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Texto de pré-visualização
Elaborar um texto descritivo com análise sobre o Museu das Bandeiras na Cidade de Goiás Observação não chamar a Cidade de Goiás de Goiás Velho no texto O texto é na primeira pessoa A descrição inicia com uma viagem feita no dia 09 de julho de 2022 no Museu das Bandeiras na Cidade de Goiás pelos alunos da disciplina Os caminhos teórico metodológicos da produção historiográfica sobre Goiás do Programa de PósGraduação em História da Universidade Federal de Goiás PPGHUFG ministrada pelo professor Dr Rildo Bento de Souza Fazer uma breve apresentação minha sou jornalista formado pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás PUC Goiás Nessa mesma instituição de ensino eu cursei o mestrado em Ciências da Religião Sou graduado em Filosofia pelo Instituto de Filosofia e Teologia de Goiás Ifiteg Sou professor de Filosofia no EPG em Trindade e coordeno a comunicação da Câmara Municipal de Trindade O museu das Bandeiras você pode pesquisar sobre ele na internet Lá funcionou a Câmara e a cadeia Era uma prisão Pensei em fazer um paralelo dos tipos de torturas que eram realizadas no local e falta dos direitos básicos Tem uma dissertação de História do Eli Braz da Silva Júnior com o título Velha Goiás velha cadeia As vozes que se podem ouvir Existem outros trabalhos acadêmicos que você pode consultar disponíveis na internet A centralidade do texto que o local é um lugar de sofrimento e de dor Encerrar o texto com a poesia do Saulo Máximo Figuerêdo de Holanda e de anos aluno da série do Colégio Marista de Goiânia Ele é filho do casal de meus amigos desembargador do Tribunal de Justiça de Goiás TJ GO Anderson Máximo de Holanda e da procuradora do Município de Trindade Néli Cárita Máximo Figuerêdo A poesia foi publicada no livro Encantos de Goiás do Colégio Marista de Goiás A poesia Ainda falta o título vou consegui e te passo A prisão machuca pessoas Triste história Museus das Bandeiras Sempre teremos na lembrança As coisas que lá ocorreram Coreto e seus deliciosos sabores De picolés e sorvetes Que todos querem provar Um picolé só não dá Os poemas de Cora São verdadeiros e têm história Contam de Goiás Fatos e memórias Correction sheets entitled Ripleys 10 Little Soldiers By Agatha Christie Peice File No 1916 showing the torn slips containing text of the title author and a few indexed lines Further description is not clear RESUMO DESCRITIVO O resumo descritivo a seguir abordará o Museu das Bandeiras em Goiás proporcionado através de uma visita oriunda de um passeio acadêmico Será descrito as características físicas históricas e culturas do Museu Além disso será feito um paralelo relacionando as histórias de dor e sofrimento que o lugar representa O Museu das Bandeiras é uma história viva e será feito um breve apontamento para tentar reproduzir ao máximo tudo que foi vivenciado e sentido no passeio acadêmico Minha formação acadêmica tem bastante relação com os elementos históricos culturais do Museu Bandeira Sou jornalista formado pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás PUC Goiás Nessa mesma instituição de ensino eu cursei o mestrado em Ciências da Religião Sou graduado em Filosofia pelo Instituto de Filosofia e Teologia de Goiás IFITEG Atualmente minha atividade profissional desempenho como professor de Filosofia no EPG em Trindade e coordeno a comunicação da Câmara Municipal de Trindade ambos no Estado de Goiás O passeio acadêmico foi realizado no dia 09 de julho de 2022 no Museu das Bandeiras na Cidade de Goiás pelos alunos da disciplina Os caminhos teóricometodológicos da produção historiográfica sobre Goiás do Programa de PósGraduação em História da Universidade Federal de Goiás PPGHUFG ministrada pelo professor Dr Rildo Bento de Souza Com base neste evento que apresento as principais experiências características e observações do Museu Além disso para melhor compreensão dos fatos históricos além da visita será agregado um levantamento de dados sobre o Museu com objetivo de fundamentar as análises e deixar a descrição mais próxima possível das histórias reais que ocorreram no Museu ao longo dos anos É uma vasta história que apenas as visualizações através da visita não seriam suficientes para relatar com riquezas de detalhes os fatos que marcaram a história do Museu Serão agregados ao texto fontes que irão enriquecer ainda mais a descrição do Museu e assim deixando o leitor com plenas informações sobre os detalhes físicos estruturais e culturais O Museu da Bandeira está localizado na cidade de Goiás aproximadamente a 128km de Goiânia capital do Estado de Goiás É cercado por uma ampla área verde proporcionando uma ótima paisagem assim que se chega ao Museu De imediato ao entrar no Museu já conseguimos visualizar diversas peças históricas que remetem ao passado de Goiás Elementos de Igreja da época antiga do Estado de Goiás são observados O Museu é extremamente preservado e bem cuidado Existem alguns monitores que facilitam o entendimento das peças e das salas facilitando assim a compreensão sobre peças figuras equipamentos entre outros itens do Museu Ao andar pelo Museu os sentimentos de contemplação com os detalhes históricos se misturam com a dor e o sofrimento do passado Ao conhecer cada sala cada item nos deparamos com elementos que representam maustratos escravidão dor discriminação de raças Infelizmente este passado cruel e sangrento faz parte da história dos povos mais especificadamente no caso da história brasileira e do Estado de Goiás Apesar de não ser tão grande como outros Museus históricos de outras cidades representa um lugar rico em história e detalhes O índio muitas vezes esquecidos como origem racial de nossa terra tem seu espaço representado no Museu Uma da sala é dedicada a arte indígena onde representa sua cultura e elementos que facilitam o entendimento de como era sua vida e de como realizavam procedimentos banais do seu cotidiano A entrada no Museu é gratuita onde se pode ter acesso as salas e visualizar os itens do prédio É permitida tirar fotos porém sem o flash por causa da preservação das peças antigas Todos os funcionários do Museu são muito solícitos e agem com presteza A equipe de funcionários torna a experiência muito mais agradável devido ao tratamento de forma educada e esclarecedora dos colaboradores Muitos itens do Museu fazem menção ao período dos escravos no Brasil Muitos elementos mostram como era difícil a vida dessas pessoas marcada por torturas dor e sofrimento Representa uma história negativa e cruel de nossa sociedade entretanto não se deve ser esquecida nem ignorada Conhecer como essas pessoas sofreram nos leva a uma reflexão de procurar tratar o próximo melhor e de lutar pelos direitos humanos das pessoas uma vez ainda existem pessoas que sofrem esses maustratos e tortura pelo mundo afora Podemos identificar facilmente através das salas que o local de fato no seu passado era uma prisão Ao observar os detalhes das salas uma delas representa ainda a estrutura da época da cadeia com o chão de madeira É possível verificar marcas dos presos pela sala em partes que ficam evidentes as marcas de arranhões de suas unhas Outro elemento importante exposto no Museu é a Cruz que foi colocada na cidade de Catalão pelos Bandeirantes que com a enchente de anos anteriores foi levada pelo rio Após sua coleta a Cruz foi colocada no Museu das Bandeiras representando a fé e a história do povo de Goiás A vida dos escravos é bastante explorada pelo Museu No entanto também mostram evidencias de como era a vida dos coronéis e senhores donos de terras da época É possível imaginar através dos ricos detalhes como seria a relação dos donos de terras com seus escravos e de como também seriam as relações com os trabalhadores que estariam livres Para estes últimos a relação lembra bastante as dos senhores feudais da Idade Média com seus servos numa relação de vassalagem Facilmente ao entramos no Museu sofremos um tipo de viagem no tempo Estamos de perto com a história de nossa cidade das pessoas que fizeram parte e que foram responsáveis por diversos acontecimentos históricos e culturais não somente do Estado de Goiás mais de todo o Brasil Conseguimos de fato visualizar a verdadeira história que marca o lugar pena no entanto que também reflete muita dor e sofrimento É um passeio rico em detalhes históricos que serviram para aumentar nossa formação acadêmica No entanto acredito que todos deveriam conhecer o Museu das Bandeiras Não se trata apenas em aumentar seu nível acadêmico e sim conhecer suas raízes historias e processos que a população vivenciou aos longos dos anos A visita ao Museu deve fazer parte daqueles que realmente desejam conhecer a origem das pessoas a situação que o negro passou e as verdades sobre os crimes de tortura cometidos ali dentro É uma verdadeira aula de história viva através das paredes do Museu Os detalhes sobre a cadeia pública da cidade ainda estão presentes no prédio Algemas e correntes mostram como eram a realidade das pessoas presas naquele prédio As prisões daquela época eram grandes centros de tortura e eram totalmente contrárias aos direitos humanos dos presos Muitos itens representam o sofrimento que os prisioneiros passam na cadeia Vale ressaltar que antigamente muitas pessoas eram presas de forma injustamente apenas por ser contrárias as ideias da elite ou por lutar por melhoras sociais Não importava o crime cometido nem sua gravidade O que a cadeia ainda mostra é o verdadeiro sofrimento provido de tortura que as pessoas sofriam Culpados ou inocentes todos merecem um tratamento digno respeitando os direitos humanos e de fato que fica caracterizado no museu é apenas a dor e lamentação por um passado tão cruel Além de peças quadros esculturas e objetos muitas roupas também faziam parte do acervo de elementos que compõem o Museu Sendo assim é possível imaginar as vestimentas das pessoas daquela época representando assim uma visão mais definida da sociedade daquele período A arquitetura do local preserva as origens da sociedade da época Um estilo de um grande casarão É semelhante as casas relatadas da época da colonização brasileira onde existia a casa grande do senhor do engenho marcando a ostentação no meio de tantas casas simples Uma construção cheia de detalhes da época da colonização e dos bandeirantes que entraram pelo centrooeste para povoar as regiões O Museu demonstra através de seus acervos o quanto era perversa a cadeia Em muitos lugares chega a causa arrepios ao imaginar as situações que cada preso passava naquele lugar Hoje o local tenta passar uma imagem de lugar histórico ou de relíquias da história No entanto essa imagem de lugar histórico repleto de relíquias representa uma dualidade cultural onde por um lado mostra a cultura da época e por outro com base nessa mesma cultura fica evidenciado as terríveis condições que os presos passavam neste lugar De acordo com dados oficiais do Instituto Brasileiro de Museu foi construído em 1766 para ser utilizado como Câmara e Cadeia na antiga Vila Boa de Goyaz Somente em 1949 que se tornou Museu entretanto aberto ao público a partir de 1954 Seu tamanho é de aproximadamente 225 m² em um lote 10608m² Segundo o IBRAM no Museu das Bandeiras existem aproximadamente 500 objetos de valor histórico cultural que são preservados pelo Museu Ainda segundo o IBRAM o Museu foi constituído por documentos do arquivo documental da Delegacia Fiscal do Tesouro Nacional em Goiás e pelo mobiliário já pertencente ao prédio A missão do Museu é preservar as origens e histórias do povo do centrooeste com destaque ao povo do Estado de Goiás Marca a invasão e colonização das regiões do centrooeste assim com as diferenças de raças escravidão e conflitos sociais da época Voltando a sua localização o Museu é localizado numa área cultural importante do Estado de Goiás já que se localiza no Centro Histórico da Cidade de Goiás reconhecida como Patrimônio Cultural da Humanidade em 2001 Foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional ano de 1978 e pelo Governo Estadual em 1980 Sendo mais especifico na descrição dos acervos vários elementos se destacam dentro do Museu representando um leque cultural sobre a história do Brasil da região centrooeste e do Estado de Goiás Algumas peças merecem destaque sendo a seguir relatado um breve resumo sobre o acervo Vale ressaltar que as escolhas do resumo descritivo das peças são baseadas em minhas observações durante a visita ao Museu sendo assim responsável pela ordem das seleções A peça Políptico representa o conjunto de 8 bonecas abayomis estilizadas feitas de madeira piaçaba osso tecidos napa renda metal plástico e fitas A peça faz menção as raízes negras e a cultura africana trazida ao Brasil na época do período de escravidão O Missal Romano é uma espécie de Bíblia apresenta uma forma retangular capa cor preta com margens horizontais e verticais duplas em linhas douradas Verificase no centro da capa uma cruz em linhas douradas Com capa de couro filetado a ouro Remete ao uso dos padres nas missas durante o século XIX O Crucifixo simboliza a fé que o homem tinha na época por valores religiosos O crucifixo é de madeira com imagem de Cristo O Corpo em pé de frente com a posição de crucificação A cabeça pendida inclinada a direita com os cabelos meio longo e lisos Não representa a arte Barroca mais mostra a ideia da veemência a Deus e das possíveis punições divinas A Performance 1 em Tríade mostra a roupa usada do período da época dos escravos A roupa provavelmente usada por um mostra a simplicidade de um povo esquecido pelas Leis e pela própria população A características do traje são uma calça bege com cordões de amarração na cintura bolsos traseiros abertos sendo o da direta com a presença de um botão circular A Benzedeira é uma escultura modelada em barro representando uma figura feminina sentada rosto sereno e cabelos presos Segura em seu colo uma outra figura feminina infantil representando Damiana da Cunha Simboliza a índia que foi entregue ao então Governador da província de Goiás Luís da Cunha Meneses para ser criada pelo líder político A Damiana Catequista é uma peça modelada em barro representando também a Damiana da Cunha estando em posição ereta pernas juntas e mãos estendidas a frente segurando uma bíblia encimada por um terço pintado de cor branca Mais um elemento que comprova a religiosidade do povo da região do interior do país A Balança apresenta haste horizontal com as extremidades terminadas em forma de orifício de onde saem os suportes para os pratos da balança Os pratos são de forma arredondadas com três cavidades onde estão presos os cordões que servem de suporte da haste A peça significa o equilíbrio Entretanto simboliza a desigualdade de renda que existia na época colonial da região Ainda hoje tem representatividade em um país como o Brasil que a desigualdade de renda e social marcam presença constante em praticamente todas as regiões da nação O Fole é uma peça com formato alongado com três divisões unidas tendo na extremidade da base dois suportes de madeira que servem para fazer pressão e impulsionar o ar que passa por um roliço de ferro em direção a outra extremidade em formato de cone afunilado na ponta Representa uma arma artesanal usada para auxilio da combustão e domínio do fogo Muita utilizada no meio agrícola para extermínio de formigueiros que estragavam as plantações Existiam muitos pratos e panelas que faziam referência a culinária da época Se misturam a culinária indígena com a africana e europeia Entretanto os destaques das peças são para produções que lembrem a culinária realizada pelos índios e pelos negros Até hoje essa cultura culinária prevalece nas raízes gastronômicas do Brasil Praticamente todas as regiões do Brasil consomem alimentos que se originaram da culinária indígena ou africana Muitos produtos artesanais como bonecas e cortinas de rendas também são expostas no Museu Observamos o uso das bonecas para simbolizar a cultura africana através das bonecas Algumas crenças populares são repassadas através da imagem das bonecas Já a produção de cortinas de renda aponta para o uso do artesanato como fonte de produção econômica da época para as mulheres visto que os homens eram responsáveis pela produção agropecuária e posteriormente pela mineração O Museu também apresenta muitas esculturas de barro e argila caracterizando uma produção artística importante para a época Alguns estilos modernos também são incorporados ao Museu Neste caso não se trata somente de uma exposição de temas antigos e sim de algumas produções mais modernas simbolizando a modernidade dos tempos e a transição da Idade Moderna para Idade Contemporânea Uma chave de ferro me chamou atenção Era somente uma chave de ferro Enorme Porém apenas uma chave Entretanto representava muito mais que uma simples chave Representava a liberdade ora reprimida pela escravidão ora reprimida pela prisão que o Museu antes era O que fato simboliza uma pequena chave seria um objeto responsável pela liberdade do homem A mesma chave em outra análise representaria o poder do homem em função de outros Tanto em caráter de justiça ao confinar um preso dentro da sela quanto aos inúmeros escravos que morreram sem ter acesso a liberdade mesmo nunca a maioria ter feito algum crime Na verdade seu único crime foi nascer negro o que para muitos na época colonial se referia a azar destino ou infelicidade Era mais fácil culpar o indivíduo por nascer de cor negra do que crucificar uma sociedade autoritária e preconceituosa Outros objetos de ferro e de metal são expostos como enxadas facas castiçais e outros usados no garimpo Outros também eram usados nas fazendas Independentemente do local os instrumentos relatam um período de escravidão e que os direitos humanos não eram respeitados Os negros escravos não eram presos numa cadeia mais viviam como se fossem em suas senzalas O Museu mostra a unificação de sentimentos de dor e aflição misturando os sentimentos dos escravos e presos na cadeia ambos confinados sem o direito da liberdade Outros instrumentos também são observados como maçaricos e peças de ferro Objetos estes também presentes na luta de dor e sofrimento do povo A mineração foi uma febre que ocorreu no interior do Brasil onde o sonho da riqueza ultrapassava os cuidados com a saúde e com as questões de segurança Muitos se aventuravam nos garimpos e muitos eram obrigados devido a escravidão Se paramos para analisar a história do Brasil rapidamente chegaremos à conclusão que quase todas as conquistas e vitorias foram seguidas de violência derramamento de sangue e impunidade E essa sensação que o Museu causa ao começarmos a andar por ele e assim relembrar como foi triste a história da maioria do povo brasileiro Apenas uma pequena minoria da sociedade na época colonial se beneficiava de uma vida confortável e digna Grande parte do povo brasileiro sofria em diversas partes da sociedade Facas espadas e lanças também estão presentes no museu Simbolizando o lado autoritário dos comandantes da cadeia O uso das armas representa a intimidação através dos objetos Não existe poder sem força Esses elementos representam o poder do homem sobre os demais dentro da cadeia e não sociedade como um todo Aprofundando mais sobre o Museu antes ser uma cadeia é necessário contextualizar o cenário da época da sociedade brasileira e da região A forma de condução da cadeia era baseada nos moldes português A forma de administrar assim como a justiça ora empregada na época do Brasil Colônia representava a imagem da justiça de Portugal No período colonial os portugueses não queriam anarquias em suas terras ora empossadas Sendo assim a punição seria o meio de controlar aqueles que não fossem contrarias as ordens ou que fizesse algo irregular de acordo com as normas portuguesas Temos que lembrar que durante anos o Brasil esteve sob o domínio dos portugueses O projeto de construção da cadeia foi realizado com a preocupação de construir um edifício seguro e capaz de manter a estrutura prisional de forma eficiente Há evidencias que dentro da própria cadeia existia uma parte destinada a crimes mais graves onde o preso era isolado para ser torturado Os presos não tinham saneamento básico adequado muito menos agua potável de qualidade Era uma condição deplorável que eles viviam Por um determinado tempo as divisões na cadeia eram feitas por raças o que ainda mais acentuava o preconceito aos negros que estavam presos Apresentavam péssimas condições de higiene assim como uma alimentação de péssima qualidade A vida era literalmente de dor e sofrimento E ainda tinha o agravante de muitos presos seriam inocentes porém confessando culpa e crimes que não cometeram por causa das inúmeras torturas que recebiam na câmara Outros itens como iluminação eram deficientes Existem relatos que os presos imploravam com as mãos para fora da cela comida água ou melhorias para sua sobrevivência É um período não para se esquecer mais para se envergonhar A soberba do ser humano principalmente em épocas mais antigas representa a tentativa de controlar o outro através da força e do meio coercivo Não existia direitos humanos dentro da cadeia O que piora o cenário era que as elites da sociedade de Goiás realizavam política baseada em seus interesses particulares Sendo assim a população de forma geral sofria pelo descaso de seus governantes período esse do século XVIII Violência e revoltadas eram comuns na região o que levou muita gente a essa cadeia Mesmo com a Europa modernizando sua forma de administrar as cadeias aqui no Brasil durante antes anos a condução administrativa e pessoal eram as piores possíveis Com o processo de Independência do Brasil no século XIX as condições de como os presos eram vistos e tratados foram revistas de forma gradativa Entretanto houve uma tentativa de classificar o crime ora cometido como uma espécie de não evolução da raça humana Tratavam o preso como não evolução do que propriamente assumir os problemas sociais que existiam no país De acordo com as divisões e novas ideias a cadeia de Goiás ficou destinada as pessoas de menor poder aquisitivo e que passavam por dificuldades financeiras assim como negros recém libertos De fato existia um tipo exclusão social A expressão de que cadeia era para os pobres seria bem empregada neste contexto Depois do Código Penal Brasileiro de 1830 no período pós independência algumas décadas depois a cadeia de Goiás passou a ser administrada de acordo com as normas e costumes dos seus administradores Na teoria foram feitos normas e regimentos para melhorias das condições da prisão Mesmo assim as condições dos presos não eram as ideias Muitas sofriam maus tratos e eram expostos a diversas doenças Isso é até fácil de imaginar Primeiramente por ver o Museu e imaginar como seria a vida dos presos naquele local Segundo hoje com tecnologia globalização direitos humanos e mais recursos para obras estudos e pesquisas comportamentais as cadeias atuais são precárias algumas com condições sem a mínima estrutura de receber os presos imaginem então há quase 200 anos atrás Fica claro que aquelas pessoas que eram presas dificilmente voltariam a ter uma vida normal Como todos as cadeias alguns motins fugas e rebeliões aconteceram entretanto foram controladas pelos governantes da cadeia Existiam planejamento para remédios e assistência religiosa aos presos esta última em caso de previsão de morte do detento Existiam muitas coisas no papel porém na prática como atualmente deixam a desejar A condição adversa da cadeia representava também um tipo de poder coercivo visto que aqueles que fossem contra o governo ou cometessem crimes seriam jogados nesse sistema Existia um certo medo da população da cadeia muito mais do que as das gerações atuais Somente no século XX que o Museu assumiu as funções e atribuições que desempenham hoje A cadeia funcionou até 1950 Entretanto o fim das atividades não ocorreu de forma brusca As atividades foram diminuindo pouco a pouco até chegar o momento de fechar as portas definitivamente como Unidade Prisional Grande parte desse declínio foi quando a capital do Estado de Goiás migra para a cidade Goiânia Sendo assim a Cidade de Goiás perdeu força política econômica e financeira Ao realizar a pesquisa verifiquei que a estrutura visualizada durante o passeio do Museu da Bandeira não igual a época da cadeira Ao Fechar a cadeia foram realizadas algumas reformas estruturais para que o prédio pudessem receber visitantes Além disso as reformas também tinham o objetivo de tentar camuflar algumas salas de torturas assim como tentar melhorar a olho a quem fosse visitar as instalações do prédio Numa época em que os direitos humanos estavam em alta em mundo marcado no período pós Segunda Guerra Mundial a tentativa de disfarçar as atrocidades que eram feitas com os presos era fundamental para manter a boa imagem do Governo O mundo nesta época condena Hitler e Mussolini Expor casos de torturas e celas com condições precárias para a sobrevivência só iria prejudicar o Estado de Goiás em todos os cenários desde os políticos e econômicos ao de turismo Abrir um Museu naquela época que ficavam gritantes os traços de tortura não seria um Marketing positivo para o turismo do Estado Por fim concluo neste resumo descritivo a importância acadêmica do passeio realizado ao Museu das Bandeiras Foi uma experiência única em poder explorar a história do povo brasileiro e mais especificamente do povo de Goiás Foi enriquecedor aprender sobre a origem do Museu conhecer sua história desde da criação até a presente data O lado não muito atrativo mas tão quanto esclarecedor foi descobrir as torturas e humilhações que os presos sofriam dentro da cadeia Eles viviam em péssimas condições onde os direitos humanos não eram respeitados Houve período em que direito algum era respeitado Infelizmente é uma mancha negra que temos na nossa história Como já foi citado antes não se trata de esconder e sim de se envergonhar e usar como exemplo para que nunca ocorram mais fatos iguais a esse Sobre o Museu em si é muito bem cuidado com ótimos funcionários e peças que representam de fato nossa cultura e legado Recomendo a todos os universitários professores estudantes uma visita neste Museu Servirá muito para aumentar a sua bagagem e experiência intelectual sobre o tema Também recomendo a todas as pessoas que tem curiosidade de conhecer melhor a nossa história Termino este resumo com a poesia que foi publicada no livro Encantos de Goiás do Colégio Marista de Goiás de Saulo Máximo Figuerêdo de Holanda aluno do Colégio Marista de Goiânia filho do casal de meus amigos Desembargador do Tribunal de Justiça de Goiás TJ GO Anderson Máximo de Holanda e da Procuradora do Município de Trindade Néli Cárita Máximo Figuerêdo A prisão machuca pessoas Triste história Museus das Bandeiras Sempre teremos na lembrança As coisas que lá ocorreram Coreto e seus deliciosos sabores De picolés e sorvetes Que todos querem provar Um picolé só não dá Os poemas de Cora São verdadeiros e têm história Contam de Goiás Fatos e memórias REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS httpsmuseusibramgoiasmuseusgovbrmuseusibramem goiasmuseudasbandeiras acesso em 16 de Jan2023 httpsmuseusibramgoiasacervosmuseusgovbrmuseudas bandeiras acesso em 17 de Jan2023 SILVA Junior Eli Braz VELHA GOIÁS VELHA CADEIA As vozes que se podem ouvir Dissertação de Mestrado da Universidade Católica de Goiás Ano 2009 THE STORY OF CHRISTIANITY AN ILLUSTRATED HISTORY Vol 1 THE EARLY CHURCH 100600 AD Roger Haight SJ and John J OMalley SJ Editors Basic Books New York Chichester West Sussex RESUMO DESCRITIVO O resumo descritivo a seguir abordará o Museu das Bandeiras em Goiás proporcionado através de uma visita oriunda de um passeio acadêmico Será descrito as características físicas históricas e culturas do Museu Além disso será feito um paralelo relacionando as histórias de dor e sofrimento que o lugar representa O Museu das Bandeiras é uma história viva e será feito um breve apontamento para tentar reproduzir ao máximo tudo que foi vivenciado e sentido no passeio acadêmico Minha formação acadêmica tem bastante relação com os elementos históricos culturais do Museu Bandeira Sou jornalista formado pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás PUC Goiás Nessa mesma instituição de ensino eu cursei o mestrado em Ciências da Religião Sou graduado em Filosofia pelo Instituto de Filosofia e Teologia de Goiás IFITEG Atualmente minha atividade profissional desempenho como professor de Filosofia no EPG em Trindade e coordeno a comunicação da Câmara Municipal de Trindade ambos no Estado de Goiás O passeio acadêmico foi realizado no dia 09 de julho de 2022 no Museu das Bandeiras na Cidade de Goiás pelos alunos da disciplina Os caminhos teóricometodológicos da produção historiográfica sobre Goiás do Programa de PósGraduação em História da Universidade Federal de Goiás PPGHUFG ministrada pelo professor Dr Rildo Bento de Souza Com base neste evento que apresento as principais experiências características e observações do Museu Além disso para melhor compreensão dos fatos históricos além da visita será agregado um levantamento de dados sobre o Museu com objetivo de fundamentar as análises e deixar a descrição mais próxima possível das histórias reais que ocorreram no Museu ao longo dos anos É uma vasta história que apenas as visualizações através da visita não seriam suficientes para relatar com riquezas de detalhes os fatos que marcaram a história do Museu Serão agregados ao texto fontes que irão enriquecer ainda mais a descrição do Museu e assim deixando o leitor com plenas informações sobre os detalhes físicos estruturais e culturais O Museu da Bandeira está localizado na cidade de Goiás aproximadamente a 128km de Goiânia capital do Estado de Goiás É cercado por uma ampla área verde proporcionando uma ótima paisagem assim que se chega ao Museu De imediato ao entrar no Museu já conseguimos visualizar diversas peças históricas que remetem ao passado de Goiás Elementos de Igreja da época antiga do Estado de Goiás são observados O Museu é extremamente preservado e bem cuidado Existem alguns monitores que facilitam o entendimento das peças e das salas facilitando assim a compreensão sobre peças figuras equipamentos entre outros itens do Museu Ao andar pelo Museu os sentimentos de contemplação com os detalhes históricos se misturam com a dor e o sofrimento do passado Ao conhecer cada sala cada item nos deparamos com elementos que representam maustratos escravidão dor discriminação de raças Infelizmente este passado cruel e sangrento faz parte da história dos povos mais especificadamente no caso da história brasileira e do Estado de Goiás Apesar de não ser tão grande como outros Museus históricos de outras cidades representa um lugar rico em história e detalhes O índio muitas vezes esquecidos como origem racial de nossa terra tem seu espaço representado no Museu Uma da sala é dedicada a arte indígena onde representa sua cultura e elementos que facilitam o entendimento de como era sua vida e de como realizavam procedimentos banais do seu cotidiano A entrada no Museu é gratuita onde se pode ter acesso as salas e visualizar os itens do prédio É permitida tirar fotos porém sem o flash por causa da preservação das peças antigas Todos os funcionários do Museu são muito solícitos e agem com presteza A equipe de funcionários torna a experiência muito mais agradável devido ao tratamento de forma educada e esclarecedora dos colaboradores Muitos itens do Museu fazem menção ao período dos escravos no Brasil Muitos elementos mostram como era difícil a vida dessas pessoas marcada por torturas dor e sofrimento Representa uma história negativa e cruel de nossa sociedade entretanto não se deve ser esquecida nem ignorada Conhecer como essas pessoas sofreram nos leva a uma reflexão de procurar tratar o próximo melhor e de lutar pelos direitos humanos das pessoas uma vez ainda existem pessoas que sofrem esses maustratos e tortura pelo mundo afora Podemos identificar facilmente através das salas que o local de fato no seu passado era uma prisão Ao observar os detalhes das salas uma delas representa ainda a estrutura da época da cadeia com o chão de madeira É possível verificar marcas dos presos pela sala em partes que ficam evidentes as marcas de arranhões de suas unhas Outro elemento importante exposto no Museu é a Cruz que foi colocada na cidade de Catalão pelos Bandeirantes que com a enchente de anos anteriores foi levada pelo rio Após sua coleta a Cruz foi colocada no Museu das Bandeiras representando a fé e a história do povo de Goiás A vida dos escravos é bastante explorada pelo Museu No entanto também mostram evidencias de como era a vida dos coronéis e senhores donos de terras da época É possível imaginar através dos ricos detalhes como seria a relação dos donos de terras com seus escravos e de como também seriam as relações com os trabalhadores que estariam livres Para estes últimos a relação lembra bastante as dos senhores feudais da Idade Média com seus servos numa relação de vassalagem Facilmente ao entramos no Museu sofremos um tipo de viagem no tempo Estamos de perto com a história de nossa cidade das pessoas que fizeram parte e que foram responsáveis por diversos acontecimentos históricos e culturais não somente do Estado de Goiás mais de todo o Brasil Conseguimos de fato visualizar a verdadeira história que marca o lugar pena no entanto que também reflete muita dor e sofrimento É um passeio rico em detalhes históricos que serviram para aumentar nossa formação acadêmica No entanto acredito que todos deveriam conhecer o Museu das Bandeiras Não se trata apenas em aumentar seu nível acadêmico e sim conhecer suas raízes historias e processos que a população vivenciou aos longos dos anos A visita ao Museu deve fazer parte daqueles que realmente desejam conhecer a origem das pessoas a situação que o negro passou e as verdades sobre os crimes de tortura cometidos ali dentro É uma verdadeira aula de história viva através das paredes do Museu Os detalhes sobre a cadeia pública da cidade ainda estão presentes no prédio Algemas e correntes mostram como eram a realidade das pessoas presas naquele prédio As prisões daquela época eram grandes centros de tortura e eram totalmente contrárias aos direitos humanos dos presos Muitos itens representam o sofrimento que os prisioneiros passam na cadeia Vale ressaltar que antigamente muitas pessoas eram presas de forma injustamente apenas por ser contrárias as ideias da elite ou por lutar por melhoras sociais Não importava o crime cometido nem sua gravidade O que a cadeia ainda mostra é o verdadeiro sofrimento provido de tortura que as pessoas sofriam Culpados ou inocentes todos merecem um tratamento digno respeitando os direitos humanos e de fato que fica caracterizado no museu é apenas a dor e lamentação por um passado tão cruel Além de peças quadros esculturas e objetos muitas roupas também faziam parte do acervo de elementos que compõem o Museu Sendo assim é possível imaginar as vestimentas das pessoas daquela época representando assim uma visão mais definida da sociedade daquele período A arquitetura do local preserva as origens da sociedade da época Um estilo de um grande casarão É semelhante as casas relatadas da época da colonização brasileira onde existia a casa grande do senhor do engenho marcando a ostentação no meio de tantas casas simples Uma construção cheia de detalhes da época da colonização e dos bandeirantes que entraram pelo centrooeste para povoar as regiões O Museu demonstra através de seus acervos o quanto era perversa a cadeia Em muitos lugares chega a causa arrepios ao imaginar as situações que cada preso passava naquele lugar Hoje o local tenta passar uma imagem de lugar histórico ou de relíquias da história No entanto essa imagem de lugar histórico repleto de relíquias representa uma dualidade cultural onde por um lado mostra a cultura da época e por outro com base nessa mesma cultura fica evidenciado as terríveis condições que os presos passavam neste lugar De acordo com dados oficiais do Instituto Brasileiro de Museu foi construído em 1766 para ser utilizado como Câmara e Cadeia na antiga Vila Boa de Goyaz Somente em 1949 que se tornou Museu entretanto aberto ao público a partir de 1954 Seu tamanho é de aproximadamente 225 m² em um lote 10608m² Segundo o IBRAM no Museu das Bandeiras existem aproximadamente 500 objetos de valor histórico cultural que são preservados pelo Museu Ainda segundo o IBRAM o Museu foi constituído por documentos do arquivo documental da Delegacia Fiscal do Tesouro Nacional em Goiás e pelo mobiliário já pertencente ao prédio A missão do Museu é preservar as origens e histórias do povo do centrooeste com destaque ao povo do Estado de Goiás Marca a invasão e colonização das regiões do centrooeste assim com as diferenças de raças escravidão e conflitos sociais da época Voltando a sua localização o Museu é localizado numa área cultural importante do Estado de Goiás já que se localiza no Centro Histórico da Cidade de Goiás reconhecida como Patrimônio Cultural da Humanidade em 2001 Foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional ano de 1978 e pelo Governo Estadual em 1980 Sendo mais especifico na descrição dos acervos vários elementos se destacam dentro do Museu representando um leque cultural sobre a história do Brasil da região centrooeste e do Estado de Goiás Algumas peças merecem destaque sendo a seguir relatado um breve resumo sobre o acervo Vale ressaltar que as escolhas do resumo descritivo das peças são baseadas em minhas observações durante a visita ao Museu sendo assim responsável pela ordem das seleções A peça Políptico representa o conjunto de 8 bonecas abayomis estilizadas feitas de madeira piaçaba osso tecidos napa renda metal plástico e fitas A peça faz menção as raízes negras e a cultura africana trazida ao Brasil na época do período de escravidão O Missal Romano é uma espécie de Bíblia apresenta uma forma retangular capa cor preta com margens horizontais e verticais duplas em linhas douradas Verificase no centro da capa uma cruz em linhas douradas Com capa de couro filetado a ouro Remete ao uso dos padres nas missas durante o século XIX O Crucifixo simboliza a fé que o homem tinha na época por valores religiosos O crucifixo é de madeira com imagem de Cristo O Corpo em pé de frente com a posição de crucificação A cabeça pendida inclinada a direita com os cabelos meio longo e lisos Não representa a arte Barroca mais mostra a ideia da veemência a Deus e das possíveis punições divinas A Performance 1 em Tríade mostra a roupa usada do período da época dos escravos A roupa provavelmente usada por um mostra a simplicidade de um povo esquecido pelas Leis e pela própria população A características do traje são uma calça bege com cordões de amarração na cintura bolsos traseiros abertos sendo o da direta com a presença de um botão circular A Benzedeira é uma escultura modelada em barro representando uma figura feminina sentada rosto sereno e cabelos presos Segura em seu colo uma outra figura feminina infantil representando Damiana da Cunha Simboliza a índia que foi entregue ao então Governador da província de Goiás Luís da Cunha Meneses para ser criada pelo líder político A Damiana Catequista é uma peça modelada em barro representando também a Damiana da Cunha estando em posição ereta pernas juntas e mãos estendidas a frente segurando uma bíblia encimada por um terço pintado de cor branca Mais um elemento que comprova a religiosidade do povo da região do interior do país A Balança apresenta haste horizontal com as extremidades terminadas em forma de orifício de onde saem os suportes para os pratos da balança Os pratos são de forma arredondadas com três cavidades onde estão presos os cordões que servem de suporte da haste A peça significa o equilíbrio Entretanto simboliza a desigualdade de renda que existia na época colonial da região Ainda hoje tem representatividade em um país como o Brasil que a desigualdade de renda e social marcam presença constante em praticamente todas as regiões da nação O Fole é uma peça com formato alongado com três divisões unidas tendo na extremidade da base dois suportes de madeira que servem para fazer pressão e impulsionar o ar que passa por um roliço de ferro em direção a outra extremidade em formato de cone afunilado na ponta Representa uma arma artesanal usada para auxilio da combustão e domínio do fogo Muita utilizada no meio agrícola para extermínio de formigueiros que estragavam as plantações Existiam muitos pratos e panelas que faziam referência a culinária da época Se misturam a culinária indígena com a africana e europeia Entretanto os destaques das peças são para produções que lembrem a culinária realizada pelos índios e pelos negros Até hoje essa cultura culinária prevalece nas raízes gastronômicas do Brasil Praticamente todas as regiões do Brasil consomem alimentos que se originaram da culinária indígena ou africana Muitos produtos artesanais como bonecas e cortinas de rendas também são expostas no Museu Observamos o uso das bonecas para simbolizar a cultura africana através das bonecas Algumas crenças populares são repassadas através da imagem das bonecas Já a produção de cortinas de renda aponta para o uso do artesanato como fonte de produção econômica da época para as mulheres visto que os homens eram responsáveis pela produção agropecuária e posteriormente pela mineração O Museu também apresenta muitas esculturas de barro e argila caracterizando uma produção artística importante para a época Alguns estilos modernos também são incorporados ao Museu Neste caso não se trata somente de uma exposição de temas antigos e sim de algumas produções mais modernas simbolizando a modernidade dos tempos e a transição da Idade Moderna para Idade Contemporânea Uma chave de ferro me chamou atenção Era somente uma chave de ferro Enorme Porém apenas uma chave Entretanto representava muito mais que uma simples chave Representava a liberdade ora reprimida pela escravidão ora reprimida pela prisão que o Museu antes era O que fato simboliza uma pequena chave seria um objeto responsável pela liberdade do homem A mesma chave em outra análise representaria o poder do homem em função de outros Tanto em caráter de justiça ao confinar um preso dentro da sela quanto aos inúmeros escravos que morreram sem ter acesso a liberdade mesmo nunca a maioria ter feito algum crime Na verdade seu único crime foi nascer negro o que para muitos na época colonial se referia a azar destino ou infelicidade Era mais fácil culpar o indivíduo por nascer de cor negra do que crucificar uma sociedade autoritária e preconceituosa Outros objetos de ferro e de metal são expostos como enxadas facas castiçais e outros usados no garimpo Outros também eram usados nas fazendas Independentemente do local os instrumentos relatam um período de escravidão e que os direitos humanos não eram respeitados Os negros escravos não eram presos numa cadeia mais viviam como se fossem em suas senzalas O Museu mostra a unificação de sentimentos de dor e aflição misturando os sentimentos dos escravos e presos na cadeia ambos confinados sem o direito da liberdade Outros instrumentos também são observados como maçaricos e peças de ferro Objetos estes também presentes na luta de dor e sofrimento do povo A mineração foi uma febre que ocorreu no interior do Brasil onde o sonho da riqueza ultrapassava os cuidados com a saúde e com as questões de segurança Muitos se aventuravam nos garimpos e muitos eram obrigados devido a escravidão Se paramos para analisar a história do Brasil rapidamente chegaremos à conclusão que quase todas as conquistas e vitorias foram seguidas de violência derramamento de sangue e impunidade E essa sensação que o Museu causa ao começarmos a andar por ele e assim relembrar como foi triste a história da maioria do povo brasileiro Apenas uma pequena minoria da sociedade na época colonial se beneficiava de uma vida confortável e digna Grande parte do povo brasileiro sofria em diversas partes da sociedade Facas espadas e lanças também estão presentes no museu Simbolizando o lado autoritário dos comandantes da cadeia O uso das armas representa a intimidação através dos objetos Não existe poder sem força Esses elementos representam o poder do homem sobre os demais dentro da cadeia e não sociedade como um todo Aprofundando mais sobre o Museu antes ser uma cadeia é necessário contextualizar o cenário da época da sociedade brasileira e da região A forma de condução da cadeia era baseada nos moldes português A forma de administrar assim como a justiça ora empregada na época do Brasil Colônia representava a imagem da justiça de Portugal No período colonial os portugueses não queriam anarquias em suas terras ora empossadas Sendo assim a punição seria o meio de controlar aqueles que não fossem contrarias as ordens ou que fizesse algo irregular de acordo com as normas portuguesas Temos que lembrar que durante anos o Brasil esteve sob o domínio dos portugueses O projeto de construção da cadeia foi realizado com a preocupação de construir um edifício seguro e capaz de manter a estrutura prisional de forma eficiente Há evidencias que dentro da própria cadeia existia uma parte destinada a crimes mais graves onde o preso era isolado para ser torturado Os presos não tinham saneamento básico adequado muito menos agua potável de qualidade Era uma condição deplorável que eles viviam Por um determinado tempo as divisões na cadeia eram feitas por raças o que ainda mais acentuava o preconceito aos negros que estavam presos Apresentavam péssimas condições de higiene assim como uma alimentação de péssima qualidade A vida era literalmente de dor e sofrimento E ainda tinha o agravante de muitos presos seriam inocentes porém confessando culpa e crimes que não cometeram por causa das inúmeras torturas que recebiam na câmara Outros itens como iluminação eram deficientes Existem relatos que os presos imploravam com as mãos para fora da cela comida água ou melhorias para sua sobrevivência É um período não para se esquecer mais para se envergonhar A soberba do ser humano principalmente em épocas mais antigas representa a tentativa de controlar o outro através da força e do meio coercivo Não existia direitos humanos dentro da cadeia O que piora o cenário era que as elites da sociedade de Goiás realizavam política baseada em seus interesses particulares Sendo assim a população de forma geral sofria pelo descaso de seus governantes período esse do século XVIII Violência e revoltadas eram comuns na região o que levou muita gente a essa cadeia Mesmo com a Europa modernizando sua forma de administrar as cadeias aqui no Brasil durante antes anos a condução administrativa e pessoal eram as piores possíveis Com o processo de Independência do Brasil no século XIX as condições de como os presos eram vistos e tratados foram revistas de forma gradativa Entretanto houve uma tentativa de classificar o crime ora cometido como uma espécie de não evolução da raça humana Tratavam o preso como não evolução do que propriamente assumir os problemas sociais que existiam no país De acordo com as divisões e novas ideias a cadeia de Goiás ficou destinada as pessoas de menor poder aquisitivo e que passavam por dificuldades financeiras assim como negros recém libertos De fato existia um tipo exclusão social A expressão de que cadeia era para os pobres seria bem empregada neste contexto Depois do Código Penal Brasileiro de 1830 no período pós independência algumas décadas depois a cadeia de Goiás passou a ser administrada de acordo com as normas e costumes dos seus administradores Na teoria foram feitos normas e regimentos para melhorias das condições da prisão Mesmo assim as condições dos presos não eram as ideias Muitas sofriam maus tratos e eram expostos a diversas doenças Isso é até fácil de imaginar Primeiramente por ver o Museu e imaginar como seria a vida dos presos naquele local Segundo hoje com tecnologia globalização direitos humanos e mais recursos para obras estudos e pesquisas comportamentais as cadeias atuais são precárias algumas com condições sem a mínima estrutura de receber os presos imaginem então há quase 200 anos atrás Fica claro que aquelas pessoas que eram presas dificilmente voltariam a ter uma vida normal Como todos as cadeias alguns motins fugas e rebeliões aconteceram entretanto foram controladas pelos governantes da cadeia Existiam planejamento para remédios e assistência religiosa aos presos esta última em caso de previsão de morte do detento Existiam muitas coisas no papel porém na prática como atualmente deixam a desejar A condição adversa da cadeia representava também um tipo de poder coercivo visto que aqueles que fossem contra o governo ou cometessem crimes seriam jogados nesse sistema Existia um certo medo da população da cadeia muito mais do que as das gerações atuais Somente no século XX que o Museu assumiu as funções e atribuições que desempenham hoje A cadeia funcionou até 1950 Entretanto o fim das atividades não ocorreu de forma brusca As atividades foram diminuindo pouco a pouco até chegar o momento de fechar as portas definitivamente como Unidade Prisional Grande parte desse declínio foi quando a capital do Estado de Goiás migra para a cidade Goiânia Sendo assim a Cidade de Goiás perdeu força política econômica e financeira Ao realizar a pesquisa verifiquei que a estrutura visualizada durante o passeio do Museu da Bandeira não igual a época da cadeira Ao Fechar a cadeia foram realizadas algumas reformas estruturais para que o prédio pudessem receber visitantes Além disso as reformas também tinham o objetivo de tentar camuflar algumas salas de torturas assim como tentar melhorar a olho a quem fosse visitar as instalações do prédio Numa época em que os direitos humanos estavam em alta em mundo marcado no período pós Segunda Guerra Mundial a tentativa de disfarçar as atrocidades que eram feitas com os presos era fundamental para manter a boa imagem do Governo O mundo nesta época condena Hitler e Mussolini Expor casos de torturas e celas com condições precárias para a sobrevivência só iria prejudicar o Estado de Goiás em todos os cenários desde os políticos e econômicos ao de turismo Abrir um Museu naquela época que ficavam gritantes os traços de tortura não seria um Marketing positivo para o turismo do Estado Por fim concluo neste resumo descritivo a importância acadêmica do passeio realizado ao Museu das Bandeiras Foi uma experiência única em poder explorar a história do povo brasileiro e mais especificamente do povo de Goiás Foi enriquecedor aprender sobre a origem do Museu conhecer sua história desde da criação até a presente data O lado não muito atrativo mas tão quanto esclarecedor foi descobrir as torturas e humilhações que os presos sofriam dentro da cadeia Eles viviam em péssimas condições onde os direitos humanos não eram respeitados Houve período em que direito algum era respeitado Infelizmente é uma mancha negra que temos na nossa história Como já foi citado antes não se trata de esconder e sim de se envergonhar e usar como exemplo para que nunca ocorram mais fatos iguais a esse Sobre o Museu em si é muito bem cuidado com ótimos funcionários e peças que representam de fato nossa cultura e legado Recomendo a todos os universitários professores estudantes uma visita neste Museu Servirá muito para aumentar a sua bagagem e experiência intelectual sobre o tema Também recomendo a todas as pessoas que tem curiosidade de conhecer melhor a nossa história Termino este resumo com a poesia que foi publicada no livro Encantos de Goiás do Colégio Marista de Goiás de Saulo Máximo Figuerêdo de Holanda aluno do Colégio Marista de Goiânia filho do casal de meus amigos Desembargador do Tribunal de Justiça de Goiás TJ GO Anderson Máximo de Holanda e da Procuradora do Município de Trindade Néli Cárita Máximo Figuerêdo A prisão machuca pessoas Triste história Museus das Bandeiras Sempre teremos na lembrança As coisas que lá ocorreram Coreto e seus deliciosos sabores De picolés e sorvetes Que todos querem provar Um picolé só não dá Os poemas de Cora São verdadeiros e têm história Contam de Goiás Fatos e memórias REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS httpsmuseusibramgoiasmuseusgovbrmuseusibramem goiasmuseudasbandeiras acesso em 16 de Jan2023 httpsmuseusibramgoiasacervosmuseusgovbrmuseudas bandeiras acesso em 17 de Jan2023 SILVA Junior Eli Braz VELHA GOIÁS VELHA CADEIA As vozes que se podem ouvir Dissertação de Mestrado da Universidade Católica de Goiás Ano 2009
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Texto de pré-visualização
Elaborar um texto descritivo com análise sobre o Museu das Bandeiras na Cidade de Goiás Observação não chamar a Cidade de Goiás de Goiás Velho no texto O texto é na primeira pessoa A descrição inicia com uma viagem feita no dia 09 de julho de 2022 no Museu das Bandeiras na Cidade de Goiás pelos alunos da disciplina Os caminhos teórico metodológicos da produção historiográfica sobre Goiás do Programa de PósGraduação em História da Universidade Federal de Goiás PPGHUFG ministrada pelo professor Dr Rildo Bento de Souza Fazer uma breve apresentação minha sou jornalista formado pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás PUC Goiás Nessa mesma instituição de ensino eu cursei o mestrado em Ciências da Religião Sou graduado em Filosofia pelo Instituto de Filosofia e Teologia de Goiás Ifiteg Sou professor de Filosofia no EPG em Trindade e coordeno a comunicação da Câmara Municipal de Trindade O museu das Bandeiras você pode pesquisar sobre ele na internet Lá funcionou a Câmara e a cadeia Era uma prisão Pensei em fazer um paralelo dos tipos de torturas que eram realizadas no local e falta dos direitos básicos Tem uma dissertação de História do Eli Braz da Silva Júnior com o título Velha Goiás velha cadeia As vozes que se podem ouvir Existem outros trabalhos acadêmicos que você pode consultar disponíveis na internet A centralidade do texto que o local é um lugar de sofrimento e de dor Encerrar o texto com a poesia do Saulo Máximo Figuerêdo de Holanda e de anos aluno da série do Colégio Marista de Goiânia Ele é filho do casal de meus amigos desembargador do Tribunal de Justiça de Goiás TJ GO Anderson Máximo de Holanda e da procuradora do Município de Trindade Néli Cárita Máximo Figuerêdo A poesia foi publicada no livro Encantos de Goiás do Colégio Marista de Goiás A poesia Ainda falta o título vou consegui e te passo A prisão machuca pessoas Triste história Museus das Bandeiras Sempre teremos na lembrança As coisas que lá ocorreram Coreto e seus deliciosos sabores De picolés e sorvetes Que todos querem provar Um picolé só não dá Os poemas de Cora São verdadeiros e têm história Contam de Goiás Fatos e memórias Correction sheets entitled Ripleys 10 Little Soldiers By Agatha Christie Peice File No 1916 showing the torn slips containing text of the title author and a few indexed lines Further description is not clear RESUMO DESCRITIVO O resumo descritivo a seguir abordará o Museu das Bandeiras em Goiás proporcionado através de uma visita oriunda de um passeio acadêmico Será descrito as características físicas históricas e culturas do Museu Além disso será feito um paralelo relacionando as histórias de dor e sofrimento que o lugar representa O Museu das Bandeiras é uma história viva e será feito um breve apontamento para tentar reproduzir ao máximo tudo que foi vivenciado e sentido no passeio acadêmico Minha formação acadêmica tem bastante relação com os elementos históricos culturais do Museu Bandeira Sou jornalista formado pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás PUC Goiás Nessa mesma instituição de ensino eu cursei o mestrado em Ciências da Religião Sou graduado em Filosofia pelo Instituto de Filosofia e Teologia de Goiás IFITEG Atualmente minha atividade profissional desempenho como professor de Filosofia no EPG em Trindade e coordeno a comunicação da Câmara Municipal de Trindade ambos no Estado de Goiás O passeio acadêmico foi realizado no dia 09 de julho de 2022 no Museu das Bandeiras na Cidade de Goiás pelos alunos da disciplina Os caminhos teóricometodológicos da produção historiográfica sobre Goiás do Programa de PósGraduação em História da Universidade Federal de Goiás PPGHUFG ministrada pelo professor Dr Rildo Bento de Souza Com base neste evento que apresento as principais experiências características e observações do Museu Além disso para melhor compreensão dos fatos históricos além da visita será agregado um levantamento de dados sobre o Museu com objetivo de fundamentar as análises e deixar a descrição mais próxima possível das histórias reais que ocorreram no Museu ao longo dos anos É uma vasta história que apenas as visualizações através da visita não seriam suficientes para relatar com riquezas de detalhes os fatos que marcaram a história do Museu Serão agregados ao texto fontes que irão enriquecer ainda mais a descrição do Museu e assim deixando o leitor com plenas informações sobre os detalhes físicos estruturais e culturais O Museu da Bandeira está localizado na cidade de Goiás aproximadamente a 128km de Goiânia capital do Estado de Goiás É cercado por uma ampla área verde proporcionando uma ótima paisagem assim que se chega ao Museu De imediato ao entrar no Museu já conseguimos visualizar diversas peças históricas que remetem ao passado de Goiás Elementos de Igreja da época antiga do Estado de Goiás são observados O Museu é extremamente preservado e bem cuidado Existem alguns monitores que facilitam o entendimento das peças e das salas facilitando assim a compreensão sobre peças figuras equipamentos entre outros itens do Museu Ao andar pelo Museu os sentimentos de contemplação com os detalhes históricos se misturam com a dor e o sofrimento do passado Ao conhecer cada sala cada item nos deparamos com elementos que representam maustratos escravidão dor discriminação de raças Infelizmente este passado cruel e sangrento faz parte da história dos povos mais especificadamente no caso da história brasileira e do Estado de Goiás Apesar de não ser tão grande como outros Museus históricos de outras cidades representa um lugar rico em história e detalhes O índio muitas vezes esquecidos como origem racial de nossa terra tem seu espaço representado no Museu Uma da sala é dedicada a arte indígena onde representa sua cultura e elementos que facilitam o entendimento de como era sua vida e de como realizavam procedimentos banais do seu cotidiano A entrada no Museu é gratuita onde se pode ter acesso as salas e visualizar os itens do prédio É permitida tirar fotos porém sem o flash por causa da preservação das peças antigas Todos os funcionários do Museu são muito solícitos e agem com presteza A equipe de funcionários torna a experiência muito mais agradável devido ao tratamento de forma educada e esclarecedora dos colaboradores Muitos itens do Museu fazem menção ao período dos escravos no Brasil Muitos elementos mostram como era difícil a vida dessas pessoas marcada por torturas dor e sofrimento Representa uma história negativa e cruel de nossa sociedade entretanto não se deve ser esquecida nem ignorada Conhecer como essas pessoas sofreram nos leva a uma reflexão de procurar tratar o próximo melhor e de lutar pelos direitos humanos das pessoas uma vez ainda existem pessoas que sofrem esses maustratos e tortura pelo mundo afora Podemos identificar facilmente através das salas que o local de fato no seu passado era uma prisão Ao observar os detalhes das salas uma delas representa ainda a estrutura da época da cadeia com o chão de madeira É possível verificar marcas dos presos pela sala em partes que ficam evidentes as marcas de arranhões de suas unhas Outro elemento importante exposto no Museu é a Cruz que foi colocada na cidade de Catalão pelos Bandeirantes que com a enchente de anos anteriores foi levada pelo rio Após sua coleta a Cruz foi colocada no Museu das Bandeiras representando a fé e a história do povo de Goiás A vida dos escravos é bastante explorada pelo Museu No entanto também mostram evidencias de como era a vida dos coronéis e senhores donos de terras da época É possível imaginar através dos ricos detalhes como seria a relação dos donos de terras com seus escravos e de como também seriam as relações com os trabalhadores que estariam livres Para estes últimos a relação lembra bastante as dos senhores feudais da Idade Média com seus servos numa relação de vassalagem Facilmente ao entramos no Museu sofremos um tipo de viagem no tempo Estamos de perto com a história de nossa cidade das pessoas que fizeram parte e que foram responsáveis por diversos acontecimentos históricos e culturais não somente do Estado de Goiás mais de todo o Brasil Conseguimos de fato visualizar a verdadeira história que marca o lugar pena no entanto que também reflete muita dor e sofrimento É um passeio rico em detalhes históricos que serviram para aumentar nossa formação acadêmica No entanto acredito que todos deveriam conhecer o Museu das Bandeiras Não se trata apenas em aumentar seu nível acadêmico e sim conhecer suas raízes historias e processos que a população vivenciou aos longos dos anos A visita ao Museu deve fazer parte daqueles que realmente desejam conhecer a origem das pessoas a situação que o negro passou e as verdades sobre os crimes de tortura cometidos ali dentro É uma verdadeira aula de história viva através das paredes do Museu Os detalhes sobre a cadeia pública da cidade ainda estão presentes no prédio Algemas e correntes mostram como eram a realidade das pessoas presas naquele prédio As prisões daquela época eram grandes centros de tortura e eram totalmente contrárias aos direitos humanos dos presos Muitos itens representam o sofrimento que os prisioneiros passam na cadeia Vale ressaltar que antigamente muitas pessoas eram presas de forma injustamente apenas por ser contrárias as ideias da elite ou por lutar por melhoras sociais Não importava o crime cometido nem sua gravidade O que a cadeia ainda mostra é o verdadeiro sofrimento provido de tortura que as pessoas sofriam Culpados ou inocentes todos merecem um tratamento digno respeitando os direitos humanos e de fato que fica caracterizado no museu é apenas a dor e lamentação por um passado tão cruel Além de peças quadros esculturas e objetos muitas roupas também faziam parte do acervo de elementos que compõem o Museu Sendo assim é possível imaginar as vestimentas das pessoas daquela época representando assim uma visão mais definida da sociedade daquele período A arquitetura do local preserva as origens da sociedade da época Um estilo de um grande casarão É semelhante as casas relatadas da época da colonização brasileira onde existia a casa grande do senhor do engenho marcando a ostentação no meio de tantas casas simples Uma construção cheia de detalhes da época da colonização e dos bandeirantes que entraram pelo centrooeste para povoar as regiões O Museu demonstra através de seus acervos o quanto era perversa a cadeia Em muitos lugares chega a causa arrepios ao imaginar as situações que cada preso passava naquele lugar Hoje o local tenta passar uma imagem de lugar histórico ou de relíquias da história No entanto essa imagem de lugar histórico repleto de relíquias representa uma dualidade cultural onde por um lado mostra a cultura da época e por outro com base nessa mesma cultura fica evidenciado as terríveis condições que os presos passavam neste lugar De acordo com dados oficiais do Instituto Brasileiro de Museu foi construído em 1766 para ser utilizado como Câmara e Cadeia na antiga Vila Boa de Goyaz Somente em 1949 que se tornou Museu entretanto aberto ao público a partir de 1954 Seu tamanho é de aproximadamente 225 m² em um lote 10608m² Segundo o IBRAM no Museu das Bandeiras existem aproximadamente 500 objetos de valor histórico cultural que são preservados pelo Museu Ainda segundo o IBRAM o Museu foi constituído por documentos do arquivo documental da Delegacia Fiscal do Tesouro Nacional em Goiás e pelo mobiliário já pertencente ao prédio A missão do Museu é preservar as origens e histórias do povo do centrooeste com destaque ao povo do Estado de Goiás Marca a invasão e colonização das regiões do centrooeste assim com as diferenças de raças escravidão e conflitos sociais da época Voltando a sua localização o Museu é localizado numa área cultural importante do Estado de Goiás já que se localiza no Centro Histórico da Cidade de Goiás reconhecida como Patrimônio Cultural da Humanidade em 2001 Foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional ano de 1978 e pelo Governo Estadual em 1980 Sendo mais especifico na descrição dos acervos vários elementos se destacam dentro do Museu representando um leque cultural sobre a história do Brasil da região centrooeste e do Estado de Goiás Algumas peças merecem destaque sendo a seguir relatado um breve resumo sobre o acervo Vale ressaltar que as escolhas do resumo descritivo das peças são baseadas em minhas observações durante a visita ao Museu sendo assim responsável pela ordem das seleções A peça Políptico representa o conjunto de 8 bonecas abayomis estilizadas feitas de madeira piaçaba osso tecidos napa renda metal plástico e fitas A peça faz menção as raízes negras e a cultura africana trazida ao Brasil na época do período de escravidão O Missal Romano é uma espécie de Bíblia apresenta uma forma retangular capa cor preta com margens horizontais e verticais duplas em linhas douradas Verificase no centro da capa uma cruz em linhas douradas Com capa de couro filetado a ouro Remete ao uso dos padres nas missas durante o século XIX O Crucifixo simboliza a fé que o homem tinha na época por valores religiosos O crucifixo é de madeira com imagem de Cristo O Corpo em pé de frente com a posição de crucificação A cabeça pendida inclinada a direita com os cabelos meio longo e lisos Não representa a arte Barroca mais mostra a ideia da veemência a Deus e das possíveis punições divinas A Performance 1 em Tríade mostra a roupa usada do período da época dos escravos A roupa provavelmente usada por um mostra a simplicidade de um povo esquecido pelas Leis e pela própria população A características do traje são uma calça bege com cordões de amarração na cintura bolsos traseiros abertos sendo o da direta com a presença de um botão circular A Benzedeira é uma escultura modelada em barro representando uma figura feminina sentada rosto sereno e cabelos presos Segura em seu colo uma outra figura feminina infantil representando Damiana da Cunha Simboliza a índia que foi entregue ao então Governador da província de Goiás Luís da Cunha Meneses para ser criada pelo líder político A Damiana Catequista é uma peça modelada em barro representando também a Damiana da Cunha estando em posição ereta pernas juntas e mãos estendidas a frente segurando uma bíblia encimada por um terço pintado de cor branca Mais um elemento que comprova a religiosidade do povo da região do interior do país A Balança apresenta haste horizontal com as extremidades terminadas em forma de orifício de onde saem os suportes para os pratos da balança Os pratos são de forma arredondadas com três cavidades onde estão presos os cordões que servem de suporte da haste A peça significa o equilíbrio Entretanto simboliza a desigualdade de renda que existia na época colonial da região Ainda hoje tem representatividade em um país como o Brasil que a desigualdade de renda e social marcam presença constante em praticamente todas as regiões da nação O Fole é uma peça com formato alongado com três divisões unidas tendo na extremidade da base dois suportes de madeira que servem para fazer pressão e impulsionar o ar que passa por um roliço de ferro em direção a outra extremidade em formato de cone afunilado na ponta Representa uma arma artesanal usada para auxilio da combustão e domínio do fogo Muita utilizada no meio agrícola para extermínio de formigueiros que estragavam as plantações Existiam muitos pratos e panelas que faziam referência a culinária da época Se misturam a culinária indígena com a africana e europeia Entretanto os destaques das peças são para produções que lembrem a culinária realizada pelos índios e pelos negros Até hoje essa cultura culinária prevalece nas raízes gastronômicas do Brasil Praticamente todas as regiões do Brasil consomem alimentos que se originaram da culinária indígena ou africana Muitos produtos artesanais como bonecas e cortinas de rendas também são expostas no Museu Observamos o uso das bonecas para simbolizar a cultura africana através das bonecas Algumas crenças populares são repassadas através da imagem das bonecas Já a produção de cortinas de renda aponta para o uso do artesanato como fonte de produção econômica da época para as mulheres visto que os homens eram responsáveis pela produção agropecuária e posteriormente pela mineração O Museu também apresenta muitas esculturas de barro e argila caracterizando uma produção artística importante para a época Alguns estilos modernos também são incorporados ao Museu Neste caso não se trata somente de uma exposição de temas antigos e sim de algumas produções mais modernas simbolizando a modernidade dos tempos e a transição da Idade Moderna para Idade Contemporânea Uma chave de ferro me chamou atenção Era somente uma chave de ferro Enorme Porém apenas uma chave Entretanto representava muito mais que uma simples chave Representava a liberdade ora reprimida pela escravidão ora reprimida pela prisão que o Museu antes era O que fato simboliza uma pequena chave seria um objeto responsável pela liberdade do homem A mesma chave em outra análise representaria o poder do homem em função de outros Tanto em caráter de justiça ao confinar um preso dentro da sela quanto aos inúmeros escravos que morreram sem ter acesso a liberdade mesmo nunca a maioria ter feito algum crime Na verdade seu único crime foi nascer negro o que para muitos na época colonial se referia a azar destino ou infelicidade Era mais fácil culpar o indivíduo por nascer de cor negra do que crucificar uma sociedade autoritária e preconceituosa Outros objetos de ferro e de metal são expostos como enxadas facas castiçais e outros usados no garimpo Outros também eram usados nas fazendas Independentemente do local os instrumentos relatam um período de escravidão e que os direitos humanos não eram respeitados Os negros escravos não eram presos numa cadeia mais viviam como se fossem em suas senzalas O Museu mostra a unificação de sentimentos de dor e aflição misturando os sentimentos dos escravos e presos na cadeia ambos confinados sem o direito da liberdade Outros instrumentos também são observados como maçaricos e peças de ferro Objetos estes também presentes na luta de dor e sofrimento do povo A mineração foi uma febre que ocorreu no interior do Brasil onde o sonho da riqueza ultrapassava os cuidados com a saúde e com as questões de segurança Muitos se aventuravam nos garimpos e muitos eram obrigados devido a escravidão Se paramos para analisar a história do Brasil rapidamente chegaremos à conclusão que quase todas as conquistas e vitorias foram seguidas de violência derramamento de sangue e impunidade E essa sensação que o Museu causa ao começarmos a andar por ele e assim relembrar como foi triste a história da maioria do povo brasileiro Apenas uma pequena minoria da sociedade na época colonial se beneficiava de uma vida confortável e digna Grande parte do povo brasileiro sofria em diversas partes da sociedade Facas espadas e lanças também estão presentes no museu Simbolizando o lado autoritário dos comandantes da cadeia O uso das armas representa a intimidação através dos objetos Não existe poder sem força Esses elementos representam o poder do homem sobre os demais dentro da cadeia e não sociedade como um todo Aprofundando mais sobre o Museu antes ser uma cadeia é necessário contextualizar o cenário da época da sociedade brasileira e da região A forma de condução da cadeia era baseada nos moldes português A forma de administrar assim como a justiça ora empregada na época do Brasil Colônia representava a imagem da justiça de Portugal No período colonial os portugueses não queriam anarquias em suas terras ora empossadas Sendo assim a punição seria o meio de controlar aqueles que não fossem contrarias as ordens ou que fizesse algo irregular de acordo com as normas portuguesas Temos que lembrar que durante anos o Brasil esteve sob o domínio dos portugueses O projeto de construção da cadeia foi realizado com a preocupação de construir um edifício seguro e capaz de manter a estrutura prisional de forma eficiente Há evidencias que dentro da própria cadeia existia uma parte destinada a crimes mais graves onde o preso era isolado para ser torturado Os presos não tinham saneamento básico adequado muito menos agua potável de qualidade Era uma condição deplorável que eles viviam Por um determinado tempo as divisões na cadeia eram feitas por raças o que ainda mais acentuava o preconceito aos negros que estavam presos Apresentavam péssimas condições de higiene assim como uma alimentação de péssima qualidade A vida era literalmente de dor e sofrimento E ainda tinha o agravante de muitos presos seriam inocentes porém confessando culpa e crimes que não cometeram por causa das inúmeras torturas que recebiam na câmara Outros itens como iluminação eram deficientes Existem relatos que os presos imploravam com as mãos para fora da cela comida água ou melhorias para sua sobrevivência É um período não para se esquecer mais para se envergonhar A soberba do ser humano principalmente em épocas mais antigas representa a tentativa de controlar o outro através da força e do meio coercivo Não existia direitos humanos dentro da cadeia O que piora o cenário era que as elites da sociedade de Goiás realizavam política baseada em seus interesses particulares Sendo assim a população de forma geral sofria pelo descaso de seus governantes período esse do século XVIII Violência e revoltadas eram comuns na região o que levou muita gente a essa cadeia Mesmo com a Europa modernizando sua forma de administrar as cadeias aqui no Brasil durante antes anos a condução administrativa e pessoal eram as piores possíveis Com o processo de Independência do Brasil no século XIX as condições de como os presos eram vistos e tratados foram revistas de forma gradativa Entretanto houve uma tentativa de classificar o crime ora cometido como uma espécie de não evolução da raça humana Tratavam o preso como não evolução do que propriamente assumir os problemas sociais que existiam no país De acordo com as divisões e novas ideias a cadeia de Goiás ficou destinada as pessoas de menor poder aquisitivo e que passavam por dificuldades financeiras assim como negros recém libertos De fato existia um tipo exclusão social A expressão de que cadeia era para os pobres seria bem empregada neste contexto Depois do Código Penal Brasileiro de 1830 no período pós independência algumas décadas depois a cadeia de Goiás passou a ser administrada de acordo com as normas e costumes dos seus administradores Na teoria foram feitos normas e regimentos para melhorias das condições da prisão Mesmo assim as condições dos presos não eram as ideias Muitas sofriam maus tratos e eram expostos a diversas doenças Isso é até fácil de imaginar Primeiramente por ver o Museu e imaginar como seria a vida dos presos naquele local Segundo hoje com tecnologia globalização direitos humanos e mais recursos para obras estudos e pesquisas comportamentais as cadeias atuais são precárias algumas com condições sem a mínima estrutura de receber os presos imaginem então há quase 200 anos atrás Fica claro que aquelas pessoas que eram presas dificilmente voltariam a ter uma vida normal Como todos as cadeias alguns motins fugas e rebeliões aconteceram entretanto foram controladas pelos governantes da cadeia Existiam planejamento para remédios e assistência religiosa aos presos esta última em caso de previsão de morte do detento Existiam muitas coisas no papel porém na prática como atualmente deixam a desejar A condição adversa da cadeia representava também um tipo de poder coercivo visto que aqueles que fossem contra o governo ou cometessem crimes seriam jogados nesse sistema Existia um certo medo da população da cadeia muito mais do que as das gerações atuais Somente no século XX que o Museu assumiu as funções e atribuições que desempenham hoje A cadeia funcionou até 1950 Entretanto o fim das atividades não ocorreu de forma brusca As atividades foram diminuindo pouco a pouco até chegar o momento de fechar as portas definitivamente como Unidade Prisional Grande parte desse declínio foi quando a capital do Estado de Goiás migra para a cidade Goiânia Sendo assim a Cidade de Goiás perdeu força política econômica e financeira Ao realizar a pesquisa verifiquei que a estrutura visualizada durante o passeio do Museu da Bandeira não igual a época da cadeira Ao Fechar a cadeia foram realizadas algumas reformas estruturais para que o prédio pudessem receber visitantes Além disso as reformas também tinham o objetivo de tentar camuflar algumas salas de torturas assim como tentar melhorar a olho a quem fosse visitar as instalações do prédio Numa época em que os direitos humanos estavam em alta em mundo marcado no período pós Segunda Guerra Mundial a tentativa de disfarçar as atrocidades que eram feitas com os presos era fundamental para manter a boa imagem do Governo O mundo nesta época condena Hitler e Mussolini Expor casos de torturas e celas com condições precárias para a sobrevivência só iria prejudicar o Estado de Goiás em todos os cenários desde os políticos e econômicos ao de turismo Abrir um Museu naquela época que ficavam gritantes os traços de tortura não seria um Marketing positivo para o turismo do Estado Por fim concluo neste resumo descritivo a importância acadêmica do passeio realizado ao Museu das Bandeiras Foi uma experiência única em poder explorar a história do povo brasileiro e mais especificamente do povo de Goiás Foi enriquecedor aprender sobre a origem do Museu conhecer sua história desde da criação até a presente data O lado não muito atrativo mas tão quanto esclarecedor foi descobrir as torturas e humilhações que os presos sofriam dentro da cadeia Eles viviam em péssimas condições onde os direitos humanos não eram respeitados Houve período em que direito algum era respeitado Infelizmente é uma mancha negra que temos na nossa história Como já foi citado antes não se trata de esconder e sim de se envergonhar e usar como exemplo para que nunca ocorram mais fatos iguais a esse Sobre o Museu em si é muito bem cuidado com ótimos funcionários e peças que representam de fato nossa cultura e legado Recomendo a todos os universitários professores estudantes uma visita neste Museu Servirá muito para aumentar a sua bagagem e experiência intelectual sobre o tema Também recomendo a todas as pessoas que tem curiosidade de conhecer melhor a nossa história Termino este resumo com a poesia que foi publicada no livro Encantos de Goiás do Colégio Marista de Goiás de Saulo Máximo Figuerêdo de Holanda aluno do Colégio Marista de Goiânia filho do casal de meus amigos Desembargador do Tribunal de Justiça de Goiás TJ GO Anderson Máximo de Holanda e da Procuradora do Município de Trindade Néli Cárita Máximo Figuerêdo A prisão machuca pessoas Triste história Museus das Bandeiras Sempre teremos na lembrança As coisas que lá ocorreram Coreto e seus deliciosos sabores De picolés e sorvetes Que todos querem provar Um picolé só não dá Os poemas de Cora São verdadeiros e têm história Contam de Goiás Fatos e memórias REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS httpsmuseusibramgoiasmuseusgovbrmuseusibramem goiasmuseudasbandeiras acesso em 16 de Jan2023 httpsmuseusibramgoiasacervosmuseusgovbrmuseudas bandeiras acesso em 17 de Jan2023 SILVA Junior Eli Braz VELHA GOIÁS VELHA CADEIA As vozes que se podem ouvir Dissertação de Mestrado da Universidade Católica de Goiás Ano 2009 THE STORY OF CHRISTIANITY AN ILLUSTRATED HISTORY Vol 1 THE EARLY CHURCH 100600 AD Roger Haight SJ and John J OMalley SJ Editors Basic Books New York Chichester West Sussex RESUMO DESCRITIVO O resumo descritivo a seguir abordará o Museu das Bandeiras em Goiás proporcionado através de uma visita oriunda de um passeio acadêmico Será descrito as características físicas históricas e culturas do Museu Além disso será feito um paralelo relacionando as histórias de dor e sofrimento que o lugar representa O Museu das Bandeiras é uma história viva e será feito um breve apontamento para tentar reproduzir ao máximo tudo que foi vivenciado e sentido no passeio acadêmico Minha formação acadêmica tem bastante relação com os elementos históricos culturais do Museu Bandeira Sou jornalista formado pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás PUC Goiás Nessa mesma instituição de ensino eu cursei o mestrado em Ciências da Religião Sou graduado em Filosofia pelo Instituto de Filosofia e Teologia de Goiás IFITEG Atualmente minha atividade profissional desempenho como professor de Filosofia no EPG em Trindade e coordeno a comunicação da Câmara Municipal de Trindade ambos no Estado de Goiás O passeio acadêmico foi realizado no dia 09 de julho de 2022 no Museu das Bandeiras na Cidade de Goiás pelos alunos da disciplina Os caminhos teóricometodológicos da produção historiográfica sobre Goiás do Programa de PósGraduação em História da Universidade Federal de Goiás PPGHUFG ministrada pelo professor Dr Rildo Bento de Souza Com base neste evento que apresento as principais experiências características e observações do Museu Além disso para melhor compreensão dos fatos históricos além da visita será agregado um levantamento de dados sobre o Museu com objetivo de fundamentar as análises e deixar a descrição mais próxima possível das histórias reais que ocorreram no Museu ao longo dos anos É uma vasta história que apenas as visualizações através da visita não seriam suficientes para relatar com riquezas de detalhes os fatos que marcaram a história do Museu Serão agregados ao texto fontes que irão enriquecer ainda mais a descrição do Museu e assim deixando o leitor com plenas informações sobre os detalhes físicos estruturais e culturais O Museu da Bandeira está localizado na cidade de Goiás aproximadamente a 128km de Goiânia capital do Estado de Goiás É cercado por uma ampla área verde proporcionando uma ótima paisagem assim que se chega ao Museu De imediato ao entrar no Museu já conseguimos visualizar diversas peças históricas que remetem ao passado de Goiás Elementos de Igreja da época antiga do Estado de Goiás são observados O Museu é extremamente preservado e bem cuidado Existem alguns monitores que facilitam o entendimento das peças e das salas facilitando assim a compreensão sobre peças figuras equipamentos entre outros itens do Museu Ao andar pelo Museu os sentimentos de contemplação com os detalhes históricos se misturam com a dor e o sofrimento do passado Ao conhecer cada sala cada item nos deparamos com elementos que representam maustratos escravidão dor discriminação de raças Infelizmente este passado cruel e sangrento faz parte da história dos povos mais especificadamente no caso da história brasileira e do Estado de Goiás Apesar de não ser tão grande como outros Museus históricos de outras cidades representa um lugar rico em história e detalhes O índio muitas vezes esquecidos como origem racial de nossa terra tem seu espaço representado no Museu Uma da sala é dedicada a arte indígena onde representa sua cultura e elementos que facilitam o entendimento de como era sua vida e de como realizavam procedimentos banais do seu cotidiano A entrada no Museu é gratuita onde se pode ter acesso as salas e visualizar os itens do prédio É permitida tirar fotos porém sem o flash por causa da preservação das peças antigas Todos os funcionários do Museu são muito solícitos e agem com presteza A equipe de funcionários torna a experiência muito mais agradável devido ao tratamento de forma educada e esclarecedora dos colaboradores Muitos itens do Museu fazem menção ao período dos escravos no Brasil Muitos elementos mostram como era difícil a vida dessas pessoas marcada por torturas dor e sofrimento Representa uma história negativa e cruel de nossa sociedade entretanto não se deve ser esquecida nem ignorada Conhecer como essas pessoas sofreram nos leva a uma reflexão de procurar tratar o próximo melhor e de lutar pelos direitos humanos das pessoas uma vez ainda existem pessoas que sofrem esses maustratos e tortura pelo mundo afora Podemos identificar facilmente através das salas que o local de fato no seu passado era uma prisão Ao observar os detalhes das salas uma delas representa ainda a estrutura da época da cadeia com o chão de madeira É possível verificar marcas dos presos pela sala em partes que ficam evidentes as marcas de arranhões de suas unhas Outro elemento importante exposto no Museu é a Cruz que foi colocada na cidade de Catalão pelos Bandeirantes que com a enchente de anos anteriores foi levada pelo rio Após sua coleta a Cruz foi colocada no Museu das Bandeiras representando a fé e a história do povo de Goiás A vida dos escravos é bastante explorada pelo Museu No entanto também mostram evidencias de como era a vida dos coronéis e senhores donos de terras da época É possível imaginar através dos ricos detalhes como seria a relação dos donos de terras com seus escravos e de como também seriam as relações com os trabalhadores que estariam livres Para estes últimos a relação lembra bastante as dos senhores feudais da Idade Média com seus servos numa relação de vassalagem Facilmente ao entramos no Museu sofremos um tipo de viagem no tempo Estamos de perto com a história de nossa cidade das pessoas que fizeram parte e que foram responsáveis por diversos acontecimentos históricos e culturais não somente do Estado de Goiás mais de todo o Brasil Conseguimos de fato visualizar a verdadeira história que marca o lugar pena no entanto que também reflete muita dor e sofrimento É um passeio rico em detalhes históricos que serviram para aumentar nossa formação acadêmica No entanto acredito que todos deveriam conhecer o Museu das Bandeiras Não se trata apenas em aumentar seu nível acadêmico e sim conhecer suas raízes historias e processos que a população vivenciou aos longos dos anos A visita ao Museu deve fazer parte daqueles que realmente desejam conhecer a origem das pessoas a situação que o negro passou e as verdades sobre os crimes de tortura cometidos ali dentro É uma verdadeira aula de história viva através das paredes do Museu Os detalhes sobre a cadeia pública da cidade ainda estão presentes no prédio Algemas e correntes mostram como eram a realidade das pessoas presas naquele prédio As prisões daquela época eram grandes centros de tortura e eram totalmente contrárias aos direitos humanos dos presos Muitos itens representam o sofrimento que os prisioneiros passam na cadeia Vale ressaltar que antigamente muitas pessoas eram presas de forma injustamente apenas por ser contrárias as ideias da elite ou por lutar por melhoras sociais Não importava o crime cometido nem sua gravidade O que a cadeia ainda mostra é o verdadeiro sofrimento provido de tortura que as pessoas sofriam Culpados ou inocentes todos merecem um tratamento digno respeitando os direitos humanos e de fato que fica caracterizado no museu é apenas a dor e lamentação por um passado tão cruel Além de peças quadros esculturas e objetos muitas roupas também faziam parte do acervo de elementos que compõem o Museu Sendo assim é possível imaginar as vestimentas das pessoas daquela época representando assim uma visão mais definida da sociedade daquele período A arquitetura do local preserva as origens da sociedade da época Um estilo de um grande casarão É semelhante as casas relatadas da época da colonização brasileira onde existia a casa grande do senhor do engenho marcando a ostentação no meio de tantas casas simples Uma construção cheia de detalhes da época da colonização e dos bandeirantes que entraram pelo centrooeste para povoar as regiões O Museu demonstra através de seus acervos o quanto era perversa a cadeia Em muitos lugares chega a causa arrepios ao imaginar as situações que cada preso passava naquele lugar Hoje o local tenta passar uma imagem de lugar histórico ou de relíquias da história No entanto essa imagem de lugar histórico repleto de relíquias representa uma dualidade cultural onde por um lado mostra a cultura da época e por outro com base nessa mesma cultura fica evidenciado as terríveis condições que os presos passavam neste lugar De acordo com dados oficiais do Instituto Brasileiro de Museu foi construído em 1766 para ser utilizado como Câmara e Cadeia na antiga Vila Boa de Goyaz Somente em 1949 que se tornou Museu entretanto aberto ao público a partir de 1954 Seu tamanho é de aproximadamente 225 m² em um lote 10608m² Segundo o IBRAM no Museu das Bandeiras existem aproximadamente 500 objetos de valor histórico cultural que são preservados pelo Museu Ainda segundo o IBRAM o Museu foi constituído por documentos do arquivo documental da Delegacia Fiscal do Tesouro Nacional em Goiás e pelo mobiliário já pertencente ao prédio A missão do Museu é preservar as origens e histórias do povo do centrooeste com destaque ao povo do Estado de Goiás Marca a invasão e colonização das regiões do centrooeste assim com as diferenças de raças escravidão e conflitos sociais da época Voltando a sua localização o Museu é localizado numa área cultural importante do Estado de Goiás já que se localiza no Centro Histórico da Cidade de Goiás reconhecida como Patrimônio Cultural da Humanidade em 2001 Foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional ano de 1978 e pelo Governo Estadual em 1980 Sendo mais especifico na descrição dos acervos vários elementos se destacam dentro do Museu representando um leque cultural sobre a história do Brasil da região centrooeste e do Estado de Goiás Algumas peças merecem destaque sendo a seguir relatado um breve resumo sobre o acervo Vale ressaltar que as escolhas do resumo descritivo das peças são baseadas em minhas observações durante a visita ao Museu sendo assim responsável pela ordem das seleções A peça Políptico representa o conjunto de 8 bonecas abayomis estilizadas feitas de madeira piaçaba osso tecidos napa renda metal plástico e fitas A peça faz menção as raízes negras e a cultura africana trazida ao Brasil na época do período de escravidão O Missal Romano é uma espécie de Bíblia apresenta uma forma retangular capa cor preta com margens horizontais e verticais duplas em linhas douradas Verificase no centro da capa uma cruz em linhas douradas Com capa de couro filetado a ouro Remete ao uso dos padres nas missas durante o século XIX O Crucifixo simboliza a fé que o homem tinha na época por valores religiosos O crucifixo é de madeira com imagem de Cristo O Corpo em pé de frente com a posição de crucificação A cabeça pendida inclinada a direita com os cabelos meio longo e lisos Não representa a arte Barroca mais mostra a ideia da veemência a Deus e das possíveis punições divinas A Performance 1 em Tríade mostra a roupa usada do período da época dos escravos A roupa provavelmente usada por um mostra a simplicidade de um povo esquecido pelas Leis e pela própria população A características do traje são uma calça bege com cordões de amarração na cintura bolsos traseiros abertos sendo o da direta com a presença de um botão circular A Benzedeira é uma escultura modelada em barro representando uma figura feminina sentada rosto sereno e cabelos presos Segura em seu colo uma outra figura feminina infantil representando Damiana da Cunha Simboliza a índia que foi entregue ao então Governador da província de Goiás Luís da Cunha Meneses para ser criada pelo líder político A Damiana Catequista é uma peça modelada em barro representando também a Damiana da Cunha estando em posição ereta pernas juntas e mãos estendidas a frente segurando uma bíblia encimada por um terço pintado de cor branca Mais um elemento que comprova a religiosidade do povo da região do interior do país A Balança apresenta haste horizontal com as extremidades terminadas em forma de orifício de onde saem os suportes para os pratos da balança Os pratos são de forma arredondadas com três cavidades onde estão presos os cordões que servem de suporte da haste A peça significa o equilíbrio Entretanto simboliza a desigualdade de renda que existia na época colonial da região Ainda hoje tem representatividade em um país como o Brasil que a desigualdade de renda e social marcam presença constante em praticamente todas as regiões da nação O Fole é uma peça com formato alongado com três divisões unidas tendo na extremidade da base dois suportes de madeira que servem para fazer pressão e impulsionar o ar que passa por um roliço de ferro em direção a outra extremidade em formato de cone afunilado na ponta Representa uma arma artesanal usada para auxilio da combustão e domínio do fogo Muita utilizada no meio agrícola para extermínio de formigueiros que estragavam as plantações Existiam muitos pratos e panelas que faziam referência a culinária da época Se misturam a culinária indígena com a africana e europeia Entretanto os destaques das peças são para produções que lembrem a culinária realizada pelos índios e pelos negros Até hoje essa cultura culinária prevalece nas raízes gastronômicas do Brasil Praticamente todas as regiões do Brasil consomem alimentos que se originaram da culinária indígena ou africana Muitos produtos artesanais como bonecas e cortinas de rendas também são expostas no Museu Observamos o uso das bonecas para simbolizar a cultura africana através das bonecas Algumas crenças populares são repassadas através da imagem das bonecas Já a produção de cortinas de renda aponta para o uso do artesanato como fonte de produção econômica da época para as mulheres visto que os homens eram responsáveis pela produção agropecuária e posteriormente pela mineração O Museu também apresenta muitas esculturas de barro e argila caracterizando uma produção artística importante para a época Alguns estilos modernos também são incorporados ao Museu Neste caso não se trata somente de uma exposição de temas antigos e sim de algumas produções mais modernas simbolizando a modernidade dos tempos e a transição da Idade Moderna para Idade Contemporânea Uma chave de ferro me chamou atenção Era somente uma chave de ferro Enorme Porém apenas uma chave Entretanto representava muito mais que uma simples chave Representava a liberdade ora reprimida pela escravidão ora reprimida pela prisão que o Museu antes era O que fato simboliza uma pequena chave seria um objeto responsável pela liberdade do homem A mesma chave em outra análise representaria o poder do homem em função de outros Tanto em caráter de justiça ao confinar um preso dentro da sela quanto aos inúmeros escravos que morreram sem ter acesso a liberdade mesmo nunca a maioria ter feito algum crime Na verdade seu único crime foi nascer negro o que para muitos na época colonial se referia a azar destino ou infelicidade Era mais fácil culpar o indivíduo por nascer de cor negra do que crucificar uma sociedade autoritária e preconceituosa Outros objetos de ferro e de metal são expostos como enxadas facas castiçais e outros usados no garimpo Outros também eram usados nas fazendas Independentemente do local os instrumentos relatam um período de escravidão e que os direitos humanos não eram respeitados Os negros escravos não eram presos numa cadeia mais viviam como se fossem em suas senzalas O Museu mostra a unificação de sentimentos de dor e aflição misturando os sentimentos dos escravos e presos na cadeia ambos confinados sem o direito da liberdade Outros instrumentos também são observados como maçaricos e peças de ferro Objetos estes também presentes na luta de dor e sofrimento do povo A mineração foi uma febre que ocorreu no interior do Brasil onde o sonho da riqueza ultrapassava os cuidados com a saúde e com as questões de segurança Muitos se aventuravam nos garimpos e muitos eram obrigados devido a escravidão Se paramos para analisar a história do Brasil rapidamente chegaremos à conclusão que quase todas as conquistas e vitorias foram seguidas de violência derramamento de sangue e impunidade E essa sensação que o Museu causa ao começarmos a andar por ele e assim relembrar como foi triste a história da maioria do povo brasileiro Apenas uma pequena minoria da sociedade na época colonial se beneficiava de uma vida confortável e digna Grande parte do povo brasileiro sofria em diversas partes da sociedade Facas espadas e lanças também estão presentes no museu Simbolizando o lado autoritário dos comandantes da cadeia O uso das armas representa a intimidação através dos objetos Não existe poder sem força Esses elementos representam o poder do homem sobre os demais dentro da cadeia e não sociedade como um todo Aprofundando mais sobre o Museu antes ser uma cadeia é necessário contextualizar o cenário da época da sociedade brasileira e da região A forma de condução da cadeia era baseada nos moldes português A forma de administrar assim como a justiça ora empregada na época do Brasil Colônia representava a imagem da justiça de Portugal No período colonial os portugueses não queriam anarquias em suas terras ora empossadas Sendo assim a punição seria o meio de controlar aqueles que não fossem contrarias as ordens ou que fizesse algo irregular de acordo com as normas portuguesas Temos que lembrar que durante anos o Brasil esteve sob o domínio dos portugueses O projeto de construção da cadeia foi realizado com a preocupação de construir um edifício seguro e capaz de manter a estrutura prisional de forma eficiente Há evidencias que dentro da própria cadeia existia uma parte destinada a crimes mais graves onde o preso era isolado para ser torturado Os presos não tinham saneamento básico adequado muito menos agua potável de qualidade Era uma condição deplorável que eles viviam Por um determinado tempo as divisões na cadeia eram feitas por raças o que ainda mais acentuava o preconceito aos negros que estavam presos Apresentavam péssimas condições de higiene assim como uma alimentação de péssima qualidade A vida era literalmente de dor e sofrimento E ainda tinha o agravante de muitos presos seriam inocentes porém confessando culpa e crimes que não cometeram por causa das inúmeras torturas que recebiam na câmara Outros itens como iluminação eram deficientes Existem relatos que os presos imploravam com as mãos para fora da cela comida água ou melhorias para sua sobrevivência É um período não para se esquecer mais para se envergonhar A soberba do ser humano principalmente em épocas mais antigas representa a tentativa de controlar o outro através da força e do meio coercivo Não existia direitos humanos dentro da cadeia O que piora o cenário era que as elites da sociedade de Goiás realizavam política baseada em seus interesses particulares Sendo assim a população de forma geral sofria pelo descaso de seus governantes período esse do século XVIII Violência e revoltadas eram comuns na região o que levou muita gente a essa cadeia Mesmo com a Europa modernizando sua forma de administrar as cadeias aqui no Brasil durante antes anos a condução administrativa e pessoal eram as piores possíveis Com o processo de Independência do Brasil no século XIX as condições de como os presos eram vistos e tratados foram revistas de forma gradativa Entretanto houve uma tentativa de classificar o crime ora cometido como uma espécie de não evolução da raça humana Tratavam o preso como não evolução do que propriamente assumir os problemas sociais que existiam no país De acordo com as divisões e novas ideias a cadeia de Goiás ficou destinada as pessoas de menor poder aquisitivo e que passavam por dificuldades financeiras assim como negros recém libertos De fato existia um tipo exclusão social A expressão de que cadeia era para os pobres seria bem empregada neste contexto Depois do Código Penal Brasileiro de 1830 no período pós independência algumas décadas depois a cadeia de Goiás passou a ser administrada de acordo com as normas e costumes dos seus administradores Na teoria foram feitos normas e regimentos para melhorias das condições da prisão Mesmo assim as condições dos presos não eram as ideias Muitas sofriam maus tratos e eram expostos a diversas doenças Isso é até fácil de imaginar Primeiramente por ver o Museu e imaginar como seria a vida dos presos naquele local Segundo hoje com tecnologia globalização direitos humanos e mais recursos para obras estudos e pesquisas comportamentais as cadeias atuais são precárias algumas com condições sem a mínima estrutura de receber os presos imaginem então há quase 200 anos atrás Fica claro que aquelas pessoas que eram presas dificilmente voltariam a ter uma vida normal Como todos as cadeias alguns motins fugas e rebeliões aconteceram entretanto foram controladas pelos governantes da cadeia Existiam planejamento para remédios e assistência religiosa aos presos esta última em caso de previsão de morte do detento Existiam muitas coisas no papel porém na prática como atualmente deixam a desejar A condição adversa da cadeia representava também um tipo de poder coercivo visto que aqueles que fossem contra o governo ou cometessem crimes seriam jogados nesse sistema Existia um certo medo da população da cadeia muito mais do que as das gerações atuais Somente no século XX que o Museu assumiu as funções e atribuições que desempenham hoje A cadeia funcionou até 1950 Entretanto o fim das atividades não ocorreu de forma brusca As atividades foram diminuindo pouco a pouco até chegar o momento de fechar as portas definitivamente como Unidade Prisional Grande parte desse declínio foi quando a capital do Estado de Goiás migra para a cidade Goiânia Sendo assim a Cidade de Goiás perdeu força política econômica e financeira Ao realizar a pesquisa verifiquei que a estrutura visualizada durante o passeio do Museu da Bandeira não igual a época da cadeira Ao Fechar a cadeia foram realizadas algumas reformas estruturais para que o prédio pudessem receber visitantes Além disso as reformas também tinham o objetivo de tentar camuflar algumas salas de torturas assim como tentar melhorar a olho a quem fosse visitar as instalações do prédio Numa época em que os direitos humanos estavam em alta em mundo marcado no período pós Segunda Guerra Mundial a tentativa de disfarçar as atrocidades que eram feitas com os presos era fundamental para manter a boa imagem do Governo O mundo nesta época condena Hitler e Mussolini Expor casos de torturas e celas com condições precárias para a sobrevivência só iria prejudicar o Estado de Goiás em todos os cenários desde os políticos e econômicos ao de turismo Abrir um Museu naquela época que ficavam gritantes os traços de tortura não seria um Marketing positivo para o turismo do Estado Por fim concluo neste resumo descritivo a importância acadêmica do passeio realizado ao Museu das Bandeiras Foi uma experiência única em poder explorar a história do povo brasileiro e mais especificamente do povo de Goiás Foi enriquecedor aprender sobre a origem do Museu conhecer sua história desde da criação até a presente data O lado não muito atrativo mas tão quanto esclarecedor foi descobrir as torturas e humilhações que os presos sofriam dentro da cadeia Eles viviam em péssimas condições onde os direitos humanos não eram respeitados Houve período em que direito algum era respeitado Infelizmente é uma mancha negra que temos na nossa história Como já foi citado antes não se trata de esconder e sim de se envergonhar e usar como exemplo para que nunca ocorram mais fatos iguais a esse Sobre o Museu em si é muito bem cuidado com ótimos funcionários e peças que representam de fato nossa cultura e legado Recomendo a todos os universitários professores estudantes uma visita neste Museu Servirá muito para aumentar a sua bagagem e experiência intelectual sobre o tema Também recomendo a todas as pessoas que tem curiosidade de conhecer melhor a nossa história Termino este resumo com a poesia que foi publicada no livro Encantos de Goiás do Colégio Marista de Goiás de Saulo Máximo Figuerêdo de Holanda aluno do Colégio Marista de Goiânia filho do casal de meus amigos Desembargador do Tribunal de Justiça de Goiás TJ GO Anderson Máximo de Holanda e da Procuradora do Município de Trindade Néli Cárita Máximo Figuerêdo A prisão machuca pessoas Triste história Museus das Bandeiras Sempre teremos na lembrança As coisas que lá ocorreram Coreto e seus deliciosos sabores De picolés e sorvetes Que todos querem provar Um picolé só não dá Os poemas de Cora São verdadeiros e têm história Contam de Goiás Fatos e memórias REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS httpsmuseusibramgoiasmuseusgovbrmuseusibramem goiasmuseudasbandeiras acesso em 16 de Jan2023 httpsmuseusibramgoiasacervosmuseusgovbrmuseudas bandeiras acesso em 17 de Jan2023 SILVA Junior Eli Braz VELHA GOIÁS VELHA CADEIA As vozes que se podem ouvir Dissertação de Mestrado da Universidade Católica de Goiás Ano 2009