·
Biomedicina ·
Patologia
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INTRODUÇÃO À PATOLOGIA Profª Ms Brunella Valbão Diagnosticando doenças Pontos importantes Anamnese ponto inicial Tratase de uma entrevista realizada pelo profissional de saúde ao seu paciente Livre ou questionário pronto ficha de anamnese Dados subjetivos Sintomas percepções e sensações do paciente como a dor angústias sentimentos queixas relatadas etc Tipos de pacientes Tímidos bem humorados desconfiado prolixo sabido raivosos etc Importante desenvolver empatia e confiança Exame físico Estado geral do paciente aspecto apresentado no rosto peso altura temperatura aspecto da pele fala hidratação consciência marcha Dados objetivos Sinais caraterísticas que o paciente apresenta é observável e palpável Inspeção é a avaliação visual sistemática traços anatômicos fisiológicos e psíquicos alterações ósseas articulares pele cicatrizes etc Não basta olhar há que se ver não basta ver há que se analisar não basta analisar há que se compreender não só uma parte mas o todo Palpação Percussão Ausculta e Olfato Exames Complementares Fornecem informações necessárias para a realização do diagnóstico de uma determinada doença São solicitados levando em consideração a anamnese e o exame físico Análises clínicas imagem etc Conceito de patologia Grego Pathos sofrimento Logos estudo Ciência que estuda as causas das doenças os mecanismos que as produzem as sedes e as alterações morfológicas e funcionais que apresentam Divisão da patologia Patologia geral Está envolvida com as reações básicas das células e tecidos a estímulos anormais ou nocivos Patologia sistêmica ou especial Analisa as respostas específicas de órgãos especializados e tecidos à determinadas agressões História da Patologia Didaticamente a Patologia tem sua história dividida em fases 1 Fase Humoral Idade Antiga final da Idade Média O mecanismo da origem das doenças era explicado pelo desequilíbrio de humores Os humores eram considerados os líquidos do corpo em particular a água o sangue e a linfa Os deuses tinham o poder de controlar esse desequilíbrio Essa visão mítica de doença foi criada principalmente pela civilização antiga grega Grécia 355 a 460 aC Hipócrates pai da medicina cria Teoria Humoral da Enfermidade 2 A Fase Orgânica séc XV XVI Houve o predomínio da observação dos órgãos feita principalmente às custas das atividades de necropsia estudo do cadáver ou de autópsia estudo por si mesmo ambas com o mesmo significado Roma 42 aC e 37 dC Cornelius Celsus 4 sinais cardinais da inflamação calor rubor dor tumor Em Florença na Itália em 1502 Antonio Benivieni 20 necropsias determinando a causa mortis Marie François Xavier Bichat 3 A Fase Tecidual séc XVIXVIII Enfatiza a estrutura e a organização dos tecidos Iniciam os primeiros estudos sobre as alterações morfológicas teciduais e suas relações com os desequilíbrios funcionais Século XVIII Giovani Baptista Pai da Anatomia Patológica com mais de 700 necropsias relatadas Bichat pai da histologia concluiu que existia mais de 21 tecidos diferentes dividiu a patologia em geral e especial 4 A Fase Celular séc XIX Com o predomínio da visão morfológica somada à aplicação do microscópio óptico às pesquisas médicas seguese a Fase Celular período considerado inicial à Patologia Moderna A preocupação com o estudo da célula principalmente de suas alterações morfológicas e funcionais é determinante na busca da origem de todo processo mórbido Julius Friedrich Cohnheim 18391884 explicou as bases histológicas da inflamação analisando sob o ponto de vista microscópico os 4 sinais cardinais Celsus Tumor Calor Rubor e Dor 5 A Fase Ultracelular séc XX A Fase Ultracelular é a fase atual do pensamento conceitual sobre Patologia envolvendo conceitos sobre biologia molecular e sobre as organelas celulares Os avanços bioquímicos e a microscopia eletrônica facilitam o desenvolvimento dessa linha de estudo SAÚDE A Organização Mundial de Saúde OMS define a saúde como um estado de completo bemestar físico mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades DOENÇA Estado de falta de adaptação É uma alteração orgânica geralmente constatada a partir de alterações na função sintomas de um órgão ou tecido decorrentes de alterações bioquímicas e morfológicas causadas por alguma agressão Considerada como uma interrupção do processo contínuo de saúde manifestado por anormalidades ou distúrbios do funcionamento ASPECTOS CONSTITUINTES DAS DOENÇAS De acordo com a ênfase dada a determinado aspecto a patologia pode ser subclassificada 1Etiologia Estuda as causas das lesões Origem e Motivo das doenças Duas classes etiológicas Genética ou Intrínseca Alteração no DNA Adquirida Meio ambiente externo 2Patogenia Patogênese estuda os mecanismo de formação da lesão sequência de eventos e desenvolvimento Conceitos gerais Sequência de eventos que ocorrem nas células e tecidos desde o estímulo inicial agente etiológico até a manifestação da doença 3Morfopatologia Alterações morfológicas subdividese em Anatomia Patológica Parte da patologia que estuda as características macroscópicas das lesões Histopatologia Parte da patologia que estuda as características microscópicas das lesões 4Fisiopatologia Significado Clínico estuda a alteração funcional do órgão afetadoLesado Características sinais e sintomas Adaptação celular Alterações subcelulares Acúmulos intracelulares Calcificação patológica Lesões Reversível Irreversível Necrose Apoptose Conjunto de alterações morfológicas moleculares eou funcionais que surgem nos tecidos após as agressões LESÃO Considerações Resposta à lesão depende do tipo intensidade e duração do estímulo Consequências da lesão depende do tipo estado e adaptabilidade da célula O comprometimento de algum sistema celular produz efeitos secundários generalizados Primeiro há alteração bioquímica e depois morfológica Sistemas celulares normalmente afetados Membrana plasmática Ca ATP e fosfolipídeos Ex Falência da bomba de Cálcio Uma das consequências do aumento da concentração de Ca no citosol é a ativação de fosfolipases de membrana Estas enzimas fazem a renovação dos fosfolípideos das membranas são controladas pela concentração de Ca e podem causar grande dano se ficam hiperativas O Ca excessivo vai sendo capturado pelas mitocôndrias até a saturação completa destas onde forma cristais insolúveis com os fosfatos essenciais às trocas energéticas no interior da organela Respiração aeróbica Síntese de proteína metabolismo potencial de adaptação Aparelho genético da célula Síntese de RNA enzimas e proteínas Ativação de enzimas líticas Radicais livres Ca intracelular e perda de sua homeostase Defeitos da permeabilidade da membrana Lesão mitocondrial irreversível Causas das lesões celulares Ausência ou diminuição de oxigênio Isquemia Hipóxia ou anóxia Agentes físicos Trauma mecânico Temperaturas PA radiação choque Agentes químicos e drogas Glicosesal venenos CO álcool narcóticos Agentes infecciosos Vírus bactérias protozoários fungos etc Reações Imunológicas Autoimune Distúrbios genéticos Anormalidades cromossômicas falta de enzimas etc Desequilíbrios nutricionais Deficiências protéicocalóricas de vitaminas ou excessos Resposta celular ao estresse fisiológico ou a um estímulo patológico Adaptação Celular Como acontece Dependendo dos estímulos do Meio Extracelular a célula ativa mecanismos moleculares que acabam alterando os genes que comandam a diferenciação celular Efeitos da Adaptação Celular 1 O estímulo PARA e a célula volta ao normal Homeostase restaurada 2 O estímulo piora e acontece lesão na célula Degeneração Os tecidos NÃO tem a mesma capacidade de Adaptação Celular Existem 3 maneiras de proliferação celular e cada uma delas possibilita uma capacidade de adaptação diferente 1Tecidos Lábeis 2Tecidos Estáveis 3Tecidos Permanentes 1 Tecido de divisão contínua LÁBEIS Sempre estão no Ciclo Celular Tecidos que estão expostos a estímulos lesivos constantemente Pele Mucosas TGI Boca e Útero 2 Tecidos quiescentes Estáveis Permanecem em repouso ou baixo nível de replicação Podem se dividir rapidamente em resposta a lesões regeneração Fígado Rins Músculo Liso e Pâncreas 3 Tecidos Nãodivisores Permanentes Células que não realizam mitose depois de seu desenvolvimento embrionário A morte celular resulta em substituição por tecido conjuntivo não regenera Células Nervosas Músculo Esquelético e Cardíaco FISIOLÓGICA as células respondem a estimulações normais de hormônios e mediadores químicos internos Ex Gravidez PATOLÓGICA resposta ao estresse de um estímulo lesivo que faz com que ela modifique sua estrutura ou função para escapar da lesão Ex Aumento do músculo cardíaco na Insuficiência Cardíaca Adaptação se dá de duas formas Tipos comuns de adaptação celular 1 HIPERTROFIA 2 HIPERPLASIA 3 ATROFIA Hipotrofia 4 METAPLASIA Alteração do volume celular Alteração da taxa de divisão celular Perda de volume ou tamanho Alteração da diferenciação Hipertrofia Aumento do tamanho das células resultando em aumento do tamanho do órgão que ela compõe em resposta ao aumento da carga de trabalho É uma procura de equilíbrio entre a demanda e capacidade funcional da célula Célula fica maior devido aumento de organelas e proteínas estruturais isso acontece em células incapazes de se dividir Não produzem células novas Pode ser fisiológica útero na gravidez ou patológica aumento do coração devido hipertensão Mais comum em músculo estriado cardíaco sobrecarga hemodinâmica crônica advindo da hipertensão arterial ou valvas deficientes por exemplo e músculo esqueléticos musculação MIOCÁRDIO NORMAL MIOCÁRDIO HIPERTRÓFICO CORTES LONGITUDINAIS CORTES TRANSVERSAIS MIOCÁRDIO NORMAL MIOCÁRDIO HIPERTRÓFICO Hipertrofia concêntrica do ventrículo esquerdo Hiperplasia Aumento do número de células em resposta aos mesmo tipos de estímulos da Hipertrofia por exemplo 1 Fisiológica Hiperplasia Hormonal o hormônio aumenta a proliferação do epitélio glandular da mama na puberdade ou gravidez Hiperplasia Compensatória ocorre quando um tecido é removido ou lesado se um pedaço do fígado for retirado as células do órgão começam a aumenta a atividade mitótica até restaurálo ao seu tamanho normal 2 Patológica Geralmente causada por estimulação hormonal excessiva ou fatores de crescimento Hiperplasia de próstata envolvidos na hiperplasia associada a certas infecções virais Papilomaviroses verrugas na pele causadas por hiperplasia de epitélio Hiperplasia patológica é um solo fértil para surgimento posterior de proliferação cancerosa Atrofia Diminuição do tamanho da célula por perda de substância celular e consequentemente diminuição do tamanho do órgão que está inseria FISIOLÓGICA perda de estimulação hormonal na menopausa PATOLÓGICA desnervação Dim atividade metabólica dim síntese de proteína aum degradação proteica Tipos de Atrofia Atrofia por desuso redução da carga de trabalho Atrofia por desnervação a função normal de um músculo esquelético depende de seu suprimento nervoso Diminuição do suprimento sanguíneo isquemia pode ser consequência de doença oclusiva arterial que acaba causando atrofia tecidual Nutrição inadequada desnutrição protéicocalórica está associada ao uso do músculo esquelético como fonte de energia após a exaustão das outras fontes de reservas tecido adiposo Perda da estimulação endócrina perda da estimulação estrogênica durante a menopausa nas mamas útero endométrio e ovários produz uma atrofia fisiológica destes órgãos Atrofia senil envelhecimento este processo está associado a perda celular mais visto em tecidos de células permanentes como coração e cérebro Por Pressão um tumor benigno crescente pode comprimir o tecido circundante causando atrofia isquêmica devido a diminuição do suprimento sanguíneo pela pressão realizada pelo tecido em expansão Metaplasia Alteração reversível por estímulo estressante no qual um tipo de célula adulta é substituída por outro tipo de célula adulta mais capaz de suportar o estresse Ex epitélio respiratório de um fumante células epiteliais normais colunares e ciliadas da traqueia e brônquios são substituídas por células epiteliais escamosas estratificadas Estas células escamosas são mais resistentes do que as normais frágeis porém perde mecanismos de proteção secreção de mucos cílios que removem materiais particulados Se o estímulo estressante persistir por mais tempo podem predispor a transformação maligna deste tecido como câncer de pulmão A metaplasia epitelial mais comum é a colunar para a escamosa trato respiratório As influências que predispõe a metaplasia se persistirem podem induzir a transformação cancerosa no epitélio metaplásico Portanto a forma mais comum de câncer no trato respiratório é formada de células escamosas Mecanismo Reprogramação de célulastronco e células mesenquimais indiferenciadas por citocinas fatores de crescimento e componentes da matriz extracelular Metaplasia Óssea Transformação do tecido conjuntivo frouxo ou cartilaginoso de articulações cronicamente irritadas ex traumas constantes em tecido conjuntivo Ósseo mais resistente ao ambiente adverso Metaplasia Mielóide Transformação do tecido conjuntivo reticular estroma principalmente de órgãos como o Baço fígado pulmões e rins em tecido mielóide na anemia ferropriva crônica intensa Metaplasia óssea HIPOPLASIA hipo escassez plasia formação formação deficiente de parte ou totalidade de um órgão ou tecido Há diminuição do número de células porém estas conservam morfologia e função normais o tecido ou órgão é que tem o volume e a função diminuídos Ex hipoplasia do esmalte dentário o dente com hipoplasia deve receber tratamento restaurador Em algumas situações como em órgãos pares a hipoplasia pode passar despercebida Difere da hipotrofia atrofia por não ter atingido o desenvolvimento completo Fisiologicamente representa menor gravidade que a agenesia e aplasia Outros Distúrbios Agenesia Anomalia congênita por parada do desenvolvimento na fase embrionária órgão ou parte dele não se forma Aplasia Disfunção das células e tecidos que leva à interrupção do seu desenvolvimento A aplasia surge após o nascimento Ex Aplasia medular aplasia arterial e aplasia óssea 1 Na história da patologia houve fases diferentes relacionadas ao seu progresso Cite e exemplifique cada uma delas A história da patologia é dividida em 5 fases sendo elas fase humoral fase orgânica fase tecidual fase celular e fase ultracelular A primeira fase chamada de fase humoral iniciou na Idade Antiga até o final da Idade Média explicava a origem da doença como um desequilíbrio de humores líquidos do corpo como sangue água e longa A fase orgânica século XV a XVI durante esta fase houve a observação dos órgãos por meio da necropsia ou autópsia com objetivo de entender o motivo do adoecimento Na fase tecidual século XVI a XVIII o foco dos estudos estava na estrutura e organização dos tecidos dessa forma foram iniciados estudos sobre as alterações morfológicas teciduais e sua relação com desequilíbrios funcionais Durante a fase celular século XIX é considerada o período inicial da Patologia Moderna marcado pela utilização de uma ferramenta essencial o microscópio permitindo o estudo a nível celular um marco importante na Patologia nessa fase foi a descoberta pelo pesquisador Julius Friedrich Cohnheim sobre as bases para os 4 sinais cardinais da inflamação utilizando o microscópio óptico E por fim a última fase denominada de Fase ultracelular século XIX graças ao avanço científico a patologia passou a se expandir envolvendo conceitos de biologia molecular e sobre as organelas celulares
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ambiente adverso Metaplasia Mielóide Transformação do tecido conjuntivo reticular estroma principalmente de órgãos como o Baço fígado pulmões e rins em tecido mielóide na anemia ferropriva crônica intensa Metaplasia óssea HIPOPLASIA hipo escassez plasia formação formação deficiente de parte ou totalidade de um órgão ou tecido Há diminuição do número de células porém estas conservam morfologia e função normais o tecido ou órgão é que tem o volume e a função diminuídos Ex hipoplasia do esmalte dentário o dente com hipoplasia deve receber tratamento restaurador Em algumas situações como em órgãos pares a hipoplasia pode passar despercebida Difere da hipotrofia atrofia por não ter atingido o desenvolvimento completo Fisiologicamente representa menor gravidade que a agenesia e aplasia Outros Distúrbios Agenesia Anomalia congênita por parada do desenvolvimento na fase embrionária órgão ou parte dele não se forma Aplasia Disfunção das células e tecidos que leva à interrupção do seu desenvolvimento A aplasia surge após o nascimento Ex Aplasia medular aplasia arterial e aplasia óssea 1 Na história da patologia houve fases diferentes relacionadas ao seu progresso Cite e exemplifique cada uma delas A história da patologia é dividida em 5 fases sendo elas fase humoral fase orgânica fase tecidual fase celular e fase ultracelular A primeira fase chamada de fase humoral iniciou na Idade Antiga até o final da Idade Média explicava a origem da doença como um desequilíbrio de humores líquidos do corpo como sangue água e longa A fase orgânica século XV a XVI durante esta fase houve a observação dos órgãos por meio da necropsia ou autópsia com objetivo de entender o motivo do adoecimento Na fase tecidual século XVI a XVIII o foco dos estudos estava na estrutura e organização dos tecidos dessa forma foram iniciados estudos sobre as alterações morfológicas teciduais e sua relação com desequilíbrios funcionais Durante a fase celular século XIX é considerada o período inicial da Patologia Moderna marcado pela utilização de uma ferramenta essencial o microscópio permitindo o estudo a nível celular um marco importante na Patologia nessa fase foi a descoberta pelo pesquisador Julius Friedrich Cohnheim sobre as bases para os 4 sinais cardinais da inflamação utilizando o microscópio óptico E por fim a última fase denominada de Fase ultracelular século XIX graças ao avanço científico a patologia passou a se expandir envolvendo conceitos de biologia molecular e sobre as organelas celulares