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Pensamento Econômico

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Pensamento Econômico Miguel Bruno 2 Os métodos indutivo e dedutivo ➢ A evolução do pensamento econômico → várias escolas teóricas e abordagens analíticas ➢ Como toda ciência, a metodologia econômica combina: ✓um enfoque indutivo: parte da observação dos fatos ✓um enfoque dedutivo: construído por encadeamentos lógicos a partir de um conjunto dado de hipóteses ➢ Nenhuma teoria pode pretender se basear apenas em um desses enfoques. Os dois métodos básicos da Ciência Econômica 3 Método indutivo: do particular para o geral Método dedutivo: do geral (teorizado) para o particular (real) Parte do particular, dos dados da realidade, de uma amostra Sistema econômico, geral, totalidade Parte de princípios gerais, hipóteses, axiomas Sistema econômico Ex: Institucionalismo; Historicismo Ex: Clássicos, Neoclássicos e marginalistas A cientificidade de uma teoria requer dois critérios básicos I. Coerência lógica interna da abordagem ou modelo teórico ➔ a formalização matemática pode garantir esse critério II. Correspondência com a realidade concreta➔ a formalização matemática não pode garantir; é preciso recorrer aos métodos quantitativos em análises empíricas. → Daí a importância da construção de bases de dados e da Econometria → Esses dados podem ser também de longo prazo ou históricos →Podem abranger séries temporais ou cross section (espaços geográficos) 4 Dentre os métodos quantitativos destacam-se • A Estatística e, principalmente, a Econometria, pois ➢Não podemos realizar testes ou experimentos de laboratório para validar teorias ou Escolas de pensamento econômico de nossa preferência ➢E refutar aquelas que não concordamos por alguma razão, em geral, subjetiva ou ideológica, pois ligada aos nossos interesses econômicos, preconceitos de classe social ou setoriais. 5 Quanto à Ciência Econômica (1) • Sobretudo, por ser uma ciência social, a cientificidade da Economia não pode basear-se somente no primeiro critério • A ciência econômica não pode constituir-se em uma ciência puramente lógico-dedutiva que parte de axiomas ou postulados considerados universais, trans-históricos, inescapáveis ou inquestionáveis (como a concepção do homo economicus rational) 6 “Uma teoria deve ser julgada tanto pela ignorância que ela requer, quanto pelo conhecimento que ela produz”. (Marshall Sallins, antropólogo econômico) ➢ autor de Stone Age Economics, livro que reúne estudos em Antropologia Econômica que refutam à visão convencional (neoclássica ou ortodoxa) de que a racionalidade do homo economicus é universal, a-histórica e inerente à espécie humana. 7 Quanto à Ciência Econômica (2) • Diferentemente dos objetos das Ciências Naturais (Física, Química, Biologia, Astronomia, etc.), a Ciência Econômica trata de objetos que falam, agem e reagem –os seres humanos - que têm consciência e capacidade de transformar o contexto em que vivem • Nas análises econômicas, os seres humanos são simultaneamente objetos e sujeitos das pesquisas 8 Quanto à Ciência Econômica (3) • Se nas ciências naturais, a Epistemologia moderna reconhece que não há neutralidade científica (pesquisas isentas, sem influências ideológicas e de interesses econômicos, de classes e/ou setoriais), ... • Nas ciências sociais, particularmente, na Economia, a neutralidade é efetivamente impossível. • Isso porque a diversidade de interpretações para um mesmo fenômeno econômico pode estar expressando as diferentes posições sociais, setoriais ou de classe social de produção, as ideologias 9 Quanto à Ciência Econômica (4) • As análises dos economistas fisiocratas (Quesnay, Turgot) e clássicos (Smith, Ricardo, Malthus) sempre partiam da divisão social da produção, isto é, dos interesses das classes sociais de produção ou setores econômicos: ➢agricultores/latifundiários ou setor agrícola ➢manufatureiros/indústria ou setor industrial ➢trabalhadores assalariados ou relação capital-trabalho 10 Quanto à Ciência Econômica (4) • A cientificidade de uma teoria não depende de sua neutralidade axiológica, como pretende o método positivista tão valorizado pela Escola Neoclássica e suas variantes contemporâneas • Depende de sua pertinência, isto é, de sua correspondência com o funcionamento e propriedades características da realidade estudada. • Essa correspondência com a realidade concreta pode ser avaliada pelo potencial explicativo, heurístico (descoberta de novos fenômenos) e preditivo dos modelos teóricos 11 Observe o silogismo Premissa >: “Os seres humanos são honestos” Premissa <: “Os ladrões são seres humanos” Conclusão: “Os ladrões são honestos” →do ponto de vista puramente lógico-dedutivo, a assertiva está correta, →se fosse formalizada matematicamente num modelo, passaria muito bem pelo critério da coerência lógica interna que a matemática pode garantir →Mas falharia na correspondência com a realidade, pois a contradiz. 12 Observe outro silogismo, agora aplicado em Economia Premissa >: “Os seres humanos são economicamente racionais (homo oeconomicus)” Premissa <: “Os comportamentos racionais em mercados concorrenciais são otimizadores” Conclusão: “Os mercados são eficientes (não podem gerar, endogenamente, crises e instabilidades; sempre levam a um equilíbrio ótimo de pleno emprego dos recursos produtivos)” Eis o projeto teórico da TEG de Walras ➔ demonstrar matematicamente o funcionamento eficiente da “mão-invisível” do mercado, na metáfora de Adam Smith 13 Consequentemente • Os modelos matemáticos são fundamentais para garantir a coerência dos resultados esperados com as hipóteses e princípios de partida das análises econômicas • Mas, devem ser testados empiricamente com base em informações e dados da realidade concreta. • Daí o papel fundamental da Estatística e da Econometria na Ciência Econômica, mais relevante do que a Economia Matemática em si, sobretudo em suas formulações mais abstratas 14 E uma consequência epistemológica e metodológica fundamental ➢ A produção do conhecimento científico em Economia não pode basear-se somente em um raciocínio essencialmente lógico- dedutivo, partindo de princípios gerais ou de axiomas irrealistas 15 E uma consequência epistemológica e metodológica fundamental ➢Deve utilizar o máximo possível do método indutivo proporcionado pela Estatística e pela Econometria, buscando ao máximo conectar as teorias e modelos à realidade concreta das economias existentes 16 E uma consequência epistemológica e metodológica fundamental ➢Nesse sentido, deve-se utilizar o “laboratório da história”, desenvolvendo análises históricas e comparações internacionais como um critério para se avaliar a pertinência, o potencial explicativo e preditivo das teorias econômicas 17 O grande filósofo alemão Imanuel Kant, em “Crítica da Razão Pura”, observou: “Um pensamento (hipótese, princípio teórico, modelo) pode estar coerente consigo mesmo, mas, ainda assim, pode contradizer o seu objeto (o fenômeno estudado na realidade)” ➢ Ou seja, a coerência lógico-dedutiva (via matematização) não é condição suficiente para a pertinência de um modelo ou teoria, mesmo que fiquemos impressionados com a sofisticação das equações, derivadas, integrais e gráficos exibidos em nossos manuais de Economia 18 E como disse Bachelard: “O conhecimento do real é uma luz que sempre projeta sombra em algum lugar. Ele nunca é imediato e pleno. As revelações do real são sempre recorrentes. O real nunca é o que poderíamos ter acreditado, mas sim o que deveríamos ter pensado.” ➢ Daí a relevância da pluralidade de enfoques teóricos e de escolas de pensamento econômico. ➢ Não existe uma única teoria ou escola preferida capaz de explicar e solucionar tudo ➢ Nenhuma escola de pensamento econômico, ortodoxa ou heterodoxa, keynesiana ou liberal pode pretender possuir a “lanterna” que ilumina a casa toda da Economia, sempre deixará alguma sombra em algum lugar 19 O que pensavam dois grandes economistas sobre a nossa formação profissional para lidar com essas questões “O economista deve ser um estatístico, um matemático, um historiador, um filósofo... Deve compreender símbolos e expressar-se bem em palavras. Inteligência penetrante, clareza de ideias e bom-senso são as qualidades que um economista deveria ter.” J. M. Keynes “O economista que é somente economista torna-se um perigo para a sociedade” F.A. Hayek 20 21 Em geral • Historicismo (século XIX) e Institucionalismo (início do século XX) privilegiam o acúmulo de fatos e dados estatísticos nas análises econômicas ➔ método indutivo • Fisiocracia, Clássicos (Smith, Ricardo e Marx) e Neoclássicos privilegiam os princípios teóricos, as hipóteses e conceitos como ponto de partida das análises ➔método dedutivo Metodologia para estudar Pensamento Econômico (ou HPE) 22 Procurar sempre (I) 23 1. Contextualizar as teorias, modelos e hipóteses econômicas, pois, frequentemente, expressam desafios da realidade, problemas econômicos e políticos postos pelo período histórico em que os autores viveram 2. Identificar quais setores e classes sociais, determinada escola de pensamento ou teoria estaria representando os interesses ou procuraram beneficiar (cf. S. Brue em seu livro de HPE) 3. Comparar as teorias e escolas em seus pontos comuns (continuidades) e rupturas (discordâncias, inovações conceituais e hipóteses) Procurar sempre (II) 24 ✓ Desenvolver um “pique” (disposição/motivação) de leitura, para adquirir cultura econômica ✓ Ler os autores no original, não ficar dependente de comentaristas, interpretações de terceiros ou da mídia, incluindo professores e pessoas que falam às mídias ✓ A observação 2 vale para os sites e blogs na internet que, em geral, pré-condenam ou enaltecem um determinado autor ou escola em detrimento de outras, mas nunca apresentam estudos, comparações e argumentos científicos para isso se autoelegem “donos da verdade científica em Economia” O tableau économique (quadro econômico) de F. Quesnay • Dois objetivos: ➢Mostrar como circula ou se distribui o produto social (OS) entre as classes e setores da economia ➢Mostrar como o PS se reproduz a cada período (ano, semestre) 25 A Escola Clássica • Forte influência da fisiocracia, particularmente Smith: o “naturalismo” dos clássicos, segundo Serge Latouche provêm da visão naturalista dos fisiocratas • Preocupação básica com o crescimento e o desenvolvimento econômico ➔ investigação sobre as origens do excedente econômico (EE) • O que causa o aumento da riqueza das nações? O que é riqueza? 26 A Escola Clássica • Reconhecem que o ritmo de crescimento econômico e a dinâmica da acumulação de capital dependem da forma como o produto é apropriado/repartido/distribuído entre os diversos setores econômicos e classes sociais (produção e distribuição são processos interdependentes) • Reconhecem o conflito distributivo tanto entre capital e trabalho assalariado, quanto entre setores do capital (latifundiários versus industriais) 27 A Escola Clássica • Define o problema do valor Valor (V) ≠ Preço (P) Observam que: Se Oferta > Demanda ➔ P < V Se Demanda > Oferta ➔ P > V Se Oferta ≡ Demanda ➔ P = V Smith: distingue Valor de Uso (VU) e Valor de Troca (VT) Valor de uso (utilidade): dimensão objetiva (clássicos e Marx)= F (propriedades físico-químicas do objeto) dimensão subjetiva (neoclássicos e marginalistas) = F (preferências do consumidor) 28 O valor e as teorias econômicas • Pode-se dividir as teorias econômicas em três grupos: 1. Aquelas que se baseiam na teoria do valor- trabalho 2. Aquelas que se baseiam na teoria do valor- utilidade 3. Aquelas que desenvolvem análises sem explicitarem os determinantes do valor. 29 Conceitos fundamentais para a compreensão da Escola Clássica e suas derivações e variantes contemporâneas • Produção, distribuição e acumulação são três momentos interdependentes e necessários para o crescimento e o desenvolvimento econômicos • Distribuição = processo de repartição do excedente econômico (atualmente, valor adicionado total ou PIB) entre as diferentes classes sociais e setores de atividade (indústria, agricultura e serviços) Tipos de distribuição • Distribuição funcional da renda ➔ entre capital e trabalho • Distribuição pessoal da renda ➔ entre indivíduos ou grupos populacionais sem considerar sua inserção econômica (se são trabalhadores, detentores de capital, empresários, banqueiros, etc.) Acumulação de capital ➢ Conjunto de processos pelos quais uma economia destina recursos para expandir suas capacidades de produção e de consumo ➢ Uma parte do excedente econômico ou do lucro deve necessariamente ser reinvestida produtivamente para cobrir a depreciação do capital e para o crescimento das atividades da firma. ➢ É a base do crescimento e do desenvolvimento econômico econômico: → dPIB/dt = dY/dt = F(dK/dt) ➢ Os economistas clássicos (Smith, Ricardo, Marx) já haviam constatado a interdependência entre K (estoque de máquinas, equipamentos, infraestruturas) e Y (PIB). Acumulação de capital ➢ A acumulação implica crescimento do estoque de capital fixo produtivo (máquinas, equipamentos e infraestruturas) e/ou crescimento do estoque de capital monetário-financeiro ➢ Mas para gerar crescimento econômico com geração de emprego e de produto é necessário crescimento do estoque de capital fixo Modalidades de acumulação a) Acumulação extensiva b) Acumulação intensiva c) Acumulação produtiva d) Acumulação financeira 34 Observe-se que: • K/N é a chamada intensidade do capital, isto é, o volume de capital por trabalhador • K/N mede o ritmo em que o capital substitui o trabalho humano empregado na produção • Análises históricas e comparações internacionais mostram que, em geral,: ➢ se K/N ~ 1% a.a. ➔ acumulação é extensiva ➢Se K/N > 3% a.a. ➔ acumulação é intensiva ➢Ex.: se o ritmo de substituição de trabalho por capital for de 2% e a taxa de acumulação for de 4%, então o emprego aumenta em 2%. Mas se o ritmo de substituição de trabalho por capital for de 5%, então haverá queda de 1% no emprego. Subst KN = dK – dN ➔ dN = dK – Subst KN A produtividade: um conceito fundamental à análise econômica • Produtividade do trabalho = volume de produção por trabalhador ou por tempo (hora, minutos, segundos, etc.) • Produtividade do capital = volume de produção por capital (máquinas, equipamentos) Uma maneira alternativa de observar a relação entre K e Y Brasil: scatterplot of dY against dK: 1947-2021 dY = -0,0509+0,9669*dK r = 0,6976; p = 0.0000; r2 = 0,4866 1948 1949 1950 1951 1952 1953 1954 1955 1956 1957 1958 1959 1960 1961 1962 1963 1964 1965 1966 1967 1968 1969 1970 1971 1972 1973 1974 1975 1976 1977 1978 1979 1980 1981 1982 1983 1984 19851986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 0,04 0,06 0,08 0,10 0,12 0,14 0,16 0,18 Taxa de crescimento do estoque de capital fixo produtivo (dK) -0,06 -0,04 -0,02 0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 0,10 0,12 0,14 0,16 Taxa de crescimento econômico Fonte: cálculos próprios com base nos dados do IBGE e IPEA DATA Relações estruturais entre distribuição, acumulação e crescimento econômico • Foram utilizadas (implicitamente ou sem recurso à formalização matemática) pelos economistas clássicos e são atualmente parte das macroanálises de base neoestruturalistas: – Por exemplo: Modelos K3: • Keynes, Kalecki e Kaldor; Teoria francesa da Regulação) • Serão importantes para a compreensão do pensamento econômico clássico e marxista Adam Smith (1723-1790) • Um autor mais complexo do que supõem a vulgata midiática e a teoria econômica convencional • Teoria do valor-trabalho comandado • “Propensão inata para a troca”: um equívoco antropológico • Divisão do trabalho e tamanho do mercado • Acumulação de capital • Preço natural e preço de mercado • Trabalho produtivo e trabalho improdutivo • Teoria das vantagens absolutas • A “mão invisível” e as funções do Estado 39 “A Riqueza das Nações: uma investigação sobre suas causas e sua natureza” • o Livro I de A Riqueza das Nações contém a essência da teoria smithiana do valor e da distribuição, elementos teóricos necessários à compreensão do processo de desenvolvimento econômico, seu tema principal. • Para isso, ele analisará as forças que, no longo prazo, governam o aumento da riqueza ➔ relevância da acumulação de capital e da distribuição em interação macrodinâmica. 40 Exercício (trabalho) 1. Explique a Lei (dos mercados) de Say. Por que Malthus, diferentemente de Ricardo, não aceitou sua validade? 2. Baseando-se no capítulo de Blaug “A Ciência Econômica antes de A. Smitlh”, explique o dilema mercantilista e a TQM: MV = PT, com V = cte. O que ocorre entre M e P quando a moeda é demandada como reserva de valor e não apenas como meio de troca? 41 • Para Smith, o sistema econômico estrutura-se como uma vasta rede de inter-relações entre produtores especializados, fundamentada na “propensão à troca, ao intercâmbio e à transação”. • Mas, contrariamente à vulgata liberal e ao reducionismo das interpretações neoclássicas, Smith advoga um liberalismo moderado, pois reconhece diversos papéis intransferíveis do Estado. 42 • Smith estende o princípio da divisão do trabalho ao conjunto da economia nacional e argumenta que a propensão à troca e o tamanho do mercado são uma condição sine qua non para a divisão do trabalho. • O mercado torna-se o regulador da atividade econômica à medida que é capaz de compatibilizar o conjunto de comportamentos individuais e descentralizados. 43 • Na hipótese de um mercado concorrencial, estaria assegurada a transição e a compatibilidade entre o interesse individual e o interesse coletivo, de acordo com a famosa metáfora da “mão invisível”, descrita no Livro IV. 44 No entanto, segundo Smith, para que esse processo mercantil de regulação automática possa funcionar, cabe ao Estado: 45 1. A defesa do território com a manutenção das forças armadas. 2. A administração da justiça para garantir os direitos e deveres dos cidadãos. 3. A criação e manutenção de certas atividades econômicas que não possam ser providas pelo setor privado, seja por insuficiência de rentabilidade dos investimentos, seja porque não há fundos privados suficientes, mas sua oferta é imprescindível para o bem-estar da coletividade (por exemplo, o que, modernamente, é denominado por “bens meritórios”, como a educação, e os demais bens públicos). 46 4. Implementar uma estrutura tributária adequada ao provimento desses bens e cumprir o conjunto de suas funções; 5. O Estado deve defender o mercado e a concorrência. Os monopólios devem ser combatidos, salvo se temporários; caso em que decorreria de atividades que podem beneficiar o conjunto da coletividade (empresas que incorrem em grandes riscos, indústrias inovadoras). 6. Garantir um sistema educacional adequado às necessidades da sociedade, por meio de subsídios ao ensino. 47 Críticas do Pensamento Econômico Keynesiano • Existem situações em que essa lógica puramente mercantil e concorrencial pode funcionar apenas para um subconjunto da população total de um país, caso em que se teria um equilíbrio de subemprego – Não há garantias de que, por si mesmo, o livre jogo das forças de mercado, possa conduzir as economias realmente existentes ao pleno emprego dos recursos produtivos – E mesmo que fosse capaz, não saberíamos dizer quanto tempo teremos de esperar 48 Exemplos na história econômica • A vigência do capitalismo liberal-clássico ou concorrencial, entre o séc. 19 até os anos 1930, foi marcada por várias crises cíclicas e crises estruturais que não podem ser imputadas ao Estado ou apenas a ele. 49