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EBook Apostila Modelo clássico de determinação da renda A economia clássica e os economistas que a representam são um conjunto de ideias que surgiram como resposta aos preceitos defendidos pelo mercantilismo Dentre as doutrinas defendidas pelos mercantilistas duas serão alvo de forte crítica dos economistas clássicos 1 A riqueza das nações era derivada do acúmulo de metais preciosos principalmente o ouro e a prata Esse acúmulo poderia ser obtido por meio da balança comercial favorável para isso precisava da forte atuação do Estado na economia 2 Forte atuação do Estado na economia sobretudo nas relações de comércio internacional A primeira crítica aos mercantilistas era quanto ao crescimento da economia ser fruto do aumento do estoque de fatores de produção e de progresso tecnológico para esses economistas a moeda era um mero instrumento de troca A segunda é que o interesse individual deveria prevalecer deixando o mercado sem as amarras intervencionistas do governo livre mercado o que faria com que a economia prosperasse 2 16 EBook Apostila Leia o artigo para aprofundar o conhecimento na lei de Say que é uma das fundamentações teóricas do modelo clássico de determinação da renda Caso a lei de Say seja válida como se explica as crises de 1929 e 2008 Abrir pdf Uma vez que o crescimento econômico era fruto do aumento do estoque de fatores de produção e do progresso econômico os economistas clássicos se preocupavam em compreender a oferta agregada dando pouca ou quase nenhuma atenção à demanda agregada Diante disso estudaremos esses dois lados do mercado oferta e demanda agregada para conseguir compreender o equilíbrio de mercado posteriormente veremos como a política econômica com destaque à política monetária afeta a economia Estudo Guiado Leia o trecho das páginas 105 a 126 do livro Manual de Macroeconomia nível básico e nível intermediário Clique no link e leia o livro LOPEZ L M VASCONCELLOS M A S Manual de Macroeconomia nível básico e nível intermediário 3 ed São Paulo Atlas 2008 Abrir pdf 3 16 EBook Apostila 5 Modelo clássico de determinação da renda EBook Apostila Esse arquivo é uma versão estática Para melhor experiência acesse esse conteúdo pela mídia interativa Ao final deste conteúdo você será capaz de compreender como a oferta é determinada na economia clássica analisar as relações entre demanda agregada e a teoria quantitativa da moeda perceber os impactos da política econômica no equilíbrio Oferta da economia I a função de produção A função de produção agregada é o ponto de partida para analisarmos o modelo clássico Mas o que é uma função de produção É uma relação entre o nível de produto Y e o nível de fatores de produção insumos utilizados dado um nível de tecnologia Matematicamente podemos expressar a função de produção da seguinte maneira Y fK N K estoque de capital dado N estoque de mão de obra Como estamos fazendo uma análise de curto prazo mantemos um dos fatores de produção fixo capital e o outro varia mão de obra FROYEN 2012 É importante salientar que a partir da função de produção podemos estabelecer que o produto marginal do trabalho é decrescente Podemos ver essa relação na figura a seguir FIGURA 1 Função de Produção e Produto Marginal do Trabalho a Função produção Como observado anteriormente a produção Y aumenta na medida em que aumenta a quantidade de mão de obra empregada no processo produtivo embora cada vez a taxas menores conforme apresentado pelo produto marginal do trabalho Logo é importante entendermos a quantidade de mão de obra que será empregada Oferta da economia II o mercado de trabalho Froyen 2012 aponta que uma das características mais relevantes no modelo clássico é de que o mercado de trabalho funciona de maneira perfeita as firmas e os trabalhadores maximizam suas funções há informação perfeita sobre os principais preços da economia e não há barreiras para ajustes no salário Como todo mercado para analisarmos o equilíbrio temos que estudar a demanda e a oferta A demanda por trabalhadores é estabelecida pelas empresas firmas No modelo clássico as firmas atuam em um mercado de concorrência perfeita buscando a maximização do lucro Froyen 2012 afirma que uma firma em concorrência perfeita aumentará o seu nível de produção até o ponto no qual o custo marginal de produzir uma unidade a mais do produto se iguale à receita marginal advinda desse produto a mais Nos modelos de concorrência perfeita a receita marginal é igual ao preço do produto P enquanto o custo marginal é o valor pago ao único insumo relevante no modelo mão de obra ou seja a razão entre o salário nominal e a quantidade de produto produzida por essa unidade de trabalho Matematicamente temos P wPMN Multiplicando em cruz temos que PMN wP Nas palavras de Froyen 2012 p 57 a firma contratará até o ponto em que o produto adicional obtido pela contratação de mais um trabalhador PMN seja exatamente igual ao salário real WP pago para contratar esse trabalhador A conclusão a que chegamos é de que a demanda por trabalho está inversamente relacionada ao salário o que resultará em uma curva de demanda por mão de obra negativamente inclinada em virtude da lei dos rendimentos decrescentes Determinada a demanda por mão de obra precisamos estabelecer como será estabelecida a oferta de mão de obra A oferta de trabalho é determinada pelos trabalhadores individuais assim como as empresas os trabalhadores procuram maximizar sua utilidade ou nível de satisfação A utilidade do trabalhador tem relação positiva com a renda real que mede o poder de compra de bens e serviços e também o lazer Contudo podemos perceber que há um conflito entre a renda real e o lazer uma vez que para ter uma renda real mais elevada o trabalhador deve abrir mão de lazer Podemos verificar essa relação na figura a seguir FIGURA 2 Decisão individual de oferta de trabalho a Tradeoff rendalazer WP440 24 96 WP3 30 24 72 WP220 24 48 24 horas de lazer b Curva de oferta de trabalho 40 30 20 Horas de trabalho por dia FROYEN 2012 ADAPTADA Portanto a oferta agregada de trabalho tem relação direta com o salário real Froyen 2012 p 61 aponta que essa curva de oferta de trabalho merece dois destaques sendo que a variável salário é o salário real A oferta de trabalho é determinada pelo salário real não pelo salário monetário O trabalhador recebe utilidade em última instância do consumo e ao tomar a decisão trabalholazer ele está preocupado com o poder de compra de bens e serviços que lhe é dado por uma unidade de trabalho Em segundo lugar a curva de oferta de trabalho tem inclinação positiva supõese que mais trabalho é ofertado com salários reais mais altos Essa relação reflete o fato de que um salário real mais alto significa um preço maior para o lazer em termos de renda não realizada Equilíbrio e curva de oferta agregada clássica Até o momento podemos reescrever as relações que estabelecemos anteriormente Y fKN função de produção agregada Nd fWP curva de demanda por trabalho Ns fWP curva de oferta por trabalho Nd Ns condição de equilíbrio no mercado de trabalho A partir dessas quatro relações conseguimos determinar o produto o emprego e o salário real de equilíbrio O equilíbrio é dado conforme a figura a seguir FIGURA 3 Determinação do produto e do emprego no modelo clássico a Equilíbrio do mercado de trabalho b Determinação do produto FROYEN 2012 ADAPTADA Froyen 2012 afirma que os fatores que determinam o produto e o nível de emprego estão relacionadas a fatores que alteram a curva de demanda por mão de obra fatores que alteram a curva de oferta por mão de obra fatores que afetam a posição da função de produção agregada Vamos analisar a interrelação entre esses fatores Froyen 2012 aponta que a função de produção sofre deslocamentos por conta de modificações técnicas A curva de demanda por trabalho é o produto marginal do trabalho inclinação da função de produção que sofrerá alterações se a produtividade do trabalho mudar por conta de mudanças técnicas eou formação de capital A oferta de trabalho sofreria alteração se houvesse mudanças no tamanho da população eou mudanças nas preferências dos trabalhadores mais trabalho e menos lazer e viceversa Diante disso podemos afirmar que o nível do produto da economia é determinado por fatores ligados à oferta agregada que pode ser vista a seguir FIGURA 4 Curva de oferta agregada clássica A demanda agregada no modelo clássico Uma vez estabelecido que o produto e o nível de emprego são determinados pela oferta agregada para os clássicos a demanda agregada tem um papel secundário para esses economistas Froyen 2012 afirma que para a compreensão do nível de preços no modelo clássico precisamos compreender mais profundamente o papel que a moeda desempenha Para esses economistas a quantidade de moeda é que determina a demanda agregada e esta determinará o nível de preços A análise da moeda e de suas influências na economia iniciase por meio da teoria quantitativa da moeda já vista anteriormente Tal teoria pode ser apresentada da seguinte maneira MV PY M oferta monetária V velocidade de circulação da moeda P nível de preço Y produção corrente Curiosidade A velocidade em que a moeda circula em transações do PIB durante um determinado período ou seja o número médio de vezes que cada unidade monetária é usada em transações incluídas no PIB FROYEN 2012 Uma vez que a velocidade de circulação é dada no curto prazo assim como o produto estabelecido conforme visto anteriormente temos que a oferta de moeda e o nível de preços caminham na mesma direção Desse modo a quantidade de moeda determina o nível de preços Froyen 2012 aponta que a teoria quantitativa da moeda é uma teoria implícita da demanda agregada no modelo clássico A figura a seguir mostra a construção da demanda agregada a partir da teoria quantitativa da moeda Do exposto acima podemos afirmar que o aumento na oferta de moeda provoca o deslocamento da curva de demanda agregada para a direita Equilíbrio e efeito da política monetária Unindo as duas curvas em uma figura única temos a determinação do equilíbrio no modelo clássico e como a política econômica afeta as variáveis do modelo Podemos perceber que aumentos na quantidade de moeda provocam deslocamento da curva de demanda agregada para cima isso provoca um aumento no nível de preços sem que haja qualquer alteração no produto da economia Logo uma política monetária expansionista só gerará inflação A determinação da taxa de juros e a política fiscal Para os economistas clássicos os componentes da demanda agregada consumo investimentos e gastos do governo são os principais determinantes da taxa de juros Esta por sua vez é o fator primordial para compreender que mudanças exógenas em componentes específicos da demanda não afetam a demanda agregada FROYEN 2012 Mas o que é a taxa de juros de equilíbrio para os economistas clássicos É o resultado da igualdade entre o montante de recursos que os indivíduos desejam emprestar e o montante de recursos que os indivíduos desejam tomar emprestado Por simplicidade consideramos que o empréstimo aqui seja vender um título padrão promessa de pagar um determinado montante no futuro FROYEN 2012 Quem fornece esses títulos As firmas para financiar os seus gastos com investimento e o governo para financiar os gastos quando estes forem maiores do que as receitas tributárias As questões ligadas ao déficit público são exógenas de política econômica Já os investimentos que as empresas fazem é função da rentabilidade esperada determinada pelas expectativas de demanda pelo produto que são exógenas e inversamente com a taxa de juros Froyen 2012 aponta que a oferta no mercado de títulos tomada de empréstimos tem gasto do governo exógeno e em empresas a oferta de títulos é igual ao nível de investimentos Em contrapartida a demanda por títulos está com os poupadores individuais que adquirem os títulos essa poupança tem relação positiva com a taxa de juros uma vez que poupança para os clássicos é adiar consumo presente para ter consumo futuro Logo conseguimos estabelecer a determinação da taxa de juros no modelo clássico Conforme observado a política fiscal não afetará o equilíbrio do produto do emprego e o nível de preços No entanto ela é capaz de alterar a taxa de juros A partir do gráfico a seguir um aumento nos gastos do governo financiado pela venda de títulos públicos provoca uma elevação na taxa de juros FIGURA 8 Política fiscal expansionista no modelo clássico Recurso Externo Recurso é melhor visualizado no formato interativo Referências EBook Apostila Bibliográficas FROYEN R T Macroeconomia teorias e aplicações 2 ed São Paulo Editora Saraiva 2012 Disponível em httpsintegradaminhabibliotecacombrbooks9788502175235 Acesso em 20 jul 2022 MOREIRA R R A derrota da lei de Say elementos teóricos fundamentais e algumas implicações metodológicas e dinâmicas Revista de Economia Contemporânea Rio de Janeiro v 9 n 2 p 411431 mioago 2005
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importante salientar que a partir da função de produção podemos estabelecer que o produto marginal do trabalho é decrescente Podemos ver essa relação na figura a seguir FIGURA 1 Função de Produção e Produto Marginal do Trabalho a Função produção Como observado anteriormente a produção Y aumenta na medida em que aumenta a quantidade de mão de obra empregada no processo produtivo embora cada vez a taxas menores conforme apresentado pelo produto marginal do trabalho Logo é importante entendermos a quantidade de mão de obra que será empregada Oferta da economia II o mercado de trabalho Froyen 2012 aponta que uma das características mais relevantes no modelo clássico é de que o mercado de trabalho funciona de maneira perfeita as firmas e os trabalhadores maximizam suas funções há informação perfeita sobre os principais preços da economia e não há barreiras para ajustes no salário Como todo mercado para analisarmos o equilíbrio temos que estudar a demanda e a oferta A demanda por trabalhadores é estabelecida pelas empresas firmas No modelo clássico as firmas atuam em um mercado de concorrência perfeita buscando a maximização do lucro Froyen 2012 afirma que uma firma em concorrência perfeita aumentará o seu nível de produção até o ponto no qual o custo marginal de produzir uma unidade a mais do produto se iguale à receita marginal advinda desse produto a mais Nos modelos de concorrência perfeita a receita marginal é igual ao preço do produto P enquanto o custo marginal é o valor pago ao único insumo relevante no modelo mão de obra ou seja a razão entre o salário nominal e a quantidade de produto produzida por essa unidade de trabalho Matematicamente temos P wPMN Multiplicando em cruz temos que PMN wP Nas palavras de Froyen 2012 p 57 a firma contratará até o ponto em que o produto adicional obtido pela contratação de mais um trabalhador PMN seja exatamente igual ao salário real WP pago para contratar esse trabalhador A conclusão a que chegamos é de que a demanda por trabalho está inversamente relacionada ao salário o que resultará em uma curva de demanda por mão de obra negativamente inclinada em virtude da lei dos rendimentos decrescentes Determinada a demanda por mão de obra precisamos estabelecer como será estabelecida a oferta de mão de obra A oferta de trabalho é determinada pelos trabalhadores individuais assim como as empresas os trabalhadores procuram maximizar sua utilidade ou nível de satisfação A utilidade do trabalhador tem relação positiva com a renda real que mede o poder de compra de bens e serviços e também o lazer Contudo podemos perceber que há um conflito entre a renda real e o lazer uma vez que para ter uma renda real mais elevada o trabalhador deve abrir mão de lazer Podemos verificar essa relação na figura a seguir FIGURA 2 Decisão individual de oferta de trabalho a Tradeoff rendalazer WP440 24 96 WP3 30 24 72 WP220 24 48 24 horas de lazer b Curva de oferta de trabalho 40 30 20 Horas de trabalho por dia FROYEN 2012 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Ns condição de equilíbrio no mercado de trabalho A partir dessas quatro relações conseguimos determinar o produto o emprego e o salário real de equilíbrio O equilíbrio é dado conforme a figura a seguir FIGURA 3 Determinação do produto e do emprego no modelo clássico a Equilíbrio do mercado de trabalho b Determinação do produto FROYEN 2012 ADAPTADA Froyen 2012 afirma que os fatores que determinam o produto e o nível de emprego estão relacionadas a fatores que alteram a curva de demanda por mão de obra fatores que alteram a curva de oferta por mão de obra fatores que afetam a posição da função de produção agregada Vamos analisar a interrelação entre esses fatores Froyen 2012 aponta que a função de produção sofre deslocamentos por conta de modificações técnicas A curva de demanda por trabalho é o produto marginal do trabalho inclinação da função de produção que sofrerá alterações se a produtividade do trabalho mudar por conta de mudanças técnicas eou formação de capital A oferta de trabalho sofreria alteração se houvesse mudanças no tamanho da população eou mudanças nas preferências dos trabalhadores mais trabalho e menos lazer e viceversa Diante disso podemos afirmar que o nível do produto da economia é determinado por fatores ligados à oferta agregada que pode ser vista a seguir FIGURA 4 Curva de oferta agregada clássica A demanda agregada no modelo clássico Uma vez estabelecido que o produto e o nível de emprego são determinados pela oferta agregada para os clássicos a demanda agregada tem um papel secundário para esses economistas Froyen 2012 afirma que para a compreensão do nível de preços no modelo clássico precisamos compreender mais profundamente o papel que a moeda desempenha Para esses economistas a quantidade de moeda é que determina a demanda agregada e esta determinará o nível de preços A análise da moeda e de suas influências na economia iniciase por meio da teoria quantitativa da moeda já vista anteriormente Tal teoria pode ser apresentada da seguinte maneira MV PY M oferta monetária V velocidade de circulação da moeda P nível de preço Y produção corrente Curiosidade A velocidade em que a moeda circula em transações do PIB durante um determinado período ou seja o número médio de vezes que cada unidade monetária é usada em transações incluídas no PIB FROYEN 2012 Uma vez que a velocidade de circulação é dada no curto prazo assim como o produto estabelecido conforme visto anteriormente temos que a oferta de moeda e o nível de preços caminham na mesma direção Desse modo a quantidade de moeda determina o nível de preços Froyen 2012 aponta que a teoria quantitativa da moeda é uma teoria implícita da demanda agregada no modelo clássico A figura a seguir mostra a construção da demanda agregada a partir da teoria quantitativa da moeda Do exposto acima podemos afirmar que o aumento na oferta de moeda provoca o deslocamento da curva de demanda agregada para a direita Equilíbrio e efeito da política monetária Unindo as duas curvas em uma figura única temos a determinação do equilíbrio no modelo clássico e como a política econômica afeta as variáveis do modelo Podemos perceber que aumentos na quantidade de moeda provocam deslocamento da curva de demanda agregada para cima isso provoca um aumento no nível de preços sem que haja qualquer alteração no produto da economia Logo uma política monetária expansionista só gerará inflação A determinação da taxa de juros e a política fiscal Para os economistas clássicos os componentes da demanda agregada consumo investimentos e gastos do governo são os principais determinantes da taxa de juros Esta por sua vez é o fator primordial para compreender que mudanças exógenas em componentes específicos da demanda não afetam a demanda agregada FROYEN 2012 Mas o que é a taxa de juros de equilíbrio para os economistas clássicos É o resultado da igualdade entre o montante de recursos que os indivíduos desejam emprestar e o montante de recursos que os indivíduos desejam tomar emprestado 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conseguimos estabelecer a determinação da taxa de juros no modelo clássico Conforme observado a política fiscal não afetará o equilíbrio do produto do emprego e o nível de preços No entanto ela é capaz de alterar a taxa de juros A partir do gráfico a seguir um aumento nos gastos do governo financiado pela venda de títulos públicos provoca uma elevação na taxa de juros FIGURA 8 Política fiscal expansionista no modelo clássico Recurso Externo Recurso é melhor visualizado no formato interativo Referências EBook Apostila Bibliográficas FROYEN R T Macroeconomia teorias e aplicações 2 ed São Paulo Editora Saraiva 2012 Disponível em httpsintegradaminhabibliotecacombrbooks9788502175235 Acesso em 20 jul 2022 MOREIRA R R A derrota da lei de Say elementos teóricos fundamentais e algumas implicações metodológicas e dinâmicas Revista de Economia Contemporânea Rio de Janeiro v 9 n 2 p 411431 mioago 2005