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1.a) Existem quatro abordagens teóricas na evolução do pensamento econômico desde os fisiocratas: Abordagem Clássica: Enfatiza a importância do trabalho como fonte de valor econômico e defende o livre mercado e a livre concorrência. Abordagem Neoclássica: Enfatiza a utilidade marginal, a maximização do bem- estar individual e a análise microeconômica dos mercados. Abordagem Keynesiana: Argumenta que o governo desempenha um papel importante na estabilização da economia e no estímulo ao crescimento por meio de políticas fiscais e monetárias. Abordagem Institucionalista: Concentra-se nas instituições sociais, políticas e legais que moldam as interações econômicas. b) As escolas de pensamento econômico associadas a cada abordagem são: Abordagem Clássica: Escola Clássica (Adam Smith, David Ricardo, Thomas Malthus). Abordagem Neoclássica: Escola Neoclássica (Alfred Marshall, Leon Walras, Vilfredo Pareto). Abordagem Keynesiana: Escola Keynesiana (John Maynard Keynes, Joan Robinson). Abordagem Institucionalista: Escola Institucionalista (Thorstein Veblen, John R. Commons). 2. A escola clássica e a escola neoclássica apresentam tanto pontos de continuidade como de descontinuidade em suas teorias econômicas. Vejamos uma lista desses pontos e exemplos para representar a continuidade e a descontinuidade: Continuidade: Valor de troca: Ambas as escolas concordam que o valor de um bem é determinado pela quantidade de trabalho necessária para produzi-lo. Exemplo: A hipótese do valor-trabalho, defendida por ambas as escolas, afirma que o valor de um bem está relacionado à quantidade de trabalho necessária para produzi-lo. Equilíbrio de mercado: Tanto a escola clássica quanto a neoclássica acreditam que o mercado busca um equilíbrio entre oferta e demanda. Exemplo: O modelo de equilíbrio geral, utilizado por ambas as escolas, analisa as interações entre diferentes mercados e busca identificar os preços e quantidades em que oferta e demanda se igualam. Descontinuidade: Utilidade marginal: A escola neoclássica introduziu o conceito de utilidade marginal, que considera que o valor de um bem é determinado pela utilidade adicional que ele proporciona. Exemplo: A teoria do consumidor neoclássica utiliza a utilidade marginal para explicar as escolhas de consumo e como os consumidores buscam maximizar sua satisfação. Análise microeconômica: A escola neoclássica enfatiza a análise microeconômica, que estuda o comportamento individual de consumidores e empresas. Exemplo: O método de análise neoclássico, baseado em modelos de maximização de utilidade e lucro, examina as escolhas individuais e as interações entre consumidores e produtores em mercados específicos. Esses são apenas alguns exemplos de continuidade e descontinuidade entre as escolas clássica e neoclássica. Existem outras características e diferenças significativas entre as duas escolas, mas esses pontos destacam algumas das principais concordâncias e discordâncias teóricas. 3. Defesa e segurança nacional: Smith enfatizou a importância do Estado em garantir a defesa e a segurança nacional como um pré-requisito para o funcionamento eficiente da economia. Manutenção da justiça e da lei: O Estado desempenha um papel fundamental na manutenção de um sistema jurídico estável e na aplicação da justiça para garantir o cumprimento dos contratos e proteger os direitos de propriedade. Infra-estrutura e obras públicas: Smith reconheceu a importância do Estado em fornecer e financiar a infra-estrutura necessária para o funcionamento da economia, como estradas, pontes, canais e portos. Educação e formação: Ele defendeu que o Estado deveria ter um papel na promoção da educação e formação da força de trabalho, reconhecendo a importância do capital humano para o desenvolvimento econômico. Regulação econômica: Embora Smith seja conhecido por sua defesa do livre mercado, ele também reconheceu que o Estado pode ter um papel na regulação de certas atividades econômicas, como a prevenção de práticas monopolistas e a promoção da concorrência saudável. 4. A teoria ricardiana da renda da terra, proposta por David Ricardo, afirma que a renda da terra é determinada pela produtividade do trabalho nas áreas cultivadas em relação aos salários dos trabalhadores agrícolas. À medida que a demanda por alimentos aumenta, são necessárias terras menos produtivas, o que eleva os custos de produção. Isso significa um aumento do preço dos produtos agrícolas, permitindo que os proprietários de terras recebam uma renda adicional. A renda da terra é uma consequência dos custos de produção mais altos, não sendo a causa do aumento dos preços. A equação da taxa de lucro de Ricardo relaciona a produtividade do trabalho e os salários à renda da terra. Ou seja, a renda da terra é determinada pela utilização de terras menos produtivas devido ao aumento da demanda por alimentos, resultando em custos de produção mais altos e uma parcela adicional de valor destinada aos proprietários de terras. 5. – 5.1 O PDE na Macroeconomia Keynesiana afirma que o nível de atividade econômica é determinado pela demanda agregada, em oposição à Lei de Say, que postula que a oferta cria sua própria demanda. 5.2 O paradoxo da poupança destaca a contradição entre a poupança individual ser considerada boa, mas a poupança agregada excessiva pode levar a recessão devido à redução da demanda agregada. 5.3 A relação entre poupança e investimento é importante na determinação da demanda agregada e do nível de atividade econômica. Se a poupança exceder os investimentos planejados, pode ocorrer recessão, enquanto se os investimentos excederem a poupança pode haver aumento na produção e emprego. 5.4 A frase de Kalecki enfatiza que os trabalhadores gastam a maior parte de sua renda em consumo, sendo crucial para a demanda agregada e a estabilidade econômica nas economias capitalistas. Se os trabalhadores reduzirem seus gastos devido à queda na renda, pode ocorrer diminuição na demanda agregada e declínio na produção e emprego. 6. Letra D 7. Letra D 8. Letra A 9. Letra D 10. Letra B Departamento de Evolução Econômica-FCE/UERJ Semestre 1 de 2023 Pensamento Econômico Prof.: Miguel Bruno TRABALHO-PROVA PARA A 2ª NOTA (Pode ser realizado em grupo ou individualmente) 1) Segundo o economista francês, Pierre Delfaud (1987), pode-se considerar a existência de quatro abordagens teóricas na evolução do pensamento econômico, desde os fisiocratas. (a) Quais são elas? (b) Quais escolas de pensamento econômico estão incluídas em cada uma delas? 2) Comparando-se as escolas clássica e neoclássica, descobrem-se pontos de continuidade (concordância teórica) e descontinuidade (discordância teórica), inclusive quanto ao método de análise utilizado. Liste esses pontos e cite um exemplo de hipótese, modelo, teoria ou método de análise dessas escolas para representar a continuidade e a descontinuidade. 3) Adam Smith nunca foi um ultraliberal, pois na Riqueza das Nações: suas causas e natureza, ele apontou diversos momentos que validam os papéis ativos do Estado na economia. Liste esses papéis. 4) Em seu livro Princípios de Economia Política e Tributação, David Ricardo argumenta que “o trigo não encarece por causa do pagamento da renda, mas, ao contrário, a renda é paga porque o trigo torna-se mais caro e, como foi observado, mesmo que os proprietários de terras renunciassem à totalidade de suas rendas, nenhuma redução ocorreria no preço do trigo.” Considerando o modelo ricardiano de determinação da renda da terra, cuja equação da taxa de lucro é 𝑟 = 𝑃𝑅𝑛 𝜔 − 1, onde 𝑃𝑅𝑛 é a produtividade do trabalho nas áreas cultivadas e 𝜔 é o salário médio real, pago aos trabalhadores agrícolas, explique a teoria ricardiana da renda da terra. 5) O princípio da demanda efetiva (PDE) é a base da Macroeconomia keynesiana. Considere o artigo "Demanda efetiva, investimento e dinâmica: a atualidade de Kalecki para a teoria macroeconômica (Possas, 1999)”, disponível na sala virtual do Google Classroom de Pensamento Econômico (e que também pode ser baixado da Web), para responder às seguintes questões: 5.1 Explique o PDE e por quê esse princípio surge como a negação teórica da Lei de Say; 5.2 Explique o chamado paradoxo da poupança, analisado por Keynes 5.3 Explique a relação entre poupança e investimento com base nesse artigo; 5.4 Explique o significado macroeconômico da famosa frase de Michal Kalecki, segundo a qual, nas economias capitalistas, “os capitalistas ganham o que gastam e os trabalhadores gastam o que ganham.” 2 AS QUESTÕES 6 A 10, A SEGUIR, SÃO DE MÚLTIPLA ESCOLHA 6) A Escola Neoclássica e Marginalista surge, em finais do século 19, como uma reação não apenas teórica à Escola Marxista, mas também e sobretudo uma reação político-ideológica. Enquanto a teoria econômica marxiana é crítica do capitalismo e busca representar os inte- resses dos trabalhadores assalariados, a teoria neoclássica e suas variantes contemporâneas são apologéticas desse sistema econômico e buscam, sem o admitir, representar os interes- ses dos capitalistas, empresários e classes dominantes. Assinale a opção que contém os pon- tos CORRETOS tanto de ruptura quanto de convergência teórica (caso exista) entre essas duas escolas do pensamento econômico: (a) Ambas compartilham teorias diferentes do valor, mas possuem o mesmo reconhe- cimento de que é o livre mercado a instituição básica da economia e sociedade ca- pitalistas (b) Para a Escola Neoclássica, a teoria do valor-utilidade marginal é capaz de explicar os preços de mercado e por isso não aceita a teoria do valor-trabalho. Embora con- corde com a teoria da exploração do trabalho pelo capital, sendo os salários propor- cionais à produtividade marginal, os trabalhadores são devidamente compensados e o conflito distributivo desaparece (c) A Escola Neoclássica utiliza o individualismo metodológico em suas análises e com isso rompe com o método globalista ou holista da Escola Marxista. Muito embora concorde com esta última com relação à utilidade como determinante do valor de troca, a utilidade relevante é a marginal e não a total (d) Para a teoria marginalista neoclássica, o conflito distributivo não existe, visto que tanto os trabalhadores quanto os capitalistas recebem seus rendimentos com base em suas respectivas produtividades marginais. Mas para teoria econômica marxista, o conflito existe e é inerente às relações capital-trabalho (e) Em termos de leis econômicas, tanto a Escola neoclássica quanto a Escola marxista apreendem essas leis como transhistóricas e inescapáveis, sobretudo porque são postas em ação pelo mercado e os indivíduos devem simplesmente respeitarem-nas para o bem da economia e sociedade 7) JULGUE as afirmativas a seguir, que se referem à teoria do valor-trabalho de Marx . I. A teoria marxiana do valor-trabalho desconsidera a lei da oferta e da procura II. A utilidade é o fundamento do valor de troca III. A venda por um preço acima do valor é a base do lucro IV. A utilidade ou valor de uso é função das propriedades físico-químicas da mercadoria V. O valor de troca é função do tempo de trabalho socialmente necessário à produção da mercadoria Está correto o que se afirma APENAS em: (a) I, II, III e IV (b) II e IV (c) III e V (d) I e V (e) IV e V 3 8) A Lei da Queda Tendencial da Taxa de Lucro em Marx é matematicamente formulada como: lim 𝑡→∞ 𝑟𝑡 = 𝑚𝑡 ′ 𝑔𝑡 + 1 = 0 onde 𝑟𝑡 é a taxa geral de lucro, 𝑚𝑡 ′ é a taxa de mais-valor ou mais-valia (a razão 𝑚 𝑣) e 𝑔𝑡 é a composição orgânica do capital (a razão 𝑐 𝑣 ) e 𝑡 é o tempo histórico. JULGUE as afirmativas sobre o funcionamento dessa lei econômica: I. O aumento da composição orgânica do capital sempre leva a aumentos da taxa de mais-valia e por isso a taxa de lucro mantém-se constante, contrabalançando sua tendência de queda II. O aumento da taxa de mais-valia sempre será possível desde que haja espaço político para o aumento do grau de exploração da força de trabalho e, se, ao mesmo tempo, a composição orgânica do capital se mantiver constante, a taxa geral de lucro subirá III. O aumento da taxa de mais-valia a um ritmo superior ao crescimento de 𝑔𝑡 sempre será possível desde que haja espaço político para o aumento do grau de exploração da força de trabalho, o que impedirá a queda da taxa geral de lucro IV. A robotização e a utilização de inteligência artificial permitirão a substituição total da força de trabalho humana elevando sem limites a taxa geral de lucro e por isso o desenvolvimento científico-tecnológico não cessa de ser buscado pela classe capitalista V. A robotização e a utilização de inteligência artificial permitirão a substituição total da força de trabalho humana, mas destruirão o mercado de consumo de massa pela elevação do desemprego tecnológico, o que confirma a validade dessa lei no longo prazo Está correto o que se afirma APENAS em: (a) I e II (b) I e IV (c) I, III e IV (d) I, II, III, IV e V (e) II, III e V 9) A teoria do valor-trabalho não foi uma invenção ou descoberta de Marx, pois, tanto Adam Smith quanto David Ricardo rejeitaram a determinação do valor de troca pela utilidade (valor de uso). Por isso, Smith pôde dizer que “é natural ou lógico que um produto que exige 2h para ser produzido seja trocado por duas unidades de um produto que exige somente 1h para sua produção”. No estabelecimento dessa relação de troca de 1 por 2, a utilidade não teve qualquer participação, não foi a métrica utilizada pelos produtores, no mercado, para viabilizar a transação, pois não é possível atribuir um número para expressar, por exemplo, que uma mercadoria, bem ou produto é duas, três ou quatro vezes mais útil do que outro. Assinale a opção CORRETA sobre o modo como essa teoria determina o valor de troca: 4 (a) Apesar da relação inversa entre o tempo de trabalho socialmente necessário para a produção da mercadoria, o valor de uso influencia parcialmente o valor de troca, devido às preferências do consumidor, mas somente no longo prazo (b) O valor de uso é o suporte material do valor de troca, mas o mercado precisa de uma métrica para estabelecer a relação de compra e venda e essa métrica independe da utilidade e corresponde à tecnologia utilizada na produção (c) O valor de uso é o suporte material do valor de troca, mas o mercado precisa de uma métrica para estabelecer a relação de compra e venda e essa métrica independe da utilidade e corresponde ao tempo de trabalho que cada empresa gasta na produção (d) O valor de uso é o suporte material do valor de troca, mas o mercado precisa de uma métrica para estabelecer a relação de compra e venda e essa métrica independe da utilidade e corresponde ao tempo de trabalho social médio gasto na produção do conjunto de mercadorias do mesmo tipo (e) Se houver excesso de demanda, a utilidade será o principal determinante do valor de troca e dos preços de mercado 10) Segundo a teoria econômica marginalista neoclássica, a existência de concorrência perfeita pressupõe um conjunto de hipóteses que, dadas às características do capitalismo atual, são impossíveis de serem encontradas nas economias do mundo real. Assinale a opção que reúne esse conjunto de hipóteses. (a) Produtos heterogêneos, mas com iguais utilidades marginais; atomicidade da oferta e da demanda; livre entrada; livre circulação dos fatores de produção e informação livre (b) Produtos homogêneos, atomicidade da oferta e da demanda; livre entrada; livre circulação dos fatores de produção e informação perfeita (c) Produtos homogêneos, equilíbrio entre oferta e demanda; livre entrada; livre circulação dos fatores de produção e informação perfeita (d) Produtos homogêneos, remuneração dos fatores produtivos por suas respectivas produtividades marginais; livre concorrência; livre circulação dos fatores de produção e informação perfeita. (e) Produtos homogêneos, atomicidade da oferta e da demanda; Estado mínimo; livre concorrência e informação perfeita. (CADA QUESTÃO VALE 2,0 PONTOS)
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1.a) Existem quatro abordagens teóricas na evolução do pensamento econômico desde os fisiocratas: Abordagem Clássica: Enfatiza a importância do trabalho como fonte de valor econômico e defende o livre mercado e a livre concorrência. Abordagem Neoclássica: Enfatiza a utilidade marginal, a maximização do bem- estar individual e a análise microeconômica dos mercados. Abordagem Keynesiana: Argumenta que o governo desempenha um papel importante na estabilização da economia e no estímulo ao crescimento por meio de políticas fiscais e monetárias. Abordagem Institucionalista: Concentra-se nas instituições sociais, políticas e legais que moldam as interações econômicas. b) As escolas de pensamento econômico associadas a cada abordagem são: Abordagem Clássica: Escola Clássica (Adam Smith, David Ricardo, Thomas Malthus). Abordagem Neoclássica: Escola Neoclássica (Alfred Marshall, Leon Walras, Vilfredo Pareto). Abordagem Keynesiana: Escola Keynesiana (John Maynard Keynes, Joan Robinson). Abordagem Institucionalista: Escola Institucionalista (Thorstein Veblen, John R. Commons). 2. A escola clássica e a escola neoclássica apresentam tanto pontos de continuidade como de descontinuidade em suas teorias econômicas. Vejamos uma lista desses pontos e exemplos para representar a continuidade e a descontinuidade: Continuidade: Valor de troca: Ambas as escolas concordam que o valor de um bem é determinado pela quantidade de trabalho necessária para produzi-lo. Exemplo: A hipótese do valor-trabalho, defendida por ambas as escolas, afirma que o valor de um bem está relacionado à quantidade de trabalho necessária para produzi-lo. Equilíbrio de mercado: Tanto a escola clássica quanto a neoclássica acreditam que o mercado busca um equilíbrio entre oferta e demanda. Exemplo: O modelo de equilíbrio geral, utilizado por ambas as escolas, analisa as interações entre diferentes mercados e busca identificar os preços e quantidades em que oferta e demanda se igualam. Descontinuidade: Utilidade marginal: A escola neoclássica introduziu o conceito de utilidade marginal, que considera que o valor de um bem é determinado pela utilidade adicional que ele proporciona. Exemplo: A teoria do consumidor neoclássica utiliza a utilidade marginal para explicar as escolhas de consumo e como os consumidores buscam maximizar sua satisfação. Análise microeconômica: A escola neoclássica enfatiza a análise microeconômica, que estuda o comportamento individual de consumidores e empresas. Exemplo: O método de análise neoclássico, baseado em modelos de maximização de utilidade e lucro, examina as escolhas individuais e as interações entre consumidores e produtores em mercados específicos. Esses são apenas alguns exemplos de continuidade e descontinuidade entre as escolas clássica e neoclássica. Existem outras características e diferenças significativas entre as duas escolas, mas esses pontos destacam algumas das principais concordâncias e discordâncias teóricas. 3. Defesa e segurança nacional: Smith enfatizou a importância do Estado em garantir a defesa e a segurança nacional como um pré-requisito para o funcionamento eficiente da economia. Manutenção da justiça e da lei: O Estado desempenha um papel fundamental na manutenção de um sistema jurídico estável e na aplicação da justiça para garantir o cumprimento dos contratos e proteger os direitos de propriedade. Infra-estrutura e obras públicas: Smith reconheceu a importância do Estado em fornecer e financiar a infra-estrutura necessária para o funcionamento da economia, como estradas, pontes, canais e portos. Educação e formação: Ele defendeu que o Estado deveria ter um papel na promoção da educação e formação da força de trabalho, reconhecendo a importância do capital humano para o desenvolvimento econômico. Regulação econômica: Embora Smith seja conhecido por sua defesa do livre mercado, ele também reconheceu que o Estado pode ter um papel na regulação de certas atividades econômicas, como a prevenção de práticas monopolistas e a promoção da concorrência saudável. 4. A teoria ricardiana da renda da terra, proposta por David Ricardo, afirma que a renda da terra é determinada pela produtividade do trabalho nas áreas cultivadas em relação aos salários dos trabalhadores agrícolas. À medida que a demanda por alimentos aumenta, são necessárias terras menos produtivas, o que eleva os custos de produção. Isso significa um aumento do preço dos produtos agrícolas, permitindo que os proprietários de terras recebam uma renda adicional. A renda da terra é uma consequência dos custos de produção mais altos, não sendo a causa do aumento dos preços. A equação da taxa de lucro de Ricardo relaciona a produtividade do trabalho e os salários à renda da terra. Ou seja, a renda da terra é determinada pela utilização de terras menos produtivas devido ao aumento da demanda por alimentos, resultando em custos de produção mais altos e uma parcela adicional de valor destinada aos proprietários de terras. 5. – 5.1 O PDE na Macroeconomia Keynesiana afirma que o nível de atividade econômica é determinado pela demanda agregada, em oposição à Lei de Say, que postula que a oferta cria sua própria demanda. 5.2 O paradoxo da poupança destaca a contradição entre a poupança individual ser considerada boa, mas a poupança agregada excessiva pode levar a recessão devido à redução da demanda agregada. 5.3 A relação entre poupança e investimento é importante na determinação da demanda agregada e do nível de atividade econômica. Se a poupança exceder os investimentos planejados, pode ocorrer recessão, enquanto se os investimentos excederem a poupança pode haver aumento na produção e emprego. 5.4 A frase de Kalecki enfatiza que os trabalhadores gastam a maior parte de sua renda em consumo, sendo crucial para a demanda agregada e a estabilidade econômica nas economias capitalistas. Se os trabalhadores reduzirem seus gastos devido à queda na renda, pode ocorrer diminuição na demanda agregada e declínio na produção e emprego. 6. Letra D 7. Letra D 8. Letra A 9. Letra D 10. Letra B Departamento de Evolução Econômica-FCE/UERJ Semestre 1 de 2023 Pensamento Econômico Prof.: Miguel Bruno TRABALHO-PROVA PARA A 2ª NOTA (Pode ser realizado em grupo ou individualmente) 1) Segundo o economista francês, Pierre Delfaud (1987), pode-se considerar a existência de quatro abordagens teóricas na evolução do pensamento econômico, desde os fisiocratas. (a) Quais são elas? (b) Quais escolas de pensamento econômico estão incluídas em cada uma delas? 2) Comparando-se as escolas clássica e neoclássica, descobrem-se pontos de continuidade (concordância teórica) e descontinuidade (discordância teórica), inclusive quanto ao método de análise utilizado. Liste esses pontos e cite um exemplo de hipótese, modelo, teoria ou método de análise dessas escolas para representar a continuidade e a descontinuidade. 3) Adam Smith nunca foi um ultraliberal, pois na Riqueza das Nações: suas causas e natureza, ele apontou diversos momentos que validam os papéis ativos do Estado na economia. Liste esses papéis. 4) Em seu livro Princípios de Economia Política e Tributação, David Ricardo argumenta que “o trigo não encarece por causa do pagamento da renda, mas, ao contrário, a renda é paga porque o trigo torna-se mais caro e, como foi observado, mesmo que os proprietários de terras renunciassem à totalidade de suas rendas, nenhuma redução ocorreria no preço do trigo.” Considerando o modelo ricardiano de determinação da renda da terra, cuja equação da taxa de lucro é 𝑟 = 𝑃𝑅𝑛 𝜔 − 1, onde 𝑃𝑅𝑛 é a produtividade do trabalho nas áreas cultivadas e 𝜔 é o salário médio real, pago aos trabalhadores agrícolas, explique a teoria ricardiana da renda da terra. 5) O princípio da demanda efetiva (PDE) é a base da Macroeconomia keynesiana. Considere o artigo "Demanda efetiva, investimento e dinâmica: a atualidade de Kalecki para a teoria macroeconômica (Possas, 1999)”, disponível na sala virtual do Google Classroom de Pensamento Econômico (e que também pode ser baixado da Web), para responder às seguintes questões: 5.1 Explique o PDE e por quê esse princípio surge como a negação teórica da Lei de Say; 5.2 Explique o chamado paradoxo da poupança, analisado por Keynes 5.3 Explique a relação entre poupança e investimento com base nesse artigo; 5.4 Explique o significado macroeconômico da famosa frase de Michal Kalecki, segundo a qual, nas economias capitalistas, “os capitalistas ganham o que gastam e os trabalhadores gastam o que ganham.” 2 AS QUESTÕES 6 A 10, A SEGUIR, SÃO DE MÚLTIPLA ESCOLHA 6) A Escola Neoclássica e Marginalista surge, em finais do século 19, como uma reação não apenas teórica à Escola Marxista, mas também e sobretudo uma reação político-ideológica. Enquanto a teoria econômica marxiana é crítica do capitalismo e busca representar os inte- resses dos trabalhadores assalariados, a teoria neoclássica e suas variantes contemporâneas são apologéticas desse sistema econômico e buscam, sem o admitir, representar os interes- ses dos capitalistas, empresários e classes dominantes. Assinale a opção que contém os pon- tos CORRETOS tanto de ruptura quanto de convergência teórica (caso exista) entre essas duas escolas do pensamento econômico: (a) Ambas compartilham teorias diferentes do valor, mas possuem o mesmo reconhe- cimento de que é o livre mercado a instituição básica da economia e sociedade ca- pitalistas (b) Para a Escola Neoclássica, a teoria do valor-utilidade marginal é capaz de explicar os preços de mercado e por isso não aceita a teoria do valor-trabalho. Embora con- corde com a teoria da exploração do trabalho pelo capital, sendo os salários propor- cionais à produtividade marginal, os trabalhadores são devidamente compensados e o conflito distributivo desaparece (c) A Escola Neoclássica utiliza o individualismo metodológico em suas análises e com isso rompe com o método globalista ou holista da Escola Marxista. Muito embora concorde com esta última com relação à utilidade como determinante do valor de troca, a utilidade relevante é a marginal e não a total (d) Para a teoria marginalista neoclássica, o conflito distributivo não existe, visto que tanto os trabalhadores quanto os capitalistas recebem seus rendimentos com base em suas respectivas produtividades marginais. Mas para teoria econômica marxista, o conflito existe e é inerente às relações capital-trabalho (e) Em termos de leis econômicas, tanto a Escola neoclássica quanto a Escola marxista apreendem essas leis como transhistóricas e inescapáveis, sobretudo porque são postas em ação pelo mercado e os indivíduos devem simplesmente respeitarem-nas para o bem da economia e sociedade 7) JULGUE as afirmativas a seguir, que se referem à teoria do valor-trabalho de Marx . I. A teoria marxiana do valor-trabalho desconsidera a lei da oferta e da procura II. A utilidade é o fundamento do valor de troca III. A venda por um preço acima do valor é a base do lucro IV. A utilidade ou valor de uso é função das propriedades físico-químicas da mercadoria V. O valor de troca é função do tempo de trabalho socialmente necessário à produção da mercadoria Está correto o que se afirma APENAS em: (a) I, II, III e IV (b) II e IV (c) III e V (d) I e V (e) IV e V 3 8) A Lei da Queda Tendencial da Taxa de Lucro em Marx é matematicamente formulada como: lim 𝑡→∞ 𝑟𝑡 = 𝑚𝑡 ′ 𝑔𝑡 + 1 = 0 onde 𝑟𝑡 é a taxa geral de lucro, 𝑚𝑡 ′ é a taxa de mais-valor ou mais-valia (a razão 𝑚 𝑣) e 𝑔𝑡 é a composição orgânica do capital (a razão 𝑐 𝑣 ) e 𝑡 é o tempo histórico. JULGUE as afirmativas sobre o funcionamento dessa lei econômica: I. O aumento da composição orgânica do capital sempre leva a aumentos da taxa de mais-valia e por isso a taxa de lucro mantém-se constante, contrabalançando sua tendência de queda II. O aumento da taxa de mais-valia sempre será possível desde que haja espaço político para o aumento do grau de exploração da força de trabalho e, se, ao mesmo tempo, a composição orgânica do capital se mantiver constante, a taxa geral de lucro subirá III. O aumento da taxa de mais-valia a um ritmo superior ao crescimento de 𝑔𝑡 sempre será possível desde que haja espaço político para o aumento do grau de exploração da força de trabalho, o que impedirá a queda da taxa geral de lucro IV. A robotização e a utilização de inteligência artificial permitirão a substituição total da força de trabalho humana elevando sem limites a taxa geral de lucro e por isso o desenvolvimento científico-tecnológico não cessa de ser buscado pela classe capitalista V. A robotização e a utilização de inteligência artificial permitirão a substituição total da força de trabalho humana, mas destruirão o mercado de consumo de massa pela elevação do desemprego tecnológico, o que confirma a validade dessa lei no longo prazo Está correto o que se afirma APENAS em: (a) I e II (b) I e IV (c) I, III e IV (d) I, II, III, IV e V (e) II, III e V 9) A teoria do valor-trabalho não foi uma invenção ou descoberta de Marx, pois, tanto Adam Smith quanto David Ricardo rejeitaram a determinação do valor de troca pela utilidade (valor de uso). Por isso, Smith pôde dizer que “é natural ou lógico que um produto que exige 2h para ser produzido seja trocado por duas unidades de um produto que exige somente 1h para sua produção”. No estabelecimento dessa relação de troca de 1 por 2, a utilidade não teve qualquer participação, não foi a métrica utilizada pelos produtores, no mercado, para viabilizar a transação, pois não é possível atribuir um número para expressar, por exemplo, que uma mercadoria, bem ou produto é duas, três ou quatro vezes mais útil do que outro. Assinale a opção CORRETA sobre o modo como essa teoria determina o valor de troca: 4 (a) Apesar da relação inversa entre o tempo de trabalho socialmente necessário para a produção da mercadoria, o valor de uso influencia parcialmente o valor de troca, devido às preferências do consumidor, mas somente no longo prazo (b) O valor de uso é o suporte material do valor de troca, mas o mercado precisa de uma métrica para estabelecer a relação de compra e venda e essa métrica independe da utilidade e corresponde à tecnologia utilizada na produção (c) O valor de uso é o suporte material do valor de troca, mas o mercado precisa de uma métrica para estabelecer a relação de compra e venda e essa métrica independe da utilidade e corresponde ao tempo de trabalho que cada empresa gasta na produção (d) O valor de uso é o suporte material do valor de troca, mas o mercado precisa de uma métrica para estabelecer a relação de compra e venda e essa métrica independe da utilidade e corresponde ao tempo de trabalho social médio gasto na produção do conjunto de mercadorias do mesmo tipo (e) Se houver excesso de demanda, a utilidade será o principal determinante do valor de troca e dos preços de mercado 10) Segundo a teoria econômica marginalista neoclássica, a existência de concorrência perfeita pressupõe um conjunto de hipóteses que, dadas às características do capitalismo atual, são impossíveis de serem encontradas nas economias do mundo real. Assinale a opção que reúne esse conjunto de hipóteses. (a) Produtos heterogêneos, mas com iguais utilidades marginais; atomicidade da oferta e da demanda; livre entrada; livre circulação dos fatores de produção e informação livre (b) Produtos homogêneos, atomicidade da oferta e da demanda; livre entrada; livre circulação dos fatores de produção e informação perfeita (c) Produtos homogêneos, equilíbrio entre oferta e demanda; livre entrada; livre circulação dos fatores de produção e informação perfeita (d) Produtos homogêneos, remuneração dos fatores produtivos por suas respectivas produtividades marginais; livre concorrência; livre circulação dos fatores de produção e informação perfeita. (e) Produtos homogêneos, atomicidade da oferta e da demanda; Estado mínimo; livre concorrência e informação perfeita. (CADA QUESTÃO VALE 2,0 PONTOS)