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Projeto político Pedagógico PPP Breve relato das alterações realizadas no PPP O documento que se segue é o resultado de um intenso longo e democrático processo de construção do Projeto Político Pedagógico PPP Após anos de intensa discussão com a participação de docentes alunos paismães e servidores técnicos o Projeto Político Pedagógico PPP do Colégio de Aplicação foi concluído e implementado a partir de 2003 De lá para cá muitos foram os momentos de rediscussão do PPP mais nas partes do que no todo O que se apresenta a seguir é uma síntese desses momentos democráticos que alteraram e modificaram o Projeto Político Pedagógico institucional a partir de consultas às disciplinassegmentos e deliberações em Reuniões Gerais I Ano de 2005 A Direção encaminha a primeira discussão com o objetivo de revisar na íntegra o PPP da escola Iniciase por uma avaliação do PPP implementado em 20032 Para fundamentar esta avaliação a Direção apresenta e distribui os dados do levantamento realizado junto aos professores e alunos sobre o Sistema de Trimestralidade Neste ano momento de início da revisão do PPP foi deflagrada uma longa greve de docentes que no caso do CA durou mais de 100 dias Os reflexos desta serão sentidos até 2008 II Ano de 2006 no calendário letivo são previstos diversos FOPES Fóruns Pedagógicos de revisão do PPP Como rescaldo da greve estes momentos de debates foram interrompidos em função dos questionamentos da Associação de Pais e Professores APP sobre a reposição da greve e a proposta de Calendário Escolar para o ano letivo de 20063 Este debate foi interrompido e a validade do PPP do CA passou a ser questionada pela CEBPREG4 apesar da aprovação deste documento nos Congressos com todos os segmentos e no Conselho de Unidade do Centro de Ciências da Educação III Ano de 2007 O ano letivo iniciase em abril e são retomadas as discussões A Direção Geral de Ensino e Assessoria Pedagógica apresentam uma proposta para discussão nas disciplinas de alteração curricular para o CA De forma pontual a proposta de alteração curricular se centrava Na organização curricular por Áreas de Conhecimento ou Núcleos Disciplinares Na alteração da carga didática nº de aulas das disciplinas Autonomia da construção curricular pelo aluno 20 da carga horária de livre escolha do aluno projetos interdisciplinares de Iniciação Científica Na extensão de Filosofia e Sociologia no EM mantendose SOC na 8ª série9º ano Como elementos complementares Introdução de uma Avaliação Interdisciplinar trimestral Fim das Provas Finais Mudança na Recuperação de Estudos IV Ano de 2008 A partir da discussão da proposta de Reforma Curricular os docentes avaliam que em função do desajuste no Calendário Escolar ano letivo e civil não coincidem desde 2005 até 2008 a mudança deveria ocorrer apenas na Recuperação de Estudos Ademais o CA contava com 44 de substitutos e alta rotatividade de docentes Por decisão das Reuniões Gerais as discussões já não ocorrem na perspectiva de uma Reforma Curricular mas apenas em aspectos pontuais como na RE por exemplo Levantamento realizado junto ao corpo docente e discente orientam e fundamentam a primeira modificação na RE 60 dos docentes entendiam que a Recuperação de Estudos era igual ao Atendimento Paralelo modelo usado até 2003 e modificado a partir de então pelo PPP 72 confirmaram que a recuperação não se realizava na sua disciplina 65 dos alunos consideraram que a recuperação não ocorria Muitos afirmaram que não eram convocados5 70 dos alunos entendiam a RE mais como um espaço para tirar as dúvidas ou seja semelhante ao Atendimento Paralelo A mudança aprovada para a RE foi Todo aluno com nota abaixo de 60 seis pontos estaria em RE Seria convocado pelo professor para as aulas de recuperação e realizaria prova na semana de provas de RE ao final do trimestre A nota da RE compunha um banco de notas até 2008 que seria usado apenas no final do ano caso o aluno não atingisse média 60 de aprovação nos trimestres Caso o aluno obtivesse média de aprovação nos trimestres as notas da RE seriam descartadas V Ano de 2009 ano em que o Calendário do ano letivo coincide com o ano civil Planejamento Institucional fevereiro A Direção apresenta o Perfil sócioeducacional dos escolares do Colégio de Aplicação6 Este levantamento se constitui em importante documento de referência para compreensão do perfil do aluno do CApUFSC Quem é esta criança Quem é este adolescente Quais conhecimentos eles trazem para escola Quais os bens culturais a que tem acesso Onde moram Quais seus hábitos de estudos Estas questões orientariam uma discussão sobre o currículo escolar e suas possibilidades As Paradas Pedagógicas são retomadas e previstas no Calendário Escolar As discussões ocorrem inicialmente nas áreas com o objetivo de estabelecer algumas concepções que orientem na perspectiva de uma Reforma Curricular que abranja toda a escola No levantamento de 20057 75 dos docentes se manifestaram favoráveis a uma mudança no Currículo Escolar 1ª Parada Pedagógica junho nesta parada se discute Concepção de Educação de Currículo Diversidade Pedagógica nos Anos Iniciais Iniciação Científica Interdisciplinaridade Infância Criança Adolescência e Juventudes Alfabetização e Letramento e Formação de Leitores que são incorporadas ao PPP Neste momento a Formação de Leitores Iniciação Científica Interdisciplinaridade Alfabetização e Letramento e contextualização são definidos como ELEMENTOS ESTRUTURANTES do Currículo e incorporados ao PPP 2ª Parada Pedagógica setembro O foco da discussão é a Concepção de CurrículoAvaliação Aqui surge a necessidade de se definir a avaliação e registro desta para os alunos com deficiência No tocante aos princípios gerais da avaliação reafirmase o constante no Projeto Pedagógico do Colégio de Aplicação Título III Seção I do Regimento Mais uma vez os docentes em Reunião Geral encaminham por mudança da RE Na oportunidade a avaliação foi de que a Recuperação de Estudos no modelo substitutivo da nota fracassou na sua essência Constituiuse em mais do mesmo Em nova avaliação a nota da RE passa a ser substitutiva caso fosse maior que a média do trimestre A RE que deveria se voltar para os alunos com baixo rendimento e com nota substitutiva passou a ser aproveitada pelos alunos com rendimento melhor e que não estavam em Recuperação8 A grande maioria dos que estavam em recuperação compareciam apenas às vésperas da semana de provas de RE Enfim era o antigo Atendimento Paralelo na sua mais pura forma A nota substitutiva como incentivo à recuperação fracassou Outro dado significativo os alunos que participavam das avaliações de RE nos trimestres na grande maioria realizavam a Prova Final Enfim a Recuperação não recuperava Para ilustrar apresento abaixo gráficos com os resultados da Recuperação de Estudos para o Ensino Médio no ano de 20099 Ainda em 2009 a discussão sobre a RE toma outro rumo O debate não mais se centra no caráter quantitativo da recuperação nota mas no qualitativo aprendizagem Reafirmase a ideia de que esta recuperação não pode acontecer como consequência do resultado de uma síntese da avaliação de um trimestre ou seja ser o mero reflexo de uma média das avaliações trimestrais A própria LDB referese ao predomínio do aspecto qualitativo sobre o quantitativo As áreas são chamadas a se manifestar sobre a RE e encaminham o seguinte o Anos Iniciais mantém o modelo de Recuperação duas aulas semanais para PORT e MTM o Anos Finais e Ensino Médio apresentam a proposta de uma recuperação por Área de Conhecimento para funcionar a partir de 2010 Após discussão e votação esta assume as seguintes características O Conselho de Classe Recuperação por área do conhecimento linguagens humanas e exatas de caráter interdisciplinar e com envolvimento de todos os docentes da área na série Centralidade no desenvolvimento de habilidades e competências e não na nota10 mas com possibilidade de alteração desta A RE deve possibilitar a alteração da nota trimestral do aluno a partir de uma avaliação qualitativa dos docentes da área na série Fim da semana de Provas de Recuperação A supressão desta se associa ao fim da centralidade na nota O aluno poderia realizar Provas Finais em todas as disciplinas antes eram em apenas três disciplinas acima disto estaria reprovado A sala de aula seria o espaço da dúvida e não a RE Para viabilizar esta forma de Recuperação de Estudos as áreas definem os procedimentos na definição dos alunos em RE Os alunos em RE são indicados pelos docentes na Reunião de Série convocada para esta finalidade Em Reunião de Área da série os docentes planejariam as atividades da RE O Coordenador de Apoio ao Ensino comunicaria às famílias os alunos em RE 3ª Parada Pedagógica dezembro É feita uma avaliação do ano letivo de 2009 onde se destacou a importância das discussões realizadas nas paradas pedagógicas Uma avaliação da RE é realizado visando dirimir dúvidas persistentes11 V Ano de 2010 1ª Parada Pedagógica 24 de maio Atendendo a solicitação dos docentes a Direção encaminha uma avaliação da RE abordando aspectos relativos ao planejamento participação dos alunos e professores periodicidade seleção dos alunos forma de convocação avaliação das atividades dificuldades encontradas aspectos positivos e negativos e dúvidas existentes sobre o processo A partir desta avaliação os docentes em reuniões de áreas sugerem modificar o horário da Recuperação para 2 horasaulas por série a cada 15 dias Esta forma de organização da RE apresenta características distintas da anterior nos seguintes aspectos amplia o tempo de atendimento com os alunos de 1 para 2 horasaulas descongestiona o horário do turno contrário além de se combinar com a Educação Física Este foi o modelo que vigorou também em 2011 O ano de 2010 foi marcado pela realização do concurso para professor efetivo que após suas idas e vindas culmina com a efetivação de todos em janeiro de 2011 Diante disto o debate curricular é suspenso ficando para uma discussão futura A discussão mais uma vez restringese a RE VI Ano de 20112012 dezembro2011 e fevereiro2012 Todos estão presentes e participam da última modificação da RE novamente retornando a ser disciplinar e não mais por Área Como encaminhamento da Reunião Geral dezembro de 2011 uma Comissão é formada para organizar o calendário de debates sobre uma Reforma Curricular no CA Por fim este sintético relato é para nos dar condições de entender todo um percurso que se fez ao caminhar com seus acertos e erros mas sempre sem o receio de ter tentado acertarou errar 1 INTRODUÇÃO A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Lei nº 939496 ao ser promulgada encontrou o Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Santa Catarina com muitas inovações que já estavam incorporadas à estrutura curricular e à dinâmica do ensinoaprendizagem como resultantes de discussões em diversos momentos pedagógicos Nos períodos que sucederam a efetivação da referida Lei o Colégio realizou atividades de caráter didáticopedagógico entre elas a avaliação institucional O trabalho realizado para o conhecimento da realidade onde atuamos exigiu um aprofundamento teóricometodológico numa perspectiva de construção de uma proposta pedagógica consciente e coerente Debruçarnos sobre a realidade examinála interpretála analisála enfim descobrir saídas por onde se possa trilhar foi desafiador e envolvente Desafiador porque encontramos barreiras criadas pelo clã reprodutor da sociedade de classes e envolvente por se tratar de um projeto que significa ter consciência daquilo que se quer ou seja explicitação de que queremos uma escola pública democrática e de qualidade De posse dos dados tabulados e analisados foram realizados encontros de planejamento estratégico e congressos temáticos com a participação dos quatro segmentos da comunidade escolar pais alunos professores e servidores técnico administrativos Este processo foi moroso em função do número de participantes e dos espaços a serem planejados no calendário escolar que oportunizassem a realização da dinâmica exigida para a efetivação desse trabalho A preocupação com a participação é algo que decorre dos valores democráticos e foi uma constante nesse trajeto para gerar o envolvimento de todos os segmentos da escola no sentido de que os mesmos precisam ter seus interesses vontades e seus valores levados em conta A nosso ver participar implica inevitavelmente algum mecanismo de influência sobre o poder A escola que se quer democrática precisa definir antecipadamente uma nova qualidade que entre outras priorize questões da organização escolar uma organização que altere a realidade que se apresenta a partir da realidade encontrada Este foi o principal desafio desse trabalho abrir perspectivas e oferecer elementos à reflexão e ao estudo dos envolvidos para que o Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Santa Catarina se transformasse numa nova escola Agora vencida essa jornada de discussões e deliberações estamos apresentando o Projeto PolíticoPedagógico do Colégio dentro dos parâmetros curriculares nacionais emanados da LDB e do Conselho Nacional de Educação E inovar é audacioso Tornarseá efetivo O futuro dirá mas é preciso ter em mente Maria Alice Setubal quando afirma O projeto de escola não começa de uma só vez não nasce pronto É muitas vezes o ponto de chegada de um processo que se inicia com um pequeno grupo de professores com algumas propostas bem simples e que se amplia ganhando corpo e consistência Nesse trajeto ao explicar propósitos e situar obstáculos os educadores vão estabelecendo relações apontando metas e objetivos comuns vislumbrando pistas para melhorar a própria atuação Estão assim tecendo no coletivo o projeto que será um fio articulador para o trabalho de toda a escola na direção que se pretende 2 Histórico 21 Histórico do Colégio de Aplicação O Colégio de Aplicação foi criado em 1961 sob a denominação de Ginásio de Aplicação com o objetivo de servir de campo de estágio destinado à prática docente dos alunos matriculados nos cursos de Didática Geral e Específica da Faculdade Catarinense de Filosofia FCF Nesse período o funcionamento das Faculdades de Filosofia Federais foi regulamentado pelo decretolei nº 9053 de 120346 que determinava que as mesmas tivessem um ginásio de aplicação destinado à prática docente dos alunos matriculados naqueles cursos O funcionamento do curso ginasial foi requerido em 310759 pelo então diretor da FCF Professor Henrique da Silva Fontes e em 15 de março de 1961 foi concedida a autorização para o funcionamento condicional por meio do Ato nº 5 da Inspetoria Seccional de Florianópolis No entanto somente em 17 de julho o ofício nº 673 do Diretor do Ensino Secundário do Ministério da Educação e Cultura ratifica o Ato nº 5 da Inspetoria Seccional de Florianópolis e autoriza o funcionamento condicional do Ginásio de Aplicação pelo período de quatro anos e passa a se integrar ao Sistema Federal de Ensino Inicialmente foi implantada apenas a 1ª série ginasial e a cada ano subsequente foi sendo acrescentada uma nova série até completar as quatro séries do ciclo ginasial O número de turmas por série mantevese constante até 1967 quando foram compostas três turmas da 1ª série ginasial Em 1968 foram formadas duas turmas de 1ª e 2ª séries ginasiais e por implementação progressiva em 1970 havia duas turmas por série No ano de 1970 foi substituído o nome Ginásio de Aplicação para Colégio de Aplicação e o colégio passou a ter a primeira série do segundo ciclo com os cursos Clássico e Científico As demais séries do Ensino Médio foram implementadas gradativamente nos anos seguintes Em 1980 foi acrescentado aos cursos já existentes o Ensino Fundamental com a implementação de oito turmas duas turno matutino e vespertino para cada uma das quatro séries iniciais Os alunos que frequentavam até então o Colégio de Aplicação eram filhos de professores e servidores técnicoadministrativos da Universidade Federal de Santa Catarina A partir da Resolução nº 013CEPE92 ficou estabelecido o número de três turmas por série com 25 alunos cada uma O ingresso de alunos no Colégio passa a ocorrer via sorteio aberto à comunidade Enquanto escola experimental o Colégio tem proporcionado o desenvolvimento de experiências pedagógicas e estágios supervisionados para os cursos de Licenciatura e Educação segundo as exigências da Lei nº 9394 de 20 de dezembro de 1996 LDB A partir de 2007 foi implementado o Ensino Fundamental de 9 anos Inicialmente com uma turma e em 2008 com as outras duas turmas Atualmente o Colégio de Aplicação inserido no Centro de Ciências da Educação da Universidade Federal de Santa Catarina é uma unidade educacional que atende ao Ensino Fundamental e Médio funciona em prédio próprio no Campus Universitário e está localizado no Bairro da Trindade município de Florianópolis O Colégio de Aplicação segue a política adotada pela Universidade Federal de Santa Catarina que visa atender à trilogia de Ensino Pesquisa e Extensão 22 História da construção do Projeto Político Pedagógico do Colégio de Aplicação A escola para construir organicamente seu próprio Projeto Político Pedagógico e assumir sua função social reafirmando sua identidade precisa conhecer e compreender a própria história Neste sentido no segundo semestre de 1997 foi realizada uma pesquisa com o objetivo de investigar os dados da realidade do Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Santa Catarina e analisálos a fim de identificar os problemas relevantes desta realidade buscando os pontos básicos para o processo de transformação da mesma A equipe responsável por esta tarefa Equipe de Avaliação Institucional iniciou os trabalhos com a apresentação de um projeto de pesquisa intitulado AvaliaçãoDiagnóstico da Instituição Escolar Um Elemento para a Construção do Projeto PolíticoPedagógico que tinha como objetivo obter diagnóstico global da realidade da instituição para a partir da tabulação e da análise dos dados deliberar por necessidades desafios e perspectivas com vistas à melhoria da qualidade do ensino pesquisa e extensão respaldada por uma proposta pedagógica inovadora Por proposição da Equipe de Avaliação Institucional foi criado um Organograma bem como um Fluxograma do trabalho a ser realizado sendo criadas as Equipes de Divulgação e de Legislação ficando a coordenação das atividades a cargo da Equipe de Sistematização Dando prosseguimento aos trabalhos a Equipe de Avaliação Institucional elaborou instrumentos de pesquisa diferenciados para os quatro segmentos da comunidade buscando em cada um deles enfocar os aspectos que poderiam fornecer informações e contribuições para a realização de uma análise ampla da realidade desta comunidade numa investigação que abrangeu identificação potencialidades deficiências escolaridade aspectos socioeconômicos técnico administrativos e organizacionais didáticopedagógicos e administrativos do sistema acadêmico pedagógicos e organizacionais e espaço livre para sugestõesconsiderações De posse dos dados tabulados qualitativos e quantitativos a equipe passou a organizar o Planejamento de Organização Escolar que aconteceu sob a coordenação da Profª Ana Maria Borges de Sousa e com a representatividade dos quatro segmentos da comunidade escolar escolhidos por seus pares No momento do Planejamento Estratégico três dias de intensas discussões foram apresentados os resultados da consulta à comunidade escolar características desejos opiniões e peculiaridades que possibilitassem a reflexão sobre a escola que se nos apresentava naquele momento e qual se gostaria de ter Principalmente quais seriam as ações prioritárias que norteariam o caminho a ser percorrido Para orientar essa reflexão a respeito da escola que gostaríamos de ter foram levantados princípios que estão representados na Árvore dos Princípios do Colégio de Aplicação Neste sentido foram criadas cinco Equipes de Governo compostas de representantes dos quatro segmentos da comunidade escolar e com as ações que cada uma deveria executar para atingir os objetivos propostos 1 Equipe de Governo nº 1 Reestruturação Curricular e Organização Didática 2 Equipe de Governo nº 2 Espaço Físico e Organograma 3 Equipe de Governo nº 3 Comunicação e Divulgação 4 Equipe de Governo nº 4 Fórum Permanente 5 Equipe de Governo nº 5 Resgate Histórico A Equipe da Reestruturação Curricular com o apoio da Equipe do Fórum realizou diversos momentos de discussão com palestrantes da Universidade e externos a ela com o objetivo de subsidiar a comunidade na reflexão e aprofundamento a respeito da concepção de homem sociedade mundo educaçãoescola concepção de aprendizagem e desenvolvimento currículo avaliação Durante todo o processo de discussão e implementação do Projeto Político Pedagógico a Equipe de Governo nº 5 Resgate Histórico realizou pesquisas documentais entrevistas e coleta de materiais fotográficos com o objetivo de lançar um livro sobre a história do Colégio de Aplicação Em abril de 2001 foi realizado um Seminário de Avaliação e Replanejamento do Projeto Político Pedagógico do Colégio de Aplicação sob a coordenação da Profª Ana Maria Borges de Sousa Após três dias de debate com representantes dos quatro segmentos da comunidade escolar foi avaliado que deveria ocorrer uma reorganização das Equipes de Governo transformandoas em Grupos de Trabalho A Equipe de Sistematização passou a se chamar Equipe de Articulação e foram criados dois novos Grupos de Trabalho Identidade e Vinculação Em fevereiro de 2003 coordenado pela Equipe de Governo nº 1 realizouse o I Congresso Temático Estrutura Curricular e Regime de Ensino com a participação de delegados representantes da comunidade escolar As deliberações deste Congresso depois de homologadas pelo Colegiado do Colégio de Aplicação foram aprovadas pelo Conselho de Unidade do Centro de Ciências da Educação No final do ano de 2004 o sistema de avaliação do processo ensino aprendizagem modificado pelo I Congresso Temático e implantado no ano letivo de 2003 foi avaliado O mesmo se deu no final do ano letivo de 2006 quando foram realizados ajustes que entraram em vigor no ano letivo de 2007 Em novembro de 2003 coordenado pela Equipe de Governo nº 2 e organizado de forma semelhante ao I Congresso realizouse o II Congresso Temático onde ficou definida a Estrutura Organizacional do Colégio de Aplicação conforme consta deste documento item 2 Caracterização escola momento de diferenças 22 Estrutura Administrativa Temos clareza que o Projeto Político pedagógico não é um texto escrito e acabado Ele é sim um processo contínuo coletivo e que se renova se refaz e se reestrutura de acordo com as exigências da realidade em que a escola se insere Exige uma reavaliação constante para tomada de decisões acerca das alterações necessárias para enfrentar os desafios que se apresentam 3 JUSTIFICATIVA O Projeto Político Pedagógico é um instrumento que tem a finalidade de orientar a escola nas suas atividades diárias de forma sistemática científica consciente participativa democrática enfatizando os seus princípios norteadores Ele se insere neste campo como um instrumento teóricometodológico a ser disponibilizado reconstruído e utilizado por aqueles que desejam efetivamente a mudança Mudar a prática educativa implica alterar concepções enraizadas e sobretudo sentir a fragilidade de nossa teoria de nossa organização enfim apontar para a existência de outros condicionantes A sociedade promove uma multiplicidade de motivações fazendo com que os projetos sejam realizados sejam eles contraditórios ou conflitantes O projeto seria um meio de comunicação expressão articulação de interesses objetivos inspirações sentimentos É um instrumento dinâmico e de acordo com Ciavatta 2005 está sendo elaborado permanentemente reorganizando a memória do indivíduo dandolhe novos sentidos e significados o que repercute em sua identidade Assim sendo a dinâmica dos projetos e a construção de identidades mantêm o passado em permanente reconstrução O Projeto PolíticoPedagógico é o plano global da escola Deve ser entendido como a sistematização nunca definitiva de um processo de planejamento participativo que se aperfeiçoa e se objetiva na caminhada a partir de um posicionamento quanto à sua intencionalidade e de uma leitura da realidade É um importante caminho para a construção da identidade da escola É um instrumento teóricometodológico que expressa as opções da escola as propostas de ação para concretizar o que se propõe a partir do que vem sendo realizado e o que se quer colocar em prática do que foi projetado Portanto a identidade que cada escola e seus dirigentes professores servidores técnicoadministrativos pais e alunos constroem é um processo dinâmico sujeito a constantes avaliações e reformulações relativas às novas vivências às novas teorias de educação às relações que estabelecem Não podemos desconsiderar as condições materiais e sociais da escola pois ela não está dissociada da sociedade enfrentando profundas mudanças sociais Da mesma forma os professores vêm enfrentando desafios para a construção de sua própria existência humana e social nela também incluídas as atividades que realizam no processo de trabalho da sua prática docente A compreensão destas implicações no desenvolvimento da prática educativa na escola tornase relevante para o entendimento da escola como lugar de espaço tempo em que se vive e se é profundamente afetado pela sociedade humana que nele foi e está internalizado Assim é possível pensar que estarão abertas as possibilidades para a construção de uma práxis capaz de transformar as relações sociais existentes na sociedade e entre elas aquelas que se dão na escola 4 PRESSUPOSTOS FILOSÓFICOS Em meio à crise paradigmática caracterizada pela globalização pela exigência de um novo perfil profissional pelo pluralismo pela multiculturalidade os discursos de autonomia cidadania e participação ganham força Nesta perspectiva a instituição escolar sente necessidade de abrir espaço à participação da comunidade na discussão e construção do seu Projeto Político Pedagógico Este é o momento em que a comunidade escolar tornase agente ativo de construção da Escola Democrática De acordo com Gadotti 1997 a construção de uma escola que seja democrática pública e popular deve estar pautada nas seguintes afirmativas A escola não é o único espaço de aquisição do saber elaborado também aprendemos em outros espaços e com outros agentes Não existe um único modelo de ação educativa cada escola tem suas próprias contradições e precisa encontrar seus próprios caminhos por isso a importância da experimentação pedagógica e de mentes abertas para o novo A Educação para todos supõe todos pela educação ou seja todos não terão acesso à educação enquanto todos não se interessarem por ela Grandes mudanças exigem esforço contínuo e solidário nas pequenas ações As pequenas mudanças podem dar sustentação para as mudanças estruturais O Projeto Político Pedagógico deve ser entendido como a própria organização do trabalho pedagógico da escola em dois níveis na organização do trabalho escolar como um todo e na organização do trabalho de sala de aula O projeto busca um rumo uma direção É uma ação intencional como um sentido explícito com um compromisso definido coletivamente Por isso todo projeto pedagógico da escola é também um projeto político por estar intimamente articulado ao compromisso sociopolítico com os interesses reais e coletivos da população majoritária A organização do trabalho escolar é baseada nos princípios da gestão democrática Neste sentido é apenas em meio ao diálogo e à criatividade que a comunidade escolar encontra seu próprio meio de organizarse e gerir este trabalho Uma vez definido que a comunidade escolar participa da elaboração do projeto definemse os seus eixos norteadores Esta proposta de trabalho exige uma mudança de mentalidade dos membros da comunidade escolar Afinal constituise em um processo democrático de tomada de decisões com o objetivo de organizar o trabalho pedagógico no sentido de reconhecer os conflitos buscando a superação das relações competitivas e autoritárias e diminuindo a fragmentação do trabalho escolar O Projeto Político Pedagógico da escola facilita a consolidação da elaboração mútua e o exercício de construção coletiva ao mesmo tempo em que se desencadeiam as experiências inovadoras que já estão acontecendo na escola Para a concretização do projeto é fundamental que a responsabilidade do mesmo não recaia sobre a direção da escola visto que uma gestão democrática implica na socialização do poder Assim a escola que almeja realizar uma ação pedagógica coerente com as finalidades que persegue deve criar um espaço de discussão coletiva com o intuito de analisar se o trabalho que vem desenvolvendo está propiciando atingir as finalidades e os objetivos traçados por ela Quando as finalidades da escola são construídas e definidas a partir de discussões realizadas no coletivo da comunidade escolar a possibilidade de atingilas é maior pois estas foram traçadas de acordo com os interesses da maioria da população O sucesso da instituição escolar no alcance de suas finalidades está intimamente relacionado aos princípios que fundamentam a organização do seu trabalho pedagógico ou seja a escola que estabelece e persegue suas finalidades norteadas pelos princípios de gestão democrática e autonomia estará mais próxima de propiciar uma formação coerente com suas finalidades Sendo assim a comunidade do Colégio de Aplicação definiu os seguintes princípios norteadores 41 Natureza O Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Santa Catarina autorizado pela Portaria nº 673 de 17 de julho de 1961 da Diretoria do Ensino Secundário do Ministério da Educação órgão integrante do Centro de Ciências da Educação situado no Campus Universitário é uma escola experimental mantida pela Universidade integrada ao Sistema Federal de Ensino objetivando o desenvolvimento de experiências pedagógicas e estágios supervisionados para os cursos de Licenciatura e Educação segundo as exigências da Lei nº 9394 de 20 de dezembro de 1996 LDB e Resoluções exaradas pelo Conselho Nacional de Educação 42 Finalidade O Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Santa Catarina tem por finalidade a Servir de campo de observação pesquisa experimentação demonstração e aplicação de métodos e técnicas de ensino de acordo com a legislação vigente b Proporcionar a prática de ensino aos acadêmicos dos cursos de Licenciatura e Educação e os estágios supervisionados do Centro de Ciências da Educação de acordo com a Resolução n 061CEPE96 podendo ainda atender solicitações pertinentes ao ensino Fundamental e Médio dos demais centros da Universidade Federal de Santa Catarina c Desenvolver práticas e produzir conhecimentos em função de uma melhor qualidade de ensino estendendoos à comunidade d Formar cidadãos livres conscientes e responsáveis e Instrumentalizar o educando para uma atuação crítica e produtiva no processo de transformação e construção consciente de uma sociedade justa humanitária e igualitária 43 Filosofia O Colégio de Aplicação inserido que está na Universidade se propõe a ser um Colégio Experimental onde se desenvolvem práticas e se produzem conhecimentos em função de uma melhor qualidade de ensino O Colégio de Aplicação exerce também a função de campo de estágio supervisionado para acadêmicos dos cursos de Licenciatura e Educação da Universidade Federal de Santa Catarina Mas acima de tudo o Colégio de Aplicação é uma Escola que se propõe à produção transmissão e apropriação crítica do conhecimento com o fim de instrumentalizar a responsabilidade social e a afirmação histórica dos educandos contribuindo também para a expansão de sua personalidade A filosofia norteadora da ação pedagógica do Colégio de Aplicação tem sua origem e seu fim na prática social concreta O contexto históricosocial no qual vivem docentes e educandos constitui o fundamento do trabalho do Colégio de Aplicação 44 Objetivos O Colégio de Aplicação tem como objetivo geral proporcionar a transmissão produção e apropriação crítica do conhecimento com o fim de instrumentalizar a responsabilidade social e a afirmação histórica dos educandos Os objetivos específicos visam a Propiciar os conhecimentos necessários para instrumentalizar o educando na sua atuação tornandoo crítico e produtivo no processo de transformação no mundo e na consequente construção de uma sociedade justa humanitária e igualitária b Possibilitar ao educando a vivência de práticas democráticas concretas para que este possa desenvolverse como sujeito livre consciente e responsável na construção coletiva de sua realidade histórica c Proporcionar e desenvolver atividades de pesquisa e extensão que contribuam para a melhoria do ensino como para formação continuada dos docentes Neste sentido desencadear o processo de discussão e sistematização da reestruturação curricular a partir dos princípios norteadores implica em fazer a articulação entre as duas estruturas que compõem a organização escolar ou seja a pedagógica e a administrativa 5 Fundamentos metodológicos 5I Concepção de Educação Uma Concepção de Educação deve explicitar e se ocupar de outros saberes que são por demais significativos Morin 2001 destaca os sete saberes necessários à educação do futuro quais sejam 1 As cegueiras do conhecimento o conhecimento sempre está ameaçado pelo erro e pela ilusão 2 Os princípios do conhecimento pertinente a educação deve discutir os processos que resultam no acesso às informações sobre o mundo e como articulálas organizálas e perceber e conceber o contexto local regional mundial e as relações entre o todo e as partes 3 Explicar a condição humana o ser humano é a um só tempo físico biológico psíquico cultural social e histórico Essa unidade complexa é totalmente desintegrada na educação por meio das disciplinas 4 Explicar a identidade terrena 5 Enfrentar a incerteza as ciências permitiram que adquiríssemos muitas certezas mas igualmente revelaram ao longo do século XX inúmeras incertezas A educação deve ocuparse de formar cidadãos capazes de conviver com a imprevisibilidade do futuro 6 Explicar a compreensão ensinar a compreensão entre as pessoas como condição e garantia da solidariedade intelectual e moral da humanidade 7 A ética do gênero humano a educação deve explicar as relações indivíduo sociedade espécie pois as relações entre os indivíduos produzem a sociedade a qual retroage sobre os mesmos indivíduos e a espécie 52 Concepção de Currículo A proposta pedagógica que orienta as práticas cotidianas no Colégio de Aplicação fundamentase em uma concepção crítica de currículo que oportunize a apropriação e a produção do conhecimento guiada por uma constante reflexão que envolva a comunidade escolar a respeito dos fatores internos e externos que influenciam a seleção e a organização dos conteúdos curriculares Isso implica uma visão crítica dos parâmetros que estão direcionando esse conhecimento e exige clareza e domínio da área específica reflexão constante a respeito dos grandes desafios presentes na prática social atual bem como a inclusão de questões como relações étnicoraciais e de gênero saúde trabalho violência desigualdade social miséria avanços da ciência e da tecnologia direitos humanos e defesa do meio ambiente Esta proposta deve também oportunizar a flexibilidade curricular e seu alcance quanto às adequações e adaptações curriculares necessárias Nesse sentido o currículo é concebido como um conjunto integrado e articulado de práticas pedagogicamente referenciadas a partir de uma determinada visão de humanidade de educação de mundo de sociedade de cultura de ciência de trabalho e de lazer A organização dessas práticas deve promover a construção e a reconstrução do conhecimento com vistas ao desenvolvimento dos indivíduos e da sociedade a partir da organização curricular interdisciplinar e do contexto social nas questões que envolvem a inclusão no seu sentido mais abrangente Em outras palavras pressupõe processos que compõem uma metodologia de construção coletiva do conhecimento escolar Esses são os eixos que darão as coordenadas para compreender e promover a relação dos educandos e educadores com o conhecimento uma vez que a escola considera que toda a comunidade escolar é capaz de aprender e compreender que as relações e interações sociais estabelecidas são fatores de apropriação do saber Nessa perspectiva a concepção de currículo acima exposta é referência para definir e possibilitar alternativas pedagógicas as quais nortearão a ação docente no que se refere à realização de projetos e à produção de intervenções didáticas diversificadas no intuito de fomentar as várias aprendizagens dos educandos oferecendolhes possibilidades e oportunidades de desenvolver suas potencialidades O Colégio de Aplicação ao se colocar como escola experimental que privilegia a diversidade pedagógica propõese investir em práticas e organizações curriculares que atendam às diferenças e às necessidades de todos tendo em vista os aspectos cognitivos sociais culturais e emocionais Para tanto este enfoque pressupõe um processo permanente de formação dos profissionais que compõem a comunidade escolar A diversidade pedagógica do Colégio possibilita a implementação de procedimentos didáticopedagógicos e práticas de avaliação diferenciadas Possibilita também uma organização curricular que contemple a integração dos diferentes saberes áreas do conhecimento e componentes curriculares A prática da iniciação científica implementada a partir dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental do Colégio proporciona acesso ao conhecimento científico e desenvolve o interesse pela ciência e pelas relações entre os conceitos científicos e a vida Esses procedimentos metodológicos de pesquisa apoiamse no envolvimento pessoal no esforço intelectual na formulação de questões e na busca de soluções Para possibilitar a formação de seres humanos críticos capazes de tomar decisões estabelecer julgamentos sociais e agir no seu contexto sóciohistórico destacase a importância da utilização de estratégias pedagógicas que levem em conta os multiletramentos como produção textual em diferentes linguagens projetos de trabalho pesquisas de campo viagens de estudo entre outras O Colégio de Aplicação como escola de Educação Básica desenvolve a alfabetização e o letramento a partir do entendimento de que são processos interdependentes indissociáveis e contínuos A formação do leitor crítico capaz de interpretar e ressignificar sentidos de diversos textos a partir de sua realidade e de seus conhecimentos de mundo deve ser o objetivo norteador do ensino de todas as disciplinas fazendo do educando um coautor um sujeito capaz de reconstruir o conhecimento e posicionarse diante de diferentes discursos que circulam socialmente 53 Os Pilares do Currículo Alfabetização e Letramento Antes de qualquer coisa fazse necessário considerar que Alfabetização e Letramento não são duas coisas distintas mas ao contrário são ações inseparáveis que se constituem numa relação dialética Mais do que expor a oposição entre os conceitos de alfabetização e letramento Soares valoriza o impacto qualitativo que este conjunto de práticas sociais representa para o sujeito extrapolando a dimensão técnica e instrumental do puro domínio do sistema de escrita Alfabetização é o processo pelo qual se adquire o domínio de um código e das habilidades de utilizálo para ler e escrever ou seja o domínio da tecnologia do conjunto de técnicas para exercer a arte e ciência da escrita Ao exercício efetivo e competente da tecnologia da escrita denominase Letramento que implica habilidades várias tais como capacidade de ler ou escrever para atingir diferentes objetivos In Ribeiro 2003 p 91 Para Magda Soares a Alfabetização corresponderia ao processo pelo qual se adquire uma tecnologia a escrita alfabética e as habilidades de utilizála para ler e escrever Dominar tal tecnologia envolve conhecimentos e destrezas variados como compreender o funcionamento do alfabeto memorizar as convenções letra som e dominar seu traçado usando instrumentos como lápis papel e outros que os substituam Já o termo Letramento relacionase ao exercício efetivo e competente daquela tecnologia da escrita nas situações em que precisamos ler e produzir textos reais Segundo Magda Soares 1998 alfabetizar e letrar são duas ações distintas mas não inseparáveis ao contrário o ideal seria alfabetizar letrando ou seja ensinar a ler e a escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita Interdisciplinaridade A interdisciplinaridade antes de tudo valoriza a disciplina Esta é condição para aquela Alfredo Veiga Neto defende na escola uma tensão que alterne a interdisciplinaridade com a disciplinaridade Para que se possa pensar em momentos mais pluriinterdisciplinares ou mesmo disciplinares é fundamental que exista um DIÁLOGO entre as DisciplinasNúcleos Disciplinares Iniciação Científica IC A Iniciação Científica no Ensino Fundamental e Ensino Médio deve se constituir em um elemento estruturante do currículo A prática da IC implementada desde os Anos Iniciais do EF proporcionará acesso ao conhecimento científico e despertará interesse pela ciência e pelas relações entre os conceitos científicos e a vida Formação de Leitores A leitura e a formação de leitores deve se constituir em um elemento estruturante do currículo escolar e um compromisso de todas as áreas do conhecimento 54 Concepção de Infância Criança e Juventudes A implantação do EF de 9 anos introduz a criança nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental aos 6 anos de idade Isto não apenas altera a organização do Ensino Fundamental mas principalmente requer uma reestruturação curricular haja vista que não é apenas o acréscimo de uma série nem muito menos a transposição pura e simples do último ano da Educação Infantil para o Ensino Fundamental Ou seja a forma de organização dos Anos Iniciais tem que ser o resultado de uma concepção de criança e de infância e não o contrário No esforço de discutir os conceitos de criança e infância é fundamental considerar o percurso percorrido até chegarmos à compreensão que vivenciamos atualmente Nesse sentido alguns elementos devem contribuir com esta reflexão O conceito de infância e criança vem passando por inúmeras mudanças pois na medida em que a sociedade se modifica modifica se também a forma como a sociedade a concebe Na Grécia antiga não havia especificação para nomear criança ou jovem Na Idade Média não havia distinção entre adultos e crianças não havia em separado um mundo da infância J H PLUMB As crianças compartilhavam os mesmos espaços festas e situações que os adultos Com advento da industrialização além da ida da mulher para o mercado de trabalho temos a ida da própria criança para o trabalho nas fábricas Com a criação dos Sistemas Nacionais de Ensino demanda de um novo modelo de sociedade que se concretizava as Escolas passam ser um lugar para o atendimento das crianças nesse período ainda se cria as primeiras instituições destinadas à Educação Infantil caracterizadas como instituições de cunho compensatório ou assistencialista Somente em épocas comparativamente recentes veio a surgir um sentimento de que as crianças são especiais e diferentes e portanto dignas de serem estudadas por si sós HEYWOOD 2004 O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil sinaliza as crianças possuem uma natureza singular que as caracteriza como seres que sentem e pensam o mundo de um jeito muito próprio e utilizam das mais diferentes linguagens e exercem a capacidade que possuem de terem ideias e hipóteses originais sobre aquilo que procuram desvendar Na modernidade a psicologia investiu nessa discussão juntamente com a pedagogia As crianças começaram então a ser considerada em função de sua faixa etária por características de ordem biológica psicológicacognitiva E hoje Considerando todo o processo histórico algumas concepções mudaram outras permanecem ainda que veladas Alguns dos discursos correntes em relação à criança a consideram como Sujeito de pouca idade Sujeito de direitos Sujeito de direitos com respaldo legal Dayrell 2007 ao discutir a relação entre as juventudes e a escola defende a tese de que as tensões existentes entre o jovem e a escola são um produto das mudanças ocorridas nas últimas décadas na sociedade ocidental Argumenta ainda que devemos mudar o eixo da reflexão das instituições educativas para os sujeitos jovens Afirma ele que quando o ser humano passa a se colocar novas interrogações a pedagogia e a escola também têm de se interrogar de forma diferente Neste sentido devemos nos perguntar Quem é este alunojovem Que saberes traz para a escola Quais são seus anseios medos e referências culturais A partir da respostas a estas questões devemos buscar uma valorização do Protagonismo Juvenil e de como incorporar ao currículo escolar os elementos culturais das juventudes 6 UNIDADE DA DIVERSIDADE as práticas pedagógicas Por se constituir em uma escola de experimental como definido no decreto de 1946 o CA possibilita a existência de práticas pedagógicas diferenciadas Fazse necessário explicitar esta existência referendando no PPP as diferentes propostas pedagógicas como Práticas Pedagógicas Institucionalizadas Turmas A fundada no Construtivismo Turmas B adota perspectivas teóricas diversas Turmas C fundada na Pedagogia de Projetos 7 EDUCAÇÃO INCLUSIVA A partir da Declaração de Salamanca 1994 assinada por 88 governos e 25 organizações muitos países começaram a implantar políticas de inclusão dos alunos com necessidades educacionais especiais no ensino regular por considerar ser esta a forma mais democrática de ampliação de oportunidades educacionais para estes alunos Ter em sala de aula alunos com diferentes possibilidades exige que pensemos a aprendizagem de forma coletiva e diferenciada de modelo de escola que temos hoje A abordagem históricocultural de aprendizagem e desenvolvimento aponta a heterogeneidade como característica de qualquer grupo humano e fator imprescindível para as interações em sala de aula A diversidade de experiências trajetórias pessoais contextos familiares valores e níveis de conhecimento de cada membro do grupo viabilizam no cotidiano escolar a possibilidade de trocas confronto ajuda mútua e consequente ampliação das capacidades individuais e coletivas A prática em defesa da inclusão possui forte embasamento legal A atual legislação educacional brasileira prevê as adequações necessárias nos sistemas de ensino para que a inclusão seja implementada de fato Assim a LDBEN Lei n 939496 e o Decreto nº 329899 que dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência a Resolução CNECEB nº 2 de 11 de setembro de 2001 que institui diretrizes nacionais para a educação especial na educação básica no seu art 3 diz que Por educação especial modalidade da educação escolar entendese um processo educacional definido por uma proposta pedagógica que assegure recursos e serviços educacionais especiais organizados institucionalmente para apoiar complementar suplementar e em alguns casos substituir os serviços educacionais comuns de modo a garantir a educação escolar e promover o desenvolvimento das potencialidades dos educandos que apresentam necessidades educacionais especiais em todas as etapas e modalidades da educação básica Portanto a educação especial está legalmente inserida na educação infantil educação fundamental e ensino médio O Relatório do Parecer nº 172001 do Conselho Nacional de Educação deixa claro que a política de inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais na rede regular de ensino não consiste na permanência física desses alunos junto aos demais mas representa a ousadia de rever concepções e paradigmas que permitam desenvolver o potencial dessas pessoas respeitando suas diferenças e atendendo suas necessidades Dessa forma não é o aluno que se molda à escola mas é ela que consciente da sua função colocase á disposição do aluno tornandose um espaço inclusivo Neste contexto a educação especial é concebida para possibilitar que o aluno com necessidades educacionais especiais atinja os objetivos da educação geral A partir da possibilidade do ingresso de alunos através de sorteio o Colégio de Aplicação vem recebendo alunos com uma diversidade de histórias de deficiência bem como de forma coercitiva por intermédio de ação judicial De acordo com a Ação Civil Pública n 200172000012918SC o Colégio de Aplicação deverá assegurar nos cursos fundamental e de 2º Grau um percentual de 5 cinco por cento das vagas às pessoas portadoras de deficiência física No ano de 2009 foram contratadas duas Pedagogas para atuarem com os alunos com deficiência sendo criado oficialmente o Setor de Educação Inclusiva do Colégio de Aplicação que atualmente atende 47 quarenta e sete alunos desde o 1º ano do Ensino fundamental ao 3º ano de Ensino Médio com as mais diversas deficiências autismo paralisia cerebral síndrome de down deficiência mental deficiência auditiva distúrbio de processamente auditivo dislexia TDHA síndrome de Asperger 8 NÍVEIS E MODALIDADES DE ENSINO ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO MÉDIO 1º ano 2º ano Anos Iniciais 3º ano 4º ano 5º ano 1ª a 3ª série Anos Finais 6º ano 7º ano 8º ano 9º ano 9 COMPOSIÇÃO CURRICULAR 91 ENSINO FUNDAMENTAL Anos Iniciais Carga Horária horaaula Disciplinas 1111 ano 2 ano Artes 03 2 Educação Física 3 3 Educação Geral Português Matemática Ciências Humanas e da Natureza 17 17 Libras 1 1 Literatura Oral 1 2 Anos Iniciais Carga Horária Disciplinas 3o ano 4444º ano 5o ano Artes 2 2 2 Ciências Humanas e da Natureza 6 6 5 Educação Física 3 3 3 Libras 1 1 2 Literatura Oral 1 1 1 Matemática 5 6 5 Português 6 6 5 Iniciação Científica 2 Anos Finais Carga Horária Disciplinas 6º ano 7o ano 8o ano 9o ano Artes 2 2 2 2 Ciências 4 2 2 3 Educação Física 3 3 3 3 Estudos Latinos Americanos 2 Geografia 2 3 3 3 Grupos de Estudos Aulas compartilhadas 2 História 3 3 3 3 Línguas Estrangeiras Inglês Francês Espanhol Alemão 4 3 3 3 Matemática 5 5 4 4 Português 5 5 5 5 Iniciação Científica 2 92 ENSINO MÉDIO Ensino Médio Carga Horária Disciplinas 1o ano 2o ano 3o ano Artes 2 Biologia 4 4 4 Educação Física 3 3 3 Estudos Latinos Americanos 2 Filosofia 2 2 2 Física 3 4 4 Geografia 3 3 3 História 3 3 3 Línguas Estrangeiras Inglês Francês Espanhol Alemão 2 2 2 Matemática 4 4 4 Química 3 3 3 Sociologia 2 2 2 Português 4 4 4 Literatura Brasileira 2 Colégio De Aplicação 10 SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM 101 DA AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR DAS CARACTERÍSTICAS DA AVALIAÇÃO A avaliação é um processo contínuo e cumulativo que envolve o educando o docente a escola e responsáveis com o fim de diagnosticar analisar e se necessário repensar o processo de ensinoaprendizagem frente aos objetivos previsto A verificação do rendimento escolar para fins de promoção compreenderá a avaliação do aproveitamento do educando bem como a apuração da assiduidade O sistema de avaliação do processo ensinoaprendizagem será trimestral para o Ensino Fundamental e Ensino Médio A avaliação do processo ensino aprendizagem poderá seguir outra periodicidade quando se tratar de projetos O rendimento escolar será avaliado pelo aproveitamento do educando através de técnicas e instrumentos de avaliação diversos tais como a observação diária do docente b trabalhos de pesquisa individual ou coletiva c testes provas orais ou escritas d resoluções de exercícios eplanejamento execução e apresentação de experiências ou projetos f relatórios g trabalhos práticos h outras técnicas eou instrumentos que o docente julgar conveniente Os instrumentos de avaliação deverão ser variados e utilizados como meio de verificação que levem o educando ao hábito de pesquisa à reflexão à iniciativa e à criatividade Todo resultado de avaliação deverá ser mostrado aos educandos e as respectivas correções esclarecidas pelo docente logo após a sua realização para que os mesmos conheçam o seu desempenho Trimestralmente o docente deverá realizar no mínimo 3 três avaliações O sistema de avaliação do processo ensinoaprendizagem adotado pela escola deverá ser explicado aos educandos e responsáveis quando do ingresso na mesma Trimestralmente as médias serão entregues e registradas na Secretaria de acordo com os prazos estipulados no Calendário Escolar A média trimestral deverá ser a média das avaliações de diferentes atividades realizadas no decorrer do processo ensinoaprendizagem e poderá ser expressa em notas de 0 zero a 10 dez Estas serão registradas com a fração de décimos quando for o caso sem arredondamento tanto para as avaliações de cada trimestre quanto para a Prova Final Este registro poderá ser expresso de forma diversa quando se tratar de projetos 102 DA RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS O Colégio proporcionará Recuperação de Estudos durante o ano letivo com a finalidade de melhorar o desempenho escolar dos educandos A Recuperação de Estudos deve ser entendida como processo didático pedagógico que visa oferecer novas oportunidades ao educando para superar defasagens ao longo do processo ensinoaprendizagem A prática de Recuperação de Estudos para suprir as defasagens do processo ensinoaprendizagem será adotada no transcorrer do próprio trimestre Os educandos que apresentarem necessidade de Recuperação de Estudos no trimestre serão convocados pelos docentes e deverão frequentar as aulas nos horários programados pelo Colégio A Recuperação de Estudos nos anos Iniciais do Ensino Fundamental será oferecida nas disciplinas de Português e Matemática com uma carga horária semanal de 02 duas horasaulas por disciplina Estas aulas serão oferecidas pelo professor da disciplina A Recuperação de Estudos nos anos Finais do Ensino fundamental e Ensino Médio será oferecida de forma paralela e em horário oposto ao período de estudo do educando e será realizada no decorrer do trimestre As aulas serão ministradas por disciplina e por série em horário planejado e estabelecido pela Direção do Colégio Oa professora terá liberdade para empregar metodologias diversas e estabelecer estratégias de recuperação para os educandos de menor rendimento É de responsabilidade do educando bem como de sua família conhecer o horário dessas aulas e acompanhar o seu desempenho escolar durante o trimestre A frequência é obrigatória e será registrada no caderno no professor na folha de frequência criada para esse fim A comunicação dos alunos em Recuperação de Estudos será feita no quadro de avisos da sala de aula bem como através da Ficha de Acompanhamento Individual Internet 103 DO CONSELHO DE CLASSE O Conselho de Classe tem caráter deliberativo sendo um momento de reflexão avaliação decisão ação e revisão do processo ensinoaprendizagem e deverá constar no Calendário Escolar O Conselho de Classe terá como finalidades a avaliar o desempenho escolar da turma e dos educandos individualmente a relação docenteeducando o relacionamento entre os próprios educandos e questões referentes ao processo pedagógico no decorrer de cada trimestre do ano letivo b encaminhar ações pedagógicas a serem adotadas visando práticas de estudo alternativas que possibilitem melhorias no desempenho do educando c deliberar a respeito da avaliação final dos alunos considerando o parecer do conjunto de docentes das disciplinas da turma As decisões e encaminhamentos do Conselho de Classe devem ser viabilizados e efetivados pelos setores responsáveis Toda alteração de nota eou frequência motivada por erro involuntário do docente ou por revisão de provas que interfira na decisão do Conselho de Classe este deverá ser reconvocado e o resultado da sua decisão ser encaminhado à Secretaria Escolar O Conselho Escolar será constituído pelos docentes Orientador Educacional Coordenador de Apoio Administrativo ao Ensino e no máximo 20 vinte por cento de representatividade de educandos da turma sob a coordenação do Supervisor Escolar Haverá um secretário escolhido previamente dentre os docentes da turma que redigirá a ata do Conselho de Classe A participação dos educandos representantes da turma darseà no primeiro momento do Conselho quando será realizada a avaliação da turma As reuniões de Conselho de Classe deverão realizarse com a presença de todos os envolvidos no processo ensinoaprendizagem Na impossibilidade de um dos participantes se fazer presente deverá encaminhar à coordenação do Conselho de Classe os registros e a decisão referentes a sua avaliação Não havendo quorum para a realização do Conselho de Classe o mesmo será cancelado e posteriormente será marcada nova data e horário Os encaminhamentos feitos em cada Conselho de Classe deverão ser levados á turma pelo Orientador Educacional juntamente com os seus representantes O planejamento do Conselho de Classe deverá ser realizado pelo Setor Pedagógico da escola e terá objetivos diferenciados em cada trimestre 104 DA FREQUÊNCIA APROVAÇÃO E REPROVAÇÃO O educando que seguidos todos os procedimentos trimestrais obtiver nos trimestres o somatório de 18 dezoito pontos ou seja média de 60 seis vírgula zero estará automaticamente aprovado O educando que após ser submetido à Recuperação de Estudos nos trimestre não obtiver a média 60 seis vírgula zero em cada uma das disciplinas deverá ser submetido à Prova Final A fórmula para cálculo de média anual dos educandos que realizarem Prova Final será Média dos trimestres Prova Final 60 2 O educando poderá realizar Prova Final em todas as disciplinas Aquele que não atingir a média 60 seis vírgula zero em uma ou mais disciplinas após a Prova Final estará reprovado A aprovação do educando também dependerá da frequência exigida pela legislação vigente Lei 939496 ou seja comparecer no mínimo a 75 do total das aulas Será aprovado ao final do ano letivo o educando que a alcançar um somatório de 18 dezoito pontos por disciplina resultado de seu desempenho nos 3 três trimestres e com no mínimo 75 setenta e cinco por cento de frequência nas disciplinas b alcançar média 60 seis vírgula zero em cada disciplina após ser submetido à prova final Será reprovado ao final do ano a após a prova final não tiver alcançado média 60 seis vírgula zero em uma das disciplinas b não atingir o percentual mínimo de frequência ou seja 75 setenta e cinco por cento do total das aulas dadas nas disciplinas 105 REVISÃO DO RESULTADO DO CONSELHO DE CLASSE FINAL Será concedida revisão ao resultado do Conselho de Classe final ao educando que discordar do mesmo A revisão será requerida pelo educando ou responsável ao Diretor Geral do Colégio no prazo de 24 vinte e quatro horas após sua publicação De posse do requerimento o Diretor Geral anexará o Boletim Escolar e a Ficha de Acompanhamento Individual do Aluno relativos ao ano letivo e designará uma Comissão composta de 3 três docentes preferencialmente da disciplina ou disciplinas afins para a revisar a prova final em que o aluno reprovou b analisar o desempenho do aluno no ano letivo em curso A Comissão terá um prazo máximo de 24vinte e quatro horas para analisar a prova e emitir o parecer qualitativo sobre a manutenção ou alteração do resultado que será apreciado pelo Conselho de Classe Extraordinário convocado especialmente para esta finalidade O requerente será informado oficialmente pela Secretaria Escolar Colégio De Aplicação 11 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL 111 Estrutura Física O Colégio de Aplicação é uma instituição de Ensino Fundamental e Médio e possui uma estrutura física composta de quatro blocos No bloco A funciona o setor administrativo do Colégio de Aplicação a Associação de Pais e ProfessoresAPPo Espaço Estético Salas de Projetos e os Anos Iniciais No bloco B funcionam a Biblioteca a Brinquedoteca o Laboratório de Ensino de História do CA LEHCA a Sala da Nutrição Salas de Recuperação de Estudos Salas de Teatro de Música de Ginástica e Dança e Salas de projetos No bloco C funcionam os Laboratórios de Educação Física Química Física Biologia de Matemática Geografia e Ciências Piso Térreo Laboratórios de Linguagens e Línguas Estrangeiras salas de aula de Inglês Espanhol Alemão e Francês 1º andar e salas de estudos dos professores 2º andar No bloco D segmento dos Anos Finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio O Colégio de Aplicação foi construído em etapas ao longo dos anos conforme a sua demanda No momento em que houve a discussão e redefinição dos espaços existentes na escola aconteceram mudanças para a melhoria da dinâmica de funcionamento da escola ESPAÇO FÍSICO Bloco A Administração 1 sala de convivência para Professores e TécnicoAdministrativos 1 banheiro masculino 1 banheiro feminino 1 depósito para material de expediente 1 sala da Direção Geral 1 sala da Direção de Ensino 4 salas de Coordenadorias Estágios Pesquisa e Extensão Comunicação Divulgação e Eventos Administrativa 4 salas para projetos 2 salas do Serviço de Orientação Educacional 1 sala do AEE Atendimento Educacional Especializado 1 sala para Secretaria 1 sala da Administração de Edifício e Laboratório 1 sala da Associação de Pais e Professores APP 1 sala para consultório médico 1 sala para gabinete odontológico 1 sala de reuniões Bloco 9 salas de aula 1 sala para Inspetoria 1 sala para Coordenadoria de Apoio Administrativo ao Ensino 1 sala para professores 1 banheiro adaptado 1 banheiro masculino 1 banheiro feminino 2 pátios cobertos 1 cozinha para os funcionários terceirizados 1 depósito para cadeira de rodas 1 depósito para material de Educação Física Bloco B Galpão 1 Laboratório de Informática 1 sala de atendimento 1 sala de dança 2 salas ambiente para práticas de Teatro 2 salas ambiente para práticas de Música 1 pátio coberto 1 banheiro feminino 1 banheiro masculino 1 biblioteca 1 sala para brinquedoteca Cozinha Refeitório 3 salas para aulas de recuperação de estudos 4 salas para Projetos 2 salas de aula Bloco D Anos Finais e Ensino Médio 1 sala para a Inspetoria 2 salas para Coordenadorias de Apoio Administrativo ao Ensino Fundamental e Médio 2 banheiros femininos 2 banheiros masculinos 2 miniauditórios 14 salas de aula 1 auditório 1 pátio coberto 1 sala de Apoio Pedagógico AEE 1 sala para atendimento 1 sala para o Grêmio Estudantil 7 laboratórios Física Química Biologia Línguas Estrangeiras Matemática Educação Física e Informática 4 salas para aulas de Línguas Estrangeiras Inglês Alemão Francês e Espanhol 10 salas de estudos dos professores por disciplina Casinha de Artes 3 salas ambiente para prática de Artes Plásticas 1 banheiro feminino 1 banheiro masculino Áreas Externas 1 parque para crianças até 10 anos 1 quadra de esportes descoberta 1 campo de areia para futebol Localização Essa unidade escolar situase no Campus Universitário Em função da sua localização tornase fácil o acesso do educando à Biblioteca Central Eventos Culturais e a todas as atividades e serviços que a Universidade oferece O Colégio está localizado numa área geograficamente residencial onde existem vias de acesso tanto para o norte quanto para o sul para o centro da cidade e bairros da grande Florianópolis Colégio De Aplicação 12 BIBLIOGRAFIA AFON SO Almerindo Janela Avaliação Educacional regulação e emancipação São Paulo Ed Cortez 2000 ALONSO Mirtes A escola em busca de sua identidade um desafio para a administração escolar In SILVA Rinalva Cassiano org Educação para o século XXI São Paulo Unimep 1998 BALLESTER Margarita Avaliação como apoio à aprendizagem Porto Alegre ArtMed 2003 BRASIL Secretaria da Educação Fundamental Parâmetros Curriculares Nacionais introdução aos parâmetros curriculares nacionais Brasília MECSEF 1997 BRASIL Secretaria de Educação Básica Indagações sobre currículo Brasília MECSEB 2006 BRASIL Ministério da Educação Ensino fundamental de nove anos orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade Brasília FNDE Estação Gráfica 2006 CERVO Amado Luiz e BERVIAN Pedro Alcino Metodologia Científica São Paulo McGrawHill 1983 DEMO Pedro Ser professor é cuidar que o aluno aprenda Porto Alegre Mediação 2004 DEMO Pedro Educar pela Pesquisa São Paulo Autores Associados 1997 DAYREL Juarez As escola Faz as juventudes Reflexões em torno da socialização juvenil IN Educação e Sociedade vol 28 CEDES Número Especial 2007 ENGUITA Mariano F Tecnologia e sociedade a ideologia da racionalidade técnica a organização do trabalho e a educação In SILVA TT org Trabalho Educação e Prática Social Porto Alegre Artes Médicas 1991 Escola Projeto Coletivo em Construção Permanente Contribuição dos Especialistas em assuntos educacionais In SANTA CATARINA Secretaria da Educação Unidade operacional de Ensino de 1o Grau Supervisão Escolar Orientação Educacional Florianópolis p 97105 1979 ESTEBAN Maria Tereza org Avaliação uma prática em busca de novos sentidos Rio de Janeiro Editora DPA 2003 FAZENDA Ivani Org Novos Enfoques da Pesquisa Educacional São Paulo Cortez 1992 Integração e Interdisciplinaridade no ensino brasileiro efetividade ou ideologia São Paulo Loyola 1993 FRANCO Maria Laura PB Qualidade do Ensino velho tema novo enfoque São Paulo mimeo 1993 FREIRE Paulo Pedagogia da Autonomia Saberes necessários à prática educativa Rio de Janeiro Paz e Terra 1998 GADOTTI Moacir e ROMÃO José E org Autonomia da Escola princípios e propostas 2a edição São Paulo Editora Cortez 1997 GADOTTI Moacir Concepção Dialética da Educação São Paulo Cortez 1985 GARCIA Regina L Construindo uma nova escola com os especialistas Prospectiva AOERGS Porto Alegre V 2 n 16 p 5967 1987 GENTILI Pablo A Falsificação do consenso simulacro e imposição na reforma educacional do neoliberalismo Petrópolis Rio de Janeiro Editora Vozes 1998 HADJI Charles Avaliação Desmistificada Porto Alegre ArtMed 2001 HOFFMANN Jussara Avaliação Mediadora uma prática em construção da pré escola à Universidade Porto Alegre Educação e Realidade 1993 KOSIK K Dialética do Concreto Rio de Janeiro Paes e Terra 1976 LIBÂNEO José Carlos Organização e Gestão da Escola Teoria e Prática Goiânia Alternativa 2004 LOPES Antonia Osima Planejamento do Ensino numa Perspectiva Crítica de Educação In Repensando a Didática Campinas Papirus 1990 p 45 LUCKESI Cipriano Carlos Verificação ou avaliação o que pratica a escola Revista Série Idéias n8 p71 80 São Paulo FDE 1997 LÜDKE Menga e ANDRÉ Marli E D A Pesquisa em Educação Abordagens Qualitativas São Paulo EPU 1986 MACEDO Lino de Ensaios pedagógicos como construir uma escola para todos Porto Alegre ArtMed 2005 MOREIRA Antonio Flávio Barbosa Currículo questões atuais São Paulo Papirus 1997 MORENO Montserrat Temas Transversais em Educação Bases para uma formação integral São Paulo Ática 1998 MORIN Edgar Os Sete Saberes Necessários à Educação do Futuro Cortez 2000 PETRAGLIA Izabel Cristina Edgar Morin A educação e a complexidade do ser e do saber Petrópolis RJ Vozes 1995 Relatório de Avaliação Institucional do Colégio de Aplicação 1998 POMAR Wladimir Nossa Perplexidade TD n35 julagoset p 2429 1997 RABELO Edmar Henrique Avaliação novos tempos novas práticas Petrópolis RJ Vozes 1998 SACRISTÁN J Gimeno O currículo uma reflexão sobre a prática Porto Alegre ArtMed 1998 SALINAS Dino Prova amanhâ Agora a avaliação entre a teoria e a realidade Porto Alegre ArtMed 2004 SANTOMÉ Jurjo Torrres Globalização e Interdisciplinaridade o currículo integrado Porto Alegre Artes Médicas 1998 p 25 SANTOS Lucíola Licínio de Castro Paixão MOREIRA Antônio Flávio Currículo Questões de Seleção e de Organização do Conhecimento Revista Série Idéias São Paulo FDE 1995 n 26 p 4765 SAVIANI Dermeval Escola e Democracia São Paulo Cortez 1984 p 9 SILVA Janssen Felipe da HOFFMANN Jussara ESTEBAN Maria Tereza orgs Práticas avaliativas e aprendizagens significativas em diferentes áreas do currículo Porto Alegre Mediação 2003 SILVA Janssen Felipe da Avaliação na perspectiva formativareguladora pressupostos teóricos e práticos Porto Alegre Mediação 2004 SOUZA Clarilza Prado de Org Avaliação do rendimento escolar Campinas SP Papirus 1993 THIOLLENT Michel Metodologia da Pesquisaação São Paulo Cortez 1998 VASCONCELLOS Celso dos Santos Coordenação do Trabalho Pedagógico do Projeto Políticopedagógico ao cotidiano da sala de aula São Paulo Libertad 2002 Celso dos Santos Planejamento Plano de EnsinoAprendizagem e Projeto Educativo São Paulo Libertad 1995 p 26 Celso dos S Avaliação concepção dialética libertadora do processo de avaliação escolar São Paulo FDE 1997 Celso dos S Avaliação da Aprendizagem práticas de mudança por uma práxis transformadora São Paulo Libertad 2003 VEIGA Ilma Passos A org Projeto PolíticoPedagógico da Escola uma construção possível Campinas SP Papirus 1995 Coleção Magistério Formação e trabalho pedagógico Ilma Passos Alencastro Cardoso Maria Helena Fernandes orgs Escola Fundamental currículo e ensino São Paulo Papirus 1995 1 A construção do PPPCA teve início na gestão do professor Paulo Roberto Oliveira 19962000 até junho de 2004 final da gestão do professor César de Medeiros Régis 2 Até 2003 ano de implementação do PPP o CA tinha um sistema de Bimestralidade A Recuperação ocorria ao final do ano letivo 2ª época com atendimento aos alunos dentro do modelo de Atendimento Paralelo ou seja havia uma horaaula para cada docente durante a semana para atendimento aos alunos Este atendimento era optativo para o aluno e se constituía em um espaço para dúvidas Após 2003 ficou definido que as disciplinas teriam uma carga horária de Recuperação de Estudos RE proporcional ao número de aulas da carga didática na série disciplinas com 4 horasaulas semanais teriam 2 horasaulas de RE as demais apenas 1 horaaula para a RE Esta seria semanal no turno contrário e com horário estabelecido pela Direção Criouse ainda a semana de provas de RE após o término do trimestre para os alunos que não obtivessem a média de aprovação 3 A discussão sobre a reposição da greve chegou a questionamento pela APP junto ao CNE que se manifestou quanto ao Calendário Escolar do CA no parecer nº 152007 No Calendário Escolar foram introduzidos os FOPEs Fóruns Pedagogicos Para realização dos fóruns as aulas de um turno eram suspensas para que ocorressem as discussões propostas Na parada seguinte eram suspensas as aulas do turno oposto A APP não aceitou esta proposição e juntamente com a Administração Central da UFSC leiase PREG questionaram o calendário do CA para aquele ano 4 Em outro documento Assim se passaram 8 anos relato memória de uma gestão contarei a minha visão da história deste período 5 Na definição do PPP a Recuperação seria convocada pelo professor e obrigatória para o aluno Regimento Escolar 6 Elaborado pelos professores Romeu Bezerra Sylvia Damiani Aceli Catarina e Mário César Pires com a colaboração das estagiárias Andréa de Souza e Bruna Cavalheiro A aplicação dos questionários contou com a participação dos professores Fábio dos Santos e Antônio Farias Filho 7 Levantamento junto aos docentes e alunos quanto aos Sistema de Trimestralidade Na oportunidade foi perguntado aos dois segmentos qual a posição quanto a uma Reforma Curricular 8 Avaliação dos docentes na Parada Pedagógica 9 Os dados para os Anos Finais do Ensino Fundamental são semelhantes pouco se diferenciando do Ensino Médio 10 Parecer do CNE de 1997 referenda esta possibilidade 11 Apesar de toda a discussão dúvidas persistiram quanto ao funcionamento da RE
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SENAC
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Projeto político Pedagógico PPP Breve relato das alterações realizadas no PPP O documento que se segue é o resultado de um intenso longo e democrático processo de construção do Projeto Político Pedagógico PPP Após anos de intensa discussão com a participação de docentes alunos paismães e servidores técnicos o Projeto Político Pedagógico PPP do Colégio de Aplicação foi concluído e implementado a partir de 2003 De lá para cá muitos foram os momentos de rediscussão do PPP mais nas partes do que no todo O que se apresenta a seguir é uma síntese desses momentos democráticos que alteraram e modificaram o Projeto Político Pedagógico institucional a partir de consultas às disciplinassegmentos e deliberações em Reuniões Gerais I Ano de 2005 A Direção encaminha a primeira discussão com o objetivo de revisar na íntegra o PPP da escola Iniciase por uma avaliação do PPP implementado em 20032 Para fundamentar esta avaliação a Direção apresenta e distribui os dados do levantamento realizado junto aos professores e alunos sobre o Sistema de Trimestralidade Neste ano momento de início da revisão do PPP foi deflagrada uma longa greve de docentes que no caso do CA durou mais de 100 dias Os reflexos desta serão sentidos até 2008 II Ano de 2006 no calendário letivo são previstos diversos FOPES Fóruns Pedagógicos de revisão do PPP Como rescaldo da greve estes momentos de debates foram interrompidos em função dos questionamentos da Associação de Pais e Professores APP sobre a reposição da greve e a proposta de Calendário Escolar para o ano letivo de 20063 Este debate foi interrompido e a validade do PPP do CA passou a ser questionada pela CEBPREG4 apesar da aprovação deste documento nos Congressos com todos os segmentos e no Conselho de Unidade do Centro de Ciências da Educação III Ano de 2007 O ano letivo iniciase em abril e são retomadas as discussões A Direção Geral de Ensino e Assessoria Pedagógica apresentam uma proposta para discussão nas disciplinas de alteração curricular para o CA De forma pontual a proposta de alteração curricular se centrava Na organização curricular por Áreas de Conhecimento ou Núcleos Disciplinares Na alteração da carga didática nº de aulas das disciplinas Autonomia da construção curricular pelo aluno 20 da carga horária de livre escolha do aluno projetos interdisciplinares de Iniciação Científica Na extensão de Filosofia e Sociologia no EM mantendose SOC na 8ª série9º ano Como elementos complementares Introdução de uma Avaliação Interdisciplinar trimestral Fim das Provas Finais Mudança na Recuperação de Estudos IV Ano de 2008 A partir da discussão da proposta de Reforma Curricular os docentes avaliam que em função do desajuste no Calendário Escolar ano letivo e civil não coincidem desde 2005 até 2008 a mudança deveria ocorrer apenas na Recuperação de Estudos Ademais o CA contava com 44 de substitutos e alta rotatividade de docentes Por decisão das Reuniões Gerais as discussões já não ocorrem na perspectiva de uma Reforma Curricular mas apenas em aspectos pontuais como na RE por exemplo Levantamento realizado junto ao corpo docente e discente orientam e fundamentam a primeira modificação na RE 60 dos docentes entendiam que a Recuperação de Estudos era igual ao Atendimento Paralelo modelo usado até 2003 e modificado a partir de então pelo PPP 72 confirmaram que a recuperação não se realizava na sua disciplina 65 dos alunos consideraram que a recuperação não ocorria Muitos afirmaram que não eram convocados5 70 dos alunos entendiam a RE mais como um espaço para tirar as dúvidas ou seja semelhante ao Atendimento Paralelo A mudança aprovada para a RE foi Todo aluno com nota abaixo de 60 seis pontos estaria em RE Seria convocado pelo professor para as aulas de recuperação e realizaria prova na semana de provas de RE ao final do trimestre A nota da RE compunha um banco de notas até 2008 que seria usado apenas no final do ano caso o aluno não atingisse média 60 de aprovação nos trimestres Caso o aluno obtivesse média de aprovação nos trimestres as notas da RE seriam descartadas V Ano de 2009 ano em que o Calendário do ano letivo coincide com o ano civil Planejamento Institucional fevereiro A Direção apresenta o Perfil sócioeducacional dos escolares do Colégio de Aplicação6 Este levantamento se constitui em importante documento de referência para compreensão do perfil do aluno do CApUFSC Quem é esta criança Quem é este adolescente Quais conhecimentos eles trazem para escola Quais os bens culturais a que tem acesso Onde moram Quais seus hábitos de estudos Estas questões orientariam uma discussão sobre o currículo escolar e suas possibilidades As Paradas Pedagógicas são retomadas e previstas no Calendário Escolar As discussões ocorrem inicialmente nas áreas com o objetivo de estabelecer algumas concepções que orientem na perspectiva de uma Reforma Curricular que abranja toda a escola No levantamento de 20057 75 dos docentes se manifestaram favoráveis a uma mudança no Currículo Escolar 1ª Parada Pedagógica junho nesta parada se discute Concepção de Educação de Currículo Diversidade Pedagógica nos Anos Iniciais Iniciação Científica Interdisciplinaridade Infância Criança Adolescência e Juventudes Alfabetização e Letramento e Formação de Leitores que são incorporadas ao PPP Neste momento a Formação de Leitores Iniciação Científica Interdisciplinaridade Alfabetização e Letramento e contextualização são definidos como ELEMENTOS ESTRUTURANTES do Currículo e incorporados ao PPP 2ª Parada Pedagógica setembro O foco da discussão é a Concepção de CurrículoAvaliação Aqui surge a necessidade de se definir a avaliação e registro desta para os alunos com deficiência No tocante aos princípios gerais da avaliação reafirmase o constante no Projeto Pedagógico do Colégio de Aplicação Título III Seção I do Regimento Mais uma vez os docentes em Reunião Geral encaminham por mudança da RE Na oportunidade a avaliação foi de que a Recuperação de Estudos no modelo substitutivo da nota fracassou na sua essência Constituiuse em mais do mesmo Em nova avaliação a nota da RE passa a ser substitutiva caso fosse maior que a média do trimestre A RE que deveria se voltar para os alunos com baixo rendimento e com nota substitutiva passou a ser aproveitada pelos alunos com rendimento melhor e que não estavam em Recuperação8 A grande maioria dos que estavam em recuperação compareciam apenas às vésperas da semana de provas de RE Enfim era o antigo Atendimento Paralelo na sua mais pura forma A nota substitutiva como incentivo à recuperação fracassou Outro dado significativo os alunos que participavam das avaliações de RE nos trimestres na grande maioria realizavam a Prova Final Enfim a Recuperação não recuperava Para ilustrar apresento abaixo gráficos com os resultados da Recuperação de Estudos para o Ensino Médio no ano de 20099 Ainda em 2009 a discussão sobre a RE toma outro rumo O debate não mais se centra no caráter quantitativo da recuperação nota mas no qualitativo aprendizagem Reafirmase a ideia de que esta recuperação não pode acontecer como consequência do resultado de uma síntese da avaliação de um trimestre ou seja ser o mero reflexo de uma média das avaliações trimestrais A própria LDB referese ao predomínio do aspecto qualitativo sobre o quantitativo As áreas são chamadas a se manifestar sobre a RE e encaminham o seguinte o Anos Iniciais mantém o modelo de Recuperação duas aulas semanais para PORT e MTM o Anos Finais e Ensino Médio apresentam a proposta de uma recuperação por Área de Conhecimento para funcionar a partir de 2010 Após discussão e votação esta assume as seguintes características O Conselho de Classe Recuperação por área do conhecimento linguagens humanas e exatas de caráter interdisciplinar e com envolvimento de todos os docentes da área na série Centralidade no desenvolvimento de habilidades e competências e não na nota10 mas com possibilidade de alteração desta A RE deve possibilitar a alteração da nota trimestral do aluno a partir de uma avaliação qualitativa dos docentes da área na série Fim da semana de Provas de Recuperação A supressão desta se associa ao fim da centralidade na nota O aluno poderia realizar Provas Finais em todas as disciplinas antes eram em apenas três disciplinas acima disto estaria reprovado A sala de aula seria o espaço da dúvida e não a RE Para viabilizar esta forma de Recuperação de Estudos as áreas definem os procedimentos na definição dos alunos em RE Os alunos em RE são indicados pelos docentes na Reunião de Série convocada para esta finalidade Em Reunião de Área da série os docentes planejariam as atividades da RE O Coordenador de Apoio ao Ensino comunicaria às famílias os alunos em RE 3ª Parada Pedagógica dezembro É feita uma avaliação do ano letivo de 2009 onde se destacou a importância das discussões realizadas nas paradas pedagógicas Uma avaliação da RE é realizado visando dirimir dúvidas persistentes11 V Ano de 2010 1ª Parada Pedagógica 24 de maio Atendendo a solicitação dos docentes a Direção encaminha uma avaliação da RE abordando aspectos relativos ao planejamento participação dos alunos e professores periodicidade seleção dos alunos forma de convocação avaliação das atividades dificuldades encontradas aspectos positivos e negativos e dúvidas existentes sobre o processo A partir desta avaliação os docentes em reuniões de áreas sugerem modificar o horário da Recuperação para 2 horasaulas por série a cada 15 dias Esta forma de organização da RE apresenta características distintas da anterior nos seguintes aspectos amplia o tempo de atendimento com os alunos de 1 para 2 horasaulas descongestiona o horário do turno contrário além de se combinar com a Educação Física Este foi o modelo que vigorou também em 2011 O ano de 2010 foi marcado pela realização do concurso para professor efetivo que após suas idas e vindas culmina com a efetivação de todos em janeiro de 2011 Diante disto o debate curricular é suspenso ficando para uma discussão futura A discussão mais uma vez restringese a RE VI Ano de 20112012 dezembro2011 e fevereiro2012 Todos estão presentes e participam da última modificação da RE novamente retornando a ser disciplinar e não mais por Área Como encaminhamento da Reunião Geral dezembro de 2011 uma Comissão é formada para organizar o calendário de debates sobre uma Reforma Curricular no CA Por fim este sintético relato é para nos dar condições de entender todo um percurso que se fez ao caminhar com seus acertos e erros mas sempre sem o receio de ter tentado acertarou errar 1 INTRODUÇÃO A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Lei nº 939496 ao ser promulgada encontrou o Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Santa Catarina com muitas inovações que já estavam incorporadas à estrutura curricular e à dinâmica do ensinoaprendizagem como resultantes de discussões em diversos momentos pedagógicos Nos períodos que sucederam a efetivação da referida Lei o Colégio realizou atividades de caráter didáticopedagógico entre elas a avaliação institucional O trabalho realizado para o conhecimento da realidade onde atuamos exigiu um aprofundamento teóricometodológico numa perspectiva de construção de uma proposta pedagógica consciente e coerente Debruçarnos sobre a realidade examinála interpretála analisála enfim descobrir saídas por onde se possa trilhar foi desafiador e envolvente Desafiador porque encontramos barreiras criadas pelo clã reprodutor da sociedade de classes e envolvente por se tratar de um projeto que significa ter consciência daquilo que se quer ou seja explicitação de que queremos uma escola pública democrática e de qualidade De posse dos dados tabulados e analisados foram realizados encontros de planejamento estratégico e congressos temáticos com a participação dos quatro segmentos da comunidade escolar pais alunos professores e servidores técnico administrativos Este processo foi moroso em função do número de participantes e dos espaços a serem planejados no calendário escolar que oportunizassem a realização da dinâmica exigida para a efetivação desse trabalho A preocupação com a participação é algo que decorre dos valores democráticos e foi uma constante nesse trajeto para gerar o envolvimento de todos os segmentos da escola no sentido de que os mesmos precisam ter seus interesses vontades e seus valores levados em conta A nosso ver participar implica inevitavelmente algum mecanismo de influência sobre o poder A escola que se quer democrática precisa definir antecipadamente uma nova qualidade que entre outras priorize questões da organização escolar uma organização que altere a realidade que se apresenta a partir da realidade encontrada Este foi o principal desafio desse trabalho abrir perspectivas e oferecer elementos à reflexão e ao estudo dos envolvidos para que o Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Santa Catarina se transformasse numa nova escola Agora vencida essa jornada de discussões e deliberações estamos apresentando o Projeto PolíticoPedagógico do Colégio dentro dos parâmetros curriculares nacionais emanados da LDB e do Conselho Nacional de Educação E inovar é audacioso Tornarseá efetivo O futuro dirá mas é preciso ter em mente Maria Alice Setubal quando afirma O projeto de escola não começa de uma só vez não nasce pronto É muitas vezes o ponto de chegada de um processo que se inicia com um pequeno grupo de professores com algumas propostas bem simples e que se amplia ganhando corpo e consistência Nesse trajeto ao explicar propósitos e situar obstáculos os educadores vão estabelecendo relações apontando metas e objetivos comuns vislumbrando pistas para melhorar a própria atuação Estão assim tecendo no coletivo o projeto que será um fio articulador para o trabalho de toda a escola na direção que se pretende 2 Histórico 21 Histórico do Colégio de Aplicação O Colégio de Aplicação foi criado em 1961 sob a denominação de Ginásio de Aplicação com o objetivo de servir de campo de estágio destinado à prática docente dos alunos matriculados nos cursos de Didática Geral e Específica da Faculdade Catarinense de Filosofia FCF Nesse período o funcionamento das Faculdades de Filosofia Federais foi regulamentado pelo decretolei nº 9053 de 120346 que determinava que as mesmas tivessem um ginásio de aplicação destinado à prática docente dos alunos matriculados naqueles cursos O funcionamento do curso ginasial foi requerido em 310759 pelo então diretor da FCF Professor Henrique da Silva Fontes e em 15 de março de 1961 foi concedida a autorização para o funcionamento condicional por meio do Ato nº 5 da Inspetoria Seccional de Florianópolis No entanto somente em 17 de julho o ofício nº 673 do Diretor do Ensino Secundário do Ministério da Educação e Cultura ratifica o Ato nº 5 da Inspetoria Seccional de Florianópolis e autoriza o funcionamento condicional do Ginásio de Aplicação pelo período de quatro anos e passa a se integrar ao Sistema Federal de Ensino Inicialmente foi implantada apenas a 1ª série ginasial e a cada ano subsequente foi sendo acrescentada uma nova série até completar as quatro séries do ciclo ginasial O número de turmas por série mantevese constante até 1967 quando foram compostas três turmas da 1ª série ginasial Em 1968 foram formadas duas turmas de 1ª e 2ª séries ginasiais e por implementação progressiva em 1970 havia duas turmas por série No ano de 1970 foi substituído o nome Ginásio de Aplicação para Colégio de Aplicação e o colégio passou a ter a primeira série do segundo ciclo com os cursos Clássico e Científico As demais séries do Ensino Médio foram implementadas gradativamente nos anos seguintes Em 1980 foi acrescentado aos cursos já existentes o Ensino Fundamental com a implementação de oito turmas duas turno matutino e vespertino para cada uma das quatro séries iniciais Os alunos que frequentavam até então o Colégio de Aplicação eram filhos de professores e servidores técnicoadministrativos da Universidade Federal de Santa Catarina A partir da Resolução nº 013CEPE92 ficou estabelecido o número de três turmas por série com 25 alunos cada uma O ingresso de alunos no Colégio passa a ocorrer via sorteio aberto à comunidade Enquanto escola experimental o Colégio tem proporcionado o desenvolvimento de experiências pedagógicas e estágios supervisionados para os cursos de Licenciatura e Educação segundo as exigências da Lei nº 9394 de 20 de dezembro de 1996 LDB A partir de 2007 foi implementado o Ensino Fundamental de 9 anos Inicialmente com uma turma e em 2008 com as outras duas turmas Atualmente o Colégio de Aplicação inserido no Centro de Ciências da Educação da Universidade Federal de Santa Catarina é uma unidade educacional que atende ao Ensino Fundamental e Médio funciona em prédio próprio no Campus Universitário e está localizado no Bairro da Trindade município de Florianópolis O Colégio de Aplicação segue a política adotada pela Universidade Federal de Santa Catarina que visa atender à trilogia de Ensino Pesquisa e Extensão 22 História da construção do Projeto Político Pedagógico do Colégio de Aplicação A escola para construir organicamente seu próprio Projeto Político Pedagógico e assumir sua função social reafirmando sua identidade precisa conhecer e compreender a própria história Neste sentido no segundo semestre de 1997 foi realizada uma pesquisa com o objetivo de investigar os dados da realidade do Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Santa Catarina e analisálos a fim de identificar os problemas relevantes desta realidade buscando os pontos básicos para o processo de transformação da mesma A equipe responsável por esta tarefa Equipe de Avaliação Institucional iniciou os trabalhos com a apresentação de um projeto de pesquisa intitulado AvaliaçãoDiagnóstico da Instituição Escolar Um Elemento para a Construção do Projeto PolíticoPedagógico que tinha como objetivo obter diagnóstico global da realidade da instituição para a partir da tabulação e da análise dos dados deliberar por necessidades desafios e perspectivas com vistas à melhoria da qualidade do ensino pesquisa e extensão respaldada por uma proposta pedagógica inovadora Por proposição da Equipe de Avaliação Institucional foi criado um Organograma bem como um Fluxograma do trabalho a ser realizado sendo criadas as Equipes de Divulgação e de Legislação ficando a coordenação das atividades a cargo da Equipe de Sistematização Dando prosseguimento aos trabalhos a Equipe de Avaliação Institucional elaborou instrumentos de pesquisa diferenciados para os quatro segmentos da comunidade buscando em cada um deles enfocar os aspectos que poderiam fornecer informações e contribuições para a realização de uma análise ampla da realidade desta comunidade numa investigação que abrangeu identificação potencialidades deficiências escolaridade aspectos socioeconômicos técnico administrativos e organizacionais didáticopedagógicos e administrativos do sistema acadêmico pedagógicos e organizacionais e espaço livre para sugestõesconsiderações De posse dos dados tabulados qualitativos e quantitativos a equipe passou a organizar o Planejamento de Organização Escolar que aconteceu sob a coordenação da Profª Ana Maria Borges de Sousa e com a representatividade dos quatro segmentos da comunidade escolar escolhidos por seus pares No momento do Planejamento Estratégico três dias de intensas discussões foram apresentados os resultados da consulta à comunidade escolar características desejos opiniões e peculiaridades que possibilitassem a reflexão sobre a escola que se nos apresentava naquele momento e qual se gostaria de ter Principalmente quais seriam as ações prioritárias que norteariam o caminho a ser percorrido Para orientar essa reflexão a respeito da escola que gostaríamos de ter foram levantados princípios que estão representados na Árvore dos Princípios do Colégio de Aplicação Neste sentido foram criadas cinco Equipes de Governo compostas de representantes dos quatro segmentos da comunidade escolar e com as ações que cada uma deveria executar para atingir os objetivos propostos 1 Equipe de Governo nº 1 Reestruturação Curricular e Organização Didática 2 Equipe de Governo nº 2 Espaço Físico e Organograma 3 Equipe de Governo nº 3 Comunicação e Divulgação 4 Equipe de Governo nº 4 Fórum Permanente 5 Equipe de Governo nº 5 Resgate Histórico A Equipe da Reestruturação Curricular com o apoio da Equipe do Fórum realizou diversos momentos de discussão com palestrantes da Universidade e externos a ela com o objetivo de subsidiar a comunidade na reflexão e aprofundamento a respeito da concepção de homem sociedade mundo educaçãoescola concepção de aprendizagem e desenvolvimento currículo avaliação Durante todo o processo de discussão e implementação do Projeto Político Pedagógico a Equipe de Governo nº 5 Resgate Histórico realizou pesquisas documentais entrevistas e coleta de materiais fotográficos com o objetivo de lançar um livro sobre a história do Colégio de Aplicação Em abril de 2001 foi realizado um Seminário de Avaliação e Replanejamento do Projeto Político Pedagógico do Colégio de Aplicação sob a coordenação da Profª Ana Maria Borges de Sousa Após três dias de debate com representantes dos quatro segmentos da comunidade escolar foi avaliado que deveria ocorrer uma reorganização das Equipes de Governo transformandoas em Grupos de Trabalho A Equipe de Sistematização passou a se chamar Equipe de Articulação e foram criados dois novos Grupos de Trabalho Identidade e Vinculação Em fevereiro de 2003 coordenado pela Equipe de Governo nº 1 realizouse o I Congresso Temático Estrutura Curricular e Regime de Ensino com a participação de delegados representantes da comunidade escolar As deliberações deste Congresso depois de homologadas pelo Colegiado do Colégio de Aplicação foram aprovadas pelo Conselho de Unidade do Centro de Ciências da Educação No final do ano de 2004 o sistema de avaliação do processo ensino aprendizagem modificado pelo I Congresso Temático e implantado no ano letivo de 2003 foi avaliado O mesmo se deu no final do ano letivo de 2006 quando foram realizados ajustes que entraram em vigor no ano letivo de 2007 Em novembro de 2003 coordenado pela Equipe de Governo nº 2 e organizado de forma semelhante ao I Congresso realizouse o II Congresso Temático onde ficou definida a Estrutura Organizacional do Colégio de Aplicação conforme consta deste documento item 2 Caracterização escola momento de diferenças 22 Estrutura Administrativa Temos clareza que o Projeto Político pedagógico não é um texto escrito e acabado Ele é sim um processo contínuo coletivo e que se renova se refaz e se reestrutura de acordo com as exigências da realidade em que a escola se insere Exige uma reavaliação constante para tomada de decisões acerca das alterações necessárias para enfrentar os desafios que se apresentam 3 JUSTIFICATIVA O Projeto Político Pedagógico é um instrumento que tem a finalidade de orientar a escola nas suas atividades diárias de forma sistemática científica consciente participativa democrática enfatizando os seus princípios norteadores Ele se insere neste campo como um instrumento teóricometodológico a ser disponibilizado reconstruído e utilizado por aqueles que desejam efetivamente a mudança Mudar a prática educativa implica alterar concepções enraizadas e sobretudo sentir a fragilidade de nossa teoria de nossa organização enfim apontar para a existência de outros condicionantes A sociedade promove uma multiplicidade de motivações fazendo com que os projetos sejam realizados sejam eles contraditórios ou conflitantes O projeto seria um meio de comunicação expressão articulação de interesses objetivos inspirações sentimentos É um instrumento dinâmico e de acordo com Ciavatta 2005 está sendo elaborado permanentemente reorganizando a memória do indivíduo dandolhe novos sentidos e significados o que repercute em sua identidade Assim sendo a dinâmica dos projetos e a construção de identidades mantêm o passado em permanente reconstrução O Projeto PolíticoPedagógico é o plano global da escola Deve ser entendido como a sistematização nunca definitiva de um processo de planejamento participativo que se aperfeiçoa e se objetiva na caminhada a partir de um posicionamento quanto à sua intencionalidade e de uma leitura da realidade É um importante caminho para a construção da identidade da escola É um instrumento teóricometodológico que expressa as opções da escola as propostas de ação para concretizar o que se propõe a partir do que vem sendo realizado e o que se quer colocar em prática do que foi projetado Portanto a identidade que cada escola e seus dirigentes professores servidores técnicoadministrativos pais e alunos constroem é um processo dinâmico sujeito a constantes avaliações e reformulações relativas às novas vivências às novas teorias de educação às relações que estabelecem Não podemos desconsiderar as condições materiais e sociais da escola pois ela não está dissociada da sociedade enfrentando profundas mudanças sociais Da mesma forma os professores vêm enfrentando desafios para a construção de sua própria existência humana e social nela também incluídas as atividades que realizam no processo de trabalho da sua prática docente A compreensão destas implicações no desenvolvimento da prática educativa na escola tornase relevante para o entendimento da escola como lugar de espaço tempo em que se vive e se é profundamente afetado pela sociedade humana que nele foi e está internalizado Assim é possível pensar que estarão abertas as possibilidades para a construção de uma práxis capaz de transformar as relações sociais existentes na sociedade e entre elas aquelas que se dão na escola 4 PRESSUPOSTOS FILOSÓFICOS Em meio à crise paradigmática caracterizada pela globalização pela exigência de um novo perfil profissional pelo pluralismo pela multiculturalidade os discursos de autonomia cidadania e participação ganham força Nesta perspectiva a instituição escolar sente necessidade de abrir espaço à participação da comunidade na discussão e construção do seu Projeto Político Pedagógico Este é o momento em que a comunidade escolar tornase agente ativo de construção da Escola Democrática De acordo com Gadotti 1997 a construção de uma escola que seja democrática pública e popular deve estar pautada nas seguintes afirmativas A escola não é o único espaço de aquisição do saber elaborado também aprendemos em outros espaços e com outros agentes Não existe um único modelo de ação educativa cada escola tem suas próprias contradições e precisa encontrar seus próprios caminhos por isso a importância da experimentação pedagógica e de mentes abertas para o novo A Educação para todos supõe todos pela educação ou seja todos não terão acesso à educação enquanto todos não se interessarem por ela Grandes mudanças exigem esforço contínuo e solidário nas pequenas ações As pequenas mudanças podem dar sustentação para as mudanças estruturais O Projeto Político Pedagógico deve ser entendido como a própria organização do trabalho pedagógico da escola em dois níveis na organização do trabalho escolar como um todo e na organização do trabalho de sala de aula O projeto busca um rumo uma direção É uma ação intencional como um sentido explícito com um compromisso definido coletivamente Por isso todo projeto pedagógico da escola é também um projeto político por estar intimamente articulado ao compromisso sociopolítico com os interesses reais e coletivos da população majoritária A organização do trabalho escolar é baseada nos princípios da gestão democrática Neste sentido é apenas em meio ao diálogo e à criatividade que a comunidade escolar encontra seu próprio meio de organizarse e gerir este trabalho Uma vez definido que a comunidade escolar participa da elaboração do projeto definemse os seus eixos norteadores Esta proposta de trabalho exige uma mudança de mentalidade dos membros da comunidade escolar Afinal constituise em um processo democrático de tomada de decisões com o objetivo de organizar o trabalho pedagógico no sentido de reconhecer os conflitos buscando a superação das relações competitivas e autoritárias e diminuindo a fragmentação do trabalho escolar O Projeto Político Pedagógico da escola facilita a consolidação da elaboração mútua e o exercício de construção coletiva ao mesmo tempo em que se desencadeiam as experiências inovadoras que já estão acontecendo na escola Para a concretização do projeto é fundamental que a responsabilidade do mesmo não recaia sobre a direção da escola visto que uma gestão democrática implica na socialização do poder Assim a escola que almeja realizar uma ação pedagógica coerente com as finalidades que persegue deve criar um espaço de discussão coletiva com o intuito de analisar se o trabalho que vem desenvolvendo está propiciando atingir as finalidades e os objetivos traçados por ela Quando as finalidades da escola são construídas e definidas a partir de discussões realizadas no coletivo da comunidade escolar a possibilidade de atingilas é maior pois estas foram traçadas de acordo com os interesses da maioria da população O sucesso da instituição escolar no alcance de suas finalidades está intimamente relacionado aos princípios que fundamentam a organização do seu trabalho pedagógico ou seja a escola que estabelece e persegue suas finalidades norteadas pelos princípios de gestão democrática e autonomia estará mais próxima de propiciar uma formação coerente com suas finalidades Sendo assim a comunidade do Colégio de Aplicação definiu os seguintes princípios norteadores 41 Natureza O Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Santa Catarina autorizado pela Portaria nº 673 de 17 de julho de 1961 da Diretoria do Ensino Secundário do Ministério da Educação órgão integrante do Centro de Ciências da Educação situado no Campus Universitário é uma escola experimental mantida pela Universidade integrada ao Sistema Federal de Ensino objetivando o desenvolvimento de experiências pedagógicas e estágios supervisionados para os cursos de Licenciatura e Educação segundo as exigências da Lei nº 9394 de 20 de dezembro de 1996 LDB e Resoluções exaradas pelo Conselho Nacional de Educação 42 Finalidade O Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Santa Catarina tem por finalidade a Servir de campo de observação pesquisa experimentação demonstração e aplicação de métodos e técnicas de ensino de acordo com a legislação vigente b Proporcionar a prática de ensino aos acadêmicos dos cursos de Licenciatura e Educação e os estágios supervisionados do Centro de Ciências da Educação de acordo com a Resolução n 061CEPE96 podendo ainda atender solicitações pertinentes ao ensino Fundamental e Médio dos demais centros da Universidade Federal de Santa Catarina c Desenvolver práticas e produzir conhecimentos em função de uma melhor qualidade de ensino estendendoos à comunidade d Formar cidadãos livres conscientes e responsáveis e Instrumentalizar o educando para uma atuação crítica e produtiva no processo de transformação e construção consciente de uma sociedade justa humanitária e igualitária 43 Filosofia O Colégio de Aplicação inserido que está na Universidade se propõe a ser um Colégio Experimental onde se desenvolvem práticas e se produzem conhecimentos em função de uma melhor qualidade de ensino O Colégio de Aplicação exerce também a função de campo de estágio supervisionado para acadêmicos dos cursos de Licenciatura e Educação da Universidade Federal de Santa Catarina Mas acima de tudo o Colégio de Aplicação é uma Escola que se propõe à produção transmissão e apropriação crítica do conhecimento com o fim de instrumentalizar a responsabilidade social e a afirmação histórica dos educandos contribuindo também para a expansão de sua personalidade A filosofia norteadora da ação pedagógica do Colégio de Aplicação tem sua origem e seu fim na prática social concreta O contexto históricosocial no qual vivem docentes e educandos constitui o fundamento do trabalho do Colégio de Aplicação 44 Objetivos O Colégio de Aplicação tem como objetivo geral proporcionar a transmissão produção e apropriação crítica do conhecimento com o fim de instrumentalizar a responsabilidade social e a afirmação histórica dos educandos Os objetivos específicos visam a Propiciar os conhecimentos necessários para instrumentalizar o educando na sua atuação tornandoo crítico e produtivo no processo de transformação no mundo e na consequente construção de uma sociedade justa humanitária e igualitária b Possibilitar ao educando a vivência de práticas democráticas concretas para que este possa desenvolverse como sujeito livre consciente e responsável na construção coletiva de sua realidade histórica c Proporcionar e desenvolver atividades de pesquisa e extensão que contribuam para a melhoria do ensino como para formação continuada dos docentes Neste sentido desencadear o processo de discussão e sistematização da reestruturação curricular a partir dos princípios norteadores implica em fazer a articulação entre as duas estruturas que compõem a organização escolar ou seja a pedagógica e a administrativa 5 Fundamentos metodológicos 5I Concepção de Educação Uma Concepção de Educação deve explicitar e se ocupar de outros saberes que são por demais significativos Morin 2001 destaca os sete saberes necessários à educação do futuro quais sejam 1 As cegueiras do conhecimento o conhecimento sempre está ameaçado pelo erro e pela ilusão 2 Os princípios do conhecimento pertinente a educação deve discutir os processos que resultam no acesso às informações sobre o mundo e como articulálas organizálas e perceber e conceber o contexto local regional mundial e as relações entre o todo e as partes 3 Explicar a condição humana o ser humano é a um só tempo físico biológico psíquico cultural social e histórico Essa unidade complexa é totalmente desintegrada na educação por meio das disciplinas 4 Explicar a identidade terrena 5 Enfrentar a incerteza as ciências permitiram que adquiríssemos muitas certezas mas igualmente revelaram ao longo do século XX inúmeras incertezas A educação deve ocuparse de formar cidadãos capazes de conviver com a imprevisibilidade do futuro 6 Explicar a compreensão ensinar a compreensão entre as pessoas como condição e garantia da solidariedade intelectual e moral da humanidade 7 A ética do gênero humano a educação deve explicar as relações indivíduo sociedade espécie pois as relações entre os indivíduos produzem a sociedade a qual retroage sobre os mesmos indivíduos e a espécie 52 Concepção de Currículo A proposta pedagógica que orienta as práticas cotidianas no Colégio de Aplicação fundamentase em uma concepção crítica de currículo que oportunize a apropriação e a produção do conhecimento guiada por uma constante reflexão que envolva a comunidade escolar a respeito dos fatores internos e externos que influenciam a seleção e a organização dos conteúdos curriculares Isso implica uma visão crítica dos parâmetros que estão direcionando esse conhecimento e exige clareza e domínio da área específica reflexão constante a respeito dos grandes desafios presentes na prática social atual bem como a inclusão de questões como relações étnicoraciais e de gênero saúde trabalho violência desigualdade social miséria avanços da ciência e da tecnologia direitos humanos e defesa do meio ambiente Esta proposta deve também oportunizar a flexibilidade curricular e seu alcance quanto às adequações e adaptações curriculares necessárias Nesse sentido o currículo é concebido como um conjunto integrado e articulado de práticas pedagogicamente referenciadas a partir de uma determinada visão de humanidade de educação de mundo de sociedade de cultura de ciência de trabalho e de lazer A organização dessas práticas deve promover a construção e a reconstrução do conhecimento com vistas ao desenvolvimento dos indivíduos e da sociedade a partir da organização curricular interdisciplinar e do contexto social nas questões que envolvem a inclusão no seu sentido mais abrangente Em outras palavras pressupõe processos que compõem uma metodologia de construção coletiva do conhecimento escolar Esses são os eixos que darão as coordenadas para compreender e promover a relação dos educandos e educadores com o conhecimento uma vez que a escola considera que toda a comunidade escolar é capaz de aprender e compreender que as relações e interações sociais estabelecidas são fatores de apropriação do saber Nessa perspectiva a concepção de currículo acima exposta é referência para definir e possibilitar alternativas pedagógicas as quais nortearão a ação docente no que se refere à realização de projetos e à produção de intervenções didáticas diversificadas no intuito de fomentar as várias aprendizagens dos educandos oferecendolhes possibilidades e oportunidades de desenvolver suas potencialidades O Colégio de Aplicação ao se colocar como escola experimental que privilegia a diversidade pedagógica propõese investir em práticas e organizações curriculares que atendam às diferenças e às necessidades de todos tendo em vista os aspectos cognitivos sociais culturais e emocionais Para tanto este enfoque pressupõe um processo permanente de formação dos profissionais que compõem a comunidade escolar A diversidade pedagógica do Colégio possibilita a implementação de procedimentos didáticopedagógicos e práticas de avaliação diferenciadas Possibilita também uma organização curricular que contemple a integração dos diferentes saberes áreas do conhecimento e componentes curriculares A prática da iniciação científica implementada a partir dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental do Colégio proporciona acesso ao conhecimento científico e desenvolve o interesse pela ciência e pelas relações entre os conceitos científicos e a vida Esses procedimentos metodológicos de pesquisa apoiamse no envolvimento pessoal no esforço intelectual na formulação de questões e na busca de soluções Para possibilitar a formação de seres humanos críticos capazes de tomar decisões estabelecer julgamentos sociais e agir no seu contexto sóciohistórico destacase a importância da utilização de estratégias pedagógicas que levem em conta os multiletramentos como produção textual em diferentes linguagens projetos de trabalho pesquisas de campo viagens de estudo entre outras O Colégio de Aplicação como escola de Educação Básica desenvolve a alfabetização e o letramento a partir do entendimento de que são processos interdependentes indissociáveis e contínuos A formação do leitor crítico capaz de interpretar e ressignificar sentidos de diversos textos a partir de sua realidade e de seus conhecimentos de mundo deve ser o objetivo norteador do ensino de todas as disciplinas fazendo do educando um coautor um sujeito capaz de reconstruir o conhecimento e posicionarse diante de diferentes discursos que circulam socialmente 53 Os Pilares do Currículo Alfabetização e Letramento Antes de qualquer coisa fazse necessário considerar que Alfabetização e Letramento não são duas coisas distintas mas ao contrário são ações inseparáveis que se constituem numa relação dialética Mais do que expor a oposição entre os conceitos de alfabetização e letramento Soares valoriza o impacto qualitativo que este conjunto de práticas sociais representa para o sujeito extrapolando a dimensão técnica e instrumental do puro domínio do sistema de escrita Alfabetização é o processo pelo qual se adquire o domínio de um código e das habilidades de utilizálo para ler e escrever ou seja o domínio da tecnologia do conjunto de técnicas para exercer a arte e ciência da escrita Ao exercício efetivo e competente da tecnologia da escrita denominase Letramento que implica habilidades várias tais como capacidade de ler ou escrever para atingir diferentes objetivos In Ribeiro 2003 p 91 Para Magda Soares a Alfabetização corresponderia ao processo pelo qual se adquire uma tecnologia a escrita alfabética e as habilidades de utilizála para ler e escrever Dominar tal tecnologia envolve conhecimentos e destrezas variados como compreender o funcionamento do alfabeto memorizar as convenções letra som e dominar seu traçado usando instrumentos como lápis papel e outros que os substituam Já o termo Letramento relacionase ao exercício efetivo e competente daquela tecnologia da escrita nas situações em que precisamos ler e produzir textos reais Segundo Magda Soares 1998 alfabetizar e letrar são duas ações distintas mas não inseparáveis ao contrário o ideal seria alfabetizar letrando ou seja ensinar a ler e a escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita Interdisciplinaridade A interdisciplinaridade antes de tudo valoriza a disciplina Esta é condição para aquela Alfredo Veiga Neto defende na escola uma tensão que alterne a interdisciplinaridade com a disciplinaridade Para que se possa pensar em momentos mais pluriinterdisciplinares ou mesmo disciplinares é fundamental que exista um DIÁLOGO entre as DisciplinasNúcleos Disciplinares Iniciação Científica IC A Iniciação Científica no Ensino Fundamental e Ensino Médio deve se constituir em um elemento estruturante do currículo A prática da IC implementada desde os Anos Iniciais do EF proporcionará acesso ao conhecimento científico e despertará interesse pela ciência e pelas relações entre os conceitos científicos e a vida Formação de Leitores A leitura e a formação de leitores deve se constituir em um elemento estruturante do currículo escolar e um compromisso de todas as áreas do conhecimento 54 Concepção de Infância Criança e Juventudes A implantação do EF de 9 anos introduz a criança nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental aos 6 anos de idade Isto não apenas altera a organização do Ensino Fundamental mas principalmente requer uma reestruturação curricular haja vista que não é apenas o acréscimo de uma série nem muito menos a transposição pura e simples do último ano da Educação Infantil para o Ensino Fundamental Ou seja a forma de organização dos Anos Iniciais tem que ser o resultado de uma concepção de criança e de infância e não o contrário No esforço de discutir os conceitos de criança e infância é fundamental considerar o percurso percorrido até chegarmos à compreensão que vivenciamos atualmente Nesse sentido alguns elementos devem contribuir com esta reflexão O conceito de infância e criança vem passando por inúmeras mudanças pois na medida em que a sociedade se modifica modifica se também a forma como a sociedade a concebe Na Grécia antiga não havia especificação para nomear criança ou jovem Na Idade Média não havia distinção entre adultos e crianças não havia em separado um mundo da infância J H PLUMB As crianças compartilhavam os mesmos espaços festas e situações que os adultos Com advento da industrialização além da ida da mulher para o mercado de trabalho temos a ida da própria criança para o trabalho nas fábricas Com a criação dos Sistemas Nacionais de Ensino demanda de um novo modelo de sociedade que se concretizava as Escolas passam ser um lugar para o atendimento das crianças nesse período ainda se cria as primeiras instituições destinadas à Educação Infantil caracterizadas como instituições de cunho compensatório ou assistencialista Somente em épocas comparativamente recentes veio a surgir um sentimento de que as crianças são especiais e diferentes e portanto dignas de serem estudadas por si sós HEYWOOD 2004 O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil sinaliza as crianças possuem uma natureza singular que as caracteriza como seres que sentem e pensam o mundo de um jeito muito próprio e utilizam das mais diferentes linguagens e exercem a capacidade que possuem de terem ideias e hipóteses originais sobre aquilo que procuram desvendar Na modernidade a psicologia investiu nessa discussão juntamente com a pedagogia As crianças começaram então a ser considerada em função de sua faixa etária por características de ordem biológica psicológicacognitiva E hoje Considerando todo o processo histórico algumas concepções mudaram outras permanecem ainda que veladas Alguns dos discursos correntes em relação à criança a consideram como Sujeito de pouca idade Sujeito de direitos Sujeito de direitos com respaldo legal Dayrell 2007 ao discutir a relação entre as juventudes e a escola defende a tese de que as tensões existentes entre o jovem e a escola são um produto das mudanças ocorridas nas últimas décadas na sociedade ocidental Argumenta ainda que devemos mudar o eixo da reflexão das instituições educativas para os sujeitos jovens Afirma ele que quando o ser humano passa a se colocar novas interrogações a pedagogia e a escola também têm de se interrogar de forma diferente Neste sentido devemos nos perguntar Quem é este alunojovem Que saberes traz para a escola Quais são seus anseios medos e referências culturais A partir da respostas a estas questões devemos buscar uma valorização do Protagonismo Juvenil e de como incorporar ao currículo escolar os elementos culturais das juventudes 6 UNIDADE DA DIVERSIDADE as práticas pedagógicas Por se constituir em uma escola de experimental como definido no decreto de 1946 o CA possibilita a existência de práticas pedagógicas diferenciadas Fazse necessário explicitar esta existência referendando no PPP as diferentes propostas pedagógicas como Práticas Pedagógicas Institucionalizadas Turmas A fundada no Construtivismo Turmas B adota perspectivas teóricas diversas Turmas C fundada na Pedagogia de Projetos 7 EDUCAÇÃO INCLUSIVA A partir da Declaração de Salamanca 1994 assinada por 88 governos e 25 organizações muitos países começaram a implantar políticas de inclusão dos alunos com necessidades educacionais especiais no ensino regular por considerar ser esta a forma mais democrática de ampliação de oportunidades educacionais para estes alunos Ter em sala de aula alunos com diferentes possibilidades exige que pensemos a aprendizagem de forma coletiva e diferenciada de modelo de escola que temos hoje A abordagem históricocultural de aprendizagem e desenvolvimento aponta a heterogeneidade como característica de qualquer grupo humano e fator imprescindível para as interações em sala de aula A diversidade de experiências trajetórias pessoais contextos familiares valores e níveis de conhecimento de cada membro do grupo viabilizam no cotidiano escolar a possibilidade de trocas confronto ajuda mútua e consequente ampliação das capacidades individuais e coletivas A prática em defesa da inclusão possui forte embasamento legal A atual legislação educacional brasileira prevê as adequações necessárias nos sistemas de ensino para que a inclusão seja implementada de fato Assim a LDBEN Lei n 939496 e o Decreto nº 329899 que dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência a Resolução CNECEB nº 2 de 11 de setembro de 2001 que institui diretrizes nacionais para a educação especial na educação básica no seu art 3 diz que Por educação especial modalidade da educação escolar entendese um processo educacional definido por uma proposta pedagógica que assegure recursos e serviços educacionais especiais organizados institucionalmente para apoiar complementar suplementar e em alguns casos substituir os serviços educacionais comuns de modo a garantir a educação escolar e promover o desenvolvimento das potencialidades dos educandos que apresentam necessidades educacionais especiais em todas as etapas e modalidades da educação básica Portanto a educação especial está legalmente inserida na educação infantil educação fundamental e ensino médio O Relatório do Parecer nº 172001 do Conselho Nacional de Educação deixa claro que a política de inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais na rede regular de ensino não consiste na permanência física desses alunos junto aos demais mas representa a ousadia de rever concepções e paradigmas que permitam desenvolver o potencial dessas pessoas respeitando suas diferenças e atendendo suas necessidades Dessa forma não é o aluno que se molda à escola mas é ela que consciente da sua função colocase á disposição do aluno tornandose um espaço inclusivo Neste contexto a educação especial é concebida para possibilitar que o aluno com necessidades educacionais especiais atinja os objetivos da educação geral A partir da possibilidade do ingresso de alunos através de sorteio o Colégio de Aplicação vem recebendo alunos com uma diversidade de histórias de deficiência bem como de forma coercitiva por intermédio de ação judicial De acordo com a Ação Civil Pública n 200172000012918SC o Colégio de Aplicação deverá assegurar nos cursos fundamental e de 2º Grau um percentual de 5 cinco por cento das vagas às pessoas portadoras de deficiência física No ano de 2009 foram contratadas duas Pedagogas para atuarem com os alunos com deficiência sendo criado oficialmente o Setor de Educação Inclusiva do Colégio de Aplicação que atualmente atende 47 quarenta e sete alunos desde o 1º ano do Ensino fundamental ao 3º ano de Ensino Médio com as mais diversas deficiências autismo paralisia cerebral síndrome de down deficiência mental deficiência auditiva distúrbio de processamente auditivo dislexia TDHA síndrome de Asperger 8 NÍVEIS E MODALIDADES DE ENSINO ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO MÉDIO 1º ano 2º ano Anos Iniciais 3º ano 4º ano 5º ano 1ª a 3ª série Anos Finais 6º ano 7º ano 8º ano 9º ano 9 COMPOSIÇÃO CURRICULAR 91 ENSINO FUNDAMENTAL Anos Iniciais Carga Horária horaaula Disciplinas 1111 ano 2 ano Artes 03 2 Educação Física 3 3 Educação Geral Português Matemática Ciências Humanas e da Natureza 17 17 Libras 1 1 Literatura Oral 1 2 Anos Iniciais Carga Horária Disciplinas 3o ano 4444º ano 5o ano Artes 2 2 2 Ciências Humanas e da Natureza 6 6 5 Educação Física 3 3 3 Libras 1 1 2 Literatura Oral 1 1 1 Matemática 5 6 5 Português 6 6 5 Iniciação Científica 2 Anos Finais Carga Horária Disciplinas 6º ano 7o ano 8o ano 9o ano Artes 2 2 2 2 Ciências 4 2 2 3 Educação Física 3 3 3 3 Estudos Latinos Americanos 2 Geografia 2 3 3 3 Grupos de Estudos Aulas compartilhadas 2 História 3 3 3 3 Línguas Estrangeiras Inglês Francês Espanhol Alemão 4 3 3 3 Matemática 5 5 4 4 Português 5 5 5 5 Iniciação Científica 2 92 ENSINO MÉDIO Ensino Médio Carga Horária Disciplinas 1o ano 2o ano 3o ano Artes 2 Biologia 4 4 4 Educação Física 3 3 3 Estudos Latinos Americanos 2 Filosofia 2 2 2 Física 3 4 4 Geografia 3 3 3 História 3 3 3 Línguas Estrangeiras Inglês Francês Espanhol Alemão 2 2 2 Matemática 4 4 4 Química 3 3 3 Sociologia 2 2 2 Português 4 4 4 Literatura Brasileira 2 Colégio De Aplicação 10 SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM 101 DA AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR DAS CARACTERÍSTICAS DA AVALIAÇÃO A avaliação é um processo contínuo e cumulativo que envolve o educando o docente a escola e responsáveis com o fim de diagnosticar analisar e se necessário repensar o processo de ensinoaprendizagem frente aos objetivos previsto A verificação do rendimento escolar para fins de promoção compreenderá a avaliação do aproveitamento do educando bem como a apuração da assiduidade O sistema de avaliação do processo ensinoaprendizagem será trimestral para o Ensino Fundamental e Ensino Médio A avaliação do processo ensino aprendizagem poderá seguir outra periodicidade quando se tratar de projetos O rendimento escolar será avaliado pelo aproveitamento do educando através de técnicas e instrumentos de avaliação diversos tais como a observação diária do docente b trabalhos de pesquisa individual ou coletiva c testes provas orais ou escritas d resoluções de exercícios eplanejamento execução e apresentação de experiências ou projetos f relatórios g trabalhos práticos h outras técnicas eou instrumentos que o docente julgar conveniente Os instrumentos de avaliação deverão ser variados e utilizados como meio de verificação que levem o educando ao hábito de pesquisa à reflexão à iniciativa e à criatividade Todo resultado de avaliação deverá ser mostrado aos educandos e as respectivas correções esclarecidas pelo docente logo após a sua realização para que os mesmos conheçam o seu desempenho Trimestralmente o docente deverá realizar no mínimo 3 três avaliações O sistema de avaliação do processo ensinoaprendizagem adotado pela escola deverá ser explicado aos educandos e responsáveis quando do ingresso na mesma Trimestralmente as médias serão entregues e registradas na Secretaria de acordo com os prazos estipulados no Calendário Escolar A média trimestral deverá ser a média das avaliações de diferentes atividades realizadas no decorrer do processo ensinoaprendizagem e poderá ser expressa em notas de 0 zero a 10 dez Estas serão registradas com a fração de décimos quando for o caso sem arredondamento tanto para as avaliações de cada trimestre quanto para a Prova Final Este registro poderá ser expresso de forma diversa quando se tratar de projetos 102 DA RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS O Colégio proporcionará Recuperação de Estudos durante o ano letivo com a finalidade de melhorar o desempenho escolar dos educandos A Recuperação de Estudos deve ser entendida como processo didático pedagógico que visa oferecer novas oportunidades ao educando para superar defasagens ao longo do processo ensinoaprendizagem A prática de Recuperação de Estudos para suprir as defasagens do processo ensinoaprendizagem será adotada no transcorrer do próprio trimestre Os educandos que apresentarem necessidade de Recuperação de Estudos no trimestre serão convocados pelos docentes e deverão frequentar as aulas nos horários programados pelo Colégio A Recuperação de Estudos nos anos Iniciais do Ensino Fundamental será oferecida nas disciplinas de Português e Matemática com uma carga horária semanal de 02 duas horasaulas por disciplina Estas aulas serão oferecidas pelo professor da disciplina A Recuperação de Estudos nos anos Finais do Ensino fundamental e Ensino Médio será oferecida de forma paralela e em horário oposto ao período de estudo do educando e será realizada no decorrer do trimestre As aulas serão ministradas por disciplina e por série em horário planejado e estabelecido pela Direção do Colégio Oa professora terá liberdade para empregar metodologias diversas e estabelecer estratégias de recuperação para os educandos de menor rendimento É de responsabilidade do educando bem como de sua família conhecer o horário dessas aulas e acompanhar o seu desempenho escolar durante o trimestre A frequência é obrigatória e será registrada no caderno no professor na folha de frequência criada para esse fim A comunicação dos alunos em Recuperação de Estudos será feita no quadro de avisos da sala de aula bem como através da Ficha de Acompanhamento Individual Internet 103 DO CONSELHO DE CLASSE O Conselho de Classe tem caráter deliberativo sendo um momento de reflexão avaliação decisão ação e revisão do processo ensinoaprendizagem e deverá constar no Calendário Escolar O Conselho de Classe terá como finalidades a avaliar o desempenho escolar da turma e dos educandos individualmente a relação docenteeducando o relacionamento entre os próprios educandos e questões referentes ao processo pedagógico no decorrer de cada trimestre do ano letivo b encaminhar ações pedagógicas a serem adotadas visando práticas de estudo alternativas que possibilitem melhorias no desempenho do educando c deliberar a respeito da avaliação final dos alunos considerando o parecer do conjunto de docentes das disciplinas da turma As decisões e encaminhamentos do Conselho de Classe devem ser viabilizados e efetivados pelos setores responsáveis Toda alteração de nota eou frequência motivada por erro involuntário do docente ou por revisão de provas que interfira na decisão do Conselho de Classe este deverá ser reconvocado e o resultado da sua decisão ser encaminhado à Secretaria Escolar O Conselho Escolar será constituído pelos docentes Orientador Educacional Coordenador de Apoio Administrativo ao Ensino e no máximo 20 vinte por cento de representatividade de educandos da turma sob a coordenação do Supervisor Escolar Haverá um secretário escolhido previamente dentre os docentes da turma que redigirá a ata do Conselho de Classe A participação dos educandos representantes da turma darseà no primeiro momento do Conselho quando será realizada a avaliação da turma As reuniões de Conselho de Classe deverão realizarse com a presença de todos os envolvidos no processo ensinoaprendizagem Na impossibilidade de um dos participantes se fazer presente deverá encaminhar à coordenação do Conselho de Classe os registros e a decisão referentes a sua avaliação Não havendo quorum para a realização do Conselho de Classe o mesmo será cancelado e posteriormente será marcada nova data e horário Os encaminhamentos feitos em cada Conselho de Classe deverão ser levados á turma pelo Orientador Educacional juntamente com os seus representantes O planejamento do Conselho de Classe deverá ser realizado pelo Setor Pedagógico da escola e terá objetivos diferenciados em cada trimestre 104 DA FREQUÊNCIA APROVAÇÃO E REPROVAÇÃO O educando que seguidos todos os procedimentos trimestrais obtiver nos trimestres o somatório de 18 dezoito pontos ou seja média de 60 seis vírgula zero estará automaticamente aprovado O educando que após ser submetido à Recuperação de Estudos nos trimestre não obtiver a média 60 seis vírgula zero em cada uma das disciplinas deverá ser submetido à Prova Final A fórmula para cálculo de média anual dos educandos que realizarem Prova Final será Média dos trimestres Prova Final 60 2 O educando poderá realizar Prova Final em todas as disciplinas Aquele que não atingir a média 60 seis vírgula zero em uma ou mais disciplinas após a Prova Final estará reprovado A aprovação do educando também dependerá da frequência exigida pela legislação vigente Lei 939496 ou seja comparecer no mínimo a 75 do total das aulas Será aprovado ao final do ano letivo o educando que a alcançar um somatório de 18 dezoito pontos por disciplina resultado de seu desempenho nos 3 três trimestres e com no mínimo 75 setenta e cinco por cento de frequência nas disciplinas b alcançar média 60 seis vírgula zero em cada disciplina após ser submetido à prova final Será reprovado ao final do ano a após a prova final não tiver alcançado média 60 seis vírgula zero em uma das disciplinas b não atingir o percentual mínimo de frequência ou seja 75 setenta e cinco por cento do total das aulas dadas nas disciplinas 105 REVISÃO DO RESULTADO DO CONSELHO DE CLASSE FINAL Será concedida revisão ao resultado do Conselho de Classe final ao educando que discordar do mesmo A revisão será requerida pelo educando ou responsável ao Diretor Geral do Colégio no prazo de 24 vinte e quatro horas após sua publicação De posse do requerimento o Diretor Geral anexará o Boletim Escolar e a Ficha de Acompanhamento Individual do Aluno relativos ao ano letivo e designará uma Comissão composta de 3 três docentes preferencialmente da disciplina ou disciplinas afins para a revisar a prova final em que o aluno reprovou b analisar o desempenho do aluno no ano letivo em curso A Comissão terá um prazo máximo de 24vinte e quatro horas para analisar a prova e emitir o parecer qualitativo sobre a manutenção ou alteração do resultado que será apreciado pelo Conselho de Classe Extraordinário convocado especialmente para esta finalidade O requerente será informado oficialmente pela Secretaria Escolar Colégio De Aplicação 11 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL 111 Estrutura Física O Colégio de Aplicação é uma instituição de Ensino Fundamental e Médio e possui uma estrutura física composta de quatro blocos No bloco A funciona o setor administrativo do Colégio de Aplicação a Associação de Pais e ProfessoresAPPo Espaço Estético Salas de Projetos e os Anos Iniciais No bloco B funcionam a Biblioteca a Brinquedoteca o Laboratório de Ensino de História do CA LEHCA a Sala da Nutrição Salas de Recuperação de Estudos Salas de Teatro de Música de Ginástica e Dança e Salas de projetos No bloco C funcionam os Laboratórios de Educação Física Química Física Biologia de Matemática Geografia e Ciências Piso Térreo Laboratórios de Linguagens e Línguas Estrangeiras salas de aula de Inglês Espanhol Alemão e Francês 1º andar e salas de estudos dos professores 2º andar No bloco D segmento dos Anos Finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio O Colégio de Aplicação foi construído em etapas ao longo dos anos conforme a sua demanda No momento em que houve a discussão e redefinição dos espaços existentes na escola aconteceram mudanças para a melhoria da dinâmica de funcionamento da escola ESPAÇO FÍSICO Bloco A Administração 1 sala de convivência para Professores e TécnicoAdministrativos 1 banheiro masculino 1 banheiro feminino 1 depósito para material de expediente 1 sala da Direção Geral 1 sala da Direção de Ensino 4 salas de Coordenadorias Estágios Pesquisa e Extensão Comunicação Divulgação e Eventos Administrativa 4 salas para projetos 2 salas do Serviço de Orientação Educacional 1 sala do AEE Atendimento Educacional Especializado 1 sala para Secretaria 1 sala da Administração de Edifício e Laboratório 1 sala da Associação de Pais e Professores APP 1 sala para consultório médico 1 sala para gabinete odontológico 1 sala de reuniões Bloco 9 salas de aula 1 sala para Inspetoria 1 sala para Coordenadoria de Apoio Administrativo ao Ensino 1 sala para professores 1 banheiro adaptado 1 banheiro masculino 1 banheiro feminino 2 pátios cobertos 1 cozinha para os funcionários terceirizados 1 depósito para cadeira de rodas 1 depósito para material de Educação Física Bloco B Galpão 1 Laboratório de Informática 1 sala de atendimento 1 sala de dança 2 salas ambiente para práticas de Teatro 2 salas ambiente para práticas de Música 1 pátio coberto 1 banheiro feminino 1 banheiro masculino 1 biblioteca 1 sala para brinquedoteca Cozinha Refeitório 3 salas para aulas de recuperação de estudos 4 salas para Projetos 2 salas de aula Bloco D Anos Finais e Ensino Médio 1 sala para a Inspetoria 2 salas para Coordenadorias de Apoio Administrativo ao Ensino Fundamental e Médio 2 banheiros femininos 2 banheiros masculinos 2 miniauditórios 14 salas de aula 1 auditório 1 pátio coberto 1 sala de Apoio Pedagógico AEE 1 sala para atendimento 1 sala para o Grêmio Estudantil 7 laboratórios Física Química Biologia Línguas Estrangeiras Matemática Educação Física e Informática 4 salas para aulas de Línguas Estrangeiras Inglês Alemão Francês e Espanhol 10 salas de estudos dos professores por disciplina Casinha de Artes 3 salas ambiente para prática de Artes Plásticas 1 banheiro feminino 1 banheiro masculino Áreas Externas 1 parque para crianças até 10 anos 1 quadra de esportes descoberta 1 campo de areia para futebol Localização Essa unidade escolar situase no Campus Universitário Em função da sua localização tornase fácil o acesso do educando à Biblioteca Central Eventos Culturais e a todas as atividades e serviços que a Universidade oferece O Colégio está localizado numa área geograficamente residencial onde existem vias de acesso tanto para o norte quanto para o sul para o centro da cidade e bairros da grande Florianópolis Colégio De Aplicação 12 BIBLIOGRAFIA AFON SO Almerindo Janela Avaliação Educacional regulação e emancipação São Paulo Ed Cortez 2000 ALONSO Mirtes A escola em busca de sua identidade um desafio para a administração escolar In SILVA Rinalva Cassiano org Educação para o século XXI São Paulo Unimep 1998 BALLESTER Margarita Avaliação como apoio à aprendizagem Porto Alegre ArtMed 2003 BRASIL Secretaria da Educação Fundamental Parâmetros Curriculares Nacionais introdução aos parâmetros curriculares nacionais Brasília MECSEF 1997 BRASIL Secretaria de Educação Básica Indagações sobre currículo Brasília MECSEB 2006 BRASIL Ministério da Educação Ensino fundamental de nove anos orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade Brasília FNDE Estação Gráfica 2006 CERVO Amado Luiz e BERVIAN Pedro Alcino Metodologia Científica São Paulo McGrawHill 1983 DEMO Pedro Ser professor é cuidar que o aluno aprenda Porto Alegre Mediação 2004 DEMO Pedro Educar pela Pesquisa São Paulo Autores Associados 1997 DAYREL Juarez As escola Faz as juventudes Reflexões em torno da socialização juvenil IN Educação e Sociedade vol 28 CEDES Número Especial 2007 ENGUITA Mariano F Tecnologia e sociedade a ideologia da racionalidade técnica a organização do trabalho e a educação In SILVA TT org Trabalho Educação e Prática Social Porto Alegre Artes Médicas 1991 Escola Projeto Coletivo em Construção Permanente Contribuição dos Especialistas em assuntos educacionais In SANTA CATARINA Secretaria da Educação Unidade operacional de Ensino de 1o Grau Supervisão Escolar Orientação Educacional Florianópolis p 97105 1979 ESTEBAN Maria Tereza org Avaliação uma prática em busca de novos sentidos Rio de Janeiro Editora DPA 2003 FAZENDA Ivani Org Novos Enfoques da Pesquisa Educacional São Paulo Cortez 1992 Integração e Interdisciplinaridade no ensino brasileiro efetividade ou ideologia São Paulo Loyola 1993 FRANCO Maria Laura PB Qualidade do Ensino velho tema novo enfoque São Paulo mimeo 1993 FREIRE Paulo Pedagogia da Autonomia Saberes necessários à prática educativa Rio de Janeiro Paz e Terra 1998 GADOTTI Moacir e ROMÃO José E org Autonomia da Escola princípios e propostas 2a edição São Paulo Editora Cortez 1997 GADOTTI Moacir Concepção Dialética da Educação São Paulo Cortez 1985 GARCIA Regina L Construindo uma nova escola com os especialistas Prospectiva AOERGS Porto Alegre V 2 n 16 p 5967 1987 GENTILI Pablo A Falsificação do consenso simulacro e imposição na reforma educacional do neoliberalismo Petrópolis Rio de Janeiro Editora Vozes 1998 HADJI Charles Avaliação Desmistificada Porto Alegre ArtMed 2001 HOFFMANN Jussara Avaliação Mediadora uma prática em construção da pré escola à Universidade Porto Alegre Educação e Realidade 1993 KOSIK K Dialética do Concreto Rio de Janeiro Paes e Terra 1976 LIBÂNEO José Carlos Organização e Gestão da Escola Teoria e Prática Goiânia Alternativa 2004 LOPES Antonia Osima Planejamento do Ensino numa Perspectiva Crítica de Educação In Repensando a Didática Campinas Papirus 1990 p 45 LUCKESI Cipriano Carlos Verificação ou avaliação o que pratica a escola Revista Série Idéias n8 p71 80 São Paulo FDE 1997 LÜDKE Menga e ANDRÉ Marli E D A Pesquisa em Educação Abordagens Qualitativas São Paulo EPU 1986 MACEDO Lino de Ensaios pedagógicos como construir uma escola para todos Porto Alegre ArtMed 2005 MOREIRA Antonio Flávio Barbosa Currículo questões atuais São Paulo Papirus 1997 MORENO Montserrat Temas Transversais em Educação Bases para uma formação integral São Paulo Ática 1998 MORIN Edgar Os Sete Saberes Necessários à Educação do Futuro Cortez 2000 PETRAGLIA Izabel Cristina Edgar Morin A educação e a complexidade do ser e do saber Petrópolis RJ Vozes 1995 Relatório de Avaliação Institucional do Colégio de Aplicação 1998 POMAR Wladimir Nossa Perplexidade TD n35 julagoset p 2429 1997 RABELO Edmar Henrique Avaliação novos tempos novas práticas Petrópolis RJ Vozes 1998 SACRISTÁN J Gimeno O currículo uma reflexão sobre a prática Porto Alegre ArtMed 1998 SALINAS Dino Prova amanhâ Agora a avaliação entre a teoria e a realidade Porto Alegre ArtMed 2004 SANTOMÉ Jurjo Torrres Globalização e Interdisciplinaridade o currículo integrado Porto Alegre Artes Médicas 1998 p 25 SANTOS Lucíola Licínio de Castro Paixão MOREIRA Antônio Flávio Currículo Questões de Seleção e de Organização do Conhecimento Revista Série Idéias São Paulo FDE 1995 n 26 p 4765 SAVIANI Dermeval Escola e Democracia São Paulo Cortez 1984 p 9 SILVA Janssen Felipe da HOFFMANN Jussara ESTEBAN Maria Tereza orgs Práticas avaliativas e aprendizagens significativas em diferentes áreas do currículo Porto Alegre Mediação 2003 SILVA Janssen Felipe da Avaliação na perspectiva formativareguladora pressupostos teóricos e práticos Porto Alegre Mediação 2004 SOUZA Clarilza Prado de Org Avaliação do rendimento escolar Campinas SP Papirus 1993 THIOLLENT Michel Metodologia da Pesquisaação São Paulo Cortez 1998 VASCONCELLOS Celso dos Santos Coordenação do Trabalho Pedagógico do Projeto Políticopedagógico ao cotidiano da sala de aula São Paulo Libertad 2002 Celso dos Santos Planejamento Plano de EnsinoAprendizagem e Projeto Educativo São Paulo Libertad 1995 p 26 Celso dos S Avaliação concepção dialética libertadora do processo de avaliação escolar São Paulo FDE 1997 Celso dos S Avaliação da Aprendizagem práticas de mudança por uma práxis transformadora São Paulo Libertad 2003 VEIGA Ilma Passos A org Projeto PolíticoPedagógico da Escola uma construção possível Campinas SP Papirus 1995 Coleção Magistério Formação e trabalho pedagógico Ilma Passos Alencastro Cardoso Maria Helena Fernandes orgs Escola Fundamental currículo e ensino São Paulo Papirus 1995 1 A construção do PPPCA teve início na gestão do professor Paulo Roberto Oliveira 19962000 até junho de 2004 final da gestão do professor César de Medeiros Régis 2 Até 2003 ano de implementação do PPP o CA tinha um sistema de Bimestralidade A Recuperação ocorria ao final do ano letivo 2ª época com atendimento aos alunos dentro do modelo de Atendimento Paralelo ou seja havia uma horaaula para cada docente durante a semana para atendimento aos alunos Este atendimento era optativo para o aluno e se constituía em um espaço para dúvidas Após 2003 ficou definido que as disciplinas teriam uma carga horária de Recuperação de Estudos RE proporcional ao número de aulas da carga didática na série disciplinas com 4 horasaulas semanais teriam 2 horasaulas de RE as demais apenas 1 horaaula para a RE Esta seria semanal no turno contrário e com horário estabelecido pela Direção Criouse ainda a semana de provas de RE após o término do trimestre para os alunos que não obtivessem a média de aprovação 3 A discussão sobre a reposição da greve chegou a questionamento pela APP junto ao CNE que se manifestou quanto ao Calendário Escolar do CA no parecer nº 152007 No Calendário Escolar foram introduzidos os FOPEs Fóruns Pedagogicos Para realização dos fóruns as aulas de um turno eram suspensas para que ocorressem as discussões propostas Na parada seguinte eram suspensas as aulas do turno oposto A APP não aceitou esta proposição e juntamente com a Administração Central da UFSC leiase PREG questionaram o calendário do CA para aquele ano 4 Em outro documento Assim se passaram 8 anos relato memória de uma gestão contarei a minha visão da história deste período 5 Na definição do PPP a Recuperação seria convocada pelo professor e obrigatória para o aluno Regimento Escolar 6 Elaborado pelos professores Romeu Bezerra Sylvia Damiani Aceli Catarina e Mário César Pires com a colaboração das estagiárias Andréa de Souza e Bruna Cavalheiro A aplicação dos questionários contou com a participação dos professores Fábio dos Santos e Antônio Farias Filho 7 Levantamento junto aos docentes e alunos quanto aos Sistema de Trimestralidade Na oportunidade foi perguntado aos dois segmentos qual a posição quanto a uma Reforma Curricular 8 Avaliação dos docentes na Parada Pedagógica 9 Os dados para os Anos Finais do Ensino Fundamental são semelhantes pouco se diferenciando do Ensino Médio 10 Parecer do CNE de 1997 referenda esta possibilidade 11 Apesar de toda a discussão dúvidas persistiram quanto ao funcionamento da RE