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Ciências Contábeis ·

Análise de Demonstrações Financeiras

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Introdução A análise de balanços visa relatar com base nas informações contábeis fornecidas pela empresa a posição econômicofinanceira atual as causas que determinaram a evolução apresentada e as tendências futuras Em outras palavras pela análise de balanços extraemse informações sobre a posição passada presente e futura projetada de uma empresa A análise de balanços é considerada por alguns autores como uma arte pois apesar das técnicas desenvolvidas não há um critério ou metodologia formal de análise válidos nas diferentes situações e aceitos unanimemente pelos analistas Dessa forma tornase impossível estabelecer uma sequência metodológica ou instrumental científico capazes de fornecer diagnósticos sempre precisos da empresa ASSAF NETO Isso faz com que os indicadores de análise sejam vistos de maneira particular por quem faz a análise sobressaindose além do conhecimento técnico a experiência e a própria intuição do analista Dois analistas podem chegar a conclusões diferentes sobre a mesma empresa mesmo tendo trabalhado com os mesmos dados e utilizados as mesmas técnicas de análise Isso significa que cada analista concentrase nas demonstrações financeiras da sociedade das quais extrai suas conclusões a respeito de sua situação econômicofinanceira e toma ou influencia decisões com relação a conceder ou não crédito investir ou não em seu capital acionário alterar determinadas políticas financeiras avaliar se a empresa está sendo bem administrada identificar sua capacidade de solvência se irá falir ou não avaliar sua lucratividade ou se tem condições de saldar suas dívidas com recursos gerados internamente etc Insumos básico da análise de balanços Os insumos necessários ao processo de análise de balanços são os relatórios contábeis elaborados periodicamente pelas empresas Os relatórios contábeis distinguemse em obrigatórios e não obrigatórios Obrigatórios são aqueles definidos pela legislação societária sendo mais conhecidos como demonstrações contábeis ou demonstrações financeiras A atual Lei das Sociedades por Ações determina que ao final de cada exercício social 12 meses toda empresa deve apurar com base nos fatos registrados pela contabilidade as seguintes demonstrações contábeis Balanço Patrimonial Demonstração do Resultado do Exercício Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados ou das Mutações do Patrimônio Líquido Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos atualmente opcional Atualmente o Fluxo de Caixa se tornou obrigatório para as empresas SAs capital aberto Todos que trabalham com análises principalmente os contadores sabem que as demonstrações financeiras geradas no departamento de contabilidade trazem um volume muito grande de dados Esses dados representam a matériaprima do setor po Administrador Financeiro que de posse deles os transformam em informações úteis para tomadas de decisões Os dados representam os números ou descrições de objetos ou adventos que isoladamente não provocam nenhuma reação no leitor Ou seja podemos definilos como a matériaprima necessária à obtenção de um produto denominado informação As informações representam para quem as recebe uma comunicação que pode produzir reações ou decisão frequentemente acompanhada de um efeito surpresa Em um exemplo podemos dizer que numa partida de futebol da sel Brasileira x sel Boliviana teve uma renda de R 28640000 e 36000 pagantes isso seria um dado já com a divisão da arrecadação pelo nº de pagantes obteríamos os preços médio por ingresso o que já se transformou em informação As demonstrações financeiras publicadas no DCI Gazeta Mercantil e outros podem representar uma infinidade de números que são dados Esse pode ser um importante e justificado motivo para se transformar parte desses dados em informações capazes de levar os dirigentes da empresa a uma decisão O início da análise O Contador A função básica do contador é compilar os dados decorrentes das operações da empresa mediante os registros contábeis E suas matériasprimas são os fatos de significado econômicofinanceiro expressos em moeda e os seus produtos finais são as demonstrações financeiras O analista O analista de balanços por sua vez preocupase com as demonstrações financeiras que necessitam ser transformadas em informações que permitam concluir se a empresa merece ou não crédito se é lucrativa se possui dívidas acima de sua capacidade se vem evoluindo ou regredindo ou até mesmo se sobreviverá ou irá a falência Linguagem O resultado da análise de balanços é demonstrado através de relatórios escritos em linguagem descomplicada com uso de gráficos representativos como auxiliares objetivando simplificar as conclusões mais complexas Devem ser elaborados como se fossem destinados a leigos mesmo que não o sejam Devese ter o cuidado de não elaborar relatórios cheio de dados ao invés de informação que é o produto esperado pela alta direção da empresa estes sempre irão querer decidir com base nas informações obtidas fornecidas pelos analistas sem a necessidade de interpretar índices ou gráficos mirabolantes O que realmente vai interessar à alta administração serão os comentários objetivos sobre a situação da empresa O que incluir no relatório Ao invés de apresentar um relatório cheio de dados numéricos devemos apresentar informações como por exemplo O grau de endividamento da empresa encontrase em nível razoável em relação ao ramo de atividade entretanto vem crescendo de maneira indesejável pois há dois anos podia ser considerado bom A composição do endividamento mostra um perfil de dívida insatisfatório devido à excessiva participação das obrigações de curto prazo Já a liquidez da empresa pode ser considerada boa Pode se listar informações do tipo Situação financeira Situação econômica Desempenho Eficiência na utilização dos recursos Pontos fracos e fortes Tendências e perspectivas Quadro evolutivo Adequação das fontes às aplicações de recursos Causas das alterações na situação financeira Causas das alterações na rentabilidade Evidência de erros da administração Providências que deveriam ser tomadas e não foram Avaliação de alternativas econômicofinanceiras futuras Grupos de interesse DiretoresAcionistas Clientes Fornecedores Instituições financeiras instituições de crédito bancos corretoras de valores etc Governo Uso da informação A informação produto da transformação dos dados obtidos através das demonstrações financeiras fornecidas pelo departamento de contabilidade São utilizadas por todos os grupos de interesse relacionado para os mais diferentes fins EXEMPLOS DiretoresAcionistas Estes se interessam pelo desenvolvimento geral da empresa mais precisamente no que diz respeito ao desempenho aos resultados obtidos ao grau de endividamento a lucratividade aos prazos de pagamentos aos prazos de recebimentos etc Clientes Estes se preocupam principalmente com nossa capacidade de dar continuidade no processo de fornecimento de materiais necessários à fabricação de seus produtos Fornecedores A preocupação dos fornecedores reside na capacidade da empresa em honrar seus compromissos nos prazos acertados Instituições Financeiras Idem fornecedores Governos Este é o sócio de todas as pessoas jurídicas e físicas pelo menos na hora de computar o lucro tributável importo de Renda Metodologia de análise Toda análise baseiase no raciocínio científico Na maioria das ciências o processo de tomada de decisão obedece a alguma sequência como segue Etapas 1Escolha de indicadores 2Comparação com padrões 3Diagnóstico ou conclusões 4Decisão Obs Todos os tipos de profissionais têm um padrão estatístico ou não para comparar níveis satisfatórios para dar sustentação a suas decisões A análise se compõe através das três primeiras etapas O médico por exemplo tem um padrão de reações estatisticamente elaborado para suportar seus diagnósticos O advogado se ampara na lei na jurisprudência e em comentários jurídicos para defender suas causas Em análise de balanços o raciocínio é aplicado da mesma forma 1 Extraemse índices das demonstrações financeiras 2 Comparamse os índices com os padrões 3 Ponderamse as diferentes informações e chegase a um diagnóstico ou conclusão 4 Tomamse decisões Quando esta sequência não é obedecida a análise fica prejudicada Às vezes por falta de padrões ou por não se saber construílos deixamse de fazer comparações e a análise fica comprometida por falta de elementos de referência Técnicas de análise Análise através de índices As atuais técnicas de Análise de Balanços possibilitam grande número de informações sobre a empresa Existem hoje muitos índices surgidos de 1915 até então Porém com o passar do tempo seguindo a tendência natural da sociedade as técnicas vêm se aprimorando sofrendo refinamentos como objetos de estudos nas universidades A principal preocupação dos índices de balanço é possibilitar avaliação de forma genérica sobre diferentes aspectos da empresa em análise sem profundidade que é alcançável através de outras técnicas adiante Análise vertical e horizontal As duas devem ser utilizadas conjuntamente e servem para complementar as análises por quocientes Elas são mais detalhadas envolve todos os itens das demonstrações e revelam falhas responsáveis por anomalias encontradas VERTICAL também chamada por análise por coeficientes é aquela através da qual se compara cada um dos elementos do conjunto em relação ao total do conjunto Evidencia a porcentagem de participação de cada elemento no conjunto Exemplo Em uma DRE onde as Despesas Administrativas são R 257000 e a Receita Operacional é R 1480000 X R 257000 x 100 17 R 1480000 HORIZONTAL também denominada por alguns analistas como análise por índices tem por finalidade evidenciar a evolução dos itens das demonstrações financeiras ao longo do ano Por meio deste tipo de análise é possível acompanhar o desempenho de todas as contas que compõe a demonstração analisada Análise do capital de giro Através do cálculo dos índices de rotação ou prazos médios é possível construir um modelo de análise dos investimentos e financiamentos do Capital de Giro de grande utilidade gerencial bem como para avaliação da capacidade de administração do Capital de Giro por parte da empresa Modelo de análise de rentabilidade Análise do ROI Retorno operacional dos Investimentos Esse tipo de análise desenvolvido há cerca de 50 anos é ainda instrumento de grande utilidade na análise interna ou externa da empresa Permite ampla decomposição dos elementos que influem na determinação da taxa de rentabilidade de uma empresa e explicam quais os fatores que levaram ao aumento ou à queda de rentabilidade Permite ainda identificar as alternativas para modificações da rentabilidade quando esta estiver em estudo Análise da Alavancagem Financeira O significado da alavancagem financeira Financial Leverage em inglês está correlacionado ao Capital de terceiros Quando a alavancagem ou o grau de alavancagem é maior do que 1 o endividamento tem um efeito de alavanca sobre o lucro que é levado para o acionista Por comparar o custo das diferentes alternativas de capital de terceiros com o custo do capital próprio a análise da alavancagem financeira é imprescindível para as decisões de subscrição de ações e muito recomendável nas decisões de financiamento de longo prazo Análise da demonstração das Origens e Aplicações de Recursos e do Fluxo de Caixa A partir das demonstrações financeiras levantadas em 311278 a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos DOAR começou a ser divulgada no Brasil por determinação da Lei nº 640476 Lei das Sociedades Anônimas atualmente com a lei 1163808 é um demonstrativo opcional deixando de ser obrigatório e passando o fluxo de caixa para um contexto obrigatório devido o fluxo de caixa ser mais simples para os profissionais de outras áreas conseguir analisar seus resultados Obs este apenas para empresas com patrimônio líquido superior a R 2 milhões Análise Prospectiva A análise de balanço é realizada com base em dados contidos em demonstrações financeiras passadas O pensamento é de que analisando o passado podese ter ideias do futuro supondose que o comportamento da empresa não se altere Esse é um raciocínio dominante em grande parte do mundo Usos e usuários da análise de balanços Saber analisar balanços está se tornando uma necessidade para grande número de pessoas Um dos elementos mais importantes na tomada de decisões relacionadas a uma empresa é a análise das suas demonstrações financeira O Diagnóstico de uma empresa quase sempre começa com uma rigorosa Análise de Balanços cuja finalidade é determinar quais são os pontos críticos e permitir de imediato apresentar um esboço das prioridades para a solução de seus problemas A política financeira de uma empresa tem reflexo nas demonstrações financeiras e é através da sua análise que se pode conhecer os seus objetivos A análise de balanços é fundamental para quem pretende relacionase com a empresa A análise de balanços permite uma visão da estratégia e dos planos da empresa analisada permite estimar o seu futuro suas limitações e suas potencialidades Cada usuário está interessado em algum aspecto particular da empresa Fornecedores O fornecedor de materiais ou serviços precisa conhecer a capacidade de pagamento de seus clientes ou seja a sua liquidez A profundidade da análise do fornecedor depende da importância do cliente Valor negociado Clientes Compradores Raramente o comprador analisa a situação do fornecedor O cliente deve se preocupar mais é em caso de contrato de fornecimento de materiais ou serviços considerados essenciais para a sua produção Nestes casos preocupandose com o aspecto de continuidade deve proceder análise mais aprofundada Bancos comerciais Esses bancos que trabalham com créditos de curtoprazo preocupamse com o grau de endividamento do cliente e sua rentabilidade e capitalização Bancos de investimentos Estes se preocupam muito mais com análise de tendência e fazer previsões que é muito mais importante para o banco de investimento Ou seja eles estão mais preocupados é com a situação futura da empresa Corretoras de valores Concede empréstimos às construtoras e sua análise está entre um banco comercial e um de investimento Sociedades financeiras Créditos diretos a consumidores Essas sociedades necessitam conhecer a capacidade financeira de seus clientes tomadores Corretoras de valores e público investidor Esses como agentes investidores preocupamse com o aspecto da valorização das ações Concorrentes Esta análise é de vital importância para conhecimento profundo da situação de seus concorrentes e pode ser um fator de sucesso ou de fracasso da empresa no mercado Dirigentes A análise de balanços para os administradores da empresa é instrumento importante complementar para a tomada de decisão A análise de balanços pode servir de guia para os dirigentes Governo O governo utiliza análise de balanços em diversas situações Por exemplo as concorrentes de concorrência pública Acompanhamento de clientes e fornecedores Muitas empresas e até mesmo bancos quebram simplesmente por não acompanhar a situação de seus clientesfornecedores periodicamente faz análise inicial e depois esquece Padronização das demonstrações financeiras As demonstrações financeiras devem ser preparadas para análise da mesma forma que um terreno deve ser preparado e modelado para a construção de um prédio Antes de iniciar a análise devese examinar detalhadamente as demonstrações financeiras Este trabalho consiste em uma crítica às contas das demonstrações financeiras e na transcrição delas para um modelo previamente definido A isto dáse o nome de Padronização A padronização tem como objetivo trazer as demonstrações financeiras a um padrão de procedimentos e ordenamento na distribuição das contas visando diminuir as diferenças nos critérios utilizados pelas empresas na apresentação de tais demonstrações Outro objetivo é fazer com que as demonstrações atendam às necessidades de análise e sejam apresentadas de forma simples de visualizar e fácil de entender isto é de correlacionar os diversos itens seguindo critérios próprios adotados internamente na empresa que esteja procedendo a análise O primeiro passo para análise é verificar se estamos de posse de todas a DFs inclusive notas explicativas Também seria desejável Dfs de três períodos Com as publicações em colunas comparativas teremos de posse de uma única publicação dois períodos exercício atual e anterior Em seguida devemos averiguar a autenticidade das DFs O Parecer da Auditoria nas DFs dá uma satisfatória margem de confiabilidade para o analista Não havendo Parecer de Auditoria recomendase ao analista uma maior dose de conservadorismo uma vez que nem sempre as DFs refletem a realidade principalmente as pequenas empresas O segundo passo é preparar as DFs de forma conveniente para a análise Esta etapa denominase Reclassificação de itens nas Demonstrações Financeiras Muitas vezes o contador visa através do seu agrupamento de contas nas DFs melhorar a situação econômicofinanceira da empresa usando de uma certa subjetividade Exemplo Se a empresa se dispõe a vender um imóvel que está classificado do Ativo Permanente a atitude do contador visando melhorar a situação financeira da empresa reclassifica este imóvel no Ativo Circulante Neste caso estaria melhorando a situação de liquidez da empresa a curto prazo Reclassificação das Contas Significa uma nova classificação um novo reagrupamento de algumas contas nas DFs sobretudo no Balanço Patrimonial e DRE São alguns ajustes para melhorar a eficiência da análise É necessário que o analista responsável por esta tarefa conheça bem o que representa cada uma das contas das demonstrações financeiras que tenha domínio do mecanismo contábil utilizado pelas empresas sabendo como aqueles valores surgiram o que eles representam e como serão liquidados Precisa ainda saber interpretar a nomenclatura utilizada pelas empresas convertendoa para planilhas internas É fundamental que o analista tenha condições de avaliar a relevância de cada item à medida que tal item possa apresentar dificuldade Os fatores mais importantes devem ser esclarecidos enquanto os menos relevantes muitas vezes não justificam tempo que podem absorver A leitura do relatório da diretoria das notas explicativas e do parecer da auditoria é tarefa obrigatória no processo de análise das demonstrações financeiras Motivos de se fazer a Padronização EM US CIA BIG BALANÇOS EM 3112X1 3112X2 3112X3 ATIVO CIRCULANTE FINANCEIRO Disponível 34665 26309 25000 Aplicações Financeira 128969 80915 62000 SOMA 163634 107224 87000 OPERACIONAL Clientes 1045640 1122512 1529061 Estoques 751206 1039435 1317514 SOMA 1796846 2161947 2846575 Total do Ativo Circulante 1960480 2269171 2933575 Investimentos 72250 156475 228075 Imobilizado 693448 1517508 2401648 Intangível 0 40896 90037 Total do Ativo não circulante 765698 1714879 2719760 TOTAL DO ATIVO 2726178 3984050 5653335 PASSIVO CIRCULANTE OPERACIONAL Fornecedores 708536 639065 688791 Outras Obrigações 275623 289698 433743 SOMA 984159 928763 1122534 FINANCEIRO Empréstimos Bancários 66165 83429 158044 Duplicatas Descontadas 290633 393885 676699 SOMA 356798 477314 834743 Total do Passivo Circulante 1340957 1406077 1957277 Passivo Não Circulante Simplificação Um balanço aberto em uma SA contém um nº elevado de contas o que dificulta a visualização do balanço como um todo Quando se faz cálculos fazendo análise vertical e horizontal por exemplo chegase a aproximadamente 500 a 600 números o que é um complicador na vida do analista Comparabilidade A análise é baseada em comparação e só faz sentido analisar um balanço após o seu enquadramento num modelo que viabilize comparação com outros balanços Adequação aos objetivos da análise O exemplo de duplicatas descontadas contabilmente demonstrada como redutora do ativo circulante Para efeito financeiro em nada difere de um empréstimo bancário uma vez que se trata de uma forma de captação de recurso Precisão na classificação das contas Consiste na adequação das contas segundo suas próprias naturezas Ë comum encontrarmos falhas de classificação de contas tanto no balanço como nas demais demonstrações Descoberta de erros existe caso de erros que podem ser intencionais ou não a Estoques finais ou iniciais da DRE diferentes do balanço b PDD apontado no balanço não coincide com a constituída na DRE c Dificuldade de conciliar PL inicial com PL final Obs Uma padronização rigorosa deveria sempre ser precedida da elaboração de um fluxo de caixa uma vez que tanto as saídas como as Empréstimos 314360 792716 1494240 Financiamentos 0 378072 533991 Total Passivo Não Circulante 314360 1170788 2028231 TOTAL DE CAPITAIS DE TERCEIROS 1655317 2576865 3985508 P LÍQUIDO Capital e Reservas 657083 1194157 1350830 Lucros Acumulados 413778 213028 316997 Total do P Líquido 1070861 1407185 1667827 TOTAL DO PASSIVO 2726178 3984050 5653335 entradas de caixa são bem identificadas o que dá uma boa base para análise Intimidade do analista com as demonstrações financeiras da empresa a padronização obriga o analista a pensar em cada conta das demonstrações e a decidir sobre sua consistência com outras contas suas classificações enquanto as transcreve para o modelo padronizado Demonstrações financeiras para exemplos DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS CIA BIG Exercício 3112X1 3112X2 3112X3 Receita Líquida 4793123 4425866 5851586 Custo dos Produtos Vendidos 3621530 3273530 4418671 Lucro Bruto 1171593 1152336 1632915 Despesas Operacionais 495993 427225 498025 Outras Receitas Operacionais 8394 17581 27777 Lucro Oper Antes do Imposto de Renda 683994 742692 1162667 Receitas Financeiras 10860 7562 5935 Despesas Financeiras 284308 442816 863298 Lucro Operacional 410546 307438 305304 Resultado não Operacional 1058 0 0 Lucro antes do Imposto de Renda 411604 307438 305304 Lucro Líquido 223741 167116 165956 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital Social e reservas Reserva Legal lucros Acumulados Total Saldo em 3112x0 577605 244222 821827 Lucro líquido do Exercício de 19x1 0 223741 223741 Aumento de Capital 79478 30000 49478 Dividendos 0 24185 24185 Saldo em 3112x1 657083 413778 1070861 Lucro Líq Do Exercício de 19x2 0 167116 167116 Aumento de Capital 537074 281634 255440 Dividendos 0 86232 86232 Saldo em 3112x2 1194157 213028 1407185 Lucro Líq Do Exercício de 19x3 165956 165956 Aumento de Capital 156673 0 156673 Dividendos 0 61987 61987 Saldo em 3112x3 1350830 316997 1667827 DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS CIA BIG Exercício 3112X1 3112X2 3112X3 ORIGENS DAS OPERAÇÕES Lucro Líquido 223741 167116 165956 Depreciação 20300 101511 167477 Resultado da Equivalência Patrimonial 5508 10541 20277 DOS ACIONISTAS Aumento de Capital 49478 255440 156673 DE TERCEIROS Novos Empréstimos e Financiamentos 124756 906528 857443 Total das Origens 412667 1420054 1327272 APLICAÇÕES Dividendos 24185 86232 61987 Reduções Emp Longo Prazo 0 50100 0 Aquisição Investimentos 6104 73684 51323 Aquisição Imobilizado 0 40896 49141 Total das Aplicações 64769 1176483 1214068 VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO 347898 243571 113204 MOVIMENTAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO Contas 19x0 19x1 19x2 19x3 Ativo Circulante 1500889 1960480 2269171 2933575 Passivo Circulante 1229264 1340957 1406077 1957277 Capital Circulante Líquido 271625 619523 863094 976298 Aumento ou Dim Do Cap C Líqu 347898 243571 113204 DADOS ADICIONAIS 3112X1 3112X2 3112X3 1 Receita Bruta de Vendas 6113052 6227390 8069229 Devoluções e Abatimentos 152825 184276 249086 Vendas Realizadas 5960227 6043114 7820143 Impostos 1107104 1617248 1968557 Receita Líquida 4793123 4425866 5851586 2 Outras RecDesp Operacionais Receita de Equiv Patrimonial 5508 10541 20277 Ganhos com a Inflação 2886 7040 7500 Total 8394 17581 27777 3 Despesas Operacionais De Vendas 269560 225310 284021 Administrativas 206323 180422 192698 Gerais 20110 21493 21306 Total 495993 427225 498025 4 Compras 3001587 2766402 3387266 5 Estoques Matériasprimas 264132 269385 317413 Produtos em Processo 263713 386643 466271 Produtos Acabados 223361 383407 533830 Total 751206 1039435 1317514 6 Aumento de Capital nas seguintes datas 3004x1 49478 3106x2 255440 0202x3 156673 7 Os Dividendos são provisionados no encerramento de cada exercício 8 Balanço Sintético de 19x0 ATIVO PASSIVO Circulante Circulante Operacional 1378133 Operacional 839522 Financeiro 122756 Fornecedor 570520 1500889 Outras Obrigações 269002 Financeiro 389742 1229264 Exigível a L Prazo 189604 Permanente 739806 Patrimônio Líquido 821827 TOTAL 2240695 TOTAL 2240695 Análise vertical e horizontal Cap 09 MATARAZZO Os métodos de análises vertical e horizontal prestam valiosa contribuição na interpretação da estrutura e da tendência dos números de uma empresa Podem ainda auxiliar na análise dos índices financeiros e em outros métodos de análise Análise vertical coeficientes Conceito É um processo comparativo expresso em porcentagem que se aplica ao se relacionar uma conta ou grupo de contas com um valor afim ou relacionável identificado no mesmo demonstrativo ou seja o primeiro propósito da análise vertical AV é mostrar a participação relativa de cada item de uma demonstração financeira em relação a determinado referencial De maneira mais simples podemos ver que a AV mostra a importância que cada conta em relação ao valor total do conjunto No balanço calculase o percentual de cada conta em relação ao ativo total e ao passivo total dentro de suas respectivas naturezas A Análise Vertical também denominada por alguns analistas como Análise por Coeficientes é aquela através da qual se compara cada um dos elementos do conjunto em relação ao total do conjunto Ela evidencia a porcentagem de participação de cada elemento no conjunto Através desse tipo de análise podese conhecer pormenores das demonstrações financeiras que escapam à análise genérica através dos índices O cálculo do percentual que cada elemento ocupa em relação ao conjunto é feito por meio de regra de três em que o valorbase é igualado a 100 sendo os demais calculados em relação a ele No caso do Balanço podemos saber qual o percentual do ativo circulante em relação a ativo total ou ainda a relação percentual entre o disponível e ativo total como o exemplo a seguir Exemplo do disponível em relação ao ativo total At Total 2726178 100 Disponível 34665 x X 34665 x 100 127 2726178 A porcentagem encontrada corresponde ao percentual de participação do disponível em relação ao volume do Ativo Total É evidente que nos casos referentes ao DRE calculase o percentual de cada conta em relação às vendas onde o valor das vendas é igualado a 100 Exemplo x 10860 x 100 023 4793123 O percentual de cada conta mostra sua real importância no conjunto Objetivo da análise vertical O principal objetivo da AV é mostrar a importância de cada conta na demonstração financeira a que pertence Embora a AV possa ser feita em qualquer demonstração financeira alcança sua plenitude quando efetuada na Demonstração do Resultado do Exercício A redução do Lucro Líquido de um período para outro pode ser resultado do aumento indesejado de alguns itens de despesa o que é facilmente verificado através da análise vertical É conveniente acompanhar constantemente o percentual de participação de cada despesa em relação ao valor da Receita Líquida de Vendas para evitar que esses percentuais que tem influência direta o Resultado do Exercício ultrapassem os limites orçados Análise horizontal índices Conceito É a comparação que se faz entre os valores de uma mesma conta ou grupo de contas em diferentes exercícios sociais É basicamente um processo de análise temporal desenvolvido por meio de númerosíndices A Análise Horizontal também denominada por alguns analistas como Análise por meio de númerosíndices tem por finalidade evidenciar a evolução dos itens das demonstrações financeiras ao longo do tempo O objetivo da Análise Horizontal é permitir o exame da evolução histórica de uma série de valores ao longo do tempo Os índices extraídos da análise horizontal representam a evolução de cada conta no decorrer do tempo e mostram os caminhos trilhados pela empresa e as possíveis tendências A análise é feita geralmente de no mínimo três exercícios Este tipo de análise possibilita o acompanhamento do desempenho de cada uma das contas que compõem a demonstração em questão ressaltando as tendências evidenciadas em cada uma delas sejam de evolução ou retração Através da AH o analista poderá verificar a evolução normal desta conta e comparála com a evolução das demais contas da Demonstração e concluir sobre o comportamento da mesma durante o período Enquanto a Análise Vertical é feita pela comparação de cada elemento do conjunto em relação ao total em um mesmo período a Análise Horizontal compara a evolução dos valores de cada conta das demonstrações em análise ao longo de vários períodos O analista não pode desprezar em sua análise a influência da inflação que pode concorrer para um crescimento ou redução dos valores em análise A Análise Horizontal é feita por meio de númerosíndices Númeroíndice é uma operação estatística utilizada pela análise de Balanços que consiste em substituir os valores constantes das contas de cada exercício por um número percentual que facilita a comparação entre eles Na construção dos percentuais para cada elaboração de análise horizontal se usa a técnica dos números índices em que no primeiro ano todos os valores são considerados iguais a 100 O mecanismo consiste em escolher um exercício geralmente o mais antigo como base atribuindo aos seus valores o percentual 100 e a partir desse exercício calcular os demais valores dos outros exercícios por meio de regra de três sempre em relação ao primeiro Repetindo Através da regra de três obtémse os valores dos anos seguintes A variação é o que exceder a 100 ou o que faltar para 100 Exemplo Suponhamos que a Demonstração do Resultado do Exercício de uma determinada empresa apresente os seguintes valores da Receita Operacional Líquida Exercício de x1 4280000 Exercício de x2 8200000 Exercício de x3 9680000 Escolhendo o exercício de x1 como base faremos Cálculo de índice para o exercício de x2 R 4280000 100 R 8200000 x logo x 8200000 x 100 19159 4280000 Cálculo do índice para o exercício de x3 R 4280000 100 R 9680000 x logo x 9680000 x 100 22617 4280000 Para fins de Análise Horizontal podemos elaborar uma tabela com base nos dados apurados Veja Demonstração de resultado do exercício da empresa exemplo SA CONTAS x1 x2 x3 Receita Operacional Líquida 100 19159 22617 VEJAM QUE Na construção dos percentuais para elaboração da Análise Horizontal se usa a técnica dos númerosíndices onde no 1º Ano todos os valores são considerados iguais a 100 Através da regra de três obtémse os valores dos anos seguintes índices A variação é o que excedera 100 ou o que faltar para 100 De posse da tabela devidamente elaborada basta analisar a evolução ou a retração de cada conta em relação ao exercício escolhido como base A análise pode ser feita inicialmente comparandose os índices obtidos em cada ano sempre em relação ao anobase Pode ser feita especificamente em cada item e depois em conjunto possibilitando verificar a influência de cada item um sobre o outro A evolução de cada conta mostra os caminhos trilhados pela empresa e as possíveis tendências Análise horizontal encadeada X atual A análise horizontal pode ser efetuada através do cálculo das variações em relação a um anobase quando será denominada Análise Horizontal encadeada ou em relação ao ano anterior quando será denominada Análise Horizontal Anual Nota A anual não deve ser feita em substituição a encadeada uma vez que pode causar alguma confusão Veja exemplos Suponha que uma conta Estoques de determinada empresa tenha a seguinte evolução 19x1 19x2 19x3 19x4 Estoques 2890143 1156058 1926764 2890143 A análise horizontal encadeada apresenta os seguintes cálculos 19x1 19x2 19x3 19x4 Estoques 100 40 67 100 X2 Þ 1156058 x 100 2890143 40 X3 Þ 1926764 x 100 2890143 67 X4 Þ 2890143 x 100 2890143 100 Concluise que a empresa teve uma redução de estoques em 19x2 tal redução passou a representar 40 dos estoques iniciais Em 19x3 os estoques subiram para o nível de 67 dos iniciais e em 19x4 voltaram exatamente ao nível inicial A análise horizontal anual mostra os seguintes números observese que neste processo em cada ano só aparece o percentual de variação em relação ao ano anterior Conta 19x2 19x3 19x4 Estoques 60 66 50 X2 Þ 40 100 60 X3 Þ 1926764 x 100 1156058 100 66 X4 Þ 2890143 x 100 1926764 100 50 Conclusões do cálculo A empresa sofreu uma redução de 60 no seu estoque no 1º ano e apresentou aumento de 66 e 50 respectivamente nos dois seguintes Isto sugere que a redução inicial teria sido inteiramente compensada em 19x3 e ainda havido um aumento dos estoques em 19x4 o que não corresponde à realidade Ou seja a redução de 60 de 19x2 foi calculada sobre uma base muito maior do que a base usada para o crescimento em 19x3 e 19x4 Relação entre Análise Vertical e Horizontal É recomendável que estes dois tipos de análise sejam usados em conjunto Não se deve tirar conclusões exclusivamente da análise horizontal pois determinado item mesmo apresentando variação de 2000 por exemplo pode continuar sendo irrelevante dentro da demonstração financeira a que pertence É desejável que as conclusões baseadas na análise Vertical sejam completadas pelas da análise Horizontal Na DRE pequenos percentuais podem ser significativos visto que o lucro líquido costuma representar também percentuais pequenos em relação as vendas em análise vertical porém em uma análise horizontal pode representar variações de grandes proporções Relação entre Análise VerticalHorizontal e Análise através de Índices A análise através de índices Financeiros é genérica relaciona grandes itens das Demonstrações Financeiras e permite dar uma avaliação à empresa A análise VerticalHorizontal desce a um nível de detalhes que não permite essa visão ampla da empresa mas possibilita localizar pontos específicos de falhas problemas e características da empresa e explicar os motivos de a empresa estar em determinada situação Objetivos da Análise VerticalHorizontal Análise Vertical Mostrar a importância de cada conta em relação à demonstração financeira a que pertence e através da comparação com padrões do ramo ou com percentuais da própria empresa em anos anteriores e permitir inferir se há itens fora das proporções normais Análise Horizontal Mostrar a evolução de cada conta das Demonstrações Financeiras e pela comparação entre si permitir conclusões sobre a evolução da empresa Em sentido específico destacamse os seguintes objetivos da análise VerticalHorizontal conjuntamente Capital de Giro Conceito de Capital de Giro Para seu funcionamento as empresas utilizam recursos materiais de renovação lenta imóveis instalações máquinas equipamentos denominados capital fixo ou permanente e recursos de rápida renovação dinheiro créditos estoques que formam seu capital circulante ou capital de giro também chamado de ativo corrente Capital de giro portanto é o ativo circulante que sustenta as operações do dia a dia da empresa e representa a parcela do investimento que circula de uma forma a outra durante a condução normal dos negócios Assim Capital de Giro Ativo Circulante Uma administração ineficiente do capital de giro poderá afetar de forma dramática o fluxo de caixa da empresa O volume de capital de giro utilizado por uma empresa depende de seu volume de vendas de sua política de crédito comercial e do nível de estoques que ela precisa manter Duas considerações muito importantes na administração do capital de giro são os ciclos econômicos e a sazonalidade específica de determinados negócios As indústrias normalmente possuem maior proporção de ativos permanentes em relação aos ativos totais e tendem a concentrarse nas necessidades de caixa a longo prazo as empresas comerciais trabalham com maior percentagem de capital de giro e concentramse principalmente nas contas a receber e nos estoques buscando mais os financiamentos a curto prazo as empresas de serviço por sua vez possuem poucos ativos permanentes e enfocam basicamente as contas a receber O capital de giro necessita de recursos para seu financiamento como acontece com o capital permanente Assim quanto maior for o capital de giro maior será a necessidade de financiamento seja com recursos próprios seja com recursos de terceiros Capital de Giro Líquido CGL Também chamado de capital circulante líquido corresponde à diferença aritmética entre o ativo circulante e o passivo circulante e representa a medida da liquidez da empresa refletindo sua capacidade de gerenciar as relações com fornecedores e clientes Logo Capital de giro líquido AC PC O passivo circulante representa os financiamentos fontes de recursos a curto prazo da empresa pois inclui todas as dívidas que terão seu vencimento e deverão ser pagas em um ano ou menos Quando o valor do ativo circulante supera o do passivo circulante significa que a empresa possui CGL positivo Nessa situação mais comum o CGL representa a parcela dos ativos circulantes da empresa financiada com recursos a longo prazo soma do exigível a longo prazo com patrimônio líquido os quais excedem as necessidades de financiamento dos ativos permanentes Quando o valor do ativo circulante é menor que o do passivo circulante significa que a empresa possui CGL negativo Nessa situação menos usual o CGL é a parcela dos ativos permanentes da empresa que está sendo financiada com passivos circulantes ou seja com capitais de curto prazo o que denota um quadro de risco De forma geral a maioria das empresas não consegue conciliar com precisão as entradas principalmente e as saídas de caixa Por isso os ativos circulantes precisam exceder os passivos circulantes ou seja uma parcela dos ativos circulantes é frequentemente financiada com fundos de longo prazo Geralmente entendese que quanto maior for o CGL de uma empresa menor será o seu risco porque sua liquidez reduz a probabilidade de que ela se torne tecnicamente insolvente Tal premissa entretanto pode ser equivocada pois um CGL muito alto significa que expressivos fundos de longo prazo estão financiando parte dos ativos circulantes Como os custos desses recursos a longo prazo são sempre mais elevados que os de curto prazo a empresa poderá vir a enfrentar problemas financeiros Estrutura de capitais Os índices de estrutura são aqueles que relacionam a composição de capitais próprios e de terceiros que medem os níveis de imobilização de recursos e que buscam diversas relações na estrutura da dívida da empresa Os índices desse grupo mostram as grandes linhas de decisões financeiras em termos de obtenção e aplicação de recursos Participação de capitais de terceiros CTPL Fórmula Capitais de Terceiro Patrimônio Líquido x 100 OU Exigível Total PL x 100 Indica Quanto a empresa tomou de capitais de terceiros para cada 10000 de capital próprio investido ou seja retrata a dependência da empresa em relação aos recursos de terceiros Interpretação Quanto menor melhor Porém a interpretação só será completa quando comparada com padrões Exemplo Dados da Cia BIG Isto mostra que Contas 19x1 19x2 Capitais de terceiros 1655317 2576865 PL 1070861 1407185 Índice de participação de terceiro 15458 18312 Em 19x1 pcada 10000 de Capital Próprio Patrimônio Líquido a empresa tomou 15500 de terceiros Em 19x2 pcada 10000 de próprios tomou 18300 de terceiros Composição do endividamento PCCT Fórmula Passivo Circulante Capital de terceiro x 100 Indica Qual o percentual de obrigações de curto prazo em relação às obrigações totais ou seja quanto da dívida total da empresa deverá ser pago a curto prazo Interpretação Quanto menor melhor Após conhecer o grau de Participação de Capitais de Terceiros resta saber qual a composição da dívida Existem dívidas a curto prazo e a longo prazo Exemplo CIA BIG Verificamos através desses índices que em 19x1 a empresa tinha 81 mais de 34 de suas dívidas vencíveis a curto prazo e que em 19x2 este percentual caiu para 54 quase metade melhorando aquilo que se pode chamar de dívida Contas 19x1 19x2 Passivo Circulante 1340957 1406077 Capitais de terceiros 1655317 2576865 Índice de composição do endividamento 8101 5457 Imobilização do patrimônio líquido APPL Fórmula Ativo Permanente Patrimônio Líquido x 100 Obs na lei 11638 o ativo permanente foi modificado pelo ativo não circulante investimento ativo não circulante imobilizado ativo não circulante intangível Indica Quanto à empresa aplicou no Ativo Permanente para cada 10000 de P Líquido Interpretação Quanto menor melhor Exemplo Cia Big Contas 19x1 19x2 Ativo não circulante imobilizado 765698 1714879 PL 1070861 1407185 Índice de imobilização do PL 7150 12187 Estes índices mostram que em 19x1 a empresa investiu no Ativo Permanente importância 7100 para cada 10000 de PL em 19x2 esse valor subiu para 12100 o que significa que em X2 parte do permanente está sendo financiado por 3ºs Ou seja O índice mostra que em 19x1 71 do PL foram investidos no At Permanente Os 29 restantes achamse aplicados no Ativo Circulante Essa parcela é chamada de Capital Circulante Próprio Imobilização dos recursos não correntes São considerados como recursos não correntes a somatória do Patrimônio Líquido mais o Exigível a Longo Prazo É perfeitamente possível utilizar recursos de longo prazo para financiar os ativos da empresa desde que o prazo seja compatível com a duração do imobilizado ou então que o prazo seja suficiente para a empresa gerar recursos capazes de resgatar as dívidas de longo prazo Aí está a lógica deste índice que compara as aplicações fixa ativo permanente com os recursos não correntes PL passivo não circulante Fórmula Ativo Permanente PL Passivo não circulante x 100 Indica Que percentual de recursos não correntes a empresa aplicou no Ativo Permanente Interpretação Quanto menor melhor Exemplo Cia BIG Contas 19x1 19x2 Ativo não circulante imobilizado 765698 1714879 Passivo não Circulante 314360 1170788 PL 1070861 1407185 Recursos não correntes 1385221 2577973 Índice de Imob De Recursos não correntes 765698 5528 1714879 6652 Total 1385221 2577973 Estes índices mostram que a empresa destinou ao At Permanente em 19x1 55 e em 19x2 66 dos recursos não correntes A parcela de recursos não correntes destinada ao Ativo Circulante é denominada Capital Circulante Líquido CCL Os elementos do At Permanente imobilizado tem vida útil que pode ser de 2 5 10 ou 50 anos Assim não é necessário financiar todo o imobilizado com recursos próprios Liquidez ou solvência Os índices de liquidez visam fornecer uma medida ou melhor um indicador da capacidade da empresa de pagar suas dívidas a partir da comparação entre os direitos realizáveis e as exigibilidades Os quocientes de liquidez evidenciam o grau de solvência da empresa em decorrência da existência ou não de solidez financeira que garanta o pagamento dos compromissos assumidos com terceiros São calculados com base em valores extraídos do Balanço Patrimonial Liquidez geral LG Fórmula AC Ativo não circulante RLP PC Passivo não circulante Indica Quanto à empresa possui no Ativo circulante e Realizável a L Prazo para cada 100 de dívida total Interpretação Quanto maior melhor EXEMPLO CIA BIG Contas 19x1 19x2 Ativo Circulante 1960480 2269171 Ativo não circulante RLP Passivo circulante 1340957 1406077 Passivo não circulante 314360 1170788 Liquidez geral 118 088 Liquidez corrente LC Fórmula ACPC Indica Quanto à empresa possui no Ativo circulante para cada 100 de Passivo circulante Interpretação Quanto maior melhor Contas 19x1 19x2 Ativo Circulante 1960480 2269171 Passivo circulante 1340957 1406077 Liquidez corrente 146 161 Nos dois exercícios o Ativo circulante é maior que o Passivo circulante e isto significa que os investimentos no Ativo Circulante são suficientes para cobrir as dívidas de curto prazo com margem de segurança folga de 46 e 61 respectivamente O excesso em relação à 100 devese à existência de Capital circulante Líquido Liquidez seca LS Fórmula AC estoque PC Indica Quanto à empresa possui de Ativo Líquido para cada 100 de Passivo circulante dívida de c prazo deixando livre o estoque para girar O índice revela capacidade financeira líquida para cumprir compromissos de curtíssimo prazo Interpretação Quanto maior este quociente melhor Conforme Matarazzo este índice é um teste de força aplicado à empresa visa medir o grau de excelência da sua situação financeira Contas 19x1 19x2 19x3 Ativo Circulante est 1209274 1229736 1616061 Passivo circulante 1340957 1406077 1957277 Liquidez seca 09018 08746 08257 Em 19x1 a BIG consegue pagar 90 de suas dívidas somente com o disponível as duplicatas a receber Em 19x2 consegue pagar 87 Os quocientes de rentabilidade retorno conhecido também como índice de lucratividade servem para medir a capacidade econômica da empresa isto é evidenciam o grau de êxito econômico obtido pelo capital investido na empresa São calculados com base em valores extraídos da DRE e do Balanço Patrimonial A rentabilidade do capital investido na empresa é conhecida através do confronto entre contas ou grupos de contas da DRE ou conjugandoas com grupos de contas do Balanço Patrimonial Giro do Ativo VLAT Fórmula Vendas líquidas Ativo Total Indica Quanto à empresa vendeu para cada 100 investimento total Exemplo Cia Big Conta 19x1 19x2 Vendas 4793123 4425866 Ativo total 2726178 3984050 Giro do Ativo 17582 11109 Interpretação Quanto maior este quociente melhor A empresa vendeu em 19x1 17582 para cada 100 investido ou seja o volume de vendas atingiu aproximadamente 176 vezes o volume de investimentos Houve queda acentuada em 19x2 Margem líquida LLVL Fórmula lucro líquido VL x 100 Indica Quanto à empresa obtêm de lucro para cada 10000 vendidos O quociente revela a margem de lucro obtida pela empresa em função do seu faturamento isto é quanto a empresa obteve de lucro líquido pcada 10000 vendidos Interpretação Quanto maior este quociente melhor Interpretação deste quociente deve ser direcionada a verificar a margem de lucro da empresa em relação às vendas Exemplo Cia Big Contas 19x1 19x2 Vendas 4793123 4425866 Lucro líquido 223741 167116 Margem líquida 467 378 Podemos observar uma queda considerável na margem de lucro da empresa em 19x2 Isto significa que empresa auferiu menos lucro por unidade vendida em 19x2 Quanto maior o quociente maior os lucros da empresa Rentabilidade do ativo LLAR Fórmula lucro líquido Ativo total x 100 Indica Quanto a empresa obtém de lucro para cada 10000 de investimento total Este quociente revela o potencial de geração de lucros por parte da empresa isto é quanto a empresa obteve de lucro líquido para cada 10000 de investimentos totais Interpretação Quanto maior melhor Exemplo Cia Big Conta 19X1 19x2 Lucro líquido 223741 167116 Ativo total 2726178 3984050 Rentabilidade do ativo 820 419 Para cada 100 investidos a empresa ganhou 820 em 19x1 e 419 em 19x2 Houve portanto queda na rentabilidade do ativo de um exercício para outro Quanto maior este quociente maior a lucratividade obtida pela empresa em relação aos investimentos Rentabilidade do patrimônio líquido LLPL Fórmula lucro líquido Patrimônio líquido x 100 Muitos livros utilizam o Patrimônio líquido médio que é a média aritmética do valor do 1º ano com o 2º ano Indica Quanto à empresa obteve de lucro para cada 10000 de Capital Próprio investido Interpretação Quanto maior melhor A interpretação deste quociente deve ser direcionada para verificar qual é o tempo necessário para se obter o retorno do CP investido ou seja quantos anos serão necessários para que os proprietários obtenham de volta o valor do capital que investiram na empresa Pontos importantes a considerar Quanto maior este quociente maior será o grau de lucratividade O tempo necessário para se obter O retorno do valor do Capital Próprio investido pode ser calculado da mesma maneira que se calcula o tempo de retorno do Capital Total Outro aspecto que evidencia a validade deste quociente é que o proprietário ou os acionistas poderá comparar o ganho obtido com o investimento na empresa com o ganho oferecido pelo mercado financeiro Exemplo Cia BIG Contas 19x1 19x2 Lucro líq 223741 167116 PL inicial 821827 1070861 PL final 1070861 1407185 PL médio 946344 1239023 Rentabilidade do PL 2364 1349 Para cada 100 de capital próprio investido a empresa conseguiu 2364 de lucro em X1 e apesar de X2 a empresa ter conseguido um lucro menor ainda é maior que os títulos de mercado que oscilam em torno de 6 Ciclos econômicos operacional e financeiro Utilizadas para mensurar o tempo em que as atividades da empresa são desenvolvidas De fundamental importância no controle gerencial e gestão de negócios refletem a cultura organizacional da empresa dentro do seu ramo de negócios Seus valores dependem dos processos de produção capacidade de vendas e recebimentos de clientes No caso do ciclo financeiro considerase também o pagamento a fornecedores Considere uma empresa onde as mercadorias permaneçam 42 dias em estoque com uma média de recebimento de clientes igual a 60 dias sendo o pagamento a fornecedores em 30 dias Teremos os seguintes valores para o cálculo dos ciclos como exemplo Prazo Médio de Estocagem PME 42 dias Prazo Médio de Contas a Receber PMCR 60 dias Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores PMPF 30 dias Ciclo Econômico O ciclo econômico é o tempo em que a mercadoria permanece em estoque Vai desde a aquisição dos produtos até o ato da venda não levando em consideração o recebimento delas encaixe Fórmula Ciclo Econômico Prazo Médio de Estocagem PME Exemplo Ciclo Econômico 42 dias Prazo médio de estocagem estoque CMV x360 Monstra quantos dias a empresa leva para renovar o seu estoque perante o custo das mercadorias vendidas Ciclo Operacional Compreende o período entre a data da compra até o recebimento de cliente Caso a empresa trabalhe somente com vendas á vista o ciclo operacional tem o mesmo valor do ciclo econômico Fórmula Ciclo Operacional Ciclo Econômico Prazo Médio de Contas a Receber PMCR Exemplo Ciclo Operacional 42 dias 60 dias Ciclo Operacional 102 dias Prazo Médio de recebimento Saldo Clientes Vendas brutas devolução e abatimentos 360 dias indica o quantos dias a empresa leva para receber de seus clientes referente as vendas a prazo Ciclo Financeiro não equivalente Também conhecido como Ciclo de caixa é o tempo entre o pagamento a fornecedores e o recebimento das vendas Quanto maior o poder de negociação da empresa com fornecedores menor o ciclo financeiro Fórmula Ciclo Financeiro Ciclo Operacional Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores PMPF Prazo Médio de pagamento dos fornecedores Saldo Médio de Fornecedores Compras Brutas 360 dias indica o quantos dias a empresa leva para pagar seus fornecedores perante as suas compras de um determinado período Exemplo Ciclo Financeiro 102 dias 30 dias Ciclo Financeiro 72 dias Ciclo financeiro equivalente Análise É importante para a empresa sempre buscar alternativas que resultem em ciclos financeiros reduzidos observando sempre as limitações do mercado e o setor econômico inserido Com ciclos menores temos o aumento do giro de negócios proporcionando maiores retornos sobre os investimentos No exemplo acima temos um ciclo financeiro de 72 dias isso significa dizer que durante 1 ano 360 dias a empresa gira 5 vezes Observe que após o pagamento a fornecedores a empresa começa a financiar suas atividades com seu próprio capital de giro Abaixo temos a diminuição do ciclo financeiro estendendo o pagamento a fornecedores de x para x Outras medidas seriam a antecipação de vendas e de seus respectivos recebimentos Ciclo financeiro equivalente Outra maneira de se calcular o Ciclo Financeira da empresa é utilizando os prazos médios da empresa PMRE Prazo Médio de Renovação de Estoques PMRV Prazo Médio de Recebimento de Vendas e PMPC Prazo Médio de Pagamento de Compras Entretanto devido ao PMRE e PMPC conterem em seus dados somatórios de informações a preço de custo precisamos fazer a sua equivalência ao preço de venda Ciclo financeiro equivalente Portanto o objetivo é transformar todos os prazos médios na mesma base sendo considerada as vendas para esse fim O Ciclo Financeiro Equivalente é importante para que as empresas possam determinar a sua necessidade de Capital de Giro Assim encontrase o PMRE Prazo Médio de Renovação de Estoques e o PMPC Prazo Médio de Pagamento de Compras equivalentes ou seja convertidos para a base de vendas podendo ser somados e subtraídos entre si com o PMRV Prazo Médio de Recebimento de Vendas Para isso devese fazer as seguintes conversões PMRE Prazo Médio de Renovação de Estoques Este prazo mede a quantidade médias de dias que o estoque fica em poder da empresa ou seja quantos dias em média e a empresa levar para renovar os seus estoques Inicialmente calculado pela divisão dos estoques pelo custo da mercadoria vendida e multiplicado pelo número de dias de um ano deverá ser multiplicado pelo percentual de custos de mercadorias vendidas sobre vendas para fazer a sua equivalência Neste caso a sua fórmula ficaria assim PMRE EstoqueCMV x CMV VL x 360 PMRE Estoque Vendas líquidas x 360 PMPC Prazo Médio de Pagamento de Compras Este cálculo indicar a quantidade média de dias que a empresa leva para pagar as suas compras O seu cálculo sem considerar a equivalência se dá pela divisão dos Fornecedores ou Duplicatas a Pagar pelas compras efetuadas pela empresa durante o período multiplicado pelo número de dias do ano Para se fazer a equivalência este cálculo deverá ser multiplicado pela porcentagem de compras sobre vendas PMPC Fornecedores CL x CLVL 360 ou PMPC fornecedoresVL x 360 PMRV Prazo Médio de Recebimento de Vendas Neste caso a empresa não necessita fazer a equivalência de dados pois conforme demonstrado na fórmula abaixo já é utilizado o valor de vendas para calcular este indicador Este índice demonstra a quantidade média de dias que a empresa demora para receber as suas vendas PMRV Clientes Vendas x 360 Após calculados estes indicadores podemos analisar o Ciclo Operacional Equivalente e o Ciclo Financeiro Equivalente O ciclo Operacional Equivalente se dá pela soma do PMRE e do PMRV e corresponde ao ciclo total de dias da empresa desde a compra da matéria prima até o recebimento da venda pelo seu cliente Portanto COeq PMREeq PMRV Desta forma ao subtrairmos do Ciclo Operacional Equivalente o número de dias do Prazo Médio de Pagamento de Compras Equivalente encontramos o Ciclo Financeiro Equivalente que é o número médio de dias que a empresa necessita de Capital de Giro ou seja a quantidade de dias que a empresa precisa manter recursos para concluir a sua operação isso fazendo a equivalência com as vendas da empresa CFeq PMREeq PMRV PMPCeq Continuando a análise baseada nos dados equivalentes às Vendas da empresa podemos calcular o a Necessidade de Capital de Giro Equivalente que é a representação monetária do Ciclo Financeiro Equivalente ou seja qual o valor que a empresa precisa manter em seu giro para conseguir cumprir o seu Ciclo Operacional Equivalente NCGeq CFeq x Vd OAC OPC Onde NCGeq Necessidade de Capital de Giro CFeq Ciclo Financeiro Equivalente Vd Vendas Diárias Total de Vendas dividido por 360 dias no caso de vendas anuais OAC Outros Ativos Circulantes OPC Outros Passivo Circulantes Consideramos como Outros Ativos e Passivo Circulantes os valores do circulante Ativo e Passivo considerados operacionais excluindo os itens Duplicatas a ReceberClientes e Estoques no Ativo Circulante e Duplicatas a PagarFornecedores no caso do Passivo Circulante ROE é o retorno sobre o investimento é o Return on Equity o retorno sobre um patrimônio líquido Esse indicador orienta ao conhecimento de quanto o investimento alvo neste caso a empresa rende em determinado espaço de tempo geralmente um ano em relação ao capital investido Para a análise em empresas é o lucro em relação ao dinheiro colocado no negócio por sócios Unindo a relação entre indicadores e a importância do ROE falarei a respeito de uma análise que detalha o entendimento sobre como o retorno de um negócio é construído a Análise DuPont O sistema DuPont tem sido por muitos anos usado pelos administradores financeiros como uma estrutura para analisar as demonstrações financeiras e avaliar a situação financeira da empresa O sistema DuPont funde a demonstração do resultado e o balanço patrimonial em duas medidas sínteses da lucratividade a taxa de retorno sobre o ativo total ROA e a taxa de retorno sobre o patrimônio líquido ROE Inicialmente o sistema DuPont reúne a margem líquida a qual mede a lucratividade sobre as vendas como o giro do ativo total que indica o quão eficientemente a empresa utilizou seus ativos na geração das vendas Na fórmula DuPont o produto desses dois índices resulta na taxa do retorno sobre o ativo total ROA RA margem líquida X giro do ativo total Substituindo os termos apropriados na equação e simplificando seus resultados tem Lucro Líquido Vendas Lucro Líquido RA X Vendas Ativo total Ativo Total A fórmula DuPont permite à empresa decompor seu retorno em dois componentes lucro sobre vendas e eficiência no uso dos ativos Normalmente uma empresa com baixa margem líquida tem um alto giro do ativo total o que resulta em retornos razoavelmente bons sobre o ativo total Ele costuma ocorrer com a situação inversa ROE é o retorno sobre o investimento é o Return on Equity o retorno sobre um patrimônio líquido Esse indicador orienta ao conhecimento de quanto o investimento alvo neste caso a empresa rende em determinado espaço de tempo geralmente um ano em relação ao capital investido Para a análise em empresas é o lucro em relação ao dinheiro colocado no negócio por sócios Unindo a relação entre indicadores e a importância do ROE falarei a respeito de uma análise que detalha o entendimento sobre como o retorno de um negócio é construído a Análise DuPont Exemplo Com os dados do balanço e do DRE calcular o retorno do ativo pelo método Du pont Ativo 5500 6350 Passivo 5500 6380 Circulante 3300 4405 Circulante 1500 2770 Caixa equivalente caixa 100 220 Fornecedores 1100 1400 Dupl A receber 1800 3000 Empréstimos 400 1370 Estoque 1400 1185 Passivo não circulante 500 660 Ativo não circulante 2200 1945 Financiamento 500 660 Imobilizado 2800 3145 PL 3500 2950 Depreciação 600 1200 Capital 2000 2150 Resultados Acumulados 1500 800 DRE A B Vendas líquidas 8800 9000 CMV 6200 6500 Lucro Bruto 2600 2500 Despesas Operacionais 2000 1807 Resultado líquido 600 693 Prejuízo líquido A B ML 600 8800100 4009000 100 ML 682 770 Giro do ativo 88005500 90006350 Giro do ativo 16 141732 Retorno do Ativo 1091 1091 Observase que as duas empresas têm o mesmo retorno do ativo mas uma tem a margem líquida maior e a outra ganha no giro Conceito de Fluxo de caixa São as alterações e ou modificações que influenciam o caixa em qualquer momento Segundo Marion 2009 380 a Demonstração de Fluxo de Caixa DFC indica a origem de todo o dinheiro que entrou no Caixa bem como a aplicação de todo o dinheiro que saiu do Caixa em determinado período e ainda o Resultado do Fluxo Financeiro Essa demonstração tem a característica de evidenciar as transações que efetivamente movimentam o caixa O que poderia ser uma característica controvertida O registro de movimentações de caixa é muito dinâmico a demonstração de fluxo de caixa tal qual as demais demonstrações é estática ou seja reflete um determinado momento ou mais propriamente dizendo um determinado saldo disponível e reportado Portanto não devemos analisar o fluxo de caixa dessa forma estática verticalmente como são apresentados uma vez que essa não é a realidade das empresas Objetivo de fluxo de caixa As informações sobre os fluxos de caixa de uma empresa são úteis para proporcionar aos usuários das demonstrações financeiras uma base para avaliar a capacidade da empresa em gerar caixa e valores equivalentes ao caixa e às necessidades da empresa para utilizar esses fluxos A demonstração de fluxo de caixa propicia aos analistas financeiros uma fonte segura para melhor elaborar seus planejamentos financeiros como também serve a outros usuários a forma com que a empresa gerou o caixa ou até mesmo como utilizou os recursos e valores equivalentes ao caixa A empresa quando utiliza essa demonstração com as demais supre de forma completa os usuários e principalmente os habilitam à avaliação nas mudanças de ativos líquidos de uma empresa e sua estrutura financeira que podem ser exemplificadas nas questões de liquidez e solvência E não obstante a esse fato ainda temos a melhora significativa no conhecimento dos prazos inerentes aos fluxos de caixa proporcionando adaptação às circunstâncias e às oportunidades Projeção visando a antecipar sobras de caixa para aplicar ou falta de caixa para financiála por exemplo com bancos também é mostrar as aplicações de recursos efetuadas pela empresa no período e quais as fontes de financiamento utilizadas Sob o ponto de vista analítico evidenciará o grau de eficiência da administração dos recursos da empresa Se há aplicações demasiadas em ativos nãooperacionais e como a empresa está conseguindo recursos para essas aplicações Se seus endividamentos são renováveis e se estão crescendo em face de novos investimentos ou em função de valorizações monetárias Quais as alternativas que a empresa utilizou para solucionar ou agravar o problema financeiro Se uma mudança na política de estocagem ou de crédito teve resultados favoráveis ou desfavoráveis como também se um determinado ganho de margem de lucro foi realmente benéfico tendose em vista o volume investido em giro Dessa forma conseguiremos examinar as habilidades da empresa em gerar lucros futuros para liquidar empréstimo por meio do fechamento tranquilo e contínuo do ciclo de operações da empresa À medida que o balanço patrimonial é composto de ativos e passivos estes representam aplicações que são usoorigens fontesrecursos Os fatores mais usuais e que se não forem analisados com muito rigor poderão levar a empresa a sérios problemas de desequilíbrio financeiro são Insuficiência crônica de caixa Captação sistemática de recursos através de empréstimos bancários principalmente de curto prazo Sensação de esforços desmedidos Sensação de risco de quebra repentina E que terá como causas básicas os seguintes indicadores Excesso de investimento em estoques Aumento do prazo médio de recebimento de vendas Diminuição do prazo médio de pagamento de compras Excesso de imobilização Inflação Recessão E por fim devemos ilustrar todos os fatores citados com as devidas consequências A empresa que não estiver atenta a todas as mudanças socioeconômicas nas quais está inserida terá problemas dos mais diversos quanto à sua complexidade Vulnerabilidade ante as flutuações de mercado Atrasos no pagamento das obrigações Tensões internas Concordata Falência O que ocorre com esse movimento é que as empresas começam a buscar os financiamentos para estabilizar o aumento das suas contas a receber com recursos externos que deveriam ser direcionados a cobrir suas obrigações correntes São passivos usuais das empresas Os tributos Os bancos Os fornecedores Os funcionários O que poderá acarretar as principais faltas de caixa nas empresas são os fatores que mais preocupam os gestores financeiros E dentre eles podemos exemplificar os seguintes Expansão descontrolada das vendas acima de sua capacidade de comercialização Insuficiência de capital próprio e utilização do capital de terceiros em proporção excessiva Aumento exagerado do prazo de faturamento Necessidade de compras em grande volume Aumento da inadimplência Aumento da necessidade de capital de giro em proporção maior do que o aumento do capital circulante líquido Aumento exagerado do ciclo financeiro Baixa velocidade de rotação dos estoques Excessiva distribuição de dividendos E em resumo a essas causas ou que possam levar a esses perigosos caminhos teremos o seguinte quadro econômico para identificar Declínio das vendas Retração do mercado Elevação do nível de preços Concorrência Aumento da carga tributária Aumento da inadimplência Para que possamos sanar essas consequências a ponto de não ter a situação empresarial mais agravada ou que as alternativas não sejam mais cabíveis devido ao prazotempo na tomada de decisão tardia é consenso que existem medidas que poderiam amenizar sanear parcial ou totalmente para que não chegue a vias da insolvência São elas Aumento do capital próprio pela subscrição por parte dos sócios atuais Aumento do capital próprio pela subscrição e integralização por parte de novos sócios Redução do ritmo das atividades operacionais Adequação do nível de operações ao nível de recursos disponíveis Contenção dos custos e das despesas operacionais Venda de imobilizados ociosos Planejamento e controles financeiros E para que se possa tomar as devidas medidas no intuito de saneamento das dificuldades por parte da empresa em questão devemos ter a noção exata das dimensões do fluxo de caixa por exemplo a curto prazo deveria corresponder ao controle detalhado de entradas e saídas de caixa geradas durante o período projetado Enquanto a longo prazo deveríamos analisar e compreender a projeção sintética de todas as entradas geradas pela venda de bens e serviços e das saídas provocadas por custos operacionais e de capital incluindo projetos de expansão modernização localização ou novas instalações fabris É uma demonstração sem dúvida nenhuma com muita objetividade e por isso no conceito de alguns especialistas leva vantagem sobre as demonstrações legisladas como a Doar e até porque não dizer a DRE Infelizmente nem mesmo o caixa é tão objetivo quanto parece ser à primeira vista Há aspectos controversos sobre os quais inexiste consenso que podem levar a demonstrações completamente diferentes conforme se adote um ou outro ponto de vista E como diz o prof Eliseu Martins O balanço e a demonstração de resultados se elaborados à luz do custo histórico e na ausência de inflação são a distribuição lógica e racional ao longo do tempo do fluxo de caixa da empresa Com esse pensamento não podemos simplesmente efetuar alguns poucos ajustes na demonstração transferindo itens que não são caixa para a coluna de caixa pois o conceito mais puro dessa demonstração é de relatar somente os itens caixa sem que haja a intenção de mostrar uma outra posição que não a real A demonstração de fluxo de caixa mostra as alterações líquidas que ocorrem na empresa Objetivos da demonstração do fluxo de caixa Avaliar as alternativas de investimento e controlar ao longo do tempo as decisões importantes que são tomadas na empresa com reflexos monetários Usando também como instrumento de verificação das situações presentes e futuras do fluxo de caixa na empresa posicionandoa para que não chegue a situações de nãoliquidez com a precisão de que não haja excessos monetários de caixa e se houver serão devidamente aplicados As informações constantes dessas demonstrações sempre versarão sobre a capacidade de geração de caixa e de controle dos itens financeiros da empresa Portanto ela evidenciará a capacidade financeira de autofinanciamento das operações deixando sempre para última instância a utilização do sistema bancário evidentemente para captações de curto prazo É também informação básica dessa demonstração a evidenciação da capacidade de gerar recursos e expandir o nível de investimento sempre considerando que as dívidas estarão suficientemente amortizadas tanto a curto como a longo prazo A partir da leitura dessa demonstração poderemos chegar a algumas ponderações como por exemplo Quais as causas das mudanças na situação financeira da empresa Em que foi empregado o lucro gerado pelas operações Como foi possível a empresa distribuir dividendos após prejuízo sofrido no exercício De que forma a empresa consegue manter seus pagamentos em dia se os resultados vêm sofrendo baixas ou seja negativos Como é financiada a expansão da empresa Com que recursos a empresa pode amortizar dívidas a longo prazo O que é feito com as receitas de venda de imobilizados Os recursos gerados pela empresa são suficientes Habilidade da administração A política de investimento é adequada O nível de tesouraria Lucro e o Fluxo de Caixa Os rendimentos de uma empresa reportados nas suas demonstrações de resultados podem indicar uma condição saudável de toda a posição financeira Em consonância a esse fato as análises dos coeficientes também podem indicar uma condição igual mesmo assim essa empresa poderá estar perto de uma falência E um profissional de finanças menos experiente pode até perguntar como ocorre essa situação de total incompatibilidade A resposta é simples e objetiva somente a leitura do fluxo de caixa poderá identificar realmente o porquê de a empresa estar neste aspecto Vitalidades ou fraquezas financeiras não são identificáveis pela análise de coeficientes de uma demonstração de resultados ou de um balanço patrimonial Para analisar uma situação financeira de uma empresa e medir sua solvência temos de separar os conceitos de receitas e despesas dos conceitos de recebimentos e pagamentos em caixa pois isso permitirá ir ao âmago dos fluxos Apesar de o caixa e o rendimento estarem intimamente ligados eles não são em hipótese alguma a mesma coisa haja vista que o rendimento tem a ver com o excedente aos custos incorridos e muitos eventos poderão ocorrer durante a transferência dos rendimentos em caixa Um desses eventos poderá ser o aumento do papel do capital em lucros não distribuídos de uma subsidiária à sua matriz Sob a óptica do método indireto da demonstração de fluxo de caixa esse aumento seria adicionado à receita liquida da matriz como caixa de atividade operacional quando na realidade o fluxo da matriz inclui somente os dividendos pagos em caixa para a matriz pela subsidiária No mundo econômico o denominador final e comum a todas as operações é o dinheiro e a longo prazo o conceito volta exatamente a uma diferença de riqueza medida em dinheiro No caso extremo qual o lucro de uma empresa a longo prazo É a diferença entre o valor de sua liquidação e os investimentos feitos pelos sócios Assim o conceito tradicional de lucro está vinculado em sua última consequência ao fluxo financeiro de ponta a ponta entre a empresa e seu proprietário No caso de inflação é necessário colocar todos os componentes do fluxo em uma única moeda corrigindose cada investimento feito pelos proprietários e cada lucro distribuído a eles ao longo do tempo A necessidade de se conhecer continuamente o andamento da vida da entidade exige a elaboração das demonstrações contábeis periódicas Para isso o regime de competência produz realocações do fluxo financeiro de forma a ter as confrontações necessárias a uma boa análise da evolução da efetiva rentabilidade e da correta posição financeira de qualquer entidade O prof Martins ainda em seu artigo conclui A demonstração de resultado possui receitas que foram ou serão recebidas na forma de dinheiro e despesas que foram ou serão pagas da mesma forma Assim o lucro obrigatoriamente transita pelo caixa da empresa por exemplo a aquisição de mercadorias a prazo produz o registro do ativo antes do seu desembolso e pode acontecer de esses bens serem baixados antes mesmo do seu respectivo pagamento Assim há sempre uma diferença no tempo entre o momento em que se registra o lucro com a transação e o efetivo aparecimento no caixa do respectivo montante Ainda mais que as vendas podem também ter essa diferença temporal Mas inexoravelmente o lucro bruto transita pelo caixa Conforme a Norma Internacional de Contabilidade 7 os fluxos de caixa referentes a juros e dividendos recebidos e pagos devem ser divulgados separadamente Cada um deles deve ser classificado de uma maneira uniforme de período a período como decorrentes de atividades operacionais Análise do capital de giro Para começar nossa análise de caixa e identificarmos o fluxo de caixa mais precisamente em uma empresa devemos visualizar as mudanças do balanço patrimonial e mais intimamente nas contas do ativo e passivo circulante para verificação dos efeitos Esse componente da análise do fluxo de caixa mede mudança em cada conta dos circulantes e poderemos conferir a realização de ativos entre esses as contas de bancos contas a receber e estoques o aumento de capital próprio pode ser usado para aumentar a conta de estoques A análise do capital de giro identifica a inclusão de recursos de giro adicionais de empréstimos a curto prazo de lucros líquidos ou de novos investimentos de capital As mudanças no capital de giro ocorrem pelo movimento das estruturas do balanço patrimonial da empresa O ciclo de caixa do negócio influencia em grande parte as contas de giro e caixa em bancos Todos os negociantes começam seu fluxo de caixa pelos ciclos operacionais de um determinado ponto Enquanto o fluxo de caixa progride os serviços os produtos da empresa são vendidos geralmente a crédito E essas vendas aumentam o ativo circulante mas só será por algum tempo e com sorte é que realmente aumentará seu fluxo efetivamente cobradas então essas vendas a crédito aumentarão a conta do caixa que é chamada de contas a receber Finalmente um outro ciclo é iniciado a cobrança das contas a receber às quais retornam documentos de débito em caixa Enquanto isso esse ciclo não líquido continua a empresa requer saldo para pagamento pronto de suas contas Essa parte do ciclo do fluxo de caixa são os salários os impostos os benefícios e outros Dessa forma o que podemos chamar de características da saída são muito mais curtas em relação às entradas Ao analisar demonstração de fluxo de caixa no capital de giro o analista deverá pesquisar os sinais de vitalidade do fluxo tanto quanto os sinalizadores de sua fragilidade A análise de coeficiente poderá ser muito útil para determinar esses sinais a saber Saldos de caixa que têm aumentado em taxas mais rápidas que o crescimento das receitas de vendas contas a receber estoques ou contas a pagar do último balanço patrimonial corrente Saldos de contas a receber e estoques que não têm crescido tanto quanto as taxas de crescimento das vendas Gastos com capital em ativos permanentes e outros ativos que estão fundeados por débitos a longo prazo ou capital próprio Pagamento de dividendos em caixa de lucros lucros retidos e não de empréstimos ou vendas ativas Empréstimos reduzidos a pagamentos de débitos pelo fluxo de caixa internamente gerado Se esses são bons sinais de que as contas operacionais estão em ordem e as contrapartidas conseguem se manter em nível satisfatório também temos o inverso os alertas aos quais devemos estar atentos para uma variação possivelmente perigosa que são Empréstimos excessivos com linhas de crédito bancárias para financiar estoques e contas a receber com atraso Agudos decréscimos nas contas de caixa enquanto vendas estão crescendo rapidamente e as contas a pagar continuam em tendência crescente Decréscimos líquidos no capital de giro de uma empresa que está crescendo rapidamente com aumentos consideráveis no investimento de ativo permanente Venda de ativos ou empréstimos para efetuar pagamentos de dividendos Usar o fluxo de caixa da economia de impostos e de depreciação para financiar dividendos mais que a reposição de equipamento de capital Refinanciamento contínuo de débitos de longo prazo durante períodos de perda Análise do fluxo de caixa A Demonstração de Fluxo de Caixa DFC para o usuário externo segrega os itens em três grandes grupos a Fluxo das Atividades de Investimentos originadas de decisões de investimentos de longo prazo em estrutura como máquinas veículos terrenos prédios normalmente gera fluxo negativo pois demonstra investimentos para o crescimento ressalvadas situações pré falimentares em que os imobilizados são alienados para saldar dívidas não suportadas pela geração operacional de caixa b Fluxo de Atividades de Financiamento Está relacionado à decisão sobre fontes de financiamento determinado portanto a estrutura de capital da empresa Exemplos pagamento de empréstimos integralização de capital pagamento de dividendos captação de empréstimos Na fase de crescimento o fluxo é positivo na fase de consolidação este fluxo tornase normalmente negativo c Fluxo de Atividades Operacionais É um dos indicadores mais importantes de solvência de uma empresa pois demonstra a capacidade de geração de caixa a partir das atividades operacionais da empresa ASSAF NETO 2002 p 56 destaca que o comportamento do fluxo de caixa é influenciado por diversas variáveis dentre as quais destaca a O setor de atuação da empresa b O ambiente econômico c A fase do ciclo de vida da empresa e d A existência de novos projetos de investimentos O autor afirma ainda que o fluxo de caixa das atividades operacionais pode assumir posições negativas sem que isso represente um sinal de insolvência quando a empresa se encontra na fase inicial do ciclo de vida ou quando fez vultosas inversões em novos projetos que demandam recursos para capital de giro São apresentados os seguintes indicadores que consubstanciarão as análises do fluxo de caixa a Cobertura de dívidas Fluxo de caixa das operações Passivo Total Valores superiores à unidade permitem inferir que a empresa consegue gerar sem suas operações num exercício recursos financeiros suficientes para cumprir as dívidas existentes tanto de curto como de longo prazo pode se variar este indicador substituindose o denominador pelo Passivo Circulante ou mesmo os juros apropriados a Retorno do patrimônio líquido Fluxo de caixa das operações Patrimônio Líquido Mostra o quanto a empresa consegue obter de caixa por unidade monetária investida pelo capital próprio Este indicador e o anterior estão relacionados à estrutura de financiamentos da empresa Portanto em situações de maior endividamento o retorno aos acionistas é menor que a cobertura de dívidas Uma variação da fórmula é a substituição no denominador pelos Dividendos pagos a Cobertura de investimentos Fluxo de caixa das operações Fluxo de Caixa de Investimento Determina se a empresa consegue financiar seus projetos de investimentos com recursos próprios Isso ocorre quando o indicador é superior à unidade Quando a cobertura de investimentos é menor que a unidade a empresa utiliza recursos financeiros do capital próprio ou de terceiros para as inversões de longo prazo Exemplo Conta Empresa ALFA Empresa BETA FC Operações 4000000 4000000 FC Investimentos 2500000 2500000 Cobertura Invest 16 16 a Retorno Total Fluxo de Caixa das Operações Fluxo de caixa de financiamentos Relaciona a entrada líquida de recursos provenientes do desempenho operacional com o fluxo de financiamento A análise desse indicador deve ser feita com certo cuidado uma vez que tanto o denominador quanto o numerador podem assumir valores positivos e negativos O quadro abaixo demonstra o índice de diversas empresas Empresa FC Operacional FC Financiamento Retorno Total Empresa 1 10000 5000 200 Empresa 2 5000 10000 050 Empresa 3 5000 10000 050 Empresa 4 10000 5000 200 Empresa 5 5000 10000 050 Empresa 6 10000 5000 200 Empresa 7 5000 10000 050 Empresa 8 10000 5000 200 Há diferença entre as empresas 1 e 6 e nas demais que têm o mesmo índice de retorno total Comente Retorno sobre vendas Fluxo de caixas das operações Vendas Este índice relaciona a geração de caixa pelo volume de vendas Em outras palavras quanto a empresa consegue gerar de fluxo de caixa líquido com suas operações para cada unidade de venda Retorno sobre o ativo Fluxo de caixa das operações Ativo Este índice demonstra quanto é gerado de fluxo de caixa das operações para cada unidade monetária investida no ativo Uma alternativa mais adequada a esse índice é o retorno do investimento onde são relacionados o fluxo das operações com o investimento total realizada pela empresa Fluxo sobre lucro Fluxo de caixa das operações Lucro líquido Este índice pode demonstrar a parcela do lucro que foi realizado financeiramente A evolução desse indicador pode ajudar a posicionar a empresa em seu ciclo de vida Conforme pode ser visualizado na figura a seguir a diferença entre o denominador e o numerador desse indicador se altera ao longo da vida da empresa Na fase inicial de entrada no mercado o valor do fluxo de caixa tende a ser menor que o prejuízo líquido O resultado contábil tende a reagir mais rapidamente na fase de crescimento quando se torna positivo Na fase seguinte de maturidade geralmente o fluxo de caixa as operações são superioras ao lucro líquido Dessa forma o índice fluxo sobre o lucro pode apresentar um indício de que a empresa atingiu a maturidade em seu negócio Análise do fluxo de caixa A Demonstração de Fluxo de Caixa DFC para o usuário externo segrega os itens em três grandes grupos a Fluxo das Atividades de Investimentos originadas de decisões de investimentos de longo prazo em estrutura como máquinas veículos terrenos prédios normalmente gera fluxo negativo pois demonstra investimentos para o crescimento ressalvadas situações pré falimentares em que os imobilizados são alienados para saldar dívidas não suportadas pela geração operacional de caixa b Fluxo de Atividades de Financiamento Está relacionado à decisão sobre fontes de financiamento determinado portanto a estrutura de capital da empresa Exemplos pagamento de empréstimos integralização de capital pagamento de dividendos captação de empréstimos Na fase de crescimento o fluxo é positivo na fase de consolidação este fluxo tornase normalmente negativo c Fluxo de Atividades Operacionais É um dos indicadores mais importantes de solvência de uma empresa pois demonstra a capacidade de geração de caixa a partir das atividades operacionais da empresa ASSAF NETO 2002 p 56 destaca que o comportamento do fluxo de caixa é influenciado por diversas variáveis dentre as quais destaca a O setor de atuação da empresa b O ambiente econômico c A fase do ciclo de vida da empresa e d A existência de novos projetos de investimentos O autor afirma ainda que o fluxo de caixa das atividades operacionais pode assumir posições negativas sem que isso represente um sinal de insolvência quando a empresa se encontra na fase inicial do ciclo de vida ou quando fez vultosas inversões em novos projetos que demandam recursos para capital de giro São apresentados os seguintes indicadores que consubstanciarão as análises do fluxo de caixa Cobertura de dívidas Fluxo de caixa das operações Passivo Total Valores superiores à unidade permitem inferir que a empresa consegue gerar sem suas operações num exercício recursos financeiros suficientes para cumprir as dívidas existentes tanto de curto como de longo prazo pode se variar este indicador substituindose o denominador pelo Passivo Circulante ou mesmo os juros apropriados Retorno do patrimônio líquido Fluxo de caixa das Operações Patrimônio líquido Mostra o quanto a empresa consegue obter de caixa por unidade monetária investida pelo capital próprio Este indicador e o anterior estão relacionados à estrutura de financiamentos da empresa Portanto em situações de maior endividamento o retorno aos acionistas é menor que a cobertura de dívidas Uma variação da fórmula é a substituição no denominador pelos Dividendos pagos Cobertura de investimentos Fluxo de caixa das operações Fluxo de caixa de investimentos Determina se a empresa consegue financiar seus projetos de investimentos com recursos próprios Isso ocorre quando o indicador é superior à unidade Quando a cobertura de investimentos é menor que a unidade a empresa utiliza recursos financeiros do capital próprio ou de terceiros para as inversões de longo prazo O que está errado Conta Empresa ALFA Empresa BETA FC Operações 4000000 4000000 FC Investimentos 2500000 2500000 Cobertura Invest 16 16 Retorno Total Fluxo de caixa das operações Fluxo de caixa de financiamentos Relaciona a entrada líquida de recursos provenientes do desempenho operacional com o fluxo de financiamento A análise desse indicador deve ser feita com certo cuidado uma vez que tanto o denominador quanto o numerador podem assumir valores positivos e negativos O quadro abaixo demonstra o índice de diversas empresas Empresa FC Operacional FC Financiamento Retorno Total Empresa 1 10000 5000 200 Empresa 2 5000 10000 050 Empresa 3 5000 10000 050 Empresa 4 10000 5000 200 Empresa 5 5000 10000 050 Empresa 6 10000 5000 200 Empresa 7 5000 10000 050 Empresa 8 10000 5000 200 Há diferença entre as empresas 1 e 6 e nas demais que têm o mesmo índice de retorno total Comente Retorno sobre vendas Fluxo de caixa das operações Vendas Este índice relaciona a geração de caixa pelo volume de vendas Em outras palavras quanto a empresa consegue gerar de fluxo de caixa líquido com suas operações para cada unidade de venda Retorno sobre ativo Fluxo de caixa das operações Ativo Este índice demonstra quanto é gerado de fluxo de caixa das operações para cada unidade monetária investida no ativo Uma alternativa mais adequada a esse índice é o retorno do investimento onde são relacionados o fluxo das operações com o investimento total realizada pela empresa Fluxo sobre lucro Fluxo de caixa das operações Lucro líquido Este índice pode demonstrar a parcela do lucro que foi realizado financeiramente A evolução desse indicador pode ajudar a posicionar a empresa em seu ciclo de vida Conforme pode ser visualizado na figura a seguir a diferença entre o denominador e o numerador desse indicador se altera ao longo da vida da empresa Na fase inicial de entrada no mercado o valor do fluxo de caixa tende a ser menor que o prejuízo líquido O resultado contábil tende a reagir mais rapidamente na fase de crescimento quando se torna positivo Na fase seguinte de maturidade geralmente o fluxo de caixa as operações são superioras ao lucro líquido Dessa forma o índice fluxo sobre o lucro pode apresentar um indício de que a empresa atingiu a maturidade em seu negócio Taxa de queima Fluxo de caixa das operações Capital Circulante líquido Onde o fluxo de caixa das operações 0 Apesar de esse indicador ser utilizado somente para situações em que o fluxo de caixa gerado pelas operações é negativo mensura em quanto tempo o CCL será consumido pelo fluxo negativo de caixa operacional Se a taxa de queima for de 1 isso significa que em um exercício social o CCL será queimado pelo desempenho operacional negativo da empresa Índice de liquidez e caixa Disponível t1 Operações Passivo Circulante Oneroso t1 Esse índice relaciona o disponível existente no período anterior mais o fluxo de caixa as operações com as dívidas onerosas da empresa que serão pagas no exercício Quando esse índice é crescente demonstra um aumento na liquidez da empresa Situações em que o valor é negativo denotam que a empresa não possui liquidez suficiente para pagar suas dívidas de curto prazo Taxa de queima Fluxo de caixa das operações Capital Circulante líquido onde fluxo de caixa das operações 0 Apesar de esse indicador ser utilizado somente para situações em que o fluxo de caixa gerado pelas operações é negativo mensura em quanto tempo o CCL será consumido pelo fluxo negativo de caixa operacional Se a taxa de queima for de 1 isso significa que em um exercício social o CCL será queimado pelo desempenho operacional negativo da empresa Índice de liquidez e caixa Disponível t1 FC Operações Passivo Circulante Oneroso t1 Esse índice relaciona o disponível existente no período anterior mais o fluxo de caixa as operações com as dívidas onerosas da empresa que serão pagas no exercício Quando esse índice é crescente demonstra um aumento na liquidez da empresa Situações em que o valor é negativo denotam que a empresa não possui liquidez suficiente para pagar suas dívidas de curto prazo EBITDA Earning Before Interest Taxes Depreciation and Amortization O EBITDA representa o potencial de geração genuinamente operacional de caixa que o ativo operacional de uma empresa é capaz de produzir antes inclusive de considerar o custo de qualquer capital tomado emprestado Não corresponde ao efetivo fluxo de caixa físico já ocorrido no período porque parte das vendas pode não estar recebida e parte das despesas pode não estar paga Assim que recebidas todas as receitas e pagas todas as despesas esse é o valor de caixa produzido pelos ativos antes de computadas as receitas e as despesas financeiras juros impostos sobre o lucro a depreciação a amortização e a exaustão É determinado pela soma do lucro operacional antes do IR e das despesas não desembolsáveis depreciaçãoamortização É um indicador financeiro equivalente ao Fluxo de Caixa evidenciando a capacidade da empresa em remunerar os credores e acionistas O EBITDA concentra informações no operacional e na capacidade da empresa em gerar caixa Essa é a principal razão para a exclusão das receitas e despesas financeiras juros pagos a credores posto que não apresentam vínculos com a atividade embora sejam muitas vezes inevitáveis ao fomento da atividade Além do mais o EBITDA exclui do seu efeito apesar de serem itens operacionais não impactam diretamente o fluxo de caixa depreciação exaustão e amortização Modelo simplificado EBITDA Receita Bruta Deduções e impostos Receita Líquida Custos Lucro Bruto Despesas Operacionais Lucro Operacional Receitas Despesas Financeiras Resultado EBITDA EBITDA COMO CALCULAR Um indicador financeiro bastante utilizado pelas empresas de capital aberto e pelos analistas de mercado é o chamado EBITDA cujo conceito ainda não é claro para muitas pessoas A sigla corresponde a Earning Before Interests Taxes Depreciation and Amortization ou seja lucro antes dos juros impostos depreciação e amortização CONCEITO Em linhas gerais o EBITDA representa a geração operacional de caixa da companhia ou seja o quanto a empresa gera de recursos apenas em suas atividades operacionais sem levar em consideração os efeitos financeiros e de impostos Difere do EBIT conhecido como o lucro na atividade no que se refere à depreciação e amortização pois o EBIT considera estes efeitos contábeis A utilização do EBITDA ganha importância porque analisar apenas o resultado da empresa lucro ou prejuízo muitas vezes tem sido insuficiente para avaliar seu real desempenho em um dado período já que muitas vezes é influenciado por fatores difíceis de serem mensurados CÁLCULO DO EBITDA Um primeiro passo é calcular o lucro operacional que de acordo com o critério utilizado no Brasil é obtido como a subtração a partir da receita líquida do custo das mercadorias vendidas CMV das despesas operacionais e das despesas financeiras líquidas despesas menos receitas com juros e outros itens financeiros Vale lembrar que a definição de lucro operacional em boa parte do mundo exclui o resultado financeiro Já para calcular o EBITDA é preciso somar do lucro operacional a depreciação e amortização inclusas no CMV e nas despesas operacionais Isso porque essas contas não representam saída de caixa efetiva no período Em resumo a depreciação de um equipamento quantifica a perda de sua capacidade produtiva graças ao uso ou tempo e portanto a perda de seu valor para a empresa Essa perda vale ressaltar é apenas econômica e não financeira ou seja não há um desembolso efetivo dos recursos no período Outra conta que deve ser acrescentada no EBITDA é a despesa financeira líquida que foge do escopo de análise do indicador ou seja de efetivo desempenho operacional Assim para o cálculo do EBITDA adicionamse os juros depreciação e amortização ao Lucro Operacional Líquido antes dos impostos Vale lembrar que muitas empresas já publicam diretamente o indicador que não é de divulgação obrigatória de acordo com as regras da CVM Isso tende a facilitar a análise embora muitos analistas critiquem as diferentes metodologias adotadas principalmente em relação a itens extraordinários APLICAÇÃO DO EBITDA O indicador pode ser utilizado na análise da origem dos resultados das empresas e por eliminar os efeitos dos financiamentos e decisões contábeis pode medir com mais precisão a produtividade e a eficiência do negócio Como percentual de vendas pode ser utilizado para comparar as empresas quanto à eficiência dentro de um determinado segmento de mercado Além disso a variação do indicador de um ano em relação a outro mostra aos investidores se uma empresa conseguiu ser mais eficiente ou aumentar sua produtividade Por outro lado como ressalva vale lembrar que o EBITDA pode dar uma falsa ideia sobre a efetiva liquidez da empresa Além disso o indicador não considera o montante de reinvestimento requerido pela depreciação fator especialmente crítico nas empresas que apresentam ativos operacionais de vida curta Assim o EBITDA é um indicador financeiro muito relevante mas que deve ser utilizado combinado com outros indicadores de desempenho para fornecer uma visão mais apropriada da performance da empresa Ainda assim é certamente o mais acompanhado pelos analistas e acaba ganhando bastante importância também na análise de crédito e nos múltiplos de avaliação de empresas Em determinado cenário uma empresa pode apresentar um EBITDA verdadeiramente astronômico e nem sequer ter dinheiro para pagar os salários basta que tenha vendido a clientes que não pagam ou que tenha efetuado avultados investimentos Isto devese ao fato deste indicador analisar somente as contas de resultado não se importando com a movimentação patrimonial EVA ECONOMIC VALUE ADDED valor econômico agregado avalia o retorno econômico gerado pela empresa O índice corresponde ao saldo do Lucro Operacional menos o custo do capital investido na empresa Um resultado positivo demonstra que a empresa teve retorno positivo Caso esse retorno tenha sido negativo o índice será menor que zero indicando a perda econômica O EVA foi criado com a finalidade de avaliar se a cada ano a empresa está ganhando dinheiro suficiente para pagar o custo real do capital que administra Se o EVA for negativo a empresa naquele ano está destruindo o capital do acionista Deste modo o EVA consiste na diferença entre o lucro líquido operacional da empresa após o imposto de renda e o custo anual total do capital Formula de cálculo do EVA EVA Lucro Operacional Custo Cap Invest Se uma empresa obtiver um EVA positivo seguidamente ela provavelmente também terá um MVA positivo E caso a empresa tenha um EVA negativo através dos anos o seu MVA com o passar do tempo também se tornará negativo pois seus investidores deixarão de investir em uma empresa que não está gerando valor O EVA é positivo quando o retorno operacional após os impostos supera o custo do capital havendo desta forma a criação de riqueza para os acionistas e caso contrário ocorre então a destruição desses valores investidos Empresas com EVA negativo também são comuns no Brasil o que significa que a maioria está destruindo os valores agregados dos próprios acionistas A razão pela qual estas empresas não constroem valor é o Lucro Operacional ser insuficiente para compensar o custo do capital investido O EVA é um índice financeiro e não um sistema de gestão Mede verdadeiramente os lucros e permite aos acionistas e investidores avaliar com clareza se o capital empregado em determinado negócio está sendo bem aplicado Portanto vale considerar que o EVA é uma medida de desempenho interno Possibilita estabelecer metas gerenciais em diferentes níveis hierárquicos e auxilia os gerentes de cada nível a desenvolver ações que sejam direcionadas a criação de novos valores sejam em setores departamentos ou na organização como um todo O que muda a forma de gestão da empresa é a GBV Gestão Baseada no Valor que revela o resultado da mesma influenciando nas tomadas de decisões A GVB promove uma mudança de comportamento onde todos os funcionários passam a participar da criação de riqueza em virtude da possibilidade de uma remuneração variável EXEMPLO PPR Prêmio Participação Resultado MVA Valor de Mercado Agregado Pode ser definido como o ágio prêmio agregado sobre o Capital empregado na empresa MVA Valor de Mercado Capital Análises estatísticas e pesquisas acadêmicas mostram que EVA é a medida que mais se relaciona com a criação de valor melhor do que qualquer outra medida de desempenho contábil tradicional Significa que para criar valor os administradores de uma empresa devem se preocupar com muito mais do que somente reduzir custos e melhorar a eficiência do capital Eles precisam encontrar meios para entregar valor para os clientes através de produtos inovadores propaganda bemsucedida serviços impecáveis e outros Embora o MVA seja o melhor indicador do total de riqueza criada ele não é útil para gestão interna da empresa As variações diárias do preço da ação iriam levar os empregados a prestar mais atenção às cotações da empresa em bolsa do que na empresa Na verdade sem uma ferramenta intermediária é difícil para os gerentes verem como suas ações podem afetálo O MVA só é possível de ser medido para uma empresa no nível consolidado sendo de pouca utilidade para as divisões internas da empresa Exemplo Quando uma empresa obtém uma taxa de retorno maior do que seu custo de capital EVA é positivo Como resposta o preço da ação sobe aumentando o valor do negócio e consequentemente o MVA Do mesmo modo o preço da ação cai quando a empresa obtém uma taxa de retorno menor do que seu custo de capital Portanto intuitivamente o EVA determina o MVA Aplicação do EVA na controladoria EVA gera foco no gerenciamento de negócios Identificar oportunidades de planejamento estratégico para criar riquezas Utilizar EVA para planejamento de capital e orçamento de projetos Estabelecer planos de incentivo para executivos baseados em performances Avaliar processo de aquisição ou desenvolvimento Estabelecer metas de longo prazo