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Agronomia ·

Probabilidade e Estatística 2

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1 Implantação condução e análise de experimentos agropecuários Manoel Carlos Gonçalves Capítulo2 Princípios Básicos da Experimentação e Planejamento de Experimentos 21Introdução Os princípios de repetição casualização e controle local propostos por R A Fisher 1910 são referidos como os três princípios básicos dos delineamentos experimentais e portanto da experimentação 1Repetição É a aplicação de um determinado tratamento a duas ou mais unidades experimentais Um conjunto completo de tratamentos constitui uma repetição do experimento básico O aumento do número de repetições é um dos procedimentos mais eficientes para se melhorar a exatidão e a precisão de um experimento O princípio da repetição permite a Estimar o erro experimental o que é necessário para avaliar a significância das diferenças entre as médias de tratamentos b Aumentar a sensibilidade dos testes pela redução do erro padrão da diferença entre médias de tratamentos 2 Implantação condução e análise de experimentos agropecuários Manoel Carlos Gonçalves c Aumentar a abrangência do experimento pela incorporação de uma maior diversidade de material experimental se o controle local apropriado é usado para controlar o erro experimental O número de repetições geralmente é função de a número de tratamentos b tipo de material experimental homogeneidade conhecimento do material c custo do experimento materiais equipamentos procedimentos e métodos d disponibilidade de espaço físico e de mãodeobra e magnitude provável da diferença entre médias de tratamento e f nível de precisão desejada Desta forma é impossível determinar o número exato de repetições necessários para um determinado experimento Uma regra geral prática é prover no mínimo 10 graus de liberdade para o erro experimental de qualquer experimento A redução no tamanho da parcela permite um maior número de parcelas repetições para uma determinada área material experimental o que tenderá a aumentar a precisão do experimento 3 Implantação condução e análise de experimentos agropecuários Manoel Carlos Gonçalves 2Casualização Consiste na distribuição dos tratamentos ao acaso nas unidades experimentais Tem a função de assegurar que a estimativa do erro experimental e dos efeitos de tratamentos não tenham tendência ou viés Apresenta as seguintes características a garante que os tratamentos sejam casualmente afetados por fontes desconhecidas de variação quando eles são distribuídos nas diversas unidades experimentais b faz com que os erros desvios se tornem aleatórios c faz com que os erros associados aos tratamentos sejam independentes entre si permitindo assim a aplicação dos testes estatísticos É necessário terse casualizações separadas para cada um dentre vários experimentos Alguns pesquisadores têm usado o mesmo delineamento com a mesma casualização para vários experimentos o que não é recomendável devido a possibilidade de uma leve tendência 4 Implantação condução e análise de experimentos agropecuários Manoel Carlos Gonçalves 3Controle Local Formação de Blocos Consiste na estratificação agrupamento das unidades experimentais local ou material em grupos homogêneos denominados de blocos o que permite a estimação e o controle mais adequado do erro experimental Em experimentos simples cada bloco contém o mesmo número de unidades experimentais sobre os quais todos os tratamentos que estão sendo comparados são distribuídos de forma aleatória As diferenças entre parcelas de um mesmo tratamento num experimento repetido em blocos são parcialmente devidas ao erro experimental mas também parcialmente devido à diferença média entre os blocos Assim a variação devida a blocos pode ser removida do erro experimental Consequentemente a exatidãoacurácia e a precisão do experimento tornamse maior quando uma quantidade da variabilidade é removida do erro experimental por meio deste procedimento 5 Implantação condução e análise de experimentos agropecuários Manoel Carlos Gonçalves 22 Relação entre Casualização e Delineamentos Experimentais Dependendo da maneira de fazer a casualização dos tratamentos e repetições nas unidades experimentais decorrem os delineamentos experimentais Considere os três tipos básicos de casualização 1 Sem Restrição qualquer uma das unidades experimentais supostas homogêneas pode receber por sorteio as combinações dos t tratamentos com as r repetições Neste caso os tratamentos e as repetições são casualizados sorteados juntos Esta casualização resulta no delineamento experimental inteiramente casualizado DIC 2 Uma Restrição neste caso devese organizar r blocos homogêneos sendo que cada bloco recebe uma vez todos os t tratamentos os r blocos correspondem a r repetições os t tratamentos são casualizados sorteados dentro 6 Implantação condução e análise de experimentos agropecuários Manoel Carlos Gonçalves de cada bloco sendo realizado um sorteio para cada bloco os blocos podem estar em condições diferentes ou sofrer manejos diferentes o importante é que haja homogeneidade dentro dos blocos e heterogeneidade entre os blocos Neste caso cada bloco é uma repetição Esta casualização resulta no delineamento experimental blocos completos casualizados DBC 3 Duas Restrições neste caso as unidades experimentais são agrupadas segundo dois critérios de heterogeneidade da área ou do material experimental os blocos são formados em duas direções denominadas de linhas critério L e colunas critério C cada linha e cada coluna recebe uma vez cada tratamento Assim o número de linhas de colunas de tratamentos e de repetições é igual Esta casualização resulta no delineamento experimental quadrado latino DQL 7 Implantação condução e análise de experimentos agropecuários Manoel Carlos Gonçalves Deve ser observado que o aumento no número de restrições para a casualização diminui o número de graus de liberdade associados ao erro experimental o que pode aumentar a variância do mesmo Entretanto esperase que com o uso destas restrições sejam obtidas condições mais homogêneas para a aplicação dos tratamentos o que diminui o erro e aumenta a precisão experimental