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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS Avenida Antônio Carlos 6627 Caixa Postal 253 Cidade Universitária Pampulha CEP 31270901 Belo Horizonte MG Brasil CURSO DE GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA PROGRAMA DE DISCIPLINA DISCIPLINA Subject Página 13 CÓDIGO OFERTANTE Departamento de História PERÍODO PRÉREQUISITOS Não GRUPO Carga Horária Total 60 Carga Horária Teórica 60 Carga Horária Prática 00 Créditos 04 Classificação Disciplina Brasil III EMENTA Processo histórico brasileiro de 1889 a 1945 a instauração da ordem republicana e os conflitos decorrentes Federalismo e dinâmica política na ordem oligárquica Movimentos sociais no campo protesto urbano e organização do movimento sindical A crise da década de 1920 a radicalização do debate político e a reinvenção intelectual e cultural do Brasil A revolução de 1930 e o respectivo debate historiográfico interpretativo Modernização conservadora e políticas culturais sociais e econômicas inovadoras O frentismo antifascista a mobilização anticomunista e o golpe de 1937 O nacionalismo autoritário do Estado Novo e suas políticas corporativistas e industrialistas No quadro da Segunda Grande Guerra mudanças no contexto internacional e nacional e o declínio da ditadura varguista Período Letivo 202401 Docente Priscila Carlos Brandão OBJETIVOS a disciplina tem como principal objetivo situar o aluno no processo de implementação da República no Brasil considerando as disputas existentes entre os projetos locais e centralizadores apresentar as discussões relacionadas à questão da identidade nacional da modernização econômica da atuação do poder militar das tentativas de organização do poder civil e do processo de fechamento que conduziu à ditadura do Estado Novo e o seu fim CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Processo histórico brasileiro entre 1889 e 1930 Crise do Império e instauração da República Desdobramentos da Proclamação Militares O federalismo e a ordem oligárquica O coronelismo A Política de Estados Movimentos sociais A crise da década de 1920 A Revolução de 1930 A reinvenção intelectual e cultural do Brasil Semana de Arte Moderna O Estado Novo Crise do governo Vargas UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS Avenida Antônio Carlos 6627 Caixa Postal 253 Cidade Universitária Pampulha CEP 31270901 Belo Horizonte MG Brasil CURSO DE GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA PROGRAMA DE DISCIPLINA DISCIPLINA Subject Página 23 REFERÊNCIAS Bibliografia Básica FERREIRA Jorge e DELGADO Lucília Neves O Brasil Republicano Rio de Janeiro Editora Civilização Brasileira 2006 NC 98105 B823t SAES Decio Classe media e politica na Primeira Republica Brasileira 18891930 Rio de Janeiro Vozes 1975 NC 32330981 S127cPg 1985 CARVALHO José Murilo As forças armadas na Primeira República o poder desestabilizador In Forças Armadas e Política no Brasil Rio de Janeiro Jorge Zahar Editor 2005 NC 981063 C331f2005 Outras Bibliografia Complementar CARVALHO José Murilo Os bestializados o Rio de Janeiro e a República que não foi Rio de Janeiro Cia das Letras 1987 NC 981051 C331b 1987 NAPOLITANO Marcos História do Brasil República da queda da Monarquia ao fim do Estado Novo São Paulo Contexto 2017 NC 98105 N216h 2017 CONNIF Michael Os tenentes no poder uma nova perspectiva da Revolução de 30 In FIGUEIREDO Eurico Lima de Os militares e a revolução de 30 Rio de Janeiro Paz e Terra NC 98106 M644 1979 LESSA Renato INSTITUTO UNIVERSITÁRIO DE PESQUISAS DO RIO DE JANEIRO A invenção republicana Campos Sales as bases e a decadência da Primeira República brasileira Rio de Janeiro IUPERJ São Paulo Edições Vértice Editora e Distribuidora de Livros Ltda 1988 NC 981 L638i 1988 BATALHA Claudio H M O movimento operário na primeira republica Rio de Janeiro Jorge Zahar c2000 NC 33180981 B328m 2000 METODOLOGIA DE ENSINO Situações de ensino Suportes midiáticos Espaços educativos Expositiva Quadro de giz Auditório Ativa coletiva Datashow Sala de aula Ativa dupla Transparência Biblioteca Ativa individual Slide Laboratório Mista coletiva Vídeo impresso Ambiente virtual Mista dupla Áudiográficos Extraclasse Mista individual Vídeográficos Outros Outras Multimidiáticos Outros CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO Prova Trabalho acadêmico Auto avaliação Questões abertas Resumo Observação Múltipla escolha Resenha Portifólio UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS Avenida Antônio Carlos 6627 Caixa Postal 253 Cidade Universitária Pampulha CEP 31270901 Belo Horizonte MG Brasil CURSO DE GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA PROGRAMA DE DISCIPLINA DISCIPLINA Subject Página 33 Mistas Fichamento Diário de campo Outras Ensaio Relatórios Artigo científico Fichas Projetos Outros Seminários Relatórios Questionário Outros aula mediada Outros DISTRIBUIÇÃO DE PONTUAÇÃO Participação em 3 aulas mediadas em grupo com entrega de resenha valendo 20 pontos o conjunto resenha e apresentação e uma prova final no valor de 40 pontos O tema da prova será enviado 48h antes e durante a prova em sala de aula haverá 20 minutos para consulta Em sua correção serão considerados como critérios a clareza objetividade conteúdo português estrutura lógica e posicionamento críticoanalítico As aulas mediadas consistem na apresentação por parte de um grupo de alunos dos principais tópicos da leitura semanal obrigatória A discussão sobre o texto será orientada pelo professor quem mediará a interlocução entre os apresentadores e o restante da turma para quem a leitura também é obrigatória estabelecendo um diálogo entre todos os presentes As resenhas deverão vir em um arquivo devidamente nomeado Número do Aluno nome número do texto 1 2 ou 3 Palavra referente ao texto Ex 33 Priscila Brandão 1 Guerra de Canudos QUAIS CARACTERÍSTICAS APROXIMAM E QUAIS DISTANCIAM A PRIMEIRA REPÚBLICA DO PRIMEIRO GOVERNO VARGAS DO PONTO DE VISTA ECONÔMICO SOCIAL E POLÍTICO Na época da Primeira República vigorava uma estrutura conservadora dominada por elites rurais restritas Havia uma predominância de uma política oligárquica com uma economia voltada principalmente para o setor agrícola Durante o primeiro governo de Vargas ocorreu um progresso na modernização do Estado e da economia através da introdução de medidas sociais Além disso governo de Vargas promoveu impulsionou o processo de industrialização do Brasil aproveitando diversos cenários políticos e econômicos como por exemplo a crise do café e a necessidade de buscar novos horizontes para a economia Com relação à economia podemos apontar algumas semelhanças e diferenças Durante a Primeira República houve uma abordagem para expandir a economia através da diversificação promovendo o crescimento da produção de café e o início da industrialização Durante a gestão de Vargas essa modernização foi impulsionada com políticas mais organizadas de industrialização como a fundação de companhias estatais e o incentivo à substituição de produtos importados Na primeira República a elite do café que tinha grande influência no governo incentivando a produção de outros tipos de produtos agrícolas e promovendo a industrialização incipiente sobretudo na região sudeste do território nacional No governo de Vargas ele admitiu que o modelo baseado na exportação de produtos agrícolas com foco no café não era adequado para promover o avanço do país O objetivo primordial foi estabelecer uma estratégia econômica com foco na industrialização considerada essencial para a atualização e ampliação da variedade da economia Podemos então apontar que a principal diferença econômica entre os dois governos se refere a economia agrária da primeira república a uma economia de transição dando ênfase no processo de industrialização No período da Primeira República o Brasil permanecia com uma estrutura econômica focada na agricultura sendo o café o carrochefe das exportações Por outro lado o início do governo Vargas em 1930 marcou uma evidente quebra dessa ligação com a agricultura A alternativa apresentada por Vargas consistiu em ampliar a variedade de setores da economia brasileira por meio de um planejamento deliberado e avançado para industrialização A formação da classe trabalhadora durante a Primeira República era vista como majoritariamente composta por trabalhadores brancos do setor fabril e do sexo masculino No entanto essa representação distorcia a verdade em diversos aspectos Os homens predominavam nos setores de manufatura e indústria Mesmo assim as mulheres desempenharam um papel significativo na força de trabalho principalmente nos setores têxtil e de vestuário chegando a ser a maioria em determinados locais No que diz respeito a parte social os dois períodos são caracterizados por grandes disparidades sociais evidenciadas pela marginalização de diversos setores da sociedade tanto nas áreas rurais quanto urbanas Ao longo da Primeira República a estrutura da sociedade no Brasil era organizada de maneira hierárquica onde as classes elite do campo dominavam e uma grande parcela da população de trabalhadores rurais e urbanos ficava à margem A exclusão política era extremamente presente para a maioria das pessoas principalmente para aqueles que não sabiam ler nem escrever que eram a maioria da população brasileira ao passo que o sistema eleitoral era manipulado pelas elites locais por meio do coronelismo e do voto de cabresto Nos centros urbanos a população trabalhadora sofria com a falta de garantia de seus direitos e era subjugada a condições de trabalho extremamente precárias A busca por estruturar movimentos sindicais e lutar por benefícios aprimorados era constantemente reprimida de forma violenta pelas autoridades governamentais A maioria esmagadora dos imigrantes tem origem no campo sem qualquer histórico sindical ou político prévio A possibilidade de melhorar de vida e as divergências culturais tanto entre os diversos grupos de imigrantes quanto com os trabalhadores locais muitas vezes levam a conflitos étnicos tornando a organização sindical uma tarefa desafiadora Além das dificuldades oriundas da interação entre diferentes grupos étnicos que não compartilham um idioma comum também existem conflitos entre os grupos estabelecidos há mais tempo nas cidades brasileiras e os recémchegados A união dos trabalhadores independentemente de serem qualificados ou não era uma característica proeminente no Brasil durante a Primeira República A quantidade de sindicatos formados era mais notável durante épocas de crescimento do movimento operário quando a boa situação econômica proporcionava mais poder de negociação aos trabalhadores e as greves tinham maior probabilidade de êxito Em reação à marginalização social e política que persistiu mesmo após a instauração da República grande parte dos grupos organizados da classe trabalhadora dedicou seus esforços à batalha por garantias sociais No entanto as motivações para priorizar os direitos sociais muitas vezes de maneira isolada e em detrimento da busca por direitos políticos diferem significativamente entre as diversas vertentes do movimento trabalhista São evidentes entre os movimentos que por motivos diferentes buscam defender os direitos sociais tanto as ações pontuais e restritas do positivismo entre os trabalhadores quanto a representação mais evidente do sindicalismo durante a Primeira República que se caracterizou pelo sindicalismo revolucionário A exclusão social e a desigualdade persistiram em parte durante o início do governo de Vargas mesmo com as alterações que estavam sendo implementadas Vargas teve que enfrentar o desafio de lidar com uma classe operária urbana cada vez mais atuante e estruturada em parte devido ao aumento da industrialização Mesmo com as transformações implementadas por Vargas que trouxeram novos benefícios para os trabalhadores a desigualdade social continuou presente na estrutura da sociedade brasileira A qualidade de vida da maior parte da sociedade ainda era precária e a disparidade na distribuição de renda permaneceu muito alta Apesar da implementação de políticas trabalhistas diversos trabalhadores principalmente os do campo permaneciam excluídos desses amparos permanecendo em uma condição de fragilidade social No entanto a gestão inicial de Vargas se diferencia da administração da Primeira República no que diz respeito à interação entre o governo e os trabalhadores Vargas adotou várias medidas sociais que modificaram significativamente essa interação estabelecendo um novo acordo social entre o governo e os trabalhadores O surgimento das normas trabalhistas exemplificado pela implementação da Consolidação das Leis do Trabalho trouxe uma mudança importante na realidade brasileira estabelecendo garantias que não existiam durante o período da Primeira República Tais leis asseguravam direitos como o salário mínimo restrição da jornada de trabalho e prevenção contra demissões injustas proporcionando ao trabalhador das cidades uma nova perspectiva na hierarquia social Adicionalmente Vargas estabeleceu órgãos como o Ministério do Trabalho os quais se transformaram em ferramentas para a execução e verificação dessas medidas ampliando a importância do Governo na regulação das relações entre empregadores e empregados No entanto essas mudanças não foram impulsionadas exclusivamente por um anseio por equidade social Seu objetivo era também regular e estruturar a mobilização dos trabalhadores inserindoos no contexto do nacionalismo e do desenvolvimento proposto por Vargas Vargas visava minar a presença de movimentos sindicais extremistas e comunistas que poderiam representar uma ameaça à estabilidade social e política ao assegurar direitos trabalhistas Dessa forma o governo de Vargas criou uma dinâmica de proteção e supervisão em relação aos trabalhadores proporcionando vantagens em troca de fidelidade e obediência Essa tática foi implementada através do corporativismo no qual os sindicatos eram oficialmente reconhecidos e controlados pelo governo que ao mesmo tempo em que garantia benefícios restringia a liberdade dos trabalhadores em defender seus direitos Analisando de forma política eram realizados diversos acordos entre as classes dominantes locais especialmente as oligarquias presentes em São Paulo e Minas Gerais um pacto político conhecido como política do café com leite Esse mecanismo assegurava a rotação do poder político entre essas duas áreas demonstrando a influência econômica das classes dominantes ligadas ao café e a sustentação de um sistema federal que promovia a independência das regiões As elites regionais através do fenômeno do coronelismo dominavam as eleições garantindo que o controle político permanecesse com indivíduos que apoiassem a manutenção da situação agrária e regional Diferentemente da Primeira República Vargas escolheu centralizar o poder de forma direta e autoritária fazendo uso do Estado como meio para impor sua vontade política e dominar as elites regionais Ele buscou priorizar os interesses nacionais em detrimento dos interesses locais implementando diversas ações que reduziram significativamente a independência dos estados Com a ascensão de Vargas ao poder após a Revolução de 1930 deuse início ao movimento de concentração rompendo com a estrutura oligárquica anterior e encerrando a prática política conhecida como café com leite A concentração de poder se agravou com a implantação do Estado Novo em 1937 momento em que Vargas estabeleceu um governo autoritário que representou uma quebra total com o sistema político da Primeira República O sistema federalista controlado por poucos foi trocado por um governo extremamente centralizado e autoritário em que todas as instâncias de poder estavam submissas ao domínio direto do presidente Buscando centralizar o poder no Estado Vargas almejava concretizar um plano de modernização e industrialização que em seu entendimento somente seria viável por meio de um governo robusto e unificado apto a enfrentar as oposições regionais e locais Esta visão de autoridade diferente da divisão política da Primeira República tinha como objetivo principal a formação de um Estado unificado e competente capaz de guiar o Brasil em direção ao progresso econômico e social Dessa forma embora haja semelhanças em relação à importância da modernização econômica podemos observar claramente a diferença entre a dependência da agricultura na Primeira República e o foco na industrialização no governo Vargas Durante a Primeira República houve uma tentativa de expandir a economia através da agricultura mas o governo de Vargas mudou essa abordagem favorecendo a transição para um modelo econômico focado na industrialização e na redução das importações A desigualdade social ainda era uma realidade presente em diversos aspectos no entanto as mudanças nas leis trabalhistas durante o período de Vargas marcaram um progresso sem precedentes se comparado com a época da Primeira República caracterizada por altos índices de exclusão social Durante o governo de Vargas a implementação de direitos trabalhistas mesmo que de forma autoritária e corporativista representou uma mudança significativa nas relações trabalhistas no Brasil criando um acordo social que ao garantir direitos restringia a liberdade dos trabalhadores Durante a era da Primeira República predominava um federalismo oligárquico no qual os estados possuíam certa autonomia Por outro lado o governo de Vargas implementou uma centralização autoritária acabando com as estruturas regionais e estabelecendo um regime ditatorial no período do Estado Novo Portanto podemos destacar a importância de Getúlio Vargas para o crescimento econômico do país A primeira república teve sua importância devido ao rompimento com o sistema monárquico No entanto foi um período marcado por muitos favorecimentos principalmente com a elite agrária Infelizmente o Brasil ao longo de sua formação econômica teve grandes problemas estruturais o que leva a muitos autores a apontarem que os problemas atuais em nossa sociedade ainda são frutos do nosso passado REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BATALHA Claudio H M O movimento operário na primeira república Rio de Janeiro Jorge Zahar c2000 NC 33180981 B328m 2000 CARVALHO José Murilo Os bestializados o Rio de Janeiro e a República que não foi Rio de Janeiro Cia das Letras 1987 NC 981051 C331b 1987 FERREIRA Jorge e DELGADO Lucília Neves O Brasil Republicano Rio de Janeiro Editora Civilização Brasileira 2006 NC 98105 B823t FURTADO Celso Formação econômica do Brasil 29 ed São Paulo Companhia Editora Nacional 1999 PRADO JUNIOR Caio História Econômica do Brasil São Paulo Brasiliense1970 NAPOLITANO Marcos História do Brasil República da queda da Monarquia ao fim do Estado Novo São Paulo Contexto 2017 NC 98105 N216h 2017