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AUTISMO NA EDUCAÇÃO INFANTIL E SUAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS RESUMO Nome do Orientador2 Este artigo é uma pesquisa feita com base em livros e textos com uma abordagem mais qualitativa O objetivo é entender a importância da educação inclusiva especialmente no caso das crianças com autismo Queremos refletir sobre as necessidades dessas crianças e como o transtorno afeta suas vidas A educação inclusiva é fundamental na educação básica pois oferece a essas crianças a chance de aprender e adquirir conhecimentos de uma forma adequada A escola e a família desempenham papéis essenciais na vida dessas crianças trabalhando juntos para melhorar seu desempenho e bemestar Através dessa pesquisa foi possível entender melhor o universo das crianças com autismo e reconhecer a importância de um ambiente escolar que apoie seu desenvolvimento PalavrasChave Autismo Inclusão Educação Especial Educação Infantil 1 INTRODUÇÃO Discutir a inclusão nos dias de hoje é extremamente importante quanto mais se dialoga sobre esse tema mais reflexões surgem o que pode levar a uma mudança de comportamento na sociedade No que tange à Educação Especial tratase de uma educação que visa atender a todos promovendo a interação direta com crianças nesse contexto escolar e social Conforme as novas diretrizes pedagógicas crianças com necessidades especiais têm sido integradas ao sistema regular de ensino de diversas formas sempre respaldadas pela legislação tornandose um dos principais tópicos de debate na Educação no Brasil O objetivo deste trabalho é compreender as dificuldades de aprendizagem de crianças com Transtorno do Espectro Autista TEA e explorar as ações e propostas curriculares direcionadas ao aprendizado desse grupo Observase que essas crianças podem ser incluídas no ambiente escolar ao lado dos demais alunos sabendo que suas particularidades comportamentais podem contribuir para uma aprendizagem significativa e de qualidade É evidente a necessidade de métodos que viabilizem essa aprendizagem No campo da educação e da pedagogia os docentes e os profissionais encarregados da educação desses estudantes se deparam em sua maioria com dificuldades de aprendizagem Assim o foco deste estudo se restringe a investigar o processo de alfabetização de crianças autistas no contexto do Ensino Fundamental A inclusão é um tema presente nas políticas públicas nas instituições educacionais e acadêmicas além de ser amplamente discutido nas diversas mídias o que confere visibilidade a este assunto e propõe a verdadeira inclusão nos sistemas educacionais QUIXABA 2015 Em relação à metodologia a pesquisa adotada possui caráter exploratório e qualitativo onde as fontes bibliográficas consultadas e os textos lidos foram analisados e cotejados com situações observáveis durante o trabalho buscando assim uma integração entre os conteúdos teóricos e as práticas educacionais Dessa forma esta pesquisa visa de maneira específica apresentar métodos que favoreçam a aprendizagem dessas crianças além de identificar suas dificuldades e descobrir formas que ajudem no processo educativo Portanto é essencial observar o aluno autista para compreender suas habilidades sendo 2 fundamental desenvolver um trabalho focado na sua socialização Nesse sentido a busca por conhecimento e a busca por informações são aspectos de grande relevância para os profissionais da área Assim acreditase ser necessário explorar e criar novas experiências que permitam aos professores uma prática pedagógica efetiva É importante que o professor atue como um facilitador da aprendizagem e possua as competências necessárias para oferecer um ensino diversificado Para isso é importante que ele compreenda o desenvolvimento da leitura e da escrita da criança autista no ambiente escolar permitindo que ela realize suas tarefas com sucesso A utilização de uma metodologia que contribua para o desenvolvimento do autista é de extrema importância já que muitos são os problemas encontrados em sala de aula com crianças autistas e síndrome do autismo apresentado na maior parte dos casos dificuldade de aprendizagem ou prejuízo de linguagem A garantia da qualidade social na educação envolve a convicção de que é possível educar todos o que é fundamental para promover a igualdade e a inclusão social Isso requer um esforço conjunto e estruturado na escola onde a colaboração na criação e implementação do projeto pedagógico e do currículo é essencial Além disso a atuação qualificada dos professores tanto nos conteúdos quanto nas metodologias de ensino é crucial pois está diretamente ligada à relevância social dos materiais abordados e à obtenção de bons resultados acadêmicos que reflitam o empenho da escola e de seus educadores O referencial teórico e documental utilizado neste estudo foi encontrado em plataformas e periódicos online além das tradicionais bases físicas nas quais obtivemos as fontes que abordam temas associados à história da Educação Especial no Brasil e a inclusão dos alunos com autismo e suas dimensões com práticas pedagógicas voltadas para esses alunos e chamar atenção para os Transtornos Globais de Desenvolvimento A metodologia empregada neste trabalho foi o uso da pesquisa bibliográfica que permitiu uma melhor compreensão acerca da temática De acordo com o Ministério da Educação e Cultura MEC entendese que o Transtorno Geral de Desenvolvimento TGD Os alunos com transtorno global do desenvolvimento são aqueles que apresentam alterações qualitativas das interações sociais recíprocas e na comunicação um repertório de interesses e atividades restrito 3 estereotipado e repetitivo Incluemse nesse grupo alunos com autismo síndromes do espectro do autismo e psicose infantil BRASIL 2008 p 15 É notório que houve uma evolução significativa na educação de alunos com TGD no que diz respeito à educação deles Entretanto ainda existem muitos desafios e obstáculos para que estes alunos tenham de fato uma educação adequada dentro da sala de aula Pensando na escola como formadora de cidadãos a educação de alunos com autismo conforme Vasques 2003 p 31 apud PINTO 2015 p 13 deve considerar que nesse caminho marcado por dúvidas e respostas provisórias a escola e a educação emergem cada vez mais como espaços possíveis desde que seja superada a concepção de escola como espaço social de transmissão de conhecimentos em seu valor instrumental e adaptativo Os alunos autistas são meros receptores mas estão incluídos dentro do contexto escolar por isso a escola precisa ter um novo olhar para estes alunos a educação inclusiva constitui um paradigma educacional fundamentado na concepção de direitos humanos que conjuga igualdade e diferença como valores indissociáveis e que avança em relação à ideia de equidade formal ao contextualizar as circunstâncias históricas da produção da exclusão dentro e fora da escola BRASIL 2007 sp É através da escola que a sociedade adquire fundamenta e modifica conceitos de participação colaboração e adaptação AMY 2001 A escola precisa valorizar as habilidades do aluno com deficiência valorizando suas habilidades trabalhar suas potencialidades visando seu desenvolvimento e não trabalhar na tentativa de consertar o defeito A busca por propostas de práticas pedagógicas voltadas para alunos com necessidades especiais como o autismo dentro da sala pode contribuir para identificar como ocorre a relação professor e aluno no cotidiano escolar e a interação com os demais alunos Em síntese a inclusão de alunos com Transtorno do Espectro Autista TEA no ambiente escolar não é apenas uma necessidade legal mas um imperativo social que visa garantir a todos o direito de aprender e participar ativamente da vida escolar e comunitária Embora muitos avanços tenham sido feitos ainda existem desafios significativos para adaptar o ensino às necessidades individuais desses alunos especialmente no que diz respeito à alfabetização e à construção de habilidades cognitivas e sociais Este estudo ao explorar as práticas pedagógicas 4 voltadas para o ensino de crianças com TEA visa contribuir para a reflexão sobre a implementação de métodos mais eficazes e inclusivos que respeitem e valorizem as singularidades desses estudantes A educação inclusiva como proposta de transformação social deve ser vista como um processo contínuo de adaptação e aprendizagem que exige o empenho de toda a comunidade escolar e o desenvolvimento de uma cultura educacional mais aberta flexível e respeitosa à diversidade DESENVOLVIMENTO 11 APRENDIZAGEM Freire 1996 afirma que aprender é construir e reconstruir pacientemente uma obra que não será definitiva processo de aprendizagem pois o ser humano é transitório Segundo Piaget apud ASSUMPÇÃO 2014 a criança dos dois aos seis anos começa a construir de aprendizagens formais que utilizará durante toda a sua vida acadêmica Aprender portanto passa a ser o ponto crucial do processo Vygotsky menciona que o processo de ensino aprendizagem envolve diretamente a interação entre sujeitos que é promovida pela convivência social processo de socialização e maturações orgânicas A função de um educador escolar por exemplo seria então a de favorecer essa aprendizagem servindo de mediador entre a criança e o mundo RABELLO PASSOS 2015 A reflexão de Freire 1996 Piaget apud ASSUMPÇÃO 2014 e Vygotsky RABELLO PASSOS 2015 sobre o processo de aprendizagem revela diferentes aspectos fundamentais para compreender como se dá a construção do conhecimento Para Freire aprender é um processo dinâmico e contínuo uma jornada de reconstrução que nunca chega a um ponto final justamente porque o ser humano está em constante transformação Piaget por sua vez destaca a importância dos primeiros anos de vida na construção das bases cognitivas que acompanharão a criança ao longo de sua trajetória acadêmica sugerindo que a aprendizagem se dá principalmente a partir de uma estrutura de conhecimentos cada vez mais complexa Já Vygotsky enfatiza o 5 papel da interação social como elemento essencial para o aprendizado afirmando que a troca entre os indivíduos mediada pelo educador é indispensável para que a criança desenvolva suas habilidades cognitivas e sociais Assim a aprendizagem não é apenas um processo individual mas um fenômeno que se nutre das relações sociais e da mediação pedagógica essencial para o desenvolvimento pleno do aluno Essas contribuições ressaltam a complexidade do processo de ensinoaprendizagem em que o educador tem a responsabilidade de proporcionar um ambiente que favoreça a troca o questionamento e a construção coletiva do saber 12 ENSINO Segundo Freire 1996 p89 ensinar não é transmitir conhecimentos mas criar as possibilidades para a produção do saber O ensinar se resume em desenvolver mudança de comportamento no ser humano e essas alterações por vezes devem ser realizadas pelo professor Cabe ao professor pesquisar e analisar a melhor teoria para se basear e trabalhar com o aluno em prol do seu desenvolvimento intelectual Atualmente a legislação Brasileira de acordo com a LDB nº 939496 todos os alunos com necessidades educativas especiais devem ser incluídos nas salas regulares de Ensino Fundamental A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDBEN n 939496 salienta em seus artigos 58 e 59 assim com parágrafos e inciso que o sistema de ensino deve tornar possível o acesso desses quanto prático para que a inclusão realmente ocorra Além disso sustenta que o serviço especializado para o atendimento às peculiaridades dos alunos deficientes só deverá ser instituído quando for necessário Também faz referência às melhorias e revisões de currículo avaliação métodos técnica recursos educativos formação de professores dentre outros aspectos propícios às mudanças de paradigmas referentes à clientela deficiente PADILHA 2000 Para que esses direitos se tornassem lei não poderia deixar de citar a importância da Declaração Mundial de Educação para Todos 1990 e a Declaração de Salamanca 1994 que influenciam a formulação das políticas públicas de educação inclusiva A reflexão de Freire 1996 sobre o papel do educador como facilitador da produção do saber destaca a importância de criar condições que favoreçam o 6 desenvolvimento intelectual do aluno ao invés de simplesmente transmitir conteúdo O ensino segundo Freire vai além da mera transmissão de informações ele deve ser um processo dinâmico no qual o educador contribui para mudanças de comportamento e consequentemente para o desenvolvimento integral do aluno Nesse sentido o professor precisa estar atento às necessidades de cada estudante pesquisando e analisando as melhores abordagens pedagógicas para promover um aprendizado significativo e adaptado A legislação brasileira por sua vez tem avançado para garantir a inclusão de alunos com necessidades educativas especiais nas salas regulares de Ensino Fundamental conforme estabelece a LDB nº 939496 A lei enfatiza a importância de um sistema educacional que permita o acesso pleno e eficaz desses alunos ao ensino regular adequandose às suas necessidades específicas A criação de serviços especializados no entanto deve ocorrer apenas quando necessário sempre com a premissa de que a inclusão seja uma prática efetiva e não apenas formal Nesse contexto a LDB também aborda a revisão de currículos avaliação métodos e a formação de professores como elementos essenciais para a transformação do sistema educacional em um espaço verdadeiramente inclusivo A Declaração Mundial de Educação para Todos 1990 e a Declaração de Salamanca 1994 são marcos internacionais fundamentais que influenciam as políticas públicas de educação inclusiva no Brasil reforçando a necessidade de garantir o direito à educação de qualidade para todos os alunos independentemente de suas necessidades específicas Essas declarações propõem a construção de sistemas educacionais que não excluam mas integrem e valorizem as diferenças com o objetivo de garantir a equidade no acesso ao ensino Dessa forma as políticas públicas educacionais e a formação de professores devem caminhar lado a lado com esses princípios para que a inclusão de alunos com necessidades especiais seja efetiva e transformadora 13 AUTISMO O autismo suscitou um interesse imenso em boa parte sem dúvida em decorrência da fascinação que inspiram essa doença e seu mistério e em grande parte devido a importantes movimentos de associação de familiares Estes lutam pelos tratamentos que lhe parecem os melhores mais também para mobilizar o 7 poder público de modo que atenuem a carência ou mesmo a penúria de estabelecimentos estabilizados AMY 2001 O autismo é um transtorno de espectro autista caracterizado por prejuízos na interação social atraso na aquisição da linguagem e comportamentos estereotipados e repetitivos TEIXEIRA 2013 p 171 Segundo Bosa 2002 p22 a definição de autismo é entendida como com a maiúsculo e minúsculo com e sem artigo antecedendo a palavra o Autismo Ou o autismo como síndrome comportamental síndrome neuropsiquiátriconeuropsicológica como transtorno invasivo do desenvolvimento transtorno global do desenvolvimento transtorno abrangente do desenvolvimento como transtorno pervasivo do desenvolvimento essa palavra nem consta no Aurélio psicose infantil precoce simbiótica etc Ouvese falar em pré autismo pseudoautismo e pósautismo BOSA 2002 p 22 Tentando esclarecer um pouco mais o conceito etiologia e educação destes sujeitos houve uma pesquisa bibliográfica que retratou estudos realizados acerca Um dos primeiros estudos realizado foi em 1943 feito por Leo Kanner e 1944 por Hans Asperger os quais independente o primeiro em Baltimore e o segundo em Viena forneceram relatos sistemáticos dos casos que acompanhavam e das suas respectivas suposições teóricas para essa síndrome até então desconhecida BOSA 2002 p22 Kanner em 1943 apud BOSA 2002 verificou em seus atendimentos comportamentos peculiares no que diz respeito à relação interpessoal ou seja uma incapacidade dessas crianças de estabelecer relações de maneira normal com as pessoas e situações desde o princípio de sua vida BOSA 2002 p23 Ainda de acordo de Kanner outra característica observada em seus estudos foi a dificuldade em estreitar laços de afetividade como por exemplo acomodarse ao colo de alguém atraso na aquisição da fala e do uso não comunicativo da mesma movimentos repetitivos ecolalia imediata dificuldade na dificuldade motora insistência obsessiva na manutenção da rotina não aceitação de objetos quebrados ou incompletos dificuldade na introdução de novos alimentos insistência em alinhar objetivos alguns medos a fortes ruídos dentre outros Observase que Kanner 1943 apud BOSA 2002 afirmava que nem todas as crianças apresentam todas as características iguais além do mesmo observar que todas as crianças possuem desenvolvimento intelectual dos sujeitos pesquisados embora os mesmos não demonstrassem 8 Bosa 2002 sp diz que a teoria afetiva Sugere que o autismo se origina de uma disfunção primária do sistema afetivo qual seja uma inabilidade inata básica para interagir emocionalmente com os outros o que levaria a uma falha no reconhecimento de estados mentais e a um prejuízo na habilidade para abstrair e simboliza De acordo com Asperger 1944 apud BOSA 2002 observa que as suas descrições são mais amplas que a de Kanner tendo em vista a sua inclusão de casos com comprometimento orgânico Asperger ressaltou a dificuldade das crianças em manter contato visual durante situações sociais carência de gestos de significação movimentos repetitivos dificuldade dos responsáveis em se comprometer nos três primeiros anos de vida vocabulário monótono com a presença de repetição de palavras Ambos estudiosos encontraram em seus estudos semelhanças com relação a dificuldades nos relacionamentos interpessoais e na comunicação além do comportamento repetitivo como por exemplo estereotipias e ecolalia imediata No decorrer da história o autismo foi visto sob várias formas primeiramente como pessoas esquizofrênicas logo após psicoses BOSA 2002 A denominação do autismo na categoria de psicose ou esquizofrenia muda conforme as escolas psiquiátricas Assumpção Júnior 1997 apud BOSA 2002 p 27 Por Psicose compreendese de um modo geral um distúrbio maciço da realidade envolvendo uma desorganização ou não organização da personalidade Com relação às conceituações sobre a esquizofrenia temse que as mesmas referiamse às mudanças peculiares nos sentimentos e nas relações com o mundo externo De acordo com Klein 1989 apud BOSA 2002 p28 grifo do autor a psicose é vista como uma regressão à posição esquizoparanoide característica de uma fase do desenvolvimento normal Nos dias atuais o diagnóstico do autismo prevê a presença do distúrbio em três domínios interação social comunicação e interesses restritos e padrões estereotipados do comportamento SCHLICKMANN FORTUNADO 2013 9 Os professores precisam aceitar a condição que a criança necessita antes de desenvolver para depois mostrar habilidade para aprender Considerando a inabilidade desta população em generalizar em desenvolver relações interpessoais as limitações linguísticas devido às limitações orgânicas do seu quadro clínico estas automaticamente impactam no atraso do seu desenvolvimento global BRAGA 2009 Um dos métodos de ensino da criança autistas mais usados no Brasil é o Treatment and Education of Autistic and Related Communication Handicapped Children TEACCH tratase de uma Educação Controladora Os propostos deste método são BOSA 2002 Habilitar pessoas portadoras de autismo a se comportar de forma tão funcional e independente quanto possível Promover atendimento adequado para os portadores de autismo e suas famílias e para aqueles que vivem com eles 14 AUTISMO NO CONTEXTO ESCOLAR O acesso da criança com necessidades educativas especiais nas salas de ensino regular permite que a criança faça contatos sociais e favorece o seu desenvolvimento bem como o desenvolvimento das demais crianças na medida em que estas crianças consideradas normais aprendam com as diferenças CAMARGO BOSA 2009 O professor tem que manter uma relação de estímulos e confiança com o aluno autista a fim de evitar que ela construa um sentimento de insegurança e inferioridade Deve também buscar novas estratégias de ensino e compreender que estas crianças são iguais às outras apesar das diferenças e isto enriquece os processos de aprendizagem Com base na convivência com o aluno o professor precisa adaptarse à realidade diante de alguns comportamentos diferenciados de outras crianças como por exemplo bater na mesa se jogar pelo chão bater nas costas dos colegas ruídos dentre outros Salientando que a mudança de professor na maioria das vezes contribui para o regresso desse aluno Segundo Teixeira 2013 p 179 10 Um profissional importante no tratamento e no processo pedagógico da criança será o facilitador ou o mediador escolar Ele funcionará de elo entre educador pais e os estudantes O mediador escolar trabalhará auxiliando a criança na sala de aula e em todos os ambientes escolares como um personal trainer mediando e ensinando regras sociais estimulando a sua participação em sala facilitando a interação social dela com outras crianças corrigindo rituais e comportamentos repetitivos e almoçando o estudante em situações de irritabilidade e impulsividade Salienta a importância dos pais no processo educacional destas crianças de forma que os compreendam que o seu filho apresenta características peculiares que a diferenciam das outras exigindo uma didática menos exigente OLIVEIRA 2011 A relação do autista com as demais crianças poderá muitas vezes ser uma de uma convivência agressiva tendo em vista que em muitos casos a criança não tem interação com os demais e que a família precisa se posicionar de forma colaborativa com a escola Comparando as afirmações de Kanner 1943 apud BOSA 2002 que verificou nessas crianças a incapacidade crianças de estabelecer relações de maneira normal com as pessoas e situações desde o princípio de sua vida BOSA 2002 p23 Teixeira 2013 esclarece que os comportamentos agressivos podem ser minimizados por meio de interações medicamentosas além do uso de métodos comportamentais Segundo o pensamento de Amy 2001 p 49 afirma que o O autismo recobre problemas muitos diferentes as perturbações sensoriais cognitivas e afetivas manifestase de modos variados Certos educadores tem a sabedoria de buscar suas competências em diversas fontes e de trabalhar segundo aquilo que percebem do potencial da criança A inclusão de crianças com necessidades educativas especiais nas salas regulares de ensino oferece benefícios tanto para as crianças com deficiência quanto para as demais uma vez que propicia uma convivência rica em trocas sociais e experiências Como destacado por Camargo e Bosa 2009 o contato com as diferenças favorece o desenvolvimento de todos os alunos permitindo que as crianças normais também aprendam a lidar com a diversidade Esse processo de inclusão no entanto exige do professor uma abordagem sensível e adaptativa pois é essencial que ele estabeleça uma relação de confiança e estímulo com o aluno autista prevenindo sentimento de insegurança e inferioridade O professor precisa compreender que apesar das diferenças as crianças com autismo possuem potencialidades semelhantes às das outras crianças e isso 11 deve ser visto como um fator enriquecedor para o processo de aprendizagem Além disso a flexibilidade e a adaptação são indispensáveis diante dos comportamentos diferenciados que o aluno pode apresentar como agitação física ou ruídos que são comuns no espectro autista O importante portanto é que o educador se ajuste a essas necessidades criando um ambiente acolhedor e seguro Teixeira 2013 destaca a importância de um mediador escolar um profissional que atua como elo entre o professor a criança e a família auxiliando o aluno em sua adaptação ao ambiente escolar Esse mediador tem um papel crucial ao promover a interação social corrigir comportamentos repetitivos e ajudar a criança a lidar com situações de irritabilidade ou impulsividade A presença desse facilitador pode ser um grande diferencial no processo de inclusão e no desenvolvimento das habilidades sociais da criança autista Ademais a colaboração entre escola e família é fundamental Como aponta Oliveira 2011 os pais precisam entender que seus filhos possuem características peculiares e exigem uma abordagem pedagógica mais flexível ajustada às suas necessidades Quando a família se envolve de forma ativa no processo educativo contribuindo com informações sobre o comportamento e as necessidades específicas da criança o processo de inclusão se torna mais eficaz No entanto a convivência entre a criança autista e as demais crianças pode em algumas situações ser desafiadora especialmente em casos de comportamentos agressivos ou dificuldades de interação social como observado por Kanner 1943 apud Bosa 2002 Essas dificuldades podem ser minimizadas por meio de estratégias comportamentais e terapias adequadas além do apoio de profissionais qualificados como o mediador escolar A interação com outras crianças aliada a uma abordagem terapêutica eficaz pode ajudar a suavizar as reações impulsivas e agressivas favorecendo uma integração mais harmônica no ambiente escolar Por fim como ressalta Amy 2001 o autismo é um transtorno multifacetado com manifestações sensoriais cognitivas e afetivas variadas e requer dos educadores a capacidade de buscar alternativas em diversas fontes de conhecimento adaptando suas práticas pedagógicas de acordo com o potencial da criança A compreensão da complexidade do autismo aliada a uma abordagem centrada na valorização das diferenças é crucial para garantir que o processo de inclusão seja verdadeiramente eficaz e transformador 12 METODOLOGIA Para entender melhor o tema abordado foi adotado um método de análise descritiva e exploratória usando como técnica uma pesquisa bibliográfica devido à natureza do assunto estudado Assim é importante que o professor desenvolva metodologias de ensino que permitam ao aluno autista se comunicar e se desenvolver de forma mais plena Segundo Alves Mazzoti e Gewandsznajder 2002 p 160 não existe uma metodologia que seja boa ou ruim por si só mas sim aquela que é adequada ou inadequada para lidar com um problema específico Neste estudo a coleta de informações foi feita por meio da análise de conteúdo É fundamental que os professores adotem estratégias e ferramentas pedagógicas que valorizem as diferenças de cada aluno sem tentar padronizálos ou esconder suas particularidades Para que a inclusão seja verdadeira é essencial conhecer os direitos garantidos por lei para esses estudantes Em 2012 foi criada a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista garantindo que essas pessoas tenham acesso aos mesmos direitos das demais pessoas com deficiência no país De acordo com essa lei caso uma escola recuse a matrícula de uma criança com autismo o responsável pode ser multado Além disso quando necessário a escola deve garantir a presença de um acompanhante especializado um mediador que reconheça o aluno como um ser pensante com sua própria subjetividade capaz de fazer críticas tomar decisões e se comunicar Também é fundamental que o Estado e as escolas ofereçam formação especializada aos professores nessa área que exige atenção especial Segundo Fumegalli 2012 p 40 a formação continuada deve servir para aprimorar as habilidades do professor ajudandoo a acompanhar a evolução da educação e a modernizar suas práticas Assim ele torna o ensino mais interessante para o aluno mostrando que na escola ele pode ampliar seus conhecimentos Nesse processo o professor tem a oportunidade de refletir sobre sua prática pedagógica avaliando as estratégias usadas na aprendizagem dos estudantes identificando acertos e erros e ajustando suas ações conforme as necessidades de cada um 13 CONSIDERAÇÕES FINAIS A pesquisa evidencia a relevância de refletir sobre as práticas direcionadas à criança autista com um planejamento voltado às habilidades tendo em vista as limitações observadas no contexto da criança de forma que torne possível a educação desse sujeito O aluno com autismo é devidamente assistido pela escola Não pois se observa que escola tenta incluir esse aluno e não só integrar esse aluno mas que se esbarra em muitas limitações como falta de estrutura falta de pessoal falta de recursos falta de uma formação de professores e principalmente interesse por parte desses em adquirir conhecimento mais profundos para se ter uma fundamentação no trabalho realizado Podese concluir que são necessárias mais pesquisas acerca da temática do autismo e educação de forma a lançar olhares mais atentos para as práticas educativas direcionadas a esses sujeitos continuar investigando discutindo e refletindo sobre essa realidade a necessidade de uma visão crítica a respeito do diagnóstico a relação entre família e a escola sendo essa de fundamental importância A pesquisa apresentada evidencia a necessidade urgente de uma reflexão mais aprofundada sobre as práticas educacionais voltadas para a inclusão de crianças autistas destacando a importância de um planejamento pedagógico que seja verdadeiramente centrado nas habilidades e nas limitações específicas de cada aluno Contudo a realidade observada mostra que a educação desses alunos ainda enfrenta grandes desafios Apesar dos esforços para incluir as crianças autistas a efetiva integração e inclusão educacional esbarra em diversas barreiras como a falta de estrutura adequada escassez de pessoal qualificado recursos limitados e 14 especialmente a formação insuficiente de muitos professores Além disso o interesse por parte dos educadores em aprofundar seu conhecimento sobre o autismo e em se capacitar para atender essas necessidades específicas é muitas vezes um aspecto negligenciado comprometendo a qualidade do atendimento educacional Diante dessa realidade podese concluir que há uma grande demanda por mais pesquisas que abordem de maneira crítica as práticas pedagógicas voltadas para o autismo e a educação inclusiva Tais pesquisas são essenciais para promover um olhar mais atento e fundamentado sobre a temática além de impulsionar o desenvolvimento de metodologias e estratégias eficazes para atender adequadamente esses alunos É igualmente importante continuar investigando a relação entre a família e a escola já que a colaboração entre ambos é crucial para o sucesso da inclusão Ao focar em uma visão crítica do diagnóstico e das práticas educacionais será possível avançar na construção de um sistema educacional mais inclusivo acolhedor e capacitado para lidar com a diversidade 15 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMY M D Enfrentando o autismo a criança autista seus pais e a reação terapêutica Rio de Janeiro Zahar 2001 ASSUMPÇÃO M C M Educação infantil uma fase importante na aprendizagem Abr 2014 Disponível em httpwwwperfilnewscombrartigosartigoeducacaoinfantilumafaseimportante naaprendizagem Acesso em 18 agost 2025 BOSA C CALLIAS M Autismo Breve revisão de diferentes abordagens Psicologia Reflexão e Crítica 2001 v13 n 1 BOSA C Autismo atuais interpretações para antigas observações Porto Alegre Artmed 2002 BRASIL Declaração de Salamanca Organizações da Nações Unidas para a Educação a Ciência e Cultura UNESCO 1994 BRASILLei Federalnº12764 de 27de dezembro de 2012 Instituía Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista Diário Oficial da República Federativa do Brasil Brasília 28 dez 2012 DefiniçãoTranstorno do Espectro Autista TEA na criança saudegovbr Acesso em7 set 2024 FREIRE P Pedagogia da autonomia saberes necessários a prática educativa 24 ed São Paulo Paz e Terra 1996 LEITE A R A educação especial no Brasil e os aspectos pedagógicos Out 2011 Disponível em httpwwwwebartigoscomartigosaeducacaoespecial nobrasileosaspectospedagogicos78097 Acesso em 23 agost 2025 PADILHA AML Práticas pedagógicas na educação especial a capacidade de significar o mundo e a inserção cultural do deficiente mental Campinas Autores Associados 2001 16 Política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva Inclusão revista da educação especial Brasília Secretaria de Educação Especial v4 n1 p 717 janjun 2008 QUIXABA Maria A Inclusão na Educação humanizar para educar melhor ed São Paulo Paulinas 2015 RABELLO ET e PASSOS J S Vygotsky e o desenvolvimento humano Disponível em httpwwwjosesilveiracom Acesso em 20 Julho 2025 SANTOS et al O autismo no contexto escolar O Out 2013 Disponível em httpspsicologadocomatuacaopsicologiaescolaroautistanocontexto escolar Acesso em 20 Julho 2025 SMITH D D Introdução à educação especial ensinar em tempos de inclusão 5 ed São Paulo Artmed 2 17 O PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM A CRIANÇA COM TRANSTORNO ESPECTRO AUTISTA Orientadora² RESUMO O presente artigo é uma pesquisa bibliográfica com abordagem qualitativa tendo como objetivo compreender a importância da educação inclusiva destacando a criança com autismo refletindo suas necessidades e como esse transtorno age na vida desse sujeito A educação inclusiva tem grande importância na educação básica proporcionando a oportunidade a alunos com necessidades especiais a estudar e obter conhecimentos da melhor maneira A equipe escolar e a família são grandes aliados na educação das crianças ambas fazem um papel fundamental na vida desse sujeito podendo transformar o desempenho do aluno especial para satisfatório Por meio da pesquisa bibliográfica foi possível pesquisar e compreender sobre a criança com autismo incluindo a importância do espaço escolar para o desenvolvimento dessas crianças Palavraschave Autismo Diagnóstico Inclusão Escola Sala de Recursos 1 INTRODUÇÃO Muitas crianças que possuem algum tipo de necessidade especial quando tem acesso à educação conseguem se desenvolver cada vez mais tornandose um espaço necessário para ela frequentar O trabalho realizado referese à influência do ambiente escolar no desenvolvimento das crianças autistas da Educação Infantil A aprendizagem na educação infantil pode acontecer por meio do brincar em situações que a criança faça descobertas prazerosas interagindo e aguçando sua imaginação principalmente a criança com necessidades especiais No espaço escolar o estudante que tem necessidades especiais encontra muitas dificuldades em cumprir suas tarefas necessitando da ajuda de outra pessoa a acessibilidade deve ser promovida nas escolas ajudando a rotina escolar deste aluno ser prazerosa Através de uma pesquisa bibliográfica com abordagem qualitativa foi realizado um levantamento bibliográfico sobre estudos que versam o autismo tendo por objetivo analisar as vantagens e a importância do ambiente escolar no desenvolvimento das crianças com autismo mostrando a importância da educação inclusiva a este aluno Cada indivíduo com necessidades especiais tem suas características o tratamento ocorre conforme o caso é diagnosticado a equipe escolar deve ter entendimento as necessidades de cada aluno com dificuldades especiais inclusive o autismo sabendo respeitar este sujeito Um aluno autismo tem o direito a uma educação inclusiva onde possa ter uma aprendizagem conforme suas necessidades e limitações ampliando seus limites e conhecimentos Inserir um aluno especial nos espaços escolares é ir além de simplesmente colocálo em sala de aula é importante incluir este sujeito as atividades escolares promovendo sua aprendizagem A inclusão desses alunos pode acontecer de várias maneiras sempre por meio de atividades lúdicas oferecendo novas experiencias estimulando sua autonomia respeitando suas limitações e auxiliando em suas superações as barreiras encontradas no processo de inclusão 2 DESENVOLVIMENTO 1 CONCEITUANDO O AUTISMO O autismo tem como característica sua origem grega autós na qual significa por si mesmo termo muito usado pela psiquiatria nomeando o comportamento da criança autista onde é concentrado em si próprio Em 1911 o pesquisador Bleuler começou a fazer uso da palavra autismo significando a perda do contato com a realidade Os primeiros estudos sobre o autismo iniciaram no ano de 1943 pelo psiquiatra Leo Kanner sujeito que escreveu um artigo contendo um estudo baseado em 11 crianças na qual todas elas apresentavam algumas características individuais com relação aos demais O autismo pertence aos Transtornos de Neurodesenvolvimento caracterizado por déficits envolvendo a interação social em diversos contextos e também na comunicação social recebendo o nome de Transtornos do Espectro Autista TEA Os seres humanos que possuem o autismo apresentam o comprometimento em seu desenvolvimento tendo dificuldades na comunicação em seu comportamento seus interesses e em atividades estereotipados Para Bosa 2006 O autismo classificase ainda como um transtorno invasivo do desenvolvimento que envolve graves dificuldades ao longo de toda vida tanto nas habilidades sociais e comunicativas como também nos comportamentos e interesses limitados e repetitivos BOSA 2006 p48 O psiquiatra Kanner realizou estudos relacionados ao autismo onde chamava de Distúrbio autistico do contato afetivo logo mais outros autores pesquisaram sobre o TEA descobrindo novas características compreendendo que seria relacionado a um Déficit cognitivo e social considerado como um distúrbio do desenvolvimento A família inicia o processo de descobrimento do caso aos três anos de idade a criança pode começar a iniciar as características do autismo ficando cada vez mais aparentes com o passar do tempo 3 O autismo é definido pela organização mundial de saúde como um distúrbio do desenvolvimento sem cura e severamente incapacitante Sua incidência é de cinco casos em cada 10000 nascimento caso se adote um critério de classificação rigorosa é três vezes maior se considerar casos correlatados isto é necessitem do mesmo tipo de atendimento MANTOAN 1997 p 13 O transtorno do Espectro Autista TEA pode ser classificado como um Transtorno Global do Desenvolvimento conforme as características apresentadas pelo sujeito que possui o autismo diante as dificuldades nas relações sociais e a comunicação Para Belisario e Cunha 2010 p 08 Os Transtornos Globais do Desenvolvimento TGD representam uma categoria na qual estão agrupados transtornos que têm em comum as funções do desenvolvimento afetadas Entretanto este conceito é recente e se pode ser proposto devido aos avanços metodológicos dos estudos e á superação dos primeiros modelos explicativos sobre o autismo O autismo envolve questões sociais afetivas cognitivas emocionais e motoras caracterizado como um transtorno psicológico onde a pessoa autista não deixa de ter seus direitos podendo viver em sociedade sem sofrer preconceitos As atividades escolares realizadas com crianças que possuem o autismo devem estar de acordo com suas necessidades respeitando as limitações este pequeno sujeito compreendendo suas dificuldades e contribuindo em seu desenvolvimento O trabalho escolar com crianças com o Espectro Autista TEA deve buscar compreender algumas limitações que elas apresentam respeitando seu tempo de aprender compreender suas dificuldades na interação social e de comunicação sua sensibilidade auditiva uma atenção voltada apenas a um assunto o medo Mas lembrando que cada caso de autismo é diferente segundo Praça 2011 p 27 vale ressaltar que cada autista tem suas características e limitações próprias ou seja um autista dificilmente se comportará igual a outro autista É importante a ação do professor no desenvolvimento das atividades pedagógicas o espaço escolar deve apresentar profissionais capacitados para atender as necessidades individuais dos alunos inclusive aqueles com dificuldades de aprendizagem 4 11 CARACTERISTICAS DO AUTISMO Crianças com autismo apresentam problemas no desenvolvimento da linguagem na comunicação no comportamento e na interação social sendo um indivíduo mais tímido e cheio de fantasias O diagnóstico dessa criança pode ser realizado até seus três anos de idade raramente aparecendo após esse período mas não significa que não acontece casos depois dessa idade O autismo faz com que a pessoa se feche do mundo não conseguindo interagir com os demais a seu redor mas apresenta uma capacidade de raciocínio e memoria ótimos compreendendo com facilidade o que as outras pessoas estão falando Várias pessoas com autismo não compreendem a coerência das coisas percebem poucas conexões lógicas e têm a impressão de que toda sua vida é ditada ao acaso pelo inesperado por coisas que não podem controlar Vivendo no centro desta confusão os autistas necessitam de uma referência alguém ponto de apoio As nossas explicações verbais de quando como onde e por que as coisas acontecem não são suficientes PEETERS 1988 p20 Existem casos desse transtorno em que as crianças não apresentam muita expressão verbal e outros que a mesma consegue se comunicar mas repetem bastante o que escutam sendo repetitivas ganhando o nome de ecolalia imediata Peeters 1988 p 40 diz que A ecolalia somente poderá ser considerada como uma característica de autismo quando presente ao lado de uma idade mental superior a trinta e seis meses para criança com autismo e idade mental de cinco anos ser ecolálico não pode ser considerado normal E sim como um déficit qualitativo Observase que as características mais presentes nos autistas estão em seus comportamentos sendo repetitivos sua falta de interesses e as suas rotinas iguais a de todos os dias podendo ser notadas pelos pais ou por pessoas mais próximas da criança ao acompanhar o seu desenvolvimento O desenvolvimento da pessoa com TEA tem afeto em seu cognitivo e no seu social por causa desse sujeito não ter interesse em se interagir com demais pessoas mesmo sendo da mesma faixa etária apresenta dificuldade em se relacionar mesmo o grau sendo leve ou grave 5 Existem muitas pesquisas envolvendo casos de autismo onde as crianças com autismo mostram mais dificuldades no que se diz respeito ao aprendizado Com base em Menezes 2012 encontrase alguns termos usados para se referir ao autismo um deles é o Transtorno de Espectro autista TEA usado a diferentes variações do autismo aos quadros mais graves quando o caso é não verbal e nos quadros leves onde são poucas as manifestações dos sintomas Temse também o Autismo clássico na qual apresenta a maioria das partes das áreas afetadas do desenvolvimento de forma significativa Já o autismo infantil veio após as descobertas de Kanner voltado as crianças que tinham dificuldades em interagir e ter atraso na linguagem O autismo não afeta na aparência do ser humano não deixa algum sinal físico carregam consigo uma grande inteligência conforme Surian 2010 crianças autistas apresentam uma capacidade incrível em lista de nomes nos fatos uma boa memória características principalmente naquelas que tem menos dificuldades na fala Uma das características do autista é a capacidade de memorizar informações quando for relacionada ao seu interesse Temse o autismo de grau leve onde o individuo tem dificuldades em expressar seus sentimentos anseios e desejos não consegue iniciar uma conversa ou ficar na conversa A síndrome de Asperger é um autismo de grau leve ocorrendo mais em meninos apresentando uma inteligência incrível não apresenta atraso na linguagem e nem prejuízos significativos Quanto mais cedo diagnosticado melhor será o tratamento do autismo existindo vários tipos de tratamentos para serem feitos cedo contribuindo no desenvolvimento com sucesso desse sujeito Para AssencioFerreira 2005 p102 é possível que simplesmente existiram várias crianças com autismo agora com o maior número de profissionais lidando com a saúde infantil e com melhores informações a respeito propiciouse maior possibilidade de diagnósticos A criança autista consegue falar o que lhe foi dito repetindo o que ouviu mas apresenta dificuldade ao se comunicar tornando um grande desafio as escolas seu desenvolvimento Na escolarização desse aluno é necessário fazer algumas adaptações curriculares onde a escola possa estar preparada para receber esse aluno 6 12 A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO DO TEA Os pais são os primeiros a perceber que tem algo diferente na criança iniciando a busca por especialistas procurando compreender o que está acontecendo com este pequeno sujeito até se chegar a um diagnóstico O diagnóstico de autismo é dado a faixa etária acima de 5 anos de idade mas pode ser feito no fim do segundo ano de vida da criança quando mais cedo ser percebido comprovado e tratado melhor será os resultados positivos no desenvolvimento da criança com autismo São poucos os recursos instrumentais existentes para a realização do diagnóstico da pessoa suspeita de ter o autismo existem várias pesquisas e estudos voltados a esses casos na qual buscam melhores meios para diagnosticar esse transtorno Segundo Helmam 2009 o diagnóstico é um processo delicado envolvendo duas partes a família e os especialistas A família traz relatos da criança e o médico analisa juntamente com exames clínicos avaliando e dando o diagnóstico do seu paciente O diagnóstico acontece por meio de entrevistas com os pais da criança observação e exames clínicos e aplicação de instrumentos específicos seguindo as prescrições do 5º Manual Estatístico e Diagnóstico da Associação Americana Psiquiatra DSM5 2014 sendo I Déficits clinicamente significativos e persistentes na comunicação social e nas interações sociais manifestadas de todas as maneiras seguintes a Déficits específicos na comunicação não verbal e verbal usadas para interação social b Falta de reprocidade social c Incapacidade para desenvolver e manter relacionamentos de amizade apropriados para o estágio de desenvolvimento 2 Padrões restritos e respetivos de comportamento interesses e atividades manifestados por pelo menos duas das maneiras abaixo a Comportamentos motores ou verbais estereotipados ou comportamentos sensoriais incomuns b Expressiva adesãoaderência a rotinas e padrões ritualizados de comportamento c Interesses restritos fixos e intensos 3 Os sintomas devem estar presentes no início da infância mas podem não 7 se 24 manifestar completamente até que as demandas sociais excedam o limite de suas capacidades Os pais tem grande importância aos caminhos do diagnóstico devem compreender as necessidades e diferenças de seu filho estando sempre ao lado dessa criança buscando sempre auxílio e informações a respeito da sua condição Quando a criança é identificada com o autismo muito pequena é realizado o prognóstico sendo algo importante para seu desenvolvimento possibilitando tratamentos na ajuda a aquisição da linguagem facilidade nas adaptações desenvolvimento na interação social etc Rodrigues 2010 p 18 diz que o autismo é uma ausência da realidade com o mundo exterior e consequentemente impedindo ou impossibilidade de comunicarse com o mundo externo A psicoterapia tem por finalidade de auxiliar os alunos com dificuldades de aprendizagem ajudandoos em interpretar a linguagem corporal sua comunicação não verbal sua aprendizagem e emoções A terapia proporciona ensinamentos voltados a recordar processor e utilizar as informações para os autistas A musicoterapia também serve como um meio de tratamento ao autismo uma forma de terapia que utiliza a música cujo objetivo é ressaltar as potencialidades do sujeito através da aplicação de métodos e técnicas juntando outras capacidades incluindo a cognição O tratamento para o autismo tem que ser baseado na estimulação do desenvolvimento da pessoa de suas funcionalidades limitações e prevenção da privação de outras capacidades introduzindo a criança aos poucos no meio social tendo como resultado no âmbito emocional cognitivo e de linguagem O tratamento é intenso e está voltado aos principais sintomas do paciente sendo eles a agitação irritabilidade e agressividade Na maioria dos tratamentos são utilizados os neurolépticos a combinação vitamina B6magnésio fenfluramina carbamazepina ácido valpróico e lítio cujo objetivo é amenizar os sintomas a remissão desses sintomas 9 13 ESTRATÉGIAS DE ENSINO PARA O PROCESSO EDUCATIVO DE ALUNOS AUTISTAS O autismo das tornou um assunto aberto durante estes anos devido a grande quantidade de crianças diagnosticada aos futuros professores e aos que já atuam na área é importante aprofundar seus conhecimentos sobre este tema delicado e existe casos de que os familiares não aceitarem este diagnóstico A escola seguindo estes critérios deve optar e qualificar profissionais que estejam preparados a se dedicar seu tempo no processo de aceitação e na execução de atividades pedagógicas Durante a procura para novas técnicas de aprendizagem o professor deve priorizar recursos que ajudem todos os alunos neste processo não enfatizando somente as crianças normais a utilização de atividades totalmente diferentes dos demais pode causar discriminação e é necessário tornar todos iguais longe de olhares diferentes e maldosos No ponto de vista de Baptista 2006 p 93 o compromisso do educador tem como base a apropriação de seus próprios recursos e instrumentos a observação o diálogo a negociação e a avaliação retroalimentam o agir do educador A vista disso cabe ao educador sabe lidar com situações inesperadas em sala de aula mas com total preparação de acordo com os estudos que foram realizados de acordo com suas experiências na área visando sempre em executar sua tarefa com muito carinho e paciência Seguindo o histórico do aluno o dever da escola é analisar sua trajetória e conceder as melhores estratégias de ensino e acessibilidade para fazer com que o andamento escolar venha a cada vez se tornar mais melhor sabendo respeitar casa momento das crianças portadoras do autismo Criar e organizar estratégias que percebam as questões individuais e de grupo que permeiam o processo de aprendizagem e utilizálas a seu favor seja como pistas para estudo e pesquisa seja como produção de práticas pedagógicas que tencionem permanentemente os processos de ensino e aprendizagem implementados em sala de aula HATTGE KLAUS 2014 p 330 Ao ter o diagnóstico de TEA a criança irá frequentar mais clínicas médicas e 10 psicólogos o que torna uma avaliação mais individual estás idas aos consultórios fazem parte do processo mas frequentar um ambiente mais coletivo se torna também importante a escola é um exemplo deste lugar onde proporciona ao aluno contato com outras pessoas na mesma situação ou não Durante este percurso de envolvimento dos autistas concluímos que tudo está ligado a comunicação que é oferecida o convívio com a sociedade e o desenvolvimento de suas habilidades Segundo Ropolo 2010 p 8 a interação deve vir de todos sem quaisquer condições pelas quais possam ser limitados em seu direito de participar ativamente do processo escolar segundo suas capacidades e sem que nenhuma delas possa ser motivo para uma diferenciação que os excluirá das suas turmas No decorrer das aulas o professor poderá notar alguns pré requisitos nos alunos autistas que os impede de manter um comunicado ativa utilização de mesmos gestos por longo tempo e a falta de diálogo ou não a falta de respostas Somente através da observação se pode fazer algo a respeito no momento da aula o educador pode notar algumas manias feitas pelo aluno o que contribuirá ou diminuirá a frequência de executalas seguindo este critério e possível fazer atividades voltadas ao aluno de acordo com o que mais gosta de fazer se tornando algo atrativo de fazer mas sempre visando na competência cognitiva a ser alcançada e longe de punições e com longa duração METODOLOGIA O presente estudo adota a abordagem de pesquisa bibliográfica com caráter qualitativo conforme indicado no resumo do trabalho Esta metodologia é a mais adequada para o objetivo de compreender a importância da educação inclusiva para crianças com Transtorno do Espectro Autista TEA uma vez que se baseia na análise aprofundada de material teórico já publicado O foco é interpretar e sintetizar o conhecimento existente para refletir sobre as necessidades desses alunos e o papel fundamental da escola e da família em seu desenvolvimento podendo transformar o desempenho do aluno para satisfatório Além disso a metodologia visa analisar as vantagens e a importância do ambiente escolar no desenvolvimento das crianças com autismo mostrando a relevância da educação inclusiva para 11 esses alunos Para a coleta de dados foi realizado um levantamento bibliográfico sistemático sobre estudos que versam o autismo As fontes consultadas incluem uma variedade de materiais como artigos científicos livros dissertações e manuais de diagnóstico sendo o DSM5 5º Manual Estatístico e Diagnóstico da Associação Americana Psiquiatra explicitamente referenciado para a compreensão dos critérios diagnósticos A seleção do material foi orientada por palavraschave centrais ao tema como Autismo Diagnóstico Inclusão Escola e Sala de Recursos Esse processo buscou reunir diferentes perspectivas e estudos sobre o TEA abordando sua conceituação histórica que remonta à origem grega do termo e aos primeiros estudos de Bleuler em 1911 e Leo Kanner em 1943 A pesquisa também se concentrou nas características apresentadas pelos indivíduos como déficits na interação social e comunicação comportamentos repetitivos e interesses restritos e nas estratégias educacionais e terapêuticas que promovem um ambiente de aprendizagem inclusivo e eficaz incluindo adaptações curriculares e o uso de psicoterapia e musicoterapia A análise do material coletado foi pautada na interpretação crítica e na triangulação das informações A partir da leitura e releitura das obras selecionadas foram identificados temas recorrentes divergências e consensos entre os autores permitindo uma compreensão aprofundada das complexidades do TEA Essa análise qualitativa permitiu a construção de uma narrativa que não apenas descreve o TEA abordando suas manifestações em desenvolvimento linguagem e comportamento mas também discute a importância do diagnóstico precoce para o tratamento e desenvolvimento bemsucedido Adicionalmente a análise enfatizou a necessidade de adaptações curriculares e de um corpo docente preparado para atender às necessidades individuais de cada aluno A metodologia adotada portanto permitiu aprofundar a reflexão sobre as vantagens e a importância do ambiente escolar no desenvolvimento das crianças com autismo cumprindo os objetivos propostos pelo estudo 12 CONSIDERAÇÕES FINAIS A educação é um pilar necessário e essencial na vida do homem fundamental para sua atuação plena na sociedade Nesse contexto o direito à educação é universal abrangendo também as pessoas com necessidades especiais garantindo a elas a oportunidade de um desenvolvimento integral As escolas têm a responsabilidade de assegurar e promover práticas inclusivas onde cada aluno seja respeitado em sua individualidade e possa vivenciar uma aprendizagem prazerosa e significativa A educação inclusiva conforme destacado possui uma grande importância na educação básica pois oferece a alunos com necessidades especiais a chance de estudar e adquirir conhecimentos da melhor maneira possível Apesar do direito à educação ser garantido por lei para que todos os indivíduos possam aprender e se desenvolver da melhor forma possível ainda se observam muitos desafios a serem superados nas escolas tanto por parte da instituição quanto por parte dos próprios alunos Para o estudante com necessidades especiais o ambiente escolar pode apresentar dificuldades no cumprimento de tarefas o que torna imprescindível a promoção da acessibilidade para que a rotina escolar seja mais prazerosa e menos desafiadora A verdadeira inclusão portanto vai além de simplesmente inserir o aluno em sala de aula é fundamental que ele seja ativamente incluído nas atividades escolares que estimulem sua autonomia respeitem suas limitações e o auxiliem na superação de barreiras frequentemente por meio de atividades lúdicas que ofereçam novas experiências O desenvolvimento de uma criança não ocorre de forma isolada o contato com diferentes espaços e pessoas contribui para a aquisição de novos conhecimentos Neste cenário a interação entre escola e família assume uma importância crucial A equipe escolar e a família são descritas como grandes aliados na educação das crianças desempenhando um papel fundamental que pode 13 transformar o desempenho do aluno especial para satisfatório Os pais em particular são os primeiros a perceber quando há algo diferente na criança iniciando a busca por especialistas e um diagnóstico Essa participação ativa dos pais é vital em todo o processo desde a compreensão das necessidades e diferenças de seus filhos até a busca contínua por auxílio e informações sobre a condição A aprendizagem de crianças com autismo representa um desafio específico para as escolas exigindo um trabalho pedagógico eficiente e muitas vezes a presença e o suporte de outros profissionais médicos É essencial que as atividades escolares sejam planejadas de acordo com as necessidades individuais de cada criança com autismo respeitando suas limitações compreendendo suas dificuldades e contribuindo ativamente para seu desenvolvimento O trabalho escolar com alunos do Espectro Autista TEA deve buscar a compreensão de limitações como as dificuldades na interação social e de comunicação a sensibilidade auditiva a atenção focada em um único assunto e o medo A adaptação curricular e a adoção de estratégias terapêuticas são assim consideradas essenciais para uma educação de qualidade desses sujeitos É fundamental lembrar que cada caso de autismo é único e como salienta Praça 2011 p 27 um autista dificilmente se comportará igual a outro autista o que reforça a necessidade de abordagens personalizadas Para que a inclusão seja efetiva é crucial a ação do professor no desenvolvimento das atividades pedagógicas e que o ambiente escolar conte com profissionais capacitados para atender às necessidades individuais dos alunos incluindo aqueles com dificuldades de aprendizagem A equipe escolar deve ter um profundo entendimento das necessidades de cada aluno com dificuldades especiais especialmente no caso do autismo para que possa respeitar plenamente o sujeito Tornase imperativo que as escolas qualifiquem profissionais preparados para se dedicar ao processo de aceitação e à execução de atividades pedagógicas que priorizem recursos que beneficiem todos os alunos evitando a discriminação e promovendo a igualdade A importância do diagnóstico precoce do autismo é reiterada pois quanto mais cedo ele for realizado e o tratamento iniciado melhores serão os resultados no desenvolvimento da criança Quando o autismo é identificado em idades tenras o 14 prognóstico é favorável facilitando tratamentos que auxiliam na aquisição da linguagem na adaptação e no desenvolvimento da interação social Nesse processo a psicoterapia desempenha um papel fundamental ao auxiliar os alunos com autismo a interpretar a linguagem corporal a comunicação não verbal e a desenvolver suas emoções e aprendizagem O tratamento deve focar na estimulação do desenvolvimento da pessoa suas funcionalidades limitações e na prevenção de privações de outras capacidades introduzindo a criança gradualmente no meio social para resultados positivos no âmbito emocional cognitivo e de linguagem Em síntese o percurso de envolvimento dos autistas na sociedade e na escola está intrinsecamente ligado à qualidade da comunicação oferecida ao convívio social e ao desenvolvimento de suas habilidades A interação deve ser uma responsabilidade de todos garantindo que nenhum aluno seja limitado em seu direito de participar ativamente do processo escolar conforme suas capacidades sem que suas diferenças sejam motivo para exclusão de suas turmas Embora o autismo apresente desafios relacionados à comunicação e interação social é crucial reconhecer que o autismo não afeta a aparência física e que muitos indivíduos com TEA possuem uma grande inteligência e uma capacidade incrível de memorizar informações relacionadas aos seus interesses Compreender as diversas manifestações do TEA desde os quadros mais graves e não verbais até os casos leves como a Síndrome de Asperger que pode não apresentar atrasos significativos na linguagem é essencial para promover uma inclusão verdadeira e um desenvolvimento pleno e satisfatório 15 REFERÊNCIAS ASSENCIOFERREIRA vj O que todo professor precisa saber sobre neurologia São José dos Campos pulso 2005 BELISÁRIO J F Filho CUNHA Patrícia A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar Transtornos globais do desenvolvimento Brasília Ministério da Educação 2010 BOSA Cleonice Alves Autismo intervenções psicoeducacionais Instituto de Psicologia Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRGS Porto Alegre RS Brasil p 47 53 2006 MANTOAN MTE Compreendendo a deficiência mental novos caminhos educacionais São Paulo Editora Scipione 1988 HELMAM Cecil G 2009 Cultura saúde e doença Porto Alegre Artmed MENEZES Maria Carolina Cavalcanti de Almeida et al Intervenções neuropsicopedagógicas em casos de autismo VI Congresso Nacional de Educação 2019 Disponível em httpswwweditorarealizecombrrevistasconedutrabalhos TRABALHOEV127MD4 SA10ID78322092019121035pdf Acesso em 05 fev 2022 PEETERS Theo Autismo entendimento teórico e intervenção educacional Theo Peeters tradutores Viviane Costa de Lean et AL Rio de Janeiro Cultura Medica 1988 P 20 40 PRAÇA Élida Tamara Prata de Oliveira Uma reflexão acerca da inclusão de aluno autista no ensino regular Universidade Federal de Juiz de Fora Instituto de Ciências Exatas PósGraduação em Educação Matemática Mestrado Profissional em Educação Matemática Abril 2011 140p RODRIGUES Janine Marta C SPENCER Eric A criança autista um estudo psicopedagógico Rio de Janeiro Wak 2010 SURIAN L Autismo Informações essências para familiares educadores e 16 profissionais de saúde Trad Ferrante Cacilda R São Paulo Paulinas 2010 17 AUTISMO NA EDUCAÇÃO INFANTIL E SUAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS RESUMO Nome do Orientador2 Este artigo é uma pesquisa feita com base em livros e textos com uma abordagem mais qualitativa O objetivo é entender a importância da educação inclusiva especialmente no caso das crianças com autismo Queremos refletir sobre as necessidades dessas crianças e como o transtorno afeta suas vidas A educação inclusiva é fundamental na educação básica pois oferece a essas crianças a chance de aprender e adquirir conhecimentos de uma forma adequada A escola e a família desempenham papéis essenciais na vida dessas crianças trabalhando juntos para melhorar seu desempenho e bemestar Através dessa pesquisa foi possível entender melhor o universo das crianças com autismo e reconhecer a importância de um ambiente escolar que apoie seu desenvolvimento PalavrasChave Autismo Inclusão Educação Especial Educação Infantil 1 INTRODUÇÃO Discutir a inclusão nos dias de hoje é extremamente importante quanto mais se dialoga sobre esse tema mais reflexões surgem o que pode levar a uma mudança de comportamento na sociedade No que tange à Educação Especial tratase de uma educação que visa atender a todos promovendo a interação direta com crianças nesse contexto escolar e social Conforme as novas diretrizes pedagógicas crianças com necessidades especiais têm sido integradas ao sistema regular de ensino de diversas formas sempre respaldadas pela legislação tornandose um dos principais tópicos de debate na Educação no Brasil O objetivo deste trabalho é compreender as dificuldades de aprendizagem de crianças com Transtorno do Espectro Autista TEA e explorar as ações e propostas curriculares direcionadas ao aprendizado desse grupo Observase que essas crianças podem ser incluídas no ambiente escolar ao lado dos demais alunos sabendo que suas particularidades comportamentais podem contribuir para uma aprendizagem significativa e de qualidade É evidente a necessidade de métodos que viabilizem essa aprendizagem No campo da educação e da pedagogia os docentes e os profissionais encarregados da educação desses estudantes se deparam em sua maioria com dificuldades de aprendizagem Assim o foco deste estudo se restringe a investigar o processo de alfabetização de crianças autistas no contexto do Ensino Fundamental A inclusão é um tema presente nas políticas públicas nas instituições educacionais e acadêmicas além de ser amplamente discutido nas diversas mídias o que confere visibilidade a este assunto e propõe a verdadeira inclusão nos sistemas educacionais QUIXABA 2015 Em relação à metodologia a pesquisa adotada possui caráter exploratório e qualitativo onde as fontes bibliográficas consultadas e os textos lidos foram analisados e cotejados com situações observáveis durante o trabalho buscando assim uma integração entre os conteúdos teóricos e as práticas educacionais Dessa forma esta pesquisa visa de maneira específica apresentar métodos que favoreçam a aprendizagem dessas crianças além de identificar suas dificuldades e descobrir formas que ajudem no processo educativo Portanto é essencial observar o aluno autista para compreender suas habilidades sendo 2 fundamental desenvolver um trabalho focado na sua socialização Nesse sentido a busca por conhecimento e a busca por informações são aspectos de grande relevância para os profissionais da área Assim acreditase ser necessário explorar e criar novas experiências que permitam aos professores uma prática pedagógica efetiva É importante que o professor atue como um facilitador da aprendizagem e possua as competências necessárias para oferecer um ensino diversificado Para isso é importante que ele compreenda o desenvolvimento da leitura e da escrita da criança autista no ambiente escolar permitindo que ela realize suas tarefas com sucesso A utilização de uma metodologia que contribua para o desenvolvimento do autista é de extrema importância já que muitos são os problemas encontrados em sala de aula com crianças autistas e síndrome do autismo apresentado na maior parte dos casos dificuldade de aprendizagem ou prejuízo de linguagem A garantia da qualidade social na educação envolve a convicção de que é possível educar todos o que é fundamental para promover a igualdade e a inclusão social Isso requer um esforço conjunto e estruturado na escola onde a colaboração na criação e implementação do projeto pedagógico e do currículo é essencial Além disso a atuação qualificada dos professores tanto nos conteúdos quanto nas metodologias de ensino é crucial pois está diretamente ligada à relevância social dos materiais abordados e à obtenção de bons resultados acadêmicos que reflitam o empenho da escola e de seus educadores O referencial teórico e documental utilizado neste estudo foi encontrado em plataformas e periódicos online além das tradicionais bases físicas nas quais obtivemos as fontes que abordam temas associados à história da Educação Especial no Brasil e a inclusão dos alunos com autismo e suas dimensões com práticas pedagógicas voltadas para esses alunos e chamar atenção para os Transtornos Globais de Desenvolvimento A metodologia empregada neste trabalho foi o uso da pesquisa bibliográfica que permitiu uma melhor compreensão acerca da temática De acordo com o Ministério da Educação e Cultura MEC entendese que o Transtorno Geral de Desenvolvimento TGD Os alunos com transtorno global do desenvolvimento são aqueles que apresentam alterações qualitativas das interações sociais recíprocas e na comunicação um repertório de interesses e atividades restrito 3 estereotipado e repetitivo Incluemse nesse grupo alunos com autismo síndromes do espectro do autismo e psicose infantil BRASIL 2008 p 15 É notório que houve uma evolução significativa na educação de alunos com TGD no que diz respeito à educação deles Entretanto ainda existem muitos desafios e obstáculos para que estes alunos tenham de fato uma educação adequada dentro da sala de aula Pensando na escola como formadora de cidadãos a educação de alunos com autismo conforme Vasques 2003 p 31 apud PINTO 2015 p 13 deve considerar que nesse caminho marcado por dúvidas e respostas provisórias a escola e a educação emergem cada vez mais como espaços possíveis desde que seja superada a concepção de escola como espaço social de transmissão de conhecimentos em seu valor instrumental e adaptativo Os alunos autistas são meros receptores mas estão incluídos dentro do contexto escolar por isso a escola precisa ter um novo olhar para estes alunos a educação inclusiva constitui um paradigma educacional fundamentado na concepção de direitos humanos que conjuga igualdade e diferença como valores indissociáveis e que avança em relação à ideia de equidade formal ao contextualizar as circunstâncias históricas da produção da exclusão dentro e fora da escola BRASIL 2007 sp É através da escola que a sociedade adquire fundamenta e modifica conceitos de participação colaboração e adaptação AMY 2001 A escola precisa valorizar as habilidades do aluno com deficiência valorizando suas habilidades trabalhar suas potencialidades visando seu desenvolvimento e não trabalhar na tentativa de consertar o defeito A busca por propostas de práticas pedagógicas voltadas para alunos com necessidades especiais como o autismo dentro da sala pode contribuir para identificar como ocorre a relação professor e aluno no cotidiano escolar e a interação com os demais alunos Em síntese a inclusão de alunos com Transtorno do Espectro Autista TEA no ambiente escolar não é apenas uma necessidade legal mas um imperativo social que visa garantir a todos o direito de aprender e participar ativamente da vida escolar e comunitária Embora muitos avanços tenham sido feitos ainda existem desafios significativos para adaptar o ensino às necessidades individuais desses alunos especialmente no que diz respeito à alfabetização e à construção de habilidades cognitivas e sociais Este estudo ao explorar as práticas pedagógicas 4 voltadas para o ensino de crianças com TEA visa contribuir para a reflexão sobre a implementação de métodos mais eficazes e inclusivos que respeitem e valorizem as singularidades desses estudantes A educação inclusiva como proposta de transformação social deve ser vista como um processo contínuo de adaptação e aprendizagem que exige o empenho de toda a comunidade escolar e o desenvolvimento de uma cultura educacional mais aberta flexível e respeitosa à diversidade A IMPORTÄNCIA DE UM OLHAR INDIVIDUALIZADO Antes de tudo é crucial entender que o autismo se manifesta de forma diferente em cada criança Não existe uma única abordagem que sirva para todos O professor precisa ser um observador atento para identificar os interesses as dificuldades as aversões e as habilidades de cada aluno Esse conhecimento individual é o ponto de partida para a criação de um plano pedagógico personalizado A formação continuada dos professores e o apoio de profissionais especializados como um acompanhante terapêutico são de grande importância Quando o professor se sente seguro e preparado ele pode focar em estratégias que realmente façam a diferença DESENVOLVIMENTO 11 APRENDIZAGEM Freire 1996 afirma que aprender é construir e reconstruir pacientemente uma obra que não será definitiva processo de aprendizagem pois o ser humano é transitório Segundo Piaget apud ASSUMPÇÃO 2014 a criança dos dois aos seis anos começa a construir de aprendizagens formais que utilizará durante toda a sua vida acadêmica Aprender portanto passa a ser o ponto crucial do processo Vygotsky menciona que o processo de ensino aprendizagem envolve diretamente a interação entre sujeitos que é promovida pela convivência social 5 processo de socialização e maturações orgânicas A função de um educador escolar por exemplo seria então a de favorecer essa aprendizagem servindo de mediador entre a criança e o mundo RABELLO PASSOS 2015 A reflexão de Freire 1996 Piaget apud ASSUMPÇÃO 2014 e Vygotsky RABELLO PASSOS 2015 sobre o processo de aprendizagem revela diferentes aspectos fundamentais para compreender como se dá a construção do conhecimento Para Freire aprender é um processo dinâmico e contínuo uma jornada de reconstrução que nunca chega a um ponto final justamente porque o ser humano está em constante transformação Piaget por sua vez destaca a importância dos primeiros anos de vida na construção das bases cognitivas que acompanharão a criança ao longo de sua trajetória acadêmica sugerindo que a aprendizagem se dá principalmente a partir de uma estrutura de conhecimentos cada vez mais complexa Já Vygotsky enfatiza o papel da interação social como elemento essencial para o aprendizado afirmando que a troca entre os indivíduos mediada pelo educador é indispensável para que a criança desenvolva suas habilidades cognitivas e sociais Assim a aprendizagem não é apenas um processo individual mas um fenômeno que se nutre das relações sociais e da mediação pedagógica essencial para o desenvolvimento pleno do aluno Essas contribuições ressaltam a complexidade do processo de ensinoaprendizagem em que o educador tem a responsabilidade de proporcionar um ambiente que favoreça a troca o questionamento e a construção coletiva do saber 12 ENSINO Segundo Freire 1996 p89 ensinar não é transmitir conhecimentos mas criar as possibilidades para a produção do saber O ensinar se resume em desenvolver mudança de comportamento no ser humano e essas alterações por vezes devem ser realizadas pelo professor Cabe ao professor pesquisar e analisar a melhor teoria para se basear e trabalhar com o aluno em prol do seu desenvolvimento intelectual Atualmente a legislação Brasileira de acordo com a LDB nº 939496 todos 6 os alunos com necessidades educativas especiais devem ser incluídos nas salas regulares de Ensino Fundamental A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDBEN n 939496 salienta em seus artigos 58 e 59 assim com parágrafos e inciso que o sistema de ensino deve tornar possível o acesso desses quanto prático para que a inclusão realmente ocorra Além disso sustenta que o serviço especializado para o atendimento às peculiaridades dos alunos deficientes só deverá ser instituído quando for necessário Também faz referência às melhorias e revisões de currículo avaliação métodos técnica recursos educativos formação de professores dentre outros aspectos propícios às mudanças de paradigmas referentes à clientela deficiente PADILHA 2000 Para que esses direitos se tornassem lei não poderia deixar de citar a importância da Declaração Mundial de Educação para Todos 1990 e a Declaração de Salamanca 1994 que influenciam a formulação das políticas públicas de educação inclusiva A reflexão de Freire 1996 sobre o papel do educador como facilitador da produção do saber destaca a importância de criar condições que favoreçam o desenvolvimento intelectual do aluno ao invés de simplesmente transmitir conteúdo O ensino segundo Freire vai além da mera transmissão de informações ele deve ser um processo dinâmico no qual o educador contribui para mudanças de comportamento e consequentemente para o desenvolvimento integral do aluno Nesse sentido o professor precisa estar atento às necessidades de cada estudante pesquisando e analisando as melhores abordagens pedagógicas para promover um aprendizado significativo e adaptado A legislação brasileira por sua vez tem avançado para garantir a inclusão de alunos com necessidades educativas especiais nas salas regulares de Ensino Fundamental conforme estabelece a LDB nº 939496 A lei enfatiza a importância de um sistema educacional que permita o acesso pleno e eficaz desses alunos ao ensino regular adequandose às suas necessidades específicas A criação de serviços especializados no entanto deve ocorrer apenas quando necessário sempre com a premissa de que a inclusão seja uma prática efetiva e não apenas formal Nesse contexto a LDB também aborda a revisão de currículos avaliação métodos e a formação de professores como elementos essenciais para a transformação do sistema educacional em um espaço verdadeiramente inclusivo A Declaração Mundial de Educação para Todos 1990 e a Declaração de 7 Salamanca 1994 são marcos internacionais fundamentais que influenciam as políticas públicas de educação inclusiva no Brasil reforçando a necessidade de garantir o direito à educação de qualidade para todos os alunos independentemente de suas necessidades específicas Essas declarações propõem a construção de sistemas educacionais que não excluam mas integrem e valorizem as diferenças com o objetivo de garantir a equidade no acesso ao ensino Dessa forma as políticas públicas educacionais e a formação de professores devem caminhar lado a lado com esses princípios para que a inclusão de alunos com necessidades especiais seja efetiva e transformadora 13 AUTISMO O autismo suscitou um interesse imenso em boa parte sem dúvida em decorrência da fascinação que inspiram essa doença e seu mistério e em grande parte devido a importantes movimentos de associação de familiares Estes lutam pelos tratamentos que lhe parecem os melhores mais também para mobilizar o poder público de modo que atenuem a carência ou mesmo a penúria de estabelecimentos estabilizados AMY 2001 O autismo é um transtorno de espectro autista caracterizado por prejuízos na interação social atraso na aquisição da linguagem e comportamentos estereotipados e repetitivos TEIXEIRA 2013 p 171 Segundo Bosa 2002 p22 a definição de autismo é entendida como com a maiúsculo e minúsculo com e sem artigo antecedendo a palavra o Autismo Ou o autismo como síndrome comportamental síndrome neuropsiquiátriconeuropsicológica como transtorno invasivo do desenvolvimento transtorno global do desenvolvimento transtorno abrangente do desenvolvimento como transtorno pervasivo do desenvolvimento essa palavra nem consta no Aurélio psicose infantil precoce simbiótica etc Ouvese falar em pré autismo pseudoautismo e pósautismo BOSA 2002 p 22 Tentando esclarecer um pouco mais o conceito etiologia e educação destes sujeitos houve uma pesquisa bibliográfica que retratou estudos realizados acerca Um dos primeiros estudos realizado foi em 1943 feito por Leo Kanner e 1944 por Hans Asperger os quais independente o primeiro em Baltimore e o segundo em Viena forneceram relatos sistemáticos dos casos que acompanhavam e das 8 suas respectivas suposições teóricas para essa síndrome até então desconhecida BOSA 2002 p22 Kanner em 1943 apud BOSA 2002 verificou em seus atendimentos comportamentos peculiares no que diz respeito à relação interpessoal ou seja uma incapacidade dessas crianças de estabelecer relações de maneira normal com as pessoas e situações desde o princípio de sua vida BOSA 2002 p23 Ainda de acordo de Kanner outra característica observada em seus estudos foi a dificuldade em estreitar laços de afetividade como por exemplo acomodarse ao colo de alguém atraso na aquisição da fala e do uso não comunicativo da mesma movimentos repetitivos ecolalia imediata dificuldade na dificuldade motora insistência obsessiva na manutenção da rotina não aceitação de objetos quebrados ou incompletos dificuldade na introdução de novos alimentos insistência em alinhar objetivos alguns medos a fortes ruídos dentre outros Observase que Kanner 1943 apud BOSA 2002 afirmava que nem todas as crianças apresentam todas as características iguais além do mesmo observar que todas as crianças possuem desenvolvimento intelectual dos sujeitos pesquisados embora os mesmos não demonstrassem Bosa 2002 sp diz que a teoria afetiva Sugere que o autismo se origina de uma disfunção primária do sistema afetivo qual seja uma inabilidade inata básica para interagir emocionalmente com os outros o que levaria a uma falha no reconhecimento de estados mentais e a um prejuízo na habilidade para abstrair e simboliza De acordo com Asperger 1944 apud BOSA 2002 observa que as suas descrições são mais amplas que a de Kanner tendo em vista a sua inclusão de casos com comprometimento orgânico Asperger ressaltou a dificuldade das crianças em manter contato visual durante situações sociais carência de gestos de significação movimentos repetitivos dificuldade dos responsáveis em se comprometer nos três primeiros anos de vida vocabulário monótono com a presença de repetição de palavras Ambos estudiosos encontraram em seus estudos semelhanças com relação a dificuldades nos relacionamentos interpessoais e na comunicação além do comportamento repetitivo como por exemplo estereotipias e ecolalia imediata No decorrer da história o autismo foi visto sob várias formas primeiramente como 9 pessoas esquizofrênicas logo após psicoses BOSA 2002 A denominação do autismo na categoria de psicose ou esquizofrenia muda conforme as escolas psiquiátricas Assumpção Júnior 1997 apud BOSA 2002 p 27 Por Psicose compreendese de um modo geral um distúrbio maciço da realidade envolvendo uma desorganização ou não organização da personalidade Com relação às conceituações sobre a esquizofrenia temse que as mesmas referiamse às mudanças peculiares nos sentimentos e nas relações com o mundo externo De acordo com Klein 1989 apud BOSA 2002 p28 grifo do autor a psicose é vista como uma regressão à posição esquizoparanoide característica de uma fase do desenvolvimento normal Nos dias atuais o diagnóstico do autismo prevê a presença do distúrbio em três domínios interação social comunicação e interesses restritos e padrões estereotipados do comportamento SCHLICKMANN FORTUNADO 2013 Os professores precisam aceitar a condição que a criança necessita antes de desenvolver para depois mostrar habilidade para aprender Considerando a inabilidade desta população em generalizar em desenvolver relações interpessoais as limitações linguísticas devido às limitações orgânicas do seu quadro clínico estas automaticamente impactam no atraso do seu desenvolvimento global BRAGA 2009 Um dos métodos de ensino da criança autistas mais usados no Brasil é o Treatment and Education of Autistic and Related Communication Handicapped Children TEACCH tratase de uma Educação Controladora Os propostos deste método são BOSA 2002 Habilitar pessoas portadoras de autismo a se comportar de forma tão funcional e independente quanto possível Promover atendimento adequado para os portadores de autismo e suas famílias e para aqueles que vivem com eles 14 AUTISMO NO CONTEXTO ESCOLAR O acesso da criança com necessidades educativas especiais nas salas de ensino regular permite que a criança faça contatos sociais e favorece o seu 10 desenvolvimento bem como o desenvolvimento das demais crianças na medida em que estas crianças consideradas normais aprendam com as diferenças CAMARGO BOSA 2009 O professor tem que manter uma relação de estímulos e confiança com o aluno autista a fim de evitar que ela construa um sentimento de insegurança e inferioridade Deve também buscar novas estratégias de ensino e compreender que estas crianças são iguais às outras apesar das diferenças e isto enriquece os processos de aprendizagem Com base na convivência com o aluno o professor precisa adaptarse à realidade diante de alguns comportamentos diferenciados de outras crianças como por exemplo bater na mesa se jogar pelo chão bater nas costas dos colegas ruídos dentre outros Salientando que a mudança de professor na maioria das vezes contribui para o regresso desse aluno Segundo Teixeira 2013 p 179 Um profissional importante no tratamento e no processo pedagógico da criança será o facilitador ou o mediador escolar Ele funcionará de elo entre educador pais e os estudantes O mediador escolar trabalhará auxiliando a criança na sala de aula e em todos os ambientes escolares como um personal trainer mediando e ensinando regras sociais estimulando a sua participação em sala facilitando a interação social dela com outras crianças corrigindo rituais e comportamentos repetitivos e almoçando o estudante em situações de irritabilidade e impulsividade Salienta a importância dos pais no processo educacional destas crianças de forma que os compreendam que o seu filho apresenta características peculiares que a diferenciam das outras exigindo uma didática menos exigente OLIVEIRA 2011 A relação do autista com as demais crianças poderá muitas vezes ser uma de uma convivência agressiva tendo em vista que em muitos casos a criança não tem interação com os demais e que a família precisa se posicionar de forma colaborativa com a escola Comparando as afirmações de Kanner 1943 apud BOSA 2002 que verificou nessas crianças a incapacidade crianças de estabelecer relações de maneira normal com as pessoas e situações desde o princípio de sua vida BOSA 2002 p23 Teixeira 2013 esclarece que os comportamentos agressivos podem ser minimizados por meio de interações medicamentosas além do uso de métodos comportamentais 11 Segundo o pensamento de Amy 2001 p 49 afirma que o O autismo recobre problemas muitos diferentes as perturbações sensoriais cognitivas e afetivas manifestase de modos variados Certos educadores tem a sabedoria de buscar suas competências em diversas fontes e de trabalhar segundo aquilo que percebem do potencial da criança A inclusão de crianças com necessidades educativas especiais nas salas regulares de ensino oferece benefícios tanto para as crianças com deficiência quanto para as demais uma vez que propicia uma convivência rica em trocas sociais e experiências Como destacado por Camargo e Bosa 2009 o contato com as diferenças favorece o desenvolvimento de todos os alunos permitindo que as crianças normais também aprendam a lidar com a diversidade Esse processo de inclusão no entanto exige do professor uma abordagem sensível e adaptativa pois é essencial que ele estabeleça uma relação de confiança e estímulo com o aluno autista prevenindo sentimento de insegurança e inferioridade O professor precisa compreender que apesar das diferenças as crianças com autismo possuem potencialidades semelhantes às das outras crianças e isso deve ser visto como um fator enriquecedor para o processo de aprendizagem Além disso a flexibilidade e a adaptação são indispensáveis diante dos comportamentos diferenciados que o aluno pode apresentar como agitação física ou ruídos que são comuns no espectro autista O importante portanto é que o educador se ajuste a essas necessidades criando um ambiente acolhedor e seguro Teixeira 2013 destaca a importância de um mediador escolar um profissional que atua como elo entre o professor a criança e a família auxiliando o aluno em sua adaptação ao ambiente escolar Esse mediador tem um papel crucial ao promover a interação social corrigir comportamentos repetitivos e ajudar a criança a lidar com situações de irritabilidade ou impulsividade A presença desse facilitador pode ser um grande diferencial no processo de inclusão e no desenvolvimento das habilidades sociais da criança autista Ademais a colaboração entre escola e família é fundamental Como aponta Oliveira 2011 os pais precisam entender que seus filhos possuem características peculiares e exigem uma abordagem pedagógica mais flexível ajustada às suas necessidades Quando a família se envolve de forma ativa no processo educativo contribuindo com informações sobre o comportamento e as necessidades específicas da criança o processo de inclusão se torna mais eficaz 12 No entanto a convivência entre a criança autista e as demais crianças pode em algumas situações ser desafiadora especialmente em casos de comportamentos agressivos ou dificuldades de interação social como observado por Kanner 1943 apud Bosa 2002 Essas dificuldades podem ser minimizadas por meio de estratégias comportamentais e terapias adequadas além do apoio de profissionais qualificados como o mediador escolar A interação com outras crianças aliada a uma abordagem terapêutica eficaz pode ajudar a suavizar as reações impulsivas e agressivas favorecendo uma integração mais harmônica no ambiente escolar Por fim como ressalta Amy 2001 o autismo é um transtorno multifacetado com manifestações sensoriais cognitivas e afetivas variadas e requer dos educadores a capacidade de buscar alternativas em diversas fontes de conhecimento adaptando suas práticas pedagógicas de acordo com o potencial da criança A compreensão da complexidade do autismo aliada a uma abordagem centrada na valorização das diferenças é crucial para garantir que o processo de inclusão seja verdadeiramente eficaz e transformador Práticas pedagógicas eficazes na educação infantil As práticas a seguir muitas vezes beneficiam não apenas as crianças com autismo mas toda a turma criando um ambiente mais organizado e inclusivo para todos Estruturação e previsibilidade Crianças com TEA em geral se beneficiam enormemente de uma rotina clara e previsível A previsibilidade ajuda a diminuir a ansiedade e a aumentar a sensação de segurança É importante estabelecer horários e rituais para as atividades como a chegada as refeições e as brincadeiras O uso de apoios visuais como quadros com a sequência das atividades do dia utilizando fotos desenhos ou pictogramas é uma ferramenta poderosa Comunicação clara e objetiva A linguagem deve ser simples direta e concreta Evite o uso de metáforas ironias ou instruções muito longas O professor deve se certificar de que a criança está atenta antes de dar uma instrução e pode se necessário utilizar gestos ou imagens para reforçar a comunicação Apoio visual Além dos quadros de rotina os apoios visuais podem ser usados para ensinar novos conceitos explicar regras ou sinalizar transições entre 13 atividades Cartões com figuras de emoções de objetos ou de ações podem ajudar a criança a se expressar e a entender o que está acontecendo ao seu redor Aproveitamento dos interesses Muitas crianças com autismo têm interesses específicos e intensos O professor pode usar esses temas como ponto de partida para atividades pedagógicas Se a criança gosta de dinossauros por exemplo é possível criar atividades de contagem escrita ou artes usando esse tema para manter o engajamento e a motivação Adaptações no ambiente e nas atividades Modificar o ambiente pode ser necessário para diminuir a sobrecarga sensorial Isso pode incluir a redução de estímulos visuais e auditivos excessivos As atividades também podem ser adaptadas oferecendo mais tempo para a criança concluir uma tarefa ou permitindo que ela use diferentes formas de expressão como o desenho em vez da escrita Estímulo à interação social Promover o contato com os colegas é essencial O professor pode criar atividades em duplas ou pequenos grupos com o objetivo de incentivar a cooperação Ter um acompanhante para mediar essas interações também pode ser uma estratégia eficaz Foco no reforço positivo É fundamental celebrar as pequenas conquistas e os comportamentos desejados O elogio sincero e o reforço positivo como adesivos por exemplo podem fortalecer a autoestima da criança e incentivála a continuar se esforçando Práticas pedagógicas eficazes na educação infantil As práticas a seguir muitas vezes beneficiam não apenas as crianças com autismo mas toda a turma criando um ambiente mais organizado e inclusivo para todos Estruturação e previsibilidade Crianças com TEA em geral se beneficiam enormemente de uma rotina clara e previsível A previsibilidade ajuda a diminuir a ansiedade e a aumentar a sensação de segurança É importante estabelecer horários e rituais para as atividades como a chegada as refeições e as brincadeiras O uso de apoios visuais como quadros com a sequência das atividades do dia utilizando fotos desenhos ou pictogramas é uma ferramenta poderosa Comunicação clara e objetiva A linguagem deve ser simples direta e concreta Evite o uso de metáforas ironias ou instruções muito longas O professor 14 deve se certificar de que a criança está atenta antes de dar uma instrução e pode se necessário utilizar gestos ou imagens para reforçar a comunicação Apoio visual Além dos quadros de rotina os apoios visuais podem ser usados para ensinar novos conceitos explicar regras ou sinalizar transições entre atividades Cartões com figuras de emoções de objetos ou de ações podem ajudar a criança a se expressar e a entender o que está acontecendo ao seu redor Aproveitamento dos interesses Muitas crianças com autismo têm interesses específicos e intensos O professor pode usar esses temas como ponto de partida para atividades pedagógicas Se a criança gosta de dinossauros por exemplo é possível criar atividades de contagem escrita ou artes usando esse tema para manter o engajamento e a motivação Adaptações no ambiente e nas atividades Modificar o ambiente pode ser necessário para diminuir a sobrecarga sensorial Isso pode incluir a redução de estímulos visuais e auditivos excessivos As atividades também podem ser adaptadas oferecendo mais tempo para a criança concluir uma tarefa ou permitindo que ela use diferentes formas de expressão como o desenho em vez da escrita Estímulo à interação social Promover o contato com os colegas é essencial O professor pode criar atividades em duplas ou pequenos grupos com o objetivo de incentivar a cooperação Ter um acompanhante para mediar essas interações também pode ser uma estratégia eficaz Foco no reforço positivo É fundamental celebrar as pequenas conquistas e os comportamentos desejados O elogio sincero e o reforço positivo como adesivos por exemplo podem fortalecer a autoestima da criança e incentivála a continuar se esforçando Práticas pedagógicas eficazes na educação infantil As práticas a seguir muitas vezes beneficiam não apenas as crianças com autismo mas toda a turma criando um ambiente mais organizado e inclusivo para todos Estruturação e previsibilidade Crianças com TEA em geral se beneficiam enormemente de uma rotina clara e previsível A previsibilidade ajuda a diminuir a ansiedade e a aumentar a sensação de segurança É importante estabelecer horários e rituais para as atividades como a chegada as refeições e as brincadeiras O uso de apoios visuais como quadros com a sequência das 15 atividades do dia utilizando fotos desenhos ou pictogramas é uma ferramenta poderosa Comunicação clara e objetiva A linguagem deve ser simples direta e concreta Evite o uso de metáforas ironias ou instruções muito longas O professor deve se certificar de que a criança está atenta antes de dar uma instrução e pode se necessário utilizar gestos ou imagens para reforçar a comunicação Apoio visual Além dos quadros de rotina os apoios visuais podem ser usados para ensinar novos conceitos explicar regras ou sinalizar transições entre atividades Cartões com figuras de emoções de objetos ou de ações podem ajudar a criança a se expressar e a entender o que está acontecendo ao seu redor Aproveitamento dos interesses Muitas crianças com autismo têm interesses específicos e intensos O professor pode usar esses temas como ponto de partida para atividades pedagógicas Se a criança gosta de dinossauros por exemplo é possível criar atividades de contagem escrita ou artes usando esse tema para manter o engajamento e a motivação Adaptações no ambiente e nas atividades Modificar o ambiente pode ser necessário para diminuir a sobrecarga sensorial Isso pode incluir a redução de estímulos visuais e auditivos excessivos As atividades também podem ser adaptadas oferecendo mais tempo para a criança concluir uma tarefa ou permitindo que ela use diferentes formas de expressão como o desenho em vez da escrita Estímulo à interação social Promover o contato com os colegas é essencial O professor pode criar atividades em duplas ou pequenos grupos com o objetivo de incentivar a cooperação Ter um acompanhante para mediar essas interações também pode ser uma estratégia eficaz Foco no reforço positivo É fundamental celebrar as pequenas conquistas e os comportamentos desejados O elogio sincero e o reforço positivo como adesivos por exemplo podem fortalecer a autoestima da criança e incentivála a continuar se esforçando Práticas pedagógicas eficazes na educação infantil As práticas a seguir muitas vezes beneficiam não apenas as crianças com autismo mas toda a turma criando um ambiente mais organizado e inclusivo para todos Estruturação e previsibilidade Crianças com TEA em geral se beneficiam 16 enormemente de uma rotina clara e previsível A previsibilidade ajuda a diminuir a ansiedade e a aumentar a sensação de segurança É importante estabelecer horários e rituais para as atividades como a chegada as refeições e as brincadeiras O uso de apoios visuais como quadros com a sequência das atividades do dia utilizando fotos desenhos ou pictogramas é uma ferramenta poderosa Comunicação clara e objetiva A linguagem deve ser simples direta e concreta Evite o uso de metáforas ironias ou instruções muito longas O professor deve se certificar de que a criança está atenta antes de dar uma instrução e pode se necessário utilizar gestos ou imagens para reforçar a comunicação Apoio visual Além dos quadros de rotina os apoios visuais podem ser usados para ensinar novos conceitos explicar regras ou sinalizar transições entre atividades Cartões com figuras de emoções de objetos ou de ações podem ajudar a criança a se expressar e a entender o que está acontecendo ao seu redor Aproveitamento dos interesses Muitas crianças com autismo têm interesses específicos e intensos O professor pode usar esses temas como ponto de partida para atividades pedagógicas Se a criança gosta de dinossauros por exemplo é possível criar atividades de contagem escrita ou artes usando esse tema para manter o engajamento e a motivação Adaptações no ambiente e nas atividades Modificar o ambiente pode ser necessário para diminuir a sobrecarga sensorial Isso pode incluir a redução de estímulos visuais e auditivos excessivos As atividades também podem ser adaptadas oferecendo mais tempo para a criança concluir uma tarefa ou permitindo que ela use diferentes formas de expressão como o desenho em vez da escrita Estímulo à interação social Promover o contato com os colegas é essencial O professor pode criar atividades em duplas ou pequenos grupos com o objetivo de incentivar a cooperação Ter um acompanhante para mediar essas interações também pode ser uma estratégia eficaz Foco no reforço positivo É fundamental celebrar as pequenas conquistas e os comportamentos desejados O elogio sincero e o reforço positivo como adesivos por exemplo podem fortalecer a autoestima da criança e incentivála a continuar se esforçando 17 PRATICAS PEDAGOGICOS EFICAZES NA EDUCAÇÃO INFANTIL As práticas a seguir muitas vezes beneficiam não apenas as crianças com autismo mas toda a turma criando um ambiente mais organizado e inclusivo para todos Estruturação e previsibilidade Crianças com TEA em geral se beneficiam enormemente de uma rotina clara e previsível A previsibilidade ajuda a diminuir a ansiedade e a aumentar a sensação de segurança É importante estabelecer horários e rituais para as atividades como a chegada as refeições e as brincadeiras O uso de apoios visuais como quadros com a sequência das atividades do dia utilizando fotos desenhos ou pictogramas é uma ferramenta poderosa Comunicação clara e objetiva A linguagem deve ser simples direta e concreta Evite o uso de metáforas ironias ou instruções muito longas O professor deve se certificar de que a criança está atenta antes de dar uma instrução e pode se necessário utilizar gestos ou imagens para reforçar a comunicação Apoio visual Além dos quadros de rotina os apoios visuais podem ser usados para ensinar novos conceitos explicar regras ou sinalizar transições entre atividades Cartões com figuras de emoções de objetos ou de ações podem ajudar a criança a se expressar e a entender o que está acontecendo ao seu redor Aproveitamento dos interesses Muitas crianças com autismo têm interesses específicos e intensos O professor pode usar esses temas como ponto de partida 18 para atividades pedagógicas Se a criança gosta de dinossauros por exemplo é possível criar atividades de contagem escrita ou artes usando esse tema para manter o engajamento e a motivação Adaptações no ambiente e nas atividades Modificar o ambiente pode ser necessário para diminuir a sobrecarga sensorial Isso pode incluir a redução de estímulos visuais e auditivos excessivos As atividades também podem ser adaptadas oferecendo mais tempo para a criança concluir uma tarefa ou permitindo que ela use diferentes formas de expressão como o desenho em vez da escrita Estímulo à interação social Promover o contato com os colegas é essencial O professor pode criar atividades em duplas ou pequenos grupos com o objetivo de incentivar a cooperação Ter um acompanhante para mediar essas interações também pode ser uma estratégia eficaz Foco no reforço positivo É fundamental celebrar as pequenas conquistas e os comportamentos desejados O elogio sincero e o reforço positivo como adesivos por exemplo podem fortalecer a autoestima da criança e incentivála a continuar se esforçando METODOLOGIA Para entender melhor o tema abordado foi adotado um método de análise descritiva e exploratória usando como técnica uma pesquisa bibliográfica devido à natureza do assunto estudado Assim é importante que o professor desenvolva metodologias de ensino que permitam ao aluno autista se comunicar e se desenvolver de forma mais plena Segundo Alves Mazzoti e Gewandsznajder 2002 p 160 não existe uma metodologia que seja boa ou ruim por si só mas sim aquela que é adequada ou inadequada para lidar com um problema específico Neste estudo a coleta de informações foi feita por meio da análise de conteúdo É fundamental que os professores adotem estratégias e ferramentas pedagógicas que valorizem as diferenças de cada aluno sem tentar padronizálos ou esconder suas particularidades Para que a inclusão seja verdadeira é essencial conhecer os direitos garantidos por lei para esses estudantes Em 2012 foi criada a 19 Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista garantindo que essas pessoas tenham acesso aos mesmos direitos das demais pessoas com deficiência no país De acordo com essa lei caso uma escola recuse a matrícula de uma criança com autismo o responsável pode ser multado Além disso quando necessário a escola deve garantir a presença de um acompanhante especializado um mediador que reconheça o aluno como um ser pensante com sua própria subjetividade capaz de fazer críticas tomar decisões e se comunicar Também é fundamental que o Estado e as escolas ofereçam formação especializada aos professores nessa área que exige atenção especial Segundo Fumegalli 2012 p 40 a formação continuada deve servir para aprimorar as habilidades do professor ajudandoo a acompanhar a evolução da educação e a modernizar suas práticas Assim ele torna o ensino mais interessante para o aluno mostrando que na escola ele pode ampliar seus conhecimentos Nesse processo o professor tem a oportunidade de refletir sobre sua prática pedagógica avaliando as estratégias usadas na aprendizagem dos estudantes identificando acertos e erros e ajustando suas ações conforme as necessidades de cada um CONSIDERAÇÕES FINAIS A pesquisa evidencia a relevância de refletir sobre as práticas direcionadas à criança autista com um planejamento voltado às habilidades tendo em vista as limitações observadas no contexto da criança de forma que torne possível a educação desse sujeito O aluno com autismo é devidamente assistido pela escola Não pois se observa que escola tenta incluir esse aluno e não só integrar esse aluno mas que se esbarra em muitas limitações como falta de estrutura falta de pessoal falta de recursos falta de uma formação de professores e principalmente interesse por parte desses em adquirir conhecimento mais profundos para se ter uma fundamentação no trabalho realizado Podese concluir que são necessárias mais pesquisas acerca da temática do 20 autismo e educação de forma a lançar olhares mais atentos para as práticas educativas direcionadas a esses sujeitos continuar investigando discutindo e refletindo sobre essa realidade a necessidade de uma visão crítica a respeito do diagnóstico a relação entre família e a escola sendo essa de fundamental importância A pesquisa apresentada evidencia a necessidade urgente de uma reflexão mais aprofundada sobre as práticas educacionais voltadas para a inclusão de crianças autistas destacando a importância de um planejamento pedagógico que seja verdadeiramente centrado nas habilidades e nas limitações específicas de cada aluno Contudo a realidade observada mostra que a educação desses alunos ainda enfrenta grandes desafios Apesar dos esforços para incluir as crianças autistas a efetiva integração e inclusão educacional esbarra em diversas barreiras como a falta de estrutura adequada escassez de pessoal qualificado recursos limitados e especialmente a formação insuficiente de muitos professores Além disso o interesse por parte dos educadores em aprofundar seu conhecimento sobre o autismo e em se capacitar para atender essas necessidades específicas é muitas vezes um aspecto negligenciado comprometendo a qualidade do atendimento educacional Diante dessa realidade podese concluir que há uma grande demanda por mais pesquisas que abordem de maneira crítica as práticas pedagógicas voltadas para o autismo e a educação inclusiva Tais pesquisas são essenciais para promover um olhar mais atento e fundamentado sobre a temática além de impulsionar o desenvolvimento de metodologias e estratégias eficazes para atender adequadamente esses alunos É igualmente importante continuar investigando a relação entre a família e a escola já que a colaboração entre ambos é crucial para o sucesso da inclusão Ao focar em uma visão crítica do diagnóstico e das práticas educacionais será possível avançar na construção de um sistema educacional mais inclusivo acolhedor e capacitado para lidar com a diversidade 21 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMY M D Enfrentando o autismo a criança autista seus pais e a reação terapêutica Rio de Janeiro Zahar 2001 ASSUMPÇÃO M C M Educação infantil uma fase importante na aprendizagem Abr 2014 Disponível em httpwwwperfilnewscombrartigosartigoeducacaoinfantilumafaseimportante naaprendizagem Acesso em 18 agost 2025 BOSA C CALLIAS M Autismo Breve revisão de diferentes abordagens Psicologia Reflexão e Crítica 2001 v13 n 1 BOSA C Autismo atuais interpretações para antigas observações Porto Alegre Artmed 2002 BRASIL Declaração de Salamanca Organizações da Nações Unidas para a Educação a Ciência e Cultura UNESCO 1994 BRASILLei Federalnº12764 de 27de dezembro de 2012 Instituía Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista Diário Oficial da República Federativa do Brasil Brasília 28 dez 2012 DefiniçãoTranstorno do Espectro Autista TEA na criança saudegovbr Acesso em7 set 2024 FREIRE P Pedagogia da autonomia saberes necessários a prática 22 educativa 24 ed São Paulo Paz e Terra 1996 LEITE A R A educação especial no Brasil e os aspectos pedagógicos Out 2011 Disponível em httpwwwwebartigoscomartigosaeducacaoespecial nobrasileosaspectospedagogicos78097 Acesso em 23 agost 2025 PADILHA AML Práticas pedagógicas na educação especial a capacidade de significar o mundo e a inserção cultural do deficiente mental Campinas Autores Associados 2001 Política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva Inclusão revista da educação especial Brasília Secretaria de Educação Especial v4 n1 p 717 janjun 2008 QUIXABA Maria A Inclusão na Educação humanizar para educar melhor ed São Paulo Paulinas 2015 RABELLO ET e PASSOS J S Vygotsky e o desenvolvimento humano Disponível em httpwwwjosesilveiracom Acesso em 20 Julho 2025 SANTOS et al O autismo no contexto escolar O Out 2013 Disponível em httpspsicologadocomatuacaopsicologiaescolaroautistanocontexto escolar Acesso em 20 Julho 2025 SMITH D D Introdução à educação especial ensinar em tempos de inclusão 5 ed São Paulo Artmed 2 23 se 8 O PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM A CRIANÇA COM TRANSTORNO ESPECTRO AUTISTA Orientadora² RESUMO O presente artigo é uma pesquisa bibliográfica com abordagem qualitativa tendo como objetivo compreender a importância da educação inclusiva destacando a criança com autismo refletindo suas necessidades e como esse transtorno age na vida desse sujeito A educação inclusiva tem grande importância na educação básica proporcionando a oportunidade a alunos com necessidades especiais a estudar e obter conhecimentos da melhor maneira A equipe escolar e a família são grandes aliados na educação das crianças ambas fazem um papel fundamental na vida desse sujeito podendo transformar o desempenho do aluno especial para satisfatório Por meio da pesquisa bibliográfica foi possível pesquisar e compreender sobre a criança com autismo incluindo a importância do espaço escolar para o desenvolvimento dessas crianças Palavraschave Autismo Diagnóstico Inclusão Escola Sala de Recursos 1 INTRODUÇÃO Muitas crianças que possuem algum tipo de necessidade especial quando tem acesso à educação conseguem se desenvolver cada vez mais tornandose um espaço necessário para ela frequentar O trabalho realizado referese à influência do ambiente escolar no desenvolvimento das crianças autistas da Educação Infantil A aprendizagem na educação infantil pode acontecer por meio do brincar em situações que a criança faça descobertas prazerosas interagindo e aguçando sua imaginação principalmente a criança com necessidades especiais No espaço escolar o estudante que tem necessidades especiais encontra muitas dificuldades em cumprir suas tarefas necessitando da ajuda de outra pessoa a acessibilidade deve ser promovida nas escolas ajudando a rotina escolar deste aluno ser prazerosa Através de uma pesquisa bibliográfica com abordagem qualitativa foi realizado um levantamento bibliográfico sobre estudos que versam o autismo tendo por objetivo analisar as vantagens e a importância do ambiente escolar no desenvolvimento das crianças com autismo mostrando a importância da educação inclusiva a este aluno Cada indivíduo com necessidades especiais tem suas características o tratamento ocorre conforme o caso é diagnosticado a equipe escolar deve ter entendimento as necessidades de cada aluno com dificuldades especiais inclusive o autismo sabendo respeitar este sujeito Um aluno autismo tem o direito a uma educação inclusiva onde possa ter uma aprendizagem conforme suas necessidades e limitações ampliando seus limites e conhecimentos Inserir um aluno especial nos espaços escolares é ir além de simplesmente colocálo em sala de aula é importante incluir este sujeito as atividades escolares promovendo sua aprendizagem A inclusão desses alunos pode acontecer de várias maneiras sempre por meio de atividades lúdicas oferecendo novas experiencias estimulando sua autonomia respeitando suas limitações e auxiliando em suas superações as barreiras encontradas no processo de inclusão 2 DESENVOLVIMENTO 1 CONCEITUANDO O AUTISMO O autismo tem como característica sua origem grega autós na qual significa por si mesmo termo muito usado pela psiquiatria nomeando o comportamento da criança autista onde é concentrado em si próprio Em 1911 o pesquisador Bleuler começou a fazer uso da palavra autismo significando a perda do contato com a realidade Os primeiros estudos sobre o autismo iniciaram no ano de 1943 pelo psiquiatra Leo Kanner sujeito que escreveu um artigo contendo um estudo baseado em 11 crianças na qual todas elas apresentavam algumas características individuais com relação aos demais O autismo pertence aos Transtornos de Neurodesenvolvimento caracterizado por déficits envolvendo a interação social em diversos contextos e também na comunicação social recebendo o nome de Transtornos do Espectro Autista TEA Os seres humanos que possuem o autismo apresentam o comprometimento em seu desenvolvimento tendo dificuldades na comunicação em seu comportamento seus interesses e em atividades estereotipados Para Bosa 2006 O autismo classificase ainda como um transtorno invasivo do desenvolvimento que envolve graves dificuldades ao longo de toda vida tanto nas habilidades sociais e comunicativas como também nos comportamentos e interesses limitados e repetitivos BOSA 2006 p48 O psiquiatra Kanner realizou estudos relacionados ao autismo onde chamava de Distúrbio autistico do contato afetivo logo mais outros autores pesquisaram sobre o TEA descobrindo novas características compreendendo que seria relacionado a um Déficit cognitivo e social considerado como um distúrbio do desenvolvimento A família inicia o processo de descobrimento do caso aos três anos de idade a criança pode começar a iniciar as características do autismo ficando cada vez mais aparentes com o passar do tempo 3 O autismo é definido pela organização mundial de saúde como um distúrbio do desenvolvimento sem cura e severamente incapacitante Sua incidência é de cinco casos em cada 10000 nascimento caso se adote um critério de classificação rigorosa é três vezes maior se considerar casos correlatados isto é necessitem do mesmo tipo de atendimento MANTOAN 1997 p 13 O transtorno do Espectro Autista TEA pode ser classificado como um Transtorno Global do Desenvolvimento conforme as características apresentadas pelo sujeito que possui o autismo diante as dificuldades nas relações sociais e a comunicação Para Belisario e Cunha 2010 p 08 Os Transtornos Globais do Desenvolvimento TGD representam uma categoria na qual estão agrupados transtornos que têm em comum as funções do desenvolvimento afetadas Entretanto este conceito é recente e se pode ser proposto devido aos avanços metodológicos dos estudos e á superação dos primeiros modelos explicativos sobre o autismo O autismo envolve questões sociais afetivas cognitivas emocionais e motoras caracterizado como um transtorno psicológico onde a pessoa autista não deixa de ter seus direitos podendo viver em sociedade sem sofrer preconceitos As atividades escolares realizadas com crianças que possuem o autismo devem estar de acordo com suas necessidades respeitando as limitações este pequeno sujeito compreendendo suas dificuldades e contribuindo em seu desenvolvimento O trabalho escolar com crianças com o Espectro Autista TEA deve buscar compreender algumas limitações que elas apresentam respeitando seu tempo de aprender compreender suas dificuldades na interação social e de comunicação sua sensibilidade auditiva uma atenção voltada apenas a um assunto o medo Mas lembrando que cada caso de autismo é diferente segundo Praça 2011 p 27 vale ressaltar que cada autista tem suas características e limitações próprias ou seja um autista dificilmente se comportará igual a outro autista É importante a ação do professor no desenvolvimento das atividades pedagógicas o espaço escolar deve apresentar profissionais capacitados para atender as necessidades individuais dos alunos inclusive aqueles com dificuldades de aprendizagem 4 11 CARACTERISTICAS DO AUTISMO Crianças com autismo apresentam problemas no desenvolvimento da linguagem na comunicação no comportamento e na interação social sendo um indivíduo mais tímido e cheio de fantasias O diagnóstico dessa criança pode ser realizado até seus três anos de idade raramente aparecendo após esse período mas não significa que não acontece casos depois dessa idade O autismo faz com que a pessoa se feche do mundo não conseguindo interagir com os demais a seu redor mas apresenta uma capacidade de raciocínio e memoria ótimos compreendendo com facilidade o que as outras pessoas estão falando Várias pessoas com autismo não compreendem a coerência das coisas percebem poucas conexões lógicas e têm a impressão de que toda sua vida é ditada ao acaso pelo inesperado por coisas que não podem controlar Vivendo no centro desta confusão os autistas necessitam de uma referência alguém ponto de apoio As nossas explicações verbais de quando como onde e por que as coisas acontecem não são suficientes PEETERS 1988 p20 Existem casos desse transtorno em que as crianças não apresentam muita expressão verbal e outros que a mesma consegue se comunicar mas repetem bastante o que escutam sendo repetitivas ganhando o nome de ecolalia imediata Peeters 1988 p 40 diz que A ecolalia somente poderá ser considerada como uma característica de autismo quando presente ao lado de uma idade mental superior a trinta e seis meses para criança com autismo e idade mental de cinco anos ser ecolálico não pode ser considerado normal E sim como um déficit qualitativo Observase que as características mais presentes nos autistas estão em seus comportamentos sendo repetitivos sua falta de interesses e as suas rotinas iguais a de todos os dias podendo ser notadas pelos pais ou por pessoas mais próximas da criança ao acompanhar o seu desenvolvimento O desenvolvimento da pessoa com TEA tem afeto em seu cognitivo e no seu social por causa desse sujeito não ter interesse em se interagir com demais pessoas mesmo sendo da mesma faixa etária apresenta dificuldade em se relacionar mesmo o grau sendo leve ou grave 5 Existem muitas pesquisas envolvendo casos de autismo onde as crianças com autismo mostram mais dificuldades no que se diz respeito ao aprendizado Com base em Menezes 2012 encontrase alguns termos usados para se referir ao autismo um deles é o Transtorno de Espectro autista TEA usado a diferentes variações do autismo aos quadros mais graves quando o caso é não verbal e nos quadros leves onde são poucas as manifestações dos sintomas Temse também o Autismo clássico na qual apresenta a maioria das partes das áreas afetadas do desenvolvimento de forma significativa Já o autismo infantil veio após as descobertas de Kanner voltado as crianças que tinham dificuldades em interagir e ter atraso na linguagem O autismo não afeta na aparência do ser humano não deixa algum sinal físico carregam consigo uma grande inteligência conforme Surian 2010 crianças autistas apresentam uma capacidade incrível em lista de nomes nos fatos uma boa memória características principalmente naquelas que tem menos dificuldades na fala Uma das características do autista é a capacidade de memorizar informações quando for relacionada ao seu interesse Temse o autismo de grau leve onde o individuo tem dificuldades em expressar seus sentimentos anseios e desejos não consegue iniciar uma conversa ou ficar na conversa A síndrome de Asperger é um autismo de grau leve ocorrendo mais em meninos apresentando uma inteligência incrível não apresenta atraso na linguagem e nem prejuízos significativos Quanto mais cedo diagnosticado melhor será o tratamento do autismo existindo vários tipos de tratamentos para serem feitos cedo contribuindo no desenvolvimento com sucesso desse sujeito Para AssencioFerreira 2005 p102 é possível que simplesmente existiram várias crianças com autismo agora com o maior número de profissionais lidando com a saúde infantil e com melhores informações a respeito propiciouse maior possibilidade de diagnósticos A criança autista consegue falar o que lhe foi dito repetindo o que ouviu mas apresenta dificuldade ao se comunicar tornando um grande desafio as escolas seu desenvolvimento Na escolarização desse aluno é necessário fazer algumas adaptações curriculares onde a escola possa estar preparada para receber esse aluno 6 12 A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO DO TEA Os pais são os primeiros a perceber que tem algo diferente na criança iniciando a busca por especialistas procurando compreender o que está acontecendo com este pequeno sujeito até se chegar a um diagnóstico O diagnóstico de autismo é dado a faixa etária acima de 5 anos de idade mas pode ser feito no fim do segundo ano de vida da criança quando mais cedo ser percebido comprovado e tratado melhor será os resultados positivos no desenvolvimento da criança com autismo São poucos os recursos instrumentais existentes para a realização do diagnóstico da pessoa suspeita de ter o autismo existem várias pesquisas e estudos voltados a esses casos na qual buscam melhores meios para diagnosticar esse transtorno Segundo Helmam 2009 o diagnóstico é um processo delicado envolvendo duas partes a família e os especialistas A família traz relatos da criança e o médico analisa juntamente com exames clínicos avaliando e dando o diagnóstico do seu paciente O diagnóstico acontece por meio de entrevistas com os pais da criança observação e exames clínicos e aplicação de instrumentos específicos seguindo as prescrições do 5º Manual Estatístico e Diagnóstico da Associação Americana Psiquiatra DSM5 2014 sendo I Déficits clinicamente significativos e persistentes na comunicação social e nas interações sociais manifestadas de todas as maneiras seguintes a Déficits específicos na comunicação não verbal e verbal usadas para interação social b Falta de reprocidade social c Incapacidade para desenvolver e manter relacionamentos de amizade apropriados para o estágio de desenvolvimento 2 Padrões restritos e respetivos de comportamento interesses e atividades manifestados por pelo menos duas das maneiras abaixo a Comportamentos motores ou verbais estereotipados ou comportamentos sensoriais incomuns b Expressiva adesãoaderência a rotinas e padrões ritualizados de comportamento c Interesses restritos fixos e intensos 3 Os sintomas devem estar presentes no início da infância mas podem não 7 se 8 manifestar completamente até que as demandas sociais excedam o limite de suas capacidades Os pais tem grande importância aos caminhos do diagnóstico devem compreender as necessidades e diferenças de seu filho estando sempre ao lado dessa criança buscando sempre auxílio e informações a respeito da sua condição Quando a criança é identificada com o autismo muito pequena é realizado o prognóstico sendo algo importante para seu desenvolvimento possibilitando tratamentos na ajuda a aquisição da linguagem facilidade nas adaptações desenvolvimento na interação social etc Rodrigues 2010 p 18 diz que o autismo é uma ausência da realidade com o mundo exterior e consequentemente impedindo ou impossibilidade de comunicarse com o mundo externo A psicoterapia tem por finalidade de auxiliar os alunos com dificuldades de aprendizagem ajudandoos em interpretar a linguagem corporal sua comunicação não verbal sua aprendizagem e emoções A terapia proporciona ensinamentos voltados a recordar processor e utilizar as informações para os autistas A musicoterapia também serve como um meio de tratamento ao autismo uma forma de terapia que utiliza a música cujo objetivo é ressaltar as potencialidades do sujeito através da aplicação de métodos e técnicas juntando outras capacidades incluindo a cognição O tratamento para o autismo tem que ser baseado na estimulação do desenvolvimento da pessoa de suas funcionalidades limitações e prevenção da privação de outras capacidades introduzindo a criança aos poucos no meio social tendo como resultado no âmbito emocional cognitivo e de linguagem O tratamento é intenso e está voltado aos principais sintomas do paciente sendo eles a agitação irritabilidade e agressividade Na maioria dos tratamentos são utilizados os neurolépticos a combinação vitamina B6magnésio fenfluramina carbamazepina ácido valpróico e lítio cujo objetivo é amenizar os sintomas a remissão desses sintomas 9 13 ESTRATÉGIAS DE ENSINO PARA O PROCESSO EDUCATIVO DE ALUNOS AUTISTAS O autismo das tornou um assunto aberto durante estes anos devido a grande quantidade de crianças diagnosticada aos futuros professores e aos que já atuam na área é importante aprofundar seus conhecimentos sobre este tema delicado e existe casos de que os familiares não aceitarem este diagnóstico A escola seguindo estes critérios deve optar e qualificar profissionais que estejam preparados a se dedicar seu tempo no processo de aceitação e na execução de atividades pedagógicas Durante a procura para novas técnicas de aprendizagem o professor deve priorizar recursos que ajudem todos os alunos neste processo não enfatizando somente as crianças normais a utilização de atividades totalmente diferentes dos demais pode causar discriminação e é necessário tornar todos iguais longe de olhares diferentes e maldosos No ponto de vista de Baptista 2006 p 93 o compromisso do educador tem como base a apropriação de seus próprios recursos e instrumentos a observação o diálogo a negociação e a avaliação retroalimentam o agir do educador A vista disso cabe ao educador sabe lidar com situações inesperadas em sala de aula mas com total preparação de acordo com os estudos que foram realizados de acordo com suas experiências na área visando sempre em executar sua tarefa com muito carinho e paciência Seguindo o histórico do aluno o dever da escola é analisar sua trajetória e conceder as melhores estratégias de ensino e acessibilidade para fazer com que o andamento escolar venha a cada vez se tornar mais melhor sabendo respeitar casa momento das crianças portadoras do autismo Criar e organizar estratégias que percebam as questões individuais e de grupo que permeiam o processo de aprendizagem e utilizálas a seu favor seja como pistas para estudo e pesquisa seja como produção de práticas pedagógicas que tencionem permanentemente os processos de ensino e aprendizagem implementados em sala de aula HATTGE KLAUS 2014 p 330 10 Ao ter o diagnóstico de TEA a criança irá frequentar mais clínicas médicas e psicólogos o que torna uma avaliação mais individual estás idas aos consultórios fazem parte do processo mas frequentar um ambiente mais coletivo se torna também importante a escola é um exemplo deste lugar onde proporciona ao aluno contato com outras pessoas na mesma situação ou não Durante este percurso de envolvimento dos autistas concluímos que tudo está ligado a comunicação que é oferecida o convívio com a sociedade e o desenvolvimento de suas habilidades Segundo Ropolo 2010 p 8 a interação deve vir de todos sem quaisquer condições pelas quais possam ser limitados em seu direito de participar ativamente do processo escolar segundo suas capacidades e sem que nenhuma delas possa ser motivo para uma diferenciação que os excluirá das suas turmas No decorrer das aulas o professor poderá notar alguns pré requisitos nos alunos autistas que os impede de manter um comunicado ativa utilização de mesmos gestos por longo tempo e a falta de diálogo ou não a falta de respostas Somente através da observação se pode fazer algo a respeito no momento da aula o educador pode notar algumas manias feitas pelo aluno o que contribuirá ou diminuirá a frequência de executalas seguindo este critério e possível fazer atividades voltadas ao aluno de acordo com o que mais gosta de fazer se tornando algo atrativo de fazer mas sempre visando na competência cognitiva a ser alcançada e longe de punições e com longa duração O PROCESSO DE ENSINOAPRENDIZAGEM Para crianças com Transtorno do Espectro Autista TEA é um tema de extrema importância e requer uma abordagem especializada e individualizada A neurodiversidade do TEA apresenta desafios e potencialidades únicas tornando essencial a adaptação de metodologias e a criação de ambientes que promovam o desenvolvimento pleno desses alunos 11 Estratégias e Abordagens Essenciais Individualização do Ensino Cada criança com TEA é única É fundamental que o plano de ensino seja individualizado considerando as habilidades interesses e necessidades específicas do aluno A criação de um Plano de Ensino Individualizado PEI em colaboração com pais terapeutas e a equipe escolar é um passo crucial Comunicação Visual e Estrutura As crianças com TEA se beneficiam enormemente de rotinas e estruturas visuais O uso de agendas visuais com fotos ou pictogramas ajuda a prever o que acontecerá ao longo do dia reduzindo a ansiedade e promovendo a autonomia A organização clara do ambiente e das atividades também é vital para o aprendizado Ensino de Habilidades Sociais O ensino de habilidades sociais como iniciar uma conversa interpretar expressões faciais e manter contato visual deve ser explícito e contextualizado Histórias sociais e dramatizações podem ser ferramentas eficazes para praticar essas habilidades em um ambiente seguro Integração Sensorial Muitos alunos com TEA têm sensibilidades sensoriais O ambiente de aprendizagem deve ser adaptado para minimizar estímulos excessivos luzes fortes barulhos e oferecer ferramentas que ajudem na autorregulação como almofadas de peso fones de ouvido com cancelamento de ruído e objetos táteis Reforço Positivo O reforço positivo é uma estratégia poderosa para encorajar comportamentos desejados Elogios acesso a atividades de interesse ou pequenas recompensas podem motivar a criança a participar e se engajar no processo de aprendizado A RELAÇÃO FAMILIAESCOLA A colaboração entre a família e a escola é a base para o sucesso do processo A comunicação aberta e contínua permite que as estratégias usadas em 12 casa e na escola sejam alinhadas proporcionando um suporte mais consistente para a criança A família é a principal fonte de informação sobre os interesses e desafios do aluno enquanto a escola oferece o suporte pedagógico e a socialização O desafio é grande mas as recompensas são imensas Ao adotar uma abordagem empática flexível e baseada em evidências é possível criar um ambiente de aprendizado inclusivo e enriquecedor que não apenas ajuda a criança com TEA a adquirir conhecimento mas também a desenvolver habilidades essenciais para a vida Se tiver interesse em aprofundar em alguma dessas estratégias ou em outras me diga 1 Apoio Emocional e Comportamental Crises e Sobrecarga Sensorial A birra em crianças com TEA muitas vezes não é um simples capricho mas uma manifestação de sobrecarga sensorial ou dificuldade de comunicação A criança pode não saber como expressar o que está sentindo e o colapso é a forma de liberar essa tensão Como Lidar Identifique os gatilhos Observe o que acontece antes da crise É um som alto Uma luz forte Uma mudança brusca na rotina Anotar esses eventos pode ajudar a prevenir futuras crises Mantenha a calma Sua calma é fundamental A criança com TEA muitas vezes reage à energia e ao tom de voz ao seu redor Fale baixo devagar e evite movimentos bruscos Ofereça um refúgio Crie um canto da calma em casa com almofadas fones de ouvido com cancelamento de ruído e objetos táteis Durante uma crise direcione a criança para este local se possível 13 Apoios sensoriais Use recursos como cobertores ponderados com peso brinquedos sensoriais como fidgets ou até mesmo uma massagem de compressão para ajudar a criança a se regular Não julgue Lembrese que a crise é uma resposta involuntária Não há punição que vá curar esse comportamento O foco deve ser em oferecer suporte e segurança 2 O Papel dos Pais e da Família A família é a base e o principal pilar no desenvolvimento de uma criança com TEA Colaborando com a Escola Comunicação constante Mantenha uma comunicação aberta e frequente com a escola Use uma agenda diária para trocar informações sobre o humor da criança o que a deixou feliz ou o que a estressou Participe do PEI O Plano de Ensino Individualizado PEI é um documento crucial Participe ativamente de sua criação compartilhando os interesses e as necessidades do seu filho Alinhe estratégias Certifiquese de que a escola usa as mesmas estratégias que funcionam em casa Se uma agenda visual é eficaz em casa incentive a escola a usála também Criando um Ambiente de Aprendizado em Casa Estrutura e rotina Mantenha uma rotina consistente Use agendas visuais para mostrar a sequência de atividades do dia ex café da manhã escovar os dentes hora de brincar Isso traz previsibilidade e reduz a ansiedade Reduza os estímulos Crie um ambiente de estudo e brincadeira sem excesso de ruídos ou objetos Cores neutras e uma boa organização ajudam a criança a se concentrar 14 Aproveite os interesses Use os interesses específicos da criança hiperfoco para motivar o aprendizado Se ela adora dinossauros use isso para ensinar matemática contando dinossauros escrita escrevendo nomes de dinossauros ou leitura 3 O Processo de Avaliação e Diagnóstico O diagnóstico do TEA é um processo complexo e multidisciplinar Quem Diagnostica O diagnóstico é clínico feito por uma equipe de profissionais como neuropediatra psiquiatra infantil psicólogo e fonoaudiólogo Sinais de Alerta A percepção de que algo está diferente pode começar nos primeiros anos de vida com sinais como atraso na fala falta de contato visual brincadeiras repetitivas sensibilidade a sons e texturas e dificuldade em interagir com outras crianças A importância do diagnóstico precoce Quanto mais cedo o diagnóstico mais cedo as intervenções podem começar A intervenção precoce aproveita a neuroplasticidade do cérebro da criança podendo ter um impacto significativo no desenvolvimento 4 Recursos e Materiais Didáticos A escolha de materiais deve ser baseada nos interesses e necessidades da criança Recursos visuais São a base do aprendizado no TEA Incluem agendas visuais cartões de rotina histórias sociais painéis de comunicação com figuras PECS Atividades sensoriais Massinha areia mágica balões cobertores ponderados e caixas sensoriais Esses materiais ajudam a criança a se autorregular e a explorar o mundo de forma segura Tecnologia Aplicativos e jogos educativos podem ser grandes aliados desde que usados com moderação e um objetivo claro Eles podem ajudar no desenvolvimento de habilidades de comunicação e raciocinio 15 METODOLOGIA O presente estudo adota a abordagem de pesquisa bibliográfica com caráter qualitativo conforme indicado no resumo do trabalho Esta metodologia é a mais adequada para o objetivo de compreender a importância da educação inclusiva para crianças com Transtorno do Espectro Autista TEA uma vez que se baseia na análise aprofundada de material teórico já publicado O foco é interpretar e sintetizar o conhecimento existente para refletir sobre as necessidades desses alunos e o papel fundamental da escola e da família em seu desenvolvimento podendo transformar o desempenho do aluno para satisfatório Além disso a metodologia visa analisar as vantagens e a importância do ambiente escolar no desenvolvimento das crianças com autismo mostrando a relevância da educação inclusiva para esses alunos Para a coleta de dados foi realizado um levantamento bibliográfico sistemático sobre estudos que versam o autismo As fontes consultadas incluem uma variedade de materiais como artigos científicos livros dissertações e manuais de diagnóstico sendo o DSM5 5º Manual Estatístico e Diagnóstico da Associação Americana Psiquiatra explicitamente referenciado para a compreensão dos critérios diagnósticos A seleção do material foi orientada por palavraschave centrais ao tema como Autismo Diagnóstico Inclusão Escola e Sala de Recursos Esse processo buscou reunir diferentes perspectivas e estudos sobre o TEA abordando sua conceituação histórica que remonta à origem grega do termo e aos primeiros estudos de Bleuler em 1911 e Leo Kanner em 1943 A pesquisa também se concentrou nas características apresentadas pelos indivíduos como déficits na 16 interação social e comunicação comportamentos repetitivos e interesses restritos e nas estratégias educacionais e terapêuticas que promovem um ambiente de aprendizagem inclusivo e eficaz incluindo adaptações curriculares e o uso de psicoterapia e musicoterapia A análise do material coletado foi pautada na interpretação crítica e na triangulação das informações A partir da leitura e releitura das obras selecionadas foram identificados temas recorrentes divergências e consensos entre os autores permitindo uma compreensão aprofundada das complexidades do TEA Essa análise qualitativa permitiu a construção de uma narrativa que não apenas descreve o TEA abordando suas manifestações em desenvolvimento linguagem e comportamento mas também discute a importância do diagnóstico precoce para o tratamento e desenvolvimento bemsucedido Adicionalmente a análise enfatizou a necessidade de adaptações curriculares e de um corpo docente preparado para atender às necessidades individuais de cada aluno A metodologia adotada portanto permitiu aprofundar a reflexão sobre as vantagens e a importância do ambiente escolar no desenvolvimento das crianças com autismo cumprindo os objetivos propostos pelo estudo CONSIDERAÇÕES FINAIS A educação é um pilar necessário e essencial na vida do homem fundamental para sua atuação plena na sociedade Nesse contexto o direito à educação é universal abrangendo também as pessoas com necessidades especiais garantindo a elas a oportunidade de um desenvolvimento integral As escolas têm a responsabilidade de assegurar e promover práticas inclusivas onde cada aluno seja respeitado em sua individualidade e possa vivenciar uma 17 aprendizagem prazerosa e significativa A educação inclusiva conforme destacado possui uma grande importância na educação básica pois oferece a alunos com necessidades especiais a chance de estudar e adquirir conhecimentos da melhor maneira possível Apesar do direito à educação ser garantido por lei para que todos os indivíduos possam aprender e se desenvolver da melhor forma possível ainda se observam muitos desafios a serem superados nas escolas tanto por parte da instituição quanto por parte dos próprios alunos Para o estudante com necessidades especiais o ambiente escolar pode apresentar dificuldades no cumprimento de tarefas o que torna imprescindível a promoção da acessibilidade para que a rotina escolar seja mais prazerosa e menos desafiadora A verdadeira inclusão portanto vai além de simplesmente inserir o aluno em sala de aula é fundamental que ele seja ativamente incluído nas atividades escolares que estimulem sua autonomia respeitem suas limitações e o auxiliem na superação de barreiras frequentemente por meio de atividades lúdicas que ofereçam novas experiências O desenvolvimento de uma criança não ocorre de forma isolada o contato com diferentes espaços e pessoas contribui para a aquisição de novos conhecimentos Neste cenário a interação entre escola e família assume uma importância crucial A equipe escolar e a família são descritas como grandes aliados na educação das crianças desempenhando um papel fundamental que pode transformar o desempenho do aluno especial para satisfatório Os pais em particular são os primeiros a perceber quando há algo diferente na criança iniciando a busca por especialistas e um diagnóstico Essa participação ativa dos pais é vital em todo o processo desde a compreensão das necessidades e diferenças de seus filhos até a busca contínua por auxílio e informações sobre a condição A aprendizagem de crianças com autismo representa um desafio específico 18 para as escolas exigindo um trabalho pedagógico eficiente e muitas vezes a presença e o suporte de outros profissionais médicos É essencial que as atividades escolares sejam planejadas de acordo com as necessidades individuais de cada criança com autismo respeitando suas limitações compreendendo suas dificuldades e contribuindo ativamente para seu desenvolvimento O trabalho escolar com alunos do Espectro Autista TEA deve buscar a compreensão de limitações como as dificuldades na interação social e de comunicação a sensibilidade auditiva a atenção focada em um único assunto e o medo A adaptação curricular e a adoção de estratégias terapêuticas são assim consideradas essenciais para uma educação de qualidade desses sujeitos É fundamental lembrar que cada caso de autismo é único e como salienta Praça 2011 p 27 um autista dificilmente se comportará igual a outro autista o que reforça a necessidade de abordagens personalizadas Para que a inclusão seja efetiva é crucial a ação do professor no desenvolvimento das atividades pedagógicas e que o ambiente escolar conte com profissionais capacitados para atender às necessidades individuais dos alunos incluindo aqueles com dificuldades de aprendizagem A equipe escolar deve ter um profundo entendimento das necessidades de cada aluno com dificuldades especiais especialmente no caso do autismo para que possa respeitar plenamente o sujeito Tornase imperativo que as escolas qualifiquem profissionais preparados para se dedicar ao processo de aceitação e à execução de atividades pedagógicas que priorizem recursos que beneficiem todos os alunos evitando a discriminação e promovendo a igualdade A importância do diagnóstico precoce do autismo é reiterada pois quanto mais cedo ele for realizado e o tratamento iniciado melhores serão os resultados no desenvolvimento da criança Quando o autismo é identificado em idades tenras o 19 prognóstico é favorável facilitando tratamentos que auxiliam na aquisição da linguagem na adaptação e no desenvolvimento da interação social Nesse processo a psicoterapia desempenha um papel fundamental ao auxiliar os alunos com autismo a interpretar a linguagem corporal a comunicação não verbal e a desenvolver suas emoções e aprendizagem O tratamento deve focar na estimulação do desenvolvimento da pessoa suas funcionalidades limitações e na prevenção de privações de outras capacidades introduzindo a criança gradualmente no meio social para resultados positivos no âmbito emocional cognitivo e de linguagem Em síntese o percurso de envolvimento dos autistas na sociedade e na escola está intrinsecamente ligado à qualidade da comunicação oferecida ao convívio social e ao desenvolvimento de suas habilidades A interação deve ser uma responsabilidade de todos garantindo que nenhum aluno seja limitado em seu direito de participar ativamente do processo escolar conforme suas capacidades sem que suas diferenças sejam motivo para exclusão de suas turmas Embora o autismo apresente desafios relacionados à comunicação e interação social é crucial reconhecer que o autismo não afeta a aparência física e que muitos indivíduos com TEA possuem uma grande inteligência e uma capacidade incrível de memorizar informações relacionadas aos seus interesses Compreender as diversas manifestações do TEA desde os quadros mais graves e não verbais até os casos leves como a Síndrome de Asperger que pode não apresentar atrasos significativos na linguagem é essencial para promover uma inclusão verdadeira e um desenvolvimento pleno e satisfatório 20 REFERÊNCIAS ASSENCIOFERREIRA vj O que todo professor precisa saber sobre neurologia São José dos Campos pulso 2005 BELISÁRIO J F Filho CUNHA Patrícia A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar Transtornos globais do desenvolvimento Brasília Ministério da Educação 2010 BOSA Cleonice Alves Autismo intervenções psicoeducacionais Instituto de Psicologia Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRGS Porto Alegre RS Brasil p 47 53 2006 MANTOAN MTE Compreendendo a deficiência mental novos caminhos educacionais São Paulo Editora Scipione 1988 HELMAM Cecil G 2009 Cultura saúde e doença Porto Alegre Artmed MENEZES Maria Carolina Cavalcanti de Almeida et al Intervenções neuropsicopedagógicas em casos de autismo VI Congresso Nacional de Educação 2019 Disponível em httpswwweditorarealizecombrrevistasconedutrabalhos TRABALHOEV127MD4 SA10ID78322092019121035pdf Acesso em 05 fev 2022 PEETERS Theo Autismo entendimento teórico e intervenção educacional Theo Peeters tradutores Viviane Costa de Lean et AL Rio de Janeiro Cultura Medica 1988 P 20 40 PRAÇA Élida Tamara Prata de Oliveira Uma reflexão acerca da inclusão de aluno autista no ensino regular Universidade Federal de Juiz de Fora Instituto de Ciências Exatas PósGraduação em Educação Matemática Mestrado Profissional em Educação Matemática Abril 2011 140p RODRIGUES Janine Marta C SPENCER Eric A criança autista um estudo psicopedagógico Rio de Janeiro Wak 2010 SURIAN L Autismo Informações essências para familiares educadores e profissionais de saúde Trad Ferrante Cacilda R São Paulo Paulinas 2010 21
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AUTISMO NA EDUCAÇÃO INFANTIL E SUAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS RESUMO Nome do Orientador2 Este artigo é uma pesquisa feita com base em livros e textos com uma abordagem mais qualitativa O objetivo é entender a importância da educação inclusiva especialmente no caso das crianças com autismo Queremos refletir sobre as necessidades dessas crianças e como o transtorno afeta suas vidas A educação inclusiva é fundamental na educação básica pois oferece a essas crianças a chance de aprender e adquirir conhecimentos de uma forma adequada A escola e a família desempenham papéis essenciais na vida dessas crianças trabalhando juntos para melhorar seu desempenho e bemestar Através dessa pesquisa foi possível entender melhor o universo das crianças com autismo e reconhecer a importância de um ambiente escolar que apoie seu desenvolvimento PalavrasChave Autismo Inclusão Educação Especial Educação Infantil 1 INTRODUÇÃO Discutir a inclusão nos dias de hoje é extremamente importante quanto mais se dialoga sobre esse tema mais reflexões surgem o que pode levar a uma mudança de comportamento na sociedade No que tange à Educação Especial tratase de uma educação que visa atender a todos promovendo a interação direta com crianças nesse contexto escolar e social Conforme as novas diretrizes pedagógicas crianças com necessidades especiais têm sido integradas ao sistema regular de ensino de diversas formas sempre respaldadas pela legislação tornandose um dos principais tópicos de debate na Educação no Brasil O objetivo deste trabalho é compreender as dificuldades de aprendizagem de crianças com Transtorno do Espectro Autista TEA e explorar as ações e propostas curriculares direcionadas ao aprendizado desse grupo Observase que essas crianças podem ser incluídas no ambiente escolar ao lado dos demais alunos sabendo que suas particularidades comportamentais podem contribuir para uma aprendizagem significativa e de qualidade É evidente a necessidade de métodos que viabilizem essa aprendizagem No campo da educação e da pedagogia os docentes e os profissionais encarregados da educação desses estudantes se deparam em sua maioria com dificuldades de aprendizagem Assim o foco deste estudo se restringe a investigar o processo de alfabetização de crianças autistas no contexto do Ensino Fundamental A inclusão é um tema presente nas políticas públicas nas instituições educacionais e acadêmicas além de ser amplamente discutido nas diversas mídias o que confere visibilidade a este assunto e propõe a verdadeira inclusão nos sistemas educacionais QUIXABA 2015 Em relação à metodologia a pesquisa adotada possui caráter exploratório e qualitativo onde as fontes bibliográficas consultadas e os textos lidos foram analisados e cotejados com situações observáveis durante o trabalho buscando assim uma integração entre os conteúdos teóricos e as práticas educacionais Dessa forma esta pesquisa visa de maneira específica apresentar métodos que favoreçam a aprendizagem dessas crianças além de identificar suas dificuldades e descobrir formas que ajudem no processo educativo Portanto é essencial observar o aluno autista para compreender suas habilidades sendo 2 fundamental desenvolver um trabalho focado na sua socialização Nesse sentido a busca por conhecimento e a busca por informações são aspectos de grande relevância para os profissionais da área Assim acreditase ser necessário explorar e criar novas experiências que permitam aos professores uma prática pedagógica efetiva É importante que o professor atue como um facilitador da aprendizagem e possua as competências necessárias para oferecer um ensino diversificado Para isso é importante que ele compreenda o desenvolvimento da leitura e da escrita da criança autista no ambiente escolar permitindo que ela realize suas tarefas com sucesso A utilização de uma metodologia que contribua para o desenvolvimento do autista é de extrema importância já que muitos são os problemas encontrados em sala de aula com crianças autistas e síndrome do autismo apresentado na maior parte dos casos dificuldade de aprendizagem ou prejuízo de linguagem A garantia da qualidade social na educação envolve a convicção de que é possível educar todos o que é fundamental para promover a igualdade e a inclusão social Isso requer um esforço conjunto e estruturado na escola onde a colaboração na criação e implementação do projeto pedagógico e do currículo é essencial Além disso a atuação qualificada dos professores tanto nos conteúdos quanto nas metodologias de ensino é crucial pois está diretamente ligada à relevância social dos materiais abordados e à obtenção de bons resultados acadêmicos que reflitam o empenho da escola e de seus educadores O referencial teórico e documental utilizado neste estudo foi encontrado em plataformas e periódicos online além das tradicionais bases físicas nas quais obtivemos as fontes que abordam temas associados à história da Educação Especial no Brasil e a inclusão dos alunos com autismo e suas dimensões com práticas pedagógicas voltadas para esses alunos e chamar atenção para os Transtornos Globais de Desenvolvimento A metodologia empregada neste trabalho foi o uso da pesquisa bibliográfica que permitiu uma melhor compreensão acerca da temática De acordo com o Ministério da Educação e Cultura MEC entendese que o Transtorno Geral de Desenvolvimento TGD Os alunos com transtorno global do desenvolvimento são aqueles que apresentam alterações qualitativas das interações sociais recíprocas e na comunicação um repertório de interesses e atividades restrito 3 estereotipado e repetitivo Incluemse nesse grupo alunos com autismo síndromes do espectro do autismo e psicose infantil BRASIL 2008 p 15 É notório que houve uma evolução significativa na educação de alunos com TGD no que diz respeito à educação deles Entretanto ainda existem muitos desafios e obstáculos para que estes alunos tenham de fato uma educação adequada dentro da sala de aula Pensando na escola como formadora de cidadãos a educação de alunos com autismo conforme Vasques 2003 p 31 apud PINTO 2015 p 13 deve considerar que nesse caminho marcado por dúvidas e respostas provisórias a escola e a educação emergem cada vez mais como espaços possíveis desde que seja superada a concepção de escola como espaço social de transmissão de conhecimentos em seu valor instrumental e adaptativo Os alunos autistas são meros receptores mas estão incluídos dentro do contexto escolar por isso a escola precisa ter um novo olhar para estes alunos a educação inclusiva constitui um paradigma educacional fundamentado na concepção de direitos humanos que conjuga igualdade e diferença como valores indissociáveis e que avança em relação à ideia de equidade formal ao contextualizar as circunstâncias históricas da produção da exclusão dentro e fora da escola BRASIL 2007 sp É através da escola que a sociedade adquire fundamenta e modifica conceitos de participação colaboração e adaptação AMY 2001 A escola precisa valorizar as habilidades do aluno com deficiência valorizando suas habilidades trabalhar suas potencialidades visando seu desenvolvimento e não trabalhar na tentativa de consertar o defeito A busca por propostas de práticas pedagógicas voltadas para alunos com necessidades especiais como o autismo dentro da sala pode contribuir para identificar como ocorre a relação professor e aluno no cotidiano escolar e a interação com os demais alunos Em síntese a inclusão de alunos com Transtorno do Espectro Autista TEA no ambiente escolar não é apenas uma necessidade legal mas um imperativo social que visa garantir a todos o direito de aprender e participar ativamente da vida escolar e comunitária Embora muitos avanços tenham sido feitos ainda existem desafios significativos para adaptar o ensino às necessidades individuais desses alunos especialmente no que diz respeito à alfabetização e à construção de habilidades cognitivas e sociais Este estudo ao explorar as práticas pedagógicas 4 voltadas para o ensino de crianças com TEA visa contribuir para a reflexão sobre a implementação de métodos mais eficazes e inclusivos que respeitem e valorizem as singularidades desses estudantes A educação inclusiva como proposta de transformação social deve ser vista como um processo contínuo de adaptação e aprendizagem que exige o empenho de toda a comunidade escolar e o desenvolvimento de uma cultura educacional mais aberta flexível e respeitosa à diversidade DESENVOLVIMENTO 11 APRENDIZAGEM Freire 1996 afirma que aprender é construir e reconstruir pacientemente uma obra que não será definitiva processo de aprendizagem pois o ser humano é transitório Segundo Piaget apud ASSUMPÇÃO 2014 a criança dos dois aos seis anos começa a construir de aprendizagens formais que utilizará durante toda a sua vida acadêmica Aprender portanto passa a ser o ponto crucial do processo Vygotsky menciona que o processo de ensino aprendizagem envolve diretamente a interação entre sujeitos que é promovida pela convivência social processo de socialização e maturações orgânicas A função de um educador escolar por exemplo seria então a de favorecer essa aprendizagem servindo de mediador entre a criança e o mundo RABELLO PASSOS 2015 A reflexão de Freire 1996 Piaget apud ASSUMPÇÃO 2014 e Vygotsky RABELLO PASSOS 2015 sobre o processo de aprendizagem revela diferentes aspectos fundamentais para compreender como se dá a construção do conhecimento Para Freire aprender é um processo dinâmico e contínuo uma jornada de reconstrução que nunca chega a um ponto final justamente porque o ser humano está em constante transformação Piaget por sua vez destaca a importância dos primeiros anos de vida na construção das bases cognitivas que acompanharão a criança ao longo de sua trajetória acadêmica sugerindo que a aprendizagem se dá principalmente a partir de uma estrutura de conhecimentos cada vez mais complexa Já Vygotsky enfatiza o 5 papel da interação social como elemento essencial para o aprendizado afirmando que a troca entre os indivíduos mediada pelo educador é indispensável para que a criança desenvolva suas habilidades cognitivas e sociais Assim a aprendizagem não é apenas um processo individual mas um fenômeno que se nutre das relações sociais e da mediação pedagógica essencial para o desenvolvimento pleno do aluno Essas contribuições ressaltam a complexidade do processo de ensinoaprendizagem em que o educador tem a responsabilidade de proporcionar um ambiente que favoreça a troca o questionamento e a construção coletiva do saber 12 ENSINO Segundo Freire 1996 p89 ensinar não é transmitir conhecimentos mas criar as possibilidades para a produção do saber O ensinar se resume em desenvolver mudança de comportamento no ser humano e essas alterações por vezes devem ser realizadas pelo professor Cabe ao professor pesquisar e analisar a melhor teoria para se basear e trabalhar com o aluno em prol do seu desenvolvimento intelectual Atualmente a legislação Brasileira de acordo com a LDB nº 939496 todos os alunos com necessidades educativas especiais devem ser incluídos nas salas regulares de Ensino Fundamental A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDBEN n 939496 salienta em seus artigos 58 e 59 assim com parágrafos e inciso que o sistema de ensino deve tornar possível o acesso desses quanto prático para que a inclusão realmente ocorra Além disso sustenta que o serviço especializado para o atendimento às peculiaridades dos alunos deficientes só deverá ser instituído quando for necessário Também faz referência às melhorias e revisões de currículo avaliação métodos técnica recursos educativos formação de professores dentre outros aspectos propícios às mudanças de paradigmas referentes à clientela deficiente PADILHA 2000 Para que esses direitos se tornassem lei não poderia deixar de citar a importância da Declaração Mundial de Educação para Todos 1990 e a Declaração de Salamanca 1994 que influenciam a formulação das políticas públicas de educação inclusiva A reflexão de Freire 1996 sobre o papel do educador como facilitador da produção do saber destaca a importância de criar condições que favoreçam o 6 desenvolvimento intelectual do aluno ao invés de simplesmente transmitir conteúdo O ensino segundo Freire vai além da mera transmissão de informações ele deve ser um processo dinâmico no qual o educador contribui para mudanças de comportamento e consequentemente para o desenvolvimento integral do aluno Nesse sentido o professor precisa estar atento às necessidades de cada estudante pesquisando e analisando as melhores abordagens pedagógicas para promover um aprendizado significativo e adaptado A legislação brasileira por sua vez tem avançado para garantir a inclusão de alunos com necessidades educativas especiais nas salas regulares de Ensino Fundamental conforme estabelece a LDB nº 939496 A lei enfatiza a importância de um sistema educacional que permita o acesso pleno e eficaz desses alunos ao ensino regular adequandose às suas necessidades específicas A criação de serviços especializados no entanto deve ocorrer apenas quando necessário sempre com a premissa de que a inclusão seja uma prática efetiva e não apenas formal Nesse contexto a LDB também aborda a revisão de currículos avaliação métodos e a formação de professores como elementos essenciais para a transformação do sistema educacional em um espaço verdadeiramente inclusivo A Declaração Mundial de Educação para Todos 1990 e a Declaração de Salamanca 1994 são marcos internacionais fundamentais que influenciam as políticas públicas de educação inclusiva no Brasil reforçando a necessidade de garantir o direito à educação de qualidade para todos os alunos independentemente de suas necessidades específicas Essas declarações propõem a construção de sistemas educacionais que não excluam mas integrem e valorizem as diferenças com o objetivo de garantir a equidade no acesso ao ensino Dessa forma as políticas públicas educacionais e a formação de professores devem caminhar lado a lado com esses princípios para que a inclusão de alunos com necessidades especiais seja efetiva e transformadora 13 AUTISMO O autismo suscitou um interesse imenso em boa parte sem dúvida em decorrência da fascinação que inspiram essa doença e seu mistério e em grande parte devido a importantes movimentos de associação de familiares Estes lutam pelos tratamentos que lhe parecem os melhores mais também para mobilizar o 7 poder público de modo que atenuem a carência ou mesmo a penúria de estabelecimentos estabilizados AMY 2001 O autismo é um transtorno de espectro autista caracterizado por prejuízos na interação social atraso na aquisição da linguagem e comportamentos estereotipados e repetitivos TEIXEIRA 2013 p 171 Segundo Bosa 2002 p22 a definição de autismo é entendida como com a maiúsculo e minúsculo com e sem artigo antecedendo a palavra o Autismo Ou o autismo como síndrome comportamental síndrome neuropsiquiátriconeuropsicológica como transtorno invasivo do desenvolvimento transtorno global do desenvolvimento transtorno abrangente do desenvolvimento como transtorno pervasivo do desenvolvimento essa palavra nem consta no Aurélio psicose infantil precoce simbiótica etc Ouvese falar em pré autismo pseudoautismo e pósautismo BOSA 2002 p 22 Tentando esclarecer um pouco mais o conceito etiologia e educação destes sujeitos houve uma pesquisa bibliográfica que retratou estudos realizados acerca Um dos primeiros estudos realizado foi em 1943 feito por Leo Kanner e 1944 por Hans Asperger os quais independente o primeiro em Baltimore e o segundo em Viena forneceram relatos sistemáticos dos casos que acompanhavam e das suas respectivas suposições teóricas para essa síndrome até então desconhecida BOSA 2002 p22 Kanner em 1943 apud BOSA 2002 verificou em seus atendimentos comportamentos peculiares no que diz respeito à relação interpessoal ou seja uma incapacidade dessas crianças de estabelecer relações de maneira normal com as pessoas e situações desde o princípio de sua vida BOSA 2002 p23 Ainda de acordo de Kanner outra característica observada em seus estudos foi a dificuldade em estreitar laços de afetividade como por exemplo acomodarse ao colo de alguém atraso na aquisição da fala e do uso não comunicativo da mesma movimentos repetitivos ecolalia imediata dificuldade na dificuldade motora insistência obsessiva na manutenção da rotina não aceitação de objetos quebrados ou incompletos dificuldade na introdução de novos alimentos insistência em alinhar objetivos alguns medos a fortes ruídos dentre outros Observase que Kanner 1943 apud BOSA 2002 afirmava que nem todas as crianças apresentam todas as características iguais além do mesmo observar que todas as crianças possuem desenvolvimento intelectual dos sujeitos pesquisados embora os mesmos não demonstrassem 8 Bosa 2002 sp diz que a teoria afetiva Sugere que o autismo se origina de uma disfunção primária do sistema afetivo qual seja uma inabilidade inata básica para interagir emocionalmente com os outros o que levaria a uma falha no reconhecimento de estados mentais e a um prejuízo na habilidade para abstrair e simboliza De acordo com Asperger 1944 apud BOSA 2002 observa que as suas descrições são mais amplas que a de Kanner tendo em vista a sua inclusão de casos com comprometimento orgânico Asperger ressaltou a dificuldade das crianças em manter contato visual durante situações sociais carência de gestos de significação movimentos repetitivos dificuldade dos responsáveis em se comprometer nos três primeiros anos de vida vocabulário monótono com a presença de repetição de palavras Ambos estudiosos encontraram em seus estudos semelhanças com relação a dificuldades nos relacionamentos interpessoais e na comunicação além do comportamento repetitivo como por exemplo estereotipias e ecolalia imediata No decorrer da história o autismo foi visto sob várias formas primeiramente como pessoas esquizofrênicas logo após psicoses BOSA 2002 A denominação do autismo na categoria de psicose ou esquizofrenia muda conforme as escolas psiquiátricas Assumpção Júnior 1997 apud BOSA 2002 p 27 Por Psicose compreendese de um modo geral um distúrbio maciço da realidade envolvendo uma desorganização ou não organização da personalidade Com relação às conceituações sobre a esquizofrenia temse que as mesmas referiamse às mudanças peculiares nos sentimentos e nas relações com o mundo externo De acordo com Klein 1989 apud BOSA 2002 p28 grifo do autor a psicose é vista como uma regressão à posição esquizoparanoide característica de uma fase do desenvolvimento normal Nos dias atuais o diagnóstico do autismo prevê a presença do distúrbio em três domínios interação social comunicação e interesses restritos e padrões estereotipados do comportamento SCHLICKMANN FORTUNADO 2013 9 Os professores precisam aceitar a condição que a criança necessita antes de desenvolver para depois mostrar habilidade para aprender Considerando a inabilidade desta população em generalizar em desenvolver relações interpessoais as limitações linguísticas devido às limitações orgânicas do seu quadro clínico estas automaticamente impactam no atraso do seu desenvolvimento global BRAGA 2009 Um dos métodos de ensino da criança autistas mais usados no Brasil é o Treatment and Education of Autistic and Related Communication Handicapped Children TEACCH tratase de uma Educação Controladora Os propostos deste método são BOSA 2002 Habilitar pessoas portadoras de autismo a se comportar de forma tão funcional e independente quanto possível Promover atendimento adequado para os portadores de autismo e suas famílias e para aqueles que vivem com eles 14 AUTISMO NO CONTEXTO ESCOLAR O acesso da criança com necessidades educativas especiais nas salas de ensino regular permite que a criança faça contatos sociais e favorece o seu desenvolvimento bem como o desenvolvimento das demais crianças na medida em que estas crianças consideradas normais aprendam com as diferenças CAMARGO BOSA 2009 O professor tem que manter uma relação de estímulos e confiança com o aluno autista a fim de evitar que ela construa um sentimento de insegurança e inferioridade Deve também buscar novas estratégias de ensino e compreender que estas crianças são iguais às outras apesar das diferenças e isto enriquece os processos de aprendizagem Com base na convivência com o aluno o professor precisa adaptarse à realidade diante de alguns comportamentos diferenciados de outras crianças como por exemplo bater na mesa se jogar pelo chão bater nas costas dos colegas ruídos dentre outros Salientando que a mudança de professor na maioria das vezes contribui para o regresso desse aluno Segundo Teixeira 2013 p 179 10 Um profissional importante no tratamento e no processo pedagógico da criança será o facilitador ou o mediador escolar Ele funcionará de elo entre educador pais e os estudantes O mediador escolar trabalhará auxiliando a criança na sala de aula e em todos os ambientes escolares como um personal trainer mediando e ensinando regras sociais estimulando a sua participação em sala facilitando a interação social dela com outras crianças corrigindo rituais e comportamentos repetitivos e almoçando o estudante em situações de irritabilidade e impulsividade Salienta a importância dos pais no processo educacional destas crianças de forma que os compreendam que o seu filho apresenta características peculiares que a diferenciam das outras exigindo uma didática menos exigente OLIVEIRA 2011 A relação do autista com as demais crianças poderá muitas vezes ser uma de uma convivência agressiva tendo em vista que em muitos casos a criança não tem interação com os demais e que a família precisa se posicionar de forma colaborativa com a escola Comparando as afirmações de Kanner 1943 apud BOSA 2002 que verificou nessas crianças a incapacidade crianças de estabelecer relações de maneira normal com as pessoas e situações desde o princípio de sua vida BOSA 2002 p23 Teixeira 2013 esclarece que os comportamentos agressivos podem ser minimizados por meio de interações medicamentosas além do uso de métodos comportamentais Segundo o pensamento de Amy 2001 p 49 afirma que o O autismo recobre problemas muitos diferentes as perturbações sensoriais cognitivas e afetivas manifestase de modos variados Certos educadores tem a sabedoria de buscar suas competências em diversas fontes e de trabalhar segundo aquilo que percebem do potencial da criança A inclusão de crianças com necessidades educativas especiais nas salas regulares de ensino oferece benefícios tanto para as crianças com deficiência quanto para as demais uma vez que propicia uma convivência rica em trocas sociais e experiências Como destacado por Camargo e Bosa 2009 o contato com as diferenças favorece o desenvolvimento de todos os alunos permitindo que as crianças normais também aprendam a lidar com a diversidade Esse processo de inclusão no entanto exige do professor uma abordagem sensível e adaptativa pois é essencial que ele estabeleça uma relação de confiança e estímulo com o aluno autista prevenindo sentimento de insegurança e inferioridade O professor precisa compreender que apesar das diferenças as crianças com autismo possuem potencialidades semelhantes às das outras crianças e isso 11 deve ser visto como um fator enriquecedor para o processo de aprendizagem Além disso a flexibilidade e a adaptação são indispensáveis diante dos comportamentos diferenciados que o aluno pode apresentar como agitação física ou ruídos que são comuns no espectro autista O importante portanto é que o educador se ajuste a essas necessidades criando um ambiente acolhedor e seguro Teixeira 2013 destaca a importância de um mediador escolar um profissional que atua como elo entre o professor a criança e a família auxiliando o aluno em sua adaptação ao ambiente escolar Esse mediador tem um papel crucial ao promover a interação social corrigir comportamentos repetitivos e ajudar a criança a lidar com situações de irritabilidade ou impulsividade A presença desse facilitador pode ser um grande diferencial no processo de inclusão e no desenvolvimento das habilidades sociais da criança autista Ademais a colaboração entre escola e família é fundamental Como aponta Oliveira 2011 os pais precisam entender que seus filhos possuem características peculiares e exigem uma abordagem pedagógica mais flexível ajustada às suas necessidades Quando a família se envolve de forma ativa no processo educativo contribuindo com informações sobre o comportamento e as necessidades específicas da criança o processo de inclusão se torna mais eficaz No entanto a convivência entre a criança autista e as demais crianças pode em algumas situações ser desafiadora especialmente em casos de comportamentos agressivos ou dificuldades de interação social como observado por Kanner 1943 apud Bosa 2002 Essas dificuldades podem ser minimizadas por meio de estratégias comportamentais e terapias adequadas além do apoio de profissionais qualificados como o mediador escolar A interação com outras crianças aliada a uma abordagem terapêutica eficaz pode ajudar a suavizar as reações impulsivas e agressivas favorecendo uma integração mais harmônica no ambiente escolar Por fim como ressalta Amy 2001 o autismo é um transtorno multifacetado com manifestações sensoriais cognitivas e afetivas variadas e requer dos educadores a capacidade de buscar alternativas em diversas fontes de conhecimento adaptando suas práticas pedagógicas de acordo com o potencial da criança A compreensão da complexidade do autismo aliada a uma abordagem centrada na valorização das diferenças é crucial para garantir que o processo de inclusão seja verdadeiramente eficaz e transformador 12 METODOLOGIA Para entender melhor o tema abordado foi adotado um método de análise descritiva e exploratória usando como técnica uma pesquisa bibliográfica devido à natureza do assunto estudado Assim é importante que o professor desenvolva metodologias de ensino que permitam ao aluno autista se comunicar e se desenvolver de forma mais plena Segundo Alves Mazzoti e Gewandsznajder 2002 p 160 não existe uma metodologia que seja boa ou ruim por si só mas sim aquela que é adequada ou inadequada para lidar com um problema específico Neste estudo a coleta de informações foi feita por meio da análise de conteúdo É fundamental que os professores adotem estratégias e ferramentas pedagógicas que valorizem as diferenças de cada aluno sem tentar padronizálos ou esconder suas particularidades Para que a inclusão seja verdadeira é essencial conhecer os direitos garantidos por lei para esses estudantes Em 2012 foi criada a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista garantindo que essas pessoas tenham acesso aos mesmos direitos das demais pessoas com deficiência no país De acordo com essa lei caso uma escola recuse a matrícula de uma criança com autismo o responsável pode ser multado Além disso quando necessário a escola deve garantir a presença de um acompanhante especializado um mediador que reconheça o aluno como um ser pensante com sua própria subjetividade capaz de fazer críticas tomar decisões e se comunicar Também é fundamental que o Estado e as escolas ofereçam formação especializada aos professores nessa área que exige atenção especial Segundo Fumegalli 2012 p 40 a formação continuada deve servir para aprimorar as habilidades do professor ajudandoo a acompanhar a evolução da educação e a modernizar suas práticas Assim ele torna o ensino mais interessante para o aluno mostrando que na escola ele pode ampliar seus conhecimentos Nesse processo o professor tem a oportunidade de refletir sobre sua prática pedagógica avaliando as estratégias usadas na aprendizagem dos estudantes identificando acertos e erros e ajustando suas ações conforme as necessidades de cada um 13 CONSIDERAÇÕES FINAIS A pesquisa evidencia a relevância de refletir sobre as práticas direcionadas à criança autista com um planejamento voltado às habilidades tendo em vista as limitações observadas no contexto da criança de forma que torne possível a educação desse sujeito O aluno com autismo é devidamente assistido pela escola Não pois se observa que escola tenta incluir esse aluno e não só integrar esse aluno mas que se esbarra em muitas limitações como falta de estrutura falta de pessoal falta de recursos falta de uma formação de professores e principalmente interesse por parte desses em adquirir conhecimento mais profundos para se ter uma fundamentação no trabalho realizado Podese concluir que são necessárias mais pesquisas acerca da temática do autismo e educação de forma a lançar olhares mais atentos para as práticas educativas direcionadas a esses sujeitos continuar investigando discutindo e refletindo sobre essa realidade a necessidade de uma visão crítica a respeito do diagnóstico a relação entre família e a escola sendo essa de fundamental importância A pesquisa apresentada evidencia a necessidade urgente de uma reflexão mais aprofundada sobre as práticas educacionais voltadas para a inclusão de crianças autistas destacando a importância de um planejamento pedagógico que seja verdadeiramente centrado nas habilidades e nas limitações específicas de cada aluno Contudo a realidade observada mostra que a educação desses alunos ainda enfrenta grandes desafios Apesar dos esforços para incluir as crianças autistas a efetiva integração e inclusão educacional esbarra em diversas barreiras como a falta de estrutura adequada escassez de pessoal qualificado recursos limitados e 14 especialmente a formação insuficiente de muitos professores Além disso o interesse por parte dos educadores em aprofundar seu conhecimento sobre o autismo e em se capacitar para atender essas necessidades específicas é muitas vezes um aspecto negligenciado comprometendo a qualidade do atendimento educacional Diante dessa realidade podese concluir que há uma grande demanda por mais pesquisas que abordem de maneira crítica as práticas pedagógicas voltadas para o autismo e a educação inclusiva Tais pesquisas são essenciais para promover um olhar mais atento e fundamentado sobre a temática além de impulsionar o desenvolvimento de metodologias e estratégias eficazes para atender adequadamente esses alunos É igualmente importante continuar investigando a relação entre a família e a escola já que a colaboração entre ambos é crucial para o sucesso da inclusão Ao focar em uma visão crítica do diagnóstico e das práticas educacionais será possível avançar na construção de um sistema educacional mais inclusivo acolhedor e capacitado para lidar com a diversidade 15 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMY M D Enfrentando o autismo a criança autista seus pais e a reação terapêutica Rio de Janeiro Zahar 2001 ASSUMPÇÃO M C M Educação infantil uma fase importante na aprendizagem Abr 2014 Disponível em httpwwwperfilnewscombrartigosartigoeducacaoinfantilumafaseimportante naaprendizagem Acesso em 18 agost 2025 BOSA C CALLIAS M Autismo Breve revisão de diferentes abordagens Psicologia Reflexão e Crítica 2001 v13 n 1 BOSA C Autismo atuais interpretações para antigas observações Porto Alegre Artmed 2002 BRASIL Declaração de Salamanca Organizações da Nações Unidas para a Educação a Ciência e Cultura UNESCO 1994 BRASILLei Federalnº12764 de 27de dezembro de 2012 Instituía Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista Diário Oficial da República Federativa do Brasil Brasília 28 dez 2012 DefiniçãoTranstorno do Espectro Autista TEA na criança saudegovbr Acesso em7 set 2024 FREIRE P Pedagogia da autonomia saberes necessários a prática educativa 24 ed São Paulo Paz e Terra 1996 LEITE A R A educação especial no Brasil e os aspectos pedagógicos Out 2011 Disponível em httpwwwwebartigoscomartigosaeducacaoespecial nobrasileosaspectospedagogicos78097 Acesso em 23 agost 2025 PADILHA AML Práticas pedagógicas na educação especial a capacidade de significar o mundo e a inserção cultural do deficiente mental Campinas Autores Associados 2001 16 Política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva Inclusão revista da educação especial Brasília Secretaria de Educação Especial v4 n1 p 717 janjun 2008 QUIXABA Maria A Inclusão na Educação humanizar para educar melhor ed São Paulo Paulinas 2015 RABELLO ET e PASSOS J S Vygotsky e o desenvolvimento humano Disponível em httpwwwjosesilveiracom Acesso em 20 Julho 2025 SANTOS et al O autismo no contexto escolar O Out 2013 Disponível em httpspsicologadocomatuacaopsicologiaescolaroautistanocontexto escolar Acesso em 20 Julho 2025 SMITH D D Introdução à educação especial ensinar em tempos de inclusão 5 ed São Paulo Artmed 2 17 O PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM A CRIANÇA COM TRANSTORNO ESPECTRO AUTISTA Orientadora² RESUMO O presente artigo é uma pesquisa bibliográfica com abordagem qualitativa tendo como objetivo compreender a importância da educação inclusiva destacando a criança com autismo refletindo suas necessidades e como esse transtorno age na vida desse sujeito A educação inclusiva tem grande importância na educação básica proporcionando a oportunidade a alunos com necessidades especiais a estudar e obter conhecimentos da melhor maneira A equipe escolar e a família são grandes aliados na educação das crianças ambas fazem um papel fundamental na vida desse sujeito podendo transformar o desempenho do aluno especial para satisfatório Por meio da pesquisa bibliográfica foi possível pesquisar e compreender sobre a criança com autismo incluindo a importância do espaço escolar para o desenvolvimento dessas crianças Palavraschave Autismo Diagnóstico Inclusão Escola Sala de Recursos 1 INTRODUÇÃO Muitas crianças que possuem algum tipo de necessidade especial quando tem acesso à educação conseguem se desenvolver cada vez mais tornandose um espaço necessário para ela frequentar O trabalho realizado referese à influência do ambiente escolar no desenvolvimento das crianças autistas da Educação Infantil A aprendizagem na educação infantil pode acontecer por meio do brincar em situações que a criança faça descobertas prazerosas interagindo e aguçando sua imaginação principalmente a criança com necessidades especiais No espaço escolar o estudante que tem necessidades especiais encontra muitas dificuldades em cumprir suas tarefas necessitando da ajuda de outra pessoa a acessibilidade deve ser promovida nas escolas ajudando a rotina escolar deste aluno ser prazerosa Através de uma pesquisa bibliográfica com abordagem qualitativa foi realizado um levantamento bibliográfico sobre estudos que versam o autismo tendo por objetivo analisar as vantagens e a importância do ambiente escolar no desenvolvimento das crianças com autismo mostrando a importância da educação inclusiva a este aluno Cada indivíduo com necessidades especiais tem suas características o tratamento ocorre conforme o caso é diagnosticado a equipe escolar deve ter entendimento as necessidades de cada aluno com dificuldades especiais inclusive o autismo sabendo respeitar este sujeito Um aluno autismo tem o direito a uma educação inclusiva onde possa ter uma aprendizagem conforme suas necessidades e limitações ampliando seus limites e conhecimentos Inserir um aluno especial nos espaços escolares é ir além de simplesmente colocálo em sala de aula é importante incluir este sujeito as atividades escolares promovendo sua aprendizagem A inclusão desses alunos pode acontecer de várias maneiras sempre por meio de atividades lúdicas oferecendo novas experiencias estimulando sua autonomia respeitando suas limitações e auxiliando em suas superações as barreiras encontradas no processo de inclusão 2 DESENVOLVIMENTO 1 CONCEITUANDO O AUTISMO O autismo tem como característica sua origem grega autós na qual significa por si mesmo termo muito usado pela psiquiatria nomeando o comportamento da criança autista onde é concentrado em si próprio Em 1911 o pesquisador Bleuler começou a fazer uso da palavra autismo significando a perda do contato com a realidade Os primeiros estudos sobre o autismo iniciaram no ano de 1943 pelo psiquiatra Leo Kanner sujeito que escreveu um artigo contendo um estudo baseado em 11 crianças na qual todas elas apresentavam algumas características individuais com relação aos demais O autismo pertence aos Transtornos de Neurodesenvolvimento caracterizado por déficits envolvendo a interação social em diversos contextos e também na comunicação social recebendo o nome de Transtornos do Espectro Autista TEA Os seres humanos que possuem o autismo apresentam o comprometimento em seu desenvolvimento tendo dificuldades na comunicação em seu comportamento seus interesses e em atividades estereotipados Para Bosa 2006 O autismo classificase ainda como um transtorno invasivo do desenvolvimento que envolve graves dificuldades ao longo de toda vida tanto nas habilidades sociais e comunicativas como também nos comportamentos e interesses limitados e repetitivos BOSA 2006 p48 O psiquiatra Kanner realizou estudos relacionados ao autismo onde chamava de Distúrbio autistico do contato afetivo logo mais outros autores pesquisaram sobre o TEA descobrindo novas características compreendendo que seria relacionado a um Déficit cognitivo e social considerado como um distúrbio do desenvolvimento A família inicia o processo de descobrimento do caso aos três anos de idade a criança pode começar a iniciar as características do autismo ficando cada vez mais aparentes com o passar do tempo 3 O autismo é definido pela organização mundial de saúde como um distúrbio do desenvolvimento sem cura e severamente incapacitante Sua incidência é de cinco casos em cada 10000 nascimento caso se adote um critério de classificação rigorosa é três vezes maior se considerar casos correlatados isto é necessitem do mesmo tipo de atendimento MANTOAN 1997 p 13 O transtorno do Espectro Autista TEA pode ser classificado como um Transtorno Global do Desenvolvimento conforme as características apresentadas pelo sujeito que possui o autismo diante as dificuldades nas relações sociais e a comunicação Para Belisario e Cunha 2010 p 08 Os Transtornos Globais do Desenvolvimento TGD representam uma categoria na qual estão agrupados transtornos que têm em comum as funções do desenvolvimento afetadas Entretanto este conceito é recente e se pode ser proposto devido aos avanços metodológicos dos estudos e á superação dos primeiros modelos explicativos sobre o autismo O autismo envolve questões sociais afetivas cognitivas emocionais e motoras caracterizado como um transtorno psicológico onde a pessoa autista não deixa de ter seus direitos podendo viver em sociedade sem sofrer preconceitos As atividades escolares realizadas com crianças que possuem o autismo devem estar de acordo com suas necessidades respeitando as limitações este pequeno sujeito compreendendo suas dificuldades e contribuindo em seu desenvolvimento O trabalho escolar com crianças com o Espectro Autista TEA deve buscar compreender algumas limitações que elas apresentam respeitando seu tempo de aprender compreender suas dificuldades na interação social e de comunicação sua sensibilidade auditiva uma atenção voltada apenas a um assunto o medo Mas lembrando que cada caso de autismo é diferente segundo Praça 2011 p 27 vale ressaltar que cada autista tem suas características e limitações próprias ou seja um autista dificilmente se comportará igual a outro autista É importante a ação do professor no desenvolvimento das atividades pedagógicas o espaço escolar deve apresentar profissionais capacitados para atender as necessidades individuais dos alunos inclusive aqueles com dificuldades de aprendizagem 4 11 CARACTERISTICAS DO AUTISMO Crianças com autismo apresentam problemas no desenvolvimento da linguagem na comunicação no comportamento e na interação social sendo um indivíduo mais tímido e cheio de fantasias O diagnóstico dessa criança pode ser realizado até seus três anos de idade raramente aparecendo após esse período mas não significa que não acontece casos depois dessa idade O autismo faz com que a pessoa se feche do mundo não conseguindo interagir com os demais a seu redor mas apresenta uma capacidade de raciocínio e memoria ótimos compreendendo com facilidade o que as outras pessoas estão falando Várias pessoas com autismo não compreendem a coerência das coisas percebem poucas conexões lógicas e têm a impressão de que toda sua vida é ditada ao acaso pelo inesperado por coisas que não podem controlar Vivendo no centro desta confusão os autistas necessitam de uma referência alguém ponto de apoio As nossas explicações verbais de quando como onde e por que as coisas acontecem não são suficientes PEETERS 1988 p20 Existem casos desse transtorno em que as crianças não apresentam muita expressão verbal e outros que a mesma consegue se comunicar mas repetem bastante o que escutam sendo repetitivas ganhando o nome de ecolalia imediata Peeters 1988 p 40 diz que A ecolalia somente poderá ser considerada como uma característica de autismo quando presente ao lado de uma idade mental superior a trinta e seis meses para criança com autismo e idade mental de cinco anos ser ecolálico não pode ser considerado normal E sim como um déficit qualitativo Observase que as características mais presentes nos autistas estão em seus comportamentos sendo repetitivos sua falta de interesses e as suas rotinas iguais a de todos os dias podendo ser notadas pelos pais ou por pessoas mais próximas da criança ao acompanhar o seu desenvolvimento O desenvolvimento da pessoa com TEA tem afeto em seu cognitivo e no seu social por causa desse sujeito não ter interesse em se interagir com demais pessoas mesmo sendo da mesma faixa etária apresenta dificuldade em se relacionar mesmo o grau sendo leve ou grave 5 Existem muitas pesquisas envolvendo casos de autismo onde as crianças com autismo mostram mais dificuldades no que se diz respeito ao aprendizado Com base em Menezes 2012 encontrase alguns termos usados para se referir ao autismo um deles é o Transtorno de Espectro autista TEA usado a diferentes variações do autismo aos quadros mais graves quando o caso é não verbal e nos quadros leves onde são poucas as manifestações dos sintomas Temse também o Autismo clássico na qual apresenta a maioria das partes das áreas afetadas do desenvolvimento de forma significativa Já o autismo infantil veio após as descobertas de Kanner voltado as crianças que tinham dificuldades em interagir e ter atraso na linguagem O autismo não afeta na aparência do ser humano não deixa algum sinal físico carregam consigo uma grande inteligência conforme Surian 2010 crianças autistas apresentam uma capacidade incrível em lista de nomes nos fatos uma boa memória características principalmente naquelas que tem menos dificuldades na fala Uma das características do autista é a capacidade de memorizar informações quando for relacionada ao seu interesse Temse o autismo de grau leve onde o individuo tem dificuldades em expressar seus sentimentos anseios e desejos não consegue iniciar uma conversa ou ficar na conversa A síndrome de Asperger é um autismo de grau leve ocorrendo mais em meninos apresentando uma inteligência incrível não apresenta atraso na linguagem e nem prejuízos significativos Quanto mais cedo diagnosticado melhor será o tratamento do autismo existindo vários tipos de tratamentos para serem feitos cedo contribuindo no desenvolvimento com sucesso desse sujeito Para AssencioFerreira 2005 p102 é possível que simplesmente existiram várias crianças com autismo agora com o maior número de profissionais lidando com a saúde infantil e com melhores informações a respeito propiciouse maior possibilidade de diagnósticos A criança autista consegue falar o que lhe foi dito repetindo o que ouviu mas apresenta dificuldade ao se comunicar tornando um grande desafio as escolas seu desenvolvimento Na escolarização desse aluno é necessário fazer algumas adaptações curriculares onde a escola possa estar preparada para receber esse aluno 6 12 A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO DO TEA Os pais são os primeiros a perceber que tem algo diferente na criança iniciando a busca por especialistas procurando compreender o que está acontecendo com este pequeno sujeito até se chegar a um diagnóstico O diagnóstico de autismo é dado a faixa etária acima de 5 anos de idade mas pode ser feito no fim do segundo ano de vida da criança quando mais cedo ser percebido comprovado e tratado melhor será os resultados positivos no desenvolvimento da criança com autismo São poucos os recursos instrumentais existentes para a realização do diagnóstico da pessoa suspeita de ter o autismo existem várias pesquisas e estudos voltados a esses casos na qual buscam melhores meios para diagnosticar esse transtorno Segundo Helmam 2009 o diagnóstico é um processo delicado envolvendo duas partes a família e os especialistas A família traz relatos da criança e o médico analisa juntamente com exames clínicos avaliando e dando o diagnóstico do seu paciente O diagnóstico acontece por meio de entrevistas com os pais da criança observação e exames clínicos e aplicação de instrumentos específicos seguindo as prescrições do 5º Manual Estatístico e Diagnóstico da Associação Americana Psiquiatra DSM5 2014 sendo I Déficits clinicamente significativos e persistentes na comunicação social e nas interações sociais manifestadas de todas as maneiras seguintes a Déficits específicos na comunicação não verbal e verbal usadas para interação social b Falta de reprocidade social c Incapacidade para desenvolver e manter relacionamentos de amizade apropriados para o estágio de desenvolvimento 2 Padrões restritos e respetivos de comportamento interesses e atividades manifestados por pelo menos duas das maneiras abaixo a Comportamentos motores ou verbais estereotipados ou comportamentos sensoriais incomuns b Expressiva adesãoaderência a rotinas e padrões ritualizados de comportamento c Interesses restritos fixos e intensos 3 Os sintomas devem estar presentes no início da infância mas podem não 7 se 24 manifestar completamente até que as demandas sociais excedam o limite de suas capacidades Os pais tem grande importância aos caminhos do diagnóstico devem compreender as necessidades e diferenças de seu filho estando sempre ao lado dessa criança buscando sempre auxílio e informações a respeito da sua condição Quando a criança é identificada com o autismo muito pequena é realizado o prognóstico sendo algo importante para seu desenvolvimento possibilitando tratamentos na ajuda a aquisição da linguagem facilidade nas adaptações desenvolvimento na interação social etc Rodrigues 2010 p 18 diz que o autismo é uma ausência da realidade com o mundo exterior e consequentemente impedindo ou impossibilidade de comunicarse com o mundo externo A psicoterapia tem por finalidade de auxiliar os alunos com dificuldades de aprendizagem ajudandoos em interpretar a linguagem corporal sua comunicação não verbal sua aprendizagem e emoções A terapia proporciona ensinamentos voltados a recordar processor e utilizar as informações para os autistas A musicoterapia também serve como um meio de tratamento ao autismo uma forma de terapia que utiliza a música cujo objetivo é ressaltar as potencialidades do sujeito através da aplicação de métodos e técnicas juntando outras capacidades incluindo a cognição O tratamento para o autismo tem que ser baseado na estimulação do desenvolvimento da pessoa de suas funcionalidades limitações e prevenção da privação de outras capacidades introduzindo a criança aos poucos no meio social tendo como resultado no âmbito emocional cognitivo e de linguagem O tratamento é intenso e está voltado aos principais sintomas do paciente sendo eles a agitação irritabilidade e agressividade Na maioria dos tratamentos são utilizados os neurolépticos a combinação vitamina B6magnésio fenfluramina carbamazepina ácido valpróico e lítio cujo objetivo é amenizar os sintomas a remissão desses sintomas 9 13 ESTRATÉGIAS DE ENSINO PARA O PROCESSO EDUCATIVO DE ALUNOS AUTISTAS O autismo das tornou um assunto aberto durante estes anos devido a grande quantidade de crianças diagnosticada aos futuros professores e aos que já atuam na área é importante aprofundar seus conhecimentos sobre este tema delicado e existe casos de que os familiares não aceitarem este diagnóstico A escola seguindo estes critérios deve optar e qualificar profissionais que estejam preparados a se dedicar seu tempo no processo de aceitação e na execução de atividades pedagógicas Durante a procura para novas técnicas de aprendizagem o professor deve priorizar recursos que ajudem todos os alunos neste processo não enfatizando somente as crianças normais a utilização de atividades totalmente diferentes dos demais pode causar discriminação e é necessário tornar todos iguais longe de olhares diferentes e maldosos No ponto de vista de Baptista 2006 p 93 o compromisso do educador tem como base a apropriação de seus próprios recursos e instrumentos a observação o diálogo a negociação e a avaliação retroalimentam o agir do educador A vista disso cabe ao educador sabe lidar com situações inesperadas em sala de aula mas com total preparação de acordo com os estudos que foram realizados de acordo com suas experiências na área visando sempre em executar sua tarefa com muito carinho e paciência Seguindo o histórico do aluno o dever da escola é analisar sua trajetória e conceder as melhores estratégias de ensino e acessibilidade para fazer com que o andamento escolar venha a cada vez se tornar mais melhor sabendo respeitar casa momento das crianças portadoras do autismo Criar e organizar estratégias que percebam as questões individuais e de grupo que permeiam o processo de aprendizagem e utilizálas a seu favor seja como pistas para estudo e pesquisa seja como produção de práticas pedagógicas que tencionem permanentemente os processos de ensino e aprendizagem implementados em sala de aula HATTGE KLAUS 2014 p 330 Ao ter o diagnóstico de TEA a criança irá frequentar mais clínicas médicas e 10 psicólogos o que torna uma avaliação mais individual estás idas aos consultórios fazem parte do processo mas frequentar um ambiente mais coletivo se torna também importante a escola é um exemplo deste lugar onde proporciona ao aluno contato com outras pessoas na mesma situação ou não Durante este percurso de envolvimento dos autistas concluímos que tudo está ligado a comunicação que é oferecida o convívio com a sociedade e o desenvolvimento de suas habilidades Segundo Ropolo 2010 p 8 a interação deve vir de todos sem quaisquer condições pelas quais possam ser limitados em seu direito de participar ativamente do processo escolar segundo suas capacidades e sem que nenhuma delas possa ser motivo para uma diferenciação que os excluirá das suas turmas No decorrer das aulas o professor poderá notar alguns pré requisitos nos alunos autistas que os impede de manter um comunicado ativa utilização de mesmos gestos por longo tempo e a falta de diálogo ou não a falta de respostas Somente através da observação se pode fazer algo a respeito no momento da aula o educador pode notar algumas manias feitas pelo aluno o que contribuirá ou diminuirá a frequência de executalas seguindo este critério e possível fazer atividades voltadas ao aluno de acordo com o que mais gosta de fazer se tornando algo atrativo de fazer mas sempre visando na competência cognitiva a ser alcançada e longe de punições e com longa duração METODOLOGIA O presente estudo adota a abordagem de pesquisa bibliográfica com caráter qualitativo conforme indicado no resumo do trabalho Esta metodologia é a mais adequada para o objetivo de compreender a importância da educação inclusiva para crianças com Transtorno do Espectro Autista TEA uma vez que se baseia na análise aprofundada de material teórico já publicado O foco é interpretar e sintetizar o conhecimento existente para refletir sobre as necessidades desses alunos e o papel fundamental da escola e da família em seu desenvolvimento podendo transformar o desempenho do aluno para satisfatório Além disso a metodologia visa analisar as vantagens e a importância do ambiente escolar no desenvolvimento das crianças com autismo mostrando a relevância da educação inclusiva para 11 esses alunos Para a coleta de dados foi realizado um levantamento bibliográfico sistemático sobre estudos que versam o autismo As fontes consultadas incluem uma variedade de materiais como artigos científicos livros dissertações e manuais de diagnóstico sendo o DSM5 5º Manual Estatístico e Diagnóstico da Associação Americana Psiquiatra explicitamente referenciado para a compreensão dos critérios diagnósticos A seleção do material foi orientada por palavraschave centrais ao tema como Autismo Diagnóstico Inclusão Escola e Sala de Recursos Esse processo buscou reunir diferentes perspectivas e estudos sobre o TEA abordando sua conceituação histórica que remonta à origem grega do termo e aos primeiros estudos de Bleuler em 1911 e Leo Kanner em 1943 A pesquisa também se concentrou nas características apresentadas pelos indivíduos como déficits na interação social e comunicação comportamentos repetitivos e interesses restritos e nas estratégias educacionais e terapêuticas que promovem um ambiente de aprendizagem inclusivo e eficaz incluindo adaptações curriculares e o uso de psicoterapia e musicoterapia A análise do material coletado foi pautada na interpretação crítica e na triangulação das informações A partir da leitura e releitura das obras selecionadas foram identificados temas recorrentes divergências e consensos entre os autores permitindo uma compreensão aprofundada das complexidades do TEA Essa análise qualitativa permitiu a construção de uma narrativa que não apenas descreve o TEA abordando suas manifestações em desenvolvimento linguagem e comportamento mas também discute a importância do diagnóstico precoce para o tratamento e desenvolvimento bemsucedido Adicionalmente a análise enfatizou a necessidade de adaptações curriculares e de um corpo docente preparado para atender às necessidades individuais de cada aluno A metodologia adotada portanto permitiu aprofundar a reflexão sobre as vantagens e a importância do ambiente escolar no desenvolvimento das crianças com autismo cumprindo os objetivos propostos pelo estudo 12 CONSIDERAÇÕES FINAIS A educação é um pilar necessário e essencial na vida do homem fundamental para sua atuação plena na sociedade Nesse contexto o direito à educação é universal abrangendo também as pessoas com necessidades especiais garantindo a elas a oportunidade de um desenvolvimento integral As escolas têm a responsabilidade de assegurar e promover práticas inclusivas onde cada aluno seja respeitado em sua individualidade e possa vivenciar uma aprendizagem prazerosa e significativa A educação inclusiva conforme destacado possui uma grande importância na educação básica pois oferece a alunos com necessidades especiais a chance de estudar e adquirir conhecimentos da melhor maneira possível Apesar do direito à educação ser garantido por lei para que todos os indivíduos possam aprender e se desenvolver da melhor forma possível ainda se observam muitos desafios a serem superados nas escolas tanto por parte da instituição quanto por parte dos próprios alunos Para o estudante com necessidades especiais o ambiente escolar pode apresentar dificuldades no cumprimento de tarefas o que torna imprescindível a promoção da acessibilidade para que a rotina escolar seja mais prazerosa e menos desafiadora A verdadeira inclusão portanto vai além de simplesmente inserir o aluno em sala de aula é fundamental que ele seja ativamente incluído nas atividades escolares que estimulem sua autonomia respeitem suas limitações e o auxiliem na superação de barreiras frequentemente por meio de atividades lúdicas que ofereçam novas experiências O desenvolvimento de uma criança não ocorre de forma isolada o contato com diferentes espaços e pessoas contribui para a aquisição de novos conhecimentos Neste cenário a interação entre escola e família assume uma importância crucial A equipe escolar e a família são descritas como grandes aliados na educação das crianças desempenhando um papel fundamental que pode 13 transformar o desempenho do aluno especial para satisfatório Os pais em particular são os primeiros a perceber quando há algo diferente na criança iniciando a busca por especialistas e um diagnóstico Essa participação ativa dos pais é vital em todo o processo desde a compreensão das necessidades e diferenças de seus filhos até a busca contínua por auxílio e informações sobre a condição A aprendizagem de crianças com autismo representa um desafio específico para as escolas exigindo um trabalho pedagógico eficiente e muitas vezes a presença e o suporte de outros profissionais médicos É essencial que as atividades escolares sejam planejadas de acordo com as necessidades individuais de cada criança com autismo respeitando suas limitações compreendendo suas dificuldades e contribuindo ativamente para seu desenvolvimento O trabalho escolar com alunos do Espectro Autista TEA deve buscar a compreensão de limitações como as dificuldades na interação social e de comunicação a sensibilidade auditiva a atenção focada em um único assunto e o medo A adaptação curricular e a adoção de estratégias terapêuticas são assim consideradas essenciais para uma educação de qualidade desses sujeitos É fundamental lembrar que cada caso de autismo é único e como salienta Praça 2011 p 27 um autista dificilmente se comportará igual a outro autista o que reforça a necessidade de abordagens personalizadas Para que a inclusão seja efetiva é crucial a ação do professor no desenvolvimento das atividades pedagógicas e que o ambiente escolar conte com profissionais capacitados para atender às necessidades individuais dos alunos incluindo aqueles com dificuldades de aprendizagem A equipe escolar deve ter um profundo entendimento das necessidades de cada aluno com dificuldades especiais especialmente no caso do autismo para que possa respeitar plenamente o sujeito Tornase imperativo que as escolas qualifiquem profissionais preparados para se dedicar ao processo de aceitação e à execução de atividades pedagógicas que priorizem recursos que beneficiem todos os alunos evitando a discriminação e promovendo a igualdade A importância do diagnóstico precoce do autismo é reiterada pois quanto mais cedo ele for realizado e o tratamento iniciado melhores serão os resultados no desenvolvimento da criança Quando o autismo é identificado em idades tenras o 14 prognóstico é favorável facilitando tratamentos que auxiliam na aquisição da linguagem na adaptação e no desenvolvimento da interação social Nesse processo a psicoterapia desempenha um papel fundamental ao auxiliar os alunos com autismo a interpretar a linguagem corporal a comunicação não verbal e a desenvolver suas emoções e aprendizagem O tratamento deve focar na estimulação do desenvolvimento da pessoa suas funcionalidades limitações e na prevenção de privações de outras capacidades introduzindo a criança gradualmente no meio social para resultados positivos no âmbito emocional cognitivo e de linguagem Em síntese o percurso de envolvimento dos autistas na sociedade e na escola está intrinsecamente ligado à qualidade da comunicação oferecida ao convívio social e ao desenvolvimento de suas habilidades A interação deve ser uma responsabilidade de todos garantindo que nenhum aluno seja limitado em seu direito de participar ativamente do processo escolar conforme suas capacidades sem que suas diferenças sejam motivo para exclusão de suas turmas Embora o autismo apresente desafios relacionados à comunicação e interação social é crucial reconhecer que o autismo não afeta a aparência física e que muitos indivíduos com TEA possuem uma grande inteligência e uma capacidade incrível de memorizar informações relacionadas aos seus interesses Compreender as diversas manifestações do TEA desde os quadros mais graves e não verbais até os casos leves como a Síndrome de Asperger que pode não apresentar atrasos significativos na linguagem é essencial para promover uma inclusão verdadeira e um desenvolvimento pleno e satisfatório 15 REFERÊNCIAS ASSENCIOFERREIRA vj O que todo professor precisa saber sobre neurologia São José dos Campos pulso 2005 BELISÁRIO J F Filho CUNHA Patrícia A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar Transtornos globais do desenvolvimento Brasília Ministério da Educação 2010 BOSA Cleonice Alves Autismo intervenções psicoeducacionais Instituto de Psicologia Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRGS Porto Alegre RS Brasil p 47 53 2006 MANTOAN MTE Compreendendo a deficiência mental novos caminhos educacionais São Paulo Editora Scipione 1988 HELMAM Cecil G 2009 Cultura saúde e doença Porto Alegre Artmed MENEZES Maria Carolina Cavalcanti de Almeida et al Intervenções neuropsicopedagógicas em casos de autismo VI Congresso Nacional de Educação 2019 Disponível em httpswwweditorarealizecombrrevistasconedutrabalhos TRABALHOEV127MD4 SA10ID78322092019121035pdf Acesso em 05 fev 2022 PEETERS Theo Autismo entendimento teórico e intervenção educacional Theo Peeters tradutores Viviane Costa de Lean et AL Rio de Janeiro Cultura Medica 1988 P 20 40 PRAÇA Élida Tamara Prata de Oliveira Uma reflexão acerca da inclusão de aluno autista no ensino regular Universidade Federal de Juiz de Fora Instituto de Ciências Exatas PósGraduação em Educação Matemática Mestrado Profissional em Educação Matemática Abril 2011 140p RODRIGUES Janine Marta C SPENCER Eric A criança autista um estudo psicopedagógico Rio de Janeiro Wak 2010 SURIAN L Autismo Informações essências para familiares educadores e 16 profissionais de saúde Trad Ferrante Cacilda R São Paulo Paulinas 2010 17 AUTISMO NA EDUCAÇÃO INFANTIL E SUAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS RESUMO Nome do Orientador2 Este artigo é uma pesquisa feita com base em livros e textos com uma abordagem mais qualitativa O objetivo é entender a importância da educação inclusiva especialmente no caso das crianças com autismo Queremos refletir sobre as necessidades dessas crianças e como o transtorno afeta suas vidas A educação inclusiva é fundamental na educação básica pois oferece a essas crianças a chance de aprender e adquirir conhecimentos de uma forma adequada A escola e a família desempenham papéis essenciais na vida dessas crianças trabalhando juntos para melhorar seu desempenho e bemestar Através dessa pesquisa foi possível entender melhor o universo das crianças com autismo e reconhecer a importância de um ambiente escolar que apoie seu desenvolvimento PalavrasChave Autismo Inclusão Educação Especial Educação Infantil 1 INTRODUÇÃO Discutir a inclusão nos dias de hoje é extremamente importante quanto mais se dialoga sobre esse tema mais reflexões surgem o que pode levar a uma mudança de comportamento na sociedade No que tange à Educação Especial tratase de uma educação que visa atender a todos promovendo a interação direta com crianças nesse contexto escolar e social Conforme as novas diretrizes pedagógicas crianças com necessidades especiais têm sido integradas ao sistema regular de ensino de diversas formas sempre respaldadas pela legislação tornandose um dos principais tópicos de debate na Educação no Brasil O objetivo deste trabalho é compreender as dificuldades de aprendizagem de crianças com Transtorno do Espectro Autista TEA e explorar as ações e propostas curriculares direcionadas ao aprendizado desse grupo Observase que essas crianças podem ser incluídas no ambiente escolar ao lado dos demais alunos sabendo que suas particularidades comportamentais podem contribuir para uma aprendizagem significativa e de qualidade É evidente a necessidade de métodos que viabilizem essa aprendizagem No campo da educação e da pedagogia os docentes e os profissionais encarregados da educação desses estudantes se deparam em sua maioria com dificuldades de aprendizagem Assim o foco deste estudo se restringe a investigar o processo de alfabetização de crianças autistas no contexto do Ensino Fundamental A inclusão é um tema presente nas políticas públicas nas instituições educacionais e acadêmicas além de ser amplamente discutido nas diversas mídias o que confere visibilidade a este assunto e propõe a verdadeira inclusão nos sistemas educacionais QUIXABA 2015 Em relação à metodologia a pesquisa adotada possui caráter exploratório e qualitativo onde as fontes bibliográficas consultadas e os textos lidos foram analisados e cotejados com situações observáveis durante o trabalho buscando assim uma integração entre os conteúdos teóricos e as práticas educacionais Dessa forma esta pesquisa visa de maneira específica apresentar métodos que favoreçam a aprendizagem dessas crianças além de identificar suas dificuldades e descobrir formas que ajudem no processo educativo Portanto é essencial observar o aluno autista para compreender suas habilidades sendo 2 fundamental desenvolver um trabalho focado na sua socialização Nesse sentido a busca por conhecimento e a busca por informações são aspectos de grande relevância para os profissionais da área Assim acreditase ser necessário explorar e criar novas experiências que permitam aos professores uma prática pedagógica efetiva É importante que o professor atue como um facilitador da aprendizagem e possua as competências necessárias para oferecer um ensino diversificado Para isso é importante que ele compreenda o desenvolvimento da leitura e da escrita da criança autista no ambiente escolar permitindo que ela realize suas tarefas com sucesso A utilização de uma metodologia que contribua para o desenvolvimento do autista é de extrema importância já que muitos são os problemas encontrados em sala de aula com crianças autistas e síndrome do autismo apresentado na maior parte dos casos dificuldade de aprendizagem ou prejuízo de linguagem A garantia da qualidade social na educação envolve a convicção de que é possível educar todos o que é fundamental para promover a igualdade e a inclusão social Isso requer um esforço conjunto e estruturado na escola onde a colaboração na criação e implementação do projeto pedagógico e do currículo é essencial Além disso a atuação qualificada dos professores tanto nos conteúdos quanto nas metodologias de ensino é crucial pois está diretamente ligada à relevância social dos materiais abordados e à obtenção de bons resultados acadêmicos que reflitam o empenho da escola e de seus educadores O referencial teórico e documental utilizado neste estudo foi encontrado em plataformas e periódicos online além das tradicionais bases físicas nas quais obtivemos as fontes que abordam temas associados à história da Educação Especial no Brasil e a inclusão dos alunos com autismo e suas dimensões com práticas pedagógicas voltadas para esses alunos e chamar atenção para os Transtornos Globais de Desenvolvimento A metodologia empregada neste trabalho foi o uso da pesquisa bibliográfica que permitiu uma melhor compreensão acerca da temática De acordo com o Ministério da Educação e Cultura MEC entendese que o Transtorno Geral de Desenvolvimento TGD Os alunos com transtorno global do desenvolvimento são aqueles que apresentam alterações qualitativas das interações sociais recíprocas e na comunicação um repertório de interesses e atividades restrito 3 estereotipado e repetitivo Incluemse nesse grupo alunos com autismo síndromes do espectro do autismo e psicose infantil BRASIL 2008 p 15 É notório que houve uma evolução significativa na educação de alunos com TGD no que diz respeito à educação deles Entretanto ainda existem muitos desafios e obstáculos para que estes alunos tenham de fato uma educação adequada dentro da sala de aula Pensando na escola como formadora de cidadãos a educação de alunos com autismo conforme Vasques 2003 p 31 apud PINTO 2015 p 13 deve considerar que nesse caminho marcado por dúvidas e respostas provisórias a escola e a educação emergem cada vez mais como espaços possíveis desde que seja superada a concepção de escola como espaço social de transmissão de conhecimentos em seu valor instrumental e adaptativo Os alunos autistas são meros receptores mas estão incluídos dentro do contexto escolar por isso a escola precisa ter um novo olhar para estes alunos a educação inclusiva constitui um paradigma educacional fundamentado na concepção de direitos humanos que conjuga igualdade e diferença como valores indissociáveis e que avança em relação à ideia de equidade formal ao contextualizar as circunstâncias históricas da produção da exclusão dentro e fora da escola BRASIL 2007 sp É através da escola que a sociedade adquire fundamenta e modifica conceitos de participação colaboração e adaptação AMY 2001 A escola precisa valorizar as habilidades do aluno com deficiência valorizando suas habilidades trabalhar suas potencialidades visando seu desenvolvimento e não trabalhar na tentativa de consertar o defeito A busca por propostas de práticas pedagógicas voltadas para alunos com necessidades especiais como o autismo dentro da sala pode contribuir para identificar como ocorre a relação professor e aluno no cotidiano escolar e a interação com os demais alunos Em síntese a inclusão de alunos com Transtorno do Espectro Autista TEA no ambiente escolar não é apenas uma necessidade legal mas um imperativo social que visa garantir a todos o direito de aprender e participar ativamente da vida escolar e comunitária Embora muitos avanços tenham sido feitos ainda existem desafios significativos para adaptar o ensino às necessidades individuais desses alunos especialmente no que diz respeito à alfabetização e à construção de habilidades cognitivas e sociais Este estudo ao explorar as práticas pedagógicas 4 voltadas para o ensino de crianças com TEA visa contribuir para a reflexão sobre a implementação de métodos mais eficazes e inclusivos que respeitem e valorizem as singularidades desses estudantes A educação inclusiva como proposta de transformação social deve ser vista como um processo contínuo de adaptação e aprendizagem que exige o empenho de toda a comunidade escolar e o desenvolvimento de uma cultura educacional mais aberta flexível e respeitosa à diversidade A IMPORTÄNCIA DE UM OLHAR INDIVIDUALIZADO Antes de tudo é crucial entender que o autismo se manifesta de forma diferente em cada criança Não existe uma única abordagem que sirva para todos O professor precisa ser um observador atento para identificar os interesses as dificuldades as aversões e as habilidades de cada aluno Esse conhecimento individual é o ponto de partida para a criação de um plano pedagógico personalizado A formação continuada dos professores e o apoio de profissionais especializados como um acompanhante terapêutico são de grande importância Quando o professor se sente seguro e preparado ele pode focar em estratégias que realmente façam a diferença DESENVOLVIMENTO 11 APRENDIZAGEM Freire 1996 afirma que aprender é construir e reconstruir pacientemente uma obra que não será definitiva processo de aprendizagem pois o ser humano é transitório Segundo Piaget apud ASSUMPÇÃO 2014 a criança dos dois aos seis anos começa a construir de aprendizagens formais que utilizará durante toda a sua vida acadêmica Aprender portanto passa a ser o ponto crucial do processo Vygotsky menciona que o processo de ensino aprendizagem envolve diretamente a interação entre sujeitos que é promovida pela convivência social 5 processo de socialização e maturações orgânicas A função de um educador escolar por exemplo seria então a de favorecer essa aprendizagem servindo de mediador entre a criança e o mundo RABELLO PASSOS 2015 A reflexão de Freire 1996 Piaget apud ASSUMPÇÃO 2014 e Vygotsky RABELLO PASSOS 2015 sobre o processo de aprendizagem revela diferentes aspectos fundamentais para compreender como se dá a construção do conhecimento Para Freire aprender é um processo dinâmico e contínuo uma jornada de reconstrução que nunca chega a um ponto final justamente porque o ser humano está em constante transformação Piaget por sua vez destaca a importância dos primeiros anos de vida na construção das bases cognitivas que acompanharão a criança ao longo de sua trajetória acadêmica sugerindo que a aprendizagem se dá principalmente a partir de uma estrutura de conhecimentos cada vez mais complexa Já Vygotsky enfatiza o papel da interação social como elemento essencial para o aprendizado afirmando que a troca entre os indivíduos mediada pelo educador é indispensável para que a criança desenvolva suas habilidades cognitivas e sociais Assim a aprendizagem não é apenas um processo individual mas um fenômeno que se nutre das relações sociais e da mediação pedagógica essencial para o desenvolvimento pleno do aluno Essas contribuições ressaltam a complexidade do processo de ensinoaprendizagem em que o educador tem a responsabilidade de proporcionar um ambiente que favoreça a troca o questionamento e a construção coletiva do saber 12 ENSINO Segundo Freire 1996 p89 ensinar não é transmitir conhecimentos mas criar as possibilidades para a produção do saber O ensinar se resume em desenvolver mudança de comportamento no ser humano e essas alterações por vezes devem ser realizadas pelo professor Cabe ao professor pesquisar e analisar a melhor teoria para se basear e trabalhar com o aluno em prol do seu desenvolvimento intelectual Atualmente a legislação Brasileira de acordo com a LDB nº 939496 todos 6 os alunos com necessidades educativas especiais devem ser incluídos nas salas regulares de Ensino Fundamental A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDBEN n 939496 salienta em seus artigos 58 e 59 assim com parágrafos e inciso que o sistema de ensino deve tornar possível o acesso desses quanto prático para que a inclusão realmente ocorra Além disso sustenta que o serviço especializado para o atendimento às peculiaridades dos alunos deficientes só deverá ser instituído quando for necessário Também faz referência às melhorias e revisões de currículo avaliação métodos técnica recursos educativos formação de professores dentre outros aspectos propícios às mudanças de paradigmas referentes à clientela deficiente PADILHA 2000 Para que esses direitos se tornassem lei não poderia deixar de citar a importância da Declaração Mundial de Educação para Todos 1990 e a Declaração de Salamanca 1994 que influenciam a formulação das políticas públicas de educação inclusiva A reflexão de Freire 1996 sobre o papel do educador como facilitador da produção do saber destaca a importância de criar condições que favoreçam o desenvolvimento intelectual do aluno ao invés de simplesmente transmitir conteúdo O ensino segundo Freire vai além da mera transmissão de informações ele deve ser um processo dinâmico no qual o educador contribui para mudanças de comportamento e consequentemente para o desenvolvimento integral do aluno Nesse sentido o professor precisa estar atento às necessidades de cada estudante pesquisando e analisando as melhores abordagens pedagógicas para promover um aprendizado significativo e adaptado A legislação brasileira por sua vez tem avançado para garantir a inclusão de alunos com necessidades educativas especiais nas salas regulares de Ensino Fundamental conforme estabelece a LDB nº 939496 A lei enfatiza a importância de um sistema educacional que permita o acesso pleno e eficaz desses alunos ao ensino regular adequandose às suas necessidades específicas A criação de serviços especializados no entanto deve ocorrer apenas quando necessário sempre com a premissa de que a inclusão seja uma prática efetiva e não apenas formal Nesse contexto a LDB também aborda a revisão de currículos avaliação métodos e a formação de professores como elementos essenciais para a transformação do sistema educacional em um espaço verdadeiramente inclusivo A Declaração Mundial de Educação para Todos 1990 e a Declaração de 7 Salamanca 1994 são marcos internacionais fundamentais que influenciam as políticas públicas de educação inclusiva no Brasil reforçando a necessidade de garantir o direito à educação de qualidade para todos os alunos independentemente de suas necessidades específicas Essas declarações propõem a construção de sistemas educacionais que não excluam mas integrem e valorizem as diferenças com o objetivo de garantir a equidade no acesso ao ensino Dessa forma as políticas públicas educacionais e a formação de professores devem caminhar lado a lado com esses princípios para que a inclusão de alunos com necessidades especiais seja efetiva e transformadora 13 AUTISMO O autismo suscitou um interesse imenso em boa parte sem dúvida em decorrência da fascinação que inspiram essa doença e seu mistério e em grande parte devido a importantes movimentos de associação de familiares Estes lutam pelos tratamentos que lhe parecem os melhores mais também para mobilizar o poder público de modo que atenuem a carência ou mesmo a penúria de estabelecimentos estabilizados AMY 2001 O autismo é um transtorno de espectro autista caracterizado por prejuízos na interação social atraso na aquisição da linguagem e comportamentos estereotipados e repetitivos TEIXEIRA 2013 p 171 Segundo Bosa 2002 p22 a definição de autismo é entendida como com a maiúsculo e minúsculo com e sem artigo antecedendo a palavra o Autismo Ou o autismo como síndrome comportamental síndrome neuropsiquiátriconeuropsicológica como transtorno invasivo do desenvolvimento transtorno global do desenvolvimento transtorno abrangente do desenvolvimento como transtorno pervasivo do desenvolvimento essa palavra nem consta no Aurélio psicose infantil precoce simbiótica etc Ouvese falar em pré autismo pseudoautismo e pósautismo BOSA 2002 p 22 Tentando esclarecer um pouco mais o conceito etiologia e educação destes sujeitos houve uma pesquisa bibliográfica que retratou estudos realizados acerca Um dos primeiros estudos realizado foi em 1943 feito por Leo Kanner e 1944 por Hans Asperger os quais independente o primeiro em Baltimore e o segundo em Viena forneceram relatos sistemáticos dos casos que acompanhavam e das 8 suas respectivas suposições teóricas para essa síndrome até então desconhecida BOSA 2002 p22 Kanner em 1943 apud BOSA 2002 verificou em seus atendimentos comportamentos peculiares no que diz respeito à relação interpessoal ou seja uma incapacidade dessas crianças de estabelecer relações de maneira normal com as pessoas e situações desde o princípio de sua vida BOSA 2002 p23 Ainda de acordo de Kanner outra característica observada em seus estudos foi a dificuldade em estreitar laços de afetividade como por exemplo acomodarse ao colo de alguém atraso na aquisição da fala e do uso não comunicativo da mesma movimentos repetitivos ecolalia imediata dificuldade na dificuldade motora insistência obsessiva na manutenção da rotina não aceitação de objetos quebrados ou incompletos dificuldade na introdução de novos alimentos insistência em alinhar objetivos alguns medos a fortes ruídos dentre outros Observase que Kanner 1943 apud BOSA 2002 afirmava que nem todas as crianças apresentam todas as características iguais além do mesmo observar que todas as crianças possuem desenvolvimento intelectual dos sujeitos pesquisados embora os mesmos não demonstrassem Bosa 2002 sp diz que a teoria afetiva Sugere que o autismo se origina de uma disfunção primária do sistema afetivo qual seja uma inabilidade inata básica para interagir emocionalmente com os outros o que levaria a uma falha no reconhecimento de estados mentais e a um prejuízo na habilidade para abstrair e simboliza De acordo com Asperger 1944 apud BOSA 2002 observa que as suas descrições são mais amplas que a de Kanner tendo em vista a sua inclusão de casos com comprometimento orgânico Asperger ressaltou a dificuldade das crianças em manter contato visual durante situações sociais carência de gestos de significação movimentos repetitivos dificuldade dos responsáveis em se comprometer nos três primeiros anos de vida vocabulário monótono com a presença de repetição de palavras Ambos estudiosos encontraram em seus estudos semelhanças com relação a dificuldades nos relacionamentos interpessoais e na comunicação além do comportamento repetitivo como por exemplo estereotipias e ecolalia imediata No decorrer da história o autismo foi visto sob várias formas primeiramente como 9 pessoas esquizofrênicas logo após psicoses BOSA 2002 A denominação do autismo na categoria de psicose ou esquizofrenia muda conforme as escolas psiquiátricas Assumpção Júnior 1997 apud BOSA 2002 p 27 Por Psicose compreendese de um modo geral um distúrbio maciço da realidade envolvendo uma desorganização ou não organização da personalidade Com relação às conceituações sobre a esquizofrenia temse que as mesmas referiamse às mudanças peculiares nos sentimentos e nas relações com o mundo externo De acordo com Klein 1989 apud BOSA 2002 p28 grifo do autor a psicose é vista como uma regressão à posição esquizoparanoide característica de uma fase do desenvolvimento normal Nos dias atuais o diagnóstico do autismo prevê a presença do distúrbio em três domínios interação social comunicação e interesses restritos e padrões estereotipados do comportamento SCHLICKMANN FORTUNADO 2013 Os professores precisam aceitar a condição que a criança necessita antes de desenvolver para depois mostrar habilidade para aprender Considerando a inabilidade desta população em generalizar em desenvolver relações interpessoais as limitações linguísticas devido às limitações orgânicas do seu quadro clínico estas automaticamente impactam no atraso do seu desenvolvimento global BRAGA 2009 Um dos métodos de ensino da criança autistas mais usados no Brasil é o Treatment and Education of Autistic and Related Communication Handicapped Children TEACCH tratase de uma Educação Controladora Os propostos deste método são BOSA 2002 Habilitar pessoas portadoras de autismo a se comportar de forma tão funcional e independente quanto possível Promover atendimento adequado para os portadores de autismo e suas famílias e para aqueles que vivem com eles 14 AUTISMO NO CONTEXTO ESCOLAR O acesso da criança com necessidades educativas especiais nas salas de ensino regular permite que a criança faça contatos sociais e favorece o seu 10 desenvolvimento bem como o desenvolvimento das demais crianças na medida em que estas crianças consideradas normais aprendam com as diferenças CAMARGO BOSA 2009 O professor tem que manter uma relação de estímulos e confiança com o aluno autista a fim de evitar que ela construa um sentimento de insegurança e inferioridade Deve também buscar novas estratégias de ensino e compreender que estas crianças são iguais às outras apesar das diferenças e isto enriquece os processos de aprendizagem Com base na convivência com o aluno o professor precisa adaptarse à realidade diante de alguns comportamentos diferenciados de outras crianças como por exemplo bater na mesa se jogar pelo chão bater nas costas dos colegas ruídos dentre outros Salientando que a mudança de professor na maioria das vezes contribui para o regresso desse aluno Segundo Teixeira 2013 p 179 Um profissional importante no tratamento e no processo pedagógico da criança será o facilitador ou o mediador escolar Ele funcionará de elo entre educador pais e os estudantes O mediador escolar trabalhará auxiliando a criança na sala de aula e em todos os ambientes escolares como um personal trainer mediando e ensinando regras sociais estimulando a sua participação em sala facilitando a interação social dela com outras crianças corrigindo rituais e comportamentos repetitivos e almoçando o estudante em situações de irritabilidade e impulsividade Salienta a importância dos pais no processo educacional destas crianças de forma que os compreendam que o seu filho apresenta características peculiares que a diferenciam das outras exigindo uma didática menos exigente OLIVEIRA 2011 A relação do autista com as demais crianças poderá muitas vezes ser uma de uma convivência agressiva tendo em vista que em muitos casos a criança não tem interação com os demais e que a família precisa se posicionar de forma colaborativa com a escola Comparando as afirmações de Kanner 1943 apud BOSA 2002 que verificou nessas crianças a incapacidade crianças de estabelecer relações de maneira normal com as pessoas e situações desde o princípio de sua vida BOSA 2002 p23 Teixeira 2013 esclarece que os comportamentos agressivos podem ser minimizados por meio de interações medicamentosas além do uso de métodos comportamentais 11 Segundo o pensamento de Amy 2001 p 49 afirma que o O autismo recobre problemas muitos diferentes as perturbações sensoriais cognitivas e afetivas manifestase de modos variados Certos educadores tem a sabedoria de buscar suas competências em diversas fontes e de trabalhar segundo aquilo que percebem do potencial da criança A inclusão de crianças com necessidades educativas especiais nas salas regulares de ensino oferece benefícios tanto para as crianças com deficiência quanto para as demais uma vez que propicia uma convivência rica em trocas sociais e experiências Como destacado por Camargo e Bosa 2009 o contato com as diferenças favorece o desenvolvimento de todos os alunos permitindo que as crianças normais também aprendam a lidar com a diversidade Esse processo de inclusão no entanto exige do professor uma abordagem sensível e adaptativa pois é essencial que ele estabeleça uma relação de confiança e estímulo com o aluno autista prevenindo sentimento de insegurança e inferioridade O professor precisa compreender que apesar das diferenças as crianças com autismo possuem potencialidades semelhantes às das outras crianças e isso deve ser visto como um fator enriquecedor para o processo de aprendizagem Além disso a flexibilidade e a adaptação são indispensáveis diante dos comportamentos diferenciados que o aluno pode apresentar como agitação física ou ruídos que são comuns no espectro autista O importante portanto é que o educador se ajuste a essas necessidades criando um ambiente acolhedor e seguro Teixeira 2013 destaca a importância de um mediador escolar um profissional que atua como elo entre o professor a criança e a família auxiliando o aluno em sua adaptação ao ambiente escolar Esse mediador tem um papel crucial ao promover a interação social corrigir comportamentos repetitivos e ajudar a criança a lidar com situações de irritabilidade ou impulsividade A presença desse facilitador pode ser um grande diferencial no processo de inclusão e no desenvolvimento das habilidades sociais da criança autista Ademais a colaboração entre escola e família é fundamental Como aponta Oliveira 2011 os pais precisam entender que seus filhos possuem características peculiares e exigem uma abordagem pedagógica mais flexível ajustada às suas necessidades Quando a família se envolve de forma ativa no processo educativo contribuindo com informações sobre o comportamento e as necessidades específicas da criança o processo de inclusão se torna mais eficaz 12 No entanto a convivência entre a criança autista e as demais crianças pode em algumas situações ser desafiadora especialmente em casos de comportamentos agressivos ou dificuldades de interação social como observado por Kanner 1943 apud Bosa 2002 Essas dificuldades podem ser minimizadas por meio de estratégias comportamentais e terapias adequadas além do apoio de profissionais qualificados como o mediador escolar A interação com outras crianças aliada a uma abordagem terapêutica eficaz pode ajudar a suavizar as reações impulsivas e agressivas favorecendo uma integração mais harmônica no ambiente escolar Por fim como ressalta Amy 2001 o autismo é um transtorno multifacetado com manifestações sensoriais cognitivas e afetivas variadas e requer dos educadores a capacidade de buscar alternativas em diversas fontes de conhecimento adaptando suas práticas pedagógicas de acordo com o potencial da criança A compreensão da complexidade do autismo aliada a uma abordagem centrada na valorização das diferenças é crucial para garantir que o processo de inclusão seja verdadeiramente eficaz e transformador Práticas pedagógicas eficazes na educação infantil As práticas a seguir muitas vezes beneficiam não apenas as crianças com autismo mas toda a turma criando um ambiente mais organizado e inclusivo para todos Estruturação e previsibilidade Crianças com TEA em geral se beneficiam enormemente de uma rotina clara e previsível A previsibilidade ajuda a diminuir a ansiedade e a aumentar a sensação de segurança É importante estabelecer horários e rituais para as atividades como a chegada as refeições e as brincadeiras O uso de apoios visuais como quadros com a sequência das atividades do dia utilizando fotos desenhos ou pictogramas é uma ferramenta poderosa Comunicação clara e objetiva A linguagem deve ser simples direta e concreta Evite o uso de metáforas ironias ou instruções muito longas O professor deve se certificar de que a criança está atenta antes de dar uma instrução e pode se necessário utilizar gestos ou imagens para reforçar a comunicação Apoio visual Além dos quadros de rotina os apoios visuais podem ser usados para ensinar novos conceitos explicar regras ou sinalizar transições entre 13 atividades Cartões com figuras de emoções de objetos ou de ações podem ajudar a criança a se expressar e a entender o que está acontecendo ao seu redor Aproveitamento dos interesses Muitas crianças com autismo têm interesses específicos e intensos O professor pode usar esses temas como ponto de partida para atividades pedagógicas Se a criança gosta de dinossauros por exemplo é possível criar atividades de contagem escrita ou artes usando esse tema para manter o engajamento e a motivação Adaptações no ambiente e nas atividades Modificar o ambiente pode ser necessário para diminuir a sobrecarga sensorial Isso pode incluir a redução de estímulos visuais e auditivos excessivos As atividades também podem ser adaptadas oferecendo mais tempo para a criança concluir uma tarefa ou permitindo que ela use diferentes formas de expressão como o desenho em vez da escrita Estímulo à interação social Promover o contato com os colegas é essencial O professor pode criar atividades em duplas ou pequenos grupos com o objetivo de incentivar a cooperação Ter um acompanhante para mediar essas interações também pode ser uma estratégia eficaz Foco no reforço positivo É fundamental celebrar as pequenas conquistas e os comportamentos desejados O elogio sincero e o reforço positivo como adesivos por exemplo podem fortalecer a autoestima da criança e incentivála a continuar se esforçando Práticas pedagógicas eficazes na educação infantil As práticas a seguir muitas vezes beneficiam não apenas as crianças com autismo mas toda a turma criando um ambiente mais organizado e inclusivo para todos Estruturação e previsibilidade Crianças com TEA em geral se beneficiam enormemente de uma rotina clara e previsível A previsibilidade ajuda a diminuir a ansiedade e a aumentar a sensação de segurança É importante estabelecer horários e rituais para as atividades como a chegada as refeições e as brincadeiras O uso de apoios visuais como quadros com a sequência das atividades do dia utilizando fotos desenhos ou pictogramas é uma ferramenta poderosa Comunicação clara e objetiva A linguagem deve ser simples direta e concreta Evite o uso de metáforas ironias ou instruções muito longas O professor 14 deve se certificar de que a criança está atenta antes de dar uma instrução e pode se necessário utilizar gestos ou imagens para reforçar a comunicação Apoio visual Além dos quadros de rotina os apoios visuais podem ser usados para ensinar novos conceitos explicar regras ou sinalizar transições entre atividades Cartões com figuras de emoções de objetos ou de ações podem ajudar a criança a se expressar e a entender o que está acontecendo ao seu redor Aproveitamento dos interesses Muitas crianças com autismo têm interesses específicos e intensos O professor pode usar esses temas como ponto de partida para atividades pedagógicas Se a criança gosta de dinossauros por exemplo é possível criar atividades de contagem escrita ou artes usando esse tema para manter o engajamento e a motivação Adaptações no ambiente e nas atividades Modificar o ambiente pode ser necessário para diminuir a sobrecarga sensorial Isso pode incluir a redução de estímulos visuais e auditivos excessivos As atividades também podem ser adaptadas oferecendo mais tempo para a criança concluir uma tarefa ou permitindo que ela use diferentes formas de expressão como o desenho em vez da escrita Estímulo à interação social Promover o contato com os colegas é essencial O professor pode criar atividades em duplas ou pequenos grupos com o objetivo de incentivar a cooperação Ter um acompanhante para mediar essas interações também pode ser uma estratégia eficaz Foco no reforço positivo É fundamental celebrar as pequenas conquistas e os comportamentos desejados O elogio sincero e o reforço positivo como adesivos por exemplo podem fortalecer a autoestima da criança e incentivála a continuar se esforçando Práticas pedagógicas eficazes na educação infantil As práticas a seguir muitas vezes beneficiam não apenas as crianças com autismo mas toda a turma criando um ambiente mais organizado e inclusivo para todos Estruturação e previsibilidade Crianças com TEA em geral se beneficiam enormemente de uma rotina clara e previsível A previsibilidade ajuda a diminuir a ansiedade e a aumentar a sensação de segurança É importante estabelecer horários e rituais para as atividades como a chegada as refeições e as brincadeiras O uso de apoios visuais como quadros com a sequência das 15 atividades do dia utilizando fotos desenhos ou pictogramas é uma ferramenta poderosa Comunicação clara e objetiva A linguagem deve ser simples direta e concreta Evite o uso de metáforas ironias ou instruções muito longas O professor deve se certificar de que a criança está atenta antes de dar uma instrução e pode se necessário utilizar gestos ou imagens para reforçar a comunicação Apoio visual Além dos quadros de rotina os apoios visuais podem ser usados para ensinar novos conceitos explicar regras ou sinalizar transições entre atividades Cartões com figuras de emoções de objetos ou de ações podem ajudar a criança a se expressar e a entender o que está acontecendo ao seu redor Aproveitamento dos interesses Muitas crianças com autismo têm interesses específicos e intensos O professor pode usar esses temas como ponto de partida para atividades pedagógicas Se a criança gosta de dinossauros por exemplo é possível criar atividades de contagem escrita ou artes usando esse tema para manter o engajamento e a motivação Adaptações no ambiente e nas atividades Modificar o ambiente pode ser necessário para diminuir a sobrecarga sensorial Isso pode incluir a redução de estímulos visuais e auditivos excessivos As atividades também podem ser adaptadas oferecendo mais tempo para a criança concluir uma tarefa ou permitindo que ela use diferentes formas de expressão como o desenho em vez da escrita Estímulo à interação social Promover o contato com os colegas é essencial O professor pode criar atividades em duplas ou pequenos grupos com o objetivo de incentivar a cooperação Ter um acompanhante para mediar essas interações também pode ser uma estratégia eficaz Foco no reforço positivo É fundamental celebrar as pequenas conquistas e os comportamentos desejados O elogio sincero e o reforço positivo como adesivos por exemplo podem fortalecer a autoestima da criança e incentivála a continuar se esforçando Práticas pedagógicas eficazes na educação infantil As práticas a seguir muitas vezes beneficiam não apenas as crianças com autismo mas toda a turma criando um ambiente mais organizado e inclusivo para todos Estruturação e previsibilidade Crianças com TEA em geral se beneficiam 16 enormemente de uma rotina clara e previsível A previsibilidade ajuda a diminuir a ansiedade e a aumentar a sensação de segurança É importante estabelecer horários e rituais para as atividades como a chegada as refeições e as brincadeiras O uso de apoios visuais como quadros com a sequência das atividades do dia utilizando fotos desenhos ou pictogramas é uma ferramenta poderosa Comunicação clara e objetiva A linguagem deve ser simples direta e concreta Evite o uso de metáforas ironias ou instruções muito longas O professor deve se certificar de que a criança está atenta antes de dar uma instrução e pode se necessário utilizar gestos ou imagens para reforçar a comunicação Apoio visual Além dos quadros de rotina os apoios visuais podem ser usados para ensinar novos conceitos explicar regras ou sinalizar transições entre atividades Cartões com figuras de emoções de objetos ou de ações podem ajudar a criança a se expressar e a entender o que está acontecendo ao seu redor Aproveitamento dos interesses Muitas crianças com autismo têm interesses específicos e intensos O professor pode usar esses temas como ponto de partida para atividades pedagógicas Se a criança gosta de dinossauros por exemplo é possível criar atividades de contagem escrita ou artes usando esse tema para manter o engajamento e a motivação Adaptações no ambiente e nas atividades Modificar o ambiente pode ser necessário para diminuir a sobrecarga sensorial Isso pode incluir a redução de estímulos visuais e auditivos excessivos As atividades também podem ser adaptadas oferecendo mais tempo para a criança concluir uma tarefa ou permitindo que ela use diferentes formas de expressão como o desenho em vez da escrita Estímulo à interação social Promover o contato com os colegas é essencial O professor pode criar atividades em duplas ou pequenos grupos com o objetivo de incentivar a cooperação Ter um acompanhante para mediar essas interações também pode ser uma estratégia eficaz Foco no reforço positivo É fundamental celebrar as pequenas conquistas e os comportamentos desejados O elogio sincero e o reforço positivo como adesivos por exemplo podem fortalecer a autoestima da criança e incentivála a continuar se esforçando 17 PRATICAS PEDAGOGICOS EFICAZES NA EDUCAÇÃO INFANTIL As práticas a seguir muitas vezes beneficiam não apenas as crianças com autismo mas toda a turma criando um ambiente mais organizado e inclusivo para todos Estruturação e previsibilidade Crianças com TEA em geral se beneficiam enormemente de uma rotina clara e previsível A previsibilidade ajuda a diminuir a ansiedade e a aumentar a sensação de segurança É importante estabelecer horários e rituais para as atividades como a chegada as refeições e as brincadeiras O uso de apoios visuais como quadros com a sequência das atividades do dia utilizando fotos desenhos ou pictogramas é uma ferramenta poderosa Comunicação clara e objetiva A linguagem deve ser simples direta e concreta Evite o uso de metáforas ironias ou instruções muito longas O professor deve se certificar de que a criança está atenta antes de dar uma instrução e pode se necessário utilizar gestos ou imagens para reforçar a comunicação Apoio visual Além dos quadros de rotina os apoios visuais podem ser usados para ensinar novos conceitos explicar regras ou sinalizar transições entre atividades Cartões com figuras de emoções de objetos ou de ações podem ajudar a criança a se expressar e a entender o que está acontecendo ao seu redor Aproveitamento dos interesses Muitas crianças com autismo têm interesses específicos e intensos O professor pode usar esses temas como ponto de partida 18 para atividades pedagógicas Se a criança gosta de dinossauros por exemplo é possível criar atividades de contagem escrita ou artes usando esse tema para manter o engajamento e a motivação Adaptações no ambiente e nas atividades Modificar o ambiente pode ser necessário para diminuir a sobrecarga sensorial Isso pode incluir a redução de estímulos visuais e auditivos excessivos As atividades também podem ser adaptadas oferecendo mais tempo para a criança concluir uma tarefa ou permitindo que ela use diferentes formas de expressão como o desenho em vez da escrita Estímulo à interação social Promover o contato com os colegas é essencial O professor pode criar atividades em duplas ou pequenos grupos com o objetivo de incentivar a cooperação Ter um acompanhante para mediar essas interações também pode ser uma estratégia eficaz Foco no reforço positivo É fundamental celebrar as pequenas conquistas e os comportamentos desejados O elogio sincero e o reforço positivo como adesivos por exemplo podem fortalecer a autoestima da criança e incentivála a continuar se esforçando METODOLOGIA Para entender melhor o tema abordado foi adotado um método de análise descritiva e exploratória usando como técnica uma pesquisa bibliográfica devido à natureza do assunto estudado Assim é importante que o professor desenvolva metodologias de ensino que permitam ao aluno autista se comunicar e se desenvolver de forma mais plena Segundo Alves Mazzoti e Gewandsznajder 2002 p 160 não existe uma metodologia que seja boa ou ruim por si só mas sim aquela que é adequada ou inadequada para lidar com um problema específico Neste estudo a coleta de informações foi feita por meio da análise de conteúdo É fundamental que os professores adotem estratégias e ferramentas pedagógicas que valorizem as diferenças de cada aluno sem tentar padronizálos ou esconder suas particularidades Para que a inclusão seja verdadeira é essencial conhecer os direitos garantidos por lei para esses estudantes Em 2012 foi criada a 19 Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista garantindo que essas pessoas tenham acesso aos mesmos direitos das demais pessoas com deficiência no país De acordo com essa lei caso uma escola recuse a matrícula de uma criança com autismo o responsável pode ser multado Além disso quando necessário a escola deve garantir a presença de um acompanhante especializado um mediador que reconheça o aluno como um ser pensante com sua própria subjetividade capaz de fazer críticas tomar decisões e se comunicar Também é fundamental que o Estado e as escolas ofereçam formação especializada aos professores nessa área que exige atenção especial Segundo Fumegalli 2012 p 40 a formação continuada deve servir para aprimorar as habilidades do professor ajudandoo a acompanhar a evolução da educação e a modernizar suas práticas Assim ele torna o ensino mais interessante para o aluno mostrando que na escola ele pode ampliar seus conhecimentos Nesse processo o professor tem a oportunidade de refletir sobre sua prática pedagógica avaliando as estratégias usadas na aprendizagem dos estudantes identificando acertos e erros e ajustando suas ações conforme as necessidades de cada um CONSIDERAÇÕES FINAIS A pesquisa evidencia a relevância de refletir sobre as práticas direcionadas à criança autista com um planejamento voltado às habilidades tendo em vista as limitações observadas no contexto da criança de forma que torne possível a educação desse sujeito O aluno com autismo é devidamente assistido pela escola Não pois se observa que escola tenta incluir esse aluno e não só integrar esse aluno mas que se esbarra em muitas limitações como falta de estrutura falta de pessoal falta de recursos falta de uma formação de professores e principalmente interesse por parte desses em adquirir conhecimento mais profundos para se ter uma fundamentação no trabalho realizado Podese concluir que são necessárias mais pesquisas acerca da temática do 20 autismo e educação de forma a lançar olhares mais atentos para as práticas educativas direcionadas a esses sujeitos continuar investigando discutindo e refletindo sobre essa realidade a necessidade de uma visão crítica a respeito do diagnóstico a relação entre família e a escola sendo essa de fundamental importância A pesquisa apresentada evidencia a necessidade urgente de uma reflexão mais aprofundada sobre as práticas educacionais voltadas para a inclusão de crianças autistas destacando a importância de um planejamento pedagógico que seja verdadeiramente centrado nas habilidades e nas limitações específicas de cada aluno Contudo a realidade observada mostra que a educação desses alunos ainda enfrenta grandes desafios Apesar dos esforços para incluir as crianças autistas a efetiva integração e inclusão educacional esbarra em diversas barreiras como a falta de estrutura adequada escassez de pessoal qualificado recursos limitados e especialmente a formação insuficiente de muitos professores Além disso o interesse por parte dos educadores em aprofundar seu conhecimento sobre o autismo e em se capacitar para atender essas necessidades específicas é muitas vezes um aspecto negligenciado comprometendo a qualidade do atendimento educacional Diante dessa realidade podese concluir que há uma grande demanda por mais pesquisas que abordem de maneira crítica as práticas pedagógicas voltadas para o autismo e a educação inclusiva Tais pesquisas são essenciais para promover um olhar mais atento e fundamentado sobre a temática além de impulsionar o desenvolvimento de metodologias e estratégias eficazes para atender adequadamente esses alunos É igualmente importante continuar investigando a relação entre a família e a escola já que a colaboração entre ambos é crucial para o sucesso da inclusão Ao focar em uma visão crítica do diagnóstico e das práticas educacionais será possível avançar na construção de um sistema educacional mais inclusivo acolhedor e capacitado para lidar com a diversidade 21 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMY M D Enfrentando o autismo a criança autista seus pais e a reação terapêutica Rio de Janeiro Zahar 2001 ASSUMPÇÃO M C M Educação infantil uma fase importante na aprendizagem Abr 2014 Disponível em httpwwwperfilnewscombrartigosartigoeducacaoinfantilumafaseimportante naaprendizagem Acesso em 18 agost 2025 BOSA C CALLIAS M Autismo Breve revisão de diferentes abordagens Psicologia Reflexão e Crítica 2001 v13 n 1 BOSA C Autismo atuais interpretações para antigas observações Porto Alegre Artmed 2002 BRASIL Declaração de Salamanca Organizações da Nações Unidas para a Educação a Ciência e Cultura UNESCO 1994 BRASILLei Federalnº12764 de 27de dezembro de 2012 Instituía Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista Diário Oficial da República Federativa do Brasil Brasília 28 dez 2012 DefiniçãoTranstorno do Espectro Autista TEA na criança saudegovbr Acesso em7 set 2024 FREIRE P Pedagogia da autonomia saberes necessários a prática 22 educativa 24 ed São Paulo Paz e Terra 1996 LEITE A R A educação especial no Brasil e os aspectos pedagógicos Out 2011 Disponível em httpwwwwebartigoscomartigosaeducacaoespecial nobrasileosaspectospedagogicos78097 Acesso em 23 agost 2025 PADILHA AML Práticas pedagógicas na educação especial a capacidade de significar o mundo e a inserção cultural do deficiente mental Campinas Autores Associados 2001 Política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva Inclusão revista da educação especial Brasília Secretaria de Educação Especial v4 n1 p 717 janjun 2008 QUIXABA Maria A Inclusão na Educação humanizar para educar melhor ed São Paulo Paulinas 2015 RABELLO ET e PASSOS J S Vygotsky e o desenvolvimento humano Disponível em httpwwwjosesilveiracom Acesso em 20 Julho 2025 SANTOS et al O autismo no contexto escolar O Out 2013 Disponível em httpspsicologadocomatuacaopsicologiaescolaroautistanocontexto escolar Acesso em 20 Julho 2025 SMITH D D Introdução à educação especial ensinar em tempos de inclusão 5 ed São Paulo Artmed 2 23 se 8 O PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM A CRIANÇA COM TRANSTORNO ESPECTRO AUTISTA Orientadora² RESUMO O presente artigo é uma pesquisa bibliográfica com abordagem qualitativa tendo como objetivo compreender a importância da educação inclusiva destacando a criança com autismo refletindo suas necessidades e como esse transtorno age na vida desse sujeito A educação inclusiva tem grande importância na educação básica proporcionando a oportunidade a alunos com necessidades especiais a estudar e obter conhecimentos da melhor maneira A equipe escolar e a família são grandes aliados na educação das crianças ambas fazem um papel fundamental na vida desse sujeito podendo transformar o desempenho do aluno especial para satisfatório Por meio da pesquisa bibliográfica foi possível pesquisar e compreender sobre a criança com autismo incluindo a importância do espaço escolar para o desenvolvimento dessas crianças Palavraschave Autismo Diagnóstico Inclusão Escola Sala de Recursos 1 INTRODUÇÃO Muitas crianças que possuem algum tipo de necessidade especial quando tem acesso à educação conseguem se desenvolver cada vez mais tornandose um espaço necessário para ela frequentar O trabalho realizado referese à influência do ambiente escolar no desenvolvimento das crianças autistas da Educação Infantil A aprendizagem na educação infantil pode acontecer por meio do brincar em situações que a criança faça descobertas prazerosas interagindo e aguçando sua imaginação principalmente a criança com necessidades especiais No espaço escolar o estudante que tem necessidades especiais encontra muitas dificuldades em cumprir suas tarefas necessitando da ajuda de outra pessoa a acessibilidade deve ser promovida nas escolas ajudando a rotina escolar deste aluno ser prazerosa Através de uma pesquisa bibliográfica com abordagem qualitativa foi realizado um levantamento bibliográfico sobre estudos que versam o autismo tendo por objetivo analisar as vantagens e a importância do ambiente escolar no desenvolvimento das crianças com autismo mostrando a importância da educação inclusiva a este aluno Cada indivíduo com necessidades especiais tem suas características o tratamento ocorre conforme o caso é diagnosticado a equipe escolar deve ter entendimento as necessidades de cada aluno com dificuldades especiais inclusive o autismo sabendo respeitar este sujeito Um aluno autismo tem o direito a uma educação inclusiva onde possa ter uma aprendizagem conforme suas necessidades e limitações ampliando seus limites e conhecimentos Inserir um aluno especial nos espaços escolares é ir além de simplesmente colocálo em sala de aula é importante incluir este sujeito as atividades escolares promovendo sua aprendizagem A inclusão desses alunos pode acontecer de várias maneiras sempre por meio de atividades lúdicas oferecendo novas experiencias estimulando sua autonomia respeitando suas limitações e auxiliando em suas superações as barreiras encontradas no processo de inclusão 2 DESENVOLVIMENTO 1 CONCEITUANDO O AUTISMO O autismo tem como característica sua origem grega autós na qual significa por si mesmo termo muito usado pela psiquiatria nomeando o comportamento da criança autista onde é concentrado em si próprio Em 1911 o pesquisador Bleuler começou a fazer uso da palavra autismo significando a perda do contato com a realidade Os primeiros estudos sobre o autismo iniciaram no ano de 1943 pelo psiquiatra Leo Kanner sujeito que escreveu um artigo contendo um estudo baseado em 11 crianças na qual todas elas apresentavam algumas características individuais com relação aos demais O autismo pertence aos Transtornos de Neurodesenvolvimento caracterizado por déficits envolvendo a interação social em diversos contextos e também na comunicação social recebendo o nome de Transtornos do Espectro Autista TEA Os seres humanos que possuem o autismo apresentam o comprometimento em seu desenvolvimento tendo dificuldades na comunicação em seu comportamento seus interesses e em atividades estereotipados Para Bosa 2006 O autismo classificase ainda como um transtorno invasivo do desenvolvimento que envolve graves dificuldades ao longo de toda vida tanto nas habilidades sociais e comunicativas como também nos comportamentos e interesses limitados e repetitivos BOSA 2006 p48 O psiquiatra Kanner realizou estudos relacionados ao autismo onde chamava de Distúrbio autistico do contato afetivo logo mais outros autores pesquisaram sobre o TEA descobrindo novas características compreendendo que seria relacionado a um Déficit cognitivo e social considerado como um distúrbio do desenvolvimento A família inicia o processo de descobrimento do caso aos três anos de idade a criança pode começar a iniciar as características do autismo ficando cada vez mais aparentes com o passar do tempo 3 O autismo é definido pela organização mundial de saúde como um distúrbio do desenvolvimento sem cura e severamente incapacitante Sua incidência é de cinco casos em cada 10000 nascimento caso se adote um critério de classificação rigorosa é três vezes maior se considerar casos correlatados isto é necessitem do mesmo tipo de atendimento MANTOAN 1997 p 13 O transtorno do Espectro Autista TEA pode ser classificado como um Transtorno Global do Desenvolvimento conforme as características apresentadas pelo sujeito que possui o autismo diante as dificuldades nas relações sociais e a comunicação Para Belisario e Cunha 2010 p 08 Os Transtornos Globais do Desenvolvimento TGD representam uma categoria na qual estão agrupados transtornos que têm em comum as funções do desenvolvimento afetadas Entretanto este conceito é recente e se pode ser proposto devido aos avanços metodológicos dos estudos e á superação dos primeiros modelos explicativos sobre o autismo O autismo envolve questões sociais afetivas cognitivas emocionais e motoras caracterizado como um transtorno psicológico onde a pessoa autista não deixa de ter seus direitos podendo viver em sociedade sem sofrer preconceitos As atividades escolares realizadas com crianças que possuem o autismo devem estar de acordo com suas necessidades respeitando as limitações este pequeno sujeito compreendendo suas dificuldades e contribuindo em seu desenvolvimento O trabalho escolar com crianças com o Espectro Autista TEA deve buscar compreender algumas limitações que elas apresentam respeitando seu tempo de aprender compreender suas dificuldades na interação social e de comunicação sua sensibilidade auditiva uma atenção voltada apenas a um assunto o medo Mas lembrando que cada caso de autismo é diferente segundo Praça 2011 p 27 vale ressaltar que cada autista tem suas características e limitações próprias ou seja um autista dificilmente se comportará igual a outro autista É importante a ação do professor no desenvolvimento das atividades pedagógicas o espaço escolar deve apresentar profissionais capacitados para atender as necessidades individuais dos alunos inclusive aqueles com dificuldades de aprendizagem 4 11 CARACTERISTICAS DO AUTISMO Crianças com autismo apresentam problemas no desenvolvimento da linguagem na comunicação no comportamento e na interação social sendo um indivíduo mais tímido e cheio de fantasias O diagnóstico dessa criança pode ser realizado até seus três anos de idade raramente aparecendo após esse período mas não significa que não acontece casos depois dessa idade O autismo faz com que a pessoa se feche do mundo não conseguindo interagir com os demais a seu redor mas apresenta uma capacidade de raciocínio e memoria ótimos compreendendo com facilidade o que as outras pessoas estão falando Várias pessoas com autismo não compreendem a coerência das coisas percebem poucas conexões lógicas e têm a impressão de que toda sua vida é ditada ao acaso pelo inesperado por coisas que não podem controlar Vivendo no centro desta confusão os autistas necessitam de uma referência alguém ponto de apoio As nossas explicações verbais de quando como onde e por que as coisas acontecem não são suficientes PEETERS 1988 p20 Existem casos desse transtorno em que as crianças não apresentam muita expressão verbal e outros que a mesma consegue se comunicar mas repetem bastante o que escutam sendo repetitivas ganhando o nome de ecolalia imediata Peeters 1988 p 40 diz que A ecolalia somente poderá ser considerada como uma característica de autismo quando presente ao lado de uma idade mental superior a trinta e seis meses para criança com autismo e idade mental de cinco anos ser ecolálico não pode ser considerado normal E sim como um déficit qualitativo Observase que as características mais presentes nos autistas estão em seus comportamentos sendo repetitivos sua falta de interesses e as suas rotinas iguais a de todos os dias podendo ser notadas pelos pais ou por pessoas mais próximas da criança ao acompanhar o seu desenvolvimento O desenvolvimento da pessoa com TEA tem afeto em seu cognitivo e no seu social por causa desse sujeito não ter interesse em se interagir com demais pessoas mesmo sendo da mesma faixa etária apresenta dificuldade em se relacionar mesmo o grau sendo leve ou grave 5 Existem muitas pesquisas envolvendo casos de autismo onde as crianças com autismo mostram mais dificuldades no que se diz respeito ao aprendizado Com base em Menezes 2012 encontrase alguns termos usados para se referir ao autismo um deles é o Transtorno de Espectro autista TEA usado a diferentes variações do autismo aos quadros mais graves quando o caso é não verbal e nos quadros leves onde são poucas as manifestações dos sintomas Temse também o Autismo clássico na qual apresenta a maioria das partes das áreas afetadas do desenvolvimento de forma significativa Já o autismo infantil veio após as descobertas de Kanner voltado as crianças que tinham dificuldades em interagir e ter atraso na linguagem O autismo não afeta na aparência do ser humano não deixa algum sinal físico carregam consigo uma grande inteligência conforme Surian 2010 crianças autistas apresentam uma capacidade incrível em lista de nomes nos fatos uma boa memória características principalmente naquelas que tem menos dificuldades na fala Uma das características do autista é a capacidade de memorizar informações quando for relacionada ao seu interesse Temse o autismo de grau leve onde o individuo tem dificuldades em expressar seus sentimentos anseios e desejos não consegue iniciar uma conversa ou ficar na conversa A síndrome de Asperger é um autismo de grau leve ocorrendo mais em meninos apresentando uma inteligência incrível não apresenta atraso na linguagem e nem prejuízos significativos Quanto mais cedo diagnosticado melhor será o tratamento do autismo existindo vários tipos de tratamentos para serem feitos cedo contribuindo no desenvolvimento com sucesso desse sujeito Para AssencioFerreira 2005 p102 é possível que simplesmente existiram várias crianças com autismo agora com o maior número de profissionais lidando com a saúde infantil e com melhores informações a respeito propiciouse maior possibilidade de diagnósticos A criança autista consegue falar o que lhe foi dito repetindo o que ouviu mas apresenta dificuldade ao se comunicar tornando um grande desafio as escolas seu desenvolvimento Na escolarização desse aluno é necessário fazer algumas adaptações curriculares onde a escola possa estar preparada para receber esse aluno 6 12 A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO DO TEA Os pais são os primeiros a perceber que tem algo diferente na criança iniciando a busca por especialistas procurando compreender o que está acontecendo com este pequeno sujeito até se chegar a um diagnóstico O diagnóstico de autismo é dado a faixa etária acima de 5 anos de idade mas pode ser feito no fim do segundo ano de vida da criança quando mais cedo ser percebido comprovado e tratado melhor será os resultados positivos no desenvolvimento da criança com autismo São poucos os recursos instrumentais existentes para a realização do diagnóstico da pessoa suspeita de ter o autismo existem várias pesquisas e estudos voltados a esses casos na qual buscam melhores meios para diagnosticar esse transtorno Segundo Helmam 2009 o diagnóstico é um processo delicado envolvendo duas partes a família e os especialistas A família traz relatos da criança e o médico analisa juntamente com exames clínicos avaliando e dando o diagnóstico do seu paciente O diagnóstico acontece por meio de entrevistas com os pais da criança observação e exames clínicos e aplicação de instrumentos específicos seguindo as prescrições do 5º Manual Estatístico e Diagnóstico da Associação Americana Psiquiatra DSM5 2014 sendo I Déficits clinicamente significativos e persistentes na comunicação social e nas interações sociais manifestadas de todas as maneiras seguintes a Déficits específicos na comunicação não verbal e verbal usadas para interação social b Falta de reprocidade social c Incapacidade para desenvolver e manter relacionamentos de amizade apropriados para o estágio de desenvolvimento 2 Padrões restritos e respetivos de comportamento interesses e atividades manifestados por pelo menos duas das maneiras abaixo a Comportamentos motores ou verbais estereotipados ou comportamentos sensoriais incomuns b Expressiva adesãoaderência a rotinas e padrões ritualizados de comportamento c Interesses restritos fixos e intensos 3 Os sintomas devem estar presentes no início da infância mas podem não 7 se 8 manifestar completamente até que as demandas sociais excedam o limite de suas capacidades Os pais tem grande importância aos caminhos do diagnóstico devem compreender as necessidades e diferenças de seu filho estando sempre ao lado dessa criança buscando sempre auxílio e informações a respeito da sua condição Quando a criança é identificada com o autismo muito pequena é realizado o prognóstico sendo algo importante para seu desenvolvimento possibilitando tratamentos na ajuda a aquisição da linguagem facilidade nas adaptações desenvolvimento na interação social etc Rodrigues 2010 p 18 diz que o autismo é uma ausência da realidade com o mundo exterior e consequentemente impedindo ou impossibilidade de comunicarse com o mundo externo A psicoterapia tem por finalidade de auxiliar os alunos com dificuldades de aprendizagem ajudandoos em interpretar a linguagem corporal sua comunicação não verbal sua aprendizagem e emoções A terapia proporciona ensinamentos voltados a recordar processor e utilizar as informações para os autistas A musicoterapia também serve como um meio de tratamento ao autismo uma forma de terapia que utiliza a música cujo objetivo é ressaltar as potencialidades do sujeito através da aplicação de métodos e técnicas juntando outras capacidades incluindo a cognição O tratamento para o autismo tem que ser baseado na estimulação do desenvolvimento da pessoa de suas funcionalidades limitações e prevenção da privação de outras capacidades introduzindo a criança aos poucos no meio social tendo como resultado no âmbito emocional cognitivo e de linguagem O tratamento é intenso e está voltado aos principais sintomas do paciente sendo eles a agitação irritabilidade e agressividade Na maioria dos tratamentos são utilizados os neurolépticos a combinação vitamina B6magnésio fenfluramina carbamazepina ácido valpróico e lítio cujo objetivo é amenizar os sintomas a remissão desses sintomas 9 13 ESTRATÉGIAS DE ENSINO PARA O PROCESSO EDUCATIVO DE ALUNOS AUTISTAS O autismo das tornou um assunto aberto durante estes anos devido a grande quantidade de crianças diagnosticada aos futuros professores e aos que já atuam na área é importante aprofundar seus conhecimentos sobre este tema delicado e existe casos de que os familiares não aceitarem este diagnóstico A escola seguindo estes critérios deve optar e qualificar profissionais que estejam preparados a se dedicar seu tempo no processo de aceitação e na execução de atividades pedagógicas Durante a procura para novas técnicas de aprendizagem o professor deve priorizar recursos que ajudem todos os alunos neste processo não enfatizando somente as crianças normais a utilização de atividades totalmente diferentes dos demais pode causar discriminação e é necessário tornar todos iguais longe de olhares diferentes e maldosos No ponto de vista de Baptista 2006 p 93 o compromisso do educador tem como base a apropriação de seus próprios recursos e instrumentos a observação o diálogo a negociação e a avaliação retroalimentam o agir do educador A vista disso cabe ao educador sabe lidar com situações inesperadas em sala de aula mas com total preparação de acordo com os estudos que foram realizados de acordo com suas experiências na área visando sempre em executar sua tarefa com muito carinho e paciência Seguindo o histórico do aluno o dever da escola é analisar sua trajetória e conceder as melhores estratégias de ensino e acessibilidade para fazer com que o andamento escolar venha a cada vez se tornar mais melhor sabendo respeitar casa momento das crianças portadoras do autismo Criar e organizar estratégias que percebam as questões individuais e de grupo que permeiam o processo de aprendizagem e utilizálas a seu favor seja como pistas para estudo e pesquisa seja como produção de práticas pedagógicas que tencionem permanentemente os processos de ensino e aprendizagem implementados em sala de aula HATTGE KLAUS 2014 p 330 10 Ao ter o diagnóstico de TEA a criança irá frequentar mais clínicas médicas e psicólogos o que torna uma avaliação mais individual estás idas aos consultórios fazem parte do processo mas frequentar um ambiente mais coletivo se torna também importante a escola é um exemplo deste lugar onde proporciona ao aluno contato com outras pessoas na mesma situação ou não Durante este percurso de envolvimento dos autistas concluímos que tudo está ligado a comunicação que é oferecida o convívio com a sociedade e o desenvolvimento de suas habilidades Segundo Ropolo 2010 p 8 a interação deve vir de todos sem quaisquer condições pelas quais possam ser limitados em seu direito de participar ativamente do processo escolar segundo suas capacidades e sem que nenhuma delas possa ser motivo para uma diferenciação que os excluirá das suas turmas No decorrer das aulas o professor poderá notar alguns pré requisitos nos alunos autistas que os impede de manter um comunicado ativa utilização de mesmos gestos por longo tempo e a falta de diálogo ou não a falta de respostas Somente através da observação se pode fazer algo a respeito no momento da aula o educador pode notar algumas manias feitas pelo aluno o que contribuirá ou diminuirá a frequência de executalas seguindo este critério e possível fazer atividades voltadas ao aluno de acordo com o que mais gosta de fazer se tornando algo atrativo de fazer mas sempre visando na competência cognitiva a ser alcançada e longe de punições e com longa duração O PROCESSO DE ENSINOAPRENDIZAGEM Para crianças com Transtorno do Espectro Autista TEA é um tema de extrema importância e requer uma abordagem especializada e individualizada A neurodiversidade do TEA apresenta desafios e potencialidades únicas tornando essencial a adaptação de metodologias e a criação de ambientes que promovam o desenvolvimento pleno desses alunos 11 Estratégias e Abordagens Essenciais Individualização do Ensino Cada criança com TEA é única É fundamental que o plano de ensino seja individualizado considerando as habilidades interesses e necessidades específicas do aluno A criação de um Plano de Ensino Individualizado PEI em colaboração com pais terapeutas e a equipe escolar é um passo crucial Comunicação Visual e Estrutura As crianças com TEA se beneficiam enormemente de rotinas e estruturas visuais O uso de agendas visuais com fotos ou pictogramas ajuda a prever o que acontecerá ao longo do dia reduzindo a ansiedade e promovendo a autonomia A organização clara do ambiente e das atividades também é vital para o aprendizado Ensino de Habilidades Sociais O ensino de habilidades sociais como iniciar uma conversa interpretar expressões faciais e manter contato visual deve ser explícito e contextualizado Histórias sociais e dramatizações podem ser ferramentas eficazes para praticar essas habilidades em um ambiente seguro Integração Sensorial Muitos alunos com TEA têm sensibilidades sensoriais O ambiente de aprendizagem deve ser adaptado para minimizar estímulos excessivos luzes fortes barulhos e oferecer ferramentas que ajudem na autorregulação como almofadas de peso fones de ouvido com cancelamento de ruído e objetos táteis Reforço Positivo O reforço positivo é uma estratégia poderosa para encorajar comportamentos desejados Elogios acesso a atividades de interesse ou pequenas recompensas podem motivar a criança a participar e se engajar no processo de aprendizado A RELAÇÃO FAMILIAESCOLA A colaboração entre a família e a escola é a base para o sucesso do processo A comunicação aberta e contínua permite que as estratégias usadas em 12 casa e na escola sejam alinhadas proporcionando um suporte mais consistente para a criança A família é a principal fonte de informação sobre os interesses e desafios do aluno enquanto a escola oferece o suporte pedagógico e a socialização O desafio é grande mas as recompensas são imensas Ao adotar uma abordagem empática flexível e baseada em evidências é possível criar um ambiente de aprendizado inclusivo e enriquecedor que não apenas ajuda a criança com TEA a adquirir conhecimento mas também a desenvolver habilidades essenciais para a vida Se tiver interesse em aprofundar em alguma dessas estratégias ou em outras me diga 1 Apoio Emocional e Comportamental Crises e Sobrecarga Sensorial A birra em crianças com TEA muitas vezes não é um simples capricho mas uma manifestação de sobrecarga sensorial ou dificuldade de comunicação A criança pode não saber como expressar o que está sentindo e o colapso é a forma de liberar essa tensão Como Lidar Identifique os gatilhos Observe o que acontece antes da crise É um som alto Uma luz forte Uma mudança brusca na rotina Anotar esses eventos pode ajudar a prevenir futuras crises Mantenha a calma Sua calma é fundamental A criança com TEA muitas vezes reage à energia e ao tom de voz ao seu redor Fale baixo devagar e evite movimentos bruscos Ofereça um refúgio Crie um canto da calma em casa com almofadas fones de ouvido com cancelamento de ruído e objetos táteis Durante uma crise direcione a criança para este local se possível 13 Apoios sensoriais Use recursos como cobertores ponderados com peso brinquedos sensoriais como fidgets ou até mesmo uma massagem de compressão para ajudar a criança a se regular Não julgue Lembrese que a crise é uma resposta involuntária Não há punição que vá curar esse comportamento O foco deve ser em oferecer suporte e segurança 2 O Papel dos Pais e da Família A família é a base e o principal pilar no desenvolvimento de uma criança com TEA Colaborando com a Escola Comunicação constante Mantenha uma comunicação aberta e frequente com a escola Use uma agenda diária para trocar informações sobre o humor da criança o que a deixou feliz ou o que a estressou Participe do PEI O Plano de Ensino Individualizado PEI é um documento crucial Participe ativamente de sua criação compartilhando os interesses e as necessidades do seu filho Alinhe estratégias Certifiquese de que a escola usa as mesmas estratégias que funcionam em casa Se uma agenda visual é eficaz em casa incentive a escola a usála também Criando um Ambiente de Aprendizado em Casa Estrutura e rotina Mantenha uma rotina consistente Use agendas visuais para mostrar a sequência de atividades do dia ex café da manhã escovar os dentes hora de brincar Isso traz previsibilidade e reduz a ansiedade Reduza os estímulos Crie um ambiente de estudo e brincadeira sem excesso de ruídos ou objetos Cores neutras e uma boa organização ajudam a criança a se concentrar 14 Aproveite os interesses Use os interesses específicos da criança hiperfoco para motivar o aprendizado Se ela adora dinossauros use isso para ensinar matemática contando dinossauros escrita escrevendo nomes de dinossauros ou leitura 3 O Processo de Avaliação e Diagnóstico O diagnóstico do TEA é um processo complexo e multidisciplinar Quem Diagnostica O diagnóstico é clínico feito por uma equipe de profissionais como neuropediatra psiquiatra infantil psicólogo e fonoaudiólogo Sinais de Alerta A percepção de que algo está diferente pode começar nos primeiros anos de vida com sinais como atraso na fala falta de contato visual brincadeiras repetitivas sensibilidade a sons e texturas e dificuldade em interagir com outras crianças A importância do diagnóstico precoce Quanto mais cedo o diagnóstico mais cedo as intervenções podem começar A intervenção precoce aproveita a neuroplasticidade do cérebro da criança podendo ter um impacto significativo no desenvolvimento 4 Recursos e Materiais Didáticos A escolha de materiais deve ser baseada nos interesses e necessidades da criança Recursos visuais São a base do aprendizado no TEA Incluem agendas visuais cartões de rotina histórias sociais painéis de comunicação com figuras PECS Atividades sensoriais Massinha areia mágica balões cobertores ponderados e caixas sensoriais Esses materiais ajudam a criança a se autorregular e a explorar o mundo de forma segura Tecnologia Aplicativos e jogos educativos podem ser grandes aliados desde que usados com moderação e um objetivo claro Eles podem ajudar no desenvolvimento de habilidades de comunicação e raciocinio 15 METODOLOGIA O presente estudo adota a abordagem de pesquisa bibliográfica com caráter qualitativo conforme indicado no resumo do trabalho Esta metodologia é a mais adequada para o objetivo de compreender a importância da educação inclusiva para crianças com Transtorno do Espectro Autista TEA uma vez que se baseia na análise aprofundada de material teórico já publicado O foco é interpretar e sintetizar o conhecimento existente para refletir sobre as necessidades desses alunos e o papel fundamental da escola e da família em seu desenvolvimento podendo transformar o desempenho do aluno para satisfatório Além disso a metodologia visa analisar as vantagens e a importância do ambiente escolar no desenvolvimento das crianças com autismo mostrando a relevância da educação inclusiva para esses alunos Para a coleta de dados foi realizado um levantamento bibliográfico sistemático sobre estudos que versam o autismo As fontes consultadas incluem uma variedade de materiais como artigos científicos livros dissertações e manuais de diagnóstico sendo o DSM5 5º Manual Estatístico e Diagnóstico da Associação Americana Psiquiatra explicitamente referenciado para a compreensão dos critérios diagnósticos A seleção do material foi orientada por palavraschave centrais ao tema como Autismo Diagnóstico Inclusão Escola e Sala de Recursos Esse processo buscou reunir diferentes perspectivas e estudos sobre o TEA abordando sua conceituação histórica que remonta à origem grega do termo e aos primeiros estudos de Bleuler em 1911 e Leo Kanner em 1943 A pesquisa também se concentrou nas características apresentadas pelos indivíduos como déficits na 16 interação social e comunicação comportamentos repetitivos e interesses restritos e nas estratégias educacionais e terapêuticas que promovem um ambiente de aprendizagem inclusivo e eficaz incluindo adaptações curriculares e o uso de psicoterapia e musicoterapia A análise do material coletado foi pautada na interpretação crítica e na triangulação das informações A partir da leitura e releitura das obras selecionadas foram identificados temas recorrentes divergências e consensos entre os autores permitindo uma compreensão aprofundada das complexidades do TEA Essa análise qualitativa permitiu a construção de uma narrativa que não apenas descreve o TEA abordando suas manifestações em desenvolvimento linguagem e comportamento mas também discute a importância do diagnóstico precoce para o tratamento e desenvolvimento bemsucedido Adicionalmente a análise enfatizou a necessidade de adaptações curriculares e de um corpo docente preparado para atender às necessidades individuais de cada aluno A metodologia adotada portanto permitiu aprofundar a reflexão sobre as vantagens e a importância do ambiente escolar no desenvolvimento das crianças com autismo cumprindo os objetivos propostos pelo estudo CONSIDERAÇÕES FINAIS A educação é um pilar necessário e essencial na vida do homem fundamental para sua atuação plena na sociedade Nesse contexto o direito à educação é universal abrangendo também as pessoas com necessidades especiais garantindo a elas a oportunidade de um desenvolvimento integral As escolas têm a responsabilidade de assegurar e promover práticas inclusivas onde cada aluno seja respeitado em sua individualidade e possa vivenciar uma 17 aprendizagem prazerosa e significativa A educação inclusiva conforme destacado possui uma grande importância na educação básica pois oferece a alunos com necessidades especiais a chance de estudar e adquirir conhecimentos da melhor maneira possível Apesar do direito à educação ser garantido por lei para que todos os indivíduos possam aprender e se desenvolver da melhor forma possível ainda se observam muitos desafios a serem superados nas escolas tanto por parte da instituição quanto por parte dos próprios alunos Para o estudante com necessidades especiais o ambiente escolar pode apresentar dificuldades no cumprimento de tarefas o que torna imprescindível a promoção da acessibilidade para que a rotina escolar seja mais prazerosa e menos desafiadora A verdadeira inclusão portanto vai além de simplesmente inserir o aluno em sala de aula é fundamental que ele seja ativamente incluído nas atividades escolares que estimulem sua autonomia respeitem suas limitações e o auxiliem na superação de barreiras frequentemente por meio de atividades lúdicas que ofereçam novas experiências O desenvolvimento de uma criança não ocorre de forma isolada o contato com diferentes espaços e pessoas contribui para a aquisição de novos conhecimentos Neste cenário a interação entre escola e família assume uma importância crucial A equipe escolar e a família são descritas como grandes aliados na educação das crianças desempenhando um papel fundamental que pode transformar o desempenho do aluno especial para satisfatório Os pais em particular são os primeiros a perceber quando há algo diferente na criança iniciando a busca por especialistas e um diagnóstico Essa participação ativa dos pais é vital em todo o processo desde a compreensão das necessidades e diferenças de seus filhos até a busca contínua por auxílio e informações sobre a condição A aprendizagem de crianças com autismo representa um desafio específico 18 para as escolas exigindo um trabalho pedagógico eficiente e muitas vezes a presença e o suporte de outros profissionais médicos É essencial que as atividades escolares sejam planejadas de acordo com as necessidades individuais de cada criança com autismo respeitando suas limitações compreendendo suas dificuldades e contribuindo ativamente para seu desenvolvimento O trabalho escolar com alunos do Espectro Autista TEA deve buscar a compreensão de limitações como as dificuldades na interação social e de comunicação a sensibilidade auditiva a atenção focada em um único assunto e o medo A adaptação curricular e a adoção de estratégias terapêuticas são assim consideradas essenciais para uma educação de qualidade desses sujeitos É fundamental lembrar que cada caso de autismo é único e como salienta Praça 2011 p 27 um autista dificilmente se comportará igual a outro autista o que reforça a necessidade de abordagens personalizadas Para que a inclusão seja efetiva é crucial a ação do professor no desenvolvimento das atividades pedagógicas e que o ambiente escolar conte com profissionais capacitados para atender às necessidades individuais dos alunos incluindo aqueles com dificuldades de aprendizagem A equipe escolar deve ter um profundo entendimento das necessidades de cada aluno com dificuldades especiais especialmente no caso do autismo para que possa respeitar plenamente o sujeito Tornase imperativo que as escolas qualifiquem profissionais preparados para se dedicar ao processo de aceitação e à execução de atividades pedagógicas que priorizem recursos que beneficiem todos os alunos evitando a discriminação e promovendo a igualdade A importância do diagnóstico precoce do autismo é reiterada pois quanto mais cedo ele for realizado e o tratamento iniciado melhores serão os resultados no desenvolvimento da criança Quando o autismo é identificado em idades tenras o 19 prognóstico é favorável facilitando tratamentos que auxiliam na aquisição da linguagem na adaptação e no desenvolvimento da interação social Nesse processo a psicoterapia desempenha um papel fundamental ao auxiliar os alunos com autismo a interpretar a linguagem corporal a comunicação não verbal e a desenvolver suas emoções e aprendizagem O tratamento deve focar na estimulação do desenvolvimento da pessoa suas funcionalidades limitações e na prevenção de privações de outras capacidades introduzindo a criança gradualmente no meio social para resultados positivos no âmbito emocional cognitivo e de linguagem Em síntese o percurso de envolvimento dos autistas na sociedade e na escola está intrinsecamente ligado à qualidade da comunicação oferecida ao convívio social e ao desenvolvimento de suas habilidades A interação deve ser uma responsabilidade de todos garantindo que nenhum aluno seja limitado em seu direito de participar ativamente do processo escolar conforme suas capacidades sem que suas diferenças sejam motivo para exclusão de suas turmas Embora o autismo apresente desafios relacionados à comunicação e interação social é crucial reconhecer que o autismo não afeta a aparência física e que muitos indivíduos com TEA possuem uma grande inteligência e uma capacidade incrível de memorizar informações relacionadas aos seus interesses Compreender as diversas manifestações do TEA desde os quadros mais graves e não verbais até os casos leves como a Síndrome de Asperger que pode não apresentar atrasos significativos na linguagem é essencial para promover uma inclusão verdadeira e um desenvolvimento pleno e satisfatório 20 REFERÊNCIAS ASSENCIOFERREIRA vj O que todo professor precisa saber sobre neurologia São José dos Campos pulso 2005 BELISÁRIO J F Filho CUNHA Patrícia A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar Transtornos globais do desenvolvimento Brasília Ministério da Educação 2010 BOSA Cleonice Alves Autismo intervenções psicoeducacionais Instituto de Psicologia Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRGS Porto Alegre RS Brasil p 47 53 2006 MANTOAN MTE Compreendendo a deficiência mental novos caminhos educacionais São Paulo Editora Scipione 1988 HELMAM Cecil G 2009 Cultura saúde e doença Porto Alegre Artmed MENEZES Maria Carolina Cavalcanti de Almeida et al Intervenções neuropsicopedagógicas em casos de autismo VI Congresso Nacional de Educação 2019 Disponível em httpswwweditorarealizecombrrevistasconedutrabalhos TRABALHOEV127MD4 SA10ID78322092019121035pdf Acesso em 05 fev 2022 PEETERS Theo Autismo entendimento teórico e intervenção educacional Theo Peeters tradutores Viviane Costa de Lean et AL Rio de Janeiro Cultura Medica 1988 P 20 40 PRAÇA Élida Tamara Prata de Oliveira Uma reflexão acerca da inclusão de aluno autista no ensino regular Universidade Federal de Juiz de Fora Instituto de Ciências Exatas PósGraduação em Educação Matemática Mestrado Profissional em Educação Matemática Abril 2011 140p RODRIGUES Janine Marta C SPENCER Eric A criança autista um estudo psicopedagógico Rio de Janeiro Wak 2010 SURIAN L Autismo Informações essências para familiares educadores e profissionais de saúde Trad Ferrante Cacilda R São Paulo Paulinas 2010 21