às necessidades Ao fazer um pedido é importante estar disposto a ouvir um não Pergunte se antes de fazer um pedido se você está apegado a um determinado resultado pois caso estiver o seu pedido será uma exigência velada Lembrese que um não que recebemos é um sim que a outa pessoa está dando para uma necessidade dela Exemplos dos quatro passos da CNV com adolescentes Eu ouço você dizer que não irá concluir a leitura do livro até a próxima semana e estou sentindo certa frustração e preocupação por isso É importante para mim que nossa turma seja pontual na leitura do livro conforme combinado para que o projeto possa ter qualidade Você poderia me dizer o que está te impedindo de completar a leitura do livro e o que a nossa turma poderia fazer para você finalizar a leitura dentro do prazo estipulado Em minha vivência como facilitadora de grupos em diversos contextos educacionais e corporativos a CNV é apresentada e incorporada gradualmente desde os primeiros encontros Precisamos estar atentos a toda e qualquer oportunidade de fazer uso das técnicas para trazer mais clareza autenticidade e conexão para as relações com a intenção de criarmos ambientes seguros e saudáveis A clareza de intenção e a liberdade de escolha das situações em que vamos expor nossas vulnerabilidades com o objetivo de gerar conexão devem ser compreendidas como fundamentais e constantes em nossa ação consciente O respeito ao outro e as escolhas que ele faz para ter suas necessidades atendidas também é ponto pacificador das relações Como diz o dito popular o direito do outro acaba quando começa o meu e vice e versa muitas vezes há dificuldade de se cuidar das necessidades dos envolvidos e ao mesmo tempo manter a conexão até aí tudo estará bem desde que os envolvidos estejam cientes de suas responsabilidades e possibilidades de escolha Na CNV somos sensibilizados para o fato da maioria das pessoas estarem vivendo de maneira acrítica em busca de se adequarem a padrões estabelecidos pelo sistema e cultura vigente a esse modo de vida Rosenberg dá o nome de piloto automático 2006 Quando as pessoas tomam consciência de estarem no piloto automático pautando suas relações no julgamento e com isso praticando o jogo de quem está certo e e quem está errado há muita possibilidade delas se abrirem para um novo modelo mental que favoreça o equilíbrio interno e externo Nesse cenário de sensibilização é necessário a criação de oportunidades frequentes para que as pessoas se expressarem em círculos de diálogos ao invés dos tradicionais debates de ideiasopiniões A CNV e as metodologias ativas estão à disposição dos educadores e gestores possibilitando o exercício da empatia e da mediação dos conflitos que surgem durante as atividades realizadas Com a adoção dessas tecnologias educacionais o aluno se apropria do seu processo de aprendizagem tornandose protagonista e cheio de sentido na busca por novas experiências de conhecimento Os feedbacks que recebo após as formações que venho realizando é de que com essa forma de comunicação as pessoas se sentem escutadas respeitadas valorizadas e conectadas O desafio proposto Durante as reuniões pedagógicas que participo seja como professora ou facilitadora de desenvolvimento de competências socioemocionais sempre apresento a possibilidade do grupo dar continuidade à abordagem da CNV por meio de reflexões propositivas de ações que possam identificar e alterar padrões de conduta e de comunicação que criam eou mantem a cultura de violência dentro da escola Nesses momentos de reflexão e criação de estratégias os educadores e gestores devem buscar respostas as perguntas Quais necessidades da humanidade não estão sendo atendidas no contexto escolar Quais acordos de convivência podemos celebrar com foco na criação de um ambiente escolar seguro e saudável para profissionais e alunos Como romper com a cultura da violência na prática docente Na ETEC Dr João Gomes de Araújo na cidade de PindamonhangabaSP esta proposta está em pleno andamento Na ocasião da terceira reunião pedagógica em que os conceitos e práticas da CNV foram abordados as reflexões e sugestões dos grupos de educadores e gestores foram registradas e entregues à orientação educacional para futuras ações a serem planejadas na próxima reunião pedagógica REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA BRASIL Base Nacional Comum Curricular Brasília MECSecretaria de Educação Básica 2017 BOURDIEU P A sociologia da educação de Pierre Bourdieu limites e contribuições UNIVESP vídeo aula parte II da disciplina Sociologia da Educação semana 3 Acesso em março 2019 em httpswwwyoutubecomwatchtimecontinue2vckGCoXjHPbQ BROWN BRENÉ A coragem de ser imperfeito 1 ed São Paulo SP Sextante 2016 BROWN BRENÉ A arte da imperfeição abandone a pessoa que você acha que deve ser e seja você mesmo versão digital traduzida por Antonio Carlos Vilela dos Reis Ribeirão Preto SP Editora Novo Conceito 2012 MEIRELLES C Mediação de conflitos e abordagens restaurativas construindo relacionamentos saudáveis nas comunidades escolares Revista Veras São Paulo v4 n2 p182196 junhodezembro 2014 DOI 1014212verasvol4n2ano2014art170 ROSENBERG Marshall Comunicação nãoviolenta técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais 1 ed São Paulo Ágora 2006 SAAD TOSI LJ A banalização da violência e o pensamento de Hannah Arendt um debate ou um combate Revista do laboratório de estudos da violência da UNESPMarilia ed19 maio 2017 ISSN 19832192