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Economia ·

Macroeconomia 1

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2 Mercado monetário EBook Apostila Esse arquivo é uma versão estática Para melhor experiência acesse esse conteúdo pela mídia interativa Mercado monetário Nesta unidade estudaremos o mercado monetário e como ponto de partida iremos conhecer a evolução histórica da moeda O que faz algo se tornar moeda Quais são as características que um determinado objeto precisa ter para se tornar moeda Por que existem moedas Posteriormente iremos apresentar e compreender os agregados monetários e quais as suas relações com a liquidez Por fim estudaremos as razões pelas quais demandase moedas para tanto utilizaremos as abordagens clássicas e neoclássicas de demanda por moeda além da teoria keynesiana Estudo Guiado Economia Monetária e Financeira Teoria e Prática páginas 1 a 25 Clique no link e leia o livro CARVALHO F Economia Monetária e Financeira Teoria e Política São Paulo Grupo GEN 2015 Problema A MMT é uma alternativa às teorias monetárias convencionais A partir do texto leitura completa aponte possíveis pontos de convergência e pontos de divergência entre a MMT e teorias convencionais Ao término da leitura você terá dentro do seu portfólio de conhecimento mais uma teoria monetária para fazer suas análises econômicas Abrir pdf Ao final deste conteúdo você será capaz de compreender o que é moeda e os agregados monetários compreender a teoria quantitativa da moeda e sua relação com a inflação compreender a teoria keynesiana de demanda por moeda Moeda origens funções e características Uma pergunta corrente até de não economistas é sobre o que é moeda Embora existam diversas formas de apresentar uma definição escolhemos aquela apresentada por Carvalho 2015 p 1 quando o autor afirma que a moeda é um objeto que responde a uma necessidade social decorrente da divisão do trabalho A divisão social do trabalho característica da economia capitalista moderna especializou as unidades de produção e indivíduos Os agentes econômicos se tornaram assim extremamente interdependentes Diante dessa definição percebemos que a moeda é um facilitador de trocas sem a sua existência a vida econômica das sociedades seria pouco dinâmica com demoras na concretização de transações econômicas A moeda elimina o que é conhecido como necessidade da coincidência de desejos Exemplo Considere que você tenha um excedente de cervejas e que você deseja carnes Sem a existência de moeda para que você consiga a carne você precisa encontrar alguém que tenha um excedente de carne e que deseje a sua cerveja como pagamento para a carne que ele possui É possível mas demandaria um tempo enorme para realizar a coincidência de desejos Portanto a troca por meio da intermediação monetária separa as transações comerciais em dois atos um ato de compra e um ato de venda formando o chamado sistema de trocas indiretas E é a partir desse sistema que temos as funções da moeda CARVALHO 2015 De maneira genérica a moeda tem três funções 1 A partir do momento em que a existência da moeda separa as transações em dois atos permitindo que compras e vendas sejam feitas em momentos distintos ela funciona como meio de pagamento ou meio de troca 2 A moeda funciona também como unidade de conta ou seja ela expressa a ideia de valor da quantidade de moeda que é capaz de liquidar qualquer dívida contratual 3 Por fim a moeda é uma reserva de valor ou seja a posse da moeda garante ao seu detentor o poder de compra para qualquer período futuro A moeda para desempenhar suas atribuições depende de algumas características que são imprescindíveis Existem características físicas e econômicas que são fundamentais para o exercício das três funções básicas CARVALHO 2015 Dentre as características físicas a moeda deve ser divisível poder de ser fracionada em múltiplos e submúltiplos durável manter suas características físicas difícil de falsificar manuseável e transportável CARVALHO 2015 Pelo lado das características econômicas destacamse os custos de estocagem e de transação muito baixos próximos de zero Por essa razão as commodities agrícolas dificilmente seriam uma moeda pois seu custo de estocagem não é baixo CARVALHO 2015 Meios de pagamento definições e conceitos Meios de pagamento são sinônimos de oferta de moeda Logo definir o que são meios de pagamento e classificálos é o primeiro passo para estabelecermos a oferta monetária de uma economia Vasconcellos 2015 p 302 afirma que meio de pagamento é definido como o estoque de moeda disponível para uso da coletividade setor privado não bancário a qualquer momento Os meios de pagamento M são divididos em duas grandes categorias saldo em moeda em poder do público PP ou moeda manual e o saldo dos depósitos à vista DV ou moeda escritural ou mesmo moeda bancária VASCONCELLOS 2015 M PP DV A moeda manual é a diferença entre o total de moeda emitida e a quantidade de moeda que fica retida no Banco Central e nos Bancos Comerciais dessa definição decorre o conceito de moeda em circulação VASCONCELLOS 2015 Há outras formas de se conceituar os meios de pagamento Existem os haveres monetários e os haveres não monetários os primeiros são aqueles ativos que possuem a máxima liquidez e não rendem juros os segundos são ativos que rendem juros e possuem elevada liquidez mas não imediata VASCONCELLOS 2015 M1 moeda em poder do público depósito à vista nos bancos comerciais M2 M1 depósitos em poupança títulos privados M3 M2 fundos de renda fixa operações compromissadas com títulos federais M4 M3 títulos públicos federais A teoria clássica de demanda por moeda A Teoria Quantitativa da Moeda TQM Os debates econômicos sobre economia monetária nos séculos XVIII e XIX eram centrados principalmente no que concerne à necessidade ou não de controles monetários e creditícios e suas implicações para o nível de preços e o nível de atividade econômica e consequentemente no nível de emprego CARVALHO 2015 Os economistas clássicos costumam adotar a Teoria Quantitativa da Moeda TQM para verificar essa relação Uma definição interessante do que é essa teoria é encontrada em Carvalho 2015 p 29 quando o autor afirma que A teoria quantitativa da moeda TQM estabelece que os preços variam diretamente com a quantidade de moeda em circulação considerando que a velocidade de circulação da moeda e o volume de transações com bens e serviços não se alteram Outra forma de expressar a TQM é dizer que uma mudança no estoque de moeda num certo período de tempo não tem efeito permanente sobre as variáveis reais mas resulta em uma mudança proporcional nos preços dos bens e serviços A partir dessa definição apresentamos a versão tradicional da TQM que foi formulada inicialmente por Newcomb 1885 e formalizada por Irving Fisher 1911 O autor parte da ideia de estabelecer uma identidade entre o total de pagamentos em moeda e a quantidade de bens e serviços que são transacionados na economia CARVALHO 2015 Para tal assumese a premissa de que em todo ato de compra ou venda de um bem ou serviço o pagamento em moeda e o valor desse bem ou serviço são iguais Portanto o ponto crucial é a troca de um agente econômico que fornece um bem ou um serviço para outro em troca de moeda CARVALHO 2015 Logo temos MV PT M quantidade de moeda em circulação V velocidade circulação da moeda P preços correspondentes dos bens e serviços T quantidade de transações físicas de bens e mercadorias O lado direito da equação representa os bens e serviços transacionados o lado esquerdo representa o total de moedas utilizadas para fazer essas transações Posteriormente houve a substituição do T quantidade de transações físicas de bens e mercadorias pelo próprio PIB representado pela letra Y MV PY Carvalho 2015 p 31 finaliza dizendo que Em síntese a teoria quantitativa diz que uma vez que a velocidade de circulação e o volume de comércio sejam constantes um aumento na quantidade de moeda em circulação faz com que os preços aumentem na mesma proporção A TQM se apoia portanto na ideia fundamental de que a moeda não tem nenhum poder de satisfazer os desejos humanos exceto o poder de comprar bens e serviços A moeda é apenas um meio de troca usado como ponte do hiato entre recebimentos e gastos dos agentes A teoria keynesiana de demanda por moeda A teoria keynesiana só é possível de ser compreendida a partir da aceitação de que a moeda e a política monetária influenciam nas variáveis reais ou seja a moeda não é neutra nem no curto e nem no longo prazo Para Keynes a moeda não é um simples facilitador de trocas como apregoavam os clássicos baseandose na Lei de Say para o autor a moeda também funciona como uma reserva de valor pois ela consegue carregar riqueza ao longo do tempo Portanto a moeda possui uma dupla função meio de pagamento e riqueza ao seu detentor CARVALHO 2015 O retorno financeiro da moeda seria o chamado prêmio de liquidez pois é o ativo mais líquido dentre todos em uma economia Logo em uma economia monetária a moeda deve ser tratada como um ativo CARVALHO 2015 Uma das características da economia monetária é o elevado grau de incerteza com relação ao futuro diante dessa incerteza a moeda e a liquidez atribuída a ela têm papel fundamental na capacidade de tranquilizar os agentes econômicos com relação ao futuro quanto maior o grau de incerteza maior deverá ser a demanda por moeda CARVALHO 2015 É a partir dessas concepções que decorre a teoria da preferência pela liquidez peça central na crítica keynesiana à teoria clássica no que diz respeito à taxa de juros Para os economistas clássicos a taxa de juros seria o preço de equilíbrio da demanda por poupança investimentos e a oferta de poupança Keynes critica essa proposição afirmando que a taxa de juros é o prêmio que o agente econômico recebe por abrir mão da liquidez em suma é a recompensa por não entesourar Logo a taxa de juros é um fenômeno estritamente monetário CARVALHO 2015 Carvalho 2015 p 46 resume a teoria keynesiana de demanda por moeda como em síntese a moeda para Keynes é uma forma de riqueza e a taxa de juros o preço que guia a escolha entre as formas líquida e ilíquida de riqueza ao invés da escolha entre consumo presente e consumo futuro concebida pela teoria clássica Quais são as razões para os agentes econômicos demandarem moeda Keynes aponta quatro razões motivotransação motivoprecaução motivoespeculação motivofinanceiro O motivotransação versa sobre a demanda por moeda para a realização de um ato definido de compra Essa demanda depende fundamentalmente da renda do agente econômico das compras projetadas e dos hábitos de pagamentos do consumidor CARVALHO 2015 O motivoprecaução aponta que os agentes econômicos podem demandar moeda para atender a contingências inesperadas ou até mesmo oportunidades que não estavam previstas Daí decorre o papel da moeda como um ativo que transporta valor ao longo do tempo CARVALHO 2015 O motivoespeculação está relacionado à incerteza do comportamento futuro da taxa de juros por isso diretamente ligado à política monetária Graficamente podemos verificar a demanda por moeda pelo motivo especulação FIGURA 1 Demanda por moeda motivo especulação CARVALHO 2015 ADAPTADA A curva de preferência pela liquidez mostra que a demanda por moeda é inversamente relacionada com a taxa de juros a demanda aumenta à medida que a taxa de juros diminui e viceversa A partir de um determinado momento a curva de preferência pela liquidez tornase horizontal mostrando que a demanda por moeda é infinitamente elástica caso conhecido como armadilha pela liquidez CARVALHO 2015 FIGURA 2 Armadilha da liquidez Gráfico ilustrado com curvas de demanda e oferta de moeda em relação à taxa de juros e quantidade de moeda Por fim há o motivo financeiro apontando que agentes demandam moeda de maneira antecipada para fazer frente a uma despesa discricionária planejada esse tipo de gasto é elevado e pouco usual como a aquisição de um bem de capital A satisfação desta demanda pode acontecer pela venda de bens e serviços ou de ativos líquidos pelo empresário ou pela tomada de crédito junto ao sistema bancário Portanto essa demanda dependerá da taxa de investimento da economia CARVALHO 2015 Vídeo Clique aqui para abrir o vídeo Recurso Externo Recurso é melhor visualizado no formato interativo Referências Bibliográficas CARVALHO F Economia Monetária e Financeira Teoria e Política São Paulo Grupo GEN 2015 Disponível na Minha Biblioteca FROYEN R T Macroeconomia teorias e aplicações 2 ed São Paulo Editora Saraiva 2012 Disponível na Minha Biblioteca VASCONCELLOS M A S D ECONOMIA Micro e Macro São Paulo Grupo GEN 2015 Disponível na Minha Biblioteca