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3. PRODUÇÃO COMERCIO E VANTAGENS NATURAIS E COMPARATIVAS - O QUE PRODUZIR?\n\n3.1 Teoria das vantagens naturais\nAdam Smith, em sua obra seminal \"A Riqueza das Nações\" (1776) fez as seguintes afirmações centrais...\na) A divisão e a especialização do trabalho humano explicam o maior ou menor nível de produtividade, produção e riqueza da economia (Smith, 1988 p. 24-26), essas diferem às defendidas pelos mercantilistas e fisocratas que defendiam o enteouseromenta o terra.\nb) Os homens são egoístas por natureza, já que cada um deles busca maximizar seu próprio bem estar, aprimorando sua produção (em quantidade e qualidade), aumentando assim a oferta de bens, provocando como isso (sem querer) a queda dos preços e o bem-estar da sociedade. \"Pela busca de seu próprio interesse ocorre uma reflexão promovida o cada vez mais eficazmente do que quando de fato tendência promovê-lo\" (Smith 1776 apud Fonseca 1993 p. 110).\nc) Existe um \"mão invisível\" (ordem natural) que guia o equilíbrio na produção e o consumo, a oferta e a procura, utilizando os preços (de mercado e natural) como sinalizadores desta processo. \"A quantidade de cada mercadoria colocado no mercado ajusta-se naturalmente à demanda efetiva\" (Smith, 1976 p. 57), estando similar a defendidas pelos fisocratas, a ordem natural.\nd) Cada país deve produzir aqueles bens nos quais eles tenham \"vantagens absolutas\" de custos.(Smith 1776, apud Chacholiades, 1994 p. 15) produção (horas de trabalho para produzir cada um desses bens) conforme os valores que aparecem na Tabela a seguir:\n\nTabela N° 3.1\nPáis Horas para produzir\n1 kg trigo 1 m tecido\nA 2,5 7,50\nB 5,0 3,75\n\nAssumindo hipoteticamente também, que o custo da mão de obra seja igual à unidade em ambos os países, então se pode deduzir que A deveria produzir trigo e importar tecido; à inversa, B deveria produzir tecido e importar trigo.\n\nAgora, se tudo isto for traduzido em seus equivalentes de produtividade física; quero dizer, no mesmo caso apresentado, assumindo um ano de 300 dias efetivos de trabalho, com 10 horas por dia, conseguiria as seguintes relações (Chacholiades, 1994, 17-21):\n\nUm homem trabalhando 300 dias por ano, 10 horas por dia, conseguiria 3000 h/ano. No país A, em trigo se conseguiria 3000/2,5 = 1200 Kg e em tecidos, 3000/7,5 = 400 m. No país B, em trigo se conseguiria 3000/5 = 600 Kg e em tecidos, 3000/3,75 = 800 m.\nTudo isto aparece na seguinte Tabela:\n\nTabela N° 3.2\nVantagens absolutas da produção\nPáis Produção anual de\nTrigo Tecido\nA 1.200 kg 400 m\nB 600 * 800 *\n\nDe aqui, novamente pode-se deduzir que o país A deveria produzir trigo e importar tecido; à inversa, o país B deveria produzir tecido e importar trigo, igual como no caso anterior, dos custos.\n\nNo caso que ambos os países optaram por serem autossuficientes (economias fechadas), então cada homem dedicaria a metade de seu tempo para produzir trigo e a outra metade para conseguir tecidos, com estes resultados:\n\nTabela N° 3.3\nProdução numa economia fechado\nPáis Produção anual de\nTrigo Tecido\nA 600 kg 200 m\nB 300 * 400 *\nTotal 900 * 600 *\n Caso eles decidam explorar o melhor que eles têm, aplicando os ensinamentos de Smith, de explorar suas vantagens naturais, então A produziria somente trigo e B somente tecidos, conseguindo no final um produto maior, como se pode ver a seguir:\n\nTabela N° 3.4\nProdução numa economia aberta\nPáis Produção anual de\nTrigo Tecido\nA 1.200 kg 0 m\nB 0 800 *\nTotal 1.200 * 800 *\n\nAssim, graças à especialização e ao comércio internacional (economias abertas), conseguir-se-á uma maior produção e riqueza, e menores preços finais para o consumidor, beneficiando-se com isto tanto A como B.\n\nAs limitações que se podem identificar sobre este raciocínio seriam:\n1) Nem todos os países têm \"vantagens absolutas\" na produção de seus bens, especialmente no caso dos países pobres ou periféricos; e neste caso, que deveriam fazer estes países ou regiões?\n2) O custo de produção não é somente mão de obra, senão também o custo do capital e matérias primas vários.\n\n3.2 Teoria das vantagens comparativas\nA resposta à primeira limitação foi dada por David Ricardo, quem em sua obra \"Princípios de Economia Política e Tributação\" (1817), complementou a tese de Adam Smith, indicando que são as \"vantagens comparativas\", as que determinam o que produzir. Para calcular este indicador, cada país deveria comparar sua produtividade de cada bem, com a média do país complementar imediato (Chacholiades, 1994 p. 24-25).\n\nEntão, tomando o mesmo caso do país A, comparado com um terceiro país C, onde também se produzem trigo e tecido porém com uma maior produtividade, como aparece na seguinte Tabela:\n\nTabela N° 3.5\nVantagem absoluta na produção\nPáis Produção anual de\nTrigo Tecido\nA 1200 kg 400 m\nC 1800 * 2400 *\n\nNeste caso aplicando o princípio das vantagens absolutas de Smith, o país A teria que ser abandonado, visto que é melhor produzir tanto trigo como tecido no país C; porém aplicando o princípio das vantagens comparativas de Ricardo, este abandono não seria necessário, como se pode ver a continuação. Tabela N° 3.6\nVantagens comparativas da produção\nPais Relações para\n Trigo Tecido\nA 1200/1800 = 0,67 400/2400 = 0,17\nC 1800/1200 = 1,50 2400/400 = 6,00\n\nLogo:\nA deveria produzir trigo, por que: 0,67 > 0,17\nC deveria produzir tecidos, por que: 6,00 > 1,50\n\nAssim, sempre um país ou região por mais pobre que ele seja, sempre deve ter um indicador maior que o outro, definindo assim suas prioridades de produção.\n\nAs limitações do raciocínio de Ricardo seriam as seguintes:\n\na) Continua válida a observação do princípio das vantagens naturais, no sentido que ambos utilizam\n é um único fator, com custo de produção (trabalho).\n\nb) As comparações da vantagem comparativa deveriam ser feito país a país ou com o conjunto de\n todos os países? Em ambos os casos, qual seria o indicador válido?\n\n3.3 O modelo Heckscher - Ohlin\n\nQuase um século depois da publicação de David Ricardo, dois economistas suecos conseguiram atualizar essa tese. Primeiro foi Eli Heckscher em seu artigo \"Efeito do comércio exterior na distribuição da renda\" (1919) e logo seu orientando do doutorado, Bertil Ohlin, em seu livro \"Comércio internacional e inter-regional\" (1933).\n\nPor isso considera-se que ambos são autores do modelo Heckscher-Ohlin seguinte (Chacholiades, 1994 p. 73-82):\n\nTeorema: \"um país ou uma região tem vantagem comparativa nos bens que utilizam seus fatores\nabundantes de maneira intensiva\"\nAxioma 1: \"Os bens finais diferem em seus requerimentos de fatores ou insumos\".\nAxioma 2: \"Os países ou regiões diferem em suas dotações de fatores\"\n\nO modelo exige a comparação de dois espaços geográficos diferentes (países A e B), onde cada espaço está dotado de dois fatores de produção (trabalho e capital) e em ambos se produzem dois bens finais (tecido e aço). Por isso o modelo é conhecido como de 2 x 2 x 2.\n\nDois países: A e B\nDois fatores de produção: Trabalho e capital\nDois bens finais: Tecidos e aço\n Tudo o esforço leva a conclusão que os espaços geográficos que tenham abundância do recurso população ou força de trabalho produzirá e exportará têxteis; a inversa, os espaços que tenham abundância de capital, produzirá e exportará aço.\n\nPara fins de aplicação do modelo exige-se o cálculo dos coeficientes (em trabalho e capital) para a produção dos bens finais (têxteis e aço), e suas relações de intensidade correspondentes. Por exemplo, sim:\n\nPara produzir 1 unidade de tecido se requerem de 6 unidades do fator trabalho\nPara produzir 1 unidade de tecido se requerem de 2 unidades do fator capital\nPara produzir 1 unidade de aço se requerem de 8 unidades do fator trabalho\nPara produzir 1 unidade de aço se requerem de 4 unidades do fator capital\n\nTudo isto aparece na seguinte Tabela.\n\nTabela N° 3.7\nCoeficientes de produção\nProduto Uso de fatores por\nfinal unidade de produto\n (unidade) Trabalho Capital\nTêxidos 6 2\nAço 8 4\n\nFonte: Chacholiades, 1994 p. 77\n\nIsto significa que a produção de têxidos é intensiva em trabalho, com respeito ao aço, porque por unidade de capital, os tecidos exigem mais unidades de trabalho, quando comparado com a produção de aços, como se pode observar o lado direito da Tabela anterior (3 > 2).\n\nÀ inversa, a produção de aço é intensiva em capital, com respeito a tecidos, porque por unidade de trabalho, o aço exige mais unidades de capital, quando comparado com a produção de tecidos (0,50 > 0,33).\n\nIsto também significa que a produção de tecidos deve ser própria dos espaços (países ou regiões) onde exista abundância de mão de obra e a produção de aço, dos espaços onde exista abundância de capital.\n\nO modelo Heckscher-Ohlin tem limitações, especialmente de cálculo, por que:\na) A extensão do modelo a casos mais complicados não é tarefa fácil. Em geral os resultados obtidos a partir de modelos maiores não têm a interpretação clara e de sentido comum que distingue ao modelo básico (Chacholiades, 1994 p. 74).\nb) Dorbush, Fisher e Samuelson (O.J.E. p. 203-224, 1980) demonstraram que é possível que a\nregião mais rica em capital exporte um bem mais intensivo em trabalho do que seja por ele importado (Nonnemberg, 1995 p.9). 3.4 As vantagens comparativas reveladas (Kume & Piani, 2004).\n\nA teoria das Vantagens Comparativas Reveladas (VCR) aparece por primeira vez em 1965, graças aos trabalhos do economista húngaro Bela Balassa, professor das universidades de Yale e John Hopkins (EUA). A idéia subjacente é que o comércio exterior de um país \"revela\" suas vantagens comparativas.\n\nUma avaliação apropriada de vantagem comparativa requereria o confronto dos preços relativos vigentes em dois países no regime de atuações, isto é, antes que se verifique efetivamente o comércio entre ambos. Infelizmente, esses dados não são observáveis, de modo que a vantagem comparativa é, geralmente, inferida de forma indireta, baseada nos próprios dados de comércio. Frente a isto, o índice das VCR mede a participação de um determinado produto no total das exportações do país, em relação a parcela das exportações mundiais do mesmo produto no total, depois de verificado o comércio correspondente:\n\nA expressão algébrica é dada por:\n\nVCRij = xij / xitj\nOnde:\nVCRij = vantagem comparativa revelada do produto i / exportado pelo país j;\nxij = Total das exportações do produto i pelo país j;\nxitj = Total das exportações do país j ;\nXim = Total das exportações do produto i do mundo; e\nXrm = Total das exportações do mundo;\n\nOs resultados para VCRij devem ser assim:\n\na) Se VCRij é maior do que 1, o país j é considerado competitivo mundialmente nas exportações do produto i\nb) Se VCRij é igual a 1, o país desfruta da mesma competitividade média vigente no mercado internacional\nc) Se VCRij variar entre 0 e 1, o país é definido como tendo desvantagem comparativa revelada\n\nPara o Brasil já existem estes índices VCR:\n\nTabela N° 3.8\nÍndices VCR de alguns produtos, 1992-2002\n\nAnos Soja em Carne Carne de Café\n grãos bovina Frango torrado\n1992 13,30 3,66 11,71 ----\n1993 13,80 3,76 13,26 ----\n1994 17,94 3,36 11,47 ---- 1995 11,49 3,11 11,22\n1996 11,47 3,58 12,64 6,08\n1997 22,68 3,06 13,31 4,52\n1998 26,67 4,33 11,45 4,73\n1999 24,50 5,93 15,81 4,98\n2000 27,47 5,89 14,55 5,89\n2001 27,62 7,90 17,90 7,13\n2002 29,93 7,79 20,87 6,88\nFontes: Para soja e carnes - Souza & lita, 2004 p. 4\nPara café. - Couto & Ferreira, 2004 p. 9\nDesta Tabela se deduzem como o Brasil apresenta vantagens comparativas elevadas e crescentes, pelo menos para estes quatro produtos agroindustriais:\nSoja em grãos\nCarne bovina\nCarne de frango\nCafé torrado\nSegundo Kume & Piani (2004 p.3), como a definição de vantagem e desvantagem comparativa tem amplitudes assimétricas, a primeira variando entre 0 e infinito e a segunda entre 0 e 1, segundo a Laursen (1985) o índice foi normalizado da seguinte forma:\nVCRSij = VCRij-1\nVCRij+1\nOnde: VCRSij representa o índice de vantagem comparativa revelada simétrica.\nSeus resultados devem ser assim:\na) Quando VCRSij varia entre 0 e +1, o país tem vantagem comparativa naquele produto\nb) Quando VCRSij for igual ao quase igual a 0, o país tem a mesma competitividade média dos demais países exportadores.\nc) Quando VCRSij varia entre 0 e -1, o país tem desvantagem comparativa.\nTraduzindo tudo isto último, sobre o VCRS, em valores do mundo real, Kume & Piani conseguiram processar informações para mais de 5 mil produtos brasileiros, agrupados em 20 setores, para o período 1999-2000 e seus resultados são encaixados percentualmente em cada uma das marcas de classe seguintes:\nDistribuição dos produtos segundo índices de VCRS do Brasil em mundo, 1999/2000\n\nN° Descrição Número de produtos Valores extremos do indicador ICVS\n1 Produtos do reino animal 114 73,3 87,1 8,3 14,9 100\n2 Produtos do reino vegetal 267 76,3 84,3 7,9 15,7 100\n3 Gorduras e óleos 53 66,0 13,2 79,2 8,4 11,3 20,8 100\n A leitura desta Tabela deve fazer-se assim, aplicada para os \"produtos do reino animal\":\nDe um total de 194 produtos, 77,3% destes apresentam seus índices VCRS com valores entre -0,51; um 7,7% com valores entre -0,5 e 0, e assim sucessivamente.\nIsto significaria que o Brasil teria Vantagens Comparativas Reveladas e Simétricas (VCRS), proporcionalmente nos seguintes setores/produtos (VCRS > 0):\n\n1) Armas e munições, 41,2%\n2) Madeira e mobiliário, 38%\n3) Calçados, 29,1%\n4) Cerâmica e vidro, 25,5%\n5) Peles e couro, 24,3%\n6) Alimentos, bebidas e fumo, 26,2%\n7) Gorduras e óleos, 20,8%\n8) Metais, 20,4%\nÀ inversa o país não destaca ou tem VCRS < 0 nos seguintes setores/produtos:\n\n1) Instrumentos de ótica e precisão, 96,1%\n2) Têxtil e vestuário, 95,4%\n3) Máquinas e equipamentos, 88,7%\n4) Plásticos e borracha, 87,8%\n5) Celulose e papel,\n6) Produtos químicos ou conexões, 86,7%\n7) Materiais de transporte, 85,6%\n8) Produtos do reino animal, 85,1%\nObserve-se como entre os resultados mostrados nas duas últimas tabelas, existe certa coincidência, com relação aos produtos agroindustriais, que aparecem entre os Índices de VCRS > 0; menos carnes, que estariam englobados nos \"produtos do reino animal\".\n 3.5 A teoria das VCR expresso como saldos comerciais (Nonnenberg, 1995)\nO economista francês Gerard Lafay do Centro de Estudos Prospectivos e da Informação Internacional (CEPII) introduz o modelo das VCR as \"importações\" e assim consegue apresentar sua ideia de trabalhar com os \"saldos comerciais\" (Lafay, 1990):\n\nfk = 1000 PIB\nOnde: fk = Indicador de competitividade para o bem k\nMik = Importações do produto k pelo país i\nMi = Importações totais do país i\nXik = Exportações do bem k pelo país l\nXi = Exportações totais do país i\n1000/PiB = normalizador da equação.\nO primeiro membro do lado direito da equação seria o saldo efetivo do comercio exterior de bem k pelo país i e o segundo membro seria o saldo neutro. Este saldo neutro mostraria o que ocorreria caso a participação de cada mercadoria no saldo total fosse igual a sua participação no fluxo total do comercio.\nSe o saldo efetivo for maior que o saldo neutro, então fk será positivo.\nSe o saldo efetivo for inferior ao saldo neutro, então fk será negativo.\nA somatória de todas as fk deve ser igual a zero.\nSe fk < 0, então o país não tem vantagem comparativa nesse produto\nMarcelo Nonnenberg (1995) aplicou o modelo de Lafay para o Brasil, cobrindo o período 1980-1988 e considerando somente os produtos manufaturados, assim:\n\nVantagens Comparativas Reveladas da Indústria Brasileira, 1980-1988.\nSubsector Média Arít. Subsector Média Arít.\n1. Indústria do café 7,4989 30. Artigos de matéria plástica 1,609\n2. Óleos vegetais em bruto 6,3279 31. Prod. minerais não metálicos 0,1073\n3. Siderurgia 3,831 32. Indústria do mobiliário 0,1027\n4. Aparelhos e equipamentos Elét. 3,3078 33. Indústria de perfumaria 0,0414\n5. Automóveis e caminhões 3,22 34. Peças e estruturas de cimento 0,0136\n6. Fabricação de calçados 2,4245 35. Fabricação de cimento 0,0122\n7. Sucos, Frutas e legumes. 2,4027 36. Vidro e artefatos de vidro 0,0004\n8. Indústria do açúcar 2,2507 37. 10Moga de trigo -0,0011\n9. Fibras têxteis naturais 1,5899 38. Indústria da borracha -0,0313\n10. Refino de petróleo 4,4505 39. Fundidos e forjados de aço -0,0697\n11. Produtos do origem vegetal 1,4476 40. Reparação de veículos ferroviários -0,0929\n12. Indústria do fumo 1,3621 41. Indústria naval -0,1092 13. Abate e preparar, Carnes\t1,838\t42. Laminados plásticos\t-0,1101\n14. Celulose\t1,075\t43. Resinas e fibras artificial\t-0,1253\n15. Indústria de madeira\t1,084\t44. Indústria editorial e gráfica\t-0,1276\n16. Motores e peças de veículos\t0,987\t45. Metalurgia de não-ferrosos\t-0,2732\n17. Abate e preparação de aves\t0,8277\t46. Leite e laticínios\t-0,2844\n18. Receptores de TV e rádio\t0,5619\t47. Indústria de bebidas\t-0,2933\n19. Outras indústrias têxteis\t0,5389\t48. Beneficiamento de arroz\t-0,3427\n20. Tratores e máquinas rodo\t0,5375\t49. Produtos químicos diversos\t-0,4635\n21. Outras indústrias alimentares\t0,4784\t50. Indústria farmacêutica\t-0,6024\n22. Óleos vegetais e gorduras\t0,4622\t51. Produtos diversos\t-0,8154\n23. Outros produtos metalúrgicos\t0,4361\t52. Condutores e material elétrico\t-1,0273\n24. Papel e artefatos de papel\t0,3134\t53. Equip. e distrib. de energia\t-1,0282\n25. Artigos de vestuário e acesso\t0,2953\t54. Fabricação de doces e outros\t-1,734\n26. Destilação de álcool\t0,2723\t55. Petróleo, básica e intermediária\t-1,2955\n27. Alimentos para animais\t0,2717\t56. Pabr. de adubos e fertiliz.\t-1,3078\n28. Fibras têxteis artificiais\t0,1953\t57. Materiai e aparelhos eletrônicos\t-2,3526\n29. Indústria de couro e pele\t0,1731\t58. Element. químicos não petrol.\t-2,454\n30. Artigos de metéria plástica\t0,1601\t59. Máquina, equip. e instal.\t-3,6351\n\nFonte: Nonnemberg, 1996 p. 382-388 (Tabelas A1, A2 e A3).\n\nDesta Tabela pode-se deduzir uma lista dos setores mais competitivos ou com melhor vantagem comparativa, como na seguinte relação:\n\nOs Melhores\t\t\t\tOs Piores\n1. Maquinas, equip. e instalações\t4. Adubos e fertilizantes\n2. Eletro. Químicos não petrol. \t5. Petróquimica básica e intermedi.\n3. Aparelhos e equip. eletrônicos\t6. Outros veículos\n4. Automóveis e caminhões\t7. Equip. e prod. Distrib.energia\n6. Fabricação de calçados\t8. Condutores e material elétrico\n7. Sucos, frutas e legumes\t9. Produtos diversos\n8. Indústria do aplicar\t10. Indústria farmacêutica\n\nEntão, por estes resultados, tanto as empresas como o governo se poderiam se guiar para elaborar suas estratégias de produção, vendas, comércio exterior e as políticas econômicas correspondentes. A única restrição seria a falta de atualização deste levantamento, que deveria ser permanente.\n\n3.6 Das vantagens comparativas às decisões de produção\n\nLogo de efetuar uma análise de vantagens comparativas, em uma ou varias de suas alternativas, como visto em 3.4 e 3.5 último, cabe a pergunta. Logo disto é só trabalhar ou executar a linha identificada?\n\nSegundo os clássicos a resposta a esta pergunta seria dada pelas vantagens absolutas (Smith) ou comparativas (Ricardo) dos setores ou bens econômicos em