·
Ciências Econômicas ·
Administração Financeira
· 2024/1
Envie sua pergunta para a IA e receba a resposta na hora
Recomendado para você
42
Slide - Análise Econômico-financeira Pt3 - 2024-1
Administração Financeira
USP
3
Atividade 3 - Administração Financeira - 2024-1
Administração Financeira
USP
24
Slide - Gestão de Capital de Giro Pt2 - 2024-1
Administração Financeira
USP
1
P3 - Administração Financeira - 2021-2
Administração Financeira
USP
31
Slide - Retorno e Risoc e Capm - Administração Financeira - 2023-2
Administração Financeira
USP
18
Avaliacao de Titulos de Divida e Acoes - Obrigações Privadas e Aspectos Legais
Administração Financeira
FEEVALE
18
Avaliacao de Titulos de Divida e Acoes - Obrigações Privadas e Mercado Financeiro
Administração Financeira
FEEVALE
19
Risco e Retorno - Conceitos e Exemplos Práticos para Investimentos
Administração Financeira
FEEVALE
18
Avaliacao de Titulos de Divida e Acoes - Obrigações Privadas e Mercado Financeiro
Administração Financeira
FEEVALE
18
Avaliação de Títulos de Dívida e Ações - Obrigações Privadas
Administração Financeira
FEEVALE
Texto de pré-visualização
Administração Financeira Aula: Gestão de Capital de Giro – Parte 1. Professor: Daniel Ferreira Caixe. 1 Agenda ▪ Introdução sobre Finanças de Curto Prazo; e ▪ Modelo Dinâmico. 2 Administração Financeira de CP 3 ❖O que é Finanças Corporativas de Curto Prazo? ➢É a área que: ✓Lida com decisões financeiras relacionadas a entradas e saídas de caixa que ocorrem em até um ano; ✓Trata da gestão de ativos e passivos que compõem os grupos circulantes do Balanço Patrimonial. 4 BP de 31/12/XXXX Passivo Circulante Fornecedores Obrigações Trabalhistas Obrigações Fiscais Empr. e Finan. de CP Ativo Não Circulante Realizável a LP Investimentos Imobilizado Intangível Ativo Circulante Caixa e Equivalentes de Caixa Aplicações Financeiras Contas a Receber Estoques Tributo a Recuperar Passivo Não Circulante Empr. e Finan. de LP Outras Obrigações Patrimônio Líquido Capital Social Reservas Prejuízos (Lucros) Acumulados Objetivo das FC de CP ➢Assegurar liquidez, comprometendo minimamente a criação de valor; ✓Liquidez: - Capacidade de cumprir com suas obrigações em dia; - Condição: existência de recursos em caixa para esses pagamentos. ❖Insuficiência de caixa: - Credores: corte nos créditos e/ou aumento das despesas financeiras; - Funcionários: processos judiciais; - Governo: pagamento de juros e multas. ▪ Consequência: descontinuidade das operações da empresa. 5 Objetivo das FC de CP ▪Liquidez + Criação de Valor: - Pagamento das obrigações em dia e: ✓Diminuir minimamente a rentabilidade; e ✓Aumentar minimamente o custo de capital. 6 Liquidez X Retorno X Custo ▪ Quanto mais longo o prazo de um investimento: ➢Maior o risco e, consequentemente, maior o retorno exigido. (1) Aplicação: - Retorno: ativos de maior maturidade são + rentáveis (bom); - Liquidez: ativos de maior maturidade demoram + para virarem $ (ruim). (2) Captação: - Custo: passivos de maior maturidade são + caros (ruim); - Liquidez: passivos de maior maturidade demoram + para serem pagos (bom). 7 Liquidez X Retorno (Aplicação) 8 Retorno dos Ativos Liquidez ↑ Liquidez → ↓ Criação de Valor Liquidez X Custo (Captação) 9 Custo dos Passivos Liquidez ↑ Liquidez → ↓ Criação de Valor O que é Capital de Giro? ➢São os ativos circulantes da empresa: ✓Convertidos em $ em até 1 ano (ou 1 ciclo operacional); ▪ Por que “capital de giro”? ➢Recursos que giram (circulam) várias vezes em determinado período; ➢Parcela do capital aplicada em seu ciclo operacional, de curto prazo, que assume diversas formas ao longo do processo produtivo e de venda. 10 Fluxo do Ativo Circulante 11 Recursos AC Caixa Estoque de materiais Estoque de produtos acabados Vendas à vista Vendas a prazo Contas a Receber Produção Gestão de Capital de Giro ▪ A área de finanças que busca responder: (I) Quanto investir em capital de giro? (II) Como financiar capital de giro? ➢As respostas de (I) e (II) devem manter um equilíbrio entre rentabilidade, custo de capital e liquidez. 12 Quanto investir em capital de giro? (a) Por um lado: ➢AC oferece retorno periódico menor do que ANC: - Excesso de investimento em giro prejudica a rentabilidade. (b) Por outro lado: ➢A falta de investimento em AC gera custos para a empresa, comprometendo sua rentabilidade (e liquidez). 13 Quanto investir em capital de giro? ➢O nível de investimento em giro deve considerar dois tipos de custo: (a) Custos de carregamento; e (b) Custos de falta. ❖O gestor financeiro deve selecionar o nível ótimo de AC: ✓Ponto que minimiza o custo total [(a) + (b)]. 14 Custos de Carregamento ➢Positivamente relacionados com nível de investimento em giro. (a.1) Custos de oportunidade: - Quanto deixou de ganhar por não investir em um ativo de longo prazo. (a.2) Custos de manutenção: - Gastos para manter o valor econômico de ativos correntes, como, por exemplo, custos com a armazenagem de estoques. 15 Custos de Falta ➢Negativamente relacionados com nível de investimento em giro. (b.1) Custos de transação (ou de pedido): - Incorridos quando se procura obter dinheiro/caixa (tarifas, tributos e juros sobre empréstimos etc.) ou repor estoques. (b.2) Custos relacionados à falta de reservas de segurança: - Recursos que deixaram de entrar na empresa, relacionados a vendas perdidas, perda de clientes importantes e interrupções na produção. 16 Nível Ótimo Ativo Circulante (R$) Custo (R$) 17 Custos Totais O AC* Custos de carregamento Custos de falta Custo Mínimo Observação ➢Há grande dificuldade na mensuração desses custos: ❖Na prática: ✓Ao invés de um ponto: - Os gestores financeiros estimam uma faixa de ótima de capital de giro. 18 Como financiar capital de giro? ➢Recursos de CP e LP podem ser usados para financiar o CG: ▪ Passivo Circulante (CP): ou ▪ Passivo Não Circulante + Patrimônio Líquido (LP). ➢Quanto maior a participação de fontes de LP: ✓Melhor tende a ser a condição de liquidez da firma; e ✓Maior tende a ser o custo do financiamento de giro. 19 Análise da Liquidez ➢Como financiar o capital de giro (liquidez + criação de valor)? ❖Modelo Dinâmico (Modelo Fleuriet): - Site: https://modelo-fleuriet.fdc.org.br/; ➢Conceitos fundamentais: ✓CCL; ✓NIG; ✓ST. 20 21 BP de 31/12/XXXX Patrimônio Líquido Ativo Circulante Balanço Patrimonial Ativo Não Circulante Passivo Circulante Passivo Não Circulante CCL ▪ Capital Circulante Líquido (Capital de Giro Líquido): ➢Volume de recursos de LP aplicado em ativos de CP; 𝐂𝐂𝐋 = (𝐏𝐍𝐂 + 𝐏𝐋) − 𝐀𝐍𝐂 𝐂𝐂𝐋 = 𝐀𝐂 − 𝐏𝐂 ✓Quanto maior for o CCL, maior tende a ser a liquidez da empresa. ✓CCL é a medida de liquidez do Modelo Tradicional de Gestão do GC. 22 Capital Circulante Líquido ▪ Três possíveis situações: (a) CCL = 0: - PNC + PL = ANC; - AC = PC; ➢“Ativos de CP são totalmente financiadas por obrigações de CP”. 23 24 BP de 31/12/XXXX Patrimônio Líquido Ativo Circulante Passivo Circulante CCL = 0 Ativo Não Circulante Passivo Não Circulante + Capital Circulante Líquido ▪ Três possíveis situações: (b) CCL > 0: - PNC + PL > ANC; - AC > PC; ➢Recursos de LP estão financiando ativos de CP - “folga financeira”. 25 26 BP de 31/12/XXXX Patrimônio Líquido Ativo Circulante Passivo Circulante CCL > 0 Ativo Não Circulante Passivo Não Circulante CCL + Capital Circulante Líquido ▪ Três possíveis situações: (c) CCL < 0: - PNC + PL < ANC; - AC < PC; ➢Obrigações de CP estão financiando ativos de LP - “aperto financeiro”. 27 28 BP de 31/12/XXXX Patrimônio Líquido Ativo Circulante Passivo Circulante CCL < 0 Ativo Não Circulante Passivo Não Circulante Obrigações de CP para ANC + Limitação do CCL ➢Não informa se os recursos de LP financiando o capital de giro: ✓São suficientes para deixar a empresa em uma boa situação de liquidez. ▪ Proposta do Modelo Dinâmico: ➢Separar ativos/passivos operacionais e financeiros; ❖Analisar conjuntamente: - CCL; - NIG; e - ST. 29 Operacionais/Cíclicos/Permanentes ➢Relacionadas de forma direta com a atividade principal (vendas); ➢Renovam-se à medida que as operações se desenvolvem. ▪ Ativo Circulante Operacional (ACO): - Caixa mínimo operacional (CMO); clientes; estoques; tributos a recuperar; adiantamento a fornecedores; despesas antecipadas etc. ▪ Passivo Circulante Operacional (PCO) (“Financiamento Espontâneo”): - Fornecedores; obrigações fiscais; obrigações trabalhistas; arrendamento mercantil (operacional) etc. 30 Financeiros/Sazonais/Erráticos ➢Determinados por variações temporárias que ocorrem nos negócios; ➢Em geral, possuem caráter financeiro. ▪ Ativo Circulante Financeiro: - Caixa e equivalentes de caixa (deduzido o CMO); aplicações financeiras de CP; depósitos judiciais; dividendos a receber; derivativos; ativos à venda ou desativados; créditos com partes relacionadas etc. ▪ Passivo Circulante Financeiro: - Empréstimos e financiamentos de CP; dividendos e juros sobre o capital próprio a pagar; débitos com partes relacionadas etc. 31 32 BP de 31/12/XXXX PNC + PL ACF Modelo Dinâmico PCF ACO ANC PCO Fontes Permanentes (Estáveis) Investimentos Permanentes (Estáveis) Métricas do Modelo Dinâmico ❖Necessidade de Investimento em Giro (NIG): ➢Volume de recursos: ✓Não operacionais (LP e CP; próprios e de terceiros: PCF + PNC + PL); ✓Necessário para financiar os ativos circulantes operacionais; - “Déficit de financiamento espontâneo” (quanto maior pior p/liquidez). 𝐍𝐈𝐆 = 𝐀𝐂𝐎 − 𝐏𝐂𝐎 33 Pergunta Importante ❖Em termos de liquidez, é preferível financiar a NIG com recursos de curto prazo (CP) ou longo prazo (LP)? ➢De LP (PNC + PL): ✓Os ativos operacionais têm caráter permanente: - Devo usar fontes permanentes para abastecer ACO. ▪ Resultado: posso usar ACO para quitar as obrigações de LP (↑ liquidez). 34 NTFP (Modelo Dinâmico) ❖Necessidade Total de Financiamento Permanente (NTFP): ➢Volume de recursos de longo prazo necessário: ✓Para garantir o mínimo de liquidez. 𝐍𝐓𝐅𝐏 = 𝐀𝐍𝐂 + 𝐍𝐈𝐆 Em que: ANC = Ativo Não Circulante; e NIG = Necessidade de Investimento em Giro. 35 Métricas do Modelo Dinâmico ❖Saldo em Tesouraria (ST) ou Saldo Disponível (SD): ➢Volume de recursos permanentes (PNC + PL + PCO) financiando ativos circulantes financeiros; ✓É a medida de liquidez do Modelo Dinâmico (quanto maior melhor); - Situações emergenciais: transforma-se, rapidamente, ACF em $ e este pode ser usado para pagar obrigações inesperadas (visto que ACF é abastecido por fontes permanentes). 36 Como calcular ST? ▪ Três equações para Saldo em Tesouraria: 𝐒𝐓 = 𝐏𝐍𝐂 + 𝐏𝐋 − 𝐍𝐓𝐅𝐏 𝐒𝐓 = 𝐂𝐂𝐋 − 𝐍𝐈𝐆 𝐒𝐓 = 𝐀𝐂𝐅 − 𝐏𝐂𝐅 37 Saldo em Tesouraria ▪ Três possíveis situações: (a) ST = 0 (CCL = NIG): ➢ACO é totalmente financiado por fontes permanentes (PCO + PNC + PL); e ➢O déficit de financiamento espontâneo (NIG) é 100% financiado por recursos de LP. (b) ST > 0 (CCL > NIG): ➢Fontes permanentes (PCO + PNC + PL) financiam 100% do ACO e parte do ACF (folga financeira). (c) ST < 0 (ACF < PCF): ➢Fontes de CP sazonais (PCF) financiam parte dos investimentos permanentes (ACO/ANC) (aperto financeiro). 38 Exercício de Fixação I Avalie a situação de liquidez das três empresas a seguir a partir de informações dos seus balanços patrimoniais: (a) Empresa X: - ACF = R$ 30 milhões; - ACO = R$ 40 milhões; - ANC = R$ 80 milhões; - PCF = R$ 20 milhões; - PCO = R$ 30 milhões; e - PNC + PL = R$ 100 milhões. 39 Exercício de Fixação I (b) Empresa Y: - ACF = R$ 30 milhões; - ACO = R$ 40 milhões; - ANC = R$ 80 milhões; - PCF = R$ 35 milhões; - PCO = R$ 30 milhões; e - PNC + PL = R$ 85 milhões. 40 Exercício de Fixação I (c) Empresa Z: - ACF = R$ 30 milhões; - ACO = R$ 40 milhões; - ANC = R$ 80 milhões; - PCF = R$ 20 milhões; - PCO = R$ 60 milhões; e - PNC + PL = R$ 70 milhões. 41 Empresa X 𝐂𝐂𝐋 = 𝐏𝐍𝐂 + 𝐏𝐋 − 𝐀𝐍𝐂 = 𝟏𝟎𝟎 − 𝟖𝟎 = 𝐑$ 𝟐𝟎 𝐦𝐢𝐥𝐡õ𝐞𝐬 𝐍𝐈𝐆 = 𝐀𝐂𝐎 − 𝐏𝐂𝐎 = 𝟒𝟎 − 𝟑𝟎 = 𝐑$ 𝟏𝟎 𝐦𝐢𝐥𝐡õ𝐞𝐬 𝐒𝐓 = 𝐂𝐂𝐋 − 𝐍𝐈𝐆 = 𝟐𝟎 − 𝟏𝟎 = 𝐑$ 𝟏𝟎 𝐦𝐢𝐥𝐡õ𝐞𝐬 ✓Situação: Sólida. Embora o ACO não seja totalmente financiado pelo PCO (NIG positiva), o déficit de financiamento espontâneo é 100% abastecido por fontes de LP e ainda sobram recursos de LP para financiar o ACF (ST > 0), proporcionado folga financeira. 42 Empresa Y 𝐂𝐂𝐋 = 𝐏𝐍𝐂 + 𝐏𝐋 − 𝐀𝐍𝐂 = 𝟖𝟓 − 𝟖𝟎 = 𝐑$ 𝟓 𝐦𝐢𝐥𝐡õ𝐞𝐬 𝐍𝐈𝐆 = 𝐀𝐂𝐎 − 𝐏𝐂𝐎 = 𝟒𝟎 − 𝟑𝟎 = 𝐑$ 𝟏𝟎 𝐦𝐢𝐥𝐡õ𝐞𝐬 𝐒𝐓 = 𝐂𝐂𝐋 − 𝐍𝐈𝐆 = 𝟓 − 𝟏𝟎 = 𝐑$ − 𝟓 𝐦𝐢𝐥𝐡õ𝐞𝐬 ✓Situação: Insatisfatória. O ACO não é totalmente financiado por PCO (NIG positiva) e fontes de CP sazonais (PCF) financiam parte do ACO (ST < 0), resultando em aperto financeiro. Em outras palavras, o CCL não é suficiente para cobrir todo o déficit de financiamento espontâneo (NIG). 43 Empresa Z 𝐂𝐂𝐋 = 𝐏𝐍𝐂 + 𝐏𝐋 − 𝐀𝐍𝐂 = 𝟕𝟎 − 𝟖𝟎 = 𝐑$ − 𝟏𝟎 𝐦𝐢𝐥𝐡õ𝐞𝐬 𝐍𝐈𝐆 = 𝐀𝐂𝐎 − 𝐏𝐂𝐎 = 𝟒𝟎 − 𝟔𝟎 = 𝐑$ − 𝟐𝟎 𝐦𝐢𝐥𝐡õ𝐞𝐬 𝐒𝐓 = 𝐂𝐂𝐋 − 𝐍𝐈𝐆 = −𝟏𝟎 − (−𝟐𝟎) = 𝐑$ 𝟏𝟎 𝐦𝐢𝐥𝐡õ𝐞𝐬 ✓Situação: Arriscada. Não há fontes de LP financiando capital de giro. Mais especificamente, há obrigações de CP financiando ativos de LP (CCL < 0). Todavia, o PCO (fonte estável) financia 100% do ACO e parte do ACF (ST > 0) e do ANC. O risco decorre de uma eventual queda nas vendas, que provocasse uma redução no PCO maior do que a diminuição no ACO. Consequentemente, ST poderia tornar-se negativo. 44 Situações de Liquidez 45 Situação CCL NIG ST Excelente CCL > 0 NIG < 0 ST > 0 Não há DFE e parte do ACF é financiado por fontes permanentes. Sólida CCL > 0 NIG > 0 ST > 0 Há DFE, mas é 100% coberto por fontes de LP, que também financiam parte do ACF. Arriscada CCL < 0 NIG < 0 ST > 0 Não há DFE, mas o ACF é 100% financiado por fontes de CP e parte ANC é financiado por PCO. DFE = Déficit de financiamento espontâneo; Fontes permanentes = PCO + PNC + PL; Fontes de LP = PNC + PL; Fontes de CP = PCO + PCF. Situações de Liquidez 46 Situação CCL NIG ST Insatisfatória CCL > 0 NIG > 0 ST < 0 Há DFE, que é financiado por fontes de LP e PCF. Ruim CCL < 0 NIG < 0 ST < 0 Não há DFE, mas o ACF é 100% financiado pelo PCF, o qual também financia parte do ANC. Péssima CCL < 0 NIG > 0 ST < 0 Há DFE, que é financiado somente por PCF, o qual financia 100% do ACF e parte do ANC. DFE = Déficit de financiamento espontâneo; Fontes permanentes = PCO + PNC + PL; Fontes de LP = PNC + PL; Fontes de CP = PCO + PCF. Exercício de Fixação II 47 A companhia “PiseBem” é uma indústria que atua no segmento de calçados. Empregue o Modelo Dinâmico nesta empresa, usando seus balanços patrimoniais a seguir. O que aconteceu com a situação de liquidez da companhia dos últimos três exercícios? Observação: por simplicidade, assuma que o caixa mínimo operacional represente 20% da conta Caixa e Equivalente de Caixa. Exercício de Fixação II 48 BALANÇO PATRIMONIAL (em R$ mil) 31/12/2019 31/12/2020 31/12/2021 Ativo Total 5.174 6.122 6.957 Ativo Circulante 3.396 4.411 5.241 Caixa e Equivalentes de Caixa 303 436 588 Aplicações Financeiras 763 765 772 Clientes 1.445 2.199 2.709 Estoques 692 744 913 Tributos a Recuperar 190 260 253 Despesas Antecipadas 3 7 6 Ativo Não Circulante 1.778 1.711 1.716 Ativo Realizável a Longo Prazo 187 210 226 Investimentos 156 118 106 Imobilizado 918 831 860 Intangível 517 552 524 Exercício de Fixação II 49 BALANÇO PATRIMONIAL (em R$ mil) 31/12/2019 31/12/2020 31/12/2021 Passivo Total 5.174 6.122 6.957 Passivo Circulante 1.026 1.856 2.422 Obrigações Fiscais 178 195 217 Fornecedores 269 320 572 Obrigações Trabalhistas 128 227 157 Empréstimos e Financiamentos 451 1.114 1.476 Passivo Não Circulante 1.349 1.145 853 Empréstimos e Financiamentos 1.349 1.145 853 Patrimônio Líquido 2.799 3.121 3.682 Capital Social 1.740 1.884 1.943 Reservas de Capital 271 250 251 Reservas de Lucros 788 987 1.488 Referências ASSAF NETO, A.; SILVA, C. A. T. Administração do capital de giro. São Paulo: Atlas, 2012. BRAGA, R.; NOSSA, V.; MARQUES, J. A. V. C. Uma proposta para análise integrada da liquidez e da rentabilidade das empresas. Revista Contabilidade & Finanças, v. 30, Edição Especial, p. 51-64, 2004. FLEURIET, M.; ZEIDAN, R. O modelo dinâmico de gestão financeira. Rio de Janeiro: Alta Books, 2015. MARTINS, E.; DINIZ, J. A.; MIRANDA, G. J. Análise avançada das demonstrações contábeis: uma abordagem crítica. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2020. ROSS, S. A.; WESTERFIELD, R. W.; JORDAN. B. D.; LAMB, R. Administração Financeira. 10. ed. Porto Alegre: AMGH, 2015. 50
Envie sua pergunta para a IA e receba a resposta na hora
Recomendado para você
42
Slide - Análise Econômico-financeira Pt3 - 2024-1
Administração Financeira
USP
3
Atividade 3 - Administração Financeira - 2024-1
Administração Financeira
USP
24
Slide - Gestão de Capital de Giro Pt2 - 2024-1
Administração Financeira
USP
1
P3 - Administração Financeira - 2021-2
Administração Financeira
USP
31
Slide - Retorno e Risoc e Capm - Administração Financeira - 2023-2
Administração Financeira
USP
18
Avaliacao de Titulos de Divida e Acoes - Obrigações Privadas e Aspectos Legais
Administração Financeira
FEEVALE
18
Avaliacao de Titulos de Divida e Acoes - Obrigações Privadas e Mercado Financeiro
Administração Financeira
FEEVALE
19
Risco e Retorno - Conceitos e Exemplos Práticos para Investimentos
Administração Financeira
FEEVALE
18
Avaliacao de Titulos de Divida e Acoes - Obrigações Privadas e Mercado Financeiro
Administração Financeira
FEEVALE
18
Avaliação de Títulos de Dívida e Ações - Obrigações Privadas
Administração Financeira
FEEVALE
Texto de pré-visualização
Administração Financeira Aula: Gestão de Capital de Giro – Parte 1. Professor: Daniel Ferreira Caixe. 1 Agenda ▪ Introdução sobre Finanças de Curto Prazo; e ▪ Modelo Dinâmico. 2 Administração Financeira de CP 3 ❖O que é Finanças Corporativas de Curto Prazo? ➢É a área que: ✓Lida com decisões financeiras relacionadas a entradas e saídas de caixa que ocorrem em até um ano; ✓Trata da gestão de ativos e passivos que compõem os grupos circulantes do Balanço Patrimonial. 4 BP de 31/12/XXXX Passivo Circulante Fornecedores Obrigações Trabalhistas Obrigações Fiscais Empr. e Finan. de CP Ativo Não Circulante Realizável a LP Investimentos Imobilizado Intangível Ativo Circulante Caixa e Equivalentes de Caixa Aplicações Financeiras Contas a Receber Estoques Tributo a Recuperar Passivo Não Circulante Empr. e Finan. de LP Outras Obrigações Patrimônio Líquido Capital Social Reservas Prejuízos (Lucros) Acumulados Objetivo das FC de CP ➢Assegurar liquidez, comprometendo minimamente a criação de valor; ✓Liquidez: - Capacidade de cumprir com suas obrigações em dia; - Condição: existência de recursos em caixa para esses pagamentos. ❖Insuficiência de caixa: - Credores: corte nos créditos e/ou aumento das despesas financeiras; - Funcionários: processos judiciais; - Governo: pagamento de juros e multas. ▪ Consequência: descontinuidade das operações da empresa. 5 Objetivo das FC de CP ▪Liquidez + Criação de Valor: - Pagamento das obrigações em dia e: ✓Diminuir minimamente a rentabilidade; e ✓Aumentar minimamente o custo de capital. 6 Liquidez X Retorno X Custo ▪ Quanto mais longo o prazo de um investimento: ➢Maior o risco e, consequentemente, maior o retorno exigido. (1) Aplicação: - Retorno: ativos de maior maturidade são + rentáveis (bom); - Liquidez: ativos de maior maturidade demoram + para virarem $ (ruim). (2) Captação: - Custo: passivos de maior maturidade são + caros (ruim); - Liquidez: passivos de maior maturidade demoram + para serem pagos (bom). 7 Liquidez X Retorno (Aplicação) 8 Retorno dos Ativos Liquidez ↑ Liquidez → ↓ Criação de Valor Liquidez X Custo (Captação) 9 Custo dos Passivos Liquidez ↑ Liquidez → ↓ Criação de Valor O que é Capital de Giro? ➢São os ativos circulantes da empresa: ✓Convertidos em $ em até 1 ano (ou 1 ciclo operacional); ▪ Por que “capital de giro”? ➢Recursos que giram (circulam) várias vezes em determinado período; ➢Parcela do capital aplicada em seu ciclo operacional, de curto prazo, que assume diversas formas ao longo do processo produtivo e de venda. 10 Fluxo do Ativo Circulante 11 Recursos AC Caixa Estoque de materiais Estoque de produtos acabados Vendas à vista Vendas a prazo Contas a Receber Produção Gestão de Capital de Giro ▪ A área de finanças que busca responder: (I) Quanto investir em capital de giro? (II) Como financiar capital de giro? ➢As respostas de (I) e (II) devem manter um equilíbrio entre rentabilidade, custo de capital e liquidez. 12 Quanto investir em capital de giro? (a) Por um lado: ➢AC oferece retorno periódico menor do que ANC: - Excesso de investimento em giro prejudica a rentabilidade. (b) Por outro lado: ➢A falta de investimento em AC gera custos para a empresa, comprometendo sua rentabilidade (e liquidez). 13 Quanto investir em capital de giro? ➢O nível de investimento em giro deve considerar dois tipos de custo: (a) Custos de carregamento; e (b) Custos de falta. ❖O gestor financeiro deve selecionar o nível ótimo de AC: ✓Ponto que minimiza o custo total [(a) + (b)]. 14 Custos de Carregamento ➢Positivamente relacionados com nível de investimento em giro. (a.1) Custos de oportunidade: - Quanto deixou de ganhar por não investir em um ativo de longo prazo. (a.2) Custos de manutenção: - Gastos para manter o valor econômico de ativos correntes, como, por exemplo, custos com a armazenagem de estoques. 15 Custos de Falta ➢Negativamente relacionados com nível de investimento em giro. (b.1) Custos de transação (ou de pedido): - Incorridos quando se procura obter dinheiro/caixa (tarifas, tributos e juros sobre empréstimos etc.) ou repor estoques. (b.2) Custos relacionados à falta de reservas de segurança: - Recursos que deixaram de entrar na empresa, relacionados a vendas perdidas, perda de clientes importantes e interrupções na produção. 16 Nível Ótimo Ativo Circulante (R$) Custo (R$) 17 Custos Totais O AC* Custos de carregamento Custos de falta Custo Mínimo Observação ➢Há grande dificuldade na mensuração desses custos: ❖Na prática: ✓Ao invés de um ponto: - Os gestores financeiros estimam uma faixa de ótima de capital de giro. 18 Como financiar capital de giro? ➢Recursos de CP e LP podem ser usados para financiar o CG: ▪ Passivo Circulante (CP): ou ▪ Passivo Não Circulante + Patrimônio Líquido (LP). ➢Quanto maior a participação de fontes de LP: ✓Melhor tende a ser a condição de liquidez da firma; e ✓Maior tende a ser o custo do financiamento de giro. 19 Análise da Liquidez ➢Como financiar o capital de giro (liquidez + criação de valor)? ❖Modelo Dinâmico (Modelo Fleuriet): - Site: https://modelo-fleuriet.fdc.org.br/; ➢Conceitos fundamentais: ✓CCL; ✓NIG; ✓ST. 20 21 BP de 31/12/XXXX Patrimônio Líquido Ativo Circulante Balanço Patrimonial Ativo Não Circulante Passivo Circulante Passivo Não Circulante CCL ▪ Capital Circulante Líquido (Capital de Giro Líquido): ➢Volume de recursos de LP aplicado em ativos de CP; 𝐂𝐂𝐋 = (𝐏𝐍𝐂 + 𝐏𝐋) − 𝐀𝐍𝐂 𝐂𝐂𝐋 = 𝐀𝐂 − 𝐏𝐂 ✓Quanto maior for o CCL, maior tende a ser a liquidez da empresa. ✓CCL é a medida de liquidez do Modelo Tradicional de Gestão do GC. 22 Capital Circulante Líquido ▪ Três possíveis situações: (a) CCL = 0: - PNC + PL = ANC; - AC = PC; ➢“Ativos de CP são totalmente financiadas por obrigações de CP”. 23 24 BP de 31/12/XXXX Patrimônio Líquido Ativo Circulante Passivo Circulante CCL = 0 Ativo Não Circulante Passivo Não Circulante + Capital Circulante Líquido ▪ Três possíveis situações: (b) CCL > 0: - PNC + PL > ANC; - AC > PC; ➢Recursos de LP estão financiando ativos de CP - “folga financeira”. 25 26 BP de 31/12/XXXX Patrimônio Líquido Ativo Circulante Passivo Circulante CCL > 0 Ativo Não Circulante Passivo Não Circulante CCL + Capital Circulante Líquido ▪ Três possíveis situações: (c) CCL < 0: - PNC + PL < ANC; - AC < PC; ➢Obrigações de CP estão financiando ativos de LP - “aperto financeiro”. 27 28 BP de 31/12/XXXX Patrimônio Líquido Ativo Circulante Passivo Circulante CCL < 0 Ativo Não Circulante Passivo Não Circulante Obrigações de CP para ANC + Limitação do CCL ➢Não informa se os recursos de LP financiando o capital de giro: ✓São suficientes para deixar a empresa em uma boa situação de liquidez. ▪ Proposta do Modelo Dinâmico: ➢Separar ativos/passivos operacionais e financeiros; ❖Analisar conjuntamente: - CCL; - NIG; e - ST. 29 Operacionais/Cíclicos/Permanentes ➢Relacionadas de forma direta com a atividade principal (vendas); ➢Renovam-se à medida que as operações se desenvolvem. ▪ Ativo Circulante Operacional (ACO): - Caixa mínimo operacional (CMO); clientes; estoques; tributos a recuperar; adiantamento a fornecedores; despesas antecipadas etc. ▪ Passivo Circulante Operacional (PCO) (“Financiamento Espontâneo”): - Fornecedores; obrigações fiscais; obrigações trabalhistas; arrendamento mercantil (operacional) etc. 30 Financeiros/Sazonais/Erráticos ➢Determinados por variações temporárias que ocorrem nos negócios; ➢Em geral, possuem caráter financeiro. ▪ Ativo Circulante Financeiro: - Caixa e equivalentes de caixa (deduzido o CMO); aplicações financeiras de CP; depósitos judiciais; dividendos a receber; derivativos; ativos à venda ou desativados; créditos com partes relacionadas etc. ▪ Passivo Circulante Financeiro: - Empréstimos e financiamentos de CP; dividendos e juros sobre o capital próprio a pagar; débitos com partes relacionadas etc. 31 32 BP de 31/12/XXXX PNC + PL ACF Modelo Dinâmico PCF ACO ANC PCO Fontes Permanentes (Estáveis) Investimentos Permanentes (Estáveis) Métricas do Modelo Dinâmico ❖Necessidade de Investimento em Giro (NIG): ➢Volume de recursos: ✓Não operacionais (LP e CP; próprios e de terceiros: PCF + PNC + PL); ✓Necessário para financiar os ativos circulantes operacionais; - “Déficit de financiamento espontâneo” (quanto maior pior p/liquidez). 𝐍𝐈𝐆 = 𝐀𝐂𝐎 − 𝐏𝐂𝐎 33 Pergunta Importante ❖Em termos de liquidez, é preferível financiar a NIG com recursos de curto prazo (CP) ou longo prazo (LP)? ➢De LP (PNC + PL): ✓Os ativos operacionais têm caráter permanente: - Devo usar fontes permanentes para abastecer ACO. ▪ Resultado: posso usar ACO para quitar as obrigações de LP (↑ liquidez). 34 NTFP (Modelo Dinâmico) ❖Necessidade Total de Financiamento Permanente (NTFP): ➢Volume de recursos de longo prazo necessário: ✓Para garantir o mínimo de liquidez. 𝐍𝐓𝐅𝐏 = 𝐀𝐍𝐂 + 𝐍𝐈𝐆 Em que: ANC = Ativo Não Circulante; e NIG = Necessidade de Investimento em Giro. 35 Métricas do Modelo Dinâmico ❖Saldo em Tesouraria (ST) ou Saldo Disponível (SD): ➢Volume de recursos permanentes (PNC + PL + PCO) financiando ativos circulantes financeiros; ✓É a medida de liquidez do Modelo Dinâmico (quanto maior melhor); - Situações emergenciais: transforma-se, rapidamente, ACF em $ e este pode ser usado para pagar obrigações inesperadas (visto que ACF é abastecido por fontes permanentes). 36 Como calcular ST? ▪ Três equações para Saldo em Tesouraria: 𝐒𝐓 = 𝐏𝐍𝐂 + 𝐏𝐋 − 𝐍𝐓𝐅𝐏 𝐒𝐓 = 𝐂𝐂𝐋 − 𝐍𝐈𝐆 𝐒𝐓 = 𝐀𝐂𝐅 − 𝐏𝐂𝐅 37 Saldo em Tesouraria ▪ Três possíveis situações: (a) ST = 0 (CCL = NIG): ➢ACO é totalmente financiado por fontes permanentes (PCO + PNC + PL); e ➢O déficit de financiamento espontâneo (NIG) é 100% financiado por recursos de LP. (b) ST > 0 (CCL > NIG): ➢Fontes permanentes (PCO + PNC + PL) financiam 100% do ACO e parte do ACF (folga financeira). (c) ST < 0 (ACF < PCF): ➢Fontes de CP sazonais (PCF) financiam parte dos investimentos permanentes (ACO/ANC) (aperto financeiro). 38 Exercício de Fixação I Avalie a situação de liquidez das três empresas a seguir a partir de informações dos seus balanços patrimoniais: (a) Empresa X: - ACF = R$ 30 milhões; - ACO = R$ 40 milhões; - ANC = R$ 80 milhões; - PCF = R$ 20 milhões; - PCO = R$ 30 milhões; e - PNC + PL = R$ 100 milhões. 39 Exercício de Fixação I (b) Empresa Y: - ACF = R$ 30 milhões; - ACO = R$ 40 milhões; - ANC = R$ 80 milhões; - PCF = R$ 35 milhões; - PCO = R$ 30 milhões; e - PNC + PL = R$ 85 milhões. 40 Exercício de Fixação I (c) Empresa Z: - ACF = R$ 30 milhões; - ACO = R$ 40 milhões; - ANC = R$ 80 milhões; - PCF = R$ 20 milhões; - PCO = R$ 60 milhões; e - PNC + PL = R$ 70 milhões. 41 Empresa X 𝐂𝐂𝐋 = 𝐏𝐍𝐂 + 𝐏𝐋 − 𝐀𝐍𝐂 = 𝟏𝟎𝟎 − 𝟖𝟎 = 𝐑$ 𝟐𝟎 𝐦𝐢𝐥𝐡õ𝐞𝐬 𝐍𝐈𝐆 = 𝐀𝐂𝐎 − 𝐏𝐂𝐎 = 𝟒𝟎 − 𝟑𝟎 = 𝐑$ 𝟏𝟎 𝐦𝐢𝐥𝐡õ𝐞𝐬 𝐒𝐓 = 𝐂𝐂𝐋 − 𝐍𝐈𝐆 = 𝟐𝟎 − 𝟏𝟎 = 𝐑$ 𝟏𝟎 𝐦𝐢𝐥𝐡õ𝐞𝐬 ✓Situação: Sólida. Embora o ACO não seja totalmente financiado pelo PCO (NIG positiva), o déficit de financiamento espontâneo é 100% abastecido por fontes de LP e ainda sobram recursos de LP para financiar o ACF (ST > 0), proporcionado folga financeira. 42 Empresa Y 𝐂𝐂𝐋 = 𝐏𝐍𝐂 + 𝐏𝐋 − 𝐀𝐍𝐂 = 𝟖𝟓 − 𝟖𝟎 = 𝐑$ 𝟓 𝐦𝐢𝐥𝐡õ𝐞𝐬 𝐍𝐈𝐆 = 𝐀𝐂𝐎 − 𝐏𝐂𝐎 = 𝟒𝟎 − 𝟑𝟎 = 𝐑$ 𝟏𝟎 𝐦𝐢𝐥𝐡õ𝐞𝐬 𝐒𝐓 = 𝐂𝐂𝐋 − 𝐍𝐈𝐆 = 𝟓 − 𝟏𝟎 = 𝐑$ − 𝟓 𝐦𝐢𝐥𝐡õ𝐞𝐬 ✓Situação: Insatisfatória. O ACO não é totalmente financiado por PCO (NIG positiva) e fontes de CP sazonais (PCF) financiam parte do ACO (ST < 0), resultando em aperto financeiro. Em outras palavras, o CCL não é suficiente para cobrir todo o déficit de financiamento espontâneo (NIG). 43 Empresa Z 𝐂𝐂𝐋 = 𝐏𝐍𝐂 + 𝐏𝐋 − 𝐀𝐍𝐂 = 𝟕𝟎 − 𝟖𝟎 = 𝐑$ − 𝟏𝟎 𝐦𝐢𝐥𝐡õ𝐞𝐬 𝐍𝐈𝐆 = 𝐀𝐂𝐎 − 𝐏𝐂𝐎 = 𝟒𝟎 − 𝟔𝟎 = 𝐑$ − 𝟐𝟎 𝐦𝐢𝐥𝐡õ𝐞𝐬 𝐒𝐓 = 𝐂𝐂𝐋 − 𝐍𝐈𝐆 = −𝟏𝟎 − (−𝟐𝟎) = 𝐑$ 𝟏𝟎 𝐦𝐢𝐥𝐡õ𝐞𝐬 ✓Situação: Arriscada. Não há fontes de LP financiando capital de giro. Mais especificamente, há obrigações de CP financiando ativos de LP (CCL < 0). Todavia, o PCO (fonte estável) financia 100% do ACO e parte do ACF (ST > 0) e do ANC. O risco decorre de uma eventual queda nas vendas, que provocasse uma redução no PCO maior do que a diminuição no ACO. Consequentemente, ST poderia tornar-se negativo. 44 Situações de Liquidez 45 Situação CCL NIG ST Excelente CCL > 0 NIG < 0 ST > 0 Não há DFE e parte do ACF é financiado por fontes permanentes. Sólida CCL > 0 NIG > 0 ST > 0 Há DFE, mas é 100% coberto por fontes de LP, que também financiam parte do ACF. Arriscada CCL < 0 NIG < 0 ST > 0 Não há DFE, mas o ACF é 100% financiado por fontes de CP e parte ANC é financiado por PCO. DFE = Déficit de financiamento espontâneo; Fontes permanentes = PCO + PNC + PL; Fontes de LP = PNC + PL; Fontes de CP = PCO + PCF. Situações de Liquidez 46 Situação CCL NIG ST Insatisfatória CCL > 0 NIG > 0 ST < 0 Há DFE, que é financiado por fontes de LP e PCF. Ruim CCL < 0 NIG < 0 ST < 0 Não há DFE, mas o ACF é 100% financiado pelo PCF, o qual também financia parte do ANC. Péssima CCL < 0 NIG > 0 ST < 0 Há DFE, que é financiado somente por PCF, o qual financia 100% do ACF e parte do ANC. DFE = Déficit de financiamento espontâneo; Fontes permanentes = PCO + PNC + PL; Fontes de LP = PNC + PL; Fontes de CP = PCO + PCF. Exercício de Fixação II 47 A companhia “PiseBem” é uma indústria que atua no segmento de calçados. Empregue o Modelo Dinâmico nesta empresa, usando seus balanços patrimoniais a seguir. O que aconteceu com a situação de liquidez da companhia dos últimos três exercícios? Observação: por simplicidade, assuma que o caixa mínimo operacional represente 20% da conta Caixa e Equivalente de Caixa. Exercício de Fixação II 48 BALANÇO PATRIMONIAL (em R$ mil) 31/12/2019 31/12/2020 31/12/2021 Ativo Total 5.174 6.122 6.957 Ativo Circulante 3.396 4.411 5.241 Caixa e Equivalentes de Caixa 303 436 588 Aplicações Financeiras 763 765 772 Clientes 1.445 2.199 2.709 Estoques 692 744 913 Tributos a Recuperar 190 260 253 Despesas Antecipadas 3 7 6 Ativo Não Circulante 1.778 1.711 1.716 Ativo Realizável a Longo Prazo 187 210 226 Investimentos 156 118 106 Imobilizado 918 831 860 Intangível 517 552 524 Exercício de Fixação II 49 BALANÇO PATRIMONIAL (em R$ mil) 31/12/2019 31/12/2020 31/12/2021 Passivo Total 5.174 6.122 6.957 Passivo Circulante 1.026 1.856 2.422 Obrigações Fiscais 178 195 217 Fornecedores 269 320 572 Obrigações Trabalhistas 128 227 157 Empréstimos e Financiamentos 451 1.114 1.476 Passivo Não Circulante 1.349 1.145 853 Empréstimos e Financiamentos 1.349 1.145 853 Patrimônio Líquido 2.799 3.121 3.682 Capital Social 1.740 1.884 1.943 Reservas de Capital 271 250 251 Reservas de Lucros 788 987 1.488 Referências ASSAF NETO, A.; SILVA, C. A. T. Administração do capital de giro. São Paulo: Atlas, 2012. BRAGA, R.; NOSSA, V.; MARQUES, J. A. V. C. Uma proposta para análise integrada da liquidez e da rentabilidade das empresas. Revista Contabilidade & Finanças, v. 30, Edição Especial, p. 51-64, 2004. FLEURIET, M.; ZEIDAN, R. O modelo dinâmico de gestão financeira. Rio de Janeiro: Alta Books, 2015. MARTINS, E.; DINIZ, J. A.; MIRANDA, G. J. Análise avançada das demonstrações contábeis: uma abordagem crítica. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2020. ROSS, S. A.; WESTERFIELD, R. W.; JORDAN. B. D.; LAMB, R. Administração Financeira. 10. ed. Porto Alegre: AMGH, 2015. 50