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Pensamento Econômico

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Escola Clássica: DAVID RICARDO Miguel Bruno Principais contribuições do pensamento econômico de David Ricardo • Teoria do crescimento econômico • Teoria da distribuição • Teoria da renda da terra • Teoria do valor • Teoria do comércio exterior • Equivalência ricardiana Método de análise econômica • Holista ou globalista ou macroeconômico • Sistema econômico estruturado em 3 classes sociais: • Capitalistas • Proprietários de terra • Trabalhadores assalariados 3 As teorias do valor na HPE: ➢Teoria do valor-utilidade (antiga): Benthan, Say ➢Teoria do valor-trabalho comandado: Smith ➢Teoria do valor-trabalho incorporado: Ricardo ➢Teoria do valor-trabalho socialmente necessário: Marx ➢Teoria do valor-utilidade marginal: neoclássicos e marginalistas 4 O problema do valor em Smith Valor(V) ≠ Preço (P) V > P  oferta > demanda V < P  demanda > oferta V = P  demanda ≡ oferta As mercadorias possuem valor de uso (VU) e valor de troca (VT) 5 Por que coisas como a água e o ar, que possuem muito valor de uso, possuem valor de troca muito baixo ou nulo? O que determina o valor de uma mercadoria, de um bem? Teoria do valor-utilidade (antiga): Bentham, Say • O valor de troca (proporção em que uma mercadoria é trocada por outra no mercado) é função da utilidade total 𝑉𝑇 = 𝑓(UT) • Crítica de Smith, na p. 35 de A Riqueza das Nações: ✓“A palavra ‘valor’ tem dois significados: a utilidade de um objeto (valor de uso) e o poder de compra que este objeto possui em relação a outras mercadorias (valor de troca). As coisas que têm mais alto valor de uso frequentemente têm pouco ou nenhum valor de troca; vice-versa, os bens que têm o mais alto valor de troca, muitas vezes têm pouco ou nenhum valor de uso.” E Smith cita como exemplos o caso da água e do diamante 6 Teoria do valor-trabalho comandado: Smith • Cap. V – O preço real e o preço nominal das mercadorias ou o preço em trabalho e seu preço em dinheiro ✓“O valor de qualquer mercadoria para a pessoa que a possui é igual á quantidade de trabalho que essa mercadoria lhe dá condições de comprar ou comandar” ✓“Consequentemente, o trabalho é a medida real do valor de troca de todas as mercadorias” ✓“O trabalho foi o primeiro preço, o dinheiro de compra original que foi pago por todas as coisas ✓“Sempre e em toda parte valeu este princípio: é caro o que é difícil de se conseguir, ou aquilo que custa muito trabalho para adquirir, e é barato aquilo que pode ser conseguido facilmente ou com muito pouco trabalho.” ✓“Por conseguinte, somente o trabalho, pelo fato de nunca variar seu valor, constitui o padrão último e real com base no qual se pode sempre e em toda parte estimar e comparar o valor de todas as mercadorias.” ✓“O trabalho é o preço real das mercadorias; o dinheiro é apenas o preço nominal delas.” 7 ✓“Se em uma nação de caçadores abater um castor custa duas vezes mais trabalho do que abater um cervo, um castor deve ser trocado por – ou então, vale – dois cervos.” ✓“É natural que aquilo que normalmente é o produto do trabalho de dois dias ou de duas horas valha o dobro daquilo que é o produto do trabalho de um dia ou uma hora.” ✓“Se um tipo de trabalho for mais duro do que o outro, (...), nesse caso, o produto de uma hora de trabalho de um tipo frequentemente pode equivaler ao de duas horas de trabalho de outro tipo.” 8 𝑉𝑇 = 𝑓(𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜 𝑔𝑎𝑠𝑡𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑧𝑖𝑟 𝑎 𝑚𝑒𝑟𝑐𝑎𝑑𝑜𝑟𝑖𝑎)  sociedades primitivas pré-capitalistas 𝑉𝑇 = 𝑓(𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑 𝑑𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑎 𝑚𝑒𝑟𝑐𝑎𝑑𝑜𝑟𝑖𝑎 𝑝𝑜𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎𝑟 𝑜𝑢 𝑎𝑑𝑞𝑢𝑖𝑟𝑖𝑟) sociedades capitalistas Para Adam Smith Para os neoclássicos e marginalistas • O valor de troca (VT) é função da utilidade proporcionada pelo bem, porém combinada pela raridade ou escassez relativa 𝑉𝑇 = 𝑓 𝑈; 𝑒𝑠𝑐𝑎𝑠𝑠𝑒𝑧 = 𝑓(𝑈𝑀𝑔) Ou seja, trata-se da Teoria do valor-utilidade marginal 10 Teoria do valor-trabalho incorporado: Ricardo ✓“O valor de uma mercadoria, ou a quantidade de qualquer outra pela qual pode ser trocada, depende da quantidade relativa de trabalho necessário para a sua produção, e não da maior ou menor remuneração que é paga por esse trabalho.” ✓“A água e o ar são extremamente úteis; são de fato, indispensáveis à existência, embora, em circunstâncias normais, nada se possa obter em troca deles. O ouro, ao contrário, embora de pouca utilidade em comparação com o ar ou com a água, poderá ser trocado por uma grande quantidade de outros bens.” ✓“A utilidade, portanto, não é a medida do valor de troca, embora lhe seja absolutamente essencial.” 𝑉𝑇 = 𝑓(𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜 𝑛𝑒𝑐𝑒𝑠𝑠á𝑟𝑖𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑧𝑖𝑟 𝑎 𝑚𝑒𝑟𝑐𝑎𝑑𝑜𝑟𝑖𝑎) 11 ✓“Possuindo utilidade, as mercadorias derivam seu valor de troca de duas fontes: de sua escassez e da quantidade de trabalho necessária para produzi-las.” ✓“Algumas mercadorias têm seu valor determinado somente pela escassez. Nenhum trabalho pode aumentar a quantidade de tais bens (...): estátuas, quadros famosos, livros e moedas raras, vinhos de qualidade peculiar, etc.” • Mas essas mercadorias representam somente uma diminuta parte das mercadorias que são trocadas no mercado. • Ricardo reconhece que Smith está correto quando diz: ➢ “que a proporção entre as quantidades de trabalho necessárias para adquirir diferentes objetos parece ser a única circunstância capaz de oferecer alguma regra para trocá-los uns pelos outros.” 12 Teoria do valor-trabalho socialmente necessário: Marx ✓“Qual é a substância social comum a todas as mercadorias? É o trabalho. Para produzir uma mercadoria, deve-se investir nela ou a ela incorporar uma determinada quantidade de trabalho. E não simplesmente, trabalho, mas trabalho social” ✓“Os valores das mercadorias estão na razão direta do tempo de trabalho incorporado em sua produção e na razão inversa das forças produtivas do trabalho empregado” (Marx, “Salário, Preço e Lucro”) ✓“O preço não é outra coisa senão a expressão monetária do valor” ✓“Quanto maior é a força produtiva do trabalho (a produtividade), menos trabalho é investido numa dada quantidade de produtos e, portanto, menor é o valor desses produtos.” 𝑉 = 𝑓(𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜 𝑠𝑜𝑐𝑖𝑎𝑙𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑛𝑒𝑐𝑒𝑠𝑠á𝑟𝑖𝑜 à 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 𝑑𝑎 𝑚𝑒𝑟𝑐𝑎𝑑𝑜𝑟𝑖𝑎; 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒) 13 Existiria alguma relação entre a teoria do valor- trabalho na versão de Marx e a teoria do valor- utilidade marginal? • Observe que o tempo de trabalho incorporado às mercadorias varia em função da produtividade • E a produtividade tem a capacidade de reduzir a escassez relativa do bem • Consequentemente, ao admitirem que a escassez relativa atua juntamente com a utilidade na determinação do valor de troca, os neoclássicos e marginalistas, reconhecem, sem admitirem, a influência do tempo de trabalho incorporado na produção dos bens/mercadorias 14 Uma comparação entre a TVT e TVUmg 15 Teoria do valor-trabalho (TVT) Teoria do valor-utilidade marginal (TVUmg) Utilidade ou valor de uso (VU) Função da propriedades físicas e químicas do objeto Função das preferências individuais Caráter Objetivo Subjetivo Dimensões da mercadoria (bem) V = valor VT = valor de troca VU = valor de uso P = preço = forma de manifestação do VT PP = preço de produção VT = preço de mercado (PM) sem PP, análise aplicada diretamente aos PM Limitações ▪ O problema da transformação dos valores em preços de produção ▪ Se um consumidor possui Umg maior do que outro, deveria pagar um preço maior As Escolas Clássica e Marxista reconhecem ✓Preço natural e preço de mercado ✓Marx citou Smith: “o preço natural é o preço central em torno do qual gravitam constantemente os preços de mercado” ✓As oscilações dos preços de mercado dependem das variações da oferta e da procura ✓Mas a Lei da oferta e da procura não é capaz de determinar esse preço central, o valor, o nível médio em torno do qual oscilam os preços de mercado ✓Neoclássicos e marginalistas não reconhecem o preço natural porque não possuem o conceito de preço de produção 16 Valor, preço natural e preço de mercado 17 V, PN e PM Tempo 𝑉 = 𝑃𝑁 𝐷 > 𝑂 ⇒ 𝑃𝑀 > 𝑃𝑁 (𝑉) 𝑂 > 𝐷 ⇒ 𝑃𝑀 < 𝑃𝑁 (𝑉) 𝐷≡ 𝑂 ⇒ 𝑃𝑀 = 𝑃𝑁 (𝑉) V = valor PN = preço natural PM = preço de mercado O = oferta D = demanda Consequentemente, a lei da oferta e da demanda atuam na teoria do valor-trabalho, porém não determinam o preço natural A teoria da renda da terra (RT) de David Ricardo • Existem várias formulações teóricas sobre a renda da terra (dos fisiocratas, clássicos e de Marx) • Para os fisiocratas, a RT é consequência da generosidade da Natureza • A RT em Smith é uma tautologia (raciocínio circular), pois não explica suas origens: 𝑃𝑀 = 𝐿 + 𝑊 + 𝑅𝑇  𝑅𝑇 = 𝑃𝑀 − 𝐿 − 𝑊 PM = preço de mercado L = lucros W = salários • Ricardo critica a Lei dos Cereais que proibia a importação de trigo pela Inglaterra, enquanto Malthus a defendia 19 Em Ricardo 20 Teoria da Evolução Econômica (crescimento e desenvolvimento econômicos) Teoria da Distribuição Teoria da Renda da Terra Para Ricardo e os demais economistas clássicos • O problema central da Economia é explicar as leis que regulam a produção e a repartição (distribuição) do produto nacional entre as classes sociais que participam do processo produtivo • Nesse contexto, reconhecem os conflitos distributivos entre as três principais classes sociais de produção: 21 Classes sociais de produção Rendimentos Capitalistas Lucros Proprietários de terras (latifundiários) Renda da terra Trabalhadores assalariados Salários Ricardo, em Princípios de Economia Política e Tributação, argumenta: ✓“A RT é a compensação paga ao seu proprietário pelo uso, por um produtor capitalista, das forças originais e indestrutíveis da terra, que lhe permitem desenvolver a produção agrícola” ✓“O trigo não encarece por causa do pagamento da renda, mas, ao contrário, a renda é paga porque o trigo torna-se mais caro, e, como foi observado, nenhuma redução ocorreria no preço do trigo, mesmo que os proprietários de terras renunciassem à totalidade de suas rendas.” ➢Tecnicamente, toda a renda é originária dos direitos de propriedade. Um rentista é um agente econômico que recebe um rendimento simplesmente por ser proprietário de ativos (financeiros ou reais) ➢Mas o fator terra, diferentemente dos demais fatores de produção, não é reprodutível (é um produto da Natureza) ➢Ricardo então vai investigar o que determina o preço da terra 22 O preço da terra (𝑃𝑇) • O preço da terra equivale à renda capitalizada no período em que esteve arrendada pelo produtor rural capitalista • Exemplo: se a renda que um terreno proporciona for R$ 10.000,00 por ano e que o mercado financeiro paga uma taxa de juros de 5% a.a. ao investidor  𝑃𝑇 = 𝑅$ 200.000,00 • Que é o capital inicial necessário para o investidor obter os R$10.000 por ano aplicando em ativos financeiros: • A RT seria equivalente aos juros que seriam obtidos aplicando-se o capital de 200.000 (preço do terreno) em um ano no mercado financeiro 𝐽 = 200.000 ∗ 0,05 = 10.000 23 Então: 𝑃𝑇 = 𝑓(𝑅𝑇; 𝑖), onde 𝜕𝑃𝑇 𝜕𝑅𝑇>0 e 𝜕𝑃𝑇 𝜕𝑖 <0 O preço da terra é diretamente proporcional à RT e inversamente proporcional à taxa de juros i + - Argumentos de Ricardo: • Tal como Smith, considera que os salários não poderiam ficar, por muito tempo, abaixo do nível natural (de subsistência = cesta de consumo da classe trabalhadora) • Com o crescimento demográfico, terras cada vez menos férteis (produtivas) estavam sendo cultivadas para a produção de trigo e isso exigia mais trabalhadores por área de produção • Esse modelo funcional com retornos decrescentes de escala, pois o fator terra é limitado (ver páginas 103 a 106, livro HPE do S. Brue) • O salário médio real subia para manter seu nível próximo ao natural O salário natural oscila em torno do mínimo de subsistência (alimentação, habitação, educação, saúde, etc.) 26 Salário natural e salário de mercado Tempo Salário natural (wn)= F(Valor da cesta de consumo da classe trabalhadora) D > O D < O D = O wn wn' D = O Wm’ Wm Aumento do custo de vida Interpretação do modelo ricardiano de determinação da renda da terra 27 (1) Crescimento demográfico (2) Demanda por alimentos cresce (3) Cultivo de novas terras cada vez menos férteis (produtividade é decrescente) (4) Surge e cresce a renda da terra (RT) (5) Queda da taxa de lucro (r ) (6) Queda dos investimentos produtivos industriais: • Estagnação econômica • Estado estacionário O modelo matemático da RT de Ricardo Relações macroeconômicas entre a renda da terra (RT) e a taxa de lucro (r) 29 𝑟 = 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 𝐿 = 𝑌 − 𝑊 𝑟 = 𝑌 − 𝑊 𝑊 = 𝑌 − 𝜔. 𝑁 𝜔. 𝑁 𝑟 = 𝑌 − 𝜔. 𝑁 𝜔. 𝑁 mas, 𝑃𝑅𝑛 = 𝑌 𝑁  𝑌 = 𝑃𝑅𝑛.N 𝑟 = 𝑃𝑅𝑛.N − 𝜔. 𝑁 𝜔. 𝑁 Então: e  Variáveis: r = taxa de lucro Y = produto W = massa salarial 𝜔 = salário médio real N = número de trabalhadores ocupados 𝑃𝑅𝑛 = produtividade do trabalho 𝑟 = 𝑃𝑅𝑛 𝜔 − 1 Sintetizando a questão da contradição entre a “fábrica de alfinetes” e a “mão invisível” (livre concorrência) em Adam Smith Divisão do trabalho nas indústrias Ganhos de produtividade: 𝑃𝑅𝐿 = 𝑌 𝐿 ↑ Maior competitividade empresarial e redução de preços Empresas mais competitivas avançam sobre a fatia de mercado das outras Aumento da concentração do mercado e redução da concorrência Tendência à ineficiência distributiva e alocativa Oligopolização Analogia do funcionamento do livre mercado como uma “mão invisível” não se adequa Conclusão: Smith advoga as políticas do Estado em defesa da concorrência, já que o “livre mercado” tende a se degenerar em seu contrário pela própria lógica e natureza da concorrência mercantil-empresarial A teoria das vantagens comparativas (ou relativas) ✓Uma crítica à teoria das vantagens absolutas de Adam Smith ✓Ao longo da história revelou-se conveniente à Inglaterra, pioneira na revolução industrial ✓Criticada no século 19 por Friedrich List como prejudicial aos países não-industrializados ✓Criticada no século 20 pela CEPAL como geradora de obstáculos ao desenvolvimento da América Latina (deterioração dos termos de troca) ✓Superada pela teoria das vantagens competitivas dinâmicas A questão das trocas internacionais (comércio exterior) ✓Sempre presente no pensamento econômico mercantilista, depois teorizada por David Hume (1752) ✓Interpretação da equação de troca 𝑀. 𝑉 ≡ 𝑃. 𝑌no contexto de livre comércio levaria ao equilíbrio da balança comercial entre países ✓Advogava regimes de câmbio flutuantes com base no padrão-ouro ✓Mas, como Smith e Ricardo, não considerou o problema da deterioração dos termos de troca e a questão das elasticidades-renda das exportações de commodities em comparação à das exportações de produtos industriais Com livre comércio sob o padrão-ouro X >M Entrada de ouro Taxa de câmbio aprecia M>X Saída de ouro Taxa de câmbio deprecia David Hume (1752): pensou a equação de trocas no comércio internacional 𝑀. 𝑉 = 𝑃. 𝑌 Visão dominante entre os defensores do SMI sob o padrão-ouro Regimes de câmbio flutuante para o equilíbrio no comércio exterior Crítica: a questão das elasticidades-renda das X e M Adam Smith e a teoria da vantagens absolutas (VA) • Simples e intuitiva, mas mesmo assim, equivocada • Objetivo docomércio = aumento do consumo País U: tem VA na produção de X 𝒍𝒙 País W: tem VA na produção de M 𝒍𝒎 ∗ Hipóteses: a) U poderá comercializar quanto quiser aos preços determinados pela concorrência em W b) W tem VA na produção de M ➔ as necessidades de insumo para produzir M são menores do que em U ➔ tem produtividade maior em M c) Só existe 1 fator de produção escasso = força de trabalho d) Os rendimentos de escala são constantes ➔ tecnologia de produção pode ser sintetizada num único parâmetro = quantidade de trabalhadores necessária para se produzir 1 unidade de produto (1 coeficiente insumo-produto): 𝒍𝒙 e 𝑙𝑚 𝑙𝑥 = insumo de trabalho por unidade de produto X 𝑙𝑚 = insumo de trabalho por unidade de produto M • Se W tem uma VA na produção de M: 𝑙𝑚 ∗ > 𝑙𝑚 → W gasta menos trabalho do que U para produzir M • Se U tem uma VA na produção de X: 𝑙𝑥 > 𝑙𝑥∗ → U gasta menos trabalho do que W para produzir X 𝑙𝑥 = 𝐿 𝑋 → 𝑙𝑥. 𝑋 = 𝐿 𝑙𝑥 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜 1 unidade do produto X x unidade do produto X L ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜 Analogamente, ainda no país U, 𝑙𝑚 = 𝐿 𝑀 → 𝑙𝑚. 𝑀 = 𝐿 Considerando a curva de possibilidades de produção no país U 𝜃 X M 𝐿 𝑙𝑚 𝐿 𝑙𝑥 P Ponto de consumo tan 𝜃 = 𝐿 𝑙𝑚 𝐿 𝑙𝑥 = 𝐿 𝑙𝑚 . 𝑙𝑥 𝐿 = 𝑙𝑥 𝑙𝑚 𝑝𝑥 𝑝𝑚 = 𝑙𝑥 𝑙𝑚 Os preços relativos são iguais aos valores relativos mensurados pelo tempo de trabalho incorporado na produção de X e M Equilíbrio com economia aberta X M 𝐶𝐽 𝐽𝑃 = 𝑝𝑚 𝑝𝑥 Os preços relativos são iguais aos valores relativos mensurados pelo tempo de trabalho incorporado na produção de X e M C 𝐼0 𝐼1 J P 𝑝𝑥 Parte exportada de X pelo país U para pagar M produzida pelo país W Em suma, um país tem uma VA na produção de um bem X se a sua produtividade para produzir X é maior do que a de outro país.