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Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício São Paulo v5 n26 p143162 MarAbr 2011 ISSN 19819900 143 Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício ISSN 19819900 versão eletrônica Periódico do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino em Fisiologia do Exercício w w w i b p e f e x c o m b r w w w r b p f e x c o m b r MODELOS DE PERIODIZAÇÃO PARA OS ESPORTES Nelson Kautzner Marques Junior1 RESUMO O objetivo da revisão é explicar alguns modelos de periodização que podem ser aplicados em vários esportes Sendo ensinado as seguintes periodizações a clássica a em blocos a de Tschiene a de cargas seletivas e a periodização tática Ainda foi proposto um novo modelo de periodização específica para o voleibol Concluise que a periodização é de extrema valia para os envolvidos no treinamento desportivo Palavraschave periodização treinamento desporto 1Graduado em Educação Física pela UNESA do RJ 1PósGraduado Lato Sensu em Fisiologia do Exercício e Avaliação Morfofuncional pela UGF do RJ 1PósGraduado Lato Sensu em Musculação e Treinamento de Força pela UGF do RJ 1PósGraduado Lato Sensu em Treinamento Desportivo pela UGF do RJ ABSTRACT Models of periodization for the sports The objective of the review is to teach same models of periodization for teacher use in more sports But the article teaches the classic periodization the block periodization the Tschiene periodization the load select periodization and tactics periodization However the article proposes a new periodization for the volleyball In conclusion the periodization is more important for the physical education of the sport training Key words periodization training sport Endereço para correspondência nkjunioruolcombr Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício São Paulo v5 n26 p143162 MarAbr 2011 ISSN 19819900 144 Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício ISSN 19819900 versão eletrônica Periódico do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino em Fisiologia do Exercício w w w i b p e f e x c o m b r w w w r b p f e x c o m b r INTRODUÇÃO A periodização é algo antigo na humanidade utilizado pelos romanos e chineses para a preparação militar Graham 2002 Os gregos também usaram a periodização para guerra mas Barbanti 2001 informa que talvez os gregos fossem um dos primeiros povos a periodizar com objetivos esportivos em especial para os Jogos Olímpicos da Antiguidade O ciclo dos gregos era composto semanalmente pelos Tetras Tubino 1993 Possuindo um dia de treino leve outro de sessão forte um terceiro dia de exercícios gerais e jogos livres e um último de trabalho moderado a intenso Villar 1987 Os soviéticos foram os principais responsáveis pela difusão da periodização na época moderna do esporte Com o intuito de mostrar a superioridade do seu sistema político deram muito atenção a esse conteúdo do treinamento Tanto que a maioria dos precursores da periodização são da antiga União Soviética Silva 2000 Mas a periodização realmente ganhou status a partir da Revolução Russa Graham 2002 em 7 de novembro de 1917 González 1986 Tendo o soviético Matveev como o pai da periodização porque através do seu modelo clássico de periodização apareceram outros modelos tradicionais e contemporâneos As idéias de Matveev foram utilizadas nos anos 50 mas perduram até os dias atuais Grunennvaldt 1999 A periodização consiste da divisão racional da temporada em períodos muitas das vezes relacionados com a adaptação fisiológica Marques Junior 2002 Antigamente na época dos precursores estes períodos conforme as estações do ano destacase Pihkala nos anos 30 da Finlândia Geralmente na primavera e verão aconteciam os treinos e as disputas enquanto que no outono e inverno os atletas faziam atividades recuperativas As idéias de Pihkala técnico de atletismo foram extremamente importantes para o esporte daquela época De Hegedus 1985 Apesar de ser antiga a estruturação da periodização pelas estações do ano alguns técnicos de voleibol na areia continuam utilizar essas idéias na elaboração da macroestrutura da temporada Contudo o grande problema da periodização atual é descobrir o modelo para a faixa etária e esporte Verkhoshanski 1996a Alguns modelos sugerem um longo período preparatório Verkhoshanski 2001a se afastando do esporte de alto rendimento da atualidade Silva e colaboradores 2000 sendo apenas útil na iniciação competitiva Então geralmente a teoria da periodização tende a se afastar da prática do esporte de alto nível Marques 1991 Isto também ocorre porque a maioria dos modelos de periodização foram formulados num sistema político socialista onde o esporte é muito controlado Marques 1995 Baseado no sistema competitivo Shepel 1998 Vozniak 1997 nas características do esporte ex intermitente de força rápida e outros Mortatti e Gomes 1998 na faixa etária e categoria esportiva ex iniciação alto nível Agostinho 1998 na relação entre esforço e recuperação Antunes Neto e Vilarta 1998 é elaborada a periodização Podendo possuir um modelo ou mais Em esportes de alto rendimento o treinamento vem ocorrendo no período competitivo Platonov 2004 O tempo para o atleta somente se dedicar ao treinamento vem ficando muito curto porque os compromissos ao longo do ano são diversos Forteza 2004 Logo a duração dos períodos recomendados pelos idealizadores de cada modelo de periodização precisam ser conforme o tipo de calendário competitivo Só funcionando com atletas iniciados no esporte Os modelos de periodização que serão ensinados nessa revisão atendem a iniciação e o alto rendimento Podendo ser aplicado em diversos desportos Apesar da tabela 1 indicar os modelos de periodização para cada esporte muitos profissionais costumam ter dificuldade de realizar essa tarefa no diaadia Sendo imprescindível o conhecimento científico do profissional Barbanti e colaboradores 2004 e também a intuição para ocorrer adequada prescrição das cargas porque Marques Junior 2001 informa que a ciência pouco respondeu sobre a periodização A tabela 1 resume as idéias sobre os modelos de periodização Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício São Paulo v5 n26 p143162 MarAbr 2011 ISSN 19819900 145 Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício ISSN 19819900 versão eletrônica Periódico do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino em Fisiologia do Exercício w w w i b p e f e x c o m b r w w w r b p f e x c o m b r Tabela 1 As periodizações indicadas para os esportes Periodização Esporte de Velocidade e Força Cíclico de Resistência Arte Desportiva Combate Jogos Coletivos Matveev I e M I e M I e M I e M I e M Bloco N N N N Tschiene N N N N Cargas Seletivas I M e N Periodização Tática I M e N Abreviatura do tipo de atleta que deve realizar determinada periodização iniciante I médio M e alto nível N Obs Arte desportiva se refere a ginástica olímpica ginástica rítmica patinação artística ou algo similar A atividade de tentativas embasadas na ciência é o melhor meio do professor acertar a periodização do seu competidor Portanto o objetivo da revisão é explicar alguns modelos de periodização que podem ser utilizados em diversos esportes 1Teoria da supercompensação A maioria das periodizações que almejam o pico da forma esportiva proporcio nam uma supercompensação ótima no atleta Este acontecimento fisiológico tem uma duração aproximada de 7 a 10 dias porque o sistema nervoso central se encontra em condições ótimas neste período Bompa 2002 O estímulo imposto pela carga de um microciclo que está inserido num mesociclo levam a supercompensação do atleta Peixoto 2001 Cada micro possui uma duração de 2 a 20 dias Forteza 2004 Sendo mais comum o microciclo de 7 a 14 dias porque está de acordo com o calendário de uma ou duas semanas Enquanto que o mesociclo tem duração mensal Para acontecer a supercompensação é necessário um alto estresse do treinamento nos substratos energéticos do organismo onde não ocorre a reposição total do que foi gasto somente parcial Barbanti 2001 Após um intervalo do treino de um ou dois dias os estoques bioquímicos são recompostos ao dobro e o desempenho atlético é otimizado Bompa 2004 Então a carga de treino influencia na supercompensação Lehmann 2001 para proporcionar adaptações fisiológicas adequadas ao competidor Bonifazi e colaboradores 2000 Um dos meios do atleta atingir o pico a supercompensação é a prescrição de dois ou três microciclos fortes Alarcon e colaboradores 1998 seguido de um micro recuperativo Vovk 1998 Após este descanso ativo eou passivo o competidor costuma obter a supercompensação ou seja o pico do desempenho atlético Mas se ocorrer um platô para evolução do competidor Ele possuir dificuldade de atingir o ápice da forma esportiva Para Pereira 1995 basta o treinador prescrever um treino de alta intensidade e o estímulo merece ser bem diferente dos anteriores ou seja uma variabilidade da carga deve ocorrer A figura 1 de Bompa 2004 ilustra a supercompensação Figura 1 Ciclo da supercompensação que levam o competidor ao pico esportivo Bompa 2004 Para o treinador se programar com relação ao pico decorrente da supercompensação Marques Junior 2005 oferece a tabela 2 a 5 e o quadro 1 para auxiliar no prognóstico dessa adaptação fisiológica Vemos a seguir Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício São Paulo v5 n26 p143162 MarAbr 2011 ISSN 19819900 146 Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício ISSN 19819900 versão eletrônica Periódico do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino em Fisiologia do Exercício w w w i b p e f e x c o m b r w w w r b p f e x c o m b r Tabela 2 Treino neuromuscular Tipo de treino neuromuscular Evolução Involução Força máxima na musculação 4 a 5 meses nos homens 7 dias a 1 mês de destreino cerca de 7 a 13 de involução Força rápida na musculação 4 a 5 meses nos homens 7 dias a 1 mês de destreino cerca de 7 a 13 de involução Salto vertical 6 cm com 6 meses de treino 1 cm a cada mês ou acontece um platô ao longo dos meses no salto da cortada 1 a 3 cm a cada mês ou acontece um platô ao longo dos meses no salto do bloqueio Reduz em 10 cm o salto vertical com 15 dias sem treino Reduz em 1 a 6 cm o salto vertical com 7 dias sem treino Multisaltos com peso agachamento balístico Aumenta significativamente a força máxima e a potência em 6 meses Diminui significativamente a força máxima e a potência em 4 meses de destreino Salto em profundidade Melhora 5 cm o salto vertical em 2 meses Força de resistência muscular localizada na musculação Diminui em 14 dias sem treino Flexibilidade Melhora em 2 a 3 meses de treino Em 1 mês de destreino piora em 100 Tabela 3 Treino metabólico Tipo de treino metabólico Evolução Involução Potência aeróbia 30 segundos de treino intervalado aumenta em 8 o VO2máx 1 mês e 21 dias o treino aeróbio aumenta em 138 o VO2máx Após o destreino em 15 dias o VO2máx retorna aos valores iniciais de treino 3 sessões por semana a 70 do VO2máx proporciona manutenção do VO2máx A partir de 21 anos acontece um decréscimo de 5 ao ano do VO2máx Em 14 dias de destreino a 1 mês o VO2máx reduz em 36 a 6 Potência anaeróbia O treino intervalado de velocidade por 3 vezes na semana durante 1 mês e 14 dias otimiza a potência anaeróbia em 10 Em 21 dias de destreino a potência anaeróbia declina em 50 Tabela 4 Valores de recuperação Treinamento Recuperação aproximada Jogo ou Competição 24 a 72 horas Técnico 6 horas Musculação de Força Máxima Dinâmica Musculação de Força Rápida Musculação de Força Rápida de Resistência Musculação de Força de Resistência Muscular Localizada 24 horas 1 dia 24 horas 48 horas 2 dias 48 horas Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício São Paulo v5 n26 p143162 MarAbr 2011 ISSN 19819900 147 Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício ISSN 19819900 versão eletrônica Periódico do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino em Fisiologia do Exercício w w w i b p e f e x c o m b r w w w r b p f e x c o m b r Salto em Profundidade de Iniciação Salto em Profundidade de Força Rápida Salto em Profundidade de Força Máxima 24 horas 48 horas 72 horas 3 dias Aeróbio 48 horas Anaeróbio Aláctico Anaeróbio Láctico 48 horas 48 horas Agilidade 6 horas Flexibilidade 24 horas Tabela 5 Melhores horários para um tipo de treino Treino Período Técnico eou Jogo Pela manhã porque o atleta está mais descansado intelectualmente e fisicamente Anaeróbio Pela manhã porque acontece menos acúmulo de lactato mesmo se o sistema predominante for a ATPCP Flexibilidade Entre 12 e 13 h por causa do maior aumento da temperatura corporal O que acarreta em maior ganho da flexibilidade Aeróbio À tarde por causa do maior aumento do VO2máx Força No fim da tarde e à noite por causa do aumento do hormônio do crescimento e da testosterona gerando ganhos de força mais significativos Quadro 1 Treino concorrente Treino Causas Força e Flexibilidade A sessão de flexibilidade interfere no treino de força se for realizada antes e no mesmo dia da sessão porque a geração de potência e resistência de força é menor Isto acontece visto que diminui a sobreposição dos filamentos de actina e miosina elas se encontram afastadas na contração muscular Proporcionando menor participação das unidades motoras Em alguns casos o trabalho de flexibilidade intensivo deteriora o exercício de força a seguir porque os órgãos tendinosos de Golgi são estimulados gerando inibição e acarreta declíneo da força Caso o treino de força seja realizado antes do de flexibilidade a fadiga do treino anterior reduz a flexibilidade Outro fator é se o treino de alongamento for intensivo as chances de lesão são grandes Força e Aeróbio Se a ênfase do treino for o trabalho de força geralmente acarreta uma redução no VO2máx talvez por causa da mudança enzimática do praticante Mas se o estímulo ao longo dos meses for mais intenso na atividade aeróbia proporciona uma redução da força porque as fibras II se alteram para I aumenta as enzimas oxidativas e a ativação da força neural é mais lenta Caso o treino aeróbio venha prescrito antes do trabalho de força o alto gasto do glicogênio muscular gera fadiga no atleta e prejudica a sessão subseqüente Mas se a sessão de força vier antes do aeróbio o desempenho do desportista não é tão prejudicado Apenas a força não será totalmente maximizada por causa do trabalho aeróbio Força e Anaeróbio O treino anaeróbio antes da sessão de força prejudica essa capacidade física na sessão por causa da fadiga Mas alguns treinadores utilizam um trabalho de força e imediatamente o anaeróbio para ocorrer transferência da força para a atividade de corrida ou seja maior recrutamento das unidades motoras Essa metodologia é bem positiva indicado por Cometti 2002 Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício São Paulo v5 n26 p143162 MarAbr 2011 ISSN 19819900 148 Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício ISSN 19819900 versão eletrônica Periódico do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino em Fisiologia do Exercício w w w i b p e f e x c o m b r w w w r b p f e x c o m b r Força e Treino Técnico ou Força e Treino de Jogo A grande demanda aeróbia proveniente da sessão com bola acarreta prejuízo na força se o atleta treinar antes ou depois da musculação eou o salto em profundidade Mas numa mesma sessão o trabalho de força e logo a seguir a prática de um fundamento é benéfico porque recruta maiores e mais quantidades de unidades motoras no gesto desportivo Aeróbio e Anaeróbio Jamais merece ser prescrita numa mesma sessão por causa da elevada fadiga que essas capacidades físicas proporcionam Geralmente o treino que fica em segundo plano é o mais prejudicado Flexibilidade e Cardiorrespiratório aeróbio eou anaeróbio A flexibilidade antes do trabalho metabólico afeta na força resultando numa atividade menos veloz e de pouca resistência de força Mas se o aeróbio for antes da flexibilidade e com alta intensidade a fadiga deteriora a flexibilidade e a atividade de alongamento precisa ser leve para não proporcionar lesão Flexibilidade e Treino Técnico ou Flexibilidade e Treino de Jogo Se praticarmos a flexibilidade antes do trabalho com bola interfere na força potência e resistência do jogador ou seja ambas declinam Isto acontece por causa de uma menor participação de unidades motoras em virtude do afastamento da actina e miosina Mas se o treino de flexibilidade for prescrito depois do trabalho com bola precisa ser leve por causa da fadiga e também as chances de contusão são mínimas Força e Treino com Bola ou Treino Metabólico e Treino com Bola Caso o trabalho físico seja muito intenso poderá prejudicar a sessão com bola em virtude da fadiga deteriorando o padrão motor do fundamento Mas se o trabalho físico for prescrito depois no treino de força sofrerá interferência proveniente da demanda aeróbia da sessão com bola ou seja a força não é maximizada totalmente Já o treino metabólico depois da sessão com bola não foi encontrado nada na literatura que informe interferência apenas a fadiga pode prejudicar a segunda sessão Uma iniciativa utilizada por Cometti 2002 é a prescrição do trabalho físico junto da sessão com bola para haver transferência do trabalho condicionante para o fundamento Na Europa diversas modalidades treinam dessa maneira Portanto atingir o pico é algo complexo que requer muito estudo e feeling do treinador 2 As periodizações do treinamento Os modelos tradicionais de periodização foram importantes para a divulgação dessa disciplina do treinamento Muitos são usados até nos dias atuais Os que serão ensinados neste artigo são as periodizações do exsoviético Matveev atualmente é russo e a teoria estrutural com cargas de alta intensidade do alemão Tschiene Com a modificação do calendário esportivo e com a necessidade de estruturar uma periodização conforme as necessidades do esporte aparecem os modelos contemporâneos de periodização Muitos desses modelos foram baseados nas falhas e qualidades das periodizações tradicionais Entre os que serão estudados é o bloco do exsoviético Verkhoshanski atualmente é russo o modelo de cargas seletivas do brasileiro Gomes e a periodização tática idealizada pelo português Frade No Brasil os modelos mais populares são dos russos Matveev e Verkhoshanski e a partir de 2002 a periodização de Gomes começou a ser conhecida Talvez o modelo dos russos sejam mais conhecidos e utilizados porque possuem vários livros e artigos publicados no Brasil Também muitos dos professores brasileiros de renome do treinamento esportivo foram alunos desses cientistas Isto colaborou com a divulgação da teoria clássica e em blocos no Brasil Os dois modelos o esquema estrutural de alta intensidade de Tschiene Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício São Paulo v5 n26 p143162 MarAbr 2011 ISSN 19819900 149 Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício ISSN 19819900 versão eletrônica Periódico do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino em Fisiologia do Exercício w w w i b p e f e x c o m b r w w w r b p f e x c o m b r pouco foi divulgado no Brasil Existindo pouquíssimos trabalhos sobre essa periodização Enquanto que a periodização tática de Frade nem se espalhou pela Europa sendo uma teoria muito nova para o treino do esporte coletivo No Brasil as informações sobre a periodização de Frade talvez venham ser uma das primeiras sendo de grande valia para o público de professores e treinadores 21 Modelo clássico de periodização O modelo de periodização de Matveev consiste na divisão da temporada em períodos cada um com uma função e duração Matveev 1991 Estes períodos norteiam a oscilação da carga na temporada Matveev 1995 Tendo os microciclos como os responsáveis pela carga que estão inseridos em um mesociclo Zakharov 1992 Apesar de esse modelo ter sido importante para criação de novas periodizações ele vem sofrendo muitas críticas que são a Muito treino de preparação geral para adultos Marques 1989 b O treino geral só é interessante para iniciados Marques 1990 c A divisão do treinamento em físico técnico tático e outros não é tão eficaz para o atleta Monge da Silva 1988 d Treino simultâneo de diferentes capacidades físicas Gomes 2002 e Muita preocupação com o condicionamento físico Carvalhal 2001 f Longo período preparatório para o alto rendimento Martins 2003 g Recomenda a perda do condicionamento físico no período de transição ao invés de indicar uma manutenção do mesmo para o atleta evoluir h Os nomes dos microciclos e dos mesociclos são complicados confundido o treinador no momento de elaborar a periodização Logo estes questionamentos podem ser úteis para uma reformulação dessa periodização Rassier e Natali 1993 Embora mesmo com tantas críticas ainda continua sendo eficaz com iniciados no esporte Marques 1993 A seguir serão apresentadas sugestões para atualizar esse modelo de periodização As idéias são a O período preparatório de preparação geral só será prescrito para iniciados Platonov 1997 Mas tendo algo específico para ocorrer transferência para a atividade competitiva do atleta Oliveira 2003 b Pouco haverá divisão dos tipos de treinamento geralmente ocorrerá tudo junto no campo de disputa Silva 1999 c O implemento de disputa por exemplo a bola deverá estar presente na maioria das sessões Garganta 1991 d A duração dos períodos não será longa como Matveev propõe estando de acordo com as necessidades do treinador e Os mesos e micros terão nomes mais fáceis para treinador e atleta f Todos os tipos de treino vão ter a mesma preocupação em todos os períodos g O treino simultâneo de diversas capacidades físicas é interessante para a evolução global do iniciado Machado e Gomes 1999 mas para o adulto conforme o período ou a necessidade do técnico uma capacidade física é priorizada h No período de transição a preocupação será com a manutenção do estado atlético do competidor Marques Junior 2004 Com essas sugestões os períodos tendem funcionar da seguinte maneira a Período preparatório de preparação geral É dada a mesma atenção para todos os tipos de treino para o iniciado no esporte A única diferença da etapa geral para especial é que possui atividades gerais com maior número b Período preparatório de preparação especial Para o atleta adulto este é o primeiro período e a quantidade de treinos geral é mínima ou inexistente Podendo só aparecer na sessão recuperativa Silva e Martins 1999 Para o iniciado continua o mesmo trabalho do período anterior mas a ênfase é na atividade especial e competitiva Enquanto que o treino geral continua para ocorrer um desenvolvimento harmônico do educando Gomes 1999 c Período competitivo A ênfase é a disputa mas ocorre ma Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício São Paulo v5 n26 p143162 MarAbr 2011 ISSN 19819900 150 Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício ISSN 19819900 versão eletrônica Periódico do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino em Fisiologia do Exercício w w w i b p e f e x c o m b r w w w r b p f e x c o m b r nutenção do que foi adquirido nos períodos anteriores ou seja ocorre o princípio da continuidade defendido por Silva e Martins 2002 d Período de transição A maior preocupação será a manutenção do que foi adquirido nos períodos anteriores tendo atenção em todas as capacidades físicas ou as essências para o atleta de alto rendimento Quanto aos micros e mesosciclos Nos microciclos o nome já dá para identificar a carga de treino Mas o valor de carga determinado por Matveev Gomes 1996 será de maneira subjetiva porque fica difícil do treinador mensurar 80 60 ou outro valor num treino técnico ou de jogo Os microciclos sugeridos são o fraco o médio o forte o estabilizador o pré competitivo usado próximo da disputa o competitivo nas competições e amistosos e o de teste onde ocorre a avaliação funcional Em cada mesociclo do modelo de Matveev já existe um tipo de microciclos previamente previamente estipulados Monteiro 2002 Zakharov 1992 expõe todos os mesociclos e microciclos em sua obra conforme Matveev indica Exceto o meso controle é uma adaptação do autor russo porque na periodização clássica este meso não existe Para ocorrer maior controle do treinamento indicase a realização dos testes uma vez por mês No início ou fim de cada meso Podese ler em Dantas 1995 que existem muitos mesociclos sendo algo difícil para o treinador recordar de todos Portanto os mesociclos sugeridos vão estar relacionados com a época do treinamento Eles são a Mesociclo de treino b Mesociclo competitivo c Mesociclo recuperativo Nesses mesociclos fica a critério do treinador inserir dois ou mais microciclos Os mesos não vão possuir estrutura pré determinada como Matveev estabelece Com relação o volume e a intensidade Vai começar conforme Matveev indica na sua teoria Não isto vai estar de acordo com as necessidades do treinador Logo a rigidez da periodização tende a ser abolida podendo melhorar o ato de periodizar por esse modelo Forteza 2002 A figura 2 ilustra uma periodização simples proposta por Matveev 1997 Figura 2 Desenho com as ondulações da periodização clássica Matveev 1997 22 Modelo em bloco de periodização O modelo de periodização de Verkhoshanski consiste na elaboração do macrociclo através de três blocos com predomínio no trabalho de força Verkhoshanski e Gomes 2000 porque esta teoria originalmente foi elaborada para saltadores do atletismo triplo e distância Garganta 1993 Onde exige muita força rápida Posteriormente outros esportes passaram utilizar esse modelo Gomes 1995 que foi idealizado no fim dos anos 70 e início dos 80 Os treinamentos mais utilizados nessa periodização são de força máxima força rápida força de resistência muscular localizada Moreira e Souza 2000 e força rápida de resistência Estes trabalhos ocorrem na musculação Também neste modelo são Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício São Paulo v5 n26 p143162 MarAbr 2011 ISSN 19819900 151 Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício ISSN 19819900 versão eletrônica Periódico do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino em Fisiologia do Exercício w w w i b p e f e x c o m b r w w w r b p f e x c o m b r incluídos os salto profundos para otimizar a força reativa A característica deste modelo de periodização é somente para atletas de alto rendimento aonde as cargas chegam ao extremo e para suportar esse estresse o competidor precisa ser muito experimentado Tendo o trabalho sempre apoiado na especificidade Moura e Moura 2001 O único problema deste modelo para os esportes da atualidade é a longa duração do bloco A e C O bloco A se encontra na etapa básica Verkhoshanski 2001 com cargas concentradas de força Verkhoshanski 1999 através da preparação de força especial Verkhoshanski 1993 A duração do bloco A compreende um período de 3 meses sendo subdivididas em 4 semanas para cada microbloco A1 A2 e A3 Gomes 2002 Esta duração objetiva otimizar a capacidade física específica em realizar as ações em máxima rapidez Oliveira 1999 Mas como o estresse é alto no organismo a qualidade técnica do competidor tende ser deteriorada no bloco A Brito 1997 Cometti 2001 Mesmo assim ocorrem sessões técnicas eou táticas A musculação indicada para o bloco A é a força de resistência muscular localizada FRML a força máxima FM a força rápida FR Oliveira 2003 e a força rápida de resistência FRR Uma ordem lógica não existe porque depende do estágio do atleta Mas é mais seguro começar no microbloco A1 com a FRML e FRR no A2 com FM e FR por último no A3 com FR e salto em profundidade SP O SP fica no bloco A3 porque o atleta precisa de um bom lastro de força para praticar esta atividade em virtude deste treino causar alto estresse no aparelho locomotor Verkhoshanski 1996 Caso o técnico siga fielmente a periodização em blocos em nenhum momento deve ocorrer um treino concorrente principalmente uma sessão aeróbia que interfere na força rápida O bloco B o atleta está na etapa especial onde os exercícios possuem um caráter igual ou similar a atividade competitiva Moreira e colaboradores 2004 Nesta etapa ocorrem exercícios de força eou técnico tático A duração do bloco B está por volta de dois e meio a três meses Gomes 2002 visando à maximização das capacidades competitivas Verkhoshanski 1995 A distribuição dos microblocos B pode variar entre B1 e B2 a B1 B2 e B3 Todos geralmente possuem a mesma duração O treino de musculação mais comum no bloco B é o de FR Oliveira e Silva 2001 Mas podese prescrever a FM e a sessão de SP Também o treino técnico eou tático é dado bastante atenção para permitir sucesso na competição O bloco C ocorre a supercompensação ótima decorrente de uma estruturação de sucessãointerconexão Onde o bloco A cria aumento competitivo no bloco B o B maximiza ainda mais o estágio desportivo para o bloco C Resultando no efeito de acumulação retardada do treinamento EART Forteza 2001 ou como Oliveira da UNICAMP denomina o efeito posterior duradouro do treinamento EPDT ambas nomenclaturas são a supercompensação ótima Então a sucessão de cargas do bloco A para B do B para C proporciona a supercompensação na etapa competitiva ou seja no bloco C A duração do bloco C está conforme o tempo da disputa e nele deve ocorrer a manutenção das capacidades físicas treinadas nos blocos anteriores Arruda e colaboradores 1999 Este bloco costuma ser um em cada macrociclo O treino de musculação geralmente visa a FR e o treino técnico eou tático é muito enfatizado No bloco C podese prescrever a musculação de FM e o treino de SP Oliveira e Silva 2001 Para o modelo de bloco estar adequado para os esportes de rendimento da atualidade precisa de certos ajustes como a modificação na duração dos seus blocos e ser prescrito conforme o tipo de modalidade o que foi apresentado neste artigo se enquadra melhor no atletismo de força rápida Caso o leitor não tenha compreendido em cada microbloco as cargas tendem ser máximas com alguns microblocos recuperativos mas sendo muito pouco ao longo da temporada Segundo Verkhoshanski 2001 para esportes cíclicos de força rápida a velocidade é a principal capacidade física merecendo bastante atenção em cada bloco Sendo interessante a realização de testes uma Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício São Paulo v5 n26 p143162 MarAbr 2011 ISSN 19819900 152 Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício ISSN 19819900 versão eletrônica Periódico do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino em Fisiologia do Exercício w w w i b p e f e x c o m b r w w w r b p f e x c o m b r vez por mês para o professor identificar a qualidade do treinamento em cada bloco Verkhoshanski 1995 apresenta na figura 3 uma periodização dupla em bloco Figura 3 Desenho esquemático da famosa periodização em bloco Verkhoshanski 1995 23 Modelo de periodização de treino de alto rendimento O terceiro modelo de periodização é indicado apenas para esportistas de alto rendimento Elaborado inicialmente para atletas da antiga Alemanha Oriental de modalidades de força rápida Silva 2000 Seu defensor é Tschiene que denomina o seu modelo de esquema estrutural com cargas de alta intensidade tendo sempre sessões específicas O trabalho ao longo do ano é com uma elevada carga é o micro forte porque o atleta precisa se manter bem qualificado em toda temporada Farto 2002 Nesta periodização a periodização a diferença entre volume e intensidade é apenas de 20 Silva e colaboradores 2004 e a carga mínima das sessões é de 80 Cometti 1999 Isto é prescrito no período preparatório competitivo e de transição Para o esportista agüentar essas cargas sucessivas é recomendado um intervalo profilático ativo ou passivo é o micro fraco após o micro forte e antes da competição tendo também o micro competitivo Gomes 2002 visando uma supercompensação Outro meio do competidor ter uma performance elevada ao longo da temporada no esquema estrutural de cargas de alta intensidade é a participação em muitas disputas Forteza 2001 Figura 4 Periodização para competidores de alto nível Forteza 2001 As referências citadas anteriormente não indicam a presença do mesociclo no modelo de Tschiene Mas para organizar melhor a planilha do macrociclo do ano recomendase a presença desse componente da periodização Tendo um teste por mês no Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício São Paulo v5 n26 p143162 MarAbr 2011 ISSN 19819900 153 Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício ISSN 19819900 versão eletrônica Periódico do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino em Fisiologia do Exercício w w w i b p e f e x c o m b r w w w r b p f e x c o m b r início ou fim do meso para o treinador identificar a qualidade das sessões Logo existirá um microciclo de teste O treino técnico eou tático geralmente é em alta intensidade o mesmo ocorrendo com a sessão metabólica predominando a sessão de velocidade O treino de força neste modelo de periodização é composto pela musculação de força rápida e pelos saltos profundos também podendo ocorrer sessões de força máxima e de força rápida de resistência A figura 4 ilustra o modelo de Tschiene Forteza 2001 24 Modelo de periodização para os desportos coletivos Nos esportes coletivos acontecem muitas disputas ao longo da temporada Silva e colaboradores 1999 Sendo necessário uma periodização específica para essas modalidades que permitam regularidade competitiva Garganta 1993 Por volta de 1989 na cidade do Porto em Portugal começou a ser estruturada a periodização tática nesta época ela não tinha esse nome Oliveira 1989 No mesmo ano que começou esse modelo os pesquisadores portugueses não sabem Foi uma necessidade de preparar imediatamente uma equipe de futebol e ela foi sendo criada Mas foi a partir do final dos anos 90 e início de 2000 que o modelo foi realmente estruturado começando aparecer às primeiras publicações Para diferir das demais periodizações esse modelo foi chamado de periodização tática PT O pesquisador que denominou de periodização tática não se sabe ao certo mas parece que foi Garganta da Universidade do Porto A PT foi criada para o futebol mas pode ser utilizada em outros jogos coletivos e inclusive de combate Este modelo de periodização levou o Porto de Portugal a ser campeão europeu e mundial de futebol em 2004 Um dos técnicos renomados do futebol que utiliza é José Mourinho que vem fazendo sucesso no futebol inglês O idealizador da PT foi Frade profundo conhecedor do futebol começou notar que os modelos de periodização não estavam adequados para o futebol Com esta problemática nasceu a PT A periodização de cargas seletivas CS é outro modelo nascido no futebol também sendo recomendada para outras modalidades de equipe e até de combate Atualmente as seleções brasileiras de basquetebol e voleibol vêm utilizando esse modelo Nunes 2005 Mas a periodização de CS foi divulgada a partir do título brasileiro de futebol em 2001 do Atlético Paranaense através do livro de Gomes 2002 da UEL e do próprio Atlético Este professor é o idealizador da periodização de CS Esses modelos de periodização para os esportes coletivos diferem um pouco mas ambos são eficazes para os professores usarem em qualquer equipe 241 Modelo da periodização tática A periodização tática PT é um modelo bem diferente das demais periodizações tendo o jogo como principal atividade e as sessões físicas ficam subordinadas a tática As capacidades físicas mais treinadas neste modelo são as determinantes nos jogos coletivos Martins 2003 A coordenação a velocidade a força rápida e a força reativa Sendo interessante a prescrição do treino aeróbio com bola porque permite melhor recuperação do esforço no jogo Em PT toda sessão é realizada com bola visando sempre que o esportista pense no jogo Mourinho 2005 A primeira preocupação nesta periodização é o jogo Carvalhal 2003 tendo ênfase no treino situacional e sessão de jogo O treino físico está inserido no próprio jogo A corrida já acontece na partida enquanto que o treino de musculação eou salto em profundidade o atleta faz algumas séries e vai para o trabalho com bola depois faz algumas jogadas e retorna para o treino físico tendo esta ação ininterrupta até a série terminar Geralmente esse treino ocorre na sessão situacional Objetivando transferência do treino de força para o fundamento do competidor Atividade similar ao de Cometti 2002 a única diferença que esse autor prescreve apenas um treino físicotécnico sendo um dos defensores da periodização convencional modelos que priorizam o físico ao invés da tática Cometti 2004 Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício São Paulo v5 n26 p143162 MarAbr 2011 ISSN 19819900 154 Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício ISSN 19819900 versão eletrônica Periódico do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino em Fisiologia do Exercício w w w i b p e f e x c o m b r w w w r b p f e x c o m b r As sessões em PT são sempre específicas e na soma da intensidade que é determinado o volume Oliveira 2005 Todo trabalho neste modelo é centrado no jogo e no aspecto qualitativo Sendo predominante as sessões de alta intensidade porque no jogo as ações mais importantes acontecem dessa forma ou seja o micro forte é o mais usado Martins 2003 Os microciclos utilizados na PT são o forte o médio e o fraco Oliveira 2004 Mas sugerese a inclusão do micro estabilizador do micro de teste onde ocorre a avaliação funcional e do competitivo Nesta periodização as sessões jamais são divididas em partes ocorre tudo ao mesmo tempo no jogo Mesmo na sessão recuperativa a atividade é prescrita num jogo de baixa intensidade Carvalhal 2001 podendo possuir um campo menor gol menor rede de voleibol mais baixa e outros que causem uma intensidade menor na partida O jogo ou treino situacional deverá ser num esforço moderado a fraco Em PT não existem mesociclos mas para ficar mais organizado o macrociclo indicase este componente Também os períodos são abolidos porque permite uma melhor visualização da planilha da periodização Quantos aos picos da forma esportiva em PT estas idéias são excluídas por causa que o melhor nos jogos coletivos geralmente possuem regularidade competitiva num campeonato longo Carvalhal 2001 Outro problema é que o pico dura pouco não sendo interessante esta idéia para este modelo de periodização A figura 5 ilustra como acontecem as cargas da PT num ano se possível a intensidade tende aumentar e o volume se estabiliza Figura 5 As cargas da PT Mourinho 2005 242 Modelo de cargas seletivas de periodização O modelo de periodização de cargas seletivas CS o volume pouco oscila e a intensidade costuma ser alta o ano todo Esta periodização pretende desenvolver uma capacidade física em condições ótimas não sendo necessário em valores máximos porque não é exigida dessa forma no esporte coletivo Lopes 2005 Uma das capacidades físicas em um determinado mês é dada mais ênfase podendo treinar as outras capacidades físicas Nunes 2005 Geralmente nos jogos coletivos as capacidades físicas mais treinadas são a força rápida a força reativa a velocidade e a coordenação técnico eou tático O controle da carga da periodização de CS é através do tempo de treino e quantidade de sessões de uma determinada capacidade física Gomes 2002 As fases dessa periodização são compostas pela prétemporada a competitiva e a de recuperação Gomes 2002 Cada um tendo uma duração conforme as necessidades do treinador tendo sessões sempre específicas As nomenclaturas etapas significam o mesmo que macrociclo neste modelo podendo ocorrer diversos tipos de periodização numa temporada dupla tripla e outros Como a periodização de CS visa um treinamento ótimo e não máximo das capacidades físicas fica mais difícil de Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício São Paulo v5 n26 p143162 MarAbr 2011 ISSN 19819900 155 Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício ISSN 19819900 versão eletrônica Periódico do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino em Fisiologia do Exercício w w w i b p e f e x c o m b r w w w r b p f e x c o m b r estabelecer os picos na equipe logo este modelo visa a regularidade competitiva Em periodização de CS os mesociclos não possuem nomes mas cada mês é composto por um meso Gomes 2002 O nome dos micros não são mencionados mas dá para compreender que existem os microciclos fortes fracos médios e competitivo Também é sugerido o emprego do micro estabilizador e de teste Sendo que cada avaliação no micro de teste deverá ocorrer de preferência uma vez por mês Parece que a maioria das sessões da periodização de CS acontece de forma fragmentada ex só musculação depois técnico mas alguns treinos ocorrem junto do trabalho com bola físicotécnico Mas a idéia de todas as sessões estarem centradas no jogar não ocorre este modelo se preocupa em selecionar a capacidade física de ênfase daquele mês Embora o treino com bola seja sempre um dos prioritários nesse modelo A figura 6 apresenta o desenho esquemático da periodização de CS Gomes 2002 Figura 6 Periodização dupla de CS Gomes 2002 Obs A intensidade é apresentada por performance 3 Uma periodização própria para o voleibol O voleibol é um esporte com características particulares possuindo esforço e pausa ao longo do jogo Sendo uma modalidade intermitente Iglesias 1994 e acíclica Vargas 1979 onde as ações são em poucos segundos Oliveira 1997 e em alta velocidade na via dos fosfagênios Künstlinger e colaboradores 1987 A pausa ativa ou passiva no jogo de voleibol é na via oxidativa Kalinski e colaboradores 2002 O período ativo do voleibol acontece na corrida rápida deslocamento defensivo e nos fundamentos Resende e Soares 2003 O intervalo dos esforços é a maior duração da partida de voleibol Resende 1996 Tendo o pensamento tático como um quesito importan te para o voleibolista realizar a jogada através da técnica do esporte Moutinho 1991 Na maioria das jogadas dos atletas de voleibol a força rápida é a predominante sendo uma importante capacidade física nessa modalidade Sabendo as características do voleibol fica mais fácil de fundamentar uma periodização para esse esporte Embora o calendário competitivo e os objetivos do treinador em cada etapa podem influenciar na estruturação do macrociclo A proposta desta etapa do artigo é sugerir um modelo de periodização específico para o voleibol 31 Modelo de periodização específico para o voleibol A periodização específica para o voleibol PEV nas primeiras semanas é definido o modelo de jogo mas os atletas se exercitam no treino fragmentado ex só toque porque o voleibol é muito difícil também realizam a sessão situacional e a partida Caso alguns atletas estejam muito mal fisicamente podese prescrever um treino físico fragmentado ex só corrida ou um trabalho físico que tenha a bola Neste modelo todos os tipos de treinamento são importantes porque uma Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício São Paulo v5 n26 p143162 MarAbr 2011 ISSN 19819900 156 Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício ISSN 19819900 versão eletrônica Periódico do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino em Fisiologia do Exercício w w w i b p e f e x c o m b r w w w r b p f e x c o m b r performance voleibolística depende de todos os fatores tático técnico físico e psicológico As sessões podem ser realizadas centradas no jogo inclui partidas e o treino situacional eou no treino fragmentado Fica a escolha do treinador e conforme os objetivos desse profissional O ideal que a maioria das sessões tenha a presença da bola porque é o instrumento de trabalho mais importante desse competidor Mas conforme os objetivos do professor essa regra pode ser descartada ou seja esse modelo é bem flexível A capacidade física coordenativa e os aspectos cognitivos precisam ser desenvolvidos ao máximo porque é através desses componentes que ocorrem as ações do jogo Já as capacidades físicas que são treinadas nas sessões de condicionamento físico força velocidade resistência e flexibilidade necessitam de um desenvolvimento ótimo por causa que esta é a exigência de um voleibolista para atuar bem na partida Como a preferência é que o jogador de voleibol esteja sempre com a bola neste modelo ocorrem algumas junções de treinamento quando a sessão também visar o aspecto físico A vantagem dessas sessões é que o competidor está raciocinando para o jogo e ao mesmo tempo pratica um exercício condicionante Geralmente neste treino integrado ocorre a combinação do tipo de fibra muscular O objetivo desse tipo de sessão é ocorrer a transferência do exercício condicionante para o ato motor esportivo Esta idéia é indicada por Cometti 2002 o treino europeu As atividades indicadas para o treino europeu são a 1º força para recrutar mais unidades motoras UM para atividade a seguir e depois o fundamento fragmentado ex só cortada este ciclo se repete até acabar a série b 1 força para recrutar mais UM para atividade a seguir e depois o treino situacional este ciclo se repete até a acabar a série c 1º velocidade para transferir essa rapidez para o treino a seguir e depois o fundamento fragmentado este ciclo se repete até acabar a série d 1º velocidade para transferir essa rapidez para a sessão a seguir e depois o treino situacional este ciclo se repete até acabar a série e 1º força para recrutar mais UM para atividade a seguir 2º velocidade para transferir essa rapidez para a atividade com bola e por último o treino fragmentado eou situacional Em cada atividade sugerida anteriormente o técnico deve estar preocupado com a pausa para a sessão surtir efeito Também o treinador pode prescrever primeiro força e depois velocidade sem possuir bola Em algumas etapas da periodização o professor deve optar por uma sessão fragmentada porque o treino concorrente sempre causa dano em uma capacidade física Logo este modelo de periodização oferece inúmeras oportunidades para elaborar o treino Na PEV as únicas sessões que serão sempre treinadas fragmentadas e o treino aeróbio de corrida e a sessão de flexibilidade porque prejudicam muito as outras capacidades físicas ver em supercompensação Contudo em alguns casos o voleibolista nem precisa fazer o trabalho aeróbio porque o jogo pode otimizar esse componente significativamente Esper 2001 O treino com bola fragmentado eou situacional pode ser elaborado de tal forma que vise o aspecto aeróbio O treino de jogo geralmente é praticado individualmente na PEV porque se for realizado junto de uma atividade condicionante todo momento a partida terá que ser interrompido fato que não acontece numa partida Por esse motivo é mais indicado apenas o treino de jogo Mas se o técnico quiser realizar junto o treino condicionante com o de jogo poderá fazer Neste modelo as sessões são sempre específicas não ocorrendo a preparação geral em nenhum período O trabalho geral e multilateral no jovem voleibolista é a prática em mais de uma modalidade E em todo o trabalho com o iniciado no voleibol que realiza a PEV é baseado nas fases sensíveis de treinamento Esta periodização a soma das intensidades é o volume de treino A intensidade que comanda a carga de treino Geralmente a intensidade dessa periodização é alta mas se as capacidades físicas do Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício São Paulo v5 n26 p143162 MarAbr 2011 ISSN 19819900 157 Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício ISSN 19819900 versão eletrônica Periódico do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino em Fisiologia do Exercício w w w i b p e f e x c o m b r w w w r b p f e x c o m b r voleibolista estiverem muito deterioradas a intensidade tende ser baixa Este modelo indica uma duração do treino conforme de um jogo de voleibol e segue as recomendações de Bizzocchi 2004 mais do que 3 horas de sessão para o jogador é danoso por causa do risco de lesão A maioria das contusões do voleibolista é por overuse Bahr e Reeser 2003 então este modelo de periodização indica uma dosagem no número de saltos ao longo dos treinamentos Para ocorrer um adequado prognóstico de evolução das capacidades físicas ver em supercompensação a PEV indica os seguintes procedimentos a Quantificar o número de sessões de cada capacidade física por meso e o total b Estabelecer o valor de minutos dedicados de cada capacidade física por meso e o total c Somar o número de dias não treinados por meso e o total Outra preocupação desse modelo de periodização é com as estações do ano pelos fatores destacados da para entender o motivo a Aclimatar o jogador as temperaturas extremas frio e calor b De acordo com a estrutura da equipe em certas estações do ano não se pode prescrever muitas sessões ao ar livre c A estação do ano pode influenciar no resultado de um teste físico ex no verão a flexibilidade tende ser otimizada mas no inverno é provável que ela decline Caso os jogadores e o treinador tenham disponibilidade de treinar no horário que as capacidades físicas são mais otimizadas ver em supercompensação a PEV indica este procedimento Mas como esse modelo recomenda a junção de dois tipos de treino numa mesma sessão o ideal que o treinador descubra por avaliação funcional o horário que otimiza mais duas capacidades físicas Porém o ideal que o trabalho com bola seja no horário do jogo para o atleta estar bem ambientado com o período da disputa Toda sessão na PEV é específica logo o treino recuperativo mais indicado é o jogo de voleibol de baixa intensidade ex rede menor ataques e saques mais fracos e outras porque ocorre com recrutamento das unidades motoras e solicitação metabólica similar ao da partida Este modelo é bem flexível se o professor quiser fazer outro tipo de treino força flexibilidade e aeróbio recuperativo poderá realizar Em relação ao pico da forma do atleta neste modelo o treinador pode programar para seus atletas ou preferir um treinamento que resulte regularidade competitiva dos voleibolistas Os microciclos da PEV o nome indica a carga ou informam o tipo de atividade exercitada pelos atletas Os micros são a forte b médio c fraco d estabilizador e competitivo acontece amistosos ou disputas e f de teste ocorre a avaliação funcional Esses micros possuem uma duração de 1 um dia ocorre com mais freqüência nos amistosos e testes a 20 dias fica conforme as necessidades do responsável pela sessão Os mesociclos da PEV ocorrem em cada mês para proporcionar maior organização da planilha do macrociclo Sendo que em todos os mesos acontecem testes ou seja avaliação uma vez por mês para o professor evidenciar a qualidade das sessões Os mesos não possuem nome nem uma característica que resultem num tipo de carga Simplesmente são numerados para o treinador saber a quantidade desses organizadores ao longo da temporada Este modelo possui períodos porque o técnico consegue identificar com mais facilidade as atividades realizadas naquela época Logo o macrociclo fica com melhor organização e facilita a informação Os períodos são a período de treino b período competitivo e c período recuperativo A duração desses períodos fica conforme o elaborado pelo técnico Não se pode esquecer se a jogadora de voleibol for do gênero feminino o professor deverá se preocupar com o ciclo menstrual Dantas 1995 e Zakharov 1992 ensinam em detalhes se o professor necessita dessas informações A figura 7 apresenta o novo modelo de periodização para o voleibol denominado de PEV que foi idealizado a partir de janeiro de 2006 pelo autor do artigo Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício São Paulo v5 n26 p143162 MarAbr 2011 ISSN 19819900 158 Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício ISSN 19819900 versão eletrônica Periódico do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino em Fisiologia do Exercício w w w i b p e f e x c o m b r w w w r b p f e x c o m b r Figura 7 A carga e os outros componentes período meso micro e outros da PEV Legenda dos microciclos For forte Fra fraco T teste E estabilizador M médio e C competitivo CONCLUSÃO Os modelos de periodização apresentados nesta revisão podem ser utilizados em diversos esportes Exceto a PEV sugerida pelo autor do artigo Contudo ela foi elaborada baseada em outros modelos ensinados nessa obra talvez possa ser praticada em outras modalidades Com relação à dificuldade de aprendizagem dos treinadores esperase que este trabalho venha amenizar este problema Um dos meios do técnico compreender a periodização é estudar e praticar os modelos explicados nesta revisão ou seja ele prescrever e realizar as tarefas da periodização REFERÊNCIAS 1 Agostinho PJM Preparação física dos voleibolistas no período preparatório Revista Treinamento Desportivo Vol 3 Num 1 1998 p 5560 2 Alarcon N Lamberto G Kolbermetter S Loreto F O microciclo de sobrecompensação e estresse no mesosciclo Corpoconsciência Num 2 1998 p 6976 3 Antunes Neto JMF Vilarta L Modificações morofuncionais do tecido músculoesquelético induzidas pela atividade muscular excêntrica Revista Treinamento Desportivo Vol 3 Num 2 1998 p 6274 4 Barbanti VJ Treinamento físico bases científicas São Paulo CLR Balieiro 2001 p 716 5 Barbanti VJ Tricoli V Ugrinowitsch C Relevância do conhecimento científico na prática do treinamento físico Revista 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rendimento superior A recuperação é muitíssimo mais que recuperar Braga Liminho 2001 p 13131 12 Carvalhal C Periodização tática a coerência entre o exercício de treino e o modelo de jogo adotado Lisboa FMH 2004 13 Cometti G La planification de la preparation physique Colloque international Dijon 1999 Encontrado na internet wwwu bourgognefrEXPERTISEPERFORMANCE Acessado em 6 de julho de 2004 14 Cometti G Los métodos modernos de musculación Barcelona Paidotribo 2001 p 235237 15 Cometti G La preparación física en el fútbol Barcelona Paidotribo 2002 p 6165 16 Cometti G Jaffiol T Chalopin D C Rappenau N Devillairs J Lanchais P Garapon C Bertogli R Laly A Trinh T Paizis C Etude de effets de différentes sequences de travail type intermittent Dijon CEDEX 2004 p 114 17 Dantas EHM A prática da preparação física 3ª ed Rio de Janeiro Shape 1995 p 7275 18 De Hegedus J La ciência del entrenamiento deportivo Buenos Aires Stadium 1985 p 3436 19 Esper A El entrenamiento de la potencia aeróbica en el voleibol Revista Digital de Educación Física y Deportes Vol 7 Num 43 2001 p 16 20 Forteza A Treinamento desportivo carga estrutura e planejamento São Paulo Phorte 2001 p 99123 21 Forteza A Las campanas estructurales de Forteza In SILVA FM Org Treinamento desportivo aplicações e implicações João Pessoa UFPB 2002 p 5565 22 Forteza A Treinar para ganhar São Paulo Phorte 2004 p 131166 23 Garganta J Planejamento e periodização do treino Revista Horizonte Vol 12 Num 42 1991 p 196200 24 Garganta J Programação e periodização do treino em futebol In Bento J Marques A Edits A ciência do desporto a cultura e o homem Porto Universidade do Porto 1993 p 259270 25 Gomes AC Sistema de estruturação do ciclo anual de treinamento Revista da APEF Londrina Vol 10 Num 18 1995 p 7784 26 Gomes AC Controle do treino Revista Treinamento Desportivo Vol 1 Num 1 1996 p 100103 27 Gomes AC Treinamento desportivo princípios meios e métodos Londrina Treinamento Desportivo 1999 p 1718 28 Gomes AC Treinamento desportivo 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Provas de velocidade no atletismo Revista Treinamento Desportivo Vol 3 Num 1 1998 p 5254 79 Tubino MJG Metodologia científica do treinamento desportivo 11ª ed São Paulo Ibrasa 1993 p 140 e 141 80 Vargas R Análisis de voleibol dede un punto de vista físico Stadium Vol 13 Num 74 1979 p 3941 81 Verkhoshanski YV Preparação de força especial nos desportos Revista da APEF Londrina Vol 7 Num 14 1993 p 2429 82 Verkhoshanski YV Preparação de força especial Rio de Janeiro Grupo Palestra Sport 1995 p 103125 83 Verkhoshanski YV Problemas atuais da metodologia do treino desportivo Revista Treinamento Desportivo Vol 1 Num 1 1996a p 3343 84 Verkhoshanski YV Força treinamento da potência muscular Londrina CID 1996 p 1 198 85 Verkhoshanski YV Principles for a rational organization of the training process aimed at speed development Revista Treinamento Desportivo Vol 4 Num 1 1999 p 37 86 Verkhoshanski YV Para uma teoria e metodologia científica do treinamento esportivo Revista Digital de Educación Física 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