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Economia Política
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Economia Política Internacional Sustente cada resposta em citações transcritas da obra indicada no enunciado Pergunta 1 A partir do que é dito no livro Análise dos sistemasmundo uma introdução ao pensamento de Imannuel Wallerstein comente a relação entre a teoria da modernização Rostow e outros e as formulações de Imannuel Wallerstein Pergunta 2 A partir do que é dito no livro O capitalismo histórico de Immanuel Wallerstein e também considerando o que está dito no livro Análise dos sistemasmundo uma introdução ao pensamento de Imannuel Wallerstein disserte sobre o significado das expressões capitalismo histórico economia mundo sistema mundo império mundo centro e periferia Pergunta 3 Lendo o que está na parte inicial do livro O longo século XX de Giovanni Arrighi disserte sobre o significado da expressão ciclo sistêmico de acumulação e explique quais são os ciclos identificados por Arrighi Pergunta 4 Leia e comente o trecho final do livro O longo século XX de Giovanni Arrighi Dê atenção especial para o que ele diz sobre o Japão sobre a saída para a luta competitiva autodestrutiva e para os cenários apontados ao final Pergunta 5 A partir da leitura do que é dito nos livros A mundialização do capital e A mundialização financeira disserte sobre o significado do termo mundialização para François Chesnais Pergunta 6 A partir da leitura da resenha de Ilan Lapyda sobre Finance capital today disserte sobre o que é a financeirização lembrando de destacar as diferenciações apontadas por Chesnais Pergunta 7 A partir da leitura do texto de David Harvey explique o que é acumulação por espoliação Pergunta 8 No texto citado na pergunta anterior David Harvey comenta a opinião de Hanna Arendt sobre o imperialismo No texto de Arendt localize e comente a opinião dela sobre a relação entre imperialismo e racismo Pergunta 9 Com base no que está escrito no livro Análise dos sistemasmundo uma introdução ao pensamento de Imannuel Wallerstein comente a opinião dele acerca do declínio da hegemonia dos Estados Unidos Pergunta 10 Com base no texto de José Luís Fiori intitulado A multipolaridade uma disputa violenta e indefinida texto disponível no OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL DO SÉCULO XXI MAIO2024 comente o cenário mundial visto a partir do Brasil O comentário deve ser estruturado a partir dos grandes temas da economia política internacional Economia Política Internacional Sustente cada resposta em citações transcritas da obra indicada no enunciado Pergunta 1 A partir do que é dito no livro Análise dos sistemasmundo uma introdução ao pensamento de Imannuel Wallerstein comente a relação entre a teoria da modernização Rostow e outros e as formulações de Imannuel Wallerstein A teoria da modernização proposta por Walt Rostow sugere que o desenvolvimento econômico segue estágios universais e lineares pelos quais todas as sociedades passam de tradições agrárias para uma modernidade industrial culminando em uma alta massa de consumo Esse modelo defende que o subdesenvolvimento pode ser superado se as regiões seguirem o caminho dos países desenvolvidos pois para Rostow a superação do subdesenvolvimento ocorre por meio de esforços internos e adoção de práticas modernas Immanuel Wallerstein por outro lado critica essa perspectiva com sua teoria dos sistemas mundo argumentando que o subdesenvolvimento não é temporário mas um produto estrutural do capitalismo global o mesmo postula que o capitalismo se organiza como um sistemamundo hierarquizado onde economias são divididas em países centrais semiperiféricos e periféricos e nessa dinâmica os países centrais mantêm seu desenvolvimento explorando as regiões periféricas que ficam aprisionadas em uma condição de dependência Segundo Wallerstein os esforços das teorias da modernização falham ao ignorar que o desenvolvimento de uns depende do subdesenvolvimento de outros dentro do sistema capitalista global O mesmo sustenta que a estrutura global impede a convergência entre os países já que o poder dos países centrais é mantido pela exploração contínua das periferias O conceito de desenvolvimento desigual de Wallerstein se opõe à ideia de progresso linear da teoria da modernização para ele a relação entre centro e periferia é constitutiva do capitalismo refletindose na divisão internacional do trabalho e no controle de fluxos de capital e tecnologia que sistematicamente favorecem os países centrais Em resumo enquanto a teoria da modernização sugere que o desenvolvimento é acessível a todos que seguirem os estágios corretos a abordagem de Wallerstein mostra como o capitalismo cria barreiras estruturais que perpetuam o subdesenvolvimento das periferias refutando a ideia de um caminho universal para o progresso e ainda afirma que a intenção original da análise dos sistemasmundo era o protesto contra a teoria da modernização que desconsidera os efeitos históricos das relações de poder globais Pergunta 2 A partir do que é dito no livro O capitalismo histórico de Immanuel Wallerstein e também considerando o que está dito no livro Análise dos sistemasmundo uma introdução ao pensamento de Imannuel Wallerstein disserte sobre o significado das expressões capitalismo histórico economia mundo sistema mundo império mundo centro e periferia Immanuel Wallerstein em O Capitalismo Histórico e Análise dos SistemasMundo desenvolve conceitos essenciais para compreender o capitalismo como um sistema global e histórico introduzindo os termos capitalismo histórico economiamundo sistema mundo impériomundo e a dicotomia centro e periferia Para Wallerstein o capitalismo histórico é um sistema social global emergido no século XVI onde a acumulação incessante de capital molda as estruturas econômicas políticas e culturais o mesmo enfatiza que o capitalismo é um fenômeno específico sujeito a transformações definido que O capitalismo histórico é um sistema singular em que a acumulação incessante de capital constitui a principal motivação das atividades econômicas ao mesmo tempo em que molda as estruturas políticas e culturais que sustentam essa acumulação Wallerstein define a economiamundo como uma rede econômica global politicamente fragmentada sem um poder centralizado ao contrário de um impériomundo já o sistema mundo engloba a economiamundo capitalista estruturada pela divisão global do trabalho afirmando que O sistemamundo moderno é uma economiamundo baseada no capitalismo que implica uma divisão global do trabalho e a coexistência de múltiplos estados soberanos Diferentemente da economiamundo o impériomundo centraliza o poder político e controla tanto a economia quanto as instituições sociais para Wallerstein o capitalismo se desenvolveu em uma economiamundo o que permitiu sua expansão sem controle único A teoria dos sistemasmundo coloca o centro nações desenvolvidas em posição dominante sobre a periferia regiões exploradas que fornecem recursos e mão de obra barata Wallerstein destaca que O desenvolvimento do centro depende da subordinação e exploração da periferia uma relação que é reproduzida e reforçada continuamente dentro do sistemamundo capitalista Pergunta 3 Lendo o que está na parte inicial do livro O longo século XX de Giovanni Arrighi disserte sobre o significado da expressão ciclo sistêmico de acumulação e explique quais são os ciclos identificados por Arrighi Giovanni Arrighi no livro O Longo Século XX apresenta o conceito de ciclo sistêmico de acumulação para explicar os padrões de expansão e crise do capitalismo global segundo Arrighi esses ciclos representam longos períodos em que diferentes regimes de acumulação dominam a economia mundial cada um com fases de expansão material produção e comércio seguidas por expansão financeira especulação e acumulação de capital afirmando que os ciclos sistêmicos de acumulação são a maneira pela qual o capitalismo se reorganiza se expande e se adapta às mudanças globais Esse padrão de transição de um ciclo para outro é em última instância o que tem moldado a evolução do sistema capitalista global Arrighi identifica quatro ciclos principais ciclo Genovês séculos XVXVII Liderado por Gênova caracterizado por acumulação de capital via comércio e finanças seguido de especulação financeira e declínio ciclo Holandês séculos XVIIXVIII A Holanda dominou o comércio global com forte infraestrutura financeira e poder naval até seu declínio com o aumento da especulação ciclo Britânico séculos XVIIIXIX A GrãBretanha com sua Revolução Industrial tornouse o centro do capitalismo global mas enfrentou declínio com a financeirização e perda de competitividade e por último o Ciclo Americano séculos XIX XX Liderado pelos Estados Unidos com inovação tecnológica e poderio militar mas que desde os anos 1970 enfrenta crescente financeirização sinalizando possível esgotamento Esses ciclos seguem um padrão de crescimento material inicial seguido por uma fase de expansão financeira que leva à crise e à transição para o próximo ciclo pois para Arrighi a estrutura temporal do capitalismo histórico se repete com uma fase de expansão financeira seguida pela consolidação material e uma nova financeirização que antecede a crise O conceito de ciclo sistêmico de acumulação mostra como o capitalismo evolui através da ascensão e declínio de potências hegemônicas moldando o sistema mundial o autor também observa que esses ciclos são caracterizados por uma fase inicial de crescimento material impulsionado por inovações tecnológicas e expansão territorial seguida por um crescimento financeiro onde o capital busca novas formas de acumulação fora da produção Em conclusão o conceito de ciclo sistêmico de acumulação oferece uma perspectiva histórica sobre a evolução do capitalismo destacando como potências globais ascendem dominam e eventualmente entram em declínio dando espaço para novas configurações do sistema mundial Pergunta 4 Leia e comente o trecho final do livro O longo século XX de Giovanni Arrighi Dê atenção especial para o que ele diz sobre o Japão sobre a saída para a luta competitiva autodestrutiva e para os cenários apontados ao final No epílogo de O Longo Século XX Giovanni Arrighi analisa os desafios e incertezas que o capitalismo enfrenta após o esgotamento do ciclo de acumulação liderado pelos Estados Unidos destacando o Japão como um potencial candidato a liderar a próxima fase do capitalismo global embora de forma ambígua pois segundo Arrighi o Japão com sua economia avançada e modelo de gestão industrial poderia representar uma nova configuração do capitalismo mas há dúvidas sobre sua capacidade de substituir os EUA como potência hegemônica Arrighi discute a luta competitiva autodestrutiva que marca o final de cada ciclo sistêmico onde a crescente competição entre potências gera destruição de valor e caos econômico alertando que o mundo pósGuerra Fria pode estar à beira de um novo colapso sistêmico com potências emergentes repetindo erros do passado ao competirem por recursos e mercados Nesse contexto Arrighi questiona qual seria a saída para essa dinâmica autodestrutiva sugerindo que uma nova hegemonia global poderia emergir mas que essa transição não é garantida Os cenários futuros considerados por Arrighi são incertos e incluem a possibilidade de uma transição caótica que levaria ao colapso do sistema capitalista e à instabilidade crônica os três cenários principais apontados por Arrighi são A continuidade da liderança americana em um sistema mais fragmentado e descentralizado a ascensão de uma nova hegemonia na Ásia com destaque para o Japão e o colapso do sistema global capitalista resultando em desordem generalizada e possível retorno a dinâmicas de poder pré capitalistas Arrighi é cético quanto à capacidade do Japão ou de outros países asiáticos de assumir a liderança global argumentando que barreiras culturais e a ausência de uma tradição imperial forte dificultam essa transição considerando mais provável um cenário de caos sistêmico com fragmentação global e ausência de uma hegemonia clara resultando em rivalidades intensas entre as grandes potências e crises econômicas No trecho final Arrighi reflete sobre os limites estruturais do capitalismo e a possibilidade de uma transição para uma ordem póscapitalista sugerindo que o sistema atual pode estar se aproximando de um ponto de ruptura onde seria substituído por algo radicalmente novo embora essa mudança possa trazer instabilidade global para Arrighi a história do capitalismo pode estar chegando ao fim sendo substituída por uma nova era de caos sistêmico Pergunta 5 A partir da leitura do que é dito nos livros A mundialização do capital e A mundialização financeira disserte sobre o significado do termo mundialização para François Chesnais Nos livros A Mundialização do Capital e A Mundialização Financeira François Chesnais explora o conceito de mundialização com um foco específico nas dinâmicas globais do capital especialmente no domínio das finanças pois para ele a mundialização difere de globalização que muitas vezes é usada de forma genérica Ele utiliza mundialização para destacar a integração das economias por meio do capital com ênfase no capital financeiro afirmando que a mundialização é a expressão máxima do capitalismo financeiro contemporâneo onde os interesses financeiros superam os da produção e do trabalho No livro A Mundialização do Capital Chesnais explica que a mundialização se consolidou a partir dos anos 1980 com a desregulamentação financeira levando à integração dos mercados globais e à ascensão de novas formas de capital fictício o mesmo identifica três fases nesse processo Primeiro a abertura e desregulamentação financeira entre 1960 e 1979 segundo a expansão dos mercados financeiros a partir dos anos 1980 com a consolidação do neoliberalismo e terceiro a integração dos mercados de ações entre 1986 e 1995 que marca a mundialização financeira Chesnais ressalta que a mundialização é essencialmente um processo de concentração e centralização do capital em escala global impulsionado pela supremacia do capital financeiro destacando que esse processo resultou na subordinação das economias nacionais aos interesses de grandes conglomerados financeiros aprofundando desigualdades precarizando o trabalho e fragilizando políticas públicas nos países periféricos No livro A Mundialização Financeira Chesnais complementa sua análise ao argumentar que a financeirização intensificou a lógica da mundialização com o capital financeiro dominando a economia global como principal motor de acumulação segundo ele a mundialização financeira leva a uma desconexão entre o capital e a produção material criando instabilidades econômicas e crises recorrentes Em resumo para François Chesnais a mundialização é um processo estrutural ligado ao desenvolvimento do capitalismo financeiro reorganizando o capitalismo em escala global com profundas consequências para a economia mundial e as relações sociais especialmente nas regiões periféricas que são as mais afetadas pelos efeitos desestabilizadores desse processo Pergunta 6 A partir da leitura da resenha de Ilan Lapyda sobre Finance capital today disserte sobre o que é a financeirização lembrando de destacar as diferenciações apontadas por Chesnais A financeirização de acordo com François Chesnais em Finance Capital Today não é apenas o crescimento das finanças mas um processo histórico que reflete mudanças estruturais do capitalismo global especialmente após a crise de superacumulação dos anos 1970 Segundo a resenha de Ilan Lapyda Chesnais argumenta que a financeirização está ligada à sobreacumulação de capital e ao esgotamento das oportunidades lucrativas na produção o que leva o capital a buscar novas formas de valorização nos mercados financeiros sendo esse processo caracterizado pela centralização do capital em grandes conglomerados e pela prevalência de uma lógica rentista onde a obtenção de lucros por meio de ativos financeiros supera a produção industrial como fonte principal de acumulação Chesnais diferencia duas dimensões da financeirização o finance capital e o financial capital sendo o primeiro termo inspirado por Rudolf Hilferding referese ao entrelaçamento de bancos globais grandes empresas transnacionais e gigantes do comércio onde a integração é tão profunda que não há uma hegemonia clara dos banco pois as grandes corporações industriais como General Motors e WalMart estão no mesmo patamar dos maiores bancos de investimento já o financial capital diz respeito ao capital financeiro tradicional incluindo mercados de títulos e outros instrumentos especulativos Além disso Chesnais faz uma distinção crucial entre a financeirização como um processo de oligopolização crescente do capital e a mera expansão das finanças ressaltando que a financeirização envolve tanto a concentração do capital produtivo quanto o aumento das atividades financeiras como veículos fundamentais para a reprodução do capital Resultando em uma dissolução parcial da divisão entre operações financeiras e não financeiras com grandes empresas combinando produção comércio e finanças em uma lógica integrada de maximização de lucros Em síntese para Chesnais a financeirização é um processo estrutural que desloca o centro de gravidade do capitalismo da produção material para o rentismo financeiro com implicações como o aumento da desigualdade e a instabilidade sistêmica O mesmo enfatiza que a financeirização não pode ser reduzida a um fenômeno exclusivamente financeiro mas deve ser vista como uma reconfiguração do capitalismo global onde as esferas produtivas e financeiras se interligam profundamente gerando novas dinâmicas de exploração e acumulação Pergunta 7 A partir da leitura do texto de David Harvey explique o que é acumulação por espoliação David Harvey em sua análise da acumulação por espoliação atualiza o conceito marxista de acumulação primitiva argumentando que a expropriação de recursos e a violência econômica permanecem centrais no capitalismo contemporâneo e de acordo com Harvey a acumulação por espoliação envolve práticas como a privatização de bens públicos desregulamentação financeirização gestão da dívida e atividades predatórias de empresas transnacionais processos que reativam formas violentas de acumulação ao transferir riqueza de populações vulneráveis para elites financeiras ele ainda explica que a acumulação por espoliação inclui a privatização de bens comuns e a expropriação direta como pilares do funcionamento capitalista Harvey destaca a financeirização como uma estratégiachave onde o endividamento se torna um meio de exploração permitindo que o capital financeiro domine cada vez mais as populações exemplos incluem a proliferação de derivativos e hipotecas subprime que expandem o controle do capital sobre a economia e resultam em crises como a de 2008 o mesmo afirma que a financeirização intensifica a espoliação ao transformar o endividamento em uma ferramenta de dominação e exploração O conceito também aborda como a acumulação por espoliação se torna predominante em períodos de crise quando o capital recorre à captura de valor existente em vez de criar novo valor por meio da produção Para Harvey a espoliação se torna uma resposta à crise do capital deslocando a ênfase da produção para a expropriação e intensificando as desigualdades globais Em síntese a acumulação por espoliação segundo Harvey reconfigura as formas de exploração no capitalismo contemporâneo enfatizando que a violência e a expropriação continuam a ser centrais para a dinâmica capitalista o que aprofunda a desigualdade e a instabilidade global Pergunta 8 No texto citado na pergunta anterior David Harvey comenta a opinião de Hanna Arendt sobre o imperialismo No texto de Arendt localize e comente a opinião dela sobre a relação entre imperialismo e racismo Hannah Arendt explora a conexão profunda entre imperialismo e racismo onde ela destaca como o imperialismo europeu catalisou a ascensão das ideologias raciais modernas argumentando que o racismo se tornou uma ferramenta indispensável para o imperialismo ao justificar a exploração e a opressão de povos colonizados sob a premissa de uma suposta superioridade racial Assim ela afirma que o imperialismo teria exigido a invenção do racismo como única explicação e justificativa de seus atos mesmo que nunca houvesse existido uma ideologia racista no mundo civilizado Arendt observa que o racismo adotado como doutrina política durante o auge do imperialismo no final do século XIX forneceu a base ideológica para transformar diferenças culturais em hierarquias naturais ressaltando que a raça foi uma tentativa de explicar a existência de seres humanos que ficavam à margem da compreensão dos europeus justificando assim a segregação e a desumanização dos povos colonizados sendo que o racismo passou a organizar a sociedade colonial permitindo que o domínio imperialista se consolidasse ao dividir as populações e enfraquecer resistências locais Além disso Arendt analisa como o racismo uma vez institucionalizado nas colônias também influenciou as políticas internas dos próprios estados europeus criando as condições para o surgimento das ideologias totalitárias no século XX para ela o imperialismo e o racismo se fundiram para transformar a violência e a discriminação racial em ferramentas legítimas de poder tanto no exterior quanto no interior das nações imperialistas Arendt conclui que essa fusão gerou uma mudança profunda na natureza do poder que passou a depender da perpetuação da desigualdade racial para sua manutenção Pergunta 9 Com base no que está escrito no livro Análise dos sistemasmundo uma introdução ao pensamento de Imannuel Wallerstein comente a opinião dele acerca do declínio da hegemonia dos Estados Unidos Immanuel Wallerstein argumenta que o declínio da hegemonia dos Estados Unidos é um processo histórico inevitável que se tornou evidente a partir da década de 1970 onde o sucesso dos EUA no pósguerra consolidandose como a principal potência global paradoxalmente criou as condições para sua própria decadência Wallerstein identifica quatro eventos simbólicos que marcam esse declínio a Guerra do Vietnã as revoluções de 1968 a queda do Muro de Berlim em 1989 e os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 onde esses acontecimentos expuseram a progressiva perda de legitimidade e capacidade dos EUA de exercer poder efetivo transformandoos de uma liderança incontestável em uma superpotência solitária à deriva Segundo Wallerstein os fatores econômicos políticos e militares que sustentaram a hegemonia americana também contribuíram para o seu enfraquecimento e foi com a crescente competição intracapitalista bem como o desgaste ideológico causado por ações unilaterais dos EUA como a invasão do Iraque e a guerra ao terror que corroeram sua imagem como defensores da democracia e dos direitos humanos onde a crise econômica global de 2008 reforçou essa percepção evidenciando as fragilidades do modelo neoliberal promovido pelos EUA Wallerstein defende que o atual período de transição sistêmica está caracterizado pela perda de influência dos EUA no cenário internacional acompanhada pela ascensão de novas potências como a China e pela reemergência da Rússia e embora o declínio americano não signifique necessariamente o colapso do capitalismo ele sugere uma reorganização do sistema global em direção a uma configuração multipolar Para Wallerstein o declínio dos EUA segue a lógica inerente ao sistemamundo capitalista onde o próprio sucesso hegemônico acaba por gerar as condições para sua decadência onde ainda enfatiza que os fatores econômicos políticos e militares que contribuíram para a hegemonia dos EUA são os mesmos fatores que produzirão o iminente declínio dos EUA e ao destacar eventos como a Guerra do Vietnã as revoluções de 1968 a queda do Muro de Berlim e o 11 de setembro Wallerstein ilustra como esses marcos históricos enfraqueceram a legitimidade e o poder dos EUA culminando na sua caracterização como uma superpotência solitária à qual falta um verdadeiro poder um líder mundial que ninguém segue e poucos respeitam Pergunta 10 Com base no texto de José Luís Fiori intitulado A multipolaridade uma disputa violenta e indefinida texto disponível no OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL DO SÉCULO XXI MAIO2024 comente o cenário mundial visto a partir do Brasil O comentário deve ser estruturado a partir dos grandes temas da economia política internacional No texto A multipolaridade uma disputa violenta e indefinida José Luís Fiori argumenta que a transição de um mundo unipolar dominado pelos Estados Unidos para uma ordem multipolar é marcada por conflitos instabilidade e incertezas afirmando que em vez de uma fase de paz estamos diante de uma implosão fragmentação e decomposição de uma ordem estabelecida resultado de disputas acirradas entre potências emergentes e ocidentais para Fiori essa transição não é harmoniosa mas sim violenta com os países ocidentais resistindo em ceder espaço às novas potências Nesse cenário o Brasil como parte dos emergentes que desafiam a hegemonia ocidental pode adotar uma posição estratégica de nãoalinhamento rígido explorando a fragmentação global a seu favor essa postura permite ao país fortalecer alianças regionais e diversificar suas parcerias comerciais mas também traz desafios especialmente a pressão para se posicionar entre Estados Unidos e China bem como a intensificação das proxy wars e o aumento da militarização global são fatores que afetam diretamente a segurança e os interesses brasileiros Fiori destaca que a multipolaridade não se traduz em um equilíbrio estável mas sim em uma disputa violenta e indefinida entre grandes potências sendo que essa dinâmica exige que o Brasil desenvolva uma diplomacia pragmática capaz de aproveitar as oportunidades enquanto preserva sua soberania Geopoliticamente a fragmentação global impõe tanto desafios quanto oportunidades exigindo que o Brasil busque alianças que ampliem sua autonomia sem se tornar dependente das potências em disputa No campo da economia política internacional Fiori argumenta que a economia global multipolar é caracterizada por blocos de poder rivais cada um impondo suas regras e barreiras Para o Brasil isso significa a necessidade de diversificar parcerias e adaptarse às mudanças nas cadeias produtivas e no sistema financeiro global e ainda segundo o autor o Brasil deve agir estrategicamente para garantir seu lugar na economia global adotando uma postura ativa e pragmática frente às pressões internacionais Em síntese Fiori defende que a multipolaridade não traz estabilidade mas sim um ambiente internacional marcado por disputas contínuas e indefinidas onde o Brasil deve navegar com flexibilidade para manter sua relevância e autonomia em um cenário global em transformação Economia Política Internacional Sustente cada resposta em citações transcritas da obra indicada no enunciado Pergunta 1 A partir do que é dito no livro Análise dos sistemasmundo uma introdução ao pensamento de Imannuel Wallerstein comente a relação entre a teoria da modernização Rostow e outros e as formulações de Imannuel Wallerstein A teoria da modernização proposta por Walt Rostow sugere que o desenvolvimento econômico segue estágios universais e lineares pelos quais todas as sociedades passam de tradições agrárias para uma modernidade industrial culminando em uma alta massa de consumo Esse modelo defende que o subdesenvolvimento pode ser superado se as regiões seguirem o caminho dos países desenvolvidos pois para Rostow a superação do subdesenvolvimento ocorre por meio de esforços internos e adoção de práticas modernas Immanuel Wallerstein por outro lado critica essa perspectiva com sua teoria dos sistemasmundo argumentando que o subdesenvolvimento não é temporário mas um produto estrutural do capitalismo global o mesmo postula que o capitalismo se organiza como um sistemamundo hierarquizado onde economias são divididas em países centrais semiperiféricos e periféricos e nessa dinâmica os países centrais mantêm seu desenvolvimento explorando as regiões periféricas que ficam aprisionadas em uma condição de dependência Segundo Wallerstein os esforços das teorias da modernização falham ao ignorar que o desenvolvimento de uns depende do subdesenvolvimento de outros dentro do sistema capitalista global O mesmo sustenta que a estrutura global impede a convergência entre os países já que o poder dos países centrais é mantido pela exploração contínua das periferias O conceito de desenvolvimento desigual de Wallerstein se opõe à ideia de progresso linear da teoria da modernização para ele a relação entre centro e periferia é constitutiva do capitalismo refletindose na divisão internacional do trabalho e no controle de fluxos de capital e tecnologia que sistematicamente favorecem os países centrais Em resumo enquanto a teoria da modernização sugere que o desenvolvimento é acessível a todos que seguirem os estágios corretos a abordagem de Wallerstein mostra como o capitalismo cria barreiras estruturais que perpetuam o subdesenvolvimento das periferias refutando a ideia de um caminho universal para o progresso e ainda afirma que a intenção original da análise dos sistemasmundo era o protesto contra a teoria da modernização que desconsidera os efeitos históricos das relações de poder globais Pergunta 2 A partir do que é dito no livro O capitalismo histórico de Immanuel Wallerstein e também considerando o que está dito no livro Análise dos sistemasmundo uma introdução ao pensamento de Imannuel Wallerstein disserte sobre o significado das expressões capitalismo histórico economia mundo sistema mundo império mundo centro e periferia Immanuel Wallerstein em O Capitalismo Histórico e Análise dos SistemasMundo desenvolve conceitos essenciais para compreender o capitalismo como um sistema global e histórico introduzindo os termos capitalismo histórico economiamundo sistemamundo impériomundo e a dicotomia centro e periferia Para Wallerstein o capitalismo histórico é um sistema social global emergido no século XVI onde a acumulação incessante de capital molda as estruturas econômicas políticas e culturais o mesmo enfatiza que o capitalismo é um fenômeno específico sujeito a transformações definido que O capitalismo histórico é um sistema singular em que a acumulação incessante de capital constitui a principal motivação das atividades econômicas ao mesmo tempo em que molda as estruturas políticas e culturais que sustentam essa acumulação Wallerstein define a economiamundo como uma rede econômica global politicamente fragmentada sem um poder centralizado ao contrário de um impériomundo já o sistemamundo engloba a economiamundo capitalista estruturada pela divisão global do trabalho afirmando que O sistemamundo moderno é uma economiamundo baseada no capitalismo que implica uma divisão global do trabalho e a coexistência de múltiplos estados soberanos Diferentemente da economiamundo o impériomundo centraliza o poder político e controla tanto a economia quanto as instituições sociais para Wallerstein o capitalismo se desenvolveu em uma economiamundo o que permitiu sua expansão sem controle único A teoria dos sistemasmundo coloca o centro nações desenvolvidas em posição dominante sobre a periferia regiões exploradas que fornecem recursos e mão de obra barata Wallerstein destaca que O desenvolvimento do centro depende da subordinação e exploração da periferia uma relação que é reproduzida e reforçada continuamente dentro do sistemamundo capitalista Pergunta 3 Lendo o que está na parte inicial do livro O longo século XX de Giovanni Arrighi disserte sobre o significado da expressão ciclo sistêmico de acumulação e explique quais são os ciclos identificados por Arrighi Giovanni Arrighi no livro O Longo Século XX apresenta o conceito de ciclo sistêmico de acumulação para explicar os padrões de expansão e crise do capitalismo global segundo Arrighi esses ciclos representam longos períodos em que diferentes regimes de acumulação dominam a economia mundial cada um com fases de expansão material produção e comércio seguidas por expansão financeira especulação e acumulação de capital afirmando que os ciclos sistêmicos de acumulação são a maneira pela qual o capitalismo se reorganiza se expande e se adapta às mudanças globais Esse padrão de transição de um ciclo para outro é em última instância o que tem moldado a evolução do sistema capitalista global Arrighi identifica quatro ciclos principais ciclo Genovês séculos XVXVII Liderado por Gênova caracterizado por acumulação de capital via comércio e finanças seguido de especulação financeira e declínio ciclo Holandês séculos XVIIXVIII A Holanda dominou o comércio global com forte infraestrutura financeira e poder naval até seu declínio com o aumento da especulação ciclo Britânico séculos XVIIIXIX A GrãBretanha com sua Revolução Industrial tornouse o centro do capitalismo global mas enfrentou declínio com a financeirização e perda de competitividade e por último o Ciclo Americano séculos XIXXX Liderado pelos Estados Unidos com inovação tecnológica e poderio militar mas que desde os anos 1970 enfrenta crescente financeirização sinalizando possível esgotamento Esses ciclos seguem um padrão de crescimento material inicial seguido por uma fase de expansão financeira que leva à crise e à transição para o próximo ciclo pois para Arrighi a estrutura temporal do capitalismo histórico se repete com uma fase de expansão financeira seguida pela consolidação material e uma nova financeirização que antecede a crise O conceito de ciclo sistêmico de acumulação mostra como o capitalismo evolui através da ascensão e declínio de potências hegemônicas moldando o sistema mundial o autor também observa que esses ciclos são caracterizados por uma fase inicial de crescimento material impulsionado por inovações tecnológicas e expansão territorial seguida por um crescimento financeiro onde o capital busca novas formas de acumulação fora da produção Em conclusão o conceito de ciclo sistêmico de acumulação oferece uma perspectiva histórica sobre a evolução do capitalismo destacando como potências globais ascendem dominam e eventualmente entram em declínio dando espaço para novas configurações do sistema mundial Pergunta 4 Leia e comente o trecho final do livro O longo século XX de Giovanni Arrighi Dê atenção especial para o que ele diz sobre o Japão sobre a saída para a luta competitiva autodestrutiva e para os cenários apontados ao final No epílogo de O Longo Século XX Giovanni Arrighi analisa os desafios e incertezas que o capitalismo enfrenta após o esgotamento do ciclo de acumulação liderado pelos Estados Unidos destacando o Japão como um potencial candidato a liderar a próxima fase do capitalismo global embora de forma ambígua pois segundo Arrighi o Japão com sua economia avançada e modelo de gestão industrial poderia representar uma nova configuração do capitalismo mas há dúvidas sobre sua capacidade de substituir os EUA como potência hegemônica Arrighi discute a luta competitiva autodestrutiva que marca o final de cada ciclo sistêmico onde a crescente competição entre potências gera destruição de valor e caos econômico alertando que o mundo pósGuerra Fria pode estar à beira de um novo colapso sistêmico com potências emergentes repetindo erros do passado ao competirem por recursos e mercados Nesse contexto Arrighi questiona qual seria a saída para essa dinâmica autodestrutiva sugerindo que uma nova hegemonia global poderia emergir mas que essa transição não é garantida Os cenários futuros considerados por Arrighi são incertos e incluem a possibilidade de uma transição caótica que levaria ao colapso do sistema capitalista e à instabilidade crônica os três cenários principais apontados por Arrighi são A continuidade da liderança americana em um sistema mais fragmentado e descentralizado a ascensão de uma nova hegemonia na Ásia com destaque para o Japão e o colapso do sistema global capitalista resultando em desordem generalizada e possível retorno a dinâmicas de poder précapitalistas Arrighi é cético quanto à capacidade do Japão ou de outros países asiáticos de assumir a liderança global argumentando que barreiras culturais e a ausência de uma tradição imperial forte dificultam essa transição considerando mais provável um cenário de caos sistêmico com fragmentação global e ausência de uma hegemonia clara resultando em rivalidades intensas entre as grandes potências e crises econômicas No trecho final Arrighi reflete sobre os limites estruturais do capitalismo e a possibilidade de uma transição para uma ordem póscapitalista sugerindo que o sistema atual pode estar se aproximando de um ponto de ruptura onde seria substituído por algo radicalmente novo embora essa mudança possa trazer instabilidade global para Arrighi a história do capitalismo pode estar chegando ao fim sendo substituída por uma nova era de caos sistêmico Pergunta 5 A partir da leitura do que é dito nos livros A mundialização do capital e A mundialização financeira disserte sobre o significado do termo mundialização para François Chesnais Nos livros A Mundialização do Capital e A Mundialização Financeira François Chesnais explora o conceito de mundialização com um foco específico nas dinâmicas globais do capital especialmente no domínio das finanças pois para ele a mundialização difere de globalização que muitas vezes é usada de forma genérica Ele utiliza mundialização para destacar a integração das economias por meio do capital com ênfase no capital financeiro afirmando que a mundialização é a expressão máxima do capitalismo financeiro contemporâneo onde os interesses financeiros superam os da produção e do trabalho No livro A Mundialização do Capital Chesnais explica que a mundialização se consolidou a partir dos anos 1980 com a desregulamentação financeira levando à integração dos mercados globais e à ascensão de novas formas de capital fictício o mesmo identifica três fases nesse processo Primeiro a abertura e desregulamentação financeira entre 1960 e 1979 segundo a expansão dos mercados financeiros a partir dos anos 1980 com a consolidação do neoliberalismo e terceiro a integração dos mercados de ações entre 1986 e 1995 que marca a mundialização financeira Chesnais ressalta que a mundialização é essencialmente um processo de concentração e centralização do capital em escala global impulsionado pela supremacia do capital financeiro destacando que esse processo resultou na subordinação das economias nacionais aos interesses de grandes conglomerados financeiros aprofundando desigualdades precarizando o trabalho e fragilizando políticas públicas nos países periféricos No livro A Mundialização Financeira Chesnais complementa sua análise ao argumentar que a financeirização intensificou a lógica da mundialização com o capital financeiro dominando a economia global como principal motor de acumulação segundo ele a mundialização financeira leva a uma desconexão entre o capital e a produção material criando instabilidades econômicas e crises recorrentes Em resumo para François Chesnais a mundialização é um processo estrutural ligado ao desenvolvimento do capitalismo financeiro reorganizando o capitalismo em escala global com profundas consequências para a economia mundial e as relações sociais especialmente nas regiões periféricas que são as mais afetadas pelos efeitos desestabilizadores desse processo Pergunta 6 A partir da leitura da resenha de Ilan Lapyda sobre Finance capital today disserte sobre o que é a financeirização lembrando de destacar as diferenciações apontadas por Chesnais A financeirização de acordo com François Chesnais em Finance Capital Today não é apenas o crescimento das finanças mas um processo histórico que reflete mudanças estruturais do capitalismo global especialmente após a crise de superacumulação dos anos 1970 Segundo a resenha de Ilan Lapyda Chesnais argumenta que a financeirização está ligada à sobreacumulação de capital e ao esgotamento das oportunidades lucrativas na produção o que leva o capital a buscar novas formas de valorização nos mercados financeiros sendo esse processo caracterizado pela centralização do capital em grandes conglomerados e pela prevalência de uma lógica rentista onde a obtenção de lucros por meio de ativos financeiros supera a produção industrial como fonte principal de acumulação Chesnais diferencia duas dimensões da financeirização o finance capital e o financial capital sendo o primeiro termo inspirado por Rudolf Hilferding referese ao entrelaçamento de bancos globais grandes empresas transnacionais e gigantes do comércio onde a integração é tão profunda que não há uma hegemonia clara dos banco pois as grandes corporações industriais como General Motors e WalMart estão no mesmo patamar dos maiores bancos de investimento já o financial capital diz respeito ao capital financeiro tradicional incluindo mercados de títulos e outros instrumentos especulativos Além disso Chesnais faz uma distinção crucial entre a financeirização como um processo de oligopolização crescente do capital e a mera expansão das finanças ressaltando que a financeirização envolve tanto a concentração do capital produtivo quanto o aumento das atividades financeiras como veículos fundamentais para a reprodução do capital Resultando em uma dissolução parcial da divisão entre operações financeiras e não financeiras com grandes empresas combinando produção comércio e finanças em uma lógica integrada de maximização de lucros Em síntese para Chesnais a financeirização é um processo estrutural que desloca o centro de gravidade do capitalismo da produção material para o rentismo financeiro com implicações como o aumento da desigualdade e a instabilidade sistêmica O mesmo enfatiza que a financeirização não pode ser reduzida a um fenômeno exclusivamente financeiro mas deve ser vista como uma reconfiguração do capitalismo global onde as esferas produtivas e financeiras se interligam profundamente gerando novas dinâmicas de exploração e acumulação Pergunta 7 A partir da leitura do texto de David Harvey explique o que é acumulação por espoliação David Harvey em sua análise da acumulação por espoliação atualiza o conceito marxista de acumulação primitiva argumentando que a expropriação de recursos e a violência econômica permanecem centrais no capitalismo contemporâneo e de acordo com Harvey a acumulação por espoliação envolve práticas como a privatização de bens públicos desregulamentação financeirização gestão da dívida e atividades predatórias de empresas transnacionais processos que reativam formas violentas de acumulação ao transferir riqueza de populações vulneráveis para elites financeiras ele ainda explica que a acumulação por espoliação inclui a privatização de bens comuns e a expropriação direta como pilares do funcionamento capitalista Harvey destaca a financeirização como uma estratégiachave onde o endividamento se torna um meio de exploração permitindo que o capital financeiro domine cada vez mais as populações exemplos incluem a proliferação de derivativos e hipotecas subprime que expandem o controle do capital sobre a economia e resultam em crises como a de 2008 o mesmo afirma que a financeirização intensifica a espoliação ao transformar o endividamento em uma ferramenta de dominação e exploração O conceito também aborda como a acumulação por espoliação se torna predominante em períodos de crise quando o capital recorre à captura de valor existente em vez de criar novo valor por meio da produção Para Harvey a espoliação se torna uma resposta à crise do capital deslocando a ênfase da produção para a expropriação e intensificando as desigualdades globais Em síntese a acumulação por espoliação segundo Harvey reconfigura as formas de exploração no capitalismo contemporâneo enfatizando que a violência e a expropriação continuam a ser centrais para a dinâmica capitalista o que aprofunda a desigualdade e a instabilidade global Pergunta 8 No texto citado na pergunta anterior David Harvey comenta a opinião de Hanna Arendt sobre o imperialismo No texto de Arendt localize e comente a opinião dela sobre a relação entre imperialismo e racismo Hannah Arendt explora a conexão profunda entre imperialismo e racismo onde ela destaca como o imperialismo europeu catalisou a ascensão das ideologias raciais modernas argumentando que o racismo se tornou uma ferramenta indispensável para o imperialismo ao justificar a exploração e a opressão de povos colonizados sob a premissa de uma suposta superioridade racial Assim ela afirma que o imperialismo teria exigido a invenção do racismo como única explicação e justificativa de seus atos mesmo que nunca houvesse existido uma ideologia racista no mundo civilizado Arendt observa que o racismo adotado como doutrina política durante o auge do imperialismo no final do século XIX forneceu a base ideológica para transformar diferenças culturais em hierarquias naturais ressaltando que a raça foi uma tentativa de explicar a existência de seres humanos que ficavam à margem da compreensão dos europeus justificando assim a segregação e a desumanização dos povos colonizados sendo que o racismo passou a organizar a sociedade colonial permitindo que o domínio imperialista se consolidasse ao dividir as populações e enfraquecer resistências locais Além disso Arendt analisa como o racismo uma vez institucionalizado nas colônias também influenciou as políticas internas dos próprios estados europeus criando as condições para o surgimento das ideologias totalitárias no século XX para ela o imperialismo e o racismo se fundiram para transformar a violência e a discriminação racial em ferramentas legítimas de poder tanto no exterior quanto no interior das nações imperialistas Arendt conclui que essa fusão gerou uma mudança profunda na natureza do poder que passou a depender da perpetuação da desigualdade racial para sua manutenção Pergunta 9 Com base no que está escrito no livro Análise dos sistemasmundo uma introdução ao pensamento de Imannuel Wallerstein comente a opinião dele acerca do declínio da hegemonia dos Estados Unidos Immanuel Wallerstein argumenta que o declínio da hegemonia dos Estados Unidos é um processo histórico inevitável que se tornou evidente a partir da década de 1970 onde o sucesso dos EUA no pósguerra consolidandose como a principal potência global paradoxalmente criou as condições para sua própria decadência Wallerstein identifica quatro eventos simbólicos que marcam esse declínio a Guerra do Vietnã as revoluções de 1968 a queda do Muro de Berlim em 1989 e os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 onde esses acontecimentos expuseram a progressiva perda de legitimidade e capacidade dos EUA de exercer poder efetivo transformandoos de uma liderança incontestável em uma superpotência solitária à deriva Segundo Wallerstein os fatores econômicos políticos e militares que sustentaram a hegemonia americana também contribuíram para o seu enfraquecimento e foi com a crescente competição intracapitalista bem como o desgaste ideológico causado por ações unilaterais dos EUA como a invasão do Iraque e a guerra ao terror que corroeram sua imagem como defensores da democracia e dos direitos humanos onde a crise econômica global de 2008 reforçou essa percepção evidenciando as fragilidades do modelo neoliberal promovido pelos EUA Wallerstein defende que o atual período de transição sistêmica está caracterizado pela perda de influência dos EUA no cenário internacional acompanhada pela ascensão de novas potências como a China e pela reemergência da Rússia e embora o declínio americano não signifique necessariamente o colapso do capitalismo ele sugere uma reorganização do sistema global em direção a uma configuração multipolar Para Wallerstein o declínio dos EUA segue a lógica inerente ao sistemamundo capitalista onde o próprio sucesso hegemônico acaba por gerar as condições para sua decadência onde ainda enfatiza que os fatores econômicos políticos e militares que contribuíram para a hegemonia dos EUA são os mesmos fatores que produzirão o iminente declínio dos EUA e ao destacar eventos como a Guerra do Vietnã as revoluções de 1968 a queda do Muro de Berlim e o 11 de setembro Wallerstein ilustra como esses marcos históricos enfraqueceram a legitimidade e o poder dos EUA culminando na sua caracterização como uma superpotência solitária à qual falta um verdadeiro poder um líder mundial que ninguém segue e poucos respeitam Pergunta 10 Com base no texto de José Luís Fiori intitulado A multipolaridade uma disputa violenta e indefinida texto disponível no OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL DO SÉCULO XXI MAIO2024 comente o cenário mundial visto a partir do Brasil O comentário deve ser estruturado a partir dos grandes temas da economia política internacional No texto A multipolaridade uma disputa violenta e indefinida José Luís Fiori argumenta que a transição de um mundo unipolar dominado pelos Estados Unidos para uma ordem multipolar é marcada por conflitos instabilidade e incertezas afirmando que em vez de uma fase de paz estamos diante de uma implosão fragmentação e decomposição de uma ordem estabelecida resultado de disputas acirradas entre potências emergentes e ocidentais para Fiori essa transição não é harmoniosa mas sim violenta com os países ocidentais resistindo em ceder espaço às novas potências Nesse cenário o Brasil como parte dos emergentes que desafiam a hegemonia ocidental pode adotar uma posição estratégica de nãoalinhamento rígido explorando a fragmentação global a seu favor essa postura permite ao país fortalecer alianças regionais e diversificar suas parcerias comerciais mas também traz desafios especialmente a pressão para se posicionar entre Estados Unidos e China bem como a intensificação das proxy wars e o aumento da militarização global são fatores que afetam diretamente a segurança e os interesses brasileiros Fiori destaca que a multipolaridade não se traduz em um equilíbrio estável mas sim em uma disputa violenta e indefinida entre grandes potências sendo que essa dinâmica exige que o Brasil desenvolva uma diplomacia pragmática capaz de aproveitar as oportunidades enquanto preserva sua soberania Geopoliticamente a fragmentação global impõe tanto desafios quanto oportunidades exigindo que o Brasil busque alianças que ampliem sua autonomia sem se tornar dependente das potências em disputa No campo da economia política internacional Fiori argumenta que a economia global multipolar é caracterizada por blocos de poder rivais cada um impondo suas regras e barreiras Para o Brasil isso significa a necessidade de diversificar parcerias e adaptarse às mudanças nas cadeias produtivas e no sistema financeiro global e ainda segundo o autor o Brasil deve agir estrategicamente para garantir seu lugar na economia global adotando uma postura ativa e pragmática frente às pressões internacionais Em síntese Fiori defende que a multipolaridade não traz estabilidade mas sim um ambiente internacional marcado por disputas contínuas e indefinidas onde o Brasil deve navegar com flexibilidade para manter sua relevância e autonomia em um cenário global em transformação
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Economia Política Internacional Sustente cada resposta em citações transcritas da obra indicada no enunciado Pergunta 1 A partir do que é dito no livro Análise dos sistemasmundo uma introdução ao pensamento de Imannuel Wallerstein comente a relação entre a teoria da modernização Rostow e outros e as formulações de Imannuel Wallerstein Pergunta 2 A partir do que é dito no livro O capitalismo histórico de Immanuel Wallerstein e também considerando o que está dito no livro Análise dos sistemasmundo uma introdução ao pensamento de Imannuel Wallerstein disserte sobre o significado das expressões capitalismo histórico economia mundo sistema mundo império mundo centro e periferia Pergunta 3 Lendo o que está na parte inicial do livro O longo século XX de Giovanni Arrighi disserte sobre o significado da expressão ciclo sistêmico de acumulação e explique quais são os ciclos identificados por Arrighi Pergunta 4 Leia e comente o trecho final do livro O longo século XX de Giovanni Arrighi Dê atenção especial para o que ele diz sobre o Japão sobre a saída para a luta competitiva autodestrutiva e para os cenários apontados ao final Pergunta 5 A partir da leitura do que é dito nos livros A mundialização do capital e A mundialização financeira disserte sobre o significado do termo mundialização para François Chesnais Pergunta 6 A partir da leitura da resenha de Ilan Lapyda sobre Finance capital today disserte sobre o que é a financeirização lembrando de destacar as diferenciações apontadas por Chesnais Pergunta 7 A partir da leitura do texto de David Harvey explique o que é acumulação por espoliação Pergunta 8 No texto citado na pergunta anterior David Harvey comenta a opinião de Hanna Arendt sobre o imperialismo No texto de Arendt localize e comente a opinião dela sobre a relação entre imperialismo e racismo Pergunta 9 Com base no que está escrito no livro Análise dos sistemasmundo uma introdução ao pensamento de Imannuel Wallerstein comente a opinião dele acerca do declínio da hegemonia dos Estados Unidos Pergunta 10 Com base no texto de José Luís Fiori intitulado A multipolaridade uma disputa violenta e indefinida texto disponível no OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL DO SÉCULO XXI MAIO2024 comente o cenário mundial visto a partir do Brasil O comentário deve ser estruturado a partir dos grandes temas da economia política internacional Economia Política Internacional Sustente cada resposta em citações transcritas da obra indicada no enunciado Pergunta 1 A partir do que é dito no livro Análise dos sistemasmundo uma introdução ao pensamento de Imannuel Wallerstein comente a relação entre a teoria da modernização Rostow e outros e as formulações de Imannuel Wallerstein A teoria da modernização proposta por Walt Rostow sugere que o desenvolvimento econômico segue estágios universais e lineares pelos quais todas as sociedades passam de tradições agrárias para uma modernidade industrial culminando em uma alta massa de consumo Esse modelo defende que o subdesenvolvimento pode ser superado se as regiões seguirem o caminho dos países desenvolvidos pois para Rostow a superação do subdesenvolvimento ocorre por meio de esforços internos e adoção de práticas modernas Immanuel Wallerstein por outro lado critica essa perspectiva com sua teoria dos sistemas mundo argumentando que o subdesenvolvimento não é temporário mas um produto estrutural do capitalismo global o mesmo postula que o capitalismo se organiza como um sistemamundo hierarquizado onde economias são divididas em países centrais semiperiféricos e periféricos e nessa dinâmica os países centrais mantêm seu desenvolvimento explorando as regiões periféricas que ficam aprisionadas em uma condição de dependência Segundo Wallerstein os esforços das teorias da modernização falham ao ignorar que o desenvolvimento de uns depende do subdesenvolvimento de outros dentro do sistema capitalista global O mesmo sustenta que a estrutura global impede a convergência entre os países já que o poder dos países centrais é mantido pela exploração contínua das periferias O conceito de desenvolvimento desigual de Wallerstein se opõe à ideia de progresso linear da teoria da modernização para ele a relação entre centro e periferia é constitutiva do capitalismo refletindose na divisão internacional do trabalho e no controle de fluxos de capital e tecnologia que sistematicamente favorecem os países centrais Em resumo enquanto a teoria da modernização sugere que o desenvolvimento é acessível a todos que seguirem os estágios corretos a abordagem de Wallerstein mostra como o capitalismo cria barreiras estruturais que perpetuam o subdesenvolvimento das periferias refutando a ideia de um caminho universal para o progresso e ainda afirma que a intenção original da análise dos sistemasmundo era o protesto contra a teoria da modernização que desconsidera os efeitos históricos das relações de poder globais Pergunta 2 A partir do que é dito no livro O capitalismo histórico de Immanuel Wallerstein e também considerando o que está dito no livro Análise dos sistemasmundo uma introdução ao pensamento de Imannuel Wallerstein disserte sobre o significado das expressões capitalismo histórico economia mundo sistema mundo império mundo centro e periferia Immanuel Wallerstein em O Capitalismo Histórico e Análise dos SistemasMundo desenvolve conceitos essenciais para compreender o capitalismo como um sistema global e histórico introduzindo os termos capitalismo histórico economiamundo sistema mundo impériomundo e a dicotomia centro e periferia Para Wallerstein o capitalismo histórico é um sistema social global emergido no século XVI onde a acumulação incessante de capital molda as estruturas econômicas políticas e culturais o mesmo enfatiza que o capitalismo é um fenômeno específico sujeito a transformações definido que O capitalismo histórico é um sistema singular em que a acumulação incessante de capital constitui a principal motivação das atividades econômicas ao mesmo tempo em que molda as estruturas políticas e culturais que sustentam essa acumulação Wallerstein define a economiamundo como uma rede econômica global politicamente fragmentada sem um poder centralizado ao contrário de um impériomundo já o sistema mundo engloba a economiamundo capitalista estruturada pela divisão global do trabalho afirmando que O sistemamundo moderno é uma economiamundo baseada no capitalismo que implica uma divisão global do trabalho e a coexistência de múltiplos estados soberanos Diferentemente da economiamundo o impériomundo centraliza o poder político e controla tanto a economia quanto as instituições sociais para Wallerstein o capitalismo se desenvolveu em uma economiamundo o que permitiu sua expansão sem controle único A teoria dos sistemasmundo coloca o centro nações desenvolvidas em posição dominante sobre a periferia regiões exploradas que fornecem recursos e mão de obra barata Wallerstein destaca que O desenvolvimento do centro depende da subordinação e exploração da periferia uma relação que é reproduzida e reforçada continuamente dentro do sistemamundo capitalista Pergunta 3 Lendo o que está na parte inicial do livro O longo século XX de Giovanni Arrighi disserte sobre o significado da expressão ciclo sistêmico de acumulação e explique quais são os ciclos identificados por Arrighi Giovanni Arrighi no livro O Longo Século XX apresenta o conceito de ciclo sistêmico de acumulação para explicar os padrões de expansão e crise do capitalismo global segundo Arrighi esses ciclos representam longos períodos em que diferentes regimes de acumulação dominam a economia mundial cada um com fases de expansão material produção e comércio seguidas por expansão financeira especulação e acumulação de capital afirmando que os ciclos sistêmicos de acumulação são a maneira pela qual o capitalismo se reorganiza se expande e se adapta às mudanças globais Esse padrão de transição de um ciclo para outro é em última instância o que tem moldado a evolução do sistema capitalista global Arrighi identifica quatro ciclos principais ciclo Genovês séculos XVXVII Liderado por Gênova caracterizado por acumulação de capital via comércio e finanças seguido de especulação financeira e declínio ciclo Holandês séculos XVIIXVIII A Holanda dominou o comércio global com forte infraestrutura financeira e poder naval até seu declínio com o aumento da especulação ciclo Britânico séculos XVIIIXIX A GrãBretanha com sua Revolução Industrial tornouse o centro do capitalismo global mas enfrentou declínio com a financeirização e perda de competitividade e por último o Ciclo Americano séculos XIX XX Liderado pelos Estados Unidos com inovação tecnológica e poderio militar mas que desde os anos 1970 enfrenta crescente financeirização sinalizando possível esgotamento Esses ciclos seguem um padrão de crescimento material inicial seguido por uma fase de expansão financeira que leva à crise e à transição para o próximo ciclo pois para Arrighi a estrutura temporal do capitalismo histórico se repete com uma fase de expansão financeira seguida pela consolidação material e uma nova financeirização que antecede a crise O conceito de ciclo sistêmico de acumulação mostra como o capitalismo evolui através da ascensão e declínio de potências hegemônicas moldando o sistema mundial o autor também observa que esses ciclos são caracterizados por uma fase inicial de crescimento material impulsionado por inovações tecnológicas e expansão territorial seguida por um crescimento financeiro onde o capital busca novas formas de acumulação fora da produção Em conclusão o conceito de ciclo sistêmico de acumulação oferece uma perspectiva histórica sobre a evolução do capitalismo destacando como potências globais ascendem dominam e eventualmente entram em declínio dando espaço para novas configurações do sistema mundial Pergunta 4 Leia e comente o trecho final do livro O longo século XX de Giovanni Arrighi Dê atenção especial para o que ele diz sobre o Japão sobre a saída para a luta competitiva autodestrutiva e para os cenários apontados ao final No epílogo de O Longo Século XX Giovanni Arrighi analisa os desafios e incertezas que o capitalismo enfrenta após o esgotamento do ciclo de acumulação liderado pelos Estados Unidos destacando o Japão como um potencial candidato a liderar a próxima fase do capitalismo global embora de forma ambígua pois segundo Arrighi o Japão com sua economia avançada e modelo de gestão industrial poderia representar uma nova configuração do capitalismo mas há dúvidas sobre sua capacidade de substituir os EUA como potência hegemônica Arrighi discute a luta competitiva autodestrutiva que marca o final de cada ciclo sistêmico onde a crescente competição entre potências gera destruição de valor e caos econômico alertando que o mundo pósGuerra Fria pode estar à beira de um novo colapso sistêmico com potências emergentes repetindo erros do passado ao competirem por recursos e mercados Nesse contexto Arrighi questiona qual seria a saída para essa dinâmica autodestrutiva sugerindo que uma nova hegemonia global poderia emergir mas que essa transição não é garantida Os cenários futuros considerados por Arrighi são incertos e incluem a possibilidade de uma transição caótica que levaria ao colapso do sistema capitalista e à instabilidade crônica os três cenários principais apontados por Arrighi são A continuidade da liderança americana em um sistema mais fragmentado e descentralizado a ascensão de uma nova hegemonia na Ásia com destaque para o Japão e o colapso do sistema global capitalista resultando em desordem generalizada e possível retorno a dinâmicas de poder pré capitalistas Arrighi é cético quanto à capacidade do Japão ou de outros países asiáticos de assumir a liderança global argumentando que barreiras culturais e a ausência de uma tradição imperial forte dificultam essa transição considerando mais provável um cenário de caos sistêmico com fragmentação global e ausência de uma hegemonia clara resultando em rivalidades intensas entre as grandes potências e crises econômicas No trecho final Arrighi reflete sobre os limites estruturais do capitalismo e a possibilidade de uma transição para uma ordem póscapitalista sugerindo que o sistema atual pode estar se aproximando de um ponto de ruptura onde seria substituído por algo radicalmente novo embora essa mudança possa trazer instabilidade global para Arrighi a história do capitalismo pode estar chegando ao fim sendo substituída por uma nova era de caos sistêmico Pergunta 5 A partir da leitura do que é dito nos livros A mundialização do capital e A mundialização financeira disserte sobre o significado do termo mundialização para François Chesnais Nos livros A Mundialização do Capital e A Mundialização Financeira François Chesnais explora o conceito de mundialização com um foco específico nas dinâmicas globais do capital especialmente no domínio das finanças pois para ele a mundialização difere de globalização que muitas vezes é usada de forma genérica Ele utiliza mundialização para destacar a integração das economias por meio do capital com ênfase no capital financeiro afirmando que a mundialização é a expressão máxima do capitalismo financeiro contemporâneo onde os interesses financeiros superam os da produção e do trabalho No livro A Mundialização do Capital Chesnais explica que a mundialização se consolidou a partir dos anos 1980 com a desregulamentação financeira levando à integração dos mercados globais e à ascensão de novas formas de capital fictício o mesmo identifica três fases nesse processo Primeiro a abertura e desregulamentação financeira entre 1960 e 1979 segundo a expansão dos mercados financeiros a partir dos anos 1980 com a consolidação do neoliberalismo e terceiro a integração dos mercados de ações entre 1986 e 1995 que marca a mundialização financeira Chesnais ressalta que a mundialização é essencialmente um processo de concentração e centralização do capital em escala global impulsionado pela supremacia do capital financeiro destacando que esse processo resultou na subordinação das economias nacionais aos interesses de grandes conglomerados financeiros aprofundando desigualdades precarizando o trabalho e fragilizando políticas públicas nos países periféricos No livro A Mundialização Financeira Chesnais complementa sua análise ao argumentar que a financeirização intensificou a lógica da mundialização com o capital financeiro dominando a economia global como principal motor de acumulação segundo ele a mundialização financeira leva a uma desconexão entre o capital e a produção material criando instabilidades econômicas e crises recorrentes Em resumo para François Chesnais a mundialização é um processo estrutural ligado ao desenvolvimento do capitalismo financeiro reorganizando o capitalismo em escala global com profundas consequências para a economia mundial e as relações sociais especialmente nas regiões periféricas que são as mais afetadas pelos efeitos desestabilizadores desse processo Pergunta 6 A partir da leitura da resenha de Ilan Lapyda sobre Finance capital today disserte sobre o que é a financeirização lembrando de destacar as diferenciações apontadas por Chesnais A financeirização de acordo com François Chesnais em Finance Capital Today não é apenas o crescimento das finanças mas um processo histórico que reflete mudanças estruturais do capitalismo global especialmente após a crise de superacumulação dos anos 1970 Segundo a resenha de Ilan Lapyda Chesnais argumenta que a financeirização está ligada à sobreacumulação de capital e ao esgotamento das oportunidades lucrativas na produção o que leva o capital a buscar novas formas de valorização nos mercados financeiros sendo esse processo caracterizado pela centralização do capital em grandes conglomerados e pela prevalência de uma lógica rentista onde a obtenção de lucros por meio de ativos financeiros supera a produção industrial como fonte principal de acumulação Chesnais diferencia duas dimensões da financeirização o finance capital e o financial capital sendo o primeiro termo inspirado por Rudolf Hilferding referese ao entrelaçamento de bancos globais grandes empresas transnacionais e gigantes do comércio onde a integração é tão profunda que não há uma hegemonia clara dos banco pois as grandes corporações industriais como General Motors e WalMart estão no mesmo patamar dos maiores bancos de investimento já o financial capital diz respeito ao capital financeiro tradicional incluindo mercados de títulos e outros instrumentos especulativos Além disso Chesnais faz uma distinção crucial entre a financeirização como um processo de oligopolização crescente do capital e a mera expansão das finanças ressaltando que a financeirização envolve tanto a concentração do capital produtivo quanto o aumento das atividades financeiras como veículos fundamentais para a reprodução do capital Resultando em uma dissolução parcial da divisão entre operações financeiras e não financeiras com grandes empresas combinando produção comércio e finanças em uma lógica integrada de maximização de lucros Em síntese para Chesnais a financeirização é um processo estrutural que desloca o centro de gravidade do capitalismo da produção material para o rentismo financeiro com implicações como o aumento da desigualdade e a instabilidade sistêmica O mesmo enfatiza que a financeirização não pode ser reduzida a um fenômeno exclusivamente financeiro mas deve ser vista como uma reconfiguração do capitalismo global onde as esferas produtivas e financeiras se interligam profundamente gerando novas dinâmicas de exploração e acumulação Pergunta 7 A partir da leitura do texto de David Harvey explique o que é acumulação por espoliação David Harvey em sua análise da acumulação por espoliação atualiza o conceito marxista de acumulação primitiva argumentando que a expropriação de recursos e a violência econômica permanecem centrais no capitalismo contemporâneo e de acordo com Harvey a acumulação por espoliação envolve práticas como a privatização de bens públicos desregulamentação financeirização gestão da dívida e atividades predatórias de empresas transnacionais processos que reativam formas violentas de acumulação ao transferir riqueza de populações vulneráveis para elites financeiras ele ainda explica que a acumulação por espoliação inclui a privatização de bens comuns e a expropriação direta como pilares do funcionamento capitalista Harvey destaca a financeirização como uma estratégiachave onde o endividamento se torna um meio de exploração permitindo que o capital financeiro domine cada vez mais as populações exemplos incluem a proliferação de derivativos e hipotecas subprime que expandem o controle do capital sobre a economia e resultam em crises como a de 2008 o mesmo afirma que a financeirização intensifica a espoliação ao transformar o endividamento em uma ferramenta de dominação e exploração O conceito também aborda como a acumulação por espoliação se torna predominante em períodos de crise quando o capital recorre à captura de valor existente em vez de criar novo valor por meio da produção Para Harvey a espoliação se torna uma resposta à crise do capital deslocando a ênfase da produção para a expropriação e intensificando as desigualdades globais Em síntese a acumulação por espoliação segundo Harvey reconfigura as formas de exploração no capitalismo contemporâneo enfatizando que a violência e a expropriação continuam a ser centrais para a dinâmica capitalista o que aprofunda a desigualdade e a instabilidade global Pergunta 8 No texto citado na pergunta anterior David Harvey comenta a opinião de Hanna Arendt sobre o imperialismo No texto de Arendt localize e comente a opinião dela sobre a relação entre imperialismo e racismo Hannah Arendt explora a conexão profunda entre imperialismo e racismo onde ela destaca como o imperialismo europeu catalisou a ascensão das ideologias raciais modernas argumentando que o racismo se tornou uma ferramenta indispensável para o imperialismo ao justificar a exploração e a opressão de povos colonizados sob a premissa de uma suposta superioridade racial Assim ela afirma que o imperialismo teria exigido a invenção do racismo como única explicação e justificativa de seus atos mesmo que nunca houvesse existido uma ideologia racista no mundo civilizado Arendt observa que o racismo adotado como doutrina política durante o auge do imperialismo no final do século XIX forneceu a base ideológica para transformar diferenças culturais em hierarquias naturais ressaltando que a raça foi uma tentativa de explicar a existência de seres humanos que ficavam à margem da compreensão dos europeus justificando assim a segregação e a desumanização dos povos colonizados sendo que o racismo passou a organizar a sociedade colonial permitindo que o domínio imperialista se consolidasse ao dividir as populações e enfraquecer resistências locais Além disso Arendt analisa como o racismo uma vez institucionalizado nas colônias também influenciou as políticas internas dos próprios estados europeus criando as condições para o surgimento das ideologias totalitárias no século XX para ela o imperialismo e o racismo se fundiram para transformar a violência e a discriminação racial em ferramentas legítimas de poder tanto no exterior quanto no interior das nações imperialistas Arendt conclui que essa fusão gerou uma mudança profunda na natureza do poder que passou a depender da perpetuação da desigualdade racial para sua manutenção Pergunta 9 Com base no que está escrito no livro Análise dos sistemasmundo uma introdução ao pensamento de Imannuel Wallerstein comente a opinião dele acerca do declínio da hegemonia dos Estados Unidos Immanuel Wallerstein argumenta que o declínio da hegemonia dos Estados Unidos é um processo histórico inevitável que se tornou evidente a partir da década de 1970 onde o sucesso dos EUA no pósguerra consolidandose como a principal potência global paradoxalmente criou as condições para sua própria decadência Wallerstein identifica quatro eventos simbólicos que marcam esse declínio a Guerra do Vietnã as revoluções de 1968 a queda do Muro de Berlim em 1989 e os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 onde esses acontecimentos expuseram a progressiva perda de legitimidade e capacidade dos EUA de exercer poder efetivo transformandoos de uma liderança incontestável em uma superpotência solitária à deriva Segundo Wallerstein os fatores econômicos políticos e militares que sustentaram a hegemonia americana também contribuíram para o seu enfraquecimento e foi com a crescente competição intracapitalista bem como o desgaste ideológico causado por ações unilaterais dos EUA como a invasão do Iraque e a guerra ao terror que corroeram sua imagem como defensores da democracia e dos direitos humanos onde a crise econômica global de 2008 reforçou essa percepção evidenciando as fragilidades do modelo neoliberal promovido pelos EUA Wallerstein defende que o atual período de transição sistêmica está caracterizado pela perda de influência dos EUA no cenário internacional acompanhada pela ascensão de novas potências como a China e pela reemergência da Rússia e embora o declínio americano não signifique necessariamente o colapso do capitalismo ele sugere uma reorganização do sistema global em direção a uma configuração multipolar Para Wallerstein o declínio dos EUA segue a lógica inerente ao sistemamundo capitalista onde o próprio sucesso hegemônico acaba por gerar as condições para sua decadência onde ainda enfatiza que os fatores econômicos políticos e militares que contribuíram para a hegemonia dos EUA são os mesmos fatores que produzirão o iminente declínio dos EUA e ao destacar eventos como a Guerra do Vietnã as revoluções de 1968 a queda do Muro de Berlim e o 11 de setembro Wallerstein ilustra como esses marcos históricos enfraqueceram a legitimidade e o poder dos EUA culminando na sua caracterização como uma superpotência solitária à qual falta um verdadeiro poder um líder mundial que ninguém segue e poucos respeitam Pergunta 10 Com base no texto de José Luís Fiori intitulado A multipolaridade uma disputa violenta e indefinida texto disponível no OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL DO SÉCULO XXI MAIO2024 comente o cenário mundial visto a partir do Brasil O comentário deve ser estruturado a partir dos grandes temas da economia política internacional No texto A multipolaridade uma disputa violenta e indefinida José Luís Fiori argumenta que a transição de um mundo unipolar dominado pelos Estados Unidos para uma ordem multipolar é marcada por conflitos instabilidade e incertezas afirmando que em vez de uma fase de paz estamos diante de uma implosão fragmentação e decomposição de uma ordem estabelecida resultado de disputas acirradas entre potências emergentes e ocidentais para Fiori essa transição não é harmoniosa mas sim violenta com os países ocidentais resistindo em ceder espaço às novas potências Nesse cenário o Brasil como parte dos emergentes que desafiam a hegemonia ocidental pode adotar uma posição estratégica de nãoalinhamento rígido explorando a fragmentação global a seu favor essa postura permite ao país fortalecer alianças regionais e diversificar suas parcerias comerciais mas também traz desafios especialmente a pressão para se posicionar entre Estados Unidos e China bem como a intensificação das proxy wars e o aumento da militarização global são fatores que afetam diretamente a segurança e os interesses brasileiros Fiori destaca que a multipolaridade não se traduz em um equilíbrio estável mas sim em uma disputa violenta e indefinida entre grandes potências sendo que essa dinâmica exige que o Brasil desenvolva uma diplomacia pragmática capaz de aproveitar as oportunidades enquanto preserva sua soberania Geopoliticamente a fragmentação global impõe tanto desafios quanto oportunidades exigindo que o Brasil busque alianças que ampliem sua autonomia sem se tornar dependente das potências em disputa No campo da economia política internacional Fiori argumenta que a economia global multipolar é caracterizada por blocos de poder rivais cada um impondo suas regras e barreiras Para o Brasil isso significa a necessidade de diversificar parcerias e adaptarse às mudanças nas cadeias produtivas e no sistema financeiro global e ainda segundo o autor o Brasil deve agir estrategicamente para garantir seu lugar na economia global adotando uma postura ativa e pragmática frente às pressões internacionais Em síntese Fiori defende que a multipolaridade não traz estabilidade mas sim um ambiente internacional marcado por disputas contínuas e indefinidas onde o Brasil deve navegar com flexibilidade para manter sua relevância e autonomia em um cenário global em transformação Economia Política Internacional Sustente cada resposta em citações transcritas da obra indicada no enunciado Pergunta 1 A partir do que é dito no livro Análise dos sistemasmundo uma introdução ao pensamento de Imannuel Wallerstein comente a relação entre a teoria da modernização Rostow e outros e as formulações de Imannuel Wallerstein A teoria da modernização proposta por Walt Rostow sugere que o desenvolvimento econômico segue estágios universais e lineares pelos quais todas as sociedades passam de tradições agrárias para uma modernidade industrial culminando em uma alta massa de consumo Esse modelo defende que o subdesenvolvimento pode ser superado se as regiões seguirem o caminho dos países desenvolvidos pois para Rostow a superação do subdesenvolvimento ocorre por meio de esforços internos e adoção de práticas modernas Immanuel Wallerstein por outro lado critica essa perspectiva com sua teoria dos sistemasmundo argumentando que o subdesenvolvimento não é temporário mas um produto estrutural do capitalismo global o mesmo postula que o capitalismo se organiza como um sistemamundo hierarquizado onde economias são divididas em países centrais semiperiféricos e periféricos e nessa dinâmica os países centrais mantêm seu desenvolvimento explorando as regiões periféricas que ficam aprisionadas em uma condição de dependência Segundo Wallerstein os esforços das teorias da modernização falham ao ignorar que o desenvolvimento de uns depende do subdesenvolvimento de outros dentro do sistema capitalista global O mesmo sustenta que a estrutura global impede a convergência entre os países já que o poder dos países centrais é mantido pela exploração contínua das periferias O conceito de desenvolvimento desigual de Wallerstein se opõe à ideia de progresso linear da teoria da modernização para ele a relação entre centro e periferia é constitutiva do capitalismo refletindose na divisão internacional do trabalho e no controle de fluxos de capital e tecnologia que sistematicamente favorecem os países centrais Em resumo enquanto a teoria da modernização sugere que o desenvolvimento é acessível a todos que seguirem os estágios corretos a abordagem de Wallerstein mostra como o capitalismo cria barreiras estruturais que perpetuam o subdesenvolvimento das periferias refutando a ideia de um caminho universal para o progresso e ainda afirma que a intenção original da análise dos sistemasmundo era o protesto contra a teoria da modernização que desconsidera os efeitos históricos das relações de poder globais Pergunta 2 A partir do que é dito no livro O capitalismo histórico de Immanuel Wallerstein e também considerando o que está dito no livro Análise dos sistemasmundo uma introdução ao pensamento de Imannuel Wallerstein disserte sobre o significado das expressões capitalismo histórico economia mundo sistema mundo império mundo centro e periferia Immanuel Wallerstein em O Capitalismo Histórico e Análise dos SistemasMundo desenvolve conceitos essenciais para compreender o capitalismo como um sistema global e histórico introduzindo os termos capitalismo histórico economiamundo sistemamundo impériomundo e a dicotomia centro e periferia Para Wallerstein o capitalismo histórico é um sistema social global emergido no século XVI onde a acumulação incessante de capital molda as estruturas econômicas políticas e culturais o mesmo enfatiza que o capitalismo é um fenômeno específico sujeito a transformações definido que O capitalismo histórico é um sistema singular em que a acumulação incessante de capital constitui a principal motivação das atividades econômicas ao mesmo tempo em que molda as estruturas políticas e culturais que sustentam essa acumulação Wallerstein define a economiamundo como uma rede econômica global politicamente fragmentada sem um poder centralizado ao contrário de um impériomundo já o sistemamundo engloba a economiamundo capitalista estruturada pela divisão global do trabalho afirmando que O sistemamundo moderno é uma economiamundo baseada no capitalismo que implica uma divisão global do trabalho e a coexistência de múltiplos estados soberanos Diferentemente da economiamundo o impériomundo centraliza o poder político e controla tanto a economia quanto as instituições sociais para Wallerstein o capitalismo se desenvolveu em uma economiamundo o que permitiu sua expansão sem controle único A teoria dos sistemasmundo coloca o centro nações desenvolvidas em posição dominante sobre a periferia regiões exploradas que fornecem recursos e mão de obra barata Wallerstein destaca que O desenvolvimento do centro depende da subordinação e exploração da periferia uma relação que é reproduzida e reforçada continuamente dentro do sistemamundo capitalista Pergunta 3 Lendo o que está na parte inicial do livro O longo século XX de Giovanni Arrighi disserte sobre o significado da expressão ciclo sistêmico de acumulação e explique quais são os ciclos identificados por Arrighi Giovanni Arrighi no livro O Longo Século XX apresenta o conceito de ciclo sistêmico de acumulação para explicar os padrões de expansão e crise do capitalismo global segundo Arrighi esses ciclos representam longos períodos em que diferentes regimes de acumulação dominam a economia mundial cada um com fases de expansão material produção e comércio seguidas por expansão financeira especulação e acumulação de capital afirmando que os ciclos sistêmicos de acumulação são a maneira pela qual o capitalismo se reorganiza se expande e se adapta às mudanças globais Esse padrão de transição de um ciclo para outro é em última instância o que tem moldado a evolução do sistema capitalista global Arrighi identifica quatro ciclos principais ciclo Genovês séculos XVXVII Liderado por Gênova caracterizado por acumulação de capital via comércio e finanças seguido de especulação financeira e declínio ciclo Holandês séculos XVIIXVIII A Holanda dominou o comércio global com forte infraestrutura financeira e poder naval até seu declínio com o aumento da especulação ciclo Britânico séculos XVIIIXIX A GrãBretanha com sua Revolução Industrial tornouse o centro do capitalismo global mas enfrentou declínio com a financeirização e perda de competitividade e por último o Ciclo Americano séculos XIXXX Liderado pelos Estados Unidos com inovação tecnológica e poderio militar mas que desde os anos 1970 enfrenta crescente financeirização sinalizando possível esgotamento Esses ciclos seguem um padrão de crescimento material inicial seguido por uma fase de expansão financeira que leva à crise e à transição para o próximo ciclo pois para Arrighi a estrutura temporal do capitalismo histórico se repete com uma fase de expansão financeira seguida pela consolidação material e uma nova financeirização que antecede a crise O conceito de ciclo sistêmico de acumulação mostra como o capitalismo evolui através da ascensão e declínio de potências hegemônicas moldando o sistema mundial o autor também observa que esses ciclos são caracterizados por uma fase inicial de crescimento material impulsionado por inovações tecnológicas e expansão territorial seguida por um crescimento financeiro onde o capital busca novas formas de acumulação fora da produção Em conclusão o conceito de ciclo sistêmico de acumulação oferece uma perspectiva histórica sobre a evolução do capitalismo destacando como potências globais ascendem dominam e eventualmente entram em declínio dando espaço para novas configurações do sistema mundial Pergunta 4 Leia e comente o trecho final do livro O longo século XX de Giovanni Arrighi Dê atenção especial para o que ele diz sobre o Japão sobre a saída para a luta competitiva autodestrutiva e para os cenários apontados ao final No epílogo de O Longo Século XX Giovanni Arrighi analisa os desafios e incertezas que o capitalismo enfrenta após o esgotamento do ciclo de acumulação liderado pelos Estados Unidos destacando o Japão como um potencial candidato a liderar a próxima fase do capitalismo global embora de forma ambígua pois segundo Arrighi o Japão com sua economia avançada e modelo de gestão industrial poderia representar uma nova configuração do capitalismo mas há dúvidas sobre sua capacidade de substituir os EUA como potência hegemônica Arrighi discute a luta competitiva autodestrutiva que marca o final de cada ciclo sistêmico onde a crescente competição entre potências gera destruição de valor e caos econômico alertando que o mundo pósGuerra Fria pode estar à beira de um novo colapso sistêmico com potências emergentes repetindo erros do passado ao competirem por recursos e mercados Nesse contexto Arrighi questiona qual seria a saída para essa dinâmica autodestrutiva sugerindo que uma nova hegemonia global poderia emergir mas que essa transição não é garantida Os cenários futuros considerados por Arrighi são incertos e incluem a possibilidade de uma transição caótica que levaria ao colapso do sistema capitalista e à instabilidade crônica os três cenários principais apontados por Arrighi são A continuidade da liderança americana em um sistema mais fragmentado e descentralizado a ascensão de uma nova hegemonia na Ásia com destaque para o Japão e o colapso do sistema global capitalista resultando em desordem generalizada e possível retorno a dinâmicas de poder précapitalistas Arrighi é cético quanto à capacidade do Japão ou de outros países asiáticos de assumir a liderança global argumentando que barreiras culturais e a ausência de uma tradição imperial forte dificultam essa transição considerando mais provável um cenário de caos sistêmico com fragmentação global e ausência de uma hegemonia clara resultando em rivalidades intensas entre as grandes potências e crises econômicas No trecho final Arrighi reflete sobre os limites estruturais do capitalismo e a possibilidade de uma transição para uma ordem póscapitalista sugerindo que o sistema atual pode estar se aproximando de um ponto de ruptura onde seria substituído por algo radicalmente novo embora essa mudança possa trazer instabilidade global para Arrighi a história do capitalismo pode estar chegando ao fim sendo substituída por uma nova era de caos sistêmico Pergunta 5 A partir da leitura do que é dito nos livros A mundialização do capital e A mundialização financeira disserte sobre o significado do termo mundialização para François Chesnais Nos livros A Mundialização do Capital e A Mundialização Financeira François Chesnais explora o conceito de mundialização com um foco específico nas dinâmicas globais do capital especialmente no domínio das finanças pois para ele a mundialização difere de globalização que muitas vezes é usada de forma genérica Ele utiliza mundialização para destacar a integração das economias por meio do capital com ênfase no capital financeiro afirmando que a mundialização é a expressão máxima do capitalismo financeiro contemporâneo onde os interesses financeiros superam os da produção e do trabalho No livro A Mundialização do Capital Chesnais explica que a mundialização se consolidou a partir dos anos 1980 com a desregulamentação financeira levando à integração dos mercados globais e à ascensão de novas formas de capital fictício o mesmo identifica três fases nesse processo Primeiro a abertura e desregulamentação financeira entre 1960 e 1979 segundo a expansão dos mercados financeiros a partir dos anos 1980 com a consolidação do neoliberalismo e terceiro a integração dos mercados de ações entre 1986 e 1995 que marca a mundialização financeira Chesnais ressalta que a mundialização é essencialmente um processo de concentração e centralização do capital em escala global impulsionado pela supremacia do capital financeiro destacando que esse processo resultou na subordinação das economias nacionais aos interesses de grandes conglomerados financeiros aprofundando desigualdades precarizando o trabalho e fragilizando políticas públicas nos países periféricos No livro A Mundialização Financeira Chesnais complementa sua análise ao argumentar que a financeirização intensificou a lógica da mundialização com o capital financeiro dominando a economia global como principal motor de acumulação segundo ele a mundialização financeira leva a uma desconexão entre o capital e a produção material criando instabilidades econômicas e crises recorrentes Em resumo para François Chesnais a mundialização é um processo estrutural ligado ao desenvolvimento do capitalismo financeiro reorganizando o capitalismo em escala global com profundas consequências para a economia mundial e as relações sociais especialmente nas regiões periféricas que são as mais afetadas pelos efeitos desestabilizadores desse processo Pergunta 6 A partir da leitura da resenha de Ilan Lapyda sobre Finance capital today disserte sobre o que é a financeirização lembrando de destacar as diferenciações apontadas por Chesnais A financeirização de acordo com François Chesnais em Finance Capital Today não é apenas o crescimento das finanças mas um processo histórico que reflete mudanças estruturais do capitalismo global especialmente após a crise de superacumulação dos anos 1970 Segundo a resenha de Ilan Lapyda Chesnais argumenta que a financeirização está ligada à sobreacumulação de capital e ao esgotamento das oportunidades lucrativas na produção o que leva o capital a buscar novas formas de valorização nos mercados financeiros sendo esse processo caracterizado pela centralização do capital em grandes conglomerados e pela prevalência de uma lógica rentista onde a obtenção de lucros por meio de ativos financeiros supera a produção industrial como fonte principal de acumulação Chesnais diferencia duas dimensões da financeirização o finance capital e o financial capital sendo o primeiro termo inspirado por Rudolf Hilferding referese ao entrelaçamento de bancos globais grandes empresas transnacionais e gigantes do comércio onde a integração é tão profunda que não há uma hegemonia clara dos banco pois as grandes corporações industriais como General Motors e WalMart estão no mesmo patamar dos maiores bancos de investimento já o financial capital diz respeito ao capital financeiro tradicional incluindo mercados de títulos e outros instrumentos especulativos Além disso Chesnais faz uma distinção crucial entre a financeirização como um processo de oligopolização crescente do capital e a mera expansão das finanças ressaltando que a financeirização envolve tanto a concentração do capital produtivo quanto o aumento das atividades financeiras como veículos fundamentais para a reprodução do capital Resultando em uma dissolução parcial da divisão entre operações financeiras e não financeiras com grandes empresas combinando produção comércio e finanças em uma lógica integrada de maximização de lucros Em síntese para Chesnais a financeirização é um processo estrutural que desloca o centro de gravidade do capitalismo da produção material para o rentismo financeiro com implicações como o aumento da desigualdade e a instabilidade sistêmica O mesmo enfatiza que a financeirização não pode ser reduzida a um fenômeno exclusivamente financeiro mas deve ser vista como uma reconfiguração do capitalismo global onde as esferas produtivas e financeiras se interligam profundamente gerando novas dinâmicas de exploração e acumulação Pergunta 7 A partir da leitura do texto de David Harvey explique o que é acumulação por espoliação David Harvey em sua análise da acumulação por espoliação atualiza o conceito marxista de acumulação primitiva argumentando que a expropriação de recursos e a violência econômica permanecem centrais no capitalismo contemporâneo e de acordo com Harvey a acumulação por espoliação envolve práticas como a privatização de bens públicos desregulamentação financeirização gestão da dívida e atividades predatórias de empresas transnacionais processos que reativam formas violentas de acumulação ao transferir riqueza de populações vulneráveis para elites financeiras ele ainda explica que a acumulação por espoliação inclui a privatização de bens comuns e a expropriação direta como pilares do funcionamento capitalista Harvey destaca a financeirização como uma estratégiachave onde o endividamento se torna um meio de exploração permitindo que o capital financeiro domine cada vez mais as populações exemplos incluem a proliferação de derivativos e hipotecas subprime que expandem o controle do capital sobre a economia e resultam em crises como a de 2008 o mesmo afirma que a financeirização intensifica a espoliação ao transformar o endividamento em uma ferramenta de dominação e exploração O conceito também aborda como a acumulação por espoliação se torna predominante em períodos de crise quando o capital recorre à captura de valor existente em vez de criar novo valor por meio da produção Para Harvey a espoliação se torna uma resposta à crise do capital deslocando a ênfase da produção para a expropriação e intensificando as desigualdades globais Em síntese a acumulação por espoliação segundo Harvey reconfigura as formas de exploração no capitalismo contemporâneo enfatizando que a violência e a expropriação continuam a ser centrais para a dinâmica capitalista o que aprofunda a desigualdade e a instabilidade global Pergunta 8 No texto citado na pergunta anterior David Harvey comenta a opinião de Hanna Arendt sobre o imperialismo No texto de Arendt localize e comente a opinião dela sobre a relação entre imperialismo e racismo Hannah Arendt explora a conexão profunda entre imperialismo e racismo onde ela destaca como o imperialismo europeu catalisou a ascensão das ideologias raciais modernas argumentando que o racismo se tornou uma ferramenta indispensável para o imperialismo ao justificar a exploração e a opressão de povos colonizados sob a premissa de uma suposta superioridade racial Assim ela afirma que o imperialismo teria exigido a invenção do racismo como única explicação e justificativa de seus atos mesmo que nunca houvesse existido uma ideologia racista no mundo civilizado Arendt observa que o racismo adotado como doutrina política durante o auge do imperialismo no final do século XIX forneceu a base ideológica para transformar diferenças culturais em hierarquias naturais ressaltando que a raça foi uma tentativa de explicar a existência de seres humanos que ficavam à margem da compreensão dos europeus justificando assim a segregação e a desumanização dos povos colonizados sendo que o racismo passou a organizar a sociedade colonial permitindo que o domínio imperialista se consolidasse ao dividir as populações e enfraquecer resistências locais Além disso Arendt analisa como o racismo uma vez institucionalizado nas colônias também influenciou as políticas internas dos próprios estados europeus criando as condições para o surgimento das ideologias totalitárias no século XX para ela o imperialismo e o racismo se fundiram para transformar a violência e a discriminação racial em ferramentas legítimas de poder tanto no exterior quanto no interior das nações imperialistas Arendt conclui que essa fusão gerou uma mudança profunda na natureza do poder que passou a depender da perpetuação da desigualdade racial para sua manutenção Pergunta 9 Com base no que está escrito no livro Análise dos sistemasmundo uma introdução ao pensamento de Imannuel Wallerstein comente a opinião dele acerca do declínio da hegemonia dos Estados Unidos Immanuel Wallerstein argumenta que o declínio da hegemonia dos Estados Unidos é um processo histórico inevitável que se tornou evidente a partir da década de 1970 onde o sucesso dos EUA no pósguerra consolidandose como a principal potência global paradoxalmente criou as condições para sua própria decadência Wallerstein identifica quatro eventos simbólicos que marcam esse declínio a Guerra do Vietnã as revoluções de 1968 a queda do Muro de Berlim em 1989 e os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 onde esses acontecimentos expuseram a progressiva perda de legitimidade e capacidade dos EUA de exercer poder efetivo transformandoos de uma liderança incontestável em uma superpotência solitária à deriva Segundo Wallerstein os fatores econômicos políticos e militares que sustentaram a hegemonia americana também contribuíram para o seu enfraquecimento e foi com a crescente competição intracapitalista bem como o desgaste ideológico causado por ações unilaterais dos EUA como a invasão do Iraque e a guerra ao terror que corroeram sua imagem como defensores da democracia e dos direitos humanos onde a crise econômica global de 2008 reforçou essa percepção evidenciando as fragilidades do modelo neoliberal promovido pelos EUA Wallerstein defende que o atual período de transição sistêmica está caracterizado pela perda de influência dos EUA no cenário internacional acompanhada pela ascensão de novas potências como a China e pela reemergência da Rússia e embora o declínio americano não signifique necessariamente o colapso do capitalismo ele sugere uma reorganização do sistema global em direção a uma configuração multipolar Para Wallerstein o declínio dos EUA segue a lógica inerente ao sistemamundo capitalista onde o próprio sucesso hegemônico acaba por gerar as condições para sua decadência onde ainda enfatiza que os fatores econômicos políticos e militares que contribuíram para a hegemonia dos EUA são os mesmos fatores que produzirão o iminente declínio dos EUA e ao destacar eventos como a Guerra do Vietnã as revoluções de 1968 a queda do Muro de Berlim e o 11 de setembro Wallerstein ilustra como esses marcos históricos enfraqueceram a legitimidade e o poder dos EUA culminando na sua caracterização como uma superpotência solitária à qual falta um verdadeiro poder um líder mundial que ninguém segue e poucos respeitam Pergunta 10 Com base no texto de José Luís Fiori intitulado A multipolaridade uma disputa violenta e indefinida texto disponível no OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL DO SÉCULO XXI MAIO2024 comente o cenário mundial visto a partir do Brasil O comentário deve ser estruturado a partir dos grandes temas da economia política internacional No texto A multipolaridade uma disputa violenta e indefinida José Luís Fiori argumenta que a transição de um mundo unipolar dominado pelos Estados Unidos para uma ordem multipolar é marcada por conflitos instabilidade e incertezas afirmando que em vez de uma fase de paz estamos diante de uma implosão fragmentação e decomposição de uma ordem estabelecida resultado de disputas acirradas entre potências emergentes e ocidentais para Fiori essa transição não é harmoniosa mas sim violenta com os países ocidentais resistindo em ceder espaço às novas potências Nesse cenário o Brasil como parte dos emergentes que desafiam a hegemonia ocidental pode adotar uma posição estratégica de nãoalinhamento rígido explorando a fragmentação global a seu favor essa postura permite ao país fortalecer alianças regionais e diversificar suas parcerias comerciais mas também traz desafios especialmente a pressão para se posicionar entre Estados Unidos e China bem como a intensificação das proxy wars e o aumento da militarização global são fatores que afetam diretamente a segurança e os interesses brasileiros Fiori destaca que a multipolaridade não se traduz em um equilíbrio estável mas sim em uma disputa violenta e indefinida entre grandes potências sendo que essa dinâmica exige que o Brasil desenvolva uma diplomacia pragmática capaz de aproveitar as oportunidades enquanto preserva sua soberania Geopoliticamente a fragmentação global impõe tanto desafios quanto oportunidades exigindo que o Brasil busque alianças que ampliem sua autonomia sem se tornar dependente das potências em disputa No campo da economia política internacional Fiori argumenta que a economia global multipolar é caracterizada por blocos de poder rivais cada um impondo suas regras e barreiras Para o Brasil isso significa a necessidade de diversificar parcerias e adaptarse às mudanças nas cadeias produtivas e no sistema financeiro global e ainda segundo o autor o Brasil deve agir estrategicamente para garantir seu lugar na economia global adotando uma postura ativa e pragmática frente às pressões internacionais Em síntese Fiori defende que a multipolaridade não traz estabilidade mas sim um ambiente internacional marcado por disputas contínuas e indefinidas onde o Brasil deve navegar com flexibilidade para manter sua relevância e autonomia em um cenário global em transformação