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Psicologia ·

Psicologia Organizacional

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A CONSTITUIÇÃO DO OBJETO LIBIDINAL CAPÍTULO V O PRECURSOR DO OBJETO A REAÇÃO DE SORRISO No início do segundo mês de vida a face humana tornase um privilegiado objeto de percepção visual preferido a todas as outras coisas do ambiente do bebê Agora ele é capaz de isolála e distinguila do plano no fundo Ele investe nela sua completa e prolongada atenção No terceiro mês este voltarse para em resposta ao estímulo da face humana culmina em uma resposta nova claramente definida e especificada a espécie Nessa ocasião o progresso da maturação física e do desenvolvimento psicológico do bebê permite coordenar pelo menos um parêntese de seu equipamento somático e usálo para a expressão de uma experiência psíquica ele agora responderá à face adulta com um sorriso mais este sorriso é a primeira manifestação comportamental ativa dirigida e intencional o primeiro indício da transição de completa passividade do bebê para o início do comportamento ativo e agora diante desempenhará um papel cada vez mais ativo No terceiro mês de vida o bebê responde a face do adulto sorridente as formas preenchidas certas condições a face deve estar de frente de maneira que o bebê possa ver os olhos do lado contrário não vêse E indiferente que seja uma mônica que se move ou se trate de um alimento provocando do boca etc Nesta idade nada mais é nem mesmo o alimento provocado A CONSTITUIÇÃO DO OBJETO LIBIDINAL O PRECURSOR DO OBJETO Assim na segunda metade do primeiro ano reações indiscriminadas de sorriso diante da face de adulto cessaram em mais de 95 por cento de nossa população Em menos de 5 por cento dos bebês por nós observados continuou esta reação de sorriso Em outras palavras crianças com menos de dois meses seguramente não sorririam diante de ninguém nem de nada as mesmas crianças após atingida a idade de seis meses reservarão sua reação de sorriso para as mães os amigos em resumo para seus objetos de amor e não sorrirão para estranhos RESULTADOS EXPERIMENTAIS Delineamos e estudamos os elementos e significado do estímulo que provoca o sorriso do bebê entre o fim do segundo mês e o fim do sexto mês Examinamos e como este sorriso está relacionado às relações objetos do bebê Estabeleceuse que a reação de sorriso do bebê no terceiro mês de vida seu reconhecimento da face humana já não é mais um verdadeiro objeto libidinal Realmente neste ragido o bebê de três meses não percebe um requer humano nem uma pessoa nem um objeto libidinal mas apenas um sinal René A Spitz com a colaboração de GODFREY COBLINER O PRIMEIRO ANO DE VIDA um estudo psicanalítico do desenvolvimento normal e anômalo das relações objetais TRADUÇÃO Erothildes Millan Barros da Rocha REVISÃO Estela dos Santos Abreu A CONSTITUIÇÃO DO OBJETO LIBIDINAL O PRECURSOR DO OBJETO reação à face sorridente reação à face de perfil reação à máscara de frente reação à máscara de perfil A CONSTITUIÇÃO DO OBJETO LIBIDINAL O PRECURSOR DO OBJETO Ao mesmo tempo tais jogos constituem o substrato de um outro aspecto no início do desenvolvimento das relações objetais A repetição de sons primoros os procedentes da criança e posteriormente os da mãe assumido passo a passo de maneira pouco perceptível ao observador o papel de sinais semânticos Mas antes que isto venha a acontecer devem ocorrer maiores transformações dinâmicas e estruturas completamente novas devem organizarse na psique infantil O PAPEL DO AFETO NA RELAÇÃO MÃEFILHO Mais uma vez somos obrigados a voltar às origens e discutir o papel totalmente abrangente da mãe no aparecimento e desenvolvimento da consciência do bebê e a participação vital que ela tem nesse processo de aprendizagem Neste contexto a importância dos sentimentos maternos em relação a seu filho o seu filho dificilmente pode ser superestimada Sabese que esses sentimentos variam em toda a extensão de uma escala ampla mas que não se mantém constante uma vez que todas as mulheres tornamse mães meigas amorosas e dedicadas Elas criam o que denominamos na relação mãefilho clima emocional favorável todo bons aspectos do desenvolvimento da criança São os sentimentos maternos em relação ao filho que criam esse clima O SIGNIFICADO TEÓRICO DO ESTABELECIMENTO DO PRÉOBJETO As consequências o significado do estabelecimento do primeiro precursor do objeto libidinal são os seguintes A CONSTITUIÇÃO DO OBJETO LIBIDINAL A função protetora da barreira do estímulo é assumida pelo ego emergente No nascimento a condição de nãoinvestimento do senso consciente é modificada incluindo todos os sentidos Esta sequência de acordo com a dinâmica que leva à aprendizagem na interação entre o bebê e a mãe desempenha um papel importante na reorganização do ego contribuindo para um esquema progressivo de desenvolvimento emocional Os padrões de movimentos e ações a serem propostos seja proatividade seja reatividade são constantemente adaptados rigorosamente cronometrados à medida que a criança avança CAPÍTULO VIII O ESTABELECIMENTO DO OBJETO LIBIDINAL A ANSIEDADE DOS OITO MESES Uma mudança decisiva no comportamento do bebê em seu relacionamento com os outros ocorre entre o sexo e o oitavo mês Já não responderá com um sorriso quando uma visita ocasional aproximase de seu berço sorrindo ou balançando a cabeça Por volta desta idade a capacidade para a diferenciação perceptiva diacrítica já está bem desenvolvida Nesse momento a criança distingue claramente um amigo de um estranho Se um estranho se aproxima dela isso provocará na criança um comportamento inconfundível característico e típico ela apresenta intensidades variadas de apreensão ou ansiedade e rejeita o estranho Além disso o comportamento individual da criança varia em torno de uma amplitude maior Ela pode baixar seus olhos tímidamente pode cobrilos com as mãos levantar o vestido para cobrir o rosto atirarse de bracinhos em seu berço e esconder o rosto coberto pode chorar ou gritar FIGURA 9 A ansiedade dos oito meses Durante o período neonatal na primeira semana ou logo após o parto vemos manifestações de desprazer ocorrendo em situações que numa idade mais avançada poderiam causar ansiedade Estas manifestações de desprazer não constituem a ansiedade no sentido em que usamos o termo em psicanálise Chamálas de ansiedade é um equivoco Embora tenham todas as características de estados de tensão fisiológicos com fenômenos de descarga física difusa elas não têm conteúdo psicológico À medida que a criança cresce a natureza destes estados de tensão se torna progressivamente seu caráter difuso eles ocorrem então em resposta às situações de desprazer sempre mais específicas Por volta da oitava semana de vida as manifestações de desprazer tornamse cada vez mais estruturadas e inteligentes não apenas para a mãe mas também para o observador experiente Entretanto paradoxalmente a mesma experiência também prepara a base para um desenvolvimento da organização das ideias que é diametralmente oposto à onipotência Creio que a sequência de satisfação que se segue ao choque de forma e experiência primeira à qual pode reportar a formação da categoria ideacional de causalidade comodidade Nesta conquista da capacidade de mobilizar a ajuda materna para a satisfação de suas necessidades através do choro o ser humano experi mentaliza pela primeira vez o post hoc ergo propter hoc em conexão com sua própria ação É claro que este é apenas um precursor e não é o princípio mesmo da causalidade O princípio post hoc ergo propter hoc se subdividiu mais tarde em duas direções Uma delas permanecerá em sua forma rudimentar como um modo básico de funcionamento do processo primário A outra será simplesmente refinada ao se tornar um dos instrumentos mais poderosos de homens sob a forma de determinismo Na verdade a mudança modificada pela experiência pode ser expressa de maneira que se A é força A e B produzem B de maneira que A é a causa de B A partir de então a criança pode influenciar o ambiente a fim de aliviar seu desconforto em um estágio ligeiramente posterior ela também passará a influenciar o mundo exterior no sentido de tornálo a satisfação de seu desejo Em minha opinião isto é o indicador do estabelecimento do objeto libidinal propriamente dito Para o behaviorista sem dúvida a manifestação da ansiedade dos oito meses apenas significa que uma coisa foi estabelecida no setor do objeto e atingiu constânciaCognição Porém se ultrapassarmos as limitações do método behaviorista e buscarmos o significado do comportamento manifestado na ansiedade dos oito meses perceberemos que o afeto isto é a ansiedade tem o papel decisivo neste fenômeno É evidente que o objeto não foi estabelecido apenas no setor óptico cognitivo mas também talvez devemos dizer principalmente no setor afetivo Como acima seguese a partir do estabelecimento de um objeto libidinal que a pessoa dotada com atributos objetos já não pode ser intimidadada com nenhum outro indivíduo Uma vez que o objeto é estabelecido a criança não pode se enganar em relação a ele Esta exclusividade estável capacita a criança a tornarse vínculos que conferem ao objeto suas propriedades peculiares A ansiedade dos oito meses é a prova de que para a criança todos são estranhos com excesso do objetos ou melhor dizendo a criança encontrou o parceiro com um novo poder para relações objetos no verdadeiro sentido do termo Resumir nossas mudanças acarretadas pelo estabelecimento do segundo organizador Na esfera sordita a milenização das neuros está agora suficientemente desenvolvida para tornar possível o funcionamento diferencial do mecanismo sensorial para alcançar a coordenação dos órgãos afetores para colocar os grupos de músculos do esqueleto a serviço de sequências de ação dirigidas a permitir ajustes de postura e equilíbrio que servem como base para a ação muscular No sistema mental um número crescente de traços de memória foi armazenado de maneira que podem ser efetuadas operações de complexidade crescente Estas operações são por sua vez permitindo que a criança escolha as seqüências de ação dirigidas e faça novas maneiras diversificadas A ativação de operações mentais e as seqüências de ação resultantes propiciam uma das condições que tornam possíveis o funcionamento dos mecanismos do ego Finalmente na organização psíquica maturação e desenvolvimento contribuem conjuntamente para tornar possível colocar os órgãos afetores e serviços de seqüências de ações dirigidas Estas seqüências de ações permitem ao bebê descarregar tensão afetiva de uma maneira mais individual CAPÍTULO XI ORIGENS E INÍCIO DA COMUNICAÇÃO HUMANA O TERCEIRO ORGANIZADOR DA PSIQUÉ Entre as mais importantes modificações que se estabelecem com o advento do segundo organizador está a compreensão progressiva que as crianças têm de proibições e o aparecimento dos primeiros traços dos fenômenos de identificação Os dois desenvolvimentos estão de certo modo relacionados como veremos mais adiante O IMPACTO DA LOCOMOÇÃO SOBRE AS RELAÇÕES DA IDADE Antes do estabelecimento do segundo organizador as mensagens maternas atingem a criança principalmente através do contato tátil exceto quanto à esfera visual A criança quando adquire a locomoção luta pela autonomia e consegue sair do alcance da mãe Ela pode esquivarse de sua visão mas não pode evitar facilmente sua voz Em conseqüência as relações objetais baseadas até então no contato de proximidade passaram por uma mudança radical A locomoção independente é um progresso um amadurecimento repleto de perigos para a criança Ela apresenta muitos problemas para os que a cercam Enquanto a criança permanecia prisioneira em seu berço estava segura Agora ela se torna mais esperta impulsiva curiosidade sua necessidade de se movimentar que embora mais perigosa vai se basear cada vez mais no gesto da palma Inevitavelmente a natureza das mudanças entre a mãe e filho há de sofrer também uma transformação A CONSTITUIÇÃO DO OBJETO LIBIDINAL ORIGENS E INÍCIO DA COMUNICAÇÃO HUMANA O TERCERIO ORGANIZADOR DA PSIQUE É talvez o mais importante ponto crítico na evolução tanto do indivíduo quanto da espécie Aqui começa a humanização do aspecto começa o primeiro político começa a sociedade Pois isto é o início de dois recursos de mensagens intencionais dirigidos como advento dos símbolos semânticos tornase a origem da comunicação verbal E a razão pela qual considero a conquista o sinal de negação da palavra Não como o indicador tangível da formação do terceiro organizado O Não em gesto e em palavra é a expressão semântica de negação e de julgamento ao mesmo tempo é a primeira abstração formada pela criança o primeiro conceito abstrato no sentido da mentalização adulta O conceito é adquirido com auxílio de um deslocamento de excitação agressiva acredito que os deslocamentos de caloria agressiva sejam características do lado da abstração A abstração nunca é considerada da identidade como tal é o resultado do processo em duas etapas A primeira etapa consiste em usar nossas energias agressivas para acessar certos elementos daquilo que percebemos a segunda etapa é o resultado da atividade sintética do ego Nunberg 1930 em que os elementos destacados pela energia agressiva são sintetizados O produto desta síntese é um símbolo ou um conceito O primeiro conceito da vida da criança é a negação Como mencionamos antes logo após o início do segundo ano a criança expressa negando pelo meneio da cabeça e deste modo comunica sua recusa ao ambiente que a cerca através de um sinal semântico O meneio da cabeça como um sinal de negação é extraordinariamente espalhado pelo globo Não é de modo algum um sinal compreendido universalmente Em algumas culturas utilizamse outros gestos para negação Entretanto o meneio provável que o meneio de cabeça seja o gesto de negação mais frequentemente usado em nosso globo Na minha opinião a universidade do gesto faz parte integral do impulso humano e talvez mesmo a filogênese O comportamento derivado da experiência primitiva pode tornarse generalizado na espécie pois é compartilhado por todos os seus membros Portanto não insistimos no fato de que no início todo comportamento tem um caráter afirmativo orientando para a satisfação da necessidade Onde encontramos o protótipo arcaico do padrão motor do movimento de aniciência Finalmente descobrimos este protótipo também entre os padrões de comportamento relacionados com a amamentação Mas não está presente na criança o que só aparece três meses depois Entre os três e seis meses o bebê já pode apoiar sua cabeça e morder uma vez que a musculatura do pescoço Nessa ocasião ele também começa a se orientar visualmente Se alguém afasta o mamilo de bebê de três a seis meses durante a amamentação provavelmente ele realizará movimentos de aproximação com sua cabeça movimentandoa verticalmente em direção ao peito Estes movimentos se parecem rigorosamente com o padrão motor do movimento de anuencia eles constroem seus primeiros protótipos No decorrer dos meses seguintes eles estarão integrados no comportamento de aproximação do bebê Diversamente ao padrão motor de menceio da cabeça que empreendeu uma mudança funcional no curso do desenvolvimento para se tornar um sinal de negação o movimento afirmativo de cabeça mantém sua função afirmativa No decorrer do segundo ano de vida ele assume seu significado semântico tornandose assim o gesto de afirmação é muito provável que isso ocorra vários meses depois de ter sido adquirido o gesto semântico de negação