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1 AUTISMO NA EDUCAÇÃO INFANTIL E SUAS PRÁTICAS PEDAGOGICAS jucimara RESUMO Rafael Galli Este artigo é uma pesquisa feita com base em livros e textos com uma abordagem mais qualitativa O objetivo é entender a importância da educação inclusiva especialmente no caso das crianças com autismo Queremos refletir sobre as necessidades dessas crianças e como o transtorno afeta suas vidas A educação inclusiva é fundamental na educação básica pois oferece a essas crianças a chance de aprender e adquirir conhecimentos de uma forma adequada A escola e a família desempenham papéis essenciais na vida dessas crianças trabalhando juntos para melhorar seu desempenho e bemestar Através dessa pesquisa foi possível entender melhor o universo das crianças com autismo e reconhecer a importância de um ambiente escolar que apoie seu desenvolvimento PalavrasChave Autismo Inclusão Educação Especial jucimara Rafael Galli 3 1 INTRODUÇÃO Discutir a inclusão nos dias de hoje é extremamente importante quanto mais se dialoga sobre esse tema mais reflexões surgem o que pode levar a uma mudança de comportamento na sociedade No que tange à Educação Especial tratase de uma educação que visa atender a todos promovendo a interação direta com crianças nesse contexto escolar e social Conforme as novas diretrizes pedagógicas crianças com necessidades especiais têm sido integradas ao sistema regular de ensino de diversas formas sempre respaldadas pela legislação tornandose um dos principais tópicos de debate na Educação no Brasil O objetivo deste trabalho é compreender as dificuldades de aprendizagem de crianças com Transtorno do Espectro Autista TEA e explorar as ações e propostas curriculares direcionadas ao aprendizado desse grupo Observase que essas crianças podem ser incluídas no ambiente escolar ao lado dos demais alunos sabendo que suas particularidades comportamentais podem contribuir para uma aprendizagem significativa e de qualidade É evidente a necessidade de métodos que viabilizem essa aprendizagem No campo da educação e da pedagogia os docentes e os profissionais encarregados da educação desses estudantes se deparam em sua maioria com dificuldades de aprendizagem Assim o foco deste estudo se restringe a investigar o processo de alfabetização de crianças autistas no contexto do Ensino Fundamental A inclusão é um tema presente nas políticas públicas nas instituições educacionais e acadêmicas além de ser amplamente discutido nas diversas mídias o que confere visibilidade a este assunto e propõe a verdadeira inclusão nos sistemas educacionais QUIXABA 2015 Em relação à metodologia a pesquisa adotada possui caráter exploratório e qualitativo onde as fontes bibliográficas consultadas e os textos lidos foram analisados e cotejados com situações observáveis durante o trabalho buscando assim uma integração entre os conteúdos teóricos e as práticas educacionais Dessa forma esta pesquisa visa de maneira específica apresentar métodos que favoreçam a aprendizagem dessas crianças além de identificar suas dificuldades e descobrir formas que ajudem no processo educativo Portanto é essencial observar o aluno autista para compreender suas habilidades sendo fundamental desenvolver Nesse sentido a busca por conhecimento e a busca por informações são aspectos de grande relevância para os profissionais da área Assim acreditase ser necessário explorar e criar novas experiências que permitam aos professores uma prática pedagógica efetiva É importante que o professor atue como um facilitador da aprendizagem e 4 possua as competências necessárias para oferecer um ensino diversificado Para isso é importante que ele compreenda o desenvolvimento da leitura e da escrita da criança autista no ambiente escolar permitindo que ela realize suas tarefas com sucesso A utilização de uma metodologia que contribua para o desenvolvimento do autista e de extrema importância já que muitos são os problemas encontrados em sala de aula com crianças autistas e síndrome do autismo apresentado na maior parte dos casos dificuldade de aprendizagem ou prejuízo de linguagem A garantia da qualidade social na educação envolve a convicção de que é possível educar todos o que é fundamental para promover a igualdade e a inclusão social Isso requer um esforço conjunto e estruturado na escola onde a colaboração na criação e implementação do projeto pedagógico e do currículo é essencial Além disso a atuação qualificada dos professores tanto nos conteúdos quanto nas metodologias de ensino é crucial pois está diretamente ligada à relevância social dos materiais abordados e à obtenção de bons resultados acadêmicos que reflitam o empenho da escola e de seus educadores O referencial teórico e documental utilizado neste estudo foi encontrado em plataformas e periódicos online além das tradicionais bases físicas nas quais obtivemos as fontes que abordam temas associados à história da Educação Especial no Brasil e a inclusão dos alunos com autismo e suas dimensões com práticas pedagógicas voltadas para esses alunos e chamar atenção para os Transtornos Globais de Desenvolvimento A metodologia empregada neste trabalho foi o uso da pesquisa bibliográfica que permitiram uma melhor compreensão acerca da temática De acordo com o Ministério da Educação e Cultura MEC entendese que o Transtorno Geral de Desenvolvimento TGD Os alunos com transtorno global do desenvolvimento são aqueles que apresentam alterações qualitativas das interações sociais recíprocas e na comunicação um repertório de interesses e atividades restrito estereotipado e repetitivo Incluemse nesse grupo alunos com autismo síndromes do espectro do autismo e psicose infantil BRASIL 2008 p 15 5 É notório que houve uma evolução significativa na educação de alunos com TGD no que diz respeito à educação deles Entretanto ainda existem muitos desafios e obstáculos para que estes alunos tenham de fato uma educação adequada dentro da sala de aula Pensando na escola como formadora de cidadãos a educação de alunos com autismo conforme Vasques 2003 p 31 apud PINTO 2015 p 13 deve considerar que nesse caminho marcado por dúvidas e respostas provisórias a escola e a educação emergem cada vez mais como espaços possíveis desde que seja superada a concepção de escola como espaço social de transmissão de conhecimentos em seu valor instrumental e adaptativo Os alunos autistas são meros receptores mas estão incluídos dentro do contexto escolar por isso a escola precisa ter um novo olhar para estes alunos a educação inclusiva constitui um paradigma educacional fundamentado na concepção de direitos humanos que conjuga igualdade e diferença como valores indissociáveis e que avança em relação à ideia de equidade formal ao contextualizar as circunstâncias históricas da produção da exclusão dentro e fora da escola BRASIL 2007 sp É através da escola que a sociedade adquire fundamenta e modifica conceitos de participação colaboração e adaptação AMY 2001 A escola precisa valorizar as habilidades do aluno com deficiência valorizando suas habilidades trabalhar suas potencialidades visando seu desenvolvimento e não trabalhar na tentativa de consertar o defeito A busca por propostas de práticas pedagógicas voltadas para alunos com necessidades especiais como o autismo dentro da sala pode contribuir para identificar como ocorre a relação professor e aluno no cotidiano escolar e a interação com os demais alunos 6 2 DESENVOLVIMENTO 21 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 22 APRENDIZAGEM Freire 1996 afirma que aprender é construir e reconstruir pacientemente uma obra que não será definitiva processo de aprendizagem pois o ser humano é transitório Segundo Piaget apud ASSUMPÇÃO 2014 a criança dos dois aos seis anos começa a construir de aprendizagens formais que utilizarão durante toda a sua vida acadêmica Aprender portanto passa a ser o ponto crucial do processo Vygotsky menciona que o processo de ensino aprendizagem envolve diretamente a interação entre sujeitos que é promovida pela convivência social processo de socialização e maturações orgânicas A função de um educador escolar por exemplo seria então a de favorecer esta aprendizagem servindo de mediador entre a criança e o mundo RABELLO PASSOS 2015 23 ENSINO Segundo Freire 1996 p89 ensinar não é transmitir conhecimentos mas criar as possibilidades para a produção do saber O ensinar se resume em desenvolver mudança de comportamento no ser humano e essas alterações por vezes devem ser realizadas pelo professor Cabe ao professor pesquisar e analisar a melhor teoria para se basear e trabalhar com o aluno em prol do seu desenvolvimento intelectual Atualmente a legislação Brasileira de acordo com a LDB nº 939496 todos os alunos com necessidades educativas especiais devem ser incluídos nas salas regulares de Ensino Fundamental A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDBEN n 939496 salienta em seus artigos 58 e 59 assim com parágrafos e inciso que o sistema de 7 ensino deve tornar possível o acesso desses quanto prático para que a inclusão realmente ocorra Além disso sustenta que o serviço especializado para o atendimento às peculiaridades dos alunos deficientes só deverá ser instituído quando for necessário Também faz referência às melhorias e revisões de currículo avaliação métodos técnica recursos educativos formação de professores 8 dentre outros aspectos propícios às mudanças de paradigmas referentes à clientela deficiente PADILHA 2000 Para que esses direitos se tornassem lei não poderia deixar de citar a importância da Declaração Mundial de Educação para Todos 1990 e a Declaração de Salamanca 1994 que influenciam a formulação das políticas públicas de educação inclusiva A reflexão de Freire 1996 sobre o papel do educador como facilitador da produção do saber destaca a importância de criar condições que favoreçam o desenvolvimento intelectual do aluno ao invés de simplesmente transmitir conteúdo O ensino segundo Freire vai além da mera transmissão de informações ele deve ser um processo dinâmico no qual o educador contribui para mudanças de comportamento e consequentemente para o desenvolvimento integral do aluno Nesse sentido o professor precisa estar atento às necessidades de cada estudante pesquisando e analisando as melhores abordagens pedagógicas para promover um aprendizado significativo e adaptado A legislação brasileira por sua vez tem avançado para garantir a inclusão de alunos com necessidades educativas especiais nas salas regulares de Ensino Fundamental conforme estabelece a LDB nº 939496 A lei enfatiza a importância de um sistema educacional que permita o acesso pleno e eficaz desses alunos ao ensino regular adequandose às suas necessidades específicas A criação de serviços especializados no entanto deve ocorrer apenas quando necessário sempre com a premissa de que a inclusão seja uma prática efetiva e não apenas formal Nesse contexto a LDB também aborda a revisão de currículos avaliação métodos e a formação de professores como elementos essenciais para a transformação do sistema educacional em um espaço verdadeiramente inclusivo A Declaração Mundial de Educação para Todos 1990 e a Declaração 9 de Salamanca 1994 são marcos internacionais fundamentais que influenciam as políticas públicas de educação inclusiva no Brasil reforçando a necessidade de garantir o direito à educação de qualidade para todos os alunos independentemente de suas necessidades específicas Essas declarações propõem a construção de sistemas educacionais que não excluam mas integrem e valorizem as diferenças com o objetivo de garantir a equidade no 10 acesso ao ensino Dessa forma as políticas públicas educacionais e a formação de professores devem caminhar lado a lado com esses princípios para que a inclusão de alunos com necessidades especiais seja efetiva e transformadora 24 AUTISMO O autismo suscite um interesse imenso em boa parte sem dúvida em decorrência da fascinação que inspiram essa doença e seu mistério e em grande parte devido a importantes movimentos de associação de familiares Estes lutam pelos tratamentos que lhe parecem os melhores mais também para mobilizar o poder público de modo que atenuem a carência ou mesmo a penúria de estabelecimentos estabilizados AMY 2001 O autismo é um transtorno de espectro autista caracterizado por prejuízos na interação social atraso na aquisição da linguagem e comportamentos estenotipados e repetitivos TEIXEIRA 2013 p 171 Segundo Bosa 2002 p22 a definição de autismo é entendida como com a maiúsculo e minúsculo com e sem artigo antecedendo a palavra o Autismo Ou o autismo como síndrome comportamental síndrome neuropsiquiátriconeuropsicológica como transtorno invasivo do desenvolvimento transtorno global do desenvolvimento transtorno abrangente do desenvolvimento como transtorno pervasivo do desenvolvimento essa palavra nem consta no Aurélio psicose infantil precoce simbiótica etc Ouvese falar em pré autismo pseudoautismo e pósautismo BOSA 2002 p 22 Tentando esclarecer um pouco mais o conceito etiologia e educação destes sujeitos houve uma pesquisa bibliográfica que retrataram estudos realizados acerca Um dos primeiros estudos realizado foi em 1943 feito por Leo Kanner e 1944 por Hans Asperger os quais independente o primeiro em Baltimore e o segundo em Viena forneceram relatos sistemáticos dos casos que acompanhavam e das suas respectivas suposições teóricas para essa síndrome até então desconhecida BOSA 2002 p22 Kanner em 1943 apud BOSA 2002 verificou em seus atendimentos comportamentos peculiares no que diz respeito a relação interpessoal ou seja uma incapacidade dessas crianças de estabelecer relações de maneira normal com as pessoas e situações desde o princípio de sua vida BOSA 2002 p23 Ainda de acordo de Kanner outra característica observada em seus estudos foi a dificuldade em estreitar 11 laços de afetividade como por exemplo acomodarse ao colo de alguém atraso na aquisição da fala e do uso não comunicativo da mesma movimentos repetitivos ecolalia imediata dificuldade na dificuldade motora insistência obsessiva na manutenção da rotina não aceitação de objetos quebrados ou incompletos dificuldade na introdução de novos alimentos insistência em alinhar objetivos alguns medos a fortes ruídos dentre outros Observase que Kanner 1943 apud BOSA 2002 afirmava que nem todas as crianças apresentam todas as características iguais além do mesmo observar que todas as crianças possuem desenvolvimento intelectual dos sujeitos pesquisados embora os mesmos não demonstrassem Bosa 2002 sp diz que a teoria afetiva Sugere que o autismo se origina de uma disfunção primária do sistema afetivo qual seja uma inabilidade inata básica para interagir emocionalmente com os outros o que levaria a uma falha no reconhecimento de estados mentais e a um prejuízo na habilidade para abstrair e simboliza De acordo com Asperger 1944 apud BOSA 2002 observa que as suas descrições são mais amplas que a de Kanner tendo em vista a sua inclusão de casos com comprometimento orgânico Asperger ressaltou a dificuldade das crianças em manter contato visual durante situações sociais carência de gestos de significação movimentos repetitivos dificuldade dos responsáveis em se comprometer nos três primeiros anos de vida vocabulário monótono com a presença de repetição de palavras Ambos estudiosos encontraram em seus estudos semelhanças com relação a dificuldades nos relacionamentos interpessoais e na comunicação além do comportamento repetitivo como por exemplo estereotipias e ecolalia imediata No discorrer da história o autismo foi visto sob várias formas primeiramente como pessoas esquizofrênicas logo após psicoses BOSA 2002 A denominação do autismo na categoria de psicose ou esquizofrenia muda conforme as escolas psiquiátricas Assumpção Júnior 1997 apud BOSA 2002 p 27 Por Psicose compreendese de um modo geral um distúrbio maciço da realidade envolvendo uma desorganização ou não organização da personalidade Com relação às conceituações sobre a esquizofrenia temse que as mesmas referiamse as mudanças peculiares nos sentimentos e nas relações com o mundo externo De acordo com Klein 1989 apud BOSA 2002 p28 grifo do autor a psicose é 12 vista como uma regressão à posição esquizoparanóide característica de uma fase do desenvolvimento normal Nos dias atuais o diagnóstico do autismo prevê a presença do distúrbio em três domínios interação social comunicação e interesses restritos e padrões estereotipados do comportamento SCHLICKMANN FORTUNADO 2013 Os professores precisam aceitar a condição que a criança necessita antes de desenvolver para depois mostrar habilidade para aprender Considerando a inabilidade desta população em generalizar em desenvolver relações interpessoais as limitações linguísticas devido às limitações orgânicas do seu quadro clínico estas automaticamente impactam no atraso do seu desenvolvimento global BRAGA 2009 Um dos métodos de ensino da criança autistas mais usados no Brasil é o Treatment and Education of Autistic and Related Communication Handicapped Children TEACCH tratase de uma Educação Controladora Os propostos deste método são BOSA 2002 Habilitar pessoas portadoras de autismo a se comportar de forma tão funcional e independente quanto possível Promover atendimento adequado para os portadores de autismo e suas famílias e para aqueles que vivem com eles 25 AUTISMO NO CONTEXTO ESCOLAR O acesso da criança com necessidades educativas especiais nas salas de ensino regular permite que a criança faça contatos sociais e favorece o seu desenvolvimento bem como o desenvolvimento das demais crianças na medida em que estas crianças consideradas normais aprendam com as diferenças CAMARGO BOSA 2009 O professor tem que manter uma relação de estímulos e confiança com o aluno autista a fim de evitar que ela construa um sentimento de insegurança e inferioridade Deve também buscar novas estratégias de ensino e compreender que estas crianças são iguais às outras apesar das diferenças e isto enriquece os processos de aprendizagem Com base na convivência com o aluno o professor precisa adaptarse a realidade diante de alguns comportamentos diferenciados de outras crianças como por exemplo bater na mesa se jogar pelo chão bater nas costas dos colegas ruídos dentre 13 outros Salientando que a mudança de professor na maioria das vezes contribui para o regresso desse aluno Segundo Teixeira 2013 p 179 Um profissional importante no tratamento e no processo pedagógico da criança será o facilitador ou o mediador escolar Ele funcionará de elo entre educador pais e os estudantes O mediador escolar trabalhará auxiliando a criança na sala de aula e em todos os ambientes escolares como um personal trainer mediando e ensinando regras sociais estimulando a sua participação em sala facilitando a interação social dela com outras crianças corrigindo rituais e comportamentos repetitivos e almoçando o estudante em situações de irritabilidade e impulsividade Salienta a importância dos pais no processo educacional destas crianças de forma que os compreendam que o seu filho apresenta características peculiares que a diferenciam das outras exigindo uma didática menos exigente OLIVEIRA 2011 A relação do autista com as demais crianças poderá muitas vezes ser uma de uma convivência agressiva tendo em vista que em muitos casos a criança não tem interação com os demais e que a família precisa se posicionar de forma colaborativa com a escola Comparando as afirmações de Kanner 1943 apud BOSA 2002 que verificou nessas crianças a incapacidade crianças de estabelecer relações de maneira normal com as pessoas e situações desde o princípio de sua vida BOSA 2002 p23 Teixeira 2013 esclarece que os comportamentos agressivos podem ser minimizados por meio interações medicamentosas além do uso de métodos comportamentais Segundo o pensamento de Amy 2001 p 49 afirma que o O autismo recobre problemas muitos diferentes as perturbações sensoriais cognitivas e afetivas manifestase de modos variados Certos educadores tem a sabedoria de buscar suas competências em diversas fontes e de trabalhar segundo aquilo que percebem do potencial da criança A inclusão de crianças com necessidades educativas especiais nas salas regulares de ensino oferece benefícios tanto para as crianças com deficiência quanto para as demais uma vez que propicia uma convivência rica em trocas sociais e experiências Como destacado por Camargo e Bosa 2009 o contato com as diferenças favorece o desenvolvimento de todos os alunos permitindo que as crianças normais também aprendam a lidar 14 com a diversidade Esse processo de inclusão no entanto exige do professor uma 15 abordagem sensível e adaptativa pois é essencial que ele estabeleça uma relação de confiança e estímulo com o aluno autista prevenindo sentimento de insegurança e inferioridade O professor precisa compreender que apesar das diferenças as crianças com autismo possuem potencialidades semelhantes às das outras crianças e isso deve ser visto como um fator enriquecedor para o processo de aprendizagem Além disso a flexibilidade e a adaptação são indispensáveis diante dos comportamentos diferenciados que o aluno pode apresentar como agitação física ou ruídos que são comuns no espectro autista O importante portanto é que o educador se ajuste a essas necessidades criando um ambiente acolhedor e seguro Teixeira 2013 destaca a importância de um mediador escolar um profissional que atua como elo entre o professor a criança e a família auxiliando o aluno em sua adaptação ao ambiente escolar Esse mediador tem um papel crucial ao promover a interação social corrigir comportamentos repetitivos e ajudar a criança a lidar com situações de irritabilidade ou impulsividade A presença desse facilitador pode ser um grande diferencial no processo de inclusão e no desenvolvimento das habilidades sociais da criança autista Ademais a colaboração entre escola e família é fundamental Como aponta Oliveira 2011 os pais precisam entender que seus filhos possuem características peculiares e exigem uma abordagem pedagógica mais flexível ajustada às suas necessidades Quando a família se envolve de forma ativa no processo educativo contribuindo com informações sobre o comportamento e as necessidades específicas da criança o processo de inclusão se torna mais eficaz No entanto a convivência entre a criança autista e as demais crianças pode em algumas situações ser desafiadora especialmente em casos de comportamentos agressivos ou dificuldades de interação social 16 como observado por Kanner 1943 apud Bosa 2002 Essas dificuldades podem ser minimizadas por meio de estratégias comportamentais e terapias adequadas além do apoio de profissionais qualificados como o mediador escolar A interação com outras crianças aliada a uma abordagem terapêutica eficaz pode ajudar a suavizar as reações impulsivas e agressivas favorecendo uma 17 integração mais harmônica no ambiente escolar Por fim como ressalta Amy 2001 o autismo é um transtorno multifacetado com manifestações sensoriais cognitivas e afetivas variadas e requer dos educadores a capacidade de buscar alternativas em diversas fontes de conhecimento adaptando suas práticas pedagógicas de acordo com o potencial da criança A compreensão da complexidade do autismo aliada a uma abordagem centrada na valorização das diferenças é crucial para garantir que o processo de inclusão seja verdadeiramente eficaz e transformador CONSIDERAÇÕES FINAIS A pesquisa evidencia a relevância de refletir sobre as práticas direcionadas à criança autista com um planejamento voltado às habilidades tendo em vista as limitações observadas no contexto da criança de forma que torne possível a educação desse sujeito O aluno com autismo é devidamente assistido pela escola Não pois se observa que escola tenta incluir esse aluno e não só integrar esse aluno mas que se esbarra em muitas limitações como falta de estrutura falta de pessoal falta de recursos falta de uma formação de professores e principalmente interesse por parte desses em adquirir conhecimento mais profundos para se ter uma fundamentação no trabalho realizado Podese concluir que são necessárias mais pesquisas acerca da temática do autismo e educação de forma a lançar olhares mais atentos para as práticas educativas direcionadas a esses sujeitos continuar investigando discutindo e refletindo sobre essa realidade a necessidade de uma visão crítica a respeito do diagnóstico a relação entre família e a escola sendo essa de fundamental importância A pesquisa apresentada evidencia a necessidade urgente de uma reflexão mais aprofundada sobre as práticas educacionais voltadas para a 18 inclusão de crianças autistas destacando a importância de um planejamento pedagógico que seja verdadeiramente centrado nas habilidades e nas limitações específicas de cada aluno Contudo a realidade observada mostra que a educação desses alunos ainda enfrenta grandes desafios Apesar dos esforços para incluir as crianças autistas a efetiva integração e inclusão educacional esbarra em diversas barreiras como a falta de estrutura 19 adequada escassez de pessoal qualificado recursos limitados e especialmente a formação insuficiente de muitos professores Além disso o interesse por parte dos educadores em aprofundar seu conhecimento sobre o autismo e em se capacitar para atender essas necessidades específicas é muitas vezes um aspecto negligenciado comprometendo a qualidade do atendimento educacional Diante dessa realidade podese concluir que há uma grande demanda por mais pesquisas que abordem de maneira crítica as práticas pedagógicas voltadas para o autismo e a educação inclusiva Tais pesquisas são essenciais para promover um olhar mais atento e fundamentado sobre a temática além de impulsionar o desenvolvimento de metodologias e estratégias eficazes para atender adequadamente esses alunos É igualmente importante continuar investigando a relação entre a família e a escola já que a colaboração entre ambos é crucial para o sucesso da inclusão Ao focar em uma visão crítica do diagnóstico e das práticas educacionais será possível avançar na construção de um sistema educacional mais inclusivo acolhedor e capacitado para lidar com a diversidade 20 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMY M D Enfrentando o autismo a criança autista seus pais e a reação terapêutica Rio de Janeiro Zahar 2001 ASSUMPÇÃO M C M Educação infantil uma fase importante na aprendizagem Abr 2014 Disponível em httpwwwperfilnewscombrartigosartigoeducacaoinfantil umafaseimportantena aprendizagem Acesso em 18 agost 2025 BOSA C CALLIAS M Autismo Breve revisão de diferentes abordagens Psicologia Reflexão e Crítica 2001 v13 n 1 BOSA C Autismo atuais interpretações para antigas observações Porto Alegre Artmed 2002 BRASIL Declaração de Salamanca Organizações da Nações Unidas para a Educação a Ciência e Cultura UNESCO 1994 BRASILLei Federalnº12764 de 27de dezembro de 2012 Instituía Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista Diário Oficial da República Federativa do Brasil Brasília 28 dez 2012 DefiniçãoTranstorno do Espectro Autista TEA na criança saudegovbr Acesso em7 set 2024 FREIRE P Pedagogia da autonomia saberes necessários a prática educativa 24 ed São Paulo Paz e Terra 1996 LEITE A R A educação especial no Brasil e os aspectos pedagógicos Out 2011 Disponível em httpwwwwebartigoscomartigosaeducacaoespecial 21 nobrasileosaspectospedago gicos78097 Acesso em 23 agost 2025 22 PADILHA AML Práticas pedagógicas na educação especial a capacidade de significar o mundo e a inserção cultural do deficiente mental Campinas Autores Associados 2001 Política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva Inclusão revista da educação especial Brasília Secretaria de Educação Especial v4 n1 p 717 janjun 2008 QUIXABA Maria A Inclusão na Educação humanizar para educar melhor ed São Paulo Paulinas 2015 RABELLO ET e PASSOS J S Vygotsky e o desenvolvimento humano Disponível em httpwwwjosesilveiracom Acesso em 20 Julho 2025 SANTOS et al O autismo no contexto escolar O Out 2013 Disponível em httpspsicologadocomatuacaopsicologiaescolaroautistanocontextoescolar Acesso em 20 Julho 2025 SMITH D D Introdução à educação especial ensinar em tempos de inclusão 5 ed São Paulo Artmed 2 23 AUTISMO NA EDUCAÇÃO INFANTIL E SUAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS Jucimara Rafael Galli RESUMO Este artigo é uma pesquisa feita com base em livros e textos com uma abordagem mais qualitativa O objetivo é entender a importância da educação inclusiva especialmente no caso das crianças com autismo Queremos refletir sobre as necessidades dessas crianças e como o transtorno afeta suas vidas A educação inclusiva é fundamental na educação básica pois oferece a essas crianças a chance de aprender e adquirir conhecimentos de uma forma adequada A escola e a família desempenham papéis essenciais na vida dessas crianças trabalhando juntos para melhorar seu desempenho e bemestar Através dessa pesquisa foi possível entender melhor o universo das crianças com autismo e reconhecer a importância de um ambiente escolar que apoie seu desenvolvimento PalavrasChave Autismo Inclusão Educação Especial Jucimara Rafael Galli 1 INTRODUÇÃO Discutir a inclusão nos dias de hoje é extremamente importante quanto mais se dialoga sobre esse tema mais reflexões surgem o que pode levar a uma mudança de comportamento na sociedade No que tange à Educação Especial tratase de uma educação que visa atender a todos promovendo a interação direta com crianças nesse contexto escolar e social Conforme as novas diretrizes pedagógicas crianças com necessidades especiais têm sido integradas ao sistema regular de ensino de diversas formas sempre respaldadas pela legislação tornandose um dos principais tópicos de debate na Educação no Brasil O objetivo deste trabalho é compreender as dificuldades de aprendizagem de crianças com Transtorno do Espectro Autista TEA e explorar as ações e propostas curriculares direcionadas ao aprendizado desse grupo Observase que essas crianças podem ser incluídas no ambiente escolar ao lado dos demais alunos sabendo que suas particularidades comportamentais podem contribuir para uma aprendizagem significativa e de qualidade É evidente a necessidade de métodos que viabilizem essa aprendizagem No campo da educação e da pedagogia os docentes e os profissionais encarregados da educação desses estudantes se deparam em sua maioria com dificuldades de aprendizagem Assim o foco deste estudo se restringe a investigar o processo de alfabetização de crianças autistas no contexto do Ensino Fundamental A inclusão é um tema presente nas políticas públicas nas instituições educacionais e acadêmicas além de ser amplamente discutido nas diversas mídias o que confere visibilidade a este assunto e propõe a verdadeira inclusão nos sistemas educacionais QUIXABA 2015 Em relação à metodologia a pesquisa adotada possui caráter exploratório e qualitativo onde as fontes bibliográficas consultadas e os textos lidos foram analisados e cotejados com situações observáveis durante o trabalho buscando assim uma integração entre os conteúdos teóricos e as práticas educacionais Dessa forma esta pesquisa visa de maneira específica apresentar métodos que favoreçam a aprendizagem dessas crianças além de identificar suas dificuldades e descobrir formas que ajudem no processo educativo Portanto é essencial observar o aluno autista para compreender suas habilidades sendo fundamental desenvolver Nesse sentido a busca por conhecimento e a busca por informações são aspectos de grande relevância para os profissionais da área Assim acreditase ser necessário explorar e criar novas experiências que permitam aos professores uma prática pedagógica efetiva É importante que o professor atue como um facilitador da aprendizagem e possua as competências necessárias para oferecer um ensino diversificado Para isso é importante que ele compreenda o desenvolvimento da leitura e da escrita da criança autista no ambiente escolar permitindo que ela realize suas tarefas com sucesso A utilização de uma metodologia que contribua para o desenvolvimento do autista e de extrema importância já que muitos são os problemas encontrados em sala de aula com crianças autistas e síndrome do autismo apresentado na maior parte dos casos dificuldade de aprendizagem ou prejuízo de linguagem A garantia da qualidade social na educação envolve a convicção de que é possível educar todos o que é fundamental para promover a igualdade e a inclusão social Isso requer um esforço conjunto e estruturado na escola onde a colaboração na criação e implementação do projeto pedagógico e do currículo é essencial Além disso a atuação qualificada dos professores tanto nos conteúdos quanto nas metodologias de ensino é crucial pois está diretamente ligada à relevância social dos materiais abordados e à obtenção de bons resultados acadêmicos que reflitam o empenho da escola e de seus educadores O referencial teórico e documental utilizado neste estudo foi encontrado em plataformas e periódicos online além das tradicionais bases físicas nas quais obtivemos as fontes que abordam temas associados à história da Educação Especial no Brasil e a inclusão dos alunos com autismo e suas dimensões com práticas pedagógicas voltadas para esses alunos e chamar atenção para os Transtornos Globais de Desenvolvimento A metodologia empregada neste trabalho foi o uso da pesquisa bibliográfica que permitiram uma melhor compreensão acerca da temática De acordo com o Ministério da Educação e Cultura MEC entendese que o Transtorno Geral de Desenvolvimento TGD Os alunos com transtorno global do desenvolvimento são aqueles que apresentam alterações qualitativas das interações sociais recíprocas e na comunicação um repertório de interesses e atividades restrito estereotipado e repetitivo Incluemse nesse grupo alunos com autismo síndromes do espectro do autismo e psicose infantil BRASIL 2008 p 15 É notório que houve uma evolução significativa na educação de alunos com TGD no que diz respeito à educação deles Entretanto ainda existem muitos desafios e obstáculos para que estes alunos tenham de fato uma educação adequada dentro da sala de aula Pensando na escola como formadora de cidadãos a educação de alunos com autismo conforme Vasques 2003 e PINTO 2015 deve considerar que nesse caminho marcado por dúvidas e respostas provisórias a escola e a educação emergem cada vez mais como espaços possíveis desde que seja superada a concepção de escola como espaço social de transmissão de conhecimentos em seu valor instrumental e adaptativo Vasques 2003 p 31 apud PINTO 2015 p 13 Os alunos autistas são meros receptores mas estão incluídos dentro do contexto escolar por isso a escola precisa ter um novo olhar para estes alunos a educação inclusiva constitui um paradigma educacional fundamentado na concepção de direitos humanos que conjuga igualdade e diferença como valores indissociáveis e que avança em relação à ideia de equidade formal ao contextualizar as circunstâncias históricas da produção da exclusão dentro e fora da escola BRASIL 2007 sp É através da escola que a sociedade adquire fundamenta e modifica conceitos de participação colaboração e adaptação AMY 2001 A escola precisa valorizar as habilidades do aluno com deficiência valorizando suas habilidades trabalhar suas potencialidades visando seu desenvolvimento e não trabalhar na tentativa de consertar o defeito A busca por propostas de práticas pedagógicas voltadas para alunos com necessidades especiais como o autismo dentro da sala pode contribuir para identificar como ocorre a relação professor e aluno no cotidiano escolar e a interação com os demais alunos 2 DESENVOLVIMENTO 21 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 23 APRENDIZAGEM Freire 1996 afirma que aprender é construir e reconstruir pacientemente uma obra que não será definitiva processo de aprendizagem pois o ser humano é transitório Segundo Piaget apud ASSUMPÇÃO 2014 a criança dos dois aos seis anos começa a construir de aprendizagens formais que utilizarão durante toda a sua vida acadêmica Aprender portanto passa a ser o ponto crucial do processo Vygotsky menciona que o processo de ensino aprendizagem envolve diretamente a interação entre sujeitos que é promovida pela convivência social processo de socialização e maturações orgânicas A função de um educador escolar por exemplo seria então a de favorecer esta aprendizagem servindo de mediador entre a criança e o mundo RABELLO PASSOS 2015 24 ENSINO De acordo com Freire 1996 ensinar não consiste em transferir conhecimentos prontos mas em criar condições que favoreçam a construção e a produção do saber pelo próprio aluno Dessa forma o ato de ensinar transcende a simples transmissão de conteúdos configurandose como um processo que visa promover transformações cognitivas comportamentais e sociais no educando Cabe ao docente assumir o papel de mediador do conhecimento investigando selecionando e aplicando teorias pedagógicas adequadas às necessidades e potencialidades de seus alunos com vistas ao desenvolvimento integral do sujeito Atualmente a legislação Brasileira de acordo com a LDB nº 939496 todos os alunos com necessidades educativas especiais devem ser incluídos nas salas regulares de Ensino Fundamental A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDBEN n 939496 salienta em seus artigos 58 e 59 assim com parágrafos e inciso que o sistema de ensino deve tornar possível o acesso desses quanto prático para que a inclusão realmente ocorra Além disso sustenta que o serviço especializado para o atendimento às peculiaridades dos alunos deficientes só deverá ser instituído quando for necessário Também faz referência às melhorias e revisões de currículo avaliação métodos técnica recursos educativos formação de professores dentre outros aspectos propícios às mudanças de paradigmas referentes à clientela deficiente PADILHA 2000 Para que esses direitos se tornassem lei não poderia deixar de citar a importância da Declaração Mundial de Educação para Todos 1990 e a Declaração de Salamanca 1994 que influenciam a formulação das políticas públicas de educação inclusiva A reflexão de Freire 1996 sobre o papel do educador como facilitador da produção do saber destaca a importância de criar condições que favoreçam o desenvolvimento intelectual do aluno ao invés de simplesmente transmitir conteúdo O ensino segundo Freire vai além da mera transmissão de informações ele deve ser um processo dinâmico no qual o educador contribui para mudanças de comportamento e consequentemente para o desenvolvimento integral do aluno Nesse sentido o professor precisa estar atento às necessidades de cada estudante pesquisando e analisando as melhores abordagens pedagógicas para promover um aprendizado significativo e adaptado A legislação brasileira por sua vez tem avançado para garantir a inclusão de alunos com necessidades educativas especiais nas salas regulares de Ensino Fundamental conforme estabelece a LDB nº 939496 A lei enfatiza a importância de um sistema educacional que permita o acesso pleno e eficaz desses alunos ao ensino regular adequando se às suas necessidades específicas A criação de serviços especializados no entanto deve ocorrer apenas quando necessário sempre com a premissa de que a inclusão seja uma prática efetiva e não apenas formal Nesse contexto a LDB também aborda a revisão de currículos avaliação métodos e a formação de professores como elementos essenciais para a transformação do sistema educacional em um espaço verdadeiramente inclusivo A Declaração Mundial de Educação para Todos 1990 e a Declaração de Salamanca 1994 são marcos internacionais fundamentais que influenciam as políticas públicas de educação inclusiva no Brasil reforçando a necessidade de garantir o direito à educação de qualidade para todos os alunos independentemente de suas necessidades específicas Essas declarações propõem a construção de sistemas educacionais que não excluam mas integrem e valorizem as diferenças com o objetivo de garantir a equidade no acesso ao ensino Dessa forma as políticas públicas educacionais e a formação de professores devem caminhar lado a lado com esses princípios para que a inclusão de alunos com necessidades especiais seja efetiva e transformadora 25 AUTISMO O autismo suscite um interesse imenso em boa parte sem dúvida em decorrência da fascinação que inspiram essa doença e seu mistério e em grande parte devido a importantes movimentos de associação de familiares Estes lutam pelos tratamentos que lhe parecem os melhores mais também para mobilizar o poder público de modo que atenuem a carência ou mesmo a penúria de estabelecimentos estabilizados AMY 2001 O autismo é um transtorno de espectro autista caracterizado por prejuízos na interação social atraso na aquisição da linguagem e comportamentos estenotipados e repetitivos TEIXEIRA 2013 p 171 Segundo Bosa 2002 p22 a definição de autismo é entendida como com a maiúsculo e minúsculo com e sem artigo antecedendo a palavra o Autismo Ou o autismo como síndrome comportamental síndrome neuropsiquiátriconeuropsicológica como transtorno invasivo do desenvolvimento transtorno global do desenvolvimento transtorno abrangente do desenvolvimento como transtorno pervasivo do desenvolvimento essa palavra nem consta no Aurélio psicose infantil precoce simbiótica etc Ouvese falar em pré autismo pseudoautismo e pósautismo BOSA 2002 p 22 Tentando esclarecer um pouco mais o conceito etiologia e educação destes sujeitos houve uma pesquisa bibliográfica que retrataram estudos realizados acerca Um dos primeiros estudos realizado foi em 1943 feito por Leo Kanner e 1944 por Hans Asperger os quais independente o primeiro em Baltimore e o segundo em Viena forneceram relatos sistemáticos dos casos que acompanhavam e das suas respectivas suposições teóricas para essa síndrome até então desconhecida BOSA 2002 p22 Kanner em 1943 apud BOSA 2002 verificou em seus atendimentos comportamentos peculiares no que diz respeito a relação interpessoal ou seja uma incapacidade dessas crianças de estabelecer relações de maneira normal com as pessoas e situações desde o princípio de sua vida BOSA 2002 p23 Ainda de acordo de Kanner outra característica observada em seus estudos foi a dificuldade em estreitar laços de afetividade como por exemplo acomodarse ao colo de alguém atraso na aquisição da fala e do uso não comunicativo da mesma movimentos repetitivos ecolalia imediata dificuldade na dificuldade motora insistência obsessiva na manutenção da rotina não aceitação de objetos quebrados ou incompletos dificuldade na introdução de novos alimentos insistência em alinhar objetivos alguns medos a fortes ruídos dentre outros Observase que Kanner 1943 apud BOSA 2002 afirmava que nem todas as crianças apresentam todas as características iguais além do mesmo observar que todas as crianças possuem desenvolvimento intelectual dos sujeitos pesquisados embora os mesmos não demonstrassem Bosa 2002 sp diz que a teoria afetivaSugere que o autismo se origina de uma disfunção primária do sistema afetivo qual seja uma inabilidade inata básica para interagir emocionalmente com os outros o que levaria a uma falha no reconhecimento de estados mentais e a um prejuízo na habilidade para abstrair e simboliza De acordo com Asperger 1944 apud BOSA 2002 observa que as suas descrições são mais amplas que a de Kanner tendo em vista a sua inclusão de casos com comprometimento orgânico Asperger ressaltou a dificuldade das crianças em manter contato visual durante situações sociais carência de gestos de significação movimentos repetitivos dificuldade dos responsáveis em se comprometer nos três primeiros anos de vida vocabulário monótono com a presença de repetição de palavras Ambos estudiosos encontraram em seus estudos semelhanças com relação a dificuldades nos relacionamentos interpessoais e na comunicação além do comportamento repetitivo como por exemplo estereotipias e ecolalia imediata No discorrer da história o autismo foi visto sob várias formas primeiramente como pessoas esquizofrênicas logo após psicoses BOSA 2002 A denominação do autismo na categoria de psicose ou esquizofrenia muda conforme as escolas psiquiátricas Por psicose compreendese de um modo geral um distúrbio maciço da realidade envolvendo uma desorganização ou não organização da personalidade Assumpção Júnior 1997 apud BOSA 2002 p 27 Com relação às conceituações sobre a esquizofrenia temse que as mesmas referiamse as mudanças peculiares nos sentimentos e nas relações com o mundo externo De acordo com Klein 1989 apud BOSA 2002 p28 grifo do autor a psicose é vista como uma regressão à posição esquizoparanóide característica de uma fase do desenvolvimento normal Nos dias atuais o diagnóstico do autismo prevê a presença do distúrbio em três domínios interação social comunicação e interesses restritos e padrões estereotipados do comportamento SCHLICKMANN FORTUNADO 2013 Os professores precisam aceitar a condição que a criança necessita antes de desenvolver para depois mostrar habilidade para aprender Considerando a inabilidade desta população em generalizar em desenvolver relações interpessoais as limitações linguísticas devido às limitações orgânicas do seu quadro clínico estas automaticamente impactam no atraso do seu desenvolvimento global BRAGA 2009 Um dos métodos de ensino da criança autistas mais usados no Brasil é o Treatment and Education of Autistic and Related Communication Handicapped Children TEACCH tratase de uma Educação Controladora Os propostos deste método são BOSA 2002 Habilitar pessoas portadoras de autismo a se comportar de forma tão funcional e independente quanto possível Promover atendimento adequado para os portadores de autismo e suas famílias e para aqueles que vivem com eles 26 AUTISMO NO CONTEXTO ESCOLAR O acesso da criança com necessidades educativas especiais nas salas de ensino regular permite que a criança faça contatos sociais e favorece o seu desenvolvimento bem como o desenvolvimento das demais crianças na medida em que estas crianças consideradas normais aprendam com as diferenças CAMARGO BOSA 2009O professor tem que manter uma relação de estímulos e confiança com o aluno autista a fim de evitar que ela construa um sentimento de insegurança e inferioridade Deve também buscar novas estratégias de ensino e compreender que estas crianças são iguais às outras apesar das diferenças e isto enriquece os processos de aprendizagem Com base na convivência com o aluno o professor precisa adaptarse a realidade diante de alguns comportamentos diferenciados de outras crianças como por exemplo bater na mesa se jogar pelo chão bater nas costas dos colegas ruídos dentre outros Salientando que a mudança de professor na maioria das vezes contribui para o regresso desse aluno Segundo Teixeira 2013 Um profissional importante no tratamento e no processo pedagógico da criança será o facilitador ou o mediador escolar Ele funcionará de elo entre educador pais e os estudantes O mediador escolar trabalhará auxiliando a criança na sala de aula e em todos os ambientes escolares como um personal trainer mediando e ensinando regras sociais estimulando a sua participação em sala facilitando a interação social dela com outras crianças corrigindo rituais e comportamentos repetitivos e almoçando o estudante em situações de irritabilidade e impulsividade Salienta a importância dos pais no processo educacional destas crianças de forma que os compreendam que o seu filho apresenta características peculiares que a diferenciam das outras exigindo uma didática menos exigente OLIVEIRA 2011 A relação do autista com as demais crianças poderá muitas vezes ser uma de uma convivência agressiva tendo em vista que em muitos casos a criança não tem interação com os demais e que a família precisa se posicionar de forma colaborativa com a escola Comparando as afirmações de Kanner 1943 apud BOSA 2002 que verificou nessas crianças a incapacidade crianças de estabelecer relações de maneira normal com as pessoas e situações desde o princípio de sua vida BOSA 2002 p23 Teixeira 2013 esclarece que os comportamentos agressivos podem ser minimizados por meio interações medicamentosas além do uso de métodos comportamentais Segundo o pensamento de Amy 2001 afirma que o O autismo recobre problemas muitos diferentes as perturbações sensoriais cognitivas e afetivas manifestase de modos variados Certos educadores tem a sabedoria de buscar suas competências em diversas fontes e de trabalhar segundo aquilo que percebem do potencial da criançaAMY 2001 p 49 A inclusão de crianças com necessidades educativas especiais nas salas regulares de ensino oferece benefícios tanto para as crianças com deficiência quanto para as demais uma vez que propicia uma convivência rica em trocas sociais e experiências Como destacado por Camargo e Bosa 2009 o contato com as diferenças favorece o desenvolvimento de todos os alunos permitindo que as crianças normais também aprendam a lidar com a diversidade Esse processo de inclusão no entanto exige do professor uma abordagem sensível e adaptativa pois é essencial que ele estabeleça uma relação de confiança e estímulo com o aluno autista prevenindo sentimento de insegurança e inferioridade O professor precisa compreender que apesar das diferenças as crianças com autismo possuem potencialidades semelhantes às das outras crianças e isso deve ser visto como um fator enriquecedor para o processo de aprendizagem Além disso a flexibilidade e a adaptação são indispensáveis diante dos comportamentos diferenciados que o aluno pode apresentar como agitação física ou ruídos que são comuns no espectro autista O importante portanto é que o educador se ajuste a essas necessidades criando um ambiente acolhedor e seguro Teixeira 2013 destaca a importância de um mediador escolar um profissional que atua como elo entre o professor a criança e a família auxiliando o aluno em sua adaptação ao ambiente escolar Esse mediador tem um papel crucial ao promover a interação social corrigir comportamentos repetitivos e ajudar a criança a lidar com situações de irritabilidade ou impulsividade A presença desse facilitador pode ser um grande diferencial no processo de inclusão e no desenvolvimento das habilidades sociais da criança autista Ademais a colaboração entre escola e família é fundamental Como aponta Oliveira 2011 os pais precisam entender que seus filhos possuem características peculiares e exigem uma abordagem pedagógica mais flexível ajustada às suas necessidades Quando a família se envolve de forma ativa no processo educativo contribuindo com informações sobre o comportamento e as necessidades específicas da criança o processo de inclusão se torna mais eficaz No entanto a convivência entre a criança autista e as demais crianças pode em algumas situações ser desafiadora especialmente em casos de comportamentos agressivos ou dificuldades de interação social como observado por Kanner 1943 apud Bosa 2002 Essas dificuldades podem ser minimizadas por meio de estratégias comportamentais e terapias adequadas além do apoio de profissionais qualificados como o mediador escolar A interação com outras crianças aliada a uma abordagem terapêutica eficaz pode ajudar a suavizar as reações impulsivas e agressivas favorecendo uma integração mais harmônica no ambiente escolar Por fim como ressalta Amy 2001 o autismo é um transtorno multifacetado com manifestações sensoriais cognitivas e afetivas variadas e requer dos educadores a capacidade de buscar alternativas em diversas fontes de conhecimento adaptando suas práticas pedagógicas de acordo com o potencial da criança A compreensão da complexidade do autismo aliada a uma abordagem centrada na valorização das diferenças é crucial para garantir que o processo de inclusão seja verdadeiramente eficaz e transformador CONSIDERAÇÕES FINAIS A pesquisa evidencia a relevância de refletir sobre as práticas direcionadas à criança autista com um planejamento voltado às habilidades tendo em vista as limitações observadas no contexto da criança de forma que torne possível a educação desse sujeitoO aluno com autismo é devidamente assistido pela escola Não pois se observa que escola tenta incluir esse aluno e não só integrar esse aluno mas que se esbarra em muitas limitações como falta de estrutura falta de pessoal falta de recursos falta de uma formação de professores e principalmente interesse por parte desses em adquirir conhecimento mais profundos para se ter uma fundamentação no trabalho realizado Podese concluir que são necessárias mais pesquisas acerca da temática do autismo e educação de forma a lançar olhares mais atentos para as práticas educativas direcionadas a esses sujeitos continuar investigando discutindo e refletindo sobre essa realidade a necessidade de uma visão crítica a respeito do diagnóstico a relação entre família e a escola sendo essa de fundamental importância A pesquisa apresentada evidencia a necessidade urgente de uma reflexão mais aprofundada sobre as práticas educacionais voltadas para a inclusão de crianças autistas destacando a importância de um planejamento pedagógico que seja verdadeiramente centrado nas habilidades e nas limitações específicas de cada aluno Contudo a realidade observada mostra que a educação desses alunos ainda enfrenta grandes desafios Apesar dos esforços para incluir as crianças autistas a efetiva integração e inclusão educacional esbarra em diversas barreiras como a falta de estrutura adequada escassez de pessoal qualificado recursos limitados e especialmente a formação insuficiente de muitos professores Além disso o interesse por parte dos educadores em aprofundar seu conhecimento sobre o autismo e em se capacitar para atender essas necessidades específicas é muitas vezes um aspecto negligenciado comprometendo a qualidade do atendimento educacional Diante dessa realidade podese concluir que há uma grande demanda por mais pesquisas que abordem de maneira crítica as práticas pedagógicas voltadas para o autismo e a educação inclusiva Tais pesquisas são essenciais para promover um olhar mais atento e fundamentado sobre a temática além de impulsionar o desenvolvimento de metodologias e estratégias eficazes para atender adequadamente esses alunos É igualmente importante continuar investigando a relação entre a família e a escola já que a colaboração entre ambos é crucial para o sucesso da inclusão Ao focar em uma visão crítica do diagnóstico e das práticas educacionais será possível avançar na construção de um sistema educacional mais inclusivo acolhedor e capacitado para lidar com a diversidade REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMY M D Enfrentando o autismo a criança autista seus pais e a reação terapêutica Rio de Janeiro Zahar 2001 ASSUMPÇÃO M C M Educação infantil uma fase importante na aprendizagem Perfil News abr 2014 Disponível em httpwwwperfilnewscombrartigosartigoeducacaoinfantilumafase importantenaaprendizagem Acesso em 18 ago 2025 BOSA C CALLIAS M Autismo breve revisão de diferentes abordagens Psicologia Reflexão e Crítica v 13 n 1 2001 BOSA C Autismo atuais interpretações para antigas observações Porto Alegre Artmed 2002 BRASIL Declaração de Salamanca Organização das Nações Unidas para a Educação a Ciência e a Cultura UNESCO 1994 BRASIL Lei nº 12764 de 27 de dezembro de 2012 Institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista Diário Oficial da União seção 1 Brasília DF 28 dez 2012 BRASIL Definição Transtorno do Espectro Autista TEA na criança Ministério da Saúde Disponível emhttpswwwsaudegovbr Acesso em 7 set 2024 FREIRE P Pedagogia da autonomia saberes necessários à prática educativa 24 ed São Paulo Paz e Terra 1996 LEITE A R A educação especial no Brasil e os aspectos pedagógicos Webartigos out 2011 Disponível em httpwwwwebartigoscomartigosaeducacaoespecialnobrasileosaspectos pedagogicos78097 Acesso em 23 ago 2025
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1 AUTISMO NA EDUCAÇÃO INFANTIL E SUAS PRÁTICAS PEDAGOGICAS jucimara RESUMO Rafael Galli Este artigo é uma pesquisa feita com base em livros e textos com uma abordagem mais qualitativa O objetivo é entender a importância da educação inclusiva especialmente no caso das crianças com autismo Queremos refletir sobre as necessidades dessas crianças e como o transtorno afeta suas vidas A educação inclusiva é fundamental na educação básica pois oferece a essas crianças a chance de aprender e adquirir conhecimentos de uma forma adequada A escola e a família desempenham papéis essenciais na vida dessas crianças trabalhando juntos para melhorar seu desempenho e bemestar Através dessa pesquisa foi possível entender melhor o universo das crianças com autismo e reconhecer a importância de um ambiente escolar que apoie seu desenvolvimento PalavrasChave Autismo Inclusão Educação Especial jucimara Rafael Galli 3 1 INTRODUÇÃO Discutir a inclusão nos dias de hoje é extremamente importante quanto mais se dialoga sobre esse tema mais reflexões surgem o que pode levar a uma mudança de comportamento na sociedade No que tange à Educação Especial tratase de uma educação que visa atender a todos promovendo a interação direta com crianças nesse contexto escolar e social Conforme as novas diretrizes pedagógicas crianças com necessidades especiais têm sido integradas ao sistema regular de ensino de diversas formas sempre respaldadas pela legislação tornandose um dos principais tópicos de debate na Educação no Brasil O objetivo deste trabalho é compreender as dificuldades de aprendizagem de crianças com Transtorno do Espectro Autista TEA e explorar as ações e propostas curriculares direcionadas ao aprendizado desse grupo Observase que essas crianças podem ser incluídas no ambiente escolar ao lado dos demais alunos sabendo que suas particularidades comportamentais podem contribuir para uma aprendizagem significativa e de qualidade É evidente a necessidade de métodos que viabilizem essa aprendizagem No campo da educação e da pedagogia os docentes e os profissionais encarregados da educação desses estudantes se deparam em sua maioria com dificuldades de aprendizagem Assim o foco deste estudo se restringe a investigar o processo de alfabetização de crianças autistas no contexto do Ensino Fundamental A inclusão é um tema presente nas políticas públicas nas instituições educacionais e acadêmicas além de ser amplamente discutido nas diversas mídias o que confere visibilidade a este assunto e propõe a verdadeira inclusão nos sistemas educacionais QUIXABA 2015 Em relação à metodologia a pesquisa adotada possui caráter exploratório e qualitativo onde as fontes bibliográficas consultadas e os textos lidos foram analisados e cotejados com situações observáveis durante o trabalho buscando assim uma integração entre os conteúdos teóricos e as práticas educacionais Dessa forma esta pesquisa visa de maneira específica apresentar métodos que favoreçam a aprendizagem dessas crianças além de identificar suas dificuldades e descobrir formas que ajudem no processo educativo Portanto é essencial observar o aluno autista para compreender suas habilidades sendo fundamental desenvolver Nesse sentido a busca por conhecimento e a busca por informações são aspectos de grande relevância para os profissionais da área Assim acreditase ser necessário explorar e criar novas experiências que permitam aos professores uma prática pedagógica efetiva É importante que o professor atue como um facilitador da aprendizagem e 4 possua as competências necessárias para oferecer um ensino diversificado Para isso é importante que ele compreenda o desenvolvimento da leitura e da escrita da criança autista no ambiente escolar permitindo que ela realize suas tarefas com sucesso A utilização de uma metodologia que contribua para o desenvolvimento do autista e de extrema importância já que muitos são os problemas encontrados em sala de aula com crianças autistas e síndrome do autismo apresentado na maior parte dos casos dificuldade de aprendizagem ou prejuízo de linguagem A garantia da qualidade social na educação envolve a convicção de que é possível educar todos o que é fundamental para promover a igualdade e a inclusão social Isso requer um esforço conjunto e estruturado na escola onde a colaboração na criação e implementação do projeto pedagógico e do currículo é essencial Além disso a atuação qualificada dos professores tanto nos conteúdos quanto nas metodologias de ensino é crucial pois está diretamente ligada à relevância social dos materiais abordados e à obtenção de bons resultados acadêmicos que reflitam o empenho da escola e de seus educadores O referencial teórico e documental utilizado neste estudo foi encontrado em plataformas e periódicos online além das tradicionais bases físicas nas quais obtivemos as fontes que abordam temas associados à história da Educação Especial no Brasil e a inclusão dos alunos com autismo e suas dimensões com práticas pedagógicas voltadas para esses alunos e chamar atenção para os Transtornos Globais de Desenvolvimento A metodologia empregada neste trabalho foi o uso da pesquisa bibliográfica que permitiram uma melhor compreensão acerca da temática De acordo com o Ministério da Educação e Cultura MEC entendese que o Transtorno Geral de Desenvolvimento TGD Os alunos com transtorno global do desenvolvimento são aqueles que apresentam alterações qualitativas das interações sociais recíprocas e na comunicação um repertório de interesses e atividades restrito estereotipado e repetitivo Incluemse nesse grupo alunos com autismo síndromes do espectro do autismo e psicose infantil BRASIL 2008 p 15 5 É notório que houve uma evolução significativa na educação de alunos com TGD no que diz respeito à educação deles Entretanto ainda existem muitos desafios e obstáculos para que estes alunos tenham de fato uma educação adequada dentro da sala de aula Pensando na escola como formadora de cidadãos a educação de alunos com autismo conforme Vasques 2003 p 31 apud PINTO 2015 p 13 deve considerar que nesse caminho marcado por dúvidas e respostas provisórias a escola e a educação emergem cada vez mais como espaços possíveis desde que seja superada a concepção de escola como espaço social de transmissão de conhecimentos em seu valor instrumental e adaptativo Os alunos autistas são meros receptores mas estão incluídos dentro do contexto escolar por isso a escola precisa ter um novo olhar para estes alunos a educação inclusiva constitui um paradigma educacional fundamentado na concepção de direitos humanos que conjuga igualdade e diferença como valores indissociáveis e que avança em relação à ideia de equidade formal ao contextualizar as circunstâncias históricas da produção da exclusão dentro e fora da escola BRASIL 2007 sp É através da escola que a sociedade adquire fundamenta e modifica conceitos de participação colaboração e adaptação AMY 2001 A escola precisa valorizar as habilidades do aluno com deficiência valorizando suas habilidades trabalhar suas potencialidades visando seu desenvolvimento e não trabalhar na tentativa de consertar o defeito A busca por propostas de práticas pedagógicas voltadas para alunos com necessidades especiais como o autismo dentro da sala pode contribuir para identificar como ocorre a relação professor e aluno no cotidiano escolar e a interação com os demais alunos 6 2 DESENVOLVIMENTO 21 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 22 APRENDIZAGEM Freire 1996 afirma que aprender é construir e reconstruir pacientemente uma obra que não será definitiva processo de aprendizagem pois o ser humano é transitório Segundo Piaget apud ASSUMPÇÃO 2014 a criança dos dois aos seis anos começa a construir de aprendizagens formais que utilizarão durante toda a sua vida acadêmica Aprender portanto passa a ser o ponto crucial do processo Vygotsky menciona que o processo de ensino aprendizagem envolve diretamente a interação entre sujeitos que é promovida pela convivência social processo de socialização e maturações orgânicas A função de um educador escolar por exemplo seria então a de favorecer esta aprendizagem servindo de mediador entre a criança e o mundo RABELLO PASSOS 2015 23 ENSINO Segundo Freire 1996 p89 ensinar não é transmitir conhecimentos mas criar as possibilidades para a produção do saber O ensinar se resume em desenvolver mudança de comportamento no ser humano e essas alterações por vezes devem ser realizadas pelo professor Cabe ao professor pesquisar e analisar a melhor teoria para se basear e trabalhar com o aluno em prol do seu desenvolvimento intelectual Atualmente a legislação Brasileira de acordo com a LDB nº 939496 todos os alunos com necessidades educativas especiais devem ser incluídos nas salas regulares de Ensino Fundamental A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDBEN n 939496 salienta em seus artigos 58 e 59 assim com parágrafos e inciso que o sistema de 7 ensino deve tornar possível o acesso desses quanto prático para que a inclusão realmente ocorra Além disso sustenta que o serviço especializado para o atendimento às peculiaridades dos alunos deficientes só deverá ser instituído quando for necessário Também faz referência às melhorias e revisões de currículo avaliação métodos técnica recursos educativos formação de professores 8 dentre outros aspectos propícios às mudanças de paradigmas referentes à clientela deficiente PADILHA 2000 Para que esses direitos se tornassem lei não poderia deixar de citar a importância da Declaração Mundial de Educação para Todos 1990 e a Declaração de Salamanca 1994 que influenciam a formulação das políticas públicas de educação inclusiva A reflexão de Freire 1996 sobre o papel do educador como facilitador da produção do saber destaca a importância de criar condições que favoreçam o desenvolvimento intelectual do aluno ao invés de simplesmente transmitir conteúdo O ensino segundo Freire vai além da mera transmissão de informações ele deve ser um processo dinâmico no qual o educador contribui para mudanças de comportamento e consequentemente para o desenvolvimento integral do aluno Nesse sentido o professor precisa estar atento às necessidades de cada estudante pesquisando e analisando as melhores abordagens pedagógicas para promover um aprendizado significativo e adaptado A legislação brasileira por sua vez tem avançado para garantir a inclusão de alunos com necessidades educativas especiais nas salas regulares de Ensino Fundamental conforme estabelece a LDB nº 939496 A lei enfatiza a importância de um sistema educacional que permita o acesso pleno e eficaz desses alunos ao ensino regular adequandose às suas necessidades específicas A criação de serviços especializados no entanto deve ocorrer apenas quando necessário sempre com a premissa de que a inclusão seja uma prática efetiva e não apenas formal Nesse contexto a LDB também aborda a revisão de currículos avaliação métodos e a formação de professores como elementos essenciais para a transformação do sistema educacional em um espaço verdadeiramente inclusivo A Declaração Mundial de Educação para Todos 1990 e a Declaração 9 de Salamanca 1994 são marcos internacionais fundamentais que influenciam as políticas públicas de educação inclusiva no Brasil reforçando a necessidade de garantir o direito à educação de qualidade para todos os alunos independentemente de suas necessidades específicas Essas declarações propõem a construção de sistemas educacionais que não excluam mas integrem e valorizem as diferenças com o objetivo de garantir a equidade no 10 acesso ao ensino Dessa forma as políticas públicas educacionais e a formação de professores devem caminhar lado a lado com esses princípios para que a inclusão de alunos com necessidades especiais seja efetiva e transformadora 24 AUTISMO O autismo suscite um interesse imenso em boa parte sem dúvida em decorrência da fascinação que inspiram essa doença e seu mistério e em grande parte devido a importantes movimentos de associação de familiares Estes lutam pelos tratamentos que lhe parecem os melhores mais também para mobilizar o poder público de modo que atenuem a carência ou mesmo a penúria de estabelecimentos estabilizados AMY 2001 O autismo é um transtorno de espectro autista caracterizado por prejuízos na interação social atraso na aquisição da linguagem e comportamentos estenotipados e repetitivos TEIXEIRA 2013 p 171 Segundo Bosa 2002 p22 a definição de autismo é entendida como com a maiúsculo e minúsculo com e sem artigo antecedendo a palavra o Autismo Ou o autismo como síndrome comportamental síndrome neuropsiquiátriconeuropsicológica como transtorno invasivo do desenvolvimento transtorno global do desenvolvimento transtorno abrangente do desenvolvimento como transtorno pervasivo do desenvolvimento essa palavra nem consta no Aurélio psicose infantil precoce simbiótica etc Ouvese falar em pré autismo pseudoautismo e pósautismo BOSA 2002 p 22 Tentando esclarecer um pouco mais o conceito etiologia e educação destes sujeitos houve uma pesquisa bibliográfica que retrataram estudos realizados acerca Um dos primeiros estudos realizado foi em 1943 feito por Leo Kanner e 1944 por Hans Asperger os quais independente o primeiro em Baltimore e o segundo em Viena forneceram relatos sistemáticos dos casos que acompanhavam e das suas respectivas suposições teóricas para essa síndrome até então desconhecida BOSA 2002 p22 Kanner em 1943 apud BOSA 2002 verificou em seus atendimentos comportamentos peculiares no que diz respeito a relação interpessoal ou seja uma incapacidade dessas crianças de estabelecer relações de maneira normal com as pessoas e situações desde o princípio de sua vida BOSA 2002 p23 Ainda de acordo de Kanner outra característica observada em seus estudos foi a dificuldade em estreitar 11 laços de afetividade como por exemplo acomodarse ao colo de alguém atraso na aquisição da fala e do uso não comunicativo da mesma movimentos repetitivos ecolalia imediata dificuldade na dificuldade motora insistência obsessiva na manutenção da rotina não aceitação de objetos quebrados ou incompletos dificuldade na introdução de novos alimentos insistência em alinhar objetivos alguns medos a fortes ruídos dentre outros Observase que Kanner 1943 apud BOSA 2002 afirmava que nem todas as crianças apresentam todas as características iguais além do mesmo observar que todas as crianças possuem desenvolvimento intelectual dos sujeitos pesquisados embora os mesmos não demonstrassem Bosa 2002 sp diz que a teoria afetiva Sugere que o autismo se origina de uma disfunção primária do sistema afetivo qual seja uma inabilidade inata básica para interagir emocionalmente com os outros o que levaria a uma falha no reconhecimento de estados mentais e a um prejuízo na habilidade para abstrair e simboliza De acordo com Asperger 1944 apud BOSA 2002 observa que as suas descrições são mais amplas que a de Kanner tendo em vista a sua inclusão de casos com comprometimento orgânico Asperger ressaltou a dificuldade das crianças em manter contato visual durante situações sociais carência de gestos de significação movimentos repetitivos dificuldade dos responsáveis em se comprometer nos três primeiros anos de vida vocabulário monótono com a presença de repetição de palavras Ambos estudiosos encontraram em seus estudos semelhanças com relação a dificuldades nos relacionamentos interpessoais e na comunicação além do comportamento repetitivo como por exemplo estereotipias e ecolalia imediata No discorrer da história o autismo foi visto sob várias formas primeiramente como pessoas esquizofrênicas logo após psicoses BOSA 2002 A denominação do autismo na categoria de psicose ou esquizofrenia muda conforme as escolas psiquiátricas Assumpção Júnior 1997 apud BOSA 2002 p 27 Por Psicose compreendese de um modo geral um distúrbio maciço da realidade envolvendo uma desorganização ou não organização da personalidade Com relação às conceituações sobre a esquizofrenia temse que as mesmas referiamse as mudanças peculiares nos sentimentos e nas relações com o mundo externo De acordo com Klein 1989 apud BOSA 2002 p28 grifo do autor a psicose é 12 vista como uma regressão à posição esquizoparanóide característica de uma fase do desenvolvimento normal Nos dias atuais o diagnóstico do autismo prevê a presença do distúrbio em três domínios interação social comunicação e interesses restritos e padrões estereotipados do comportamento SCHLICKMANN FORTUNADO 2013 Os professores precisam aceitar a condição que a criança necessita antes de desenvolver para depois mostrar habilidade para aprender Considerando a inabilidade desta população em generalizar em desenvolver relações interpessoais as limitações linguísticas devido às limitações orgânicas do seu quadro clínico estas automaticamente impactam no atraso do seu desenvolvimento global BRAGA 2009 Um dos métodos de ensino da criança autistas mais usados no Brasil é o Treatment and Education of Autistic and Related Communication Handicapped Children TEACCH tratase de uma Educação Controladora Os propostos deste método são BOSA 2002 Habilitar pessoas portadoras de autismo a se comportar de forma tão funcional e independente quanto possível Promover atendimento adequado para os portadores de autismo e suas famílias e para aqueles que vivem com eles 25 AUTISMO NO CONTEXTO ESCOLAR O acesso da criança com necessidades educativas especiais nas salas de ensino regular permite que a criança faça contatos sociais e favorece o seu desenvolvimento bem como o desenvolvimento das demais crianças na medida em que estas crianças consideradas normais aprendam com as diferenças CAMARGO BOSA 2009 O professor tem que manter uma relação de estímulos e confiança com o aluno autista a fim de evitar que ela construa um sentimento de insegurança e inferioridade Deve também buscar novas estratégias de ensino e compreender que estas crianças são iguais às outras apesar das diferenças e isto enriquece os processos de aprendizagem Com base na convivência com o aluno o professor precisa adaptarse a realidade diante de alguns comportamentos diferenciados de outras crianças como por exemplo bater na mesa se jogar pelo chão bater nas costas dos colegas ruídos dentre 13 outros Salientando que a mudança de professor na maioria das vezes contribui para o regresso desse aluno Segundo Teixeira 2013 p 179 Um profissional importante no tratamento e no processo pedagógico da criança será o facilitador ou o mediador escolar Ele funcionará de elo entre educador pais e os estudantes O mediador escolar trabalhará auxiliando a criança na sala de aula e em todos os ambientes escolares como um personal trainer mediando e ensinando regras sociais estimulando a sua participação em sala facilitando a interação social dela com outras crianças corrigindo rituais e comportamentos repetitivos e almoçando o estudante em situações de irritabilidade e impulsividade Salienta a importância dos pais no processo educacional destas crianças de forma que os compreendam que o seu filho apresenta características peculiares que a diferenciam das outras exigindo uma didática menos exigente OLIVEIRA 2011 A relação do autista com as demais crianças poderá muitas vezes ser uma de uma convivência agressiva tendo em vista que em muitos casos a criança não tem interação com os demais e que a família precisa se posicionar de forma colaborativa com a escola Comparando as afirmações de Kanner 1943 apud BOSA 2002 que verificou nessas crianças a incapacidade crianças de estabelecer relações de maneira normal com as pessoas e situações desde o princípio de sua vida BOSA 2002 p23 Teixeira 2013 esclarece que os comportamentos agressivos podem ser minimizados por meio interações medicamentosas além do uso de métodos comportamentais Segundo o pensamento de Amy 2001 p 49 afirma que o O autismo recobre problemas muitos diferentes as perturbações sensoriais cognitivas e afetivas manifestase de modos variados Certos educadores tem a sabedoria de buscar suas competências em diversas fontes e de trabalhar segundo aquilo que percebem do potencial da criança A inclusão de crianças com necessidades educativas especiais nas salas regulares de ensino oferece benefícios tanto para as crianças com deficiência quanto para as demais uma vez que propicia uma convivência rica em trocas sociais e experiências Como destacado por Camargo e Bosa 2009 o contato com as diferenças favorece o desenvolvimento de todos os alunos permitindo que as crianças normais também aprendam a lidar 14 com a diversidade Esse processo de inclusão no entanto exige do professor uma 15 abordagem sensível e adaptativa pois é essencial que ele estabeleça uma relação de confiança e estímulo com o aluno autista prevenindo sentimento de insegurança e inferioridade O professor precisa compreender que apesar das diferenças as crianças com autismo possuem potencialidades semelhantes às das outras crianças e isso deve ser visto como um fator enriquecedor para o processo de aprendizagem Além disso a flexibilidade e a adaptação são indispensáveis diante dos comportamentos diferenciados que o aluno pode apresentar como agitação física ou ruídos que são comuns no espectro autista O importante portanto é que o educador se ajuste a essas necessidades criando um ambiente acolhedor e seguro Teixeira 2013 destaca a importância de um mediador escolar um profissional que atua como elo entre o professor a criança e a família auxiliando o aluno em sua adaptação ao ambiente escolar Esse mediador tem um papel crucial ao promover a interação social corrigir comportamentos repetitivos e ajudar a criança a lidar com situações de irritabilidade ou impulsividade A presença desse facilitador pode ser um grande diferencial no processo de inclusão e no desenvolvimento das habilidades sociais da criança autista Ademais a colaboração entre escola e família é fundamental Como aponta Oliveira 2011 os pais precisam entender que seus filhos possuem características peculiares e exigem uma abordagem pedagógica mais flexível ajustada às suas necessidades Quando a família se envolve de forma ativa no processo educativo contribuindo com informações sobre o comportamento e as necessidades específicas da criança o processo de inclusão se torna mais eficaz No entanto a convivência entre a criança autista e as demais crianças pode em algumas situações ser desafiadora especialmente em casos de comportamentos agressivos ou dificuldades de interação social 16 como observado por Kanner 1943 apud Bosa 2002 Essas dificuldades podem ser minimizadas por meio de estratégias comportamentais e terapias adequadas além do apoio de profissionais qualificados como o mediador escolar A interação com outras crianças aliada a uma abordagem terapêutica eficaz pode ajudar a suavizar as reações impulsivas e agressivas favorecendo uma 17 integração mais harmônica no ambiente escolar Por fim como ressalta Amy 2001 o autismo é um transtorno multifacetado com manifestações sensoriais cognitivas e afetivas variadas e requer dos educadores a capacidade de buscar alternativas em diversas fontes de conhecimento adaptando suas práticas pedagógicas de acordo com o potencial da criança A compreensão da complexidade do autismo aliada a uma abordagem centrada na valorização das diferenças é crucial para garantir que o processo de inclusão seja verdadeiramente eficaz e transformador CONSIDERAÇÕES FINAIS A pesquisa evidencia a relevância de refletir sobre as práticas direcionadas à criança autista com um planejamento voltado às habilidades tendo em vista as limitações observadas no contexto da criança de forma que torne possível a educação desse sujeito O aluno com autismo é devidamente assistido pela escola Não pois se observa que escola tenta incluir esse aluno e não só integrar esse aluno mas que se esbarra em muitas limitações como falta de estrutura falta de pessoal falta de recursos falta de uma formação de professores e principalmente interesse por parte desses em adquirir conhecimento mais profundos para se ter uma fundamentação no trabalho realizado Podese concluir que são necessárias mais pesquisas acerca da temática do autismo e educação de forma a lançar olhares mais atentos para as práticas educativas direcionadas a esses sujeitos continuar investigando discutindo e refletindo sobre essa realidade a necessidade de uma visão crítica a respeito do diagnóstico a relação entre família e a escola sendo essa de fundamental importância A pesquisa apresentada evidencia a necessidade urgente de uma reflexão mais aprofundada sobre as práticas educacionais voltadas para a 18 inclusão de crianças autistas destacando a importância de um planejamento pedagógico que seja verdadeiramente centrado nas habilidades e nas limitações específicas de cada aluno Contudo a realidade observada mostra que a educação desses alunos ainda enfrenta grandes desafios Apesar dos esforços para incluir as crianças autistas a efetiva integração e inclusão educacional esbarra em diversas barreiras como a falta de estrutura 19 adequada escassez de pessoal qualificado recursos limitados e especialmente a formação insuficiente de muitos professores Além disso o interesse por parte dos educadores em aprofundar seu conhecimento sobre o autismo e em se capacitar para atender essas necessidades específicas é muitas vezes um aspecto negligenciado comprometendo a qualidade do atendimento educacional Diante dessa realidade podese concluir que há uma grande demanda por mais pesquisas que abordem de maneira crítica as práticas pedagógicas voltadas para o autismo e a educação inclusiva Tais pesquisas são essenciais para promover um olhar mais atento e fundamentado sobre a temática além de impulsionar o desenvolvimento de metodologias e estratégias eficazes para atender adequadamente esses alunos É igualmente importante continuar investigando a relação entre a família e a escola já que a colaboração entre ambos é crucial para o sucesso da inclusão Ao focar em uma visão crítica do diagnóstico e das práticas educacionais será possível avançar na construção de um sistema educacional mais inclusivo acolhedor e capacitado para lidar com a diversidade 20 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMY M D Enfrentando o autismo a criança autista seus pais e a reação terapêutica Rio de Janeiro Zahar 2001 ASSUMPÇÃO M C M Educação infantil uma fase importante na aprendizagem Abr 2014 Disponível em httpwwwperfilnewscombrartigosartigoeducacaoinfantil umafaseimportantena aprendizagem Acesso em 18 agost 2025 BOSA C CALLIAS M Autismo Breve revisão de diferentes abordagens Psicologia Reflexão e Crítica 2001 v13 n 1 BOSA C Autismo atuais interpretações para antigas observações Porto Alegre Artmed 2002 BRASIL Declaração de Salamanca Organizações da Nações Unidas para a Educação a Ciência e Cultura UNESCO 1994 BRASILLei Federalnº12764 de 27de dezembro de 2012 Instituía Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista Diário Oficial da República Federativa do Brasil Brasília 28 dez 2012 DefiniçãoTranstorno do Espectro Autista TEA na criança saudegovbr Acesso em7 set 2024 FREIRE P Pedagogia da autonomia saberes necessários a prática educativa 24 ed São Paulo Paz e Terra 1996 LEITE A R A educação especial no Brasil e os aspectos pedagógicos Out 2011 Disponível em httpwwwwebartigoscomartigosaeducacaoespecial 21 nobrasileosaspectospedago gicos78097 Acesso em 23 agost 2025 22 PADILHA AML Práticas pedagógicas na educação especial a capacidade de significar o mundo e a inserção cultural do deficiente mental Campinas Autores Associados 2001 Política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva Inclusão revista da educação especial Brasília Secretaria de Educação Especial v4 n1 p 717 janjun 2008 QUIXABA Maria A Inclusão na Educação humanizar para educar melhor ed São Paulo Paulinas 2015 RABELLO ET e PASSOS J S Vygotsky e o desenvolvimento humano Disponível em httpwwwjosesilveiracom Acesso em 20 Julho 2025 SANTOS et al O autismo no contexto escolar O Out 2013 Disponível em httpspsicologadocomatuacaopsicologiaescolaroautistanocontextoescolar Acesso em 20 Julho 2025 SMITH D D Introdução à educação especial ensinar em tempos de inclusão 5 ed São Paulo Artmed 2 23 AUTISMO NA EDUCAÇÃO INFANTIL E SUAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS Jucimara Rafael Galli RESUMO Este artigo é uma pesquisa feita com base em livros e textos com uma abordagem mais qualitativa O objetivo é entender a importância da educação inclusiva especialmente no caso das crianças com autismo Queremos refletir sobre as necessidades dessas crianças e como o transtorno afeta suas vidas A educação inclusiva é fundamental na educação básica pois oferece a essas crianças a chance de aprender e adquirir conhecimentos de uma forma adequada A escola e a família desempenham papéis essenciais na vida dessas crianças trabalhando juntos para melhorar seu desempenho e bemestar Através dessa pesquisa foi possível entender melhor o universo das crianças com autismo e reconhecer a importância de um ambiente escolar que apoie seu desenvolvimento PalavrasChave Autismo Inclusão Educação Especial Jucimara Rafael Galli 1 INTRODUÇÃO Discutir a inclusão nos dias de hoje é extremamente importante quanto mais se dialoga sobre esse tema mais reflexões surgem o que pode levar a uma mudança de comportamento na sociedade No que tange à Educação Especial tratase de uma educação que visa atender a todos promovendo a interação direta com crianças nesse contexto escolar e social Conforme as novas diretrizes pedagógicas crianças com necessidades especiais têm sido integradas ao sistema regular de ensino de diversas formas sempre respaldadas pela legislação tornandose um dos principais tópicos de debate na Educação no Brasil O objetivo deste trabalho é compreender as dificuldades de aprendizagem de crianças com Transtorno do Espectro Autista TEA e explorar as ações e propostas curriculares direcionadas ao aprendizado desse grupo Observase que essas crianças podem ser incluídas no ambiente escolar ao lado dos demais alunos sabendo que suas particularidades comportamentais podem contribuir para uma aprendizagem significativa e de qualidade É evidente a necessidade de métodos que viabilizem essa aprendizagem No campo da educação e da pedagogia os docentes e os profissionais encarregados da educação desses estudantes se deparam em sua maioria com dificuldades de aprendizagem Assim o foco deste estudo se restringe a investigar o processo de alfabetização de crianças autistas no contexto do Ensino Fundamental A inclusão é um tema presente nas políticas públicas nas instituições educacionais e acadêmicas além de ser amplamente discutido nas diversas mídias o que confere visibilidade a este assunto e propõe a verdadeira inclusão nos sistemas educacionais QUIXABA 2015 Em relação à metodologia a pesquisa adotada possui caráter exploratório e qualitativo onde as fontes bibliográficas consultadas e os textos lidos foram analisados e cotejados com situações observáveis durante o trabalho buscando assim uma integração entre os conteúdos teóricos e as práticas educacionais Dessa forma esta pesquisa visa de maneira específica apresentar métodos que favoreçam a aprendizagem dessas crianças além de identificar suas dificuldades e descobrir formas que ajudem no processo educativo Portanto é essencial observar o aluno autista para compreender suas habilidades sendo fundamental desenvolver Nesse sentido a busca por conhecimento e a busca por informações são aspectos de grande relevância para os profissionais da área Assim acreditase ser necessário explorar e criar novas experiências que permitam aos professores uma prática pedagógica efetiva É importante que o professor atue como um facilitador da aprendizagem e possua as competências necessárias para oferecer um ensino diversificado Para isso é importante que ele compreenda o desenvolvimento da leitura e da escrita da criança autista no ambiente escolar permitindo que ela realize suas tarefas com sucesso A utilização de uma metodologia que contribua para o desenvolvimento do autista e de extrema importância já que muitos são os problemas encontrados em sala de aula com crianças autistas e síndrome do autismo apresentado na maior parte dos casos dificuldade de aprendizagem ou prejuízo de linguagem A garantia da qualidade social na educação envolve a convicção de que é possível educar todos o que é fundamental para promover a igualdade e a inclusão social Isso requer um esforço conjunto e estruturado na escola onde a colaboração na criação e implementação do projeto pedagógico e do currículo é essencial Além disso a atuação qualificada dos professores tanto nos conteúdos quanto nas metodologias de ensino é crucial pois está diretamente ligada à relevância social dos materiais abordados e à obtenção de bons resultados acadêmicos que reflitam o empenho da escola e de seus educadores O referencial teórico e documental utilizado neste estudo foi encontrado em plataformas e periódicos online além das tradicionais bases físicas nas quais obtivemos as fontes que abordam temas associados à história da Educação Especial no Brasil e a inclusão dos alunos com autismo e suas dimensões com práticas pedagógicas voltadas para esses alunos e chamar atenção para os Transtornos Globais de Desenvolvimento A metodologia empregada neste trabalho foi o uso da pesquisa bibliográfica que permitiram uma melhor compreensão acerca da temática De acordo com o Ministério da Educação e Cultura MEC entendese que o Transtorno Geral de Desenvolvimento TGD Os alunos com transtorno global do desenvolvimento são aqueles que apresentam alterações qualitativas das interações sociais recíprocas e na comunicação um repertório de interesses e atividades restrito estereotipado e repetitivo Incluemse nesse grupo alunos com autismo síndromes do espectro do autismo e psicose infantil BRASIL 2008 p 15 É notório que houve uma evolução significativa na educação de alunos com TGD no que diz respeito à educação deles Entretanto ainda existem muitos desafios e obstáculos para que estes alunos tenham de fato uma educação adequada dentro da sala de aula Pensando na escola como formadora de cidadãos a educação de alunos com autismo conforme Vasques 2003 e PINTO 2015 deve considerar que nesse caminho marcado por dúvidas e respostas provisórias a escola e a educação emergem cada vez mais como espaços possíveis desde que seja superada a concepção de escola como espaço social de transmissão de conhecimentos em seu valor instrumental e adaptativo Vasques 2003 p 31 apud PINTO 2015 p 13 Os alunos autistas são meros receptores mas estão incluídos dentro do contexto escolar por isso a escola precisa ter um novo olhar para estes alunos a educação inclusiva constitui um paradigma educacional fundamentado na concepção de direitos humanos que conjuga igualdade e diferença como valores indissociáveis e que avança em relação à ideia de equidade formal ao contextualizar as circunstâncias históricas da produção da exclusão dentro e fora da escola BRASIL 2007 sp É através da escola que a sociedade adquire fundamenta e modifica conceitos de participação colaboração e adaptação AMY 2001 A escola precisa valorizar as habilidades do aluno com deficiência valorizando suas habilidades trabalhar suas potencialidades visando seu desenvolvimento e não trabalhar na tentativa de consertar o defeito A busca por propostas de práticas pedagógicas voltadas para alunos com necessidades especiais como o autismo dentro da sala pode contribuir para identificar como ocorre a relação professor e aluno no cotidiano escolar e a interação com os demais alunos 2 DESENVOLVIMENTO 21 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 23 APRENDIZAGEM Freire 1996 afirma que aprender é construir e reconstruir pacientemente uma obra que não será definitiva processo de aprendizagem pois o ser humano é transitório Segundo Piaget apud ASSUMPÇÃO 2014 a criança dos dois aos seis anos começa a construir de aprendizagens formais que utilizarão durante toda a sua vida acadêmica Aprender portanto passa a ser o ponto crucial do processo Vygotsky menciona que o processo de ensino aprendizagem envolve diretamente a interação entre sujeitos que é promovida pela convivência social processo de socialização e maturações orgânicas A função de um educador escolar por exemplo seria então a de favorecer esta aprendizagem servindo de mediador entre a criança e o mundo RABELLO PASSOS 2015 24 ENSINO De acordo com Freire 1996 ensinar não consiste em transferir conhecimentos prontos mas em criar condições que favoreçam a construção e a produção do saber pelo próprio aluno Dessa forma o ato de ensinar transcende a simples transmissão de conteúdos configurandose como um processo que visa promover transformações cognitivas comportamentais e sociais no educando Cabe ao docente assumir o papel de mediador do conhecimento investigando selecionando e aplicando teorias pedagógicas adequadas às necessidades e potencialidades de seus alunos com vistas ao desenvolvimento integral do sujeito Atualmente a legislação Brasileira de acordo com a LDB nº 939496 todos os alunos com necessidades educativas especiais devem ser incluídos nas salas regulares de Ensino Fundamental A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDBEN n 939496 salienta em seus artigos 58 e 59 assim com parágrafos e inciso que o sistema de ensino deve tornar possível o acesso desses quanto prático para que a inclusão realmente ocorra Além disso sustenta que o serviço especializado para o atendimento às peculiaridades dos alunos deficientes só deverá ser instituído quando for necessário Também faz referência às melhorias e revisões de currículo avaliação métodos técnica recursos educativos formação de professores dentre outros aspectos propícios às mudanças de paradigmas referentes à clientela deficiente PADILHA 2000 Para que esses direitos se tornassem lei não poderia deixar de citar a importância da Declaração Mundial de Educação para Todos 1990 e a Declaração de Salamanca 1994 que influenciam a formulação das políticas públicas de educação inclusiva A reflexão de Freire 1996 sobre o papel do educador como facilitador da produção do saber destaca a importância de criar condições que favoreçam o desenvolvimento intelectual do aluno ao invés de simplesmente transmitir conteúdo O ensino segundo Freire vai além da mera transmissão de informações ele deve ser um processo dinâmico no qual o educador contribui para mudanças de comportamento e consequentemente para o desenvolvimento integral do aluno Nesse sentido o professor precisa estar atento às necessidades de cada estudante pesquisando e analisando as melhores abordagens pedagógicas para promover um aprendizado significativo e adaptado A legislação brasileira por sua vez tem avançado para garantir a inclusão de alunos com necessidades educativas especiais nas salas regulares de Ensino Fundamental conforme estabelece a LDB nº 939496 A lei enfatiza a importância de um sistema educacional que permita o acesso pleno e eficaz desses alunos ao ensino regular adequando se às suas necessidades específicas A criação de serviços especializados no entanto deve ocorrer apenas quando necessário sempre com a premissa de que a inclusão seja uma prática efetiva e não apenas formal Nesse contexto a LDB também aborda a revisão de currículos avaliação métodos e a formação de professores como elementos essenciais para a transformação do sistema educacional em um espaço verdadeiramente inclusivo A Declaração Mundial de Educação para Todos 1990 e a Declaração de Salamanca 1994 são marcos internacionais fundamentais que influenciam as políticas públicas de educação inclusiva no Brasil reforçando a necessidade de garantir o direito à educação de qualidade para todos os alunos independentemente de suas necessidades específicas Essas declarações propõem a construção de sistemas educacionais que não excluam mas integrem e valorizem as diferenças com o objetivo de garantir a equidade no acesso ao ensino Dessa forma as políticas públicas educacionais e a formação de professores devem caminhar lado a lado com esses princípios para que a inclusão de alunos com necessidades especiais seja efetiva e transformadora 25 AUTISMO O autismo suscite um interesse imenso em boa parte sem dúvida em decorrência da fascinação que inspiram essa doença e seu mistério e em grande parte devido a importantes movimentos de associação de familiares Estes lutam pelos tratamentos que lhe parecem os melhores mais também para mobilizar o poder público de modo que atenuem a carência ou mesmo a penúria de estabelecimentos estabilizados AMY 2001 O autismo é um transtorno de espectro autista caracterizado por prejuízos na interação social atraso na aquisição da linguagem e comportamentos estenotipados e repetitivos TEIXEIRA 2013 p 171 Segundo Bosa 2002 p22 a definição de autismo é entendida como com a maiúsculo e minúsculo com e sem artigo antecedendo a palavra o Autismo Ou o autismo como síndrome comportamental síndrome neuropsiquiátriconeuropsicológica como transtorno invasivo do desenvolvimento transtorno global do desenvolvimento transtorno abrangente do desenvolvimento como transtorno pervasivo do desenvolvimento essa palavra nem consta no Aurélio psicose infantil precoce simbiótica etc Ouvese falar em pré autismo pseudoautismo e pósautismo BOSA 2002 p 22 Tentando esclarecer um pouco mais o conceito etiologia e educação destes sujeitos houve uma pesquisa bibliográfica que retrataram estudos realizados acerca Um dos primeiros estudos realizado foi em 1943 feito por Leo Kanner e 1944 por Hans Asperger os quais independente o primeiro em Baltimore e o segundo em Viena forneceram relatos sistemáticos dos casos que acompanhavam e das suas respectivas suposições teóricas para essa síndrome até então desconhecida BOSA 2002 p22 Kanner em 1943 apud BOSA 2002 verificou em seus atendimentos comportamentos peculiares no que diz respeito a relação interpessoal ou seja uma incapacidade dessas crianças de estabelecer relações de maneira normal com as pessoas e situações desde o princípio de sua vida BOSA 2002 p23 Ainda de acordo de Kanner outra característica observada em seus estudos foi a dificuldade em estreitar laços de afetividade como por exemplo acomodarse ao colo de alguém atraso na aquisição da fala e do uso não comunicativo da mesma movimentos repetitivos ecolalia imediata dificuldade na dificuldade motora insistência obsessiva na manutenção da rotina não aceitação de objetos quebrados ou incompletos dificuldade na introdução de novos alimentos insistência em alinhar objetivos alguns medos a fortes ruídos dentre outros Observase que Kanner 1943 apud BOSA 2002 afirmava que nem todas as crianças apresentam todas as características iguais além do mesmo observar que todas as crianças possuem desenvolvimento intelectual dos sujeitos pesquisados embora os mesmos não demonstrassem Bosa 2002 sp diz que a teoria afetivaSugere que o autismo se origina de uma disfunção primária do sistema afetivo qual seja uma inabilidade inata básica para interagir emocionalmente com os outros o que levaria a uma falha no reconhecimento de estados mentais e a um prejuízo na habilidade para abstrair e simboliza De acordo com Asperger 1944 apud BOSA 2002 observa que as suas descrições são mais amplas que a de Kanner tendo em vista a sua inclusão de casos com comprometimento orgânico Asperger ressaltou a dificuldade das crianças em manter contato visual durante situações sociais carência de gestos de significação movimentos repetitivos dificuldade dos responsáveis em se comprometer nos três primeiros anos de vida vocabulário monótono com a presença de repetição de palavras Ambos estudiosos encontraram em seus estudos semelhanças com relação a dificuldades nos relacionamentos interpessoais e na comunicação além do comportamento repetitivo como por exemplo estereotipias e ecolalia imediata No discorrer da história o autismo foi visto sob várias formas primeiramente como pessoas esquizofrênicas logo após psicoses BOSA 2002 A denominação do autismo na categoria de psicose ou esquizofrenia muda conforme as escolas psiquiátricas Por psicose compreendese de um modo geral um distúrbio maciço da realidade envolvendo uma desorganização ou não organização da personalidade Assumpção Júnior 1997 apud BOSA 2002 p 27 Com relação às conceituações sobre a esquizofrenia temse que as mesmas referiamse as mudanças peculiares nos sentimentos e nas relações com o mundo externo De acordo com Klein 1989 apud BOSA 2002 p28 grifo do autor a psicose é vista como uma regressão à posição esquizoparanóide característica de uma fase do desenvolvimento normal Nos dias atuais o diagnóstico do autismo prevê a presença do distúrbio em três domínios interação social comunicação e interesses restritos e padrões estereotipados do comportamento SCHLICKMANN FORTUNADO 2013 Os professores precisam aceitar a condição que a criança necessita antes de desenvolver para depois mostrar habilidade para aprender Considerando a inabilidade desta população em generalizar em desenvolver relações interpessoais as limitações linguísticas devido às limitações orgânicas do seu quadro clínico estas automaticamente impactam no atraso do seu desenvolvimento global BRAGA 2009 Um dos métodos de ensino da criança autistas mais usados no Brasil é o Treatment and Education of Autistic and Related Communication Handicapped Children TEACCH tratase de uma Educação Controladora Os propostos deste método são BOSA 2002 Habilitar pessoas portadoras de autismo a se comportar de forma tão funcional e independente quanto possível Promover atendimento adequado para os portadores de autismo e suas famílias e para aqueles que vivem com eles 26 AUTISMO NO CONTEXTO ESCOLAR O acesso da criança com necessidades educativas especiais nas salas de ensino regular permite que a criança faça contatos sociais e favorece o seu desenvolvimento bem como o desenvolvimento das demais crianças na medida em que estas crianças consideradas normais aprendam com as diferenças CAMARGO BOSA 2009O professor tem que manter uma relação de estímulos e confiança com o aluno autista a fim de evitar que ela construa um sentimento de insegurança e inferioridade Deve também buscar novas estratégias de ensino e compreender que estas crianças são iguais às outras apesar das diferenças e isto enriquece os processos de aprendizagem Com base na convivência com o aluno o professor precisa adaptarse a realidade diante de alguns comportamentos diferenciados de outras crianças como por exemplo bater na mesa se jogar pelo chão bater nas costas dos colegas ruídos dentre outros Salientando que a mudança de professor na maioria das vezes contribui para o regresso desse aluno Segundo Teixeira 2013 Um profissional importante no tratamento e no processo pedagógico da criança será o facilitador ou o mediador escolar Ele funcionará de elo entre educador pais e os estudantes O mediador escolar trabalhará auxiliando a criança na sala de aula e em todos os ambientes escolares como um personal trainer mediando e ensinando regras sociais estimulando a sua participação em sala facilitando a interação social dela com outras crianças corrigindo rituais e comportamentos repetitivos e almoçando o estudante em situações de irritabilidade e impulsividade Salienta a importância dos pais no processo educacional destas crianças de forma que os compreendam que o seu filho apresenta características peculiares que a diferenciam das outras exigindo uma didática menos exigente OLIVEIRA 2011 A relação do autista com as demais crianças poderá muitas vezes ser uma de uma convivência agressiva tendo em vista que em muitos casos a criança não tem interação com os demais e que a família precisa se posicionar de forma colaborativa com a escola Comparando as afirmações de Kanner 1943 apud BOSA 2002 que verificou nessas crianças a incapacidade crianças de estabelecer relações de maneira normal com as pessoas e situações desde o princípio de sua vida BOSA 2002 p23 Teixeira 2013 esclarece que os comportamentos agressivos podem ser minimizados por meio interações medicamentosas além do uso de métodos comportamentais Segundo o pensamento de Amy 2001 afirma que o O autismo recobre problemas muitos diferentes as perturbações sensoriais cognitivas e afetivas manifestase de modos variados Certos educadores tem a sabedoria de buscar suas competências em diversas fontes e de trabalhar segundo aquilo que percebem do potencial da criançaAMY 2001 p 49 A inclusão de crianças com necessidades educativas especiais nas salas regulares de ensino oferece benefícios tanto para as crianças com deficiência quanto para as demais uma vez que propicia uma convivência rica em trocas sociais e experiências Como destacado por Camargo e Bosa 2009 o contato com as diferenças favorece o desenvolvimento de todos os alunos permitindo que as crianças normais também aprendam a lidar com a diversidade Esse processo de inclusão no entanto exige do professor uma abordagem sensível e adaptativa pois é essencial que ele estabeleça uma relação de confiança e estímulo com o aluno autista prevenindo sentimento de insegurança e inferioridade O professor precisa compreender que apesar das diferenças as crianças com autismo possuem potencialidades semelhantes às das outras crianças e isso deve ser visto como um fator enriquecedor para o processo de aprendizagem Além disso a flexibilidade e a adaptação são indispensáveis diante dos comportamentos diferenciados que o aluno pode apresentar como agitação física ou ruídos que são comuns no espectro autista O importante portanto é que o educador se ajuste a essas necessidades criando um ambiente acolhedor e seguro Teixeira 2013 destaca a importância de um mediador escolar um profissional que atua como elo entre o professor a criança e a família auxiliando o aluno em sua adaptação ao ambiente escolar Esse mediador tem um papel crucial ao promover a interação social corrigir comportamentos repetitivos e ajudar a criança a lidar com situações de irritabilidade ou impulsividade A presença desse facilitador pode ser um grande diferencial no processo de inclusão e no desenvolvimento das habilidades sociais da criança autista Ademais a colaboração entre escola e família é fundamental Como aponta Oliveira 2011 os pais precisam entender que seus filhos possuem características peculiares e exigem uma abordagem pedagógica mais flexível ajustada às suas necessidades Quando a família se envolve de forma ativa no processo educativo contribuindo com informações sobre o comportamento e as necessidades específicas da criança o processo de inclusão se torna mais eficaz No entanto a convivência entre a criança autista e as demais crianças pode em algumas situações ser desafiadora especialmente em casos de comportamentos agressivos ou dificuldades de interação social como observado por Kanner 1943 apud Bosa 2002 Essas dificuldades podem ser minimizadas por meio de estratégias comportamentais e terapias adequadas além do apoio de profissionais qualificados como o mediador escolar A interação com outras crianças aliada a uma abordagem terapêutica eficaz pode ajudar a suavizar as reações impulsivas e agressivas favorecendo uma integração mais harmônica no ambiente escolar Por fim como ressalta Amy 2001 o autismo é um transtorno multifacetado com manifestações sensoriais cognitivas e afetivas variadas e requer dos educadores a capacidade de buscar alternativas em diversas fontes de conhecimento adaptando suas práticas pedagógicas de acordo com o potencial da criança A compreensão da complexidade do autismo aliada a uma abordagem centrada na valorização das diferenças é crucial para garantir que o processo de inclusão seja verdadeiramente eficaz e transformador CONSIDERAÇÕES FINAIS A pesquisa evidencia a relevância de refletir sobre as práticas direcionadas à criança autista com um planejamento voltado às habilidades tendo em vista as limitações observadas no contexto da criança de forma que torne possível a educação desse sujeitoO aluno com autismo é devidamente assistido pela escola Não pois se observa que escola tenta incluir esse aluno e não só integrar esse aluno mas que se esbarra em muitas limitações como falta de estrutura falta de pessoal falta de recursos falta de uma formação de professores e principalmente interesse por parte desses em adquirir conhecimento mais profundos para se ter uma fundamentação no trabalho realizado Podese concluir que são necessárias mais pesquisas acerca da temática do autismo e educação de forma a lançar olhares mais atentos para as práticas educativas direcionadas a esses sujeitos continuar investigando discutindo e refletindo sobre essa realidade a necessidade de uma visão crítica a respeito do diagnóstico a relação entre família e a escola sendo essa de fundamental importância A pesquisa apresentada evidencia a necessidade urgente de uma reflexão mais aprofundada sobre as práticas educacionais voltadas para a inclusão de crianças autistas destacando a importância de um planejamento pedagógico que seja verdadeiramente centrado nas habilidades e nas limitações específicas de cada aluno Contudo a realidade observada mostra que a educação desses alunos ainda enfrenta grandes desafios Apesar dos esforços para incluir as crianças autistas a efetiva integração e inclusão educacional esbarra em diversas barreiras como a falta de estrutura adequada escassez de pessoal qualificado recursos limitados e especialmente a formação insuficiente de muitos professores Além disso o interesse por parte dos educadores em aprofundar seu conhecimento sobre o autismo e em se capacitar para atender essas necessidades específicas é muitas vezes um aspecto negligenciado comprometendo a qualidade do atendimento educacional Diante dessa realidade podese concluir que há uma grande demanda por mais pesquisas que abordem de maneira crítica as práticas pedagógicas voltadas para o autismo e a educação inclusiva Tais pesquisas são essenciais para promover um olhar mais atento e fundamentado sobre a temática além de impulsionar o desenvolvimento de metodologias e estratégias eficazes para atender adequadamente esses alunos É igualmente importante continuar investigando a relação entre a família e a escola já que a colaboração entre ambos é crucial para o sucesso da inclusão Ao focar em uma visão crítica do diagnóstico e das práticas educacionais será possível avançar na construção de um sistema educacional mais inclusivo acolhedor e capacitado para lidar com a diversidade REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMY M D Enfrentando o autismo a criança autista seus pais e a reação terapêutica Rio de Janeiro Zahar 2001 ASSUMPÇÃO M C M Educação infantil uma fase importante na aprendizagem Perfil News abr 2014 Disponível em httpwwwperfilnewscombrartigosartigoeducacaoinfantilumafase importantenaaprendizagem Acesso em 18 ago 2025 BOSA C CALLIAS M Autismo breve revisão de diferentes abordagens Psicologia Reflexão e Crítica v 13 n 1 2001 BOSA C Autismo atuais interpretações para antigas observações Porto Alegre Artmed 2002 BRASIL Declaração de Salamanca Organização das Nações Unidas para a Educação a Ciência e a Cultura UNESCO 1994 BRASIL Lei nº 12764 de 27 de dezembro de 2012 Institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista Diário Oficial da União seção 1 Brasília DF 28 dez 2012 BRASIL Definição Transtorno do Espectro Autista TEA na criança Ministério da Saúde Disponível emhttpswwwsaudegovbr Acesso em 7 set 2024 FREIRE P Pedagogia da autonomia saberes necessários à prática educativa 24 ed São Paulo Paz e Terra 1996 LEITE A R A educação especial no Brasil e os aspectos pedagógicos Webartigos out 2011 Disponível em httpwwwwebartigoscomartigosaeducacaoespecialnobrasileosaspectos pedagogicos78097 Acesso em 23 ago 2025