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INSTITUTO MASTER DE ENSINO PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza Curso de Farmácia IMEPAC Araguari 201601 SUMÁRIO 1 SOLUÇÕES 4 11 VANTAGENS E DESVANTAGENS DAS SOLUÇÕES 6 12 SOLUBILIDADE 7 121 TÉCNICAS DE DISSOLUÇÃO 7 13 CONCENTRAÇÃO EM MASSA OU TÍTULO 8 131 MODOS DE EXPRIMIR A CONCENTRAÇÃO DAS SOLUÇÕES 9 14 PROCESSO DE FILTRAÇÃO 9 15 SOLVENTES MAIS UTILIZADOS EM FARMACOTÉCNICA 9 16 EXERCÍCIOS DE REVISÃO DE SOLUÇÕES 10 2 PREPARAÇÕES OTOLÓGICAS 11 21 CARACTERÍSTICAS DAS PREPARAÇÕES 11 22 PROCEDIMENTO DE PREPARO DAS SOLUÇÕES OTOLÓGICAS 11 3 PREPARAÇÕES NASAIS 11 31 CARACTERÍSTICAS DOS VEÍCULOS 11 4 SUSPENSÕES 12 41 VANTAGENS 13 42 DESVANTAGENS 13 43 CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS NUMA SUSPENSÃO FARMACÊUTICA 14 44 ASPECTOS TEÓRICOS ENVOLVIDOS NA ESTABILIDADE DAS SUSPENSÕES 14 441 CONSISTÊNCIA DO VEÍCULOBBBB 15 442 DENSIDADE DA FASE DISPERSA 15 443 MOLHABILIDADE DAS PARTÍCULAS SUSPENSAS 15 444 AGENTES MOLHANTES 17 445 SEDIMENTAÇÃO 17 446 ADIÇÃO DE AGENTES SUSPENSORES 17 447 REDISPERSIBILIDADE 17 45 EXERCÍCIOS DE REVISÃO DE SUSPENSÕES 18 5 EMULSÕES 19 51 VANTAGENS E DESVANTAGENS DAS EMULSÕES 19 52 TENSOATIVO 20 53 PROCESSO DE EMULSIFICAÇÃO 21 531 DIMINUIÇÃO DA TENSÃO INTERFACIAL 21 532 TEORIA DA PELÍCULA OU FILME 22 54 TIPOS DE EMULSÕES 22 541 SIMPLES 22 542 MÚLTIPLAS 23 55 CLASSIFICAÇÕES DAS EMULSÕES 23 56 CLASSIFICAÇÃO DOS TENSOATIVOS 24 561 ANIÔNICOS 24 562 CATIÔNICO 25 563 NÃOIÔNICO 25 564 ÂNFÓTEROS 26 57 INSTABILIDADES 26 571 FLOCULAÇÃO 26 572 COALESCÊNCIA E SEPARAÇÃO DAS FASES 26 573 INVERSÃO DE FASES 27 58 MÉTODO DE CONTROLE DE QUALIDADE PARA DETERMINAÇÃO DO TIPO DA EMULSÃO 27 59 MÉTODO DE PREPARAÇÃO DAS EMULSÕES 27 591 FASE AQUOSA 28 592 FASE OLEOSA 28 510 EXERCÍCIOS DE REVISÃO DE EMULSÕES 30 6 PERMEABILIDADE CUTÂNEA 31 61 A PELE 31 62 PENETRAÇÃO X ABSORÇÃO DE ATIVOS NA PELE 32 621 PENETRAÇÃO CUTÂNEA 32 622 ABSORÇÃO PERCUTÂNEA 33 63 FATORES QUE AFETAM A PERMEAÇÃO DA PELE 34 631 BIOLÓGICOS E FISIOLÓGICOS 34 632 VEÍCULOS 34 64 FATORES QUE AUMENTAM A ABSORÇÃO PERCUTÂNEA 35 641 INTERATIVOS 35 642 NÃO INTERATIVOS 35 7 POMADAS 35 71 CARACTERÍSTICAS DAS POMADAS 35 72 BASES PARA POMADAS SEGUNDO OS EXCIPIENTES 35 721 POMADAS HIDROFÓBICAS 36 722 BASES DE ABSORÇÃO 36 723 POMADAS HIDROFÍLICAS 37 73 TIPOS ESPECIAIS DE POMADAS 37 8 PASTAS 37 9 GÉIS 38 91 CARACTERÍSTICAS DOS GÉIS 39 92 TIPOS DE ESPESSANTES 39 921 ESPESSANTES DERIVADOS DA CELULOSE PH NÃO DEPENDENTE 39 922 DERIVADOS DO ÁCIDO CARBOXIVINÍLICO PH DEPENDENTE 39 10 SUPOSITÓRIOS ÓVULOS E VELAS 41 101 COMPONENTES USUAIS 41 102 CARACTERÍSTICAS DOS EXCIPIENTES BASE 42 103 MÉTODOS DE OBTENÇÃO 42 104 LEIA MAIS SOBRE A FARMACOTÉCNICA DE SUPOSITÓRIOS E ÓVULOS 43 105 LEITURA DE ARTIGO PREPARAÇÃO DE SUPOSITÓRIO DE GLICERINA 44 11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 48 Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 4 1 SOLUÇÕES Solução é uma forma farmacêutica cuja dispersão é homogênea com duas ou mais espécies de substâncias Considerando os usos específicos das soluções farmacêuticas elas podem ser classificadas como soluções orais soluções auriculares soluções oftálmicas ou soluções tópicas 1 As soluções aquosas que contem um açúcar são classificadas como xaropes 2 As soluções hidroalcoólicas edulcoradas com gosto e cheiro doce recebem o nome de elixir 3 As soluções de substâncias aromáticas quando o solvente for alcoólico são chamadas de espíritos 4 As soluções de substâncias aromáticas quando o solvente for aquoso são chamadas águas de cheiro Além do fármaco nas soluções estão presentes outros solutos incluídos para corar aromatizar edulcorar e para conferir estabilidade Nas soluções a fase dispersa e a fase dispersante recebem os nomes de soluto e solvente respectivamente O soluto é geralmente o componente que se apresenta em menor quantidade na solução enquanto que o solvente se apresenta em maior quantidade A água no entanto é sempre considerada como solvente não importando a proporção desta na solução Exemplos 1 O vinagre é uma solução com aproximadamente 4 de ácido acético Nesta solução o ácido acético é o soluto e a água é solvente 2 O álcool a 70 é uma solução na qual o soluto é o álcool e a água é o solvente Nas soluções que são aquosas não é necessário citar o solvente Nas soluções em que o solvente é uma substância diferente da água este deve ser citado 3 A solução de ácido sulfúrico H2SO4 a 10 nesta solução o soluto é o ácido e o solvente é a água 4 A cerveja é uma miscelânea de misturas onde o soluto é o malte e seus derivados e o solvente é a água As soluções são preparadas através de simples dissolução de solutos em um solvente podendo ser a Gás em líquido b Líquido em líquido c Sólido em Líquido Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 5 Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 6 Exercitando 1 Cite 4 tipos de soluções encontradas em seu cotidiano e diga quais são os solutos e os solventes a b c d 2 O que é a fase dispersa e a fase dispersante das soluções 3 Porque a água é considerada o solvente universal 11 VANTAGENS E DESVANTAGENS DAS SOLUÇÕES Vantagens 1 Alta estabilidade física partículas em dispersões moleculares não sofrem ação da gravidade 2 Alta biodisponibilidade partículas pequenas são mais facilmente absorvidas 3 Facilidade de deglutição condição importante para pacientes pediátricos e idosos 4 Alta homogeneidade dispersões moleculares são sistemas uniformes e homogêneos se comparadas às suspensões Desvantagens 1 Dificuldade de transporte para o paciente em relação a outras FF por exemplo pastilhas 2 Baixa estabilidade química reações químicas dependem da colisão intermolecular favorecida em dispersões moleculares 3 A solubilização realça o sabor dos fármacos 4 Baixa uniformidade de doses sistema de medidas caseiras e errados Para se obter uma solução farmacêutica os fármacos devem solubilizarse completamente no veiculo escolhido Portanto o fármaco deve ter comportamento semelhante ao do solvente Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 7 12 SOLUBILIDADE A solubilidade é a propriedade que as substâncias têm de se dissolverem espontaneamente numa outra substância denominada de solvente A quantidade de substância que se dissolve em determinada quantidade de solvente varia muito de substância para substância O álcool por exemplo possui solubilidade infinita em água pois água e alcoóis se misturam em qualquer proporção Contudo grande parte as substâncias químicas por sua vez possui solubilidade limitada ou são insolúveis Expressões descritivas da solubilidade relativa Expressão descritiva Partes de solvente necessárias para dissolver uma parte de soluto Muito solúvel Menos 1 uma parte de solvente necessário para dissolver 1 uma parte de soluto Livremente solúvel De 1 a 10 Solúvel De 10 a 30 Moderadamente solúvel De 30 a 100 Ligeiramente solúvel De 100 a 1000 Pouco solúvel De 1000 a 100000 Praticamente insolúvel ou insolúvel Mais de 10000 O coeficiente de solubilidade é a quantidade de soluto necessária para saturar uma quantidade padrão de solvente a uma determinada temperatura As soluções são dispersões moleculares cujas partículas apresentam dimensões menores que 001 μm Interações intermoleculares com tal grau de dispersão requerem alta afinidade entre soluto e solvente Assim no desenvolvimento de uma solução medicamentosa devese conhecer previamente a constante de solubilidade Ks de cada componente no veículo proposto Com relação ao valor da constante de solubilidade Ks quando este é alto a dissolução é obtida facilmente Assim sendo do ponto de vista farmacotécnico estas preparações são as mais simples Entretanto para situações em que o fármaco apresenta baixa solubilidade o conhecimento das técnicas de dissolução é fundamental 121 TÉCNICAS DE DISSOLUÇÃO As principais técnicas de dissolução são 1 Agitação mecânica a convecção é a técnica de dispersão mais empregada Embora seja a mais segura do ponto de vista da estabilidade pode causar aeração e viabilizar a oxidação 2 Aquecimento a dispersão das moléculas e consequentemente a constante de solubilidade Ks em geral aumenta significantemente com a temperatura Porém a dissolução com aquecimento é contraindicada para fármacos termo instáveis ou voláteis 3 Diminuição das partículas dos solutos quanto menor o tamanho da parícula mais rápido será a sua dissolução 4 Uso de cosolvente quando se utiliza pequena quantidade de um solvente inócuo e miscível com o veículo de escolha para dissolução prévia do soluto dáse a este solvente o nome de cosolvente A diferença entre esta técnica e a anterior está no fato de que a quantidade de solvente empregada não altera significantemente a constante dielétrica Igualmente o soluto deverá apresentar alguma Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 8 afinidade com o sistema solvente e não precipitar após a incorporação da solução previamente obtida no veículo 5 Ajuste de pH no caso de fármacos ácidos ou básicos o ajuste de pH pode determinar ionização e consequentemente a hidrossolubilidade As implicações da alteração de pH devem considerar ainda estabilidade ótima biocompatibilidade e Biodisponibilidade Na maioria das vezes as soluções farmacêuticas não são saturadas com soluto e portanto a quantidade de soluto que deve ser dissolvida geralmente está bem abaixo da capacidade do volume do solvente empregado A concentração das soluções farmacêuticas costuma ser expressa em termos de porcentagem embora nas preparações muito diluídas possam ser usadas expressões de concentração proporcional 13 CONCENTRAÇÃO EM MASSA OU TÍTULO É a razão entre a massa de soluto e a massa de solução Onde T título m1 massa do soluto m2 massa do solvente m1 m2 m massa da solução O título de uma solução é um número sem unidades maior que zero e menor que um Geralmente utilizase o título expresso em porcentagem Para isso multiplicase o título em massa por 100 Significado O título nos dá a porcentagem em peso de uma solução ou seja a quantidade em gramas de soluto que existe em 100 gramas de solução Exemplo Uma solução de KCl 10 possui 10 gramas de KCl em 100 g de solução ou em 90 g de água 01 01 g de solutoem 100g de solução ou 999 g de solvente 10 10 g de solutoem 100g de solução ou 90 g de solvente 30 30 g de solutoem 100g de solução ou 70 g de solvente Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 9 131 MODOS DE EXPRIMIR A CONCENTRAÇÃO DAS SOLUÇÕES PV Peso de substância em 100 ml de solução PV representa a quantidade de gramas g de um fármaco em 100ml de solução Ex Soro fisiológico 09 PP Peso de substância em 100g de solução PP representa a quantidade de gramas g de um fármaco em 100g de solução Ex sulfeto de selênio 25 VV Volume de substância em 100 ml de solução VV representa a quantidade de mililitros ml de um fármaco em 100ml de solução Ex cloridrato de lincomicina 6 VP Volume de substância em 100g de solução VP representa a quantidade de mililitros ml de um fármaco em 100g de solução Ex Amoxicilina 5 14 PROCESSO DE FILTRAÇÃO PAPEL DE FILTRO Utilizase de modo geral o papel qualitativo na filtração de soluções não viscosas ou de baixa viscosidade No caso da preparação de formas farmacêuticas líquidas são obtidas soluções límpidas e portanto empregase o papel pregueado e não liso usado apenas quando se quer aproveitar o sólido retido GAZE OU ALGODÃO Xaropes e soluções viscosas devem ser filtrados por papéis próprios ou em gaze dobrada e colocada no interior do funil Através da filtração ficam retidos os materiais estranhos à formulação Todos os medicamentos preparados sob a forma de solução devem ser filtrados e depois acondicionados 15 SOLVENTES MAIS UTILIZADOS EM FARMACOTÉCNICA ÁGUA Por exercer efeito solvente sobre a maioria das substâncias a água natural é impura e contém quantidades variáveis de sais inorgânicos dissolvidos e microorganismos A água para ser aceitável deve ser transparente incolor inodora e neutra A água potável de torneira é utilizada como matériaprima para a obtenção de água purificada e somente a água purificada poderá ser utilizada na produção de medicamentos ÁLCOOL É empregado como o principal solvente para muitos compostos orgânicos Forma com a água compostos hidroalcoólicos que dissolvem substâncias solúveis tanto em álcool quanto em água sendo uma característica principal na extração de substâncias ativas de drogas naturais No entanto à parte suas vantagens como solvente e conservante existem preocupações quanto aos seus efeitos tóxicos quando de sua ingestão de medicamentos principalmente em crianças Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 10 GLICERINA A glicerina é um líquido viscoso transparente e doce É miscível em água e álcool Como solvente é comparável ao álcool mas devido a sua viscosidade o processo de dissolução dos solutos é lento a menos que a viscosidade seja reduzida pelo aquecimento A glicerina tem propriedades conservantes e muitas vezes usada como estabilizante e como solventes auxiliar em misturas com álcool e água PROPILENOGLICOL É um líquido viscoso miscível em água e álcool Tratase de um solvente útil que tem muitas aplicações e frequentemente é usado em lugar da glicerina nas modernas fórmulas farmacêuticas 16 EXERCÍCIOS DE REVISÃO DE SOLUÇÕES 1 Conceitue forma farmacêutica soluções 2 O que significa o termo dissolução de fármacos 3 Quais os três tipos de dissoluções que podem ocorrer nas soluções 4 Qual a diferença entre os xaropes gotas líquido tinturas colírios e injeções 5 Porque esta FF apresenta maior biodisponibilidade que outras FF 6 As soluções apresentam sempre homogeneidade em todo o seu volume 7 Porque as soluções possuem baixa estabilidade física e mecânica 8 O que é a hidrolise e qual a relação com as soluções 9 Porque a solubilização realça o sabor de certos fármacos 10 Discorra sobre a uniformidade de doses nas soluções 11 Porque os fármacos devem ter comportamentos semelhantes ao seu solvente 12 Quais os três métodos utilizados para aumentar a solubilização de fármacos em soluções 13 O que significa falar que o coeficiente de solubilidade do NaCl é 36g100ml 14 Relacione o coeficiente de solubilidade com volume da solução 15 Quais os possíveis modos de expressar a Concentração de soluções 16 O que significa a expressão de concentração PV 17 O que significa a expressão de concentração PP 18 O que significa a expressão de concentração VV 19 Quais os processos de filtração de soluções 20 Qual a diferença básica entre a glicerina o propilenoglicol e o sorbitol Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 11 2 PREPARAÇÕES OTOLÓGICAS São formas farmacêuticas líquidas pastosas ou em pó destinadas a serem instiladas no canal auditivo para o tratamento de otites externas e médias ou para a lavagem auricular 21 CARACTERÍSTICAS DAS PREPARAÇÕES 1 Devem ser produtos semiestéreis 2 O veiculo deve ser viscoso para aderir às paredes do canal auditivo glicerina propilenoglicol óleos ou uma mistura de água 3 Deve ter o pH entre 5 e 78 22 PROCEDIMENTO DE PREPARO DAS SOLUÇÕES OTOLÓGICAS 1 Pese ou meça precisamente cada matériaprima da formulação 2 Dissolva as MP em cerca de ¾ da quantidade de veículo e misture bem 3 Adicione o veículo em qsp para o volume final e misture bem 4 Tome a amostra da solução determine o pH transparência e outros fatores de controle da qualidade 5 Embale e rotule 3 PREPARAÇÕES NASAIS São formas farmacêuticas em soluções de uso nasal com ação local ou sistêmica São preparadas para a administração na forma de gotas ou sprays Podem existir ainda as suspensões nasais as quais são líquidos que possuem os ativos insolúveis para a administração nasal Os géis nasais e pomadas nasais são preparações semisólidas para a aplicação nasal que podem ser destinadas para o uso sistêmico ou local 31 CARACTERÍSTICAS DOS VEÍCULOS 1 Possuir um pH situado entre 65 e 83 2 Ter uma tonicidade que na interfira na motilidade dos cílios nasais isotonia 3 Não modificar a viscosidade normal do muco nasal 4 Ter uma cerca capacidade tampão 5 Ser compatível com a fisiologia nasal 6 Possuir estabilidade que se mantenha por longo tempo 7 Conter antimicrobianos em quantidade suficiente para inibir o crescimento de bactérias que nele sejam introduzidas pelo contagotas 8 Ser estéril Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 12 4 SUSPENSÕES São formas farmacêuticas líquidas constituídas de duas fases uma interna sólida descontinua ou dispersa e outra externa líquida contínua ou dispersante A fase dispersa é insolúvel na fase liquida mas através de agitação podem ser facilmente suspensas Um detalhe importante é que a fase interna não atravessa o papel de filtro e por este motivo as suspensões não podem ser filtradas como ocorre nas soluções Destinamse as vias oral tópica e parenteral sendo que as partículas da via parenteral são menores que as vias orais e tópicas cerca de 100nm Algumas suspensões orais já vêm prontas para o uso ou seja já estão devidamente dispersas num veículo líquido com ou sem estabilizantes e outros aditivos farmacêuticos Outras preparações estão disponíveis para o uso na forma de pó seco destinado a ser misturado com veículos líquidos Este tipo de produto geralmente é uma mistura de pós que contem fármacos agentes suspensores e conservantes Este mistura ao ser diluído e agitada com uma quantidade especifica de veiculo geralmente água purificada forma uma suspensão apropriada para a administração chamada de suspensão extemporânea Esta forma em pó é ideal para veicular fármacos instáveis em meio liquido ex antibióticos betalactâmicos Deve ter a seguinte palavra AGITE ANTES DE USAR Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 13 41 VANTAGENS 1 Ideal para veicular PA insolúveisinstáveis na forma líquida 2 Ideal para pacientes que não conseguem deglutir comprimidos eou cápsulas 3 Realça menos o odor e sabor de certos fármacos 4 Aumento de estabilidade química quando comparadas às soluções Por estar dispersa e não solubilizada o fármaco está mais protegido da rápida degradação ocasionada pela presença da água 42 DESVANTAGENS 1 Baixa estabilidade física 2 Menor uniformidade da dose 3 Menor velocidade de absorção se comparada às soluções 4 É termodinamicamente instável isto é as partículas dispersas em razão de sua grande área de superfície possuem grande energia livre e por isso tendem a agruparse de modo a formar flocos dificultando a absorção Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 14 43 CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS NUMA SUSPENSÃO FARMACÊUTICA São muitos os fatores que devem ser considerados no desenvolvimento e na preparação de uma adequada suspensão além das estabilidades química física e microbiológica as características desejadas para suspensões em geral são Sedimentação lenta o Uma boa suspensão deve sedimentarse lentamente Fácil redispersão o Deve voltar a dispersar facilmente com agitação suave do recipiente Escoamento adequado o A suspensão deve escoar com rapidez e uniformidade do recipiente o Quanto mais viscosas mais estáveis serão as suspensões Porem o excesso de viscosidade compromete o aspecto e a retirada do medicamento do frasco A suspensão deve escoar co rapidez e uniformidade do recipiente Tamanho das partículas adequado o O tamanho das partículas pode variar dependendo do tempo de absorção desejado sendo que quanto menor a partícula mais absorvível ela será Contudo produtos de uso oftálmico ou tópico devem ser micronizados para evitar irritação 44 ASPECTOS TEÓRICOS ENVOLVIDOS NA ESTABILIDADE DAS SUSPENSÕES A lei de Stoke fornece informações sobre quais parâmetros influenciam na sedimentação de partículas em uma suspensão informações estas úteis na farmacotécnica para controlar e retardar a velocidade de sedimentação Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 15 Lei de Stokes Vdxdt 2gr²d¹ d² 9η onde V dxdt velocidade de sedimentação g aceleração da gravidade r raio da partícula η viscosidade do meio d¹ d² diferença de densidade entre a partícula¹ e o meio² Portanto com base na equação acima se pode inferir que as dispersões grosseiras e finas apresentam em geral maior tendência sedimentação que suspensões coloidais 441 CONSISTÊNCIA DO VEÍCULO Os aspectos reológicos da fase dispergente são igualmente críticos na velocidade de separação de fases de uma suspensão ou emulsão Segundo a Equação de Stokes o aumento da viscosidade η pode reduzir a velocidade de sedimentação sendo um dos recursos mais empregados para estabilizar suspensões Entretanto existem limitações referentes à redispersibilidade e ao tempo de escoamento tais como 1 Aumento da dificuldade no escoamento para enchimento envase e administração oral ou IM 2 Inviabilização da passagem pelas agulhas injetáveis IM 3 Dificuldade no espalhamento adequado tópicos 442 DENSIDADE DA FASE DISPERSA No que dizem respeito à densidade da fase interna as suspensões densidade que o veículo tendem à sedimentação enquanto as emulsões densidade que o veículo tendem à flutuação Igualmente segundo a Lei de Stokes quanto maior a diferença entre densidade da partícula dispersa e veículo dispergente maior será a velocidade de sedimentação 443 MOLHABILIDADE DAS PARTÍCULAS SUSPENSAS Em sistemas dispersos em que as fases dispersas e dispergentes apresentam afinidade muito baixa ou mesmo repulsão a molhabilidade da partícula será baixa podendo inclusive ocorrer adsorção de gases os quais tendem a deixar as partículas menos densas provocando inclusive a flutuação Uma suspensão é um sistema incopatível que para ser feito necessita ter uma boa relação do material a suspender com o meio Tendo afinidade entre o líquido e o sólido ocorre a formação de um filme na superfície do sólido Dependendo desta afinidade pode formarse um ângulo de contato entre o líquido e o sólido Quanto maior o ângulo mais dificuldade em obter uma suspensão Assim sendo quanto maior a molhabilidade em um solvente polar como a água maior será o deslocamento de gás adsorvido nesta partícula já que o ar é composto basicamente por moléculas apolares ex O2 N2 CO2 Ar Entretanto se a afinidade pelos gases adsorvidos na superfície da partícula for grande repelir água esta irá flutuar Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 16 Este fenômeno também relacionado a tensões interfaciais pode ser definido de acordo com ângulo de contato da partícula com o veículo que pode ser De zero grau totalmente molhável De 180 º totalmente não molhável Entre 0 e 180o molhabilidade intermediária Este fenômeno pode ser definido de acordo com o ângulo de contato da partícula com o veiculo ou seja ao se adicionar um sólido num líquido O líquido espalhase sobre o sólido de 0 o Molhabilidade total O liquido não molha o sólido de 180 o Molhabilidade nula ou totalmente não molhável O liquido espalhase parcialmente sobre o sólido entre 0 e 180 o Molhabilidade intermediária Nas moléculas abaixo diga qual o ângulo de contado formado com o solvente Nestes casos a molhabilidade também pode ser aumentada com a adição de tensoativos macromoléculas muito hidrofílicas CMC e gomas ou ainda substâncias hidrófilas inorgânicas insolúveis bentonita Veegum hidróxido de alumínio e Aerosil A adição desses componentes de modo geral tende a aumentar a área de contato sólido líquido Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 17 444 AGENTES MOLHANTES Diminuem o ângulo de contato sólidoar e aumenta o ângulo de contato sólidolíquido Ex tensoativos macromoléculas muito hidrofílicas CMC e gomas sais de alumínio veegum MYRJ etc 445 SEDIMENTAÇÃO As partículas dispersas fase interna tendem a se depositar sedimentar com ação da gravidade processo que pode ocorrer de forma isolada ou aglomerada Alguns fatores favorecem a deposição mais lenta 1 Tamanho das partículas 2 Densidade das partículas dispersas 3 viscosidade da fase dispersante 446 ADIÇÃO DE AGENTES SUSPENSORES 1 O agente suspensor aumenta a viscosidade da fase externa da suspensão retardando a floculação e reduzindo a velocidade de sedimentação 2 Eles formam uma película em volta da película como se estivesse protegendo uma partícula da outra 3 Retardam a floculação e reduzem a velocidade de sedimentação do material suspenso 4 Na escolha do agente suspensor devese considerar o pH do meio a via de administração a estabilidade e a incompatibilidade com os componentes da suspensão As funções do agente suspensor são Manter as partículas insolúveis em suspensão Evitar a flutuação facilitando a penetração do líquido no pó tensoativos CMC goma arábica e veegum Aumentam a viscosidade da fase líquida Permite a redispersibilidade facilitando a ressuspensão das partículas Os tipos de agentes suspensores são Gomaarábica de 5 a 15 Goma adragante 1 para via oral e 2 para uso externo Metilcelulose CMC carbopol 940 e veegum de 15 a 3 447 REDISPERSIBILIDADE A sedimentação de forma aglomerada embora em geral seja mais rápida leva à formação de sedimento floculado o qual é facilmente redispersível Já a sedimentação de forma isolada leva à formação de sedimentos compactos muitas vezes irredispersíveis devendo portanto ser evitada Para entender os processos de sedimentação devemse compreender quais os tipos de interações interpartículas envolvidos Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 18 45 EXERCÍCIOS DE REVISÃO DE SUSPENSÕES 1 Quanto às suspensões classifique a fase dispersa e continua 2 Qual o motivo que não se podem filtrar as suspensões 3 O que é uma suspensão extemporânea 4 Qual o motivo farmacotécnico de ser ter uma suspensão extemporânea 5 A tendência é que os fármacos sejam veiculados em F F soluções afim de facilitar o uso Sabendo disto porque mesmo assim temos a F F suspensão 6 Quanto a sua biodisponibilidade compare as suspensões com as soluções e as cápsulas 7 Porque nas suspensões degradam menos que as soluções 8 Discorra sobre a uniformidade de doses nas suspensões 9 As suspensões possuem maior ou menor energia livre que as soluções 10 Quais os requisitos ideais para uma suspensão 11 Qual o significado do termo reologia 12 Qual o significado do termo Sedimentação 13 Relacione a velocidade de sedimentação com a Tamanho da partícula b Densidade da partícula c Densidade da fase externa d Viscosidade do meio 14 O que é molhabilidade de partículas 15 Qual a relação entre molhabilidade de partículas e o ângulo de contato 16 Como passar de uma molhabilidade nula para uma molhabilidade total 17 Qual a função do agente molhante 18 O que são agentes suspensores 19 Quais as funções do agente suspensor 20 Explique o que é floculação Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 19 5 EMULSÕES Os sistemas emulsionados são uma forma farmacêutica semisólida heterogênea constituída por 2 líquidos imiscíveis um no outro em geral água e componentes graxos sob a forma de pequenos glóbulos chamados de gotículas sendo que a formação destas gotículas é obtida à custa de um agente emulsivo De acordo com a consistência as FF emulsões podem ser classificadas em cremes loções e leites A água e o óleo são componentes naturalmente e mutuamente insolúveis portanto a necessidade de um componente tensoativo que adsorva nas interfaces e tenha afinidade por ambas a fim de evitar a separação das fases com a função de estabilizar a emulsão Uma emulsão possui basicamente duas fases uma interna e outra externa O fator determinante para identificar as duas fases e a solubilidade do tensoativo empregado b 51 VANTAGENS E DESVANTAGENS DAS EMULSÕES Nas emulsões o fármaco pode estar dissolvido ou suspenso nas fases aquosa ou na oleosa e esta versatilidade é uma das principais vantagens das emulsões Como vantagens as emulsões apresentam ainda Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 20 a Aumento da estabilidade química em solução b Possibilidade de se solubilizar o fármaco na fase interna ou externa c Possibilidade de mascarar o sabor e o odor desagradável de certos fármacos através de sua solubilização na fase interna d Possibilidade de se aperfeiçoar a biodisponibilidade e Boa biocompatibilidade com a pele humana Entre as desvantagens destacamse a Baixa estabilidade física ou físicoquímica b Menor uniformidade 52 TENSOATIVO Os tensoativos ou agentes emulsificantes auxiliam na produção de uma dispersão estável pela redução da tensão interfacial e consequente manutenção da separação das gotículas dispersas através da formação de uma barreira interfacial Os tensoativos têm um grupamento polar hidrofílico que é orientado em direção a água e um grupamento apolar lipofílico que está direcionado ao óleo O tipo de emulsão é determinado pela solubilidade do agente emulsificante a Se o tensoativo é mais solúvel em água então a água será a fase contínua consequentemente se formará uma emulsão do tipo oa b Se o tensoativo é mais solúvel em óleo então o óleo será a fase continua consequentemente se formará uma emulsão do tipo ao Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 21 A figura ao lado representa o estearato de sódio um tensoativo com características aniônicas O fator determinante da solubilidade de um tensoativo são as suas características polares ou apolares Note que quanto menor a tensão interfacial entre os dois líquidos menor será o trabalho exercido no processo de emulsificação Por exemplo o trabalho W para se preparar uma emulsão sem o tensoativo é de 34Joules enquanto na presença do tensoativo o trabalho cai para 06Joules 53 PROCESSO DE EMULSIFICAÇÃO O processo de emulsificação permite a dispersão de um liquido em outro sendo um hidrófilo e o outro lipófilo de forma que o sistema fique estável mesmo depois no estado de repouso Este processo se dá pela adição de um tensoativo também chamado de emulsificante ou surfactante O processo pode ser explicado por 2 teorias 531 Diminuição da tensão interfacial Neste processo ocorre a diminuição da energia necessária para dispersar um líquido no outro Quando por agitação se dissolve um composto oleoso em um composto aquoso estes formam glóbulos de variados tamanhos os quais possuem uma energia livre energia livre de Gibbs muito maior que em seu estado inicial pois a sua área de contado aumentou consideravelmente Naturalmente estes glóbulos tendese a se unirem novamente voltando assim ao seu estado inicial e diminuído a energia livre O tensoativo age justamente na preservação destes pequenos glóbulos impedindo a coalescência entre as partículas adsorvendose na superfície globular Sendo assim a tensão entre as faces das gotículas ficam menor e por conseqüência ocorre a formação das duas fases Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 22 532 Teoria da película ou filme Já neste processo formase um filme de tensoativos entre as gotículas de uma das fases que se orienta para formar uma barreira física entre um glóbulo e outro Quanto menor a tensão interfacial entre dois líquidos imiscíveis águaóleo maior é a facilidade de emulsionálos Desta forma é necessária a presença de um terceiro componente que possua afinidade pelas duas fases e a propriedade de migrar adsorver e de acumular na interface para reduzir a tensão interfacial entre as duas fases e facilitar a formação da emulsão Esse componente é conhecido como Emulsionante ou Tensoativo ou Surfactante 54 TIPOS DE EMULSÕES Como os dois componentes básicos de uma emulsão é a água e o óleo podemos classificar em dois tipos distintos de acordo com a natureza da respectiva fase dispersa ou interna A fase em que o tensoativo for mais solúvel determina a fase Externa Sendo assim as emulsões se dividem em simples e múltiplas 541 Simples OA óleo em água fase interna descontínua formada por gotículas de óleo envoltas pela fase aquosa contínua podem ser lavadas facilmente AO água em óleo fase interna descontínua formada por gotículas de água envolta por uma fase oleosa contínua dispersante Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 23 542 Múltiplas AOA água em óleo em água fase mais interna aquosa circundada por uma fase intermediária oleosa e por fim envolvida pela fase aquosa OAO óleo em água em óleo fase mais interna oleosa circundada por uma fase intermediária aquosa e por fim envolvida pela fase oleosa 55 CLASSIFICAÇÕES DAS EMULSÕES 1 Quanto à natureza química do agente emulsionante as emulsões podem ser classificadas em Emulsões iônicas carga positiva ou carga negativa ou Emulsões Nãoiônicas sem cargas 2 Quanto ao tamanho das partículas da fase interna podem ser classificadas em macroemulsões gotículas 400nm miniemulsões gotículas entre 100 e 400nm e microemulsões gotículas 100nm 3 Quanto à consistência podem ser classificadas em cremes viscosidade entre 8000 a 20000 cps loções 2000 a 7000 cps e leites 1000 e 2000 cps Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 24 56 CLASSIFICAÇÃO DOS TENSOATIVOS 561 ANIÔNICOS Em soluções aquosas sofrem dissociação onde o ânion é o radical ácido que na água se separa do cátion ficando assim ânion formado pela cadeia e carbono lipofílica e o radical pex Carboxílico COO A parte dissociada neste caso o Na fica com carga positiva São bastante usados em detergentes shampoos cremes e sabonetes líquidos São exemplos o lauril sulfato de sódio estearato de sódio palmitato de sódio além das bases auto emulsionantes como Lanette N mistura de álcool cetoestearílico e cetiestearil sulfato de sódio e Lanette WB Obs É indispensável conhecer o caráter iônico dos produtos químicos pois a mistura inadequada pode resultar em ppt precipitação produtos catiônico produto aniônicos incompatível ppt produtos catiônico produto não iônicos compatível produto aniônico produtos não iônicos compatível Bases autoemulsionáveis aniônicas Agente de consistência Emulsionante Lanette N álcool cetoestearílico cetilestearil sulfato de sódio LanetteWB álcool cetoestearílico laurilmiristil sulfato de sódio Chembase LN álcoois graxos alquil sulfato Cutina KD 16 monoestearato de glicerila estearato de sódio Lipal GMS AE monoestearato de glicerila estearato de sódio Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 25 Crodafos CES álcool cetoestearílico fosfato de cetostearil 562 CATIÔNICO Em soluções aquosas sofrem dissociação a parte hidrofílica ou polar da molécula é aniônica possui carga negativa Contudo são bem mais irritantes que os tensoativos aniônicos e nãoiônicos Os exemplos clássicos são os sais de quartenário de amônio como o Cloreto de cetiltrimetilamonio e o metossulfato beheniltrimetiamônio e bases autoemulsionantes como o Incoquat mistura de álcool cetoestearílico e beheniltrimetiamônio Os grupos mais comuns são os grupos amínicos freqüentemente encontrados nos amaciantes 563 NÃOIÔNICO Quando em solução aquosa não sofre dissociação portanto não liberando cargas Indiscutivelmente revestem a maior importância da cosmética moderna São exemplos o álcool cetoestearílico álcool cetílico e estearílico etoxilados ou não MEG TWEEN SPANS Polawax Cosmowax Crodabase etc Bases autoemulsionáveis nãoiônicas Agente de consistência Emulsionante Polawax álcool cetoestearílico monoestearato de sorbitano 20EO Paramul J álcool cetoestearílico álcool cetoestearílico 20 EO Chembase SP álcoois graxos emulsionantes etoxilados Cosmowax J álcool cetoestearílico alcool cetoestearílico 20EO Arlacel 165F Estearato de glicerilaácido esteárico 100EO Croda base CR2 Cera autoemulsionante completa álcool cetoestearílico álcool cetoestearílico 20 EO Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 26 564 ÂNFÓTEROS Dependendo do meio podem assumir caráter catiônico ou aniônico 57 INSTABILIDADES 571 FLOCULAÇÃO A floculação é a união de vários glóbulos da fase dispersa Interna em agregados ocorrendo devido às forças de atração É um fenômeno reversível A partir de então podem ocorrer dois fenômenos 1 Cremagem ocorre quando os flocos migram para a superfície a velocidade de sedimentação é negativa Lei de Stokes 2 Sedimentação é quando os flocos se depositam no fundo do recipiente a velocidade de sedimentação é positiva Lei de Stokes 572 COALESCÊNCIA E SEPARAÇÃO DAS FASES Ocorre quando os glóbulos menores se aproximam e se juntam formando um glóbulo maior sendo que quando todos os glóbulos da fase dispersa se unir haverá então a separação de fases É um processo totalmente irreversível Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 27 573 INVERSÃO DE FASES Ocorre quando a fase interna passa a fazer parte da fase interna Está intimamente relacionado à agitação temperatura e ao volume das fases 58 MÉTODO DE CONTROLE DE QUALIDADE PARA DETERMINAÇÃO DO TIPO DA EMULSÃO 1 Ensaio de diluição 2 Ensaio com corantes 3 Ensaio de condutividade elétrica Método por diluição sempre que se adiciona um líquido a uma emulsão e está continua estável o líquido adicionado corresponde a sua fase externa Uma emulsão oa pode ser diluída com a água mas não com o óleo Para uma emulsão ao é o inverso Método dos corantes coloração contínua ou coloração das gotículas Adicionase à emulsão um corante lipossolúvel em pó Soudan III se a emulsão for do tipo ao a coloração propagase na emulsão se a emulsão for do tipo oa a cor não se difunde Temos fenômenos inversos com o uso de corantes hidrossolúvel eritrosina ou azul de metileno 59 MÉTODO DE PREPARAÇÃO DAS EMULSÕES Para facilitar o preparo da emulsão tornase conveniente a acomodação dos componentes em fases Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 28 591 Fase Aquosa 1 Veículo água 2 Umectantes polietilenoglicóis ATPEG 400 ATPEG 600 glicerina sorbitol polissacarídeos etc 3 Espessantes hidrofílicos polímeros derivados do ácido acrílico hidroxietilcelulose 4 Princípios ativos e promocionais hidrossolúveis aloe vera extratos vegetais vitamina E acetato D panenol etc 5 Quelantes etilenodiamino diacetato de sódio citrato de sódio 6 Conservantes 7 Corantes 592 Fase Oleosa 1 Emolientes responsáveis por espalhabilidade do creme sobre a pele lubrificação e hidratação da pele em conjunto com o uso de umectantes Exemplos de emolientes são álcool estearílico propoxilado ALKOMOL E óleo mineral óleos vegetais silicones ésteres graxos etc 2 Agentes de consistência ou espessantes da fase oleosa álcoois graxos ésteres graxos etc 3 Antioxidantes butilhidroxitolueno vitamina E 4 Filtros solares fotoantioxidantes octilmetoxicinamato benzofenonas 3 e 4 5 Princípios ativos e promocionais lipossolúveis óleos vegetais 6 Fragrâncias As emulsões semisólidas possuem necessariamente uma fase aquosa e uma oleosa Cada fase da emulsão é preparada isoladamente aquecendose ambas as fases à temperatura de 70 C a 75 C Fase oleosa usase um gral de porcelana em banhomaria bm para fundir as substâncias graxas sólidas e também o agente emulsionante lipofílico se houver fase A Fase aquosa usase um Becker em chapa elétrica para as substâncias hidrossolúveis fase B Verter a fase B aquosa na fase A oleosa agitando vigorosamente até o arrefecimento da mistura Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 29 Substâncias voláteis devem ser incorporadas à temperatura ambiente com a finalidade de fundir incorporandose depois uma fase na outra A dispersão da fase interna na externa deve ser feita com ambas as fases praticamente na mesma temperatura Para determinar precisamente a solubilidade de um tensoativo GRIFFIN em 1948 introduziu uma escala numérica de 1 a 50 onde os compostos abaixo de 8 possuem características lipofílicas e acima deste valor possui características hidrofílicas Os valores de EHL podem ser encontrados na literatura em tabelas diversas Quanto aos valores de EHL os compostos são classificados em a Agentes antiespuma 13 EHL baixo b Emulsificantes AO 36 c Agentes molhantes 79 d Emulsificantes OA 818 e Detergentes 1316 f Agentes solubilizantes 1640 EHL alto Categorias Classe de Produtos Forma Cosmética Tensoativo Aniônico 1 Sabões de ácidos graxos 2 Lauril sulfato de sódio ou TEA ou amônio 3 Lauril éter sulfato de sódio ou TEA ou amônio 4 Lauril éter sulfussuccinato de sódio 5 Alquil éter fosfatos 6 Alcano sulfonatos 7 Sarcosinatos 8 Coco isetionatos 1 Xampus 2 Sabões líquidos 3 Loções de limpeza e higiene 4 Creme de barbear 5 Creme dental 6 Géis para banho Tensoativo Catiônico 1 Cloreto de cetiltrimetil amônio CETAC ou brometo CETAB 2 Cloreto de diestearil dimetil amônio 3 Cloreto de dialquil dimetil amônio 4 Cloreto de benzalcônio cloreto de alquil benzil dimetil amônio 5 Éster quartenários 1 Desodorantes 2 Condicionadores 3 Loções de limpeza Tensoativo Não iônico 1 Mono e diestearato de etilenoglicol 2 Estearato de polietilenoglicol 6000 3 Mono e diestearato de gliceríla 4 Mono e dietanolamina de ácido graxo 1 Xampus 2 Géis para banho 3 Sabonetes líquidos Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 30 5 Álcoois graxos etoxilados 6 Monoglicerídeo de ácido graxo etoxilado 7 Lanolina etoxilada 8 Alquilpoliglicosídeos 9 Ésteres de sacarose 10 Ésteres de sorbitan 11 Ésteres de sorbitan etoxilados 12 Óxidos de amina graxa 4 Cremes e loções hidratantes nutritivos esfoliantes 5 Loções de higiene 6 Desodorantes e antiperspirante 7 Géis não alcoólicos 8 Perfumes e colônias Tensoativo Anfótero 1 Betaína de coco 2 Cocoamidopropil betaína 3 Cococarboxianfoglicinato de sódio 1 Xampus 2 Géis para banho 3 Sabonetes líquidos 4 Loções de higiene 510 EXERCÍCIOS DE REVISÃO DE EMULSÕES 1 Diferencie as emulsões quanto à viscosidade 2 Explique as duas teorias do processo de emuilsificação 3 No que diferem as emulsões dos tipos AO OA OAO e AOA 4 Descreva o modo de preparo das emulsões 5 Explique os ensaios de diluição corantes e de condutividade 6 Explique as instabilidades que podem ocorrer com as emulsões Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 31 6 PERMEABILIDADE CUTÂNEA Permeabilidade cutânea é a capacidade que a pele tem de deixar passar seletivamente certas substâncias em função de sua natureza química ou de determinados fatores Sabese que a epiderme é praticamente impermeável a todas as substâncias não gasosas É esta uma característica de sua função protetora Se não fosse assim seria possível provocar fenômenos de sensibilização pela aplicação de algumas ou seria fácil à penetração de microorganismos através dessa barreira que é a pele Neste sentido a pele pode ser a Permeável deixando passar os gases e derivados de petróleo b Semipremeável deixando passar substâncias lipossolúveis como hormônios esteróides vitamina D e A hidroquinona etc c Praticamente impermeável a eletrólitos proteínas e carboidratos Muito relacionado ao tamanho das partículas e a pouca solubilidade 61 A PELE 1 Proteção contra a entrada de substâncias 2 Permeável de modo geral aos gases verdadeiros e a substâncias voláteis 3 Dividida em 3 camadas epiderme derme e hipoderme 4 Na epiderme existe a camada córnea descamativa composta por queratina situada logo abaixo da mistura de sebo e suor a É a principal barreira b Possui 40 de proteínas 40 de água e 20 de lipídios c Comportase como uma barreira semipermeável o mecanismo pelo qual a pele permite esse fenômeno é o da difusão passiva Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 32 62 PENETRAÇÃO X ABSORÇÃO DE ATIVOS NA PELE Os fármacos podem apenas penetrar na pele ou serem absorvidos para camadas mais internas 621 PENETRAÇÃO CUTÂNEA Os ativos podem penetrar na pele após a aplicação tópica utilizando 3 vias promovendo assim um efeito local ou sistêmico Penetram na pele por 3 vias a Via transcelular b Via transfolicular ou transanexal c Via intercelular a VIA TRANSCELULAR esta via de penetração é muito lenta mas atendendo à superfície tem uma importância considerável b VIA TRANSFOLICULAR OU TRANSANEXAL a passagem se dá pelos apêndices epidérmicos Às glândulas sudoríparas parecem ter um papel mínimo na penetração percutânea Os aparelhos pilosebáceos folículos pilosos e glândulas sebáceas são considerados como as zonas de maior facilidade de penetração pois a camada epidérmica fica mais fina constituída às vezes por uma simples camada de células vivas Se o princípio específico for emulsionável ele poderá ser transportado para regiões onde a absorção será virtualmente mais intensa c VIA INTERCELULAR por esta via a passagem ocorre pelos espaços entre as células em comparação com a via transepidérmica é mais rápida porém é mais lenta em comparação com a via transfolicular Qual a via de penetração mais eficiente dentre as três acima citados Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 33 622 ABSORÇÃO PERCUTÂNEA Após serem penetrados eles são agora absorvidos pela corrente sanguínea podendo ou não promover uma absorção sistêmica As etapas da absorção envolvem 1 Liberação do fármaco a partir do sistema 2 Difusão através do extrato córneo 3 Partição do extrato córneo para a epiderme 4 Difusão através da epiderme e derme 5 Passagem para a corrente sanguínea A tabela ao lado indica a variação regional da espessura do estrato córneo humano fator este determinante para a penetração e absorção de ativos na pele Região Espessura m Abdômen 150 Antebraço 160 Costas 105 Testa 130 Genitais 50 Dorso da mão 490 Palma da mão 4000 Pé 600 Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 34 63 FATORES QUE AFETAM A PERMEAÇÃO DA PELE 631 Biológicos e fisiológicos a Espessura da epiderme na pele hiperqueratósica por exemplo a permeabilidade é dificultada b Idade devido ao espessamento da camada córnea e à falta de hidratação em indivíduos idosos a penetração de ativos é mais difícil c Fluxo sanguíneo quando hiperêmica a pele se torna mais permeável Por exemplo certos ativos podem ser estimulados pelo aumento da circulação d Hidratação quanto mais hidratada a pele melhor é a permeabilidade e Região da pele mucosas e regiões com grande número de orifícios pilossebáceos ou muito vascularizados são mais permeáveis f Capacidade de associação a outras substâncias da pele g pH da pele o pH da pele varia de acordo com a região Se aumentar o pH a permeabilidade é aumentada 632 Veículos a Lipossomas são constituídos por fosfolipídios como o colesterol ceramidas e poliglicerol Penetram facilmente devido à afinidade com a estrutura da pele que possuem a mesma característica Muito usado para enzimas vitaminas extratos vegetais filtros solares entre outros b Nanosferas polímeros elaborados de poliestireno cuja estrutura permite a liberação gradual de PA c Ciclodextrinas Thalasphere utilizadas no processo de encapsulação de princípios ativos que devem ser transportandos para o interior da epiderme Tratase de macroesferas de colágeno marinho Além disso melhora a absorção pois retira a barreira lipídica Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 35 64 FATORES QUE AUMENTAM A ABSORÇÃO PERCUTÂNEA Pode ser de 2 tipos 641 Interativos Promotores de absorção são substâncias que interagem com a pele permitindo a entrada do fármaco Ex DMSO dimetilsulfóxido DMF dimetilformamida DMA dimetilacetamida uréia propilenoglicol tensoativos etc Uso de substâncias altamente higroscópicas tendem a aumentar o conteúdo de água na pele facilitando a absorção de fármacos hidrofílicos Uso de bases contendo óleos de origem animal lanolina espermacete apresentam maior afinidade com a emulsão epidérmica e viabilizam a absorção 642 Não Interativos Alterações das propriedades físicoquimicas do fármaco Peso molecular baixo Grau de ionização do produto Concentração do ativo pH alcalino 7 POMADAS As pomadas são formas farmacêuticas semisólidas de consistência mol destinadas ao uso externo para a aplicação na pele e mucosas As pomadas devem ser plásticas para que modifique sua forma com pequenos esforços mecânicos fricção extensão adaptandose às superfícies da pele ou às paredes das mucosas Na farmácia magistral há a preparação da pomada base que pode ser armazenada para posteriormente serem incorporados os ativos conforme a prescrição 71 CARACTERÍSTICAS DAS POMADAS 1 Proteger ferimento cutâneo do meio ambiente 2 Promover a hidratação e lubrificação da pele 3 Deve ter boa aderência à pele ou mucosas 4 Amolece ou funde com a temperatura corporal 5 Não deve apresentar arenosidade 6 A maioria possui excipientes nãoaquoso de fase única 7 Untuosas 8 Aspecto homogêneo uma fase 9 Consistência mole inerte inodora física e quimicamente estável 10 Compatibilidade com a pele e com os fármacos veículo p fármacos medicamentosos 72 BASES PARA POMADAS SEGUNDO OS EXCIPIENTES 1 Pomadas hidrofóbicas lipofílicasoleaginosas a Vaselina b Parafina c Ceras 2 Pomadas que absorvem água anidras e hidratadas BASES DE ABSORÇÃO Lanolina álcoois de lanolina Petrolato hidrofílico Cold Cream AO Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 36 3 Pomadas hidrofílicas ou hidrossolúveis Misturas de polietilenoglicóis de diferentes pesos moleculares 721 Pomadas hidrofóbicas Vaselina amarela e branca sólida a Não contém água b As preparações só podem incorporar água em pequenas quantidades e com dificuldade c Função oclusiva e protetora da pele d A vaselina é constituída por uma mistura de hidrocarbonetos e é bastante untuosa além de ser destituída de cheiro ou sabor e Fundese 38 a 60 C f Concentração Usual pomadas até 100 e emoliente em cremes 10 a 30 g Estabilidade estável e inerte não deve ser aquecida em temperatura acima de 70º C h Armazenamento e conservação recipiente bem vedado protegido da luz em local fresco e seco Parafina Sólida a Mistura purificada de hidrocarbonetos saturados sólidos obtidos do petróleo b Cremes e Pomadas c Inodora Incolor translucente ou branca e sem sabor d Ponto de fusão entre 50 e 72º C e Concentração usual 2 a 5 agente de consistência f Estabilidade estável g Armazenamento e conservação recipiente bem vedado e em temperatura menores que 40º C 722 Bases de absorção Lanolina a É um produto extraído da lã de carneiro e quando adicionado às pomadas facilita a penetração cutânea b Máximo de 025 de água ésteres álcoois graxosácgraxos c Propriedades emulgentes d Incorpora água em cerca de 2 vezes o seu peso e Ponto de fusão entre 38 e 44º C f Otimiza a penetração cutânea g Inconvenientes cor cheiro desagradável e possibilidade de provocar alergias tendência a rancificar h Concentração usual 30 pomadas i Conservação e armazenamento recipientes hermeticamente fechado protegido da luz em local fresco e seco com temperatura inferior a 25º C adição de BHT 005 j Pode ser esterilizada por calor seco a 150º C por 1 hora Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 37 723 Pomadas hidrofílicas Polietilenoglicóis PEG Pomada Hidrossolúvel a Solúvel em água lavável com água pode absorver água b Não oclusiva Não untuosa c Permite a incorporação de extratos aquosos e ativos hidrofílicos d Apresentam características tipicamente hidrófilas e São excelentes emulsivos de óleo em água f São contraindicados em pacientes com queimaduras extensas pois são hiperosmóticos g Utilizadas como pomadas vaginais e retais h Pomadas de Polietilenoglicois a PEG 4000 b PEG 400 c PEG 1500 i São polímeros de óxido de etileno com cadeias alcóolicas primárias j Não são tóxicos mas possuem a desvantagem de apresentar maior probabilidade de incompatibilidades com fármacos Nas pomadas normalmente utilizamse misturas de PEG com PM diferentes que amolecem à temperatura corporal 73 TIPOS ESPECIAIS DE POMADAS 1 CERATOS Pomadas gordurosas que contém ceras 20 animais espermacete ou abelhas ou vegetais carnaúba mas que não sejam emulsionadas 2 UNGUENTOS Tipo de pomada que contém resinas São mais espessas que os ceratos Preparação das pomadas A FRIO simples dispersão com auxílio de uma espátula ou pãoduro A QUENTE fundese os componentes Regra em dermatologia Se a pele estiver seca devemos hidratála usando uma pomada Se a pele estiver úmida devemos secála usando um creme 8 PASTAS São preparações farmacêuticas que contêm uma proporção de pó igual ou superior a 20 Em geral são menos gordurosas que as pomadas Características das pastas 1 Os pós devem estar finamente divididos 2 Apresentam ligeiro efeito secante onde a água seca e fica o pó na pele 3 Ótimo para absorverem exsudatos cutâneos 4 São indicados para lesões com tendência a formação de crostas Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 38 Excipientes das pastas Vaselina sólida vaselina líquida lanolina ceras silicones e géis As pastas podem ainda ser cosméticos apropriados para corrigir as imperfeições estéticas da pele do rosto com objetivo de conferir um aspecto fresco e juvenil Possui ainda efeitos semelhantes aos das loções deferindo pela sua maior intensidade de ação 9 GÉIS Os géis são soluções coloidais ou suspensões de substâncias formando um excipiente transparente ou translúcido Os géis são veículos destinados a peles oleosas ou acnéicas Exemplos são os géis hidratantes para pele oleosa géis protetores solares géis esfoliantes para a pele géis fixadores e modeladores para os cabelos géis para banho xampus géis etc O mercado faz distinção entre um gel creme e um creme gel que são direcionados geralmente como hidratantes para pele oleosa Ambos os produtos possuem a fase aquosa espessada por um polímero orgânico hidrossolúvel No entanto um creme gel possui uma fase oleosa constituída de derivados graxos que são emulsionados na fase aquosa espessada onde apenas foi dado um esbranquiçamento ao gel Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 39 91 CARACTERÍSTICAS DOS GÉIS 1 Possuem consistência de gelatina transparentes e TIXOTROPIA fenômeno associado à diminuição da viscosidade do sistema provocado por forças mecânicas sendo porém reversível quando em repouso 2 São livres de gordura cujo teor de água á bastante alto contaminação alta 3 Possuem baixíssima penetrabilidade cutânea uso álcool isopropílico e propilenoglicol aumenta a penetração cutânea 4 Na sua formulação contém gelificantes umectantes conservantes antioxidante quelantes e outros 92 TIPOS DE ESPESSANTES 921 ESPESSANTES DERIVADOS DA CELULOSE PH NÃO DEPENDENTE 1 Carboximetilcelulose CMC Polímero aniônico quase nunca utilizado pela veiculação de ativos dermatológicos Muito usado para uso interno Incompatíveis com ativos ácidos sais de alumínio e zinco pH abaixo de 2 2 Hidroxietilcelulose NATROSOL CELLOSIZE o polímero não iônico mais usado em dermatologia o tolera bem pH ácido por isso muito usado para produtos que levam o pH para baixo como o Ácido Glicólico o Estável em pH entre 20 a 12 3 Metilcelulose MC polímero nãoiônico com várias incompatibilidades fenol cloreto de cetilpiridíneo PABA parabenos etc 922 DERIVADOS DO ÁCIDO CARBOXIVINÍLICO pH dependente 1 CARBOPOL CARBÔMEROS o são os agentes gelificantes mais usados Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 40 o São incompatíveis com fenol ácidos fortes e altas concentrações de eletrólitos 2 CARBOPOL 934 o fraca tolerância iônica produz géis turvos porém oferece boa estabilidade e viscosidade alta em emulsões e suspensões 3 CARBOPOL 940 o É preferido por produzir géis cristalinos brilhantes aquosos ou hidroalcoólicos o É o de maior efeito espessante e possui baixa tolerância a eletrólitos o Precisa esperar 12 horas para ocorrer a perfeita hidratação 4 CARBOPOL ULTREZ o Polímero de fácil dispersão e não precisa esperar 12 horas para a hidratação o Possui o sensorial muito melhor que o 940 As resinas de Carbopol quando dispersas em água umecta e forma uma dispersão aquosa resinaágua com valor de pH na faixa de 28 a 32 Neste estado prédissolvido a molécula de Carbopol está extremamente enrolada e sua capacidade espessante é limitada Para obter o espessamento é necessário a neutralização das cargas com bases inorgânicas como o NaOH ou aminas de baixo peso moléculas Trietanolamina Ao acrescentar a trietanolamina ou o NaOH o polímero estica devido à neutralização dos grupos carboxila presentes no polímero O máximo da viscosidade é obtido em pH 7 Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 41 10 SUPOSITÓRIOS ÓVULOS E VELAS De acordo com a Farmacopéia Brasileira II supositórios são preparações farmacêuticas consistentes de forma cônica ou oval destinadas à aplicação retal e obtidas por solidificação ou compressão em moldes de massa adequada encerrando substâncias medicamentosas Já os óvulos seriam preparações farmacêuticas consistentes de forma ovóide destinadas à aplicação vaginal obtidas por solidificação ou compressão em moldes de massa adequados encerrando substâncias medicamentosas Em geral destinado à ação local sendo os antibióticos antiparasitários antisépticos entre outros os fármacos mais utilizados em óvulos Finalmente velas são preparações farmacêuticas consistentes de forma cilíndrica destinadas à aplicação uretral Enfim embora tais formas farmacêuticas se caracterizem propriamente como formas semisólidas fazem parte também do grupo das formas chamadas formas plásticas e se assemelham muito em especial a géis e pomadas no que diz respeito aos componentes usuais e técnicas de preparação 101 COMPONENTES USUAIS a Excipientes inertes ou veículos constituem a base do supositório devem desintegrarse obrigatoriamente a 37 ºC Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 42 1 Bases lipofílicas manteiga de cacau óleos hidrogenados e outros excipientes semisintéticos etc 2 Bases hidrófilas polioxietilenoglicóis etc 3 Base anfifílica ácido esteárico saponificado glicerina b Tensoativos facilitam a dispersão de matérias hidrófobas promovendo absorção 1 Naturais lecitina de soja 2 Sintéticos polissorbatos c Antioxidantes em especial protegem os excipientes graxos de processos de rancificação Ex Alfa tocoferol butilhidroxianisol ácido nordihidroguairético etc d Endurecedores são utilizados para aumentar a consistência e elevar o ponto de fusão Exemplos parafina ceras PEG 4000 e Amolecedores são substâncias empregadas para abaixar o ponto de fusão incluem glicerina propilenoglicol óleos vegetais e minerais 102 CARACTERÍSTICAS DOS EXCIPIENTES BASE a Manteiga de cacau apresenta três formas polimórficas e sendo muito utilizada em supositórios Fundese aproximadamente a 30 ºC devendo ter baixa acidez Susceptível à rancificação b Óleos hidrogenados são obtidos por hidrogenação catalítica de vários óleos vegetais ex óleo de coco de amendoim de semente de algodão processo este que diminui a vulnerabilidade à oxidação rancidificação c Excipientes semisintéticos são obtidos a partir de ácidos graxos saturados de origem vegetal esterificados de cadeia variando de 12 a 18 carbonos Apresentam entre outras vantagens ponto de fusão mais bem definido menor acidez menor susceptibilidade para oxidação maior uniformidade de lote para lote Exemplos Fattbase Witepsol Novata Estaram d Polioxietilenoglicóis são bases hidrosolúveis também designadas polietilenoglicóis PEG Carbowaxes etc São polímeros do óxido de etileno designados por números PEG 200 PEG 400 PEG 1500 etc que dão uma idéia aproximada do peso molecular da cadeia polimérica Os mais utilizados são os de peso molecular 6000 4000 e1500 103 MÉTODOS DE OBTENÇÃO Fusãosolidificação As matériasprimas são misturadas aos excipientes previamente fundidos e em seguida a massa é vertida em moldes apropriados Depois do resfriamento os supositórios são retirados dos moldes exceto no caso em que o molde é a embalagem do produto Compressão O excipiente é triturado e misturado ao fármaco e depois comprimido em equipamento apropriado Este método devido a desvantagens como a necessidade de equipamento especializado dificuldade de homogeneização e aspectos irregulares dos supositórios obtidos só é usado casos específicos como por exemplo para fármacos termolábeis Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 43 104 LEIA MAIS SOBRE A FARMACOTÉCNICA DE SUPOSITÓRIOS E ÓVULOS Baixe a apostila abaixo em httpsdocsgooglecomfiled0B66w6GyX1iVDeHplZTFKVzNhMDgedituspsharing Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 44 105 LEITURA DE ARTIGO PREPARAÇÃO DE SUPOSITÓRIO DE GLICERINA Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 45 Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 46 Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 47 Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 48 11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS a Bibliografia Básica 1 ALLEN JR Loyd V POPOVICH Nicholas G ANSEL Howard C Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos Tradução Ana Lúcia Gomes dos Santos et al 8 ed Porto Alegre Artmed 2007 viii 775 p il Tradução de Ansels pharmaceutical dosage form drug delivery systems ISBN 9788536307602 2 FERREIRA Anderson de Oliveira Guia prático da Farmácia magistral 4ed rev ampl São Paulo Pharmabooks 2010 v1 xxii 736 p il ISBN 9788589731454 3 FERREIRA Anderson de Oliveira BRANDÃO Marcos Guia prático da Farmácia magistral 4ed rev ampl São Paulo Pharmabooks 2011 v2 xxiii 673 p il ISBN 9788589731454 4 AULTON Michael E Delineamento de formas farmacêuticas Tradução George González Ortega et al 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 677 p Tradução de Pharmaceutics the science of dosage form design ISBN 9788536301525 e Bibliografia Complementar 1 VILLANOVA Janaina Cecília Oliveira SÁ Vania Regina de Excipientes guia prático para padronização formas farmacêuticas orais sólidas e líquidas 2 ed São Paulo Pharmabooks 2009 xv 417 p ISBN 8589731316 2 LARINI Lourival Fármacos medicamentos Porto Alegre Artmed 2008 404 p il ISBN 97885363 12040 3 ANSEL Howard C PRINCE Shelly J Manual de cálculos Farmacêuticos Tradução Elenara Lemos Senna Porto Alegre Artmed 2005 vi 300 p Tradução de Pharmaceutical calculations the pharmacists handbook ISBN 9788536305257
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Texto de pré-visualização
INSTITUTO MASTER DE ENSINO PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza Curso de Farmácia IMEPAC Araguari 201601 SUMÁRIO 1 SOLUÇÕES 4 11 VANTAGENS E DESVANTAGENS DAS SOLUÇÕES 6 12 SOLUBILIDADE 7 121 TÉCNICAS DE DISSOLUÇÃO 7 13 CONCENTRAÇÃO EM MASSA OU TÍTULO 8 131 MODOS DE EXPRIMIR A CONCENTRAÇÃO DAS SOLUÇÕES 9 14 PROCESSO DE FILTRAÇÃO 9 15 SOLVENTES MAIS UTILIZADOS EM FARMACOTÉCNICA 9 16 EXERCÍCIOS DE REVISÃO DE SOLUÇÕES 10 2 PREPARAÇÕES OTOLÓGICAS 11 21 CARACTERÍSTICAS DAS PREPARAÇÕES 11 22 PROCEDIMENTO DE PREPARO DAS SOLUÇÕES OTOLÓGICAS 11 3 PREPARAÇÕES NASAIS 11 31 CARACTERÍSTICAS DOS VEÍCULOS 11 4 SUSPENSÕES 12 41 VANTAGENS 13 42 DESVANTAGENS 13 43 CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS NUMA SUSPENSÃO FARMACÊUTICA 14 44 ASPECTOS TEÓRICOS ENVOLVIDOS NA ESTABILIDADE DAS SUSPENSÕES 14 441 CONSISTÊNCIA DO VEÍCULOBBBB 15 442 DENSIDADE DA FASE DISPERSA 15 443 MOLHABILIDADE DAS PARTÍCULAS SUSPENSAS 15 444 AGENTES MOLHANTES 17 445 SEDIMENTAÇÃO 17 446 ADIÇÃO DE AGENTES SUSPENSORES 17 447 REDISPERSIBILIDADE 17 45 EXERCÍCIOS DE REVISÃO DE SUSPENSÕES 18 5 EMULSÕES 19 51 VANTAGENS E DESVANTAGENS DAS EMULSÕES 19 52 TENSOATIVO 20 53 PROCESSO DE EMULSIFICAÇÃO 21 531 DIMINUIÇÃO DA TENSÃO INTERFACIAL 21 532 TEORIA DA PELÍCULA OU FILME 22 54 TIPOS DE EMULSÕES 22 541 SIMPLES 22 542 MÚLTIPLAS 23 55 CLASSIFICAÇÕES DAS EMULSÕES 23 56 CLASSIFICAÇÃO DOS TENSOATIVOS 24 561 ANIÔNICOS 24 562 CATIÔNICO 25 563 NÃOIÔNICO 25 564 ÂNFÓTEROS 26 57 INSTABILIDADES 26 571 FLOCULAÇÃO 26 572 COALESCÊNCIA E SEPARAÇÃO DAS FASES 26 573 INVERSÃO DE FASES 27 58 MÉTODO DE CONTROLE DE QUALIDADE PARA DETERMINAÇÃO DO TIPO DA EMULSÃO 27 59 MÉTODO DE PREPARAÇÃO DAS EMULSÕES 27 591 FASE AQUOSA 28 592 FASE OLEOSA 28 510 EXERCÍCIOS DE REVISÃO DE EMULSÕES 30 6 PERMEABILIDADE CUTÂNEA 31 61 A PELE 31 62 PENETRAÇÃO X ABSORÇÃO DE ATIVOS NA PELE 32 621 PENETRAÇÃO CUTÂNEA 32 622 ABSORÇÃO PERCUTÂNEA 33 63 FATORES QUE AFETAM A PERMEAÇÃO DA PELE 34 631 BIOLÓGICOS E FISIOLÓGICOS 34 632 VEÍCULOS 34 64 FATORES QUE AUMENTAM A ABSORÇÃO PERCUTÂNEA 35 641 INTERATIVOS 35 642 NÃO INTERATIVOS 35 7 POMADAS 35 71 CARACTERÍSTICAS DAS POMADAS 35 72 BASES PARA POMADAS SEGUNDO OS EXCIPIENTES 35 721 POMADAS HIDROFÓBICAS 36 722 BASES DE ABSORÇÃO 36 723 POMADAS HIDROFÍLICAS 37 73 TIPOS ESPECIAIS DE POMADAS 37 8 PASTAS 37 9 GÉIS 38 91 CARACTERÍSTICAS DOS GÉIS 39 92 TIPOS DE ESPESSANTES 39 921 ESPESSANTES DERIVADOS DA CELULOSE PH NÃO DEPENDENTE 39 922 DERIVADOS DO ÁCIDO CARBOXIVINÍLICO PH DEPENDENTE 39 10 SUPOSITÓRIOS ÓVULOS E VELAS 41 101 COMPONENTES USUAIS 41 102 CARACTERÍSTICAS DOS EXCIPIENTES BASE 42 103 MÉTODOS DE OBTENÇÃO 42 104 LEIA MAIS SOBRE A FARMACOTÉCNICA DE SUPOSITÓRIOS E ÓVULOS 43 105 LEITURA DE ARTIGO PREPARAÇÃO DE SUPOSITÓRIO DE GLICERINA 44 11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 48 Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 4 1 SOLUÇÕES Solução é uma forma farmacêutica cuja dispersão é homogênea com duas ou mais espécies de substâncias Considerando os usos específicos das soluções farmacêuticas elas podem ser classificadas como soluções orais soluções auriculares soluções oftálmicas ou soluções tópicas 1 As soluções aquosas que contem um açúcar são classificadas como xaropes 2 As soluções hidroalcoólicas edulcoradas com gosto e cheiro doce recebem o nome de elixir 3 As soluções de substâncias aromáticas quando o solvente for alcoólico são chamadas de espíritos 4 As soluções de substâncias aromáticas quando o solvente for aquoso são chamadas águas de cheiro Além do fármaco nas soluções estão presentes outros solutos incluídos para corar aromatizar edulcorar e para conferir estabilidade Nas soluções a fase dispersa e a fase dispersante recebem os nomes de soluto e solvente respectivamente O soluto é geralmente o componente que se apresenta em menor quantidade na solução enquanto que o solvente se apresenta em maior quantidade A água no entanto é sempre considerada como solvente não importando a proporção desta na solução Exemplos 1 O vinagre é uma solução com aproximadamente 4 de ácido acético Nesta solução o ácido acético é o soluto e a água é solvente 2 O álcool a 70 é uma solução na qual o soluto é o álcool e a água é o solvente Nas soluções que são aquosas não é necessário citar o solvente Nas soluções em que o solvente é uma substância diferente da água este deve ser citado 3 A solução de ácido sulfúrico H2SO4 a 10 nesta solução o soluto é o ácido e o solvente é a água 4 A cerveja é uma miscelânea de misturas onde o soluto é o malte e seus derivados e o solvente é a água As soluções são preparadas através de simples dissolução de solutos em um solvente podendo ser a Gás em líquido b Líquido em líquido c Sólido em Líquido Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 5 Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 6 Exercitando 1 Cite 4 tipos de soluções encontradas em seu cotidiano e diga quais são os solutos e os solventes a b c d 2 O que é a fase dispersa e a fase dispersante das soluções 3 Porque a água é considerada o solvente universal 11 VANTAGENS E DESVANTAGENS DAS SOLUÇÕES Vantagens 1 Alta estabilidade física partículas em dispersões moleculares não sofrem ação da gravidade 2 Alta biodisponibilidade partículas pequenas são mais facilmente absorvidas 3 Facilidade de deglutição condição importante para pacientes pediátricos e idosos 4 Alta homogeneidade dispersões moleculares são sistemas uniformes e homogêneos se comparadas às suspensões Desvantagens 1 Dificuldade de transporte para o paciente em relação a outras FF por exemplo pastilhas 2 Baixa estabilidade química reações químicas dependem da colisão intermolecular favorecida em dispersões moleculares 3 A solubilização realça o sabor dos fármacos 4 Baixa uniformidade de doses sistema de medidas caseiras e errados Para se obter uma solução farmacêutica os fármacos devem solubilizarse completamente no veiculo escolhido Portanto o fármaco deve ter comportamento semelhante ao do solvente Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 7 12 SOLUBILIDADE A solubilidade é a propriedade que as substâncias têm de se dissolverem espontaneamente numa outra substância denominada de solvente A quantidade de substância que se dissolve em determinada quantidade de solvente varia muito de substância para substância O álcool por exemplo possui solubilidade infinita em água pois água e alcoóis se misturam em qualquer proporção Contudo grande parte as substâncias químicas por sua vez possui solubilidade limitada ou são insolúveis Expressões descritivas da solubilidade relativa Expressão descritiva Partes de solvente necessárias para dissolver uma parte de soluto Muito solúvel Menos 1 uma parte de solvente necessário para dissolver 1 uma parte de soluto Livremente solúvel De 1 a 10 Solúvel De 10 a 30 Moderadamente solúvel De 30 a 100 Ligeiramente solúvel De 100 a 1000 Pouco solúvel De 1000 a 100000 Praticamente insolúvel ou insolúvel Mais de 10000 O coeficiente de solubilidade é a quantidade de soluto necessária para saturar uma quantidade padrão de solvente a uma determinada temperatura As soluções são dispersões moleculares cujas partículas apresentam dimensões menores que 001 μm Interações intermoleculares com tal grau de dispersão requerem alta afinidade entre soluto e solvente Assim no desenvolvimento de uma solução medicamentosa devese conhecer previamente a constante de solubilidade Ks de cada componente no veículo proposto Com relação ao valor da constante de solubilidade Ks quando este é alto a dissolução é obtida facilmente Assim sendo do ponto de vista farmacotécnico estas preparações são as mais simples Entretanto para situações em que o fármaco apresenta baixa solubilidade o conhecimento das técnicas de dissolução é fundamental 121 TÉCNICAS DE DISSOLUÇÃO As principais técnicas de dissolução são 1 Agitação mecânica a convecção é a técnica de dispersão mais empregada Embora seja a mais segura do ponto de vista da estabilidade pode causar aeração e viabilizar a oxidação 2 Aquecimento a dispersão das moléculas e consequentemente a constante de solubilidade Ks em geral aumenta significantemente com a temperatura Porém a dissolução com aquecimento é contraindicada para fármacos termo instáveis ou voláteis 3 Diminuição das partículas dos solutos quanto menor o tamanho da parícula mais rápido será a sua dissolução 4 Uso de cosolvente quando se utiliza pequena quantidade de um solvente inócuo e miscível com o veículo de escolha para dissolução prévia do soluto dáse a este solvente o nome de cosolvente A diferença entre esta técnica e a anterior está no fato de que a quantidade de solvente empregada não altera significantemente a constante dielétrica Igualmente o soluto deverá apresentar alguma Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 8 afinidade com o sistema solvente e não precipitar após a incorporação da solução previamente obtida no veículo 5 Ajuste de pH no caso de fármacos ácidos ou básicos o ajuste de pH pode determinar ionização e consequentemente a hidrossolubilidade As implicações da alteração de pH devem considerar ainda estabilidade ótima biocompatibilidade e Biodisponibilidade Na maioria das vezes as soluções farmacêuticas não são saturadas com soluto e portanto a quantidade de soluto que deve ser dissolvida geralmente está bem abaixo da capacidade do volume do solvente empregado A concentração das soluções farmacêuticas costuma ser expressa em termos de porcentagem embora nas preparações muito diluídas possam ser usadas expressões de concentração proporcional 13 CONCENTRAÇÃO EM MASSA OU TÍTULO É a razão entre a massa de soluto e a massa de solução Onde T título m1 massa do soluto m2 massa do solvente m1 m2 m massa da solução O título de uma solução é um número sem unidades maior que zero e menor que um Geralmente utilizase o título expresso em porcentagem Para isso multiplicase o título em massa por 100 Significado O título nos dá a porcentagem em peso de uma solução ou seja a quantidade em gramas de soluto que existe em 100 gramas de solução Exemplo Uma solução de KCl 10 possui 10 gramas de KCl em 100 g de solução ou em 90 g de água 01 01 g de solutoem 100g de solução ou 999 g de solvente 10 10 g de solutoem 100g de solução ou 90 g de solvente 30 30 g de solutoem 100g de solução ou 70 g de solvente Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 9 131 MODOS DE EXPRIMIR A CONCENTRAÇÃO DAS SOLUÇÕES PV Peso de substância em 100 ml de solução PV representa a quantidade de gramas g de um fármaco em 100ml de solução Ex Soro fisiológico 09 PP Peso de substância em 100g de solução PP representa a quantidade de gramas g de um fármaco em 100g de solução Ex sulfeto de selênio 25 VV Volume de substância em 100 ml de solução VV representa a quantidade de mililitros ml de um fármaco em 100ml de solução Ex cloridrato de lincomicina 6 VP Volume de substância em 100g de solução VP representa a quantidade de mililitros ml de um fármaco em 100g de solução Ex Amoxicilina 5 14 PROCESSO DE FILTRAÇÃO PAPEL DE FILTRO Utilizase de modo geral o papel qualitativo na filtração de soluções não viscosas ou de baixa viscosidade No caso da preparação de formas farmacêuticas líquidas são obtidas soluções límpidas e portanto empregase o papel pregueado e não liso usado apenas quando se quer aproveitar o sólido retido GAZE OU ALGODÃO Xaropes e soluções viscosas devem ser filtrados por papéis próprios ou em gaze dobrada e colocada no interior do funil Através da filtração ficam retidos os materiais estranhos à formulação Todos os medicamentos preparados sob a forma de solução devem ser filtrados e depois acondicionados 15 SOLVENTES MAIS UTILIZADOS EM FARMACOTÉCNICA ÁGUA Por exercer efeito solvente sobre a maioria das substâncias a água natural é impura e contém quantidades variáveis de sais inorgânicos dissolvidos e microorganismos A água para ser aceitável deve ser transparente incolor inodora e neutra A água potável de torneira é utilizada como matériaprima para a obtenção de água purificada e somente a água purificada poderá ser utilizada na produção de medicamentos ÁLCOOL É empregado como o principal solvente para muitos compostos orgânicos Forma com a água compostos hidroalcoólicos que dissolvem substâncias solúveis tanto em álcool quanto em água sendo uma característica principal na extração de substâncias ativas de drogas naturais No entanto à parte suas vantagens como solvente e conservante existem preocupações quanto aos seus efeitos tóxicos quando de sua ingestão de medicamentos principalmente em crianças Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 10 GLICERINA A glicerina é um líquido viscoso transparente e doce É miscível em água e álcool Como solvente é comparável ao álcool mas devido a sua viscosidade o processo de dissolução dos solutos é lento a menos que a viscosidade seja reduzida pelo aquecimento A glicerina tem propriedades conservantes e muitas vezes usada como estabilizante e como solventes auxiliar em misturas com álcool e água PROPILENOGLICOL É um líquido viscoso miscível em água e álcool Tratase de um solvente útil que tem muitas aplicações e frequentemente é usado em lugar da glicerina nas modernas fórmulas farmacêuticas 16 EXERCÍCIOS DE REVISÃO DE SOLUÇÕES 1 Conceitue forma farmacêutica soluções 2 O que significa o termo dissolução de fármacos 3 Quais os três tipos de dissoluções que podem ocorrer nas soluções 4 Qual a diferença entre os xaropes gotas líquido tinturas colírios e injeções 5 Porque esta FF apresenta maior biodisponibilidade que outras FF 6 As soluções apresentam sempre homogeneidade em todo o seu volume 7 Porque as soluções possuem baixa estabilidade física e mecânica 8 O que é a hidrolise e qual a relação com as soluções 9 Porque a solubilização realça o sabor de certos fármacos 10 Discorra sobre a uniformidade de doses nas soluções 11 Porque os fármacos devem ter comportamentos semelhantes ao seu solvente 12 Quais os três métodos utilizados para aumentar a solubilização de fármacos em soluções 13 O que significa falar que o coeficiente de solubilidade do NaCl é 36g100ml 14 Relacione o coeficiente de solubilidade com volume da solução 15 Quais os possíveis modos de expressar a Concentração de soluções 16 O que significa a expressão de concentração PV 17 O que significa a expressão de concentração PP 18 O que significa a expressão de concentração VV 19 Quais os processos de filtração de soluções 20 Qual a diferença básica entre a glicerina o propilenoglicol e o sorbitol Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 11 2 PREPARAÇÕES OTOLÓGICAS São formas farmacêuticas líquidas pastosas ou em pó destinadas a serem instiladas no canal auditivo para o tratamento de otites externas e médias ou para a lavagem auricular 21 CARACTERÍSTICAS DAS PREPARAÇÕES 1 Devem ser produtos semiestéreis 2 O veiculo deve ser viscoso para aderir às paredes do canal auditivo glicerina propilenoglicol óleos ou uma mistura de água 3 Deve ter o pH entre 5 e 78 22 PROCEDIMENTO DE PREPARO DAS SOLUÇÕES OTOLÓGICAS 1 Pese ou meça precisamente cada matériaprima da formulação 2 Dissolva as MP em cerca de ¾ da quantidade de veículo e misture bem 3 Adicione o veículo em qsp para o volume final e misture bem 4 Tome a amostra da solução determine o pH transparência e outros fatores de controle da qualidade 5 Embale e rotule 3 PREPARAÇÕES NASAIS São formas farmacêuticas em soluções de uso nasal com ação local ou sistêmica São preparadas para a administração na forma de gotas ou sprays Podem existir ainda as suspensões nasais as quais são líquidos que possuem os ativos insolúveis para a administração nasal Os géis nasais e pomadas nasais são preparações semisólidas para a aplicação nasal que podem ser destinadas para o uso sistêmico ou local 31 CARACTERÍSTICAS DOS VEÍCULOS 1 Possuir um pH situado entre 65 e 83 2 Ter uma tonicidade que na interfira na motilidade dos cílios nasais isotonia 3 Não modificar a viscosidade normal do muco nasal 4 Ter uma cerca capacidade tampão 5 Ser compatível com a fisiologia nasal 6 Possuir estabilidade que se mantenha por longo tempo 7 Conter antimicrobianos em quantidade suficiente para inibir o crescimento de bactérias que nele sejam introduzidas pelo contagotas 8 Ser estéril Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 12 4 SUSPENSÕES São formas farmacêuticas líquidas constituídas de duas fases uma interna sólida descontinua ou dispersa e outra externa líquida contínua ou dispersante A fase dispersa é insolúvel na fase liquida mas através de agitação podem ser facilmente suspensas Um detalhe importante é que a fase interna não atravessa o papel de filtro e por este motivo as suspensões não podem ser filtradas como ocorre nas soluções Destinamse as vias oral tópica e parenteral sendo que as partículas da via parenteral são menores que as vias orais e tópicas cerca de 100nm Algumas suspensões orais já vêm prontas para o uso ou seja já estão devidamente dispersas num veículo líquido com ou sem estabilizantes e outros aditivos farmacêuticos Outras preparações estão disponíveis para o uso na forma de pó seco destinado a ser misturado com veículos líquidos Este tipo de produto geralmente é uma mistura de pós que contem fármacos agentes suspensores e conservantes Este mistura ao ser diluído e agitada com uma quantidade especifica de veiculo geralmente água purificada forma uma suspensão apropriada para a administração chamada de suspensão extemporânea Esta forma em pó é ideal para veicular fármacos instáveis em meio liquido ex antibióticos betalactâmicos Deve ter a seguinte palavra AGITE ANTES DE USAR Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 13 41 VANTAGENS 1 Ideal para veicular PA insolúveisinstáveis na forma líquida 2 Ideal para pacientes que não conseguem deglutir comprimidos eou cápsulas 3 Realça menos o odor e sabor de certos fármacos 4 Aumento de estabilidade química quando comparadas às soluções Por estar dispersa e não solubilizada o fármaco está mais protegido da rápida degradação ocasionada pela presença da água 42 DESVANTAGENS 1 Baixa estabilidade física 2 Menor uniformidade da dose 3 Menor velocidade de absorção se comparada às soluções 4 É termodinamicamente instável isto é as partículas dispersas em razão de sua grande área de superfície possuem grande energia livre e por isso tendem a agruparse de modo a formar flocos dificultando a absorção Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 14 43 CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS NUMA SUSPENSÃO FARMACÊUTICA São muitos os fatores que devem ser considerados no desenvolvimento e na preparação de uma adequada suspensão além das estabilidades química física e microbiológica as características desejadas para suspensões em geral são Sedimentação lenta o Uma boa suspensão deve sedimentarse lentamente Fácil redispersão o Deve voltar a dispersar facilmente com agitação suave do recipiente Escoamento adequado o A suspensão deve escoar com rapidez e uniformidade do recipiente o Quanto mais viscosas mais estáveis serão as suspensões Porem o excesso de viscosidade compromete o aspecto e a retirada do medicamento do frasco A suspensão deve escoar co rapidez e uniformidade do recipiente Tamanho das partículas adequado o O tamanho das partículas pode variar dependendo do tempo de absorção desejado sendo que quanto menor a partícula mais absorvível ela será Contudo produtos de uso oftálmico ou tópico devem ser micronizados para evitar irritação 44 ASPECTOS TEÓRICOS ENVOLVIDOS NA ESTABILIDADE DAS SUSPENSÕES A lei de Stoke fornece informações sobre quais parâmetros influenciam na sedimentação de partículas em uma suspensão informações estas úteis na farmacotécnica para controlar e retardar a velocidade de sedimentação Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 15 Lei de Stokes Vdxdt 2gr²d¹ d² 9η onde V dxdt velocidade de sedimentação g aceleração da gravidade r raio da partícula η viscosidade do meio d¹ d² diferença de densidade entre a partícula¹ e o meio² Portanto com base na equação acima se pode inferir que as dispersões grosseiras e finas apresentam em geral maior tendência sedimentação que suspensões coloidais 441 CONSISTÊNCIA DO VEÍCULO Os aspectos reológicos da fase dispergente são igualmente críticos na velocidade de separação de fases de uma suspensão ou emulsão Segundo a Equação de Stokes o aumento da viscosidade η pode reduzir a velocidade de sedimentação sendo um dos recursos mais empregados para estabilizar suspensões Entretanto existem limitações referentes à redispersibilidade e ao tempo de escoamento tais como 1 Aumento da dificuldade no escoamento para enchimento envase e administração oral ou IM 2 Inviabilização da passagem pelas agulhas injetáveis IM 3 Dificuldade no espalhamento adequado tópicos 442 DENSIDADE DA FASE DISPERSA No que dizem respeito à densidade da fase interna as suspensões densidade que o veículo tendem à sedimentação enquanto as emulsões densidade que o veículo tendem à flutuação Igualmente segundo a Lei de Stokes quanto maior a diferença entre densidade da partícula dispersa e veículo dispergente maior será a velocidade de sedimentação 443 MOLHABILIDADE DAS PARTÍCULAS SUSPENSAS Em sistemas dispersos em que as fases dispersas e dispergentes apresentam afinidade muito baixa ou mesmo repulsão a molhabilidade da partícula será baixa podendo inclusive ocorrer adsorção de gases os quais tendem a deixar as partículas menos densas provocando inclusive a flutuação Uma suspensão é um sistema incopatível que para ser feito necessita ter uma boa relação do material a suspender com o meio Tendo afinidade entre o líquido e o sólido ocorre a formação de um filme na superfície do sólido Dependendo desta afinidade pode formarse um ângulo de contato entre o líquido e o sólido Quanto maior o ângulo mais dificuldade em obter uma suspensão Assim sendo quanto maior a molhabilidade em um solvente polar como a água maior será o deslocamento de gás adsorvido nesta partícula já que o ar é composto basicamente por moléculas apolares ex O2 N2 CO2 Ar Entretanto se a afinidade pelos gases adsorvidos na superfície da partícula for grande repelir água esta irá flutuar Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 16 Este fenômeno também relacionado a tensões interfaciais pode ser definido de acordo com ângulo de contato da partícula com o veículo que pode ser De zero grau totalmente molhável De 180 º totalmente não molhável Entre 0 e 180o molhabilidade intermediária Este fenômeno pode ser definido de acordo com o ângulo de contato da partícula com o veiculo ou seja ao se adicionar um sólido num líquido O líquido espalhase sobre o sólido de 0 o Molhabilidade total O liquido não molha o sólido de 180 o Molhabilidade nula ou totalmente não molhável O liquido espalhase parcialmente sobre o sólido entre 0 e 180 o Molhabilidade intermediária Nas moléculas abaixo diga qual o ângulo de contado formado com o solvente Nestes casos a molhabilidade também pode ser aumentada com a adição de tensoativos macromoléculas muito hidrofílicas CMC e gomas ou ainda substâncias hidrófilas inorgânicas insolúveis bentonita Veegum hidróxido de alumínio e Aerosil A adição desses componentes de modo geral tende a aumentar a área de contato sólido líquido Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 17 444 AGENTES MOLHANTES Diminuem o ângulo de contato sólidoar e aumenta o ângulo de contato sólidolíquido Ex tensoativos macromoléculas muito hidrofílicas CMC e gomas sais de alumínio veegum MYRJ etc 445 SEDIMENTAÇÃO As partículas dispersas fase interna tendem a se depositar sedimentar com ação da gravidade processo que pode ocorrer de forma isolada ou aglomerada Alguns fatores favorecem a deposição mais lenta 1 Tamanho das partículas 2 Densidade das partículas dispersas 3 viscosidade da fase dispersante 446 ADIÇÃO DE AGENTES SUSPENSORES 1 O agente suspensor aumenta a viscosidade da fase externa da suspensão retardando a floculação e reduzindo a velocidade de sedimentação 2 Eles formam uma película em volta da película como se estivesse protegendo uma partícula da outra 3 Retardam a floculação e reduzem a velocidade de sedimentação do material suspenso 4 Na escolha do agente suspensor devese considerar o pH do meio a via de administração a estabilidade e a incompatibilidade com os componentes da suspensão As funções do agente suspensor são Manter as partículas insolúveis em suspensão Evitar a flutuação facilitando a penetração do líquido no pó tensoativos CMC goma arábica e veegum Aumentam a viscosidade da fase líquida Permite a redispersibilidade facilitando a ressuspensão das partículas Os tipos de agentes suspensores são Gomaarábica de 5 a 15 Goma adragante 1 para via oral e 2 para uso externo Metilcelulose CMC carbopol 940 e veegum de 15 a 3 447 REDISPERSIBILIDADE A sedimentação de forma aglomerada embora em geral seja mais rápida leva à formação de sedimento floculado o qual é facilmente redispersível Já a sedimentação de forma isolada leva à formação de sedimentos compactos muitas vezes irredispersíveis devendo portanto ser evitada Para entender os processos de sedimentação devemse compreender quais os tipos de interações interpartículas envolvidos Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 18 45 EXERCÍCIOS DE REVISÃO DE SUSPENSÕES 1 Quanto às suspensões classifique a fase dispersa e continua 2 Qual o motivo que não se podem filtrar as suspensões 3 O que é uma suspensão extemporânea 4 Qual o motivo farmacotécnico de ser ter uma suspensão extemporânea 5 A tendência é que os fármacos sejam veiculados em F F soluções afim de facilitar o uso Sabendo disto porque mesmo assim temos a F F suspensão 6 Quanto a sua biodisponibilidade compare as suspensões com as soluções e as cápsulas 7 Porque nas suspensões degradam menos que as soluções 8 Discorra sobre a uniformidade de doses nas suspensões 9 As suspensões possuem maior ou menor energia livre que as soluções 10 Quais os requisitos ideais para uma suspensão 11 Qual o significado do termo reologia 12 Qual o significado do termo Sedimentação 13 Relacione a velocidade de sedimentação com a Tamanho da partícula b Densidade da partícula c Densidade da fase externa d Viscosidade do meio 14 O que é molhabilidade de partículas 15 Qual a relação entre molhabilidade de partículas e o ângulo de contato 16 Como passar de uma molhabilidade nula para uma molhabilidade total 17 Qual a função do agente molhante 18 O que são agentes suspensores 19 Quais as funções do agente suspensor 20 Explique o que é floculação Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 19 5 EMULSÕES Os sistemas emulsionados são uma forma farmacêutica semisólida heterogênea constituída por 2 líquidos imiscíveis um no outro em geral água e componentes graxos sob a forma de pequenos glóbulos chamados de gotículas sendo que a formação destas gotículas é obtida à custa de um agente emulsivo De acordo com a consistência as FF emulsões podem ser classificadas em cremes loções e leites A água e o óleo são componentes naturalmente e mutuamente insolúveis portanto a necessidade de um componente tensoativo que adsorva nas interfaces e tenha afinidade por ambas a fim de evitar a separação das fases com a função de estabilizar a emulsão Uma emulsão possui basicamente duas fases uma interna e outra externa O fator determinante para identificar as duas fases e a solubilidade do tensoativo empregado b 51 VANTAGENS E DESVANTAGENS DAS EMULSÕES Nas emulsões o fármaco pode estar dissolvido ou suspenso nas fases aquosa ou na oleosa e esta versatilidade é uma das principais vantagens das emulsões Como vantagens as emulsões apresentam ainda Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 20 a Aumento da estabilidade química em solução b Possibilidade de se solubilizar o fármaco na fase interna ou externa c Possibilidade de mascarar o sabor e o odor desagradável de certos fármacos através de sua solubilização na fase interna d Possibilidade de se aperfeiçoar a biodisponibilidade e Boa biocompatibilidade com a pele humana Entre as desvantagens destacamse a Baixa estabilidade física ou físicoquímica b Menor uniformidade 52 TENSOATIVO Os tensoativos ou agentes emulsificantes auxiliam na produção de uma dispersão estável pela redução da tensão interfacial e consequente manutenção da separação das gotículas dispersas através da formação de uma barreira interfacial Os tensoativos têm um grupamento polar hidrofílico que é orientado em direção a água e um grupamento apolar lipofílico que está direcionado ao óleo O tipo de emulsão é determinado pela solubilidade do agente emulsificante a Se o tensoativo é mais solúvel em água então a água será a fase contínua consequentemente se formará uma emulsão do tipo oa b Se o tensoativo é mais solúvel em óleo então o óleo será a fase continua consequentemente se formará uma emulsão do tipo ao Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 21 A figura ao lado representa o estearato de sódio um tensoativo com características aniônicas O fator determinante da solubilidade de um tensoativo são as suas características polares ou apolares Note que quanto menor a tensão interfacial entre os dois líquidos menor será o trabalho exercido no processo de emulsificação Por exemplo o trabalho W para se preparar uma emulsão sem o tensoativo é de 34Joules enquanto na presença do tensoativo o trabalho cai para 06Joules 53 PROCESSO DE EMULSIFICAÇÃO O processo de emulsificação permite a dispersão de um liquido em outro sendo um hidrófilo e o outro lipófilo de forma que o sistema fique estável mesmo depois no estado de repouso Este processo se dá pela adição de um tensoativo também chamado de emulsificante ou surfactante O processo pode ser explicado por 2 teorias 531 Diminuição da tensão interfacial Neste processo ocorre a diminuição da energia necessária para dispersar um líquido no outro Quando por agitação se dissolve um composto oleoso em um composto aquoso estes formam glóbulos de variados tamanhos os quais possuem uma energia livre energia livre de Gibbs muito maior que em seu estado inicial pois a sua área de contado aumentou consideravelmente Naturalmente estes glóbulos tendese a se unirem novamente voltando assim ao seu estado inicial e diminuído a energia livre O tensoativo age justamente na preservação destes pequenos glóbulos impedindo a coalescência entre as partículas adsorvendose na superfície globular Sendo assim a tensão entre as faces das gotículas ficam menor e por conseqüência ocorre a formação das duas fases Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 22 532 Teoria da película ou filme Já neste processo formase um filme de tensoativos entre as gotículas de uma das fases que se orienta para formar uma barreira física entre um glóbulo e outro Quanto menor a tensão interfacial entre dois líquidos imiscíveis águaóleo maior é a facilidade de emulsionálos Desta forma é necessária a presença de um terceiro componente que possua afinidade pelas duas fases e a propriedade de migrar adsorver e de acumular na interface para reduzir a tensão interfacial entre as duas fases e facilitar a formação da emulsão Esse componente é conhecido como Emulsionante ou Tensoativo ou Surfactante 54 TIPOS DE EMULSÕES Como os dois componentes básicos de uma emulsão é a água e o óleo podemos classificar em dois tipos distintos de acordo com a natureza da respectiva fase dispersa ou interna A fase em que o tensoativo for mais solúvel determina a fase Externa Sendo assim as emulsões se dividem em simples e múltiplas 541 Simples OA óleo em água fase interna descontínua formada por gotículas de óleo envoltas pela fase aquosa contínua podem ser lavadas facilmente AO água em óleo fase interna descontínua formada por gotículas de água envolta por uma fase oleosa contínua dispersante Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 23 542 Múltiplas AOA água em óleo em água fase mais interna aquosa circundada por uma fase intermediária oleosa e por fim envolvida pela fase aquosa OAO óleo em água em óleo fase mais interna oleosa circundada por uma fase intermediária aquosa e por fim envolvida pela fase oleosa 55 CLASSIFICAÇÕES DAS EMULSÕES 1 Quanto à natureza química do agente emulsionante as emulsões podem ser classificadas em Emulsões iônicas carga positiva ou carga negativa ou Emulsões Nãoiônicas sem cargas 2 Quanto ao tamanho das partículas da fase interna podem ser classificadas em macroemulsões gotículas 400nm miniemulsões gotículas entre 100 e 400nm e microemulsões gotículas 100nm 3 Quanto à consistência podem ser classificadas em cremes viscosidade entre 8000 a 20000 cps loções 2000 a 7000 cps e leites 1000 e 2000 cps Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 24 56 CLASSIFICAÇÃO DOS TENSOATIVOS 561 ANIÔNICOS Em soluções aquosas sofrem dissociação onde o ânion é o radical ácido que na água se separa do cátion ficando assim ânion formado pela cadeia e carbono lipofílica e o radical pex Carboxílico COO A parte dissociada neste caso o Na fica com carga positiva São bastante usados em detergentes shampoos cremes e sabonetes líquidos São exemplos o lauril sulfato de sódio estearato de sódio palmitato de sódio além das bases auto emulsionantes como Lanette N mistura de álcool cetoestearílico e cetiestearil sulfato de sódio e Lanette WB Obs É indispensável conhecer o caráter iônico dos produtos químicos pois a mistura inadequada pode resultar em ppt precipitação produtos catiônico produto aniônicos incompatível ppt produtos catiônico produto não iônicos compatível produto aniônico produtos não iônicos compatível Bases autoemulsionáveis aniônicas Agente de consistência Emulsionante Lanette N álcool cetoestearílico cetilestearil sulfato de sódio LanetteWB álcool cetoestearílico laurilmiristil sulfato de sódio Chembase LN álcoois graxos alquil sulfato Cutina KD 16 monoestearato de glicerila estearato de sódio Lipal GMS AE monoestearato de glicerila estearato de sódio Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 25 Crodafos CES álcool cetoestearílico fosfato de cetostearil 562 CATIÔNICO Em soluções aquosas sofrem dissociação a parte hidrofílica ou polar da molécula é aniônica possui carga negativa Contudo são bem mais irritantes que os tensoativos aniônicos e nãoiônicos Os exemplos clássicos são os sais de quartenário de amônio como o Cloreto de cetiltrimetilamonio e o metossulfato beheniltrimetiamônio e bases autoemulsionantes como o Incoquat mistura de álcool cetoestearílico e beheniltrimetiamônio Os grupos mais comuns são os grupos amínicos freqüentemente encontrados nos amaciantes 563 NÃOIÔNICO Quando em solução aquosa não sofre dissociação portanto não liberando cargas Indiscutivelmente revestem a maior importância da cosmética moderna São exemplos o álcool cetoestearílico álcool cetílico e estearílico etoxilados ou não MEG TWEEN SPANS Polawax Cosmowax Crodabase etc Bases autoemulsionáveis nãoiônicas Agente de consistência Emulsionante Polawax álcool cetoestearílico monoestearato de sorbitano 20EO Paramul J álcool cetoestearílico álcool cetoestearílico 20 EO Chembase SP álcoois graxos emulsionantes etoxilados Cosmowax J álcool cetoestearílico alcool cetoestearílico 20EO Arlacel 165F Estearato de glicerilaácido esteárico 100EO Croda base CR2 Cera autoemulsionante completa álcool cetoestearílico álcool cetoestearílico 20 EO Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 26 564 ÂNFÓTEROS Dependendo do meio podem assumir caráter catiônico ou aniônico 57 INSTABILIDADES 571 FLOCULAÇÃO A floculação é a união de vários glóbulos da fase dispersa Interna em agregados ocorrendo devido às forças de atração É um fenômeno reversível A partir de então podem ocorrer dois fenômenos 1 Cremagem ocorre quando os flocos migram para a superfície a velocidade de sedimentação é negativa Lei de Stokes 2 Sedimentação é quando os flocos se depositam no fundo do recipiente a velocidade de sedimentação é positiva Lei de Stokes 572 COALESCÊNCIA E SEPARAÇÃO DAS FASES Ocorre quando os glóbulos menores se aproximam e se juntam formando um glóbulo maior sendo que quando todos os glóbulos da fase dispersa se unir haverá então a separação de fases É um processo totalmente irreversível Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 27 573 INVERSÃO DE FASES Ocorre quando a fase interna passa a fazer parte da fase interna Está intimamente relacionado à agitação temperatura e ao volume das fases 58 MÉTODO DE CONTROLE DE QUALIDADE PARA DETERMINAÇÃO DO TIPO DA EMULSÃO 1 Ensaio de diluição 2 Ensaio com corantes 3 Ensaio de condutividade elétrica Método por diluição sempre que se adiciona um líquido a uma emulsão e está continua estável o líquido adicionado corresponde a sua fase externa Uma emulsão oa pode ser diluída com a água mas não com o óleo Para uma emulsão ao é o inverso Método dos corantes coloração contínua ou coloração das gotículas Adicionase à emulsão um corante lipossolúvel em pó Soudan III se a emulsão for do tipo ao a coloração propagase na emulsão se a emulsão for do tipo oa a cor não se difunde Temos fenômenos inversos com o uso de corantes hidrossolúvel eritrosina ou azul de metileno 59 MÉTODO DE PREPARAÇÃO DAS EMULSÕES Para facilitar o preparo da emulsão tornase conveniente a acomodação dos componentes em fases Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 28 591 Fase Aquosa 1 Veículo água 2 Umectantes polietilenoglicóis ATPEG 400 ATPEG 600 glicerina sorbitol polissacarídeos etc 3 Espessantes hidrofílicos polímeros derivados do ácido acrílico hidroxietilcelulose 4 Princípios ativos e promocionais hidrossolúveis aloe vera extratos vegetais vitamina E acetato D panenol etc 5 Quelantes etilenodiamino diacetato de sódio citrato de sódio 6 Conservantes 7 Corantes 592 Fase Oleosa 1 Emolientes responsáveis por espalhabilidade do creme sobre a pele lubrificação e hidratação da pele em conjunto com o uso de umectantes Exemplos de emolientes são álcool estearílico propoxilado ALKOMOL E óleo mineral óleos vegetais silicones ésteres graxos etc 2 Agentes de consistência ou espessantes da fase oleosa álcoois graxos ésteres graxos etc 3 Antioxidantes butilhidroxitolueno vitamina E 4 Filtros solares fotoantioxidantes octilmetoxicinamato benzofenonas 3 e 4 5 Princípios ativos e promocionais lipossolúveis óleos vegetais 6 Fragrâncias As emulsões semisólidas possuem necessariamente uma fase aquosa e uma oleosa Cada fase da emulsão é preparada isoladamente aquecendose ambas as fases à temperatura de 70 C a 75 C Fase oleosa usase um gral de porcelana em banhomaria bm para fundir as substâncias graxas sólidas e também o agente emulsionante lipofílico se houver fase A Fase aquosa usase um Becker em chapa elétrica para as substâncias hidrossolúveis fase B Verter a fase B aquosa na fase A oleosa agitando vigorosamente até o arrefecimento da mistura Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 29 Substâncias voláteis devem ser incorporadas à temperatura ambiente com a finalidade de fundir incorporandose depois uma fase na outra A dispersão da fase interna na externa deve ser feita com ambas as fases praticamente na mesma temperatura Para determinar precisamente a solubilidade de um tensoativo GRIFFIN em 1948 introduziu uma escala numérica de 1 a 50 onde os compostos abaixo de 8 possuem características lipofílicas e acima deste valor possui características hidrofílicas Os valores de EHL podem ser encontrados na literatura em tabelas diversas Quanto aos valores de EHL os compostos são classificados em a Agentes antiespuma 13 EHL baixo b Emulsificantes AO 36 c Agentes molhantes 79 d Emulsificantes OA 818 e Detergentes 1316 f Agentes solubilizantes 1640 EHL alto Categorias Classe de Produtos Forma Cosmética Tensoativo Aniônico 1 Sabões de ácidos graxos 2 Lauril sulfato de sódio ou TEA ou amônio 3 Lauril éter sulfato de sódio ou TEA ou amônio 4 Lauril éter sulfussuccinato de sódio 5 Alquil éter fosfatos 6 Alcano sulfonatos 7 Sarcosinatos 8 Coco isetionatos 1 Xampus 2 Sabões líquidos 3 Loções de limpeza e higiene 4 Creme de barbear 5 Creme dental 6 Géis para banho Tensoativo Catiônico 1 Cloreto de cetiltrimetil amônio CETAC ou brometo CETAB 2 Cloreto de diestearil dimetil amônio 3 Cloreto de dialquil dimetil amônio 4 Cloreto de benzalcônio cloreto de alquil benzil dimetil amônio 5 Éster quartenários 1 Desodorantes 2 Condicionadores 3 Loções de limpeza Tensoativo Não iônico 1 Mono e diestearato de etilenoglicol 2 Estearato de polietilenoglicol 6000 3 Mono e diestearato de gliceríla 4 Mono e dietanolamina de ácido graxo 1 Xampus 2 Géis para banho 3 Sabonetes líquidos Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 30 5 Álcoois graxos etoxilados 6 Monoglicerídeo de ácido graxo etoxilado 7 Lanolina etoxilada 8 Alquilpoliglicosídeos 9 Ésteres de sacarose 10 Ésteres de sorbitan 11 Ésteres de sorbitan etoxilados 12 Óxidos de amina graxa 4 Cremes e loções hidratantes nutritivos esfoliantes 5 Loções de higiene 6 Desodorantes e antiperspirante 7 Géis não alcoólicos 8 Perfumes e colônias Tensoativo Anfótero 1 Betaína de coco 2 Cocoamidopropil betaína 3 Cococarboxianfoglicinato de sódio 1 Xampus 2 Géis para banho 3 Sabonetes líquidos 4 Loções de higiene 510 EXERCÍCIOS DE REVISÃO DE EMULSÕES 1 Diferencie as emulsões quanto à viscosidade 2 Explique as duas teorias do processo de emuilsificação 3 No que diferem as emulsões dos tipos AO OA OAO e AOA 4 Descreva o modo de preparo das emulsões 5 Explique os ensaios de diluição corantes e de condutividade 6 Explique as instabilidades que podem ocorrer com as emulsões Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 31 6 PERMEABILIDADE CUTÂNEA Permeabilidade cutânea é a capacidade que a pele tem de deixar passar seletivamente certas substâncias em função de sua natureza química ou de determinados fatores Sabese que a epiderme é praticamente impermeável a todas as substâncias não gasosas É esta uma característica de sua função protetora Se não fosse assim seria possível provocar fenômenos de sensibilização pela aplicação de algumas ou seria fácil à penetração de microorganismos através dessa barreira que é a pele Neste sentido a pele pode ser a Permeável deixando passar os gases e derivados de petróleo b Semipremeável deixando passar substâncias lipossolúveis como hormônios esteróides vitamina D e A hidroquinona etc c Praticamente impermeável a eletrólitos proteínas e carboidratos Muito relacionado ao tamanho das partículas e a pouca solubilidade 61 A PELE 1 Proteção contra a entrada de substâncias 2 Permeável de modo geral aos gases verdadeiros e a substâncias voláteis 3 Dividida em 3 camadas epiderme derme e hipoderme 4 Na epiderme existe a camada córnea descamativa composta por queratina situada logo abaixo da mistura de sebo e suor a É a principal barreira b Possui 40 de proteínas 40 de água e 20 de lipídios c Comportase como uma barreira semipermeável o mecanismo pelo qual a pele permite esse fenômeno é o da difusão passiva Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 32 62 PENETRAÇÃO X ABSORÇÃO DE ATIVOS NA PELE Os fármacos podem apenas penetrar na pele ou serem absorvidos para camadas mais internas 621 PENETRAÇÃO CUTÂNEA Os ativos podem penetrar na pele após a aplicação tópica utilizando 3 vias promovendo assim um efeito local ou sistêmico Penetram na pele por 3 vias a Via transcelular b Via transfolicular ou transanexal c Via intercelular a VIA TRANSCELULAR esta via de penetração é muito lenta mas atendendo à superfície tem uma importância considerável b VIA TRANSFOLICULAR OU TRANSANEXAL a passagem se dá pelos apêndices epidérmicos Às glândulas sudoríparas parecem ter um papel mínimo na penetração percutânea Os aparelhos pilosebáceos folículos pilosos e glândulas sebáceas são considerados como as zonas de maior facilidade de penetração pois a camada epidérmica fica mais fina constituída às vezes por uma simples camada de células vivas Se o princípio específico for emulsionável ele poderá ser transportado para regiões onde a absorção será virtualmente mais intensa c VIA INTERCELULAR por esta via a passagem ocorre pelos espaços entre as células em comparação com a via transepidérmica é mais rápida porém é mais lenta em comparação com a via transfolicular Qual a via de penetração mais eficiente dentre as três acima citados Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 33 622 ABSORÇÃO PERCUTÂNEA Após serem penetrados eles são agora absorvidos pela corrente sanguínea podendo ou não promover uma absorção sistêmica As etapas da absorção envolvem 1 Liberação do fármaco a partir do sistema 2 Difusão através do extrato córneo 3 Partição do extrato córneo para a epiderme 4 Difusão através da epiderme e derme 5 Passagem para a corrente sanguínea A tabela ao lado indica a variação regional da espessura do estrato córneo humano fator este determinante para a penetração e absorção de ativos na pele Região Espessura m Abdômen 150 Antebraço 160 Costas 105 Testa 130 Genitais 50 Dorso da mão 490 Palma da mão 4000 Pé 600 Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 34 63 FATORES QUE AFETAM A PERMEAÇÃO DA PELE 631 Biológicos e fisiológicos a Espessura da epiderme na pele hiperqueratósica por exemplo a permeabilidade é dificultada b Idade devido ao espessamento da camada córnea e à falta de hidratação em indivíduos idosos a penetração de ativos é mais difícil c Fluxo sanguíneo quando hiperêmica a pele se torna mais permeável Por exemplo certos ativos podem ser estimulados pelo aumento da circulação d Hidratação quanto mais hidratada a pele melhor é a permeabilidade e Região da pele mucosas e regiões com grande número de orifícios pilossebáceos ou muito vascularizados são mais permeáveis f Capacidade de associação a outras substâncias da pele g pH da pele o pH da pele varia de acordo com a região Se aumentar o pH a permeabilidade é aumentada 632 Veículos a Lipossomas são constituídos por fosfolipídios como o colesterol ceramidas e poliglicerol Penetram facilmente devido à afinidade com a estrutura da pele que possuem a mesma característica Muito usado para enzimas vitaminas extratos vegetais filtros solares entre outros b Nanosferas polímeros elaborados de poliestireno cuja estrutura permite a liberação gradual de PA c Ciclodextrinas Thalasphere utilizadas no processo de encapsulação de princípios ativos que devem ser transportandos para o interior da epiderme Tratase de macroesferas de colágeno marinho Além disso melhora a absorção pois retira a barreira lipídica Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 35 64 FATORES QUE AUMENTAM A ABSORÇÃO PERCUTÂNEA Pode ser de 2 tipos 641 Interativos Promotores de absorção são substâncias que interagem com a pele permitindo a entrada do fármaco Ex DMSO dimetilsulfóxido DMF dimetilformamida DMA dimetilacetamida uréia propilenoglicol tensoativos etc Uso de substâncias altamente higroscópicas tendem a aumentar o conteúdo de água na pele facilitando a absorção de fármacos hidrofílicos Uso de bases contendo óleos de origem animal lanolina espermacete apresentam maior afinidade com a emulsão epidérmica e viabilizam a absorção 642 Não Interativos Alterações das propriedades físicoquimicas do fármaco Peso molecular baixo Grau de ionização do produto Concentração do ativo pH alcalino 7 POMADAS As pomadas são formas farmacêuticas semisólidas de consistência mol destinadas ao uso externo para a aplicação na pele e mucosas As pomadas devem ser plásticas para que modifique sua forma com pequenos esforços mecânicos fricção extensão adaptandose às superfícies da pele ou às paredes das mucosas Na farmácia magistral há a preparação da pomada base que pode ser armazenada para posteriormente serem incorporados os ativos conforme a prescrição 71 CARACTERÍSTICAS DAS POMADAS 1 Proteger ferimento cutâneo do meio ambiente 2 Promover a hidratação e lubrificação da pele 3 Deve ter boa aderência à pele ou mucosas 4 Amolece ou funde com a temperatura corporal 5 Não deve apresentar arenosidade 6 A maioria possui excipientes nãoaquoso de fase única 7 Untuosas 8 Aspecto homogêneo uma fase 9 Consistência mole inerte inodora física e quimicamente estável 10 Compatibilidade com a pele e com os fármacos veículo p fármacos medicamentosos 72 BASES PARA POMADAS SEGUNDO OS EXCIPIENTES 1 Pomadas hidrofóbicas lipofílicasoleaginosas a Vaselina b Parafina c Ceras 2 Pomadas que absorvem água anidras e hidratadas BASES DE ABSORÇÃO Lanolina álcoois de lanolina Petrolato hidrofílico Cold Cream AO Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 36 3 Pomadas hidrofílicas ou hidrossolúveis Misturas de polietilenoglicóis de diferentes pesos moleculares 721 Pomadas hidrofóbicas Vaselina amarela e branca sólida a Não contém água b As preparações só podem incorporar água em pequenas quantidades e com dificuldade c Função oclusiva e protetora da pele d A vaselina é constituída por uma mistura de hidrocarbonetos e é bastante untuosa além de ser destituída de cheiro ou sabor e Fundese 38 a 60 C f Concentração Usual pomadas até 100 e emoliente em cremes 10 a 30 g Estabilidade estável e inerte não deve ser aquecida em temperatura acima de 70º C h Armazenamento e conservação recipiente bem vedado protegido da luz em local fresco e seco Parafina Sólida a Mistura purificada de hidrocarbonetos saturados sólidos obtidos do petróleo b Cremes e Pomadas c Inodora Incolor translucente ou branca e sem sabor d Ponto de fusão entre 50 e 72º C e Concentração usual 2 a 5 agente de consistência f Estabilidade estável g Armazenamento e conservação recipiente bem vedado e em temperatura menores que 40º C 722 Bases de absorção Lanolina a É um produto extraído da lã de carneiro e quando adicionado às pomadas facilita a penetração cutânea b Máximo de 025 de água ésteres álcoois graxosácgraxos c Propriedades emulgentes d Incorpora água em cerca de 2 vezes o seu peso e Ponto de fusão entre 38 e 44º C f Otimiza a penetração cutânea g Inconvenientes cor cheiro desagradável e possibilidade de provocar alergias tendência a rancificar h Concentração usual 30 pomadas i Conservação e armazenamento recipientes hermeticamente fechado protegido da luz em local fresco e seco com temperatura inferior a 25º C adição de BHT 005 j Pode ser esterilizada por calor seco a 150º C por 1 hora Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 37 723 Pomadas hidrofílicas Polietilenoglicóis PEG Pomada Hidrossolúvel a Solúvel em água lavável com água pode absorver água b Não oclusiva Não untuosa c Permite a incorporação de extratos aquosos e ativos hidrofílicos d Apresentam características tipicamente hidrófilas e São excelentes emulsivos de óleo em água f São contraindicados em pacientes com queimaduras extensas pois são hiperosmóticos g Utilizadas como pomadas vaginais e retais h Pomadas de Polietilenoglicois a PEG 4000 b PEG 400 c PEG 1500 i São polímeros de óxido de etileno com cadeias alcóolicas primárias j Não são tóxicos mas possuem a desvantagem de apresentar maior probabilidade de incompatibilidades com fármacos Nas pomadas normalmente utilizamse misturas de PEG com PM diferentes que amolecem à temperatura corporal 73 TIPOS ESPECIAIS DE POMADAS 1 CERATOS Pomadas gordurosas que contém ceras 20 animais espermacete ou abelhas ou vegetais carnaúba mas que não sejam emulsionadas 2 UNGUENTOS Tipo de pomada que contém resinas São mais espessas que os ceratos Preparação das pomadas A FRIO simples dispersão com auxílio de uma espátula ou pãoduro A QUENTE fundese os componentes Regra em dermatologia Se a pele estiver seca devemos hidratála usando uma pomada Se a pele estiver úmida devemos secála usando um creme 8 PASTAS São preparações farmacêuticas que contêm uma proporção de pó igual ou superior a 20 Em geral são menos gordurosas que as pomadas Características das pastas 1 Os pós devem estar finamente divididos 2 Apresentam ligeiro efeito secante onde a água seca e fica o pó na pele 3 Ótimo para absorverem exsudatos cutâneos 4 São indicados para lesões com tendência a formação de crostas Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 38 Excipientes das pastas Vaselina sólida vaselina líquida lanolina ceras silicones e géis As pastas podem ainda ser cosméticos apropriados para corrigir as imperfeições estéticas da pele do rosto com objetivo de conferir um aspecto fresco e juvenil Possui ainda efeitos semelhantes aos das loções deferindo pela sua maior intensidade de ação 9 GÉIS Os géis são soluções coloidais ou suspensões de substâncias formando um excipiente transparente ou translúcido Os géis são veículos destinados a peles oleosas ou acnéicas Exemplos são os géis hidratantes para pele oleosa géis protetores solares géis esfoliantes para a pele géis fixadores e modeladores para os cabelos géis para banho xampus géis etc O mercado faz distinção entre um gel creme e um creme gel que são direcionados geralmente como hidratantes para pele oleosa Ambos os produtos possuem a fase aquosa espessada por um polímero orgânico hidrossolúvel No entanto um creme gel possui uma fase oleosa constituída de derivados graxos que são emulsionados na fase aquosa espessada onde apenas foi dado um esbranquiçamento ao gel Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 39 91 CARACTERÍSTICAS DOS GÉIS 1 Possuem consistência de gelatina transparentes e TIXOTROPIA fenômeno associado à diminuição da viscosidade do sistema provocado por forças mecânicas sendo porém reversível quando em repouso 2 São livres de gordura cujo teor de água á bastante alto contaminação alta 3 Possuem baixíssima penetrabilidade cutânea uso álcool isopropílico e propilenoglicol aumenta a penetração cutânea 4 Na sua formulação contém gelificantes umectantes conservantes antioxidante quelantes e outros 92 TIPOS DE ESPESSANTES 921 ESPESSANTES DERIVADOS DA CELULOSE PH NÃO DEPENDENTE 1 Carboximetilcelulose CMC Polímero aniônico quase nunca utilizado pela veiculação de ativos dermatológicos Muito usado para uso interno Incompatíveis com ativos ácidos sais de alumínio e zinco pH abaixo de 2 2 Hidroxietilcelulose NATROSOL CELLOSIZE o polímero não iônico mais usado em dermatologia o tolera bem pH ácido por isso muito usado para produtos que levam o pH para baixo como o Ácido Glicólico o Estável em pH entre 20 a 12 3 Metilcelulose MC polímero nãoiônico com várias incompatibilidades fenol cloreto de cetilpiridíneo PABA parabenos etc 922 DERIVADOS DO ÁCIDO CARBOXIVINÍLICO pH dependente 1 CARBOPOL CARBÔMEROS o são os agentes gelificantes mais usados Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 40 o São incompatíveis com fenol ácidos fortes e altas concentrações de eletrólitos 2 CARBOPOL 934 o fraca tolerância iônica produz géis turvos porém oferece boa estabilidade e viscosidade alta em emulsões e suspensões 3 CARBOPOL 940 o É preferido por produzir géis cristalinos brilhantes aquosos ou hidroalcoólicos o É o de maior efeito espessante e possui baixa tolerância a eletrólitos o Precisa esperar 12 horas para ocorrer a perfeita hidratação 4 CARBOPOL ULTREZ o Polímero de fácil dispersão e não precisa esperar 12 horas para a hidratação o Possui o sensorial muito melhor que o 940 As resinas de Carbopol quando dispersas em água umecta e forma uma dispersão aquosa resinaágua com valor de pH na faixa de 28 a 32 Neste estado prédissolvido a molécula de Carbopol está extremamente enrolada e sua capacidade espessante é limitada Para obter o espessamento é necessário a neutralização das cargas com bases inorgânicas como o NaOH ou aminas de baixo peso moléculas Trietanolamina Ao acrescentar a trietanolamina ou o NaOH o polímero estica devido à neutralização dos grupos carboxila presentes no polímero O máximo da viscosidade é obtido em pH 7 Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 41 10 SUPOSITÓRIOS ÓVULOS E VELAS De acordo com a Farmacopéia Brasileira II supositórios são preparações farmacêuticas consistentes de forma cônica ou oval destinadas à aplicação retal e obtidas por solidificação ou compressão em moldes de massa adequada encerrando substâncias medicamentosas Já os óvulos seriam preparações farmacêuticas consistentes de forma ovóide destinadas à aplicação vaginal obtidas por solidificação ou compressão em moldes de massa adequados encerrando substâncias medicamentosas Em geral destinado à ação local sendo os antibióticos antiparasitários antisépticos entre outros os fármacos mais utilizados em óvulos Finalmente velas são preparações farmacêuticas consistentes de forma cilíndrica destinadas à aplicação uretral Enfim embora tais formas farmacêuticas se caracterizem propriamente como formas semisólidas fazem parte também do grupo das formas chamadas formas plásticas e se assemelham muito em especial a géis e pomadas no que diz respeito aos componentes usuais e técnicas de preparação 101 COMPONENTES USUAIS a Excipientes inertes ou veículos constituem a base do supositório devem desintegrarse obrigatoriamente a 37 ºC Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 42 1 Bases lipofílicas manteiga de cacau óleos hidrogenados e outros excipientes semisintéticos etc 2 Bases hidrófilas polioxietilenoglicóis etc 3 Base anfifílica ácido esteárico saponificado glicerina b Tensoativos facilitam a dispersão de matérias hidrófobas promovendo absorção 1 Naturais lecitina de soja 2 Sintéticos polissorbatos c Antioxidantes em especial protegem os excipientes graxos de processos de rancificação Ex Alfa tocoferol butilhidroxianisol ácido nordihidroguairético etc d Endurecedores são utilizados para aumentar a consistência e elevar o ponto de fusão Exemplos parafina ceras PEG 4000 e Amolecedores são substâncias empregadas para abaixar o ponto de fusão incluem glicerina propilenoglicol óleos vegetais e minerais 102 CARACTERÍSTICAS DOS EXCIPIENTES BASE a Manteiga de cacau apresenta três formas polimórficas e sendo muito utilizada em supositórios Fundese aproximadamente a 30 ºC devendo ter baixa acidez Susceptível à rancificação b Óleos hidrogenados são obtidos por hidrogenação catalítica de vários óleos vegetais ex óleo de coco de amendoim de semente de algodão processo este que diminui a vulnerabilidade à oxidação rancidificação c Excipientes semisintéticos são obtidos a partir de ácidos graxos saturados de origem vegetal esterificados de cadeia variando de 12 a 18 carbonos Apresentam entre outras vantagens ponto de fusão mais bem definido menor acidez menor susceptibilidade para oxidação maior uniformidade de lote para lote Exemplos Fattbase Witepsol Novata Estaram d Polioxietilenoglicóis são bases hidrosolúveis também designadas polietilenoglicóis PEG Carbowaxes etc São polímeros do óxido de etileno designados por números PEG 200 PEG 400 PEG 1500 etc que dão uma idéia aproximada do peso molecular da cadeia polimérica Os mais utilizados são os de peso molecular 6000 4000 e1500 103 MÉTODOS DE OBTENÇÃO Fusãosolidificação As matériasprimas são misturadas aos excipientes previamente fundidos e em seguida a massa é vertida em moldes apropriados Depois do resfriamento os supositórios são retirados dos moldes exceto no caso em que o molde é a embalagem do produto Compressão O excipiente é triturado e misturado ao fármaco e depois comprimido em equipamento apropriado Este método devido a desvantagens como a necessidade de equipamento especializado dificuldade de homogeneização e aspectos irregulares dos supositórios obtidos só é usado casos específicos como por exemplo para fármacos termolábeis Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 43 104 LEIA MAIS SOBRE A FARMACOTÉCNICA DE SUPOSITÓRIOS E ÓVULOS Baixe a apostila abaixo em httpsdocsgooglecomfiled0B66w6GyX1iVDeHplZTFKVzNhMDgedituspsharing Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 44 105 LEITURA DE ARTIGO PREPARAÇÃO DE SUPOSITÓRIO DE GLICERINA Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 45 Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 46 Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 47 Curso de Farmácia IMEPAC Araguari farmaciaimepacedubr Apostila Teórica de Farmacotécnica II Prof Herbert Cristian de Souza 48 11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS a Bibliografia Básica 1 ALLEN JR Loyd V POPOVICH Nicholas G ANSEL Howard C Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos Tradução Ana Lúcia Gomes dos Santos et al 8 ed Porto Alegre Artmed 2007 viii 775 p il Tradução de Ansels pharmaceutical dosage form drug delivery systems ISBN 9788536307602 2 FERREIRA Anderson de Oliveira Guia prático da Farmácia magistral 4ed rev ampl São Paulo Pharmabooks 2010 v1 xxii 736 p il ISBN 9788589731454 3 FERREIRA Anderson de Oliveira BRANDÃO Marcos Guia prático da Farmácia magistral 4ed rev ampl São Paulo Pharmabooks 2011 v2 xxiii 673 p il ISBN 9788589731454 4 AULTON Michael E Delineamento de formas farmacêuticas Tradução George González Ortega et al 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 677 p Tradução de Pharmaceutics the science of dosage form design ISBN 9788536301525 e Bibliografia Complementar 1 VILLANOVA Janaina Cecília Oliveira SÁ Vania Regina de Excipientes guia prático para padronização formas farmacêuticas orais sólidas e líquidas 2 ed São Paulo Pharmabooks 2009 xv 417 p ISBN 8589731316 2 LARINI Lourival Fármacos medicamentos Porto Alegre Artmed 2008 404 p il ISBN 97885363 12040 3 ANSEL Howard C PRINCE Shelly J Manual de cálculos Farmacêuticos Tradução Elenara Lemos Senna Porto Alegre Artmed 2005 vi 300 p Tradução de Pharmaceutical calculations the pharmacists handbook ISBN 9788536305257