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4 G REVISTA BRASLERA 4 a GmMovIMENTO universa ISSN 01031716 e endurance no musculo esquelético Effects of concurrent training hypertrophy and endurance on skeletal muscle BUCCI M VINAGRE EC CAMPOS GER CURI R PITHONCURI TC Efeitos do Marco Bucci treinamento concomitante hipertrofia e endurance no musculo esquelético R bras Ci e Eduar arandina Vinagre Mov 2005 131 1728 duardo Carand gre Gerson Eduardo Rocha Campos Resumo O objetivo deste estudo foi o de verificar os aspectos fisiologicos envolvidos na Rui Curi interacdo entre o treinamento de endurance e hipertrofia muscular e se estas 4 modalidades devem ou nao ser realizadas na mesma sessdo de treinamento O Tania Cristina PithonCuri treinamento de hipertrofia e endurance realizado na mesma sesso parece inibir o desenvolvimento muscular comparado ao treinamento de hipertrofia realizado isoladamente Algumas hipoteses foram propostas para explicar tal fendmeno tais como Faculdade de Ciéncias da Saude UNIMEP idade d 2 1 1éti d d boli fologi Departamento de Anatomia Instituto de a incapacidade do musculo esquelético de se adaptar metabdlica e morfologicamente as Biologia UNICAMP duas modalidades de treinamento realizadas numa unica sessdo alteracaéo do padrao de Departamento de Fisiologia Humana Instituto recrutamento de unidades motoras pela deplecao de glicogénio e calcio e ativacéo do de Ciéncias Biomédicas USP liti Alciod d d Ipai C lui dalidades d Faculdade de Ciéncias da Saude UNIMEP sistema proteolitico calciodependente de calpainas Concluimos que as modalidades de e UNICASTELO treinamento de hipertrofia e endurance apresentam diferentes aspectos de adaptacao muscular Assim a hipertrofia muscular é mais pronunciada quando a sessao de treino é restrita a apenas uma modalidade de treinamento PALAvRASCHAVE Hipertrofia Treinamento de Endurance Protedlise Tipos de Fibras BUCCI M VINAGRE EC CAMPOS GER CURI R PITHONCURI TC Effects of concurrent training hypertrophy and endurance on skeletal muscle R bras Ci e Mov 2005 131 1728 Asstract The purpose of this study was to verify the physiological aspects involved in the interaction between endurance training and muscular hypertrophy and if those modalities should or should not be performed in the same training session The hypertrophy and endurance training performed in the same training session seems to inhibit the muscular development compared with hypertrophy training alone Some hypotheses have been proposed to explain such phenomenon such as the incapacity of skeletal muscle to adapt metabolically and morphologically to both training modalities alteration in the motor unit recruitment pattern due to glycogen and calcium depletion and activation of the proteolytic calciumdependent calpain system In conclusion the training modalities of hypertrophy and endurance presents different muscular adaptation Thus muscular hypertrophy is more pronounced when the training session is restricted to a single modality of training Keyworps Hypertrophy Endurance Training Proteolysis Fiber Type Universidade Metodista de Piracicaba UNIMEP Enderego para correspondéncia Marco Bucci Av Duque de Caxias 221 13416270 Piracicaba SP Email italimarcoaolcom Recebimento 20112004 Aceite 04012005 R bras Ci e Mov 2005 131 1728 18 R bras Ci e Mov 2005 131 1728 Efeitos do treinamento concomitante hipertrofia e endurance no músculo esquelético Introdução Com o avanço tecnológico das últimas décadas o ser humano passou a desempenhar tarefas anteriormente realizadas com a força muscular através de máquinas e computadores Desta maneira a habilidade de gerar força deixou de ser um fator importante para a sobrevivência Entretanto a comunidade científica reconhece a necessidade da manutenção e até mesmo aprimoramento da força e massa muscular com a finalidade de preservar a funcionalidade motora e melhorar a saúde das pessoas Nesta busca por uma melhor qualidade de vida podemos destacar duas modalidades de treinamento o treinamento de força e de endurance 30 O treinamento de força é uma modalidade de exercícios resistidos onde o indivíduo realiza movimentos musculares contra uma força de oposição como por exemplo os exercícios com pesos 1 3 Já o treinamento de endurance ou aeróbio consiste na realização de exercícios que predominantemente necessitam do oxigênio para a produção de energia tais como corrida ciclismo e remo Estes exercícios são fundamentais para aprimorar as capacidades pulmonar e cardiovascular 49 Ainda não está claro quanto à interação ou não destas duas atividades de naturezas distintas ou seja se o treinamento aeróbio e de força visando a hipertrofia muscular devem ou não ser realizados na mesma sessão de treinamento Sistemas energéticos Tanto o treinamento aeróbio como o de força visando a hipertrofia utilizam o glicogênio muscular como fonte de energia Os sistemas energéticos ATPCP oxidativo e glicolítico atuam simultaneamente havendo assim predomínio de um ou outro dependendo da duração e intensidade do treino 49 Apesar dos três sistemas estarem envolvidos na produção de ATP para fornecimento de energia durante o treinamento de hipertrofia há predomínio dos sistemas ATPCP e glicolítico sendo que a atuação do sistema oxidativo se dá durante os períodos de recuperação entre as séries No treinamento de endurance haveria um predomínio do sistema glicolítico na fase inicial e com a manutenção da intensidade e duração do exercício realizado o sistema oxidativo passaria a predominar como sistema energético 49 Assim em ambas as modalidades de treinamento aeróbio ou de força o glicogênio é utilizado como fonte de energia para o fornecimento de ATP Com isso durante um treinamento concomitante pode haver depleção da concentração de glicogênio muscular devido à intensidade do treinamento característico dessa atividade 30 Nesse caso a gliconeogênese hepática pode se fazer presente Haveria então estimulação da proteólise que levaria a degradação das proteínas contráteis musculares 49 Músculo esquelético e hipertrofia O tecido muscular é o mais abundante do corpo humano A sarcopenia perda de massa muscular está associada à osteoporose resistência à insulina obesidade e artrite além de causar complicações com o avanço da idade 10 A perda de massa muscular resulta em decréscimo da força com o avanço da idade 38 Tal fato pode estar relacionado ao número de lesões causadas por quedas em indivíduos idosos Dessa maneira fica clara a necessidade de aumentar ou preservar a massa muscular através dos exercícios físicos principalmente os exercícios resistidos que podem diminuir este processo de sarcopenia 50 Como as fibras musculares não proliferam a única maneira de aumentar o tecido muscular é elevando a espessura das mesmas isso ocorre com o surgimento de novas miofibrilas De modo geral o estresse mecânico causado pelo exercício intenso ativa a expressão do RNA mensageiro RNAm e conseqüentemente a síntese protéica muscular As proteínas estruturas contráteis do músculo principalmente actina e miosina são necessárias para que as fibras musculares produzam mais miofibrilas 2 A célula muscular é multinucleada mas esses núcleos não proliferam fazendose necessária a fusão de núcleos provenientes de outras células com a fibra muscular As células responsáveis por esta fusão são as células 19 R bras Ci e Mov 2005 131 1728 RN Benda et al satélites 2 As células satélites localizamse entre a lâmina basal e o sarcolema das fibras musculares e possuem o mesmo tamanho de um núcleo da célula muscular Estas células são célulastronco e desempenham um papel importante na regeneração do músculo 33 As células satélites possuem um núcleo que pode proliferar em resposta às microlesões causadas pelo exercício intenso no músculo esquelético Estas microlesões atraem as células satélites que se fundem e dividem o seu núcleo com a fibra muscular dando o suporte necessário para a síntese de novas proteínas contráteis Como o número de núcleos novos é maior do que o necessário para preencher o espaço deixado pelas microlesões a fibra muscular produz um número maior de miofibrilas resultando na hipertrofia muscular 2 Existem basicamente dois tipos de hipertrofia a aguda e a crônica A hipertrofia aguda sarcoplasmática e transitória pode ser considerada como um aumento do volume muscular durante uma sessão de treinamento devido principalmente ao acúmulo de líquido nos espaços intersticial e intracelular do músculo Outra teoria seria a do aumento no volume de líquido e conteúdo do glicogênio muscular no sarcoplasma Já a hipertrofia crônica pode ocorrer durante longo período de treinamento de força está diretamente relacionada com as modificações na área transversa muscular Considerase também o aumento de miofibrilas número de filamentos de actinamiosina conteúdo sarcoplasmático tecido conjuntivo ou combinação de todos estes fatores 17 Fibras musculares e adaptações neuromusculares em resposta ao treinamento O músculo esquelético é formado basicamente por tecido conjuntivo e por três tipos de fibras musculares do tipo I lentas IIa intermediárias e IIb rápidas Quando observadas individualmente as fibras musculares possuem diferenças na velocidade de contração oxidação capilarização resistência à fadiga número e tamanho de mitocôndrias Figura 1 microfotografias gentilmente cedidas pelo Prof Dr Gerson Eduardo Rocha Campos Entretanto quando o músculo é observado como um todo não apresenta a mesma proporção de diferenças na sua capacidade oxidativa 9 Durante um período contínuo e prolongado de treinamento aeróbio ocorrem modificações quanto ao tipo e características das fibras musculares As fibras de contração lenta tipo I tornamse 7 a 22 maiores que as de contração rápida tipo IIb A proporção de fibras musculares do tipo I aumenta com o Figura 1 Figura 1 Figura 1 Figura 1 Figura 1 Microfotografias de fibras musculares tipo I A e tipo II B de humanos As setas indicam mitocôndrias maiores e mais numerosas nas fibras tipo I O círculo indica uma microlesão de sarcômero Microfotografias gentilmente cedidas pelo Prof Dr Gerson Eduardo Rocha Campos Aumento de 25900x em A e 25700x em B 20 R bras Ci e Mov 2005 131 1728 Efeitos do treinamento concomitante hipertrofia e endurance no músculo esquelético treinamento de endurance crônico Maratonistas de elite por exemplo podem ter 95 de fibras musculares tipo lentas 2 Em contrapartida o ganho adicional de força verificado com o início de um programa de treinamento de força devese à ativação neural em fibras do tipo IIa IIb e até mesmo nas fibras do tipo I 43 No treinamento de força a proporção de fibras musculares tipo II aumenta significativamente Há um decréscimo de fibras musculares tipo I bem como da isoforma da miosina de cadeia pesada IIb e das isoformas híbridas a favor do aumento da proporção de fibras IIa 48 Campos et al 6 2002 observaram após um treinamento de força intenso aumento de 125 195 e 26 na área transversa dos três tipos principais de fibras musculares As fibras tipo I IIa e IIb respectivamente McCarthy et al 36 2002 demonstraram hipertrofia significativa das fibras do tipo I decorrente do treinamento de força As fibras intermediárias podem adquirir características que as tornam predominantemente oxidativas ou glicolíticas semelhantes às tipo I ou IIb respectivamente Entretanto a interação das atividades no treinamento concomitante poderia comprometer essa adaptação As fibras intermediárias solicitadas num trabalho de hipertrofia e posteriormente no exercício aeróbio não seriam capazes de se adaptar às duas modalidades pois as adaptações desses tipos de treinamento são metabolicamente e neurologicamente opostas 30 O treinamento concomitante aumentaria a proporção de fibras musculares tipo I 7 Tal adaptação é antagônica à observada nos treinamentos de força isolados visando a hipertrofia muscular onde é verificado aumento na proporção de fibras musculares do tipo II 20 Esses aspectos somados à hipótese de overtraining explicam a inibição no ganho de força e de impulsão vertical observado no estudo de Dudley e Fleck 14 1987 Adaptações metabólicas Os efeitos exibidos na hipertrofia muscular substratos endógenos atividade de enzimas estruturação de proteínas contráteis e capilarização proporcionados pelo treinamento de força e hipertrofia são diferentes às adaptações provocadas pelo treinamento de endurance A atividade das enzimas oxidativas pode estar diminuída com o treinamento de força 30 dificultando a otimização das adaptações das duas modalidades na mesma sessão de treinamento O treinamento de força intenso aumenta a síntese protéica resultando em aumento de proteínas contráteis e hipertrofia muscular Já o estresse oxidativo promovido pelo treinamento de endurance causa um estímulo adverso ao treinamento de força degradando as proteínas miofibrilares 27 Esse tipo de treinamento resulta em aumento da atividade das enzimas oxidativas musculares elevação no número tamanho tipo de mitocôndrias vascularização e VO2 máx 24 O condicionamento aeróbio eleva tanto o número de capilares por fibra quanto o número de capilares de determinada área transversa do músculo conseqüentemente eleva as trocas gasosas e a utilização de substratos pelo tecido muscular 34 Há aumento da mioglobina com o treinamento aeróbio 75 a 80 do número e tamanho de mitocôndrias 15 bem como da atividade de enzimas oxidativas 17 Já no treinamento de hipertrofia anaeróbio há grande produção de lactato 22 aumento da atividade das enzimas glicolíticas que são estimuladas entre trinta segundos e um minuto de treino elevação das proteínas contráteis e produção de força máxima 17 Há também estímulo na síntese de testosterona importante hormônio anabólico além de estimular o hormônio do crescimento GH principalmente em situações onde a produção de lactato estiver elevada 15 26 Dolezal Potteiger 12 1998 demonstraram a influência positiva do treinamento concomitante para a redução do tecido adiposo e aumento do metabolismo basal Ao mesmo tempo em que o protocolo por eles utilizado foi eficiente para reduzir o tecido adiposo houve redução da massa magra com o treinamento de endurance Nesse estudo no treinamento concomitante os exercícios resistidos foram realizados primeiro seguidos por treinamento de endurance com aumento crescente de duração e intensidade A concentração de nitrogênio na uréia do grupo que treinou endurance foi bem maior em relação aos grupos do treinamento concomitante e força 21 R bras Ci e Mov 2005 131 1728 RN Benda et al O nitrogênio na uréia é um marcador da proteólise sendo que para cada grama de nitrogênio encontrado na uréia aproximadamente 625 gramas de proteínas são catabolizadas Acreditase que este catabolismo protéico é o fator responsável pela queda na taxa metabólica basal observada no grupo de endurance comparado ao grupo que treinou apenas força Foi observado menor ganho na taxa metabólica basal do grupo concomitante comparado ao grupo de força isolado O grupo que treinou força e hipertrofia apresentou acréscimo aproximado de 500 Kj dia enquanto que o grupo que realizou o treinamento concomitante esse foi de 350 Kj dia Já o grupo que treinou endurance isoladamente teve um decréscimo de 200 Kj dia no metabolismo basal dos indivíduos submetidos a esse treinamento indicando a influencia negativa da atividade na manutenção e aumento da massa magra Modificações fisiológicas neuromusculares A hipertrofia muscular e as mudanças no recrutamento de unidades motoras são importantes fatores relacionados ao desenvolvimento de força 36 A demanda do sistema neuromuscular durante o treinamento de força e de endurance requer diferentes padrões de ativação das unidades motoras É sugerido que o treinamento concomitante aeróbio e força altera o padrão de recrutamento de unidades motoras relacionadas à contração máxima voluntária É possível que esta interferência prejudique o desenvolvimento da força afetando a capacidade do sistema neuromuscular de se adaptar na organização dos padrões de recrutamento das unidades motoras associadas ao treinamento de força isoladamente 30 O menor ganho de força em exercícios de supino e agachamento no treinamento concomitante 19 e 12 respectivamente comparado ao treinamento de força isoladamente 24 e 23 respectivamente foi verificado por Dolezal e Potteiger 12 1998 Além disso foi observada hipertrofia tanto nas fibras de contração rápida quanto nas lentas no protocolo de treinamento de força e hipertrofia Em outro estudo 27 o grupo que treinou força isoladamente aumentou significativamente a hipertrofia nas fibras tipo I e II comparado com o grupo que realizou o treinamento concomitante Neste mesmo estudo foi observado um decréscimo na área transversa de todos os tipos de fibras musculares no grupo que realizou o treinamento de endurance isoladamente Relação anabolismocatabolismo Os exercícios de força aumentam a concentração de testosterona o mesmo não ocorre com o cortisol 47 É importante lembrar também que o horário de treinamento pode influenciar o anabolismo muscular Nindl et al 40 2001 observaram uma menor concentração de testosterona em indivíduos que realizaram o treinamento de força no período final da tarde Tal fato foi acompanhado por uma maior concentração de cortisol confirmando a secreção pulsátil e variável destes hormônios durante o dia O treinamento concomitante pode alterar o balanço hormonal de anabólico para catabólico reduzindo a hipertrofia muscular e conseqüentemente os ganhos de força 30 O cortisol é um hormônio catabólico seus efeitos negativos para a massa muscular seriam uma combinação dos efeitos da degradação de proteínas e uma inibição da síntese protéica 11 O treinamento de força modifica a relação testosteronacortisol em favor do anabolismo 44 O treinamento de força aumentaria as concentrações plasmáticas de testosterona durante o treinamento concomitante Entretanto o treinamento de endurance elevaria as concentrações de cortisol inibindo a hipertrofia muscular Se considerarmos o fato de que o aumento da degradação protéica pode deteriorar as proteínas contráteis musculares a síntese elevada do cortisol estaria acompanhada de aumento da atrofia muscular e diminuição da força prejudicando tanto o rendimento esportivo e até uma simples hipertrofia muscular estética O aumento na concentração de cortisol bem como o menor ganho de força apresentado em indivíduos que realizaram o treinamento concomitante quando comparado com o treinamento de força isolado foi verificado por Bell et al 5 1997 22 R bras Ci e Mov 2005 131 1728 Efeitos do treinamento concomitante hipertrofia e endurance no músculo esquelético Durante o exercício físico intenso e de longa duração a concentração plasmática de cortisol aumenta diminuindo a produção de testosterona Concluindose que quanto maior a duração do exercício maior o risco de degradação de proteínas Isso pode ocorrer nos exercícios de força onde uma única sessão com alto volume de treinamento pode elevar a concentração de cortisol 40 Uma sessão de treinamento concomitante pode antecipar a produção sérica do cortisol segundo Kraemer et al 27 1995 levando assim à maior proporção deste hormônio em relação à testosterona causando prejuízos tanto no treinamento de força como no de endurance Esse aumento e antecipação da produção de cortisol foi considerado como sendo uma resposta ao exercício de endurance com intensidade progressiva Essa resposta seria aguda podendo chegar a crônica em resposta ao treinamento concomitante Em um estudo realizado por Kraemer et al 25 1999 foram observadas concentrações menores dos principais hormônios anabólicos em indivíduos com idade média de 62 anos comparados com indivíduos de 30 anos de idade quando realizaram exercícios de força A testosterona é considerada o principal hormônio anabolizante nos homens e sua concentração é menor nas mulheres Entretanto os valores de hormônio do crescimento GH encontrados nas mulheres são maiores do que em homens assim como os efeitos induzidos pelo exercício resistido Dessa forma é sugerido que o GH é o mais potente hormônio anabólico nas mulheres 11 Hakkinen et al 21 2001 observaram aumento significante na concentração de GH em mulheres com idade média de 64 anos Esse grupo apresentou ganhos de força acompanhados de aumento considerável na área transversa das fibras tipo I IIa e IIb A hipertrofia observada nas mulheres está relacionada às somatomedinas que são potentes hormônios anabólicos e sua secreção é estimulada pela alta concentração de GH Entretanto este ambiente anabólico para as mulheres estaria condicionado às concentrações pulsáteis diárias bem como às variações do ciclo menstrual sugerindo a necessidade de estudos mais detalhados 26 39 44 Outro fator importante é o fato de que a maioria dos protocolos de treinamento são idênticos para os homens e mulheres não respeitando assim as alterações hormonais das mulheres durante o ciclo menstrual 18 Acreditamos que a elaboração de um protocolo de treinamento adequado que respeite as alterações hormonais durante o ciclo menstrual poderia minimizar a proteólise bem como favorecer a hipertrofia muscular nas mulheres Mecanismos de fadiga Overtraining O overtraining pode ser definido como um fator fisiológico eou psicológico que causaria estagnação ou até mesmo decréscimo na performance de uma determinada atividade 14 Um volume maior de treinamento como é o caso do treinamento concomitante pode resultar em overtraining comparado com as duas modalidades praticadas separadamente É sugerido que este excesso de treinamento diminui os ganhos de força muscular 30 Em um estudo realizado durante 10 semanas Dudley e Fleck 14 1987 observaram os ganhos de força muscular no exercício de agachamento comparando o treinamento concomitante ao treinamento de força Foi observado menor aumento no ganho de força do grupo concomitante a partir da 4ª semana de treinamento e uma queda significante a partir da 7ª semana Os autores atribuem ao overtraining esta queda na performance visto que o volume de treinamento do grupo concomitante era maior do que naquele que treinou força isoladamente No treinamento de força isolado recomendase aumento de apenas 25 a 5 na progressão da carga prescrita Aumentos superiores a este percentual podem resultar em overtraining 17 McCarthy et al 36 2002 argumentaram que um possível mecanismo para ocorrência de overtraining seria uma depleção crônica de glicogênio tornando menor o ganho de força com o treinamento concomitante A fadiga neuromuscular pode ser definida como qualquer redução na capacidade de exercer a força máxima voluntária induzida por qualquer tipo de exercício 29 23 R bras Ci e Mov 2005 131 1728 RN Benda et al A fadiga acumulada resultante do componente de endurance no treinamento concomitante comprometeria a habilidade do músculo em exercer tensão adequada durante o treinamento de força Tal fadiga seria responsável pela alteração na propagação de um potencial de ação adequado ao longo do nervo motor e fibras musculares 8 Aparentemente o acúmulo de potássio e amônia resultado da fadiga alteraria os gradientes de concentração na bomba de sódio e potássio causando prejuízos na excitabilidade das fibras musculares 29 A interferência nos ganhos de força observada durante o treinamento concomitante realizado em dias alternados sugere que a fadiga residual atrapalharia a recuperação muscular tornandoa incompleta mesmo após 25 horas Outra possível causa dessa fadiga seria o acúmulo de metabólitos fosfato inorgânico lactato e amônia e a depleção de ATP creatina fosfato e glicogênio muscular É sugerido que a queda no pH muscular é a principal causa de fadiga em exercícios de curta duração 30 Depleção de Glicogênio e Cálcio O glicogênio muscular é uma fonte energética importante durante os exercícios de endurance Exercícios de endurance prolongados depletam o glicogênio muscular prejudicando dessa maneira a performance do treinamento de força 30 Outro fator importante relacionado à fadiga muscular é a depleção de cálcio do retículo sarcoplasmático Este é uma estrutura que regula a concentração de cálcio livre dentro da célula muscular 16 Existe uma relação entre a depleção de glicogênio e a depleção de cálcio do retículo sarcoplasmático 28 O cálcio tem um papel importante na liberação do sítio ativo das pontes cruzadas actinamiosina durante a contração muscular Os íons cálcio são transportados de volta ao líquido endoplasmático após a contração muscular entretanto o exercício aeróbio causaria depleção do conteúdo de cálcio do retículo sarcoplasmático Dessa forma não haveria cálcio suficiente para recrutar um número maior de unidades motoras prejudicando o treinamento de força e a hipertrofia muscular 29 46 Os efeitos crônicos do treinamento não demonstram prevenção tampouco melhoria na depleção de cálcio do retículo sarcoplasmático causada pela fadiga 32 Sistema de calpaínas Em ratos a depleção de glicogênio poderia resultar na incapacidade de reabsorção do cálcio pelo retículo sarcoplasmático 28 Tal fato estaria relacionado à incapacidade das bombas de cálcio funcionarem corretamente devido ao esgotamento das reservas locais de ATP 28 Este cálcio não reabsorvido permaneceria livre na célula ativando o sistema proteolítico de calpaínas O sistema de calpaínas é composto por três moléculas Duas delas a m calpaína e a µcalpaína são proteases cálcio dependentes Uma terceira molécula a calpastatina é responsável por inibir o sistema proteolítico No músculo esquelético a calpaína situase principalmente nas linhas Z e I dos sarcômeros Estimase que todas as linhas Z e I dos sarcômeros de uma fibra muscular estariam destruídas em menos de cinco minutos se toda a calpaína estivesse ativa 19 A ação da calpaína nas linhas Z e I dos sarcômeros se dá pelo fato desse sistema proteolítico preferir as proteínas miofibrilares associadas nestas linhas como fonte de energia Apesar deste sistema proteolítico não ser diretamente responsável pela degradação das miofibrilas actina e miosina acreditase que o processo de degradação protéica tenha como início a ação da calpaína na desestruturação da linha Z dos sarcômeros 45 Modalidades de treinamento As modalidades de treinamento de endurance parecem interferir de maneiras diferentes no treinamento concomitante Tabela 1 Hipertrofia e Endurance Os estudos que incorporaram a corrida como modalidade de endurance no treinamento concomitante demonstraram uma inibição no desenvolvimento da força e massa muscular 30 24 R bras Ci e Mov 2005 131 1728 Efeitos do treinamento concomitante hipertrofia e endurance no músculo esquelético Na revisão de literatura realizada por Leveritt et al 30 1999 foram observados aumentos similares na força e na hipertrofia no treinamento isolado de força e no concomitante Porém nesse protocolo de treinamento foi realizada apenas uma sessão concomitante por semana sendo que neste estudo houve aumento das fibras do tipo I e II no treinamento de força isolado enquanto que o grupo do treinamento concomitante apresentou aumento significativo apenas nas fibras tipo II Hunter et al 24 1987 observaram a influência negativa do treinamento de endurance nos exercícios de supino agachamento impulsão vertical e no VO2 máx utilizando a corrida como modalidade de endurance A única variável que resultou em aumento significativo com a corrida foi o VO2 máx A inibição nos ganhos de força muscular foi observada por outros pesquisadores 12 23 27 Em um estudo realizado com atletas de endurance Paavolainen et al 41 1999 observaram uma melhora na performance em provas de 5 km após adicionarem ao treinamento de endurance sessões de treinamentos de potência força sprint e pliometria Os autores acreditam que esta melhora se deve ao fato de que os treinos de potência resultam em adaptações neuromusculares mais significativas do que as do treino de endurance isolado Houve melhor solicitação e recrutamento das fibras musculares bem como aumento nos impulsos excitatórios em relação aos inibitórios promovendo assim aumento na performance durante a corrida sem que fosse apresentada qualquer adaptação em relação à hipertrofia limitando esse aumento às adaptações neurais Millet et al 37 2002 observaram economia do esforço da corrida quando foi adicionado ao treinamento dos triatletas analisados um protocolo de treinamento de força VO2máx força máxima e hopping power saltos verticais sucessivos melhoraram com esta última metodologia Neste estudo foi possível verificar que os atletas que incluíram o treinamento de força em sua rotina conseguiam reduzir o gasto de energia tinham maior enrijecimento da massa muscular dos membros inferiores além de maximizar o processo de contração da musculatura diretamente solicitada durante a corrida melhorando assim a performance TTTTTabela 1 abela 1 abela 1 abela 1 abela 1 Interferência no processo de hipertrofia Autor Treinamento de Força Treinamento Aeróbio Resultados Hunter et al 24 6 exercícios Corrida P 3 x 7 10 RM 20 40 minutos 4 x semana 75 FC máx Sale et al 42 Leg Press Cicloergômetro SP 6 x 15 20 RM 5 x 3 minutos 3 x semana 90 100 VO2 máx McCarthy et al 35 8 exercícios Cicloergômetro SP 4 x 5 7 RM 50 minutos 3 x semana 70 FC máx Kraemer et al 27 12 exercícios Corrida P 2 3 x 10 RM 40 minutos 2 x semana 80 85 VO2 máx Dolezal Potteiger 12 14 exercícios Corrida P PIR 12 10 8 RM 25 40 minutos 3 x semana 65 85 FC máx McCarthy et al 36 8 exercícios Cicloergômetro SP 13 x 5 7 RM 50 minutos 3 x semana 70 FC máx RM repetições máximas VO2 máx consumo máximo de oxigênio PIR pirâmide FC máx frequência cardíaca máxima P prejuízo SP sem prejuízo 25 R bras Ci e Mov 2005 131 1728 RN Benda et al Donelly et al 13 1993 demonstraram que um programa de treinamento para perda de peso que utilizava o treinamento aeróbio aliado à restrição calórica severa reduziu mais o percentual de massa magra que a restrição calórica sozinha comprovando o efeito negativo da atividade aeróbia na manutenção e até mesmo no ganho de massa muscular O treinamento concomitante pode prejudicar a hipertrofia muscular Entretanto a interação forçaendurance parece não prejudicar e sim melhorar a performance de indivíduos em atividades aeróbias 31 37 41 Balabinis et al 4 2003 demonstraram que um programa de treinamento concomitante pode resultar em aumentos no VO2 máx de atletas quando comparado ao treinamento de endurance isolado 129 e 68 respectivamente Hipertrofia e Endurance Contraresistência Não há interferência no desenvolvimento muscular e na força quando o remo e o cicloergômetro são inseridos no treinamento concomitante comparado com o treinamento de força isolado 30 McCarthy et al 36 2002 realizaram um estudo onde o programa de treinamento foi realizado três vezes por semana tendo sempre um intervalo de um dia entre as sessões Hipertrofia considerável nas fibras do tipo II foi observada tanto no treinamento de força quanto no concomitante quando foi utilizado o cicloergômetro como modalidade aeróbia Tal realidade pode ter como princípio para uma possível interação o fato de que as modalidades de endurance contraresistência precisam vencer a resistência proporcionada pelos recursos utilizados como é o caso do ciclismo e o remo A prática destas modalidades poderia resultar em adaptação das fibras IIa similar à do treinamento de força Resultados similares foram obtidos em estudos anteriores 35 42 Conclusão Todos os processos metabólicos energéticos neuromusculares explanados e abordados anteriormente demonstram que treinar as duas modalidades na mesma sessão de treinamento resulta em estados de fadiga e overtraining principalmente pelo excesso de volume depleção de fontes energéticas inerentes aos dois treinamentos incapacidade de adaptação das fibras intermediarias Concluímos que tanto o treinamento aeróbio quanto o treinamento de hipertrofia são importantes para a melhoria na qualidade de vida da estética corporal na capacidade funcional do organismo entre outros benefícios Contudo há a necessidade de se elaborar programas de treinamento onde as duas modalidades sejam realizadas em dias ou períodos diferentes para que possamos otimizar os objetivos sejam eles quais forem Referências Bibliográficas 1 AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE Position Stand Progression models in resistance training for healthy adults Med Sci Sports Exerc Med Sci Sports Exerc Med Sci Sports Exerc Med Sci Sports Exerc Med Sci Sports Exerc 2002 34 2 364380 2 ANDERSEN JL SCHJERLING P and SALTIN B Muscle genes and athletic performance Sci Am Sci Am Sci Am Sci Am Sci Am 2000 2833 4855 3 BADILLO JJG e AYESTARÁN EG Fundamentos do T Fundamentos do T Fundamentos do T Fundamentos do T Fundamentos do Trrrrreinamento de Força Aplicação einamento de Força Aplicação einamento de Força Aplicação einamento de Força Aplicação einamento de Força Aplicação ao Alto Rendimento Esportivo ao Alto Rendimento Esportivo ao Alto Rendimento Esportivo ao Alto Rendimento Esportivo ao Alto Rendimento Esportivo 2 ed Porto Alegre Artmed 2001 4 BALABINIS CP PSARAKIS CH MOUKAS M VASSILIOU MP and BEHRAKIS PK Early phase changes by concurrent endurance and strength training J Strength Cond Res J Strength Cond Res J Strength Cond Res J Strength Cond Res J Strength Cond Res 2003 172 393401 5 BELL G SYROTUIK D SOCHA T MACLEAN I and QUINNEY HA Effect of strength training and concurrent strength and endurance training on strength testosterone and cortisol J Strength Cond Res J Strength Cond Res J Strength Cond Res J Strength Cond Res J Strength Cond Res 1997 111 5764 26 R bras Ci e Mov 2005 131 1728 Efeitos do treinamento concomitante hipertrofia e endurance no músculo esquelético 6 CAMPOS GER LUECKE TJ WENDEIN HK TOMA K HAGERMAN FC MURRAY TF RAGG KE RATAMESS NA KRAEMER WJ and STARON RA Muscular adaptations in response to three different resistancetraining zones specificity of repetition maximum training zones Eur Eur Eur Eur Eur J Appl Physiol J Appl Physiol J Appl Physiol J Appl Physiol J Appl Physiol 2002 88 5060 7 CHILIBECK PD SYROTUIK DG and BELL GJ The effect of concurrent endurance and strength training on quantitative estimates of subsarcolemmal and intermyofibrillar mitochondria Int J Sports Med Int J Sports Med Int J Sports Med Int J Sports Med Int J Sports Med 2002 23 3339 8 CLEBIS NK and NATALI MJM Muscular lesions provoked by eccentric exercises Rev Rev Rev Rev Rev Bras Ciên e Mov Bras Ciên e Mov Bras Ciên e Mov Bras Ciên e Mov Bras Ciên e Mov 2001 94 4753 9 CROWTHER GJ JUBRIAS SA GRONKA RK and CONLEY KA A functional biopsy of muscle properties in sprinters and distance runners Med Sci Sports Exerc Med Sci Sports Exerc Med Sci Sports Exerc Med Sci Sports Exerc Med Sci Sports Exerc 2002 3411 17191724 10 DESCHENES MR Effects of aging on muscle fibre type and size Sports Med Sports Med Sports Med Sports Med Sports Med 2004 3412 809824 11 DESCHENES MR and KRAEMER WJ Performance and physiologic adaptations to resistance training Am J Phis Med Rehabil Am J Phis Med Rehabil Am J Phis Med Rehabil Am J Phis Med Rehabil Am J Phis Med Rehabil 2002 81Suppl S3S16 12 DOLEZAL BA and POTTEIGER JA Concurrent resistance and endurance training influence basal metabolic rate in nondieting individuals J Appl Physiol J Appl Physiol J Appl Physiol J Appl Physiol J Appl Physiol 1998 852 695700 13 DONNELY JE SHARP T HOUMARD J CARLSON MG HILL JO WHATLEY JE and ISRAEL RG Muscle hypertrophy with largescale weight loss and resistance training Am J Clin Nutr Am J Clin Nutr Am J Clin Nutr Am J Clin Nutr Am J Clin Nutr 1993 58561565 14 DUDLEY GA and FLECK SJ Strength and endurance training Are they mutually exclusive Sports Med Sports Med Sports Med Sports Med Sports Med 1987 42 7985 15 DURAND RJ CASTRACANE VD HOLLANDER DB TRYNIECKI JL BAMMAN MM ONEAL S HEBERT EP and KRAEMER RR Hormonal Responses from Concentric and Eccentric Muscle Contractions Med Sci Sports Exerc Med Sci Sports Exerc Med Sci Sports Exerc Med Sci Sports Exerc Med Sci Sports Exerc 2003 356 937943 16 FAVERO TG COLTER D HOOPER PF and ABRAMSON JJ Hypochlorous acid inhibits Ca2 ATPase from skeletal muscle sarcoplasmic reticulum J Appl Physiol J Appl Physiol J Appl Physiol J Appl Physiol J Appl Physiol 1998 842 425430 17 FLECK SJ e KRAEMER WJ Fundamentos do T Fundamentos do T Fundamentos do T Fundamentos do T Fundamentos do Trrrrreinamento de Força Muscular einamento de Força Muscular einamento de Força Muscular einamento de Força Muscular einamento de Força Muscular 2 ed Porto Alegre Artmed 1999 18 GARRETT JR W E e KIRKENDALL DT A Ciência do Exer A Ciência do Exer A Ciência do Exer A Ciência do Exer A Ciência do Exercício e dos Espor cício e dos Espor cício e dos Espor cício e dos Espor cício e dos Esportes tes tes tes tes Porto Alegre Artmed 2003 19 GOLL DE THOMPSON VF KI HONGQI WEI W and CONG J The calpain system Physiol Rev Physiol Rev Physiol Rev Physiol Rev Physiol Rev 2003 83 731801 20 GREEN H GOREHAM C OUYANG J BALLBURNETT M and RANNEY D Regulation of fiber size oxidative potential and capillarization in human muscle by resistance exercise Am J Physiol Am J Physiol Am J Physiol Am J Physiol Am J Physiol 1998 276 Regulatory Integrative Comp Physiol 45 R591R596 21 HAKKINEN K PAKARINEN A KRAEMER WJ HAKKINEN A VALKEINEN H and ALEN M Selective muscle hypertrophy changes in EMG and force and serum hormones during strength training in older women J Appl Physiol J Appl Physiol J Appl Physiol J Appl Physiol J Appl Physiol 2001 91 569580 22 HOLLANDER DB DURAND RJ TRYNICKI JL LAROCK D CASTRACANE VD HEBERT EP and KRAEMER RR RPE Pain and Physiological Adjustment to Concentric and Eccentric Contractions Med Sci Sports Exerc Med Sci Sports Exerc Med Sci Sports Exerc Med Sci Sports Exerc Med Sci Sports Exerc 2003 356 10171025 23 HORTOBÁGYI T KATCH FI and LACHANCE PF Effects of simultaneous training for strength and endurance on upper and lower body strength and running performance JJJJJ Sports Med Phys Sports Med Phys Sports Med Phys Sports Med Phys Sports Med Phys Fitness 1991 31 2030 24 HUNTER G DEMMENT R and MILLER D Development of strength and maximum oxygen uptake during simultaneous training for strength and endurance J Sports Med J Sports Med J Sports Med J Sports Med J Sports Med 1987 27 269275 25 KRAEMER WJ HAKKINEN K NEWTON RU NINDL BC VOLEK JS MCCORMICK M GOTSHALK LA GORDON SE FLECK SJ CAMPBELL WW PUTUKIAN M and EVANS WJ Effects of heavyresistance training on hormonal response patterns in younger vs older men J Appl Physiol J Appl Physiol J Appl Physiol J Appl Physiol J Appl Physiol 1999 873 982992 26 KRAEMER WJ MARCHITELLI L GORDON SE HARMAN EA DZIADOS JE MELLO R FRYKMAN P McCURRY D and FLECK SJ Hormonal and growth factor responses to heavy resistance protocols J Appl Physiol J Appl Physiol J Appl Physiol J Appl Physiol J Appl Physiol 1990 694 14421450 27 R bras Ci e Mov 2005 131 1728 RN Benda et al 27 KRAEMER WJ PATTON JF GORDON SE HARMAN EA DESCHENES MR REYNOLDSK NEWTON RU TRIPLETT NT and DZIADOS JE Compatibility of high intensity strength and endurance training on hormonal and skeletal muscle adaptations JJJJJ Appl Physiol Appl Physiol Appl Physiol Appl Physiol Appl Physiol 1995 783 976989 28 LEES SJ FRANKS PD SPANGENBURG EE and WILLIAMS JH Glycogen and glycogen phosphorylase associated with sarcoplasmic reticulum effects of fatiguing activity J Appl J Appl J Appl J Appl J Appl Physiol Physiol Physiol Physiol Physiol 2001 91 16381644 29 LEPERS R MAFFIULETTI NA ROCHETTE L BRUGNIAUX J and MILLET GY Neuromuscular fatigue during a longduration cycling exercise J Appl Physiol J Appl Physiol J Appl Physiol J Appl Physiol J Appl Physiol 2002 92 14871493 30 LEVERITT M ABERNETHY PJ BARRY BK and LOGAN PA Concurrent strength and endurance training Sports Med Sports Med Sports Med Sports Med Sports Med 1999 286 413427 31 LEVERITT M ABERNETHY PJ BARRY BK and LOGAN PA Concurrent strength and endurance training the influence of dependent variable selection J Strength Cond Res J Strength Cond Res J Strength Cond Res J Strength Cond Res J Strength Cond Res 2003 173 503508 32 LI JL WANG XN FRASER SF CAREY MF WRIGLEY T V and MCKENNA MJ Effects of fatigue and training on sarcoplasmic reticulum Ca2 regulation in human skeletal muscle J Appl Physiol J Appl Physiol J Appl Physiol J Appl Physiol J Appl Physiol 2002 92 912922 33 LIEBER RL Skeletal Muscle Structure Function Plasticity The Physiological Basis of Skeletal Muscle Structure Function Plasticity The Physiological Basis of Skeletal Muscle Structure Function Plasticity The Physiological Basis of Skeletal Muscle Structure Function Plasticity The Physiological Basis of Skeletal Muscle Structure Function Plasticity The Physiological Basis of Rehabilitation Rehabilitation Rehabilitation Rehabilitation Rehabilitation 2 ed Baltimore Lippincott Williams Wilkins 2002 34 MCCALL GE BYRNES WC DICKINSON A PATTANY PM and FLECK SJ Muscle fiber hypertrophy hyperplasia and capillary density in college men after resistance training J Appl Physiol J Appl Physiol J Appl Physiol J Appl Physiol J Appl Physiol 1996 815 20042012 35 MCCARTHY JP AGRE JC GRAF BK POZNIAK MA and VAILAS AC Compatibility of adaptive responses with combining strength and endurance training Med Sci Sports Med Sci Sports Med Sci Sports Med Sci Sports Med Sci Sports Exerc Exerc Exerc Exerc Exerc 1995 273 429436 36 MCCARTHY JP POZNIAK MA and AGRE JC Neuromuscular adaptations to concurrent strength and endurance training Med Sci Sports Exerc Med Sci Sports Exerc Med Sci Sports Exerc Med Sci Sports Exerc Med Sci Sports Exerc 2002 343 511519 37 MILLET GP JAOUEN B BORRANI F and CANDAU R Effects of concurrent endurance and strength training on running economy and VO2 kinetics Med Sci Sports Exerc Med Sci Sports Exerc Med Sci Sports Exerc Med Sci Sports Exerc Med Sci Sports Exerc 2002 348 13511359 38 NEWTON RU HAKKINEN K HAKKINEN A MCCORMICK M VOLEK J and KRAEMER WJ Mixedmethods resistance training increases power and strength of young and older men Med Sci Sports Exerc Med Sci Sports Exerc Med Sci Sports Exerc Med Sci Sports Exerc Med Sci Sports Exerc 2002 348 13671375 39 NINDL BC HYMER WC DEAVER DR and KRAEMER WJ Growth hormone pulsatility profile characteristics following acute heavy resistance exercise J Appl Physiol J Appl Physiol J Appl Physiol J Appl Physiol J Appl Physiol 2001 91 163172 40 NINDL BC KRAEMER WJ DEAVER DR PETERS JL MARX JO HECKMAN JT and LOOMIS GA LH secretion and testosterone concentrations are blunted after resistance exercise in men J Appl Physiol J Appl Physiol J Appl Physiol J Appl Physiol J Appl Physiol 2001 91 12511258 41 PAAVOLAINEN L HAKKINEN K HAMALAINEN I NUMMELA A and RUSKO H Explosive strength training improves 5km running time by improving running economy and muscle power J Appl Physiol J Appl Physiol J Appl Physiol J Appl Physiol J Appl Physiol 1999 865 15271533 42 SALE DG MacDOUGALL JD JACOBS I and GARNER S Interaction between concurrent strength and endurance training J Appl Physiol J Appl Physiol J Appl Physiol J Appl Physiol J Appl Physiol 1990 681 260270 43 SHOEPE TC STELZER JE GARNER DP and WIDRICK JJ Functional Adaptability of Muscle Fibers to LongTerm Resistance Exercise Med Sci Spor Med Sci Spor Med Sci Spor Med Sci Spor Med Sci Sports Exer ts Exer ts Exer ts Exer ts Exerccccc 2003 356 944951 44 STARON RS KARAPONDO DL KRAEMER WJ FRY AC GORDON SE FALKEL JE HAGERMAN FC and HIKIDA RS Skeletal muscle adaptations during early phase of heavyresistance training in men and women J Appl Physiol J Appl Physiol J Appl Physiol J Appl Physiol J Appl Physiol 1994 763 12471255 45 STUPKA N TARNOPOLSKY MA YARDLEY NJ and PHILLIPS SM Cellular adaptation to repeated eccentric exerciseinduced muscle damage J Appl Physiol J Appl Physiol J Appl Physiol J Appl Physiol J Appl Physiol 2001 91 1669 1678 46 TUPLING AR GREEN HJ ROY BD GRANT S and OUYANG J Paradoxical effects of prior activity on human sarcoplasmic reticulum Ca2 ATPase response to exercise J Appl J Appl J Appl J Appl J Appl Physiol Physiol Physiol Physiol Physiol 2003 95 138144 47 VOLEK JS KRAEMER WJ BUSH JA INCLEDON T and BOETES M Testosterone and cortisol in relationship to dietary nutrients and resistance exercise J Appl Physiol J Appl Physiol J Appl Physiol J Appl Physiol J Appl Physiol 1997 821 4954 28 R bras Ci e Mov 2005 131 1728 Efeitos do treinamento concomitante hipertrofia e endurance no músculo esquelético 48 WILLIAMSON DL GALLAGHER PM CARROLL CC RAUE U and TRAPPE SW Reduction in hybrid single muscle fiber proportions with resistance training in humans JJJJJ Appl Physiol Appl Physiol Appl Physiol Appl Physiol Appl Physiol 2001 91 19551961 49 WILMORE JH e COSTILL DL Metabolismo e Sistemas Energéticos Básicos In Fisiologia Fisiologia Fisiologia Fisiologia Fisiologia do Esporte e do Exercício do Esporte e do Exercício do Esporte e do Exercício do Esporte e do Exercício do Esporte e do Exercício 2 ed São Paulo Manole 2001 p 114154 50 YARASHESKI KE ZACHWIEJA JJ and BIER DM Acute effects of resistance exercise on muscle protein synthesis rate in young and elderly men and women Am J Physiol Am J Physiol Am J Physiol Am J Physiol Am J Physiol 1993 265 Endocrinol Metab 28 E210E214
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4 G REVISTA BRASLERA 4 a GmMovIMENTO universa ISSN 01031716 e endurance no musculo esquelético Effects of concurrent training hypertrophy and endurance on skeletal muscle BUCCI M VINAGRE EC CAMPOS GER CURI R PITHONCURI TC Efeitos do Marco Bucci treinamento concomitante hipertrofia e endurance no musculo esquelético R bras Ci e Eduar arandina Vinagre Mov 2005 131 1728 duardo Carand gre Gerson Eduardo Rocha Campos Resumo O objetivo deste estudo foi o de verificar os aspectos fisiologicos envolvidos na Rui Curi interacdo entre o treinamento de endurance e hipertrofia muscular e se estas 4 modalidades devem ou nao ser realizadas na mesma sessdo de treinamento O Tania Cristina PithonCuri treinamento de hipertrofia e endurance realizado na mesma sesso parece inibir o desenvolvimento muscular comparado ao treinamento de hipertrofia realizado isoladamente Algumas hipoteses foram propostas para explicar tal fendmeno tais como Faculdade de Ciéncias da Saude UNIMEP idade d 2 1 1éti d d boli fologi Departamento de Anatomia Instituto de a incapacidade do musculo esquelético de se adaptar metabdlica e morfologicamente as Biologia UNICAMP duas modalidades de treinamento realizadas numa unica sessdo alteracaéo do padrao de Departamento de Fisiologia Humana Instituto recrutamento de unidades motoras pela deplecao de glicogénio e calcio e ativacéo do de Ciéncias Biomédicas USP liti Alciod d d Ipai C lui dalidades d Faculdade de Ciéncias da Saude UNIMEP sistema proteolitico calciodependente de calpainas Concluimos que as modalidades de e UNICASTELO treinamento de hipertrofia e endurance apresentam diferentes aspectos de adaptacao muscular Assim a hipertrofia muscular é mais pronunciada quando a sessao de treino é restrita a apenas uma modalidade de treinamento PALAvRASCHAVE Hipertrofia Treinamento de Endurance Protedlise Tipos de Fibras BUCCI M VINAGRE EC CAMPOS GER CURI R PITHONCURI TC Effects of concurrent training hypertrophy and endurance on skeletal muscle R bras Ci e Mov 2005 131 1728 Asstract The purpose of this study was to verify the physiological aspects involved in the interaction between endurance training and muscular hypertrophy and if those modalities should or should not be performed in the same training session The hypertrophy and endurance training performed in the same training session seems to inhibit the muscular development compared with hypertrophy training alone Some hypotheses have been proposed to explain such phenomenon such as the incapacity of skeletal muscle to adapt metabolically and morphologically to both training modalities alteration in the motor unit recruitment pattern due to glycogen and calcium depletion and activation of the proteolytic calciumdependent calpain system In conclusion the training modalities of hypertrophy and endurance presents different muscular adaptation Thus muscular hypertrophy is more pronounced when the training session is restricted to a single modality of training Keyworps Hypertrophy Endurance Training Proteolysis Fiber Type Universidade Metodista de Piracicaba UNIMEP Enderego para correspondéncia Marco Bucci Av Duque de Caxias 221 13416270 Piracicaba SP Email italimarcoaolcom Recebimento 20112004 Aceite 04012005 R bras Ci e Mov 2005 131 1728 18 R bras Ci e Mov 2005 131 1728 Efeitos do treinamento concomitante hipertrofia e endurance no músculo esquelético Introdução Com o avanço tecnológico das últimas décadas o ser humano passou a desempenhar tarefas anteriormente realizadas com a força muscular através de máquinas e computadores Desta maneira a habilidade de gerar força deixou de ser um fator importante para a sobrevivência Entretanto a comunidade científica reconhece a necessidade da manutenção e até mesmo aprimoramento da força e massa muscular com a finalidade de preservar a funcionalidade motora e melhorar a saúde das pessoas Nesta busca por uma melhor qualidade de vida podemos destacar duas modalidades de treinamento o treinamento de força e de endurance 30 O treinamento de força é uma modalidade de exercícios resistidos onde o indivíduo realiza movimentos musculares contra uma força de oposição como por exemplo os exercícios com pesos 1 3 Já o treinamento de endurance ou aeróbio consiste na realização de exercícios que predominantemente necessitam do oxigênio para a produção de energia tais como corrida ciclismo e remo Estes exercícios são fundamentais para aprimorar as capacidades pulmonar e cardiovascular 49 Ainda não está claro quanto à interação ou não destas duas atividades de naturezas distintas ou seja se o treinamento aeróbio e de força visando a hipertrofia muscular devem ou não ser realizados na mesma sessão de treinamento Sistemas energéticos Tanto o treinamento aeróbio como o de força visando a hipertrofia utilizam o glicogênio muscular como fonte de energia Os sistemas energéticos ATPCP oxidativo e glicolítico atuam simultaneamente havendo assim predomínio de um ou outro dependendo da duração e intensidade do treino 49 Apesar dos três sistemas estarem envolvidos na produção de ATP para fornecimento de energia durante o treinamento de hipertrofia há predomínio dos sistemas ATPCP e glicolítico sendo que a atuação do sistema oxidativo se dá durante os períodos de recuperação entre as séries No treinamento de endurance haveria um predomínio do sistema glicolítico na fase inicial e com a manutenção da intensidade e duração do exercício realizado o sistema oxidativo passaria a predominar como sistema energético 49 Assim em ambas as modalidades de treinamento aeróbio ou de força o glicogênio é utilizado como fonte de energia para o fornecimento de ATP Com isso durante um treinamento concomitante pode haver depleção da concentração de glicogênio muscular devido à intensidade do treinamento característico dessa atividade 30 Nesse caso a gliconeogênese hepática pode se fazer presente Haveria então estimulação da proteólise que levaria a degradação das proteínas contráteis musculares 49 Músculo esquelético e hipertrofia O tecido muscular é o mais abundante do corpo humano A sarcopenia perda de massa muscular está associada à osteoporose resistência à insulina obesidade e artrite além de causar complicações com o avanço da idade 10 A perda de massa muscular resulta em decréscimo da força com o avanço da idade 38 Tal fato pode estar relacionado ao número de lesões causadas por quedas em indivíduos idosos Dessa maneira fica clara a necessidade de aumentar ou preservar a massa muscular através dos exercícios físicos principalmente os exercícios resistidos que podem diminuir este processo de sarcopenia 50 Como as fibras musculares não proliferam a única maneira de aumentar o tecido muscular é elevando a espessura das mesmas isso ocorre com o surgimento de novas miofibrilas De modo geral o estresse mecânico causado pelo exercício intenso ativa a expressão do RNA mensageiro RNAm e conseqüentemente a síntese protéica muscular As proteínas estruturas contráteis do músculo principalmente actina e miosina são necessárias para que as fibras musculares produzam mais miofibrilas 2 A célula muscular é multinucleada mas esses núcleos não proliferam fazendose necessária a fusão de núcleos provenientes de outras células com a fibra muscular As células responsáveis por esta fusão são as células 19 R bras Ci e Mov 2005 131 1728 RN Benda et al satélites 2 As células satélites localizamse entre a lâmina basal e o sarcolema das fibras musculares e possuem o mesmo tamanho de um núcleo da célula muscular Estas células são célulastronco e desempenham um papel importante na regeneração do músculo 33 As células satélites possuem um núcleo que pode proliferar em resposta às microlesões causadas pelo exercício intenso no músculo esquelético Estas microlesões atraem as células satélites que se fundem e dividem o seu núcleo com a fibra muscular dando o suporte necessário para a síntese de novas proteínas contráteis Como o número de núcleos novos é maior do que o necessário para preencher o espaço deixado pelas microlesões a fibra muscular produz um número maior de miofibrilas resultando na hipertrofia muscular 2 Existem basicamente dois tipos de hipertrofia a aguda e a crônica A hipertrofia aguda sarcoplasmática e transitória pode ser considerada como um aumento do volume muscular durante uma sessão de treinamento devido principalmente ao acúmulo de líquido nos espaços intersticial e intracelular do músculo Outra teoria seria a do aumento no volume de líquido e conteúdo do glicogênio muscular no sarcoplasma Já a hipertrofia crônica pode ocorrer durante longo período de treinamento de força está diretamente relacionada com as modificações na área transversa muscular Considerase também o aumento de miofibrilas número de filamentos de actinamiosina conteúdo sarcoplasmático tecido conjuntivo ou combinação de todos estes fatores 17 Fibras musculares e adaptações neuromusculares em resposta ao treinamento O músculo esquelético é formado basicamente por tecido conjuntivo e por três tipos de fibras musculares do tipo I lentas IIa intermediárias e IIb rápidas Quando observadas individualmente as fibras musculares possuem diferenças na velocidade de contração oxidação capilarização resistência à fadiga número e tamanho de mitocôndrias Figura 1 microfotografias gentilmente cedidas pelo Prof Dr Gerson Eduardo Rocha Campos Entretanto quando o músculo é observado como um todo não apresenta a mesma proporção de diferenças na sua capacidade oxidativa 9 Durante um período contínuo e prolongado de treinamento aeróbio ocorrem modificações quanto ao tipo e características das fibras musculares As fibras de contração lenta tipo I tornamse 7 a 22 maiores que as de contração rápida tipo IIb A proporção de fibras musculares do tipo I aumenta com o Figura 1 Figura 1 Figura 1 Figura 1 Figura 1 Microfotografias de fibras musculares tipo I A e tipo II B de humanos As setas indicam mitocôndrias maiores e mais numerosas nas fibras tipo I O círculo indica uma microlesão de sarcômero Microfotografias gentilmente cedidas pelo Prof Dr Gerson Eduardo Rocha Campos Aumento de 25900x em A e 25700x em B 20 R bras Ci e Mov 2005 131 1728 Efeitos do treinamento concomitante hipertrofia e endurance no músculo esquelético treinamento de endurance crônico Maratonistas de elite por exemplo podem ter 95 de fibras musculares tipo lentas 2 Em contrapartida o ganho adicional de força verificado com o início de um programa de treinamento de força devese à ativação neural em fibras do tipo IIa IIb e até mesmo nas fibras do tipo I 43 No treinamento de força a proporção de fibras musculares tipo II aumenta significativamente Há um decréscimo de fibras musculares tipo I bem como da isoforma da miosina de cadeia pesada IIb e das isoformas híbridas a favor do aumento da proporção de fibras IIa 48 Campos et al 6 2002 observaram após um treinamento de força intenso aumento de 125 195 e 26 na área transversa dos três tipos principais de fibras musculares As fibras tipo I IIa e IIb respectivamente McCarthy et al 36 2002 demonstraram hipertrofia significativa das fibras do tipo I decorrente do treinamento de força As fibras intermediárias podem adquirir características que as tornam predominantemente oxidativas ou glicolíticas semelhantes às tipo I ou IIb respectivamente Entretanto a interação das atividades no treinamento concomitante poderia comprometer essa adaptação As fibras intermediárias solicitadas num trabalho de hipertrofia e posteriormente no exercício aeróbio não seriam capazes de se adaptar às duas modalidades pois as adaptações desses tipos de treinamento são metabolicamente e neurologicamente opostas 30 O treinamento concomitante aumentaria a proporção de fibras musculares tipo I 7 Tal adaptação é antagônica à observada nos treinamentos de força isolados visando a hipertrofia muscular onde é verificado aumento na proporção de fibras musculares do tipo II 20 Esses aspectos somados à hipótese de overtraining explicam a inibição no ganho de força e de impulsão vertical observado no estudo de Dudley e Fleck 14 1987 Adaptações metabólicas Os efeitos exibidos na hipertrofia muscular substratos endógenos atividade de enzimas estruturação de proteínas contráteis e capilarização proporcionados pelo treinamento de força e hipertrofia são diferentes às adaptações provocadas pelo treinamento de endurance A atividade das enzimas oxidativas pode estar diminuída com o treinamento de força 30 dificultando a otimização das adaptações das duas modalidades na mesma sessão de treinamento O treinamento de força intenso aumenta a síntese protéica resultando em aumento de proteínas contráteis e hipertrofia muscular Já o estresse oxidativo promovido pelo treinamento de endurance causa um estímulo adverso ao treinamento de força degradando as proteínas miofibrilares 27 Esse tipo de treinamento resulta em aumento da atividade das enzimas oxidativas musculares elevação no número tamanho tipo de mitocôndrias vascularização e VO2 máx 24 O condicionamento aeróbio eleva tanto o número de capilares por fibra quanto o número de capilares de determinada área transversa do músculo conseqüentemente eleva as trocas gasosas e a utilização de substratos pelo tecido muscular 34 Há aumento da mioglobina com o treinamento aeróbio 75 a 80 do número e tamanho de mitocôndrias 15 bem como da atividade de enzimas oxidativas 17 Já no treinamento de hipertrofia anaeróbio há grande produção de lactato 22 aumento da atividade das enzimas glicolíticas que são estimuladas entre trinta segundos e um minuto de treino elevação das proteínas contráteis e produção de força máxima 17 Há também estímulo na síntese de testosterona importante hormônio anabólico além de estimular o hormônio do crescimento GH principalmente em situações onde a produção de lactato estiver elevada 15 26 Dolezal Potteiger 12 1998 demonstraram a influência positiva do treinamento concomitante para a redução do tecido adiposo e aumento do metabolismo basal Ao mesmo tempo em que o protocolo por eles utilizado foi eficiente para reduzir o tecido adiposo houve redução da massa magra com o treinamento de endurance Nesse estudo no treinamento concomitante os exercícios resistidos foram realizados primeiro seguidos por treinamento de endurance com aumento crescente de duração e intensidade A concentração de nitrogênio na uréia do grupo que treinou endurance foi bem maior em relação aos grupos do treinamento concomitante e força 21 R bras Ci e Mov 2005 131 1728 RN Benda et al O nitrogênio na uréia é um marcador da proteólise sendo que para cada grama de nitrogênio encontrado na uréia aproximadamente 625 gramas de proteínas são catabolizadas Acreditase que este catabolismo protéico é o fator responsável pela queda na taxa metabólica basal observada no grupo de endurance comparado ao grupo que treinou apenas força Foi observado menor ganho na taxa metabólica basal do grupo concomitante comparado ao grupo de força isolado O grupo que treinou força e hipertrofia apresentou acréscimo aproximado de 500 Kj dia enquanto que o grupo que realizou o treinamento concomitante esse foi de 350 Kj dia Já o grupo que treinou endurance isoladamente teve um decréscimo de 200 Kj dia no metabolismo basal dos indivíduos submetidos a esse treinamento indicando a influencia negativa da atividade na manutenção e aumento da massa magra Modificações fisiológicas neuromusculares A hipertrofia muscular e as mudanças no recrutamento de unidades motoras são importantes fatores relacionados ao desenvolvimento de força 36 A demanda do sistema neuromuscular durante o treinamento de força e de endurance requer diferentes padrões de ativação das unidades motoras É sugerido que o treinamento concomitante aeróbio e força altera o padrão de recrutamento de unidades motoras relacionadas à contração máxima voluntária É possível que esta interferência prejudique o desenvolvimento da força afetando a capacidade do sistema neuromuscular de se adaptar na organização dos padrões de recrutamento das unidades motoras associadas ao treinamento de força isoladamente 30 O menor ganho de força em exercícios de supino e agachamento no treinamento concomitante 19 e 12 respectivamente comparado ao treinamento de força isoladamente 24 e 23 respectivamente foi verificado por Dolezal e Potteiger 12 1998 Além disso foi observada hipertrofia tanto nas fibras de contração rápida quanto nas lentas no protocolo de treinamento de força e hipertrofia Em outro estudo 27 o grupo que treinou força isoladamente aumentou significativamente a hipertrofia nas fibras tipo I e II comparado com o grupo que realizou o treinamento concomitante Neste mesmo estudo foi observado um decréscimo na área transversa de todos os tipos de fibras musculares no grupo que realizou o treinamento de endurance isoladamente Relação anabolismocatabolismo Os exercícios de força aumentam a concentração de testosterona o mesmo não ocorre com o cortisol 47 É importante lembrar também que o horário de treinamento pode influenciar o anabolismo muscular Nindl et al 40 2001 observaram uma menor concentração de testosterona em indivíduos que realizaram o treinamento de força no período final da tarde Tal fato foi acompanhado por uma maior concentração de cortisol confirmando a secreção pulsátil e variável destes hormônios durante o dia O treinamento concomitante pode alterar o balanço hormonal de anabólico para catabólico reduzindo a hipertrofia muscular e conseqüentemente os ganhos de força 30 O cortisol é um hormônio catabólico seus efeitos negativos para a massa muscular seriam uma combinação dos efeitos da degradação de proteínas e uma inibição da síntese protéica 11 O treinamento de força modifica a relação testosteronacortisol em favor do anabolismo 44 O treinamento de força aumentaria as concentrações plasmáticas de testosterona durante o treinamento concomitante Entretanto o treinamento de endurance elevaria as concentrações de cortisol inibindo a hipertrofia muscular Se considerarmos o fato de que o aumento da degradação protéica pode deteriorar as proteínas contráteis musculares a síntese elevada do cortisol estaria acompanhada de aumento da atrofia muscular e diminuição da força prejudicando tanto o rendimento esportivo e até uma simples hipertrofia muscular estética O aumento na concentração de cortisol bem como o menor ganho de força apresentado em indivíduos que realizaram o treinamento concomitante quando comparado com o treinamento de força isolado foi verificado por Bell et al 5 1997 22 R bras Ci e Mov 2005 131 1728 Efeitos do treinamento concomitante hipertrofia e endurance no músculo esquelético Durante o exercício físico intenso e de longa duração a concentração plasmática de cortisol aumenta diminuindo a produção de testosterona Concluindose que quanto maior a duração do exercício maior o risco de degradação de proteínas Isso pode ocorrer nos exercícios de força onde uma única sessão com alto volume de treinamento pode elevar a concentração de cortisol 40 Uma sessão de treinamento concomitante pode antecipar a produção sérica do cortisol segundo Kraemer et al 27 1995 levando assim à maior proporção deste hormônio em relação à testosterona causando prejuízos tanto no treinamento de força como no de endurance Esse aumento e antecipação da produção de cortisol foi considerado como sendo uma resposta ao exercício de endurance com intensidade progressiva Essa resposta seria aguda podendo chegar a crônica em resposta ao treinamento concomitante Em um estudo realizado por Kraemer et al 25 1999 foram observadas concentrações menores dos principais hormônios anabólicos em indivíduos com idade média de 62 anos comparados com indivíduos de 30 anos de idade quando realizaram exercícios de força A testosterona é considerada o principal hormônio anabolizante nos homens e sua concentração é menor nas mulheres Entretanto os valores de hormônio do crescimento GH encontrados nas mulheres são maiores do que em homens assim como os efeitos induzidos pelo exercício resistido Dessa forma é sugerido que o GH é o mais potente hormônio anabólico nas mulheres 11 Hakkinen et al 21 2001 observaram aumento significante na concentração de GH em mulheres com idade média de 64 anos Esse grupo apresentou ganhos de força acompanhados de aumento considerável na área transversa das fibras tipo I IIa e IIb A hipertrofia observada nas mulheres está relacionada às somatomedinas que são potentes hormônios anabólicos e sua secreção é estimulada pela alta concentração de GH Entretanto este ambiente anabólico para as mulheres estaria condicionado às concentrações pulsáteis diárias bem como às variações do ciclo menstrual sugerindo a necessidade de estudos mais detalhados 26 39 44 Outro fator importante é o fato de que a maioria dos protocolos de treinamento são idênticos para os homens e mulheres não respeitando assim as alterações hormonais das mulheres durante o ciclo menstrual 18 Acreditamos que a elaboração de um protocolo de treinamento adequado que respeite as alterações hormonais durante o ciclo menstrual poderia minimizar a proteólise bem como favorecer a hipertrofia muscular nas mulheres Mecanismos de fadiga Overtraining O overtraining pode ser definido como um fator fisiológico eou psicológico que causaria estagnação ou até mesmo decréscimo na performance de uma determinada atividade 14 Um volume maior de treinamento como é o caso do treinamento concomitante pode resultar em overtraining comparado com as duas modalidades praticadas separadamente É sugerido que este excesso de treinamento diminui os ganhos de força muscular 30 Em um estudo realizado durante 10 semanas Dudley e Fleck 14 1987 observaram os ganhos de força muscular no exercício de agachamento comparando o treinamento concomitante ao treinamento de força Foi observado menor aumento no ganho de força do grupo concomitante a partir da 4ª semana de treinamento e uma queda significante a partir da 7ª semana Os autores atribuem ao overtraining esta queda na performance visto que o volume de treinamento do grupo concomitante era maior do que naquele que treinou força isoladamente No treinamento de força isolado recomendase aumento de apenas 25 a 5 na progressão da carga prescrita Aumentos superiores a este percentual podem resultar em overtraining 17 McCarthy et al 36 2002 argumentaram que um possível mecanismo para ocorrência de overtraining seria uma depleção crônica de glicogênio tornando menor o ganho de força com o treinamento concomitante A fadiga neuromuscular pode ser definida como qualquer redução na capacidade de exercer a força máxima voluntária induzida por qualquer tipo de exercício 29 23 R bras Ci e Mov 2005 131 1728 RN Benda et al A fadiga acumulada resultante do componente de endurance no treinamento concomitante comprometeria a habilidade do músculo em exercer tensão adequada durante o treinamento de força Tal fadiga seria responsável pela alteração na propagação de um potencial de ação adequado ao longo do nervo motor e fibras musculares 8 Aparentemente o acúmulo de potássio e amônia resultado da fadiga alteraria os gradientes de concentração na bomba de sódio e potássio causando prejuízos na excitabilidade das fibras musculares 29 A interferência nos ganhos de força observada durante o treinamento concomitante realizado em dias alternados sugere que a fadiga residual atrapalharia a recuperação muscular tornandoa incompleta mesmo após 25 horas Outra possível causa dessa fadiga seria o acúmulo de metabólitos fosfato inorgânico lactato e amônia e a depleção de ATP creatina fosfato e glicogênio muscular É sugerido que a queda no pH muscular é a principal causa de fadiga em exercícios de curta duração 30 Depleção de Glicogênio e Cálcio O glicogênio muscular é uma fonte energética importante durante os exercícios de endurance Exercícios de endurance prolongados depletam o glicogênio muscular prejudicando dessa maneira a performance do treinamento de força 30 Outro fator importante relacionado à fadiga muscular é a depleção de cálcio do retículo sarcoplasmático Este é uma estrutura que regula a concentração de cálcio livre dentro da célula muscular 16 Existe uma relação entre a depleção de glicogênio e a depleção de cálcio do retículo sarcoplasmático 28 O cálcio tem um papel importante na liberação do sítio ativo das pontes cruzadas actinamiosina durante a contração muscular Os íons cálcio são transportados de volta ao líquido endoplasmático após a contração muscular entretanto o exercício aeróbio causaria depleção do conteúdo de cálcio do retículo sarcoplasmático Dessa forma não haveria cálcio suficiente para recrutar um número maior de unidades motoras prejudicando o treinamento de força e a hipertrofia muscular 29 46 Os efeitos crônicos do treinamento não demonstram prevenção tampouco melhoria na depleção de cálcio do retículo sarcoplasmático causada pela fadiga 32 Sistema de calpaínas Em ratos a depleção de glicogênio poderia resultar na incapacidade de reabsorção do cálcio pelo retículo sarcoplasmático 28 Tal fato estaria relacionado à incapacidade das bombas de cálcio funcionarem corretamente devido ao esgotamento das reservas locais de ATP 28 Este cálcio não reabsorvido permaneceria livre na célula ativando o sistema proteolítico de calpaínas O sistema de calpaínas é composto por três moléculas Duas delas a m calpaína e a µcalpaína são proteases cálcio dependentes Uma terceira molécula a calpastatina é responsável por inibir o sistema proteolítico No músculo esquelético a calpaína situase principalmente nas linhas Z e I dos sarcômeros Estimase que todas as linhas Z e I dos sarcômeros de uma fibra muscular estariam destruídas em menos de cinco minutos se toda a calpaína estivesse ativa 19 A ação da calpaína nas linhas Z e I dos sarcômeros se dá pelo fato desse sistema proteolítico preferir as proteínas miofibrilares associadas nestas linhas como fonte de energia Apesar deste sistema proteolítico não ser diretamente responsável pela degradação das miofibrilas actina e miosina acreditase que o processo de degradação protéica tenha como início a ação da calpaína na desestruturação da linha Z dos sarcômeros 45 Modalidades de treinamento As modalidades de treinamento de endurance parecem interferir de maneiras diferentes no treinamento concomitante Tabela 1 Hipertrofia e Endurance Os estudos que incorporaram a corrida como modalidade de endurance no treinamento concomitante demonstraram uma inibição no desenvolvimento da força e massa muscular 30 24 R bras Ci e Mov 2005 131 1728 Efeitos do treinamento concomitante hipertrofia e endurance no músculo esquelético Na revisão de literatura realizada por Leveritt et al 30 1999 foram observados aumentos similares na força e na hipertrofia no treinamento isolado de força e no concomitante Porém nesse protocolo de treinamento foi realizada apenas uma sessão concomitante por semana sendo que neste estudo houve aumento das fibras do tipo I e II no treinamento de força isolado enquanto que o grupo do treinamento concomitante apresentou aumento significativo apenas nas fibras tipo II Hunter et al 24 1987 observaram a influência negativa do treinamento de endurance nos exercícios de supino agachamento impulsão vertical e no VO2 máx utilizando a corrida como modalidade de endurance A única variável que resultou em aumento significativo com a corrida foi o VO2 máx A inibição nos ganhos de força muscular foi observada por outros pesquisadores 12 23 27 Em um estudo realizado com atletas de endurance Paavolainen et al 41 1999 observaram uma melhora na performance em provas de 5 km após adicionarem ao treinamento de endurance sessões de treinamentos de potência força sprint e pliometria Os autores acreditam que esta melhora se deve ao fato de que os treinos de potência resultam em adaptações neuromusculares mais significativas do que as do treino de endurance isolado Houve melhor solicitação e recrutamento das fibras musculares bem como aumento nos impulsos excitatórios em relação aos inibitórios promovendo assim aumento na performance durante a corrida sem que fosse apresentada qualquer adaptação em relação à hipertrofia limitando esse aumento às adaptações neurais Millet et al 37 2002 observaram economia do esforço da corrida quando foi adicionado ao treinamento dos triatletas analisados um protocolo de treinamento de força VO2máx força máxima e hopping power saltos verticais sucessivos melhoraram com esta última metodologia Neste estudo foi possível verificar que os atletas que incluíram o treinamento de força em sua rotina conseguiam reduzir o gasto de energia tinham maior enrijecimento da massa muscular dos membros inferiores além de maximizar o processo de contração da musculatura diretamente solicitada durante a corrida melhorando assim a performance TTTTTabela 1 abela 1 abela 1 abela 1 abela 1 Interferência no processo de hipertrofia Autor Treinamento de Força Treinamento Aeróbio Resultados Hunter et al 24 6 exercícios Corrida P 3 x 7 10 RM 20 40 minutos 4 x semana 75 FC máx Sale et al 42 Leg Press Cicloergômetro SP 6 x 15 20 RM 5 x 3 minutos 3 x semana 90 100 VO2 máx McCarthy et al 35 8 exercícios Cicloergômetro SP 4 x 5 7 RM 50 minutos 3 x semana 70 FC máx Kraemer et al 27 12 exercícios Corrida P 2 3 x 10 RM 40 minutos 2 x semana 80 85 VO2 máx Dolezal Potteiger 12 14 exercícios Corrida P PIR 12 10 8 RM 25 40 minutos 3 x semana 65 85 FC máx McCarthy et al 36 8 exercícios Cicloergômetro SP 13 x 5 7 RM 50 minutos 3 x semana 70 FC máx RM repetições máximas VO2 máx consumo máximo de oxigênio PIR pirâmide FC máx frequência cardíaca máxima P prejuízo SP sem prejuízo 25 R bras Ci e Mov 2005 131 1728 RN Benda et al Donelly et al 13 1993 demonstraram que um programa de treinamento para perda de peso que utilizava o treinamento aeróbio aliado à restrição calórica severa reduziu mais o percentual de massa magra que a restrição calórica sozinha comprovando o efeito negativo da atividade aeróbia na manutenção e até mesmo no ganho de massa muscular O treinamento concomitante pode prejudicar a hipertrofia muscular Entretanto a interação forçaendurance parece não prejudicar e sim melhorar a performance de indivíduos em atividades aeróbias 31 37 41 Balabinis et al 4 2003 demonstraram que um programa de treinamento concomitante pode resultar em aumentos no VO2 máx de atletas quando comparado ao treinamento de endurance isolado 129 e 68 respectivamente Hipertrofia e Endurance Contraresistência Não há interferência no desenvolvimento muscular e na força quando o remo e o cicloergômetro são inseridos no treinamento concomitante comparado com o treinamento de força isolado 30 McCarthy et al 36 2002 realizaram um estudo onde o programa de treinamento foi realizado três vezes por semana tendo sempre um intervalo de um dia entre as sessões Hipertrofia considerável nas fibras do tipo II foi observada tanto no treinamento de força quanto no concomitante quando foi utilizado o cicloergômetro como modalidade aeróbia Tal realidade pode ter como princípio para uma possível interação o fato de que as modalidades de endurance contraresistência precisam vencer a resistência proporcionada pelos recursos utilizados como é o caso do ciclismo e o remo A prática destas modalidades poderia resultar em adaptação das fibras IIa similar à do treinamento de força Resultados similares foram obtidos em estudos anteriores 35 42 Conclusão Todos os processos metabólicos energéticos neuromusculares explanados e abordados anteriormente demonstram que treinar as duas modalidades na mesma sessão de treinamento resulta em estados de fadiga e overtraining principalmente pelo excesso de volume depleção de fontes energéticas inerentes aos dois treinamentos incapacidade de adaptação das fibras intermediarias Concluímos que tanto o treinamento aeróbio quanto o treinamento de hipertrofia são importantes para a melhoria na qualidade de vida da estética corporal na capacidade funcional do organismo entre outros benefícios Contudo há a necessidade de se elaborar programas de treinamento onde as duas modalidades sejam realizadas em dias ou períodos diferentes para que possamos otimizar os objetivos sejam eles quais forem Referências Bibliográficas 1 AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE Position Stand Progression models in resistance training for healthy adults Med Sci Sports Exerc Med Sci Sports Exerc Med Sci Sports Exerc Med Sci Sports Exerc Med Sci Sports Exerc 2002 34 2 364380 2 ANDERSEN JL SCHJERLING P and SALTIN B Muscle genes and athletic performance Sci Am Sci Am Sci Am Sci Am Sci Am 2000 2833 4855 3 BADILLO JJG e AYESTARÁN EG Fundamentos do T Fundamentos do T Fundamentos do T Fundamentos do T Fundamentos do Trrrrreinamento de Força Aplicação einamento de Força Aplicação einamento de Força Aplicação einamento de Força Aplicação einamento de Força Aplicação ao Alto Rendimento Esportivo ao Alto Rendimento Esportivo ao Alto Rendimento Esportivo ao Alto Rendimento Esportivo ao Alto Rendimento Esportivo 2 ed Porto Alegre Artmed 2001 4 BALABINIS CP PSARAKIS CH MOUKAS M VASSILIOU MP and BEHRAKIS PK Early phase changes by concurrent endurance and strength training J Strength Cond Res J Strength Cond Res J Strength Cond Res J Strength Cond Res J Strength Cond Res 2003 172 393401 5 BELL G SYROTUIK D SOCHA T MACLEAN I and QUINNEY HA Effect of strength training and concurrent strength and endurance training on strength testosterone and cortisol J Strength Cond Res J Strength Cond Res J Strength Cond Res J Strength Cond Res J Strength Cond Res 1997 111 5764 26 R bras Ci e Mov 2005 131 1728 Efeitos do treinamento concomitante hipertrofia e endurance no músculo esquelético 6 CAMPOS GER LUECKE TJ WENDEIN HK TOMA K HAGERMAN FC MURRAY TF RAGG KE RATAMESS NA KRAEMER WJ and STARON RA Muscular adaptations in response to three different resistancetraining zones specificity of repetition maximum training zones Eur Eur Eur Eur Eur J Appl Physiol J Appl Physiol J Appl Physiol J Appl Physiol J Appl Physiol 2002 88 5060 7 CHILIBECK PD SYROTUIK DG and 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