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Administração Financeira
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Texto de pré-visualização
1 Introduc ao as Financas Empresariais Objetivos Conhecer os tipos basicos de decisoes de gestao financeira e o papel do gestor financeiro Conhecer as implicacoes financeiras das diferentes formas de organizacao empresarial Conhecer o objetivo da gestao financeira Entender os conflitos de interesses que podem surgir entre os proprietarios e gestores Entender os varios tipos de mercados financeiros 11 O que e Financas As financas sao definidas como a gestao do dinheiro e incluem atividades como investir tomar emprestimos emprestar orcamentar poupar e prever Existem trˆes tipos principais de financas 1 pessoais 2 corporativas e 3 publicasgovernamentais Financas trata das decisoes de investimento desses trˆes grupos de agentes que se relacionam me diante oferta e demanda de tıtulos no mercado de capitais Seu papel e assegurar o equilıbrio entre as necessidades e os excedentes de financiamento na economia Cada negocio consiste essencialmente em adquirir e dispor de ativos reais tangıveis e intangıveis e financeiros Dois objetivos dos negocios Aumentar a riqueza criar valor Usar a riqueza ativos a fim de melhor responder as necessidades econˆomicas Financeiramente uma decisao econˆomica reduzse a Avaliacao de ativos Administracao de ativos Avaliacao e a questao central de financas Determinar o valor Dois elementoschave em financas tempo e incerteza Ambos afetam o valor 111 Alguns princıpios unificadores em Financas A suposicao de um mercado financeiro perfeito Mercados competitivos Nao ha oportunidades de arbitragem no mercado financeiro in life you dont get something for nothing A Lei do Preco Unico Cada indivıduo ou grupo tem uma preferˆencia que e expressada por sua utilidade esperada 7 Robert Iquiapaza Financas Empresariais I 1 Introducao as Financas Empresariais 11 O que e Financas Suposicoes Mais caixa e melhor que menos incapacidade de satisfacao Caixa agora e preferido ao caixa futuro impaciˆencia Caixa seguro e preferido ao caixa arriscado aversao a risco Cada indivıduo ou agente otimiza sua utilidade Equilıbrio de mercado agentes determinam precos retornos dos ativos Fontes Berk DeMarzo Brealey Myers Allen 112 Teoria Financeira e Modelos Financeiros Embriao de Financas mercantilismo seculos XIII e XIV mudanca da maneira de produzir e distribuir riquezas Inıcio do seculo XX financas como campo de estudo sistematizado Decada de 1920 explosao de novas empresas Necessidade de fundos para financiamento Decada de 1930 recessao econˆomica de 1929 Recuperacao financeira e liquidez Decada de 1940 atividades dirigidas para o esforco de guerra Abordagem descritiva ponto de vista de investidores financiadores e parceiros externos O grande salto da teoria financeira aconteceu nos ultimos 60 anos Anos de 1950 Teoria da selecao de portfolio E a epoca da emergˆencia da formalizacao da relacao rentabilidaderisco do conceito de diversificacao e dos primeiros modelos de equilıbrio dos mer cados financeiros CAPM Grande expansao econˆomica Primeira ruptura no pensamento finan ceiro Anos 1960 e 1970 as nocoes de eficiˆencia e de arbitragem emergem e tornamse a pedra angular do modelo de avaliacao de opcoes e da analise da estrutura financeira de empresas Reducao da mar gem de retorno das empresas interesse pelos metodos de avaliacao de investimentos composicao da estrutura de capital Anos 1980 convergˆencia entre teoria financeira e teoria das organizacoes A empresa nao e mais tida por uma caixa pretae comecase a questionar os efeitos das assimetrias de informacao com a emergˆencia da teoria da agˆencia e da teoria da sinalizacao Perıodo de alta inflacao Anos 1990 com o desenvolvimento da informatica a forte reducao de seu custo de utilizacao e a multiplicacao de bases de dados financeiros e de mercado desenvolvemse os estudos da microes trutura dos mercados financeiros e da financas comportamentais Conquista de novos mercados rentabilidade conduzida pela produtividade globalizacao financeira Anos 2000 questionamentos sobre o papel de financas desenvolvimento de financas empreen dedoras financas solidarias financas sociais financas sustentaveis alem da importˆancia cada vez maior de financas internacionais Capitalismo financeiro industria financeira forte x crescimento econˆomico Crise de 2008 Anos 2010 Crise de liquidez Gestao de curto prazo e longo prazo Crise de Credibilidade no modelo econˆomico e financeiro Reformas nos sistemas financeiros Novas tecnologias internet redes e nano Crowdfunding China como novo player Desigualdade na distribuicao da renda contaminacao ambiental Anos 2020 Novas preocupacoes com ESG CSR e SRI resultado financeiro e social Covid19 Incerteza inflacao Tecnologias avancadas blockchain robotica inteligˆencia artificial AI Financas Empresariais I 8 12 Financas CorporativasEmpresariais 1 Introducao as Financas Empresariais Financas nos dias atuais Para o economista do FMI Garry Schinasi as Financas navegam em altos mares as vezes turbu lentos em um barco fragil com uma tripulacao dividida sem bussola e sem mapas seguros e bem estabelecidos1 O que se pode fazer O autor aponta trˆes alternativas Nao fazer nada se financas e o que e hoje e porque ela atende a uma necessidade econˆomica real Tornar os atores financeiros mais transparentes Adotar uma postura mais intervencionista atraves de um melhor governo corporativo de uma acao mais firme do Estado com o objetivo de frear a parte das inovacoes financeiras que contribuem para a opacidade e o aumento inutil da elevacao de riscos Construir sistemas financeiros mais seguros estaveis e inteligentes 2 Financas em resumo Desde os anos 1950 financas se debruca sobre estudo dos mecanismos cada vez mais complexos dos mercados financeiros a analise das questoes relativas as decisoes de investimento de financiamento e da partilha do resultado as relacoes estabelecidas entre os diferentes agentes econˆomicos A teoria financeira revelase sobretudo normativa procurando maximizar a riqueza e a utilidade dos agentes Financas no sentido real e o pilar do sistema de gestao empresarial livre Uma boa administracao financeira tem portanto importˆancia vital para a saude econˆomica das empresas da nacao e do mundoMas a area e relativamente complexa e esta sofrendo mudancas constantes por conta de mudancas nas condicoes econˆomicasBrigham e Ehrhardt 2016 p xii 12 Financas CorporativasEmpresariais esta preocupada com a gestao eficiente e eficaz das financas de uma organizacao a fim de alcancar os objetivos dessa organizacao Tem como objetivo aumentar o valor organizacional por meio de decisoes otimas sobre investi mentos financiamento e dividendos Envolve o planejamento desenvolvimento e controle da estrutura de capital Independente do seu papel na empresa e essencial entender por que e como sao tomadas as de cisoes financeiras Neste caso o foco e como otimizar a tomada de decisoes financeiras empresariais O que vamos estudar Organizacao da empresa o papel do gestor financeiro e dos investidores A lei do preco unico como principio da avaliacao que liga as teorias de financas corporativas Ferramentas da administracao financeira 1SCHINASI Garry J Safeguarding financial stability theory and practice International Monetary Fund 2006 p14 2Georgieva Kristalina The Financial Sector in the 2020s Building a More Inclusive System in the New Decade IMF Peterson Institute for International Economics Washington DC January 17 2020 9 Financas Empresariais I 1 Introducao as Financas Empresariais 12 Financas CorporativasEmpresariais Algumas perguntas a serem respondidas O que E uma Empresa Objetivo da empresa O Papel do Gestor Financeiro Quem E o Gestor Financeiro Separacao entre a Propriedade e a Gestao 121 Empresa Organizacao na forma de Pessoa jurıdica com o objetivo de exercer uma atividade Natureza privada estatal publica ou de economia mista A empresa privada pode ser indivi dual o capital pertence a um indivıduo ou societaria o capital pertence a dois ou mais indivıduos ou socios Produz e oferece bens eou servicos com o objetivo de atender a alguma necessidade humana Empresa Estatais Autarquias Empresas Publicas Sociedades de Economia Mista Empresa Individual Empresa constituıda e administrada por uma so pessoa microempreendedor e empresario indivi dual Geralmente possuem poucos funcionarios ou mesmo nenhum Vantagens Facil de ser criada Desvantagens Responsabilidade pessoal ilimitada exceto Sociedade Limitada unipessoal Vida limitada Empresas Societarias Sociedades por quotas de responsabilidade limitada LTDA O capital e dividido em quotas e distribuıdo aos socios de acordo com a proporcao de capital financeiro aportado Todos os proprietarios possuem responsabilidade limitada ao valor proporcional de sua quota mas tambem podem gerenciar e administrar a empresa E um fenˆomeno relativamente novo introduzidas no Brasil em 1919 A sociedade por quotas se desfaz caso qualquer um dos socios venha a falecer ou deseje dela se desligar Financas Empresariais I 10 12 Financas CorporativasEmpresariais 1 Introducao as Financas Empresariais Sociedades simples utilizada por profissionais para exercıcio de sua atividade profissional Sociedades anˆonimas SA Entidade legal separada de seus proprietarios Tem seu capital dividido em parcelas denominadas acoes Possui muitos dos poderes legais que as pessoas possuem como a habilidade para figurar em contratos adquirir ativos e contrair emprestimos A empresa e responsavel somente por suas proprias obrigacoes Os proprietarios nao sao responsaveis por qualquer obrigacao da empresa As corporacoes devem ser formadas legalmente reconhecidas em cartorio sob essa forma Posse Representada por divisao de quotas de acoes O proprietario de acoes e chamado de Acionista Quotista Titular de acoes O valor total das acoes da empresa e chamado de Patrimˆonio lıquido Nao ha limitacoes quanto ao numero de acionistas e nem da quantidade de dinheiro que uma empresa pode levantar vendendo acoes O proprietario tem direito a uma parcela do pagamento de dividendos De acordo com o seu capital as Sociedades anˆonimas podem ser de Capital aberto registradas ou listadas em bolsa eou Comissao de Valores Mobiliarios CVM As acoes e outros valores mobiliarios sao negociadas publicamente no mercado de acoes bolsa de valores ou mercado balcao Assim sao tambem conhecidas como empresas publicas Estao sujeitas a maior transparˆencia e regulacao pela CVM Capital fechado a maior parte de empresas As acoes devem ser negociadas de forma privada Transformac ao e Concentrac ao de Sociedades 1 Fusao 2 Incorporacao 3 Cisao 4 Consorcio Project Finance 5 Coligadas 6 Controladas 7 Holding 11 Financas Empresariais I 1 Introducao as Financas Empresariais 12 Financas CorporativasEmpresariais 122 Objetivo da empresa Maximizar o lucro Eficacia econˆomica Lucro e apurado por regime de competˆencia nao de caixa Lucro nao considera o risco inerente a atividade da empresa Empresas nao sao avaliadas somente pelo lucro mas considerase tecnologia qualidade estrategias precos imagem participacao de mercado Ignora o valor do dinheiro no tempo Maximizar o valor de mercado econˆomico Considerado mais indicado para decisoes financeiras Baseado no fluxo de caixa e os custos de oportunidade valor presente O custo de oportunidade e a remuneracao mınima exigida pelos credores e acionistas diante do risco assumido Nao depende de valores passados mas dos esperados Valor econˆomico fbenefıcios esperados risco taxa de retorno requerida Maximizar riqueza do acionista e sustentabilidade Objetivo principal das empresas Medido pelo preco de suas acoes Agregam riqueza as novas oportunidades de negocios novos mercados metodos de gestao tec nologia inovacao Incorporar boas praticas sociais ambientais sustentabilidade empresarial Esta esta relacionada com imagem de marca lealdade consumidor atracao e capital humano capacidade de adaptacao Maximizar o preco das ac oes e benefico para a sociedade Bemestar dos acionistas promove benefıcios a toda a sociedade Acionistas sao a sociedade nos Estados Unidos 60 das acoes negociadas indivıduos fundos investimento e de pensao Requer maior eficiˆencia das empresas reduzir custos aumentar qualidade Benefıcios aos empregados A Fortune lista as empresas mais admiradas Alem dos altos retornos essas empresas tˆem a alta qualidade dos pontos de vista dos clientes b os funcionarios que gostam de trabalhar nelas 123 O Papel do Gestor Financeiro O Gestor Financeiro lida principalmente com Ativos reais Ativos financeiros Tıtulos Financas Empresariais I 12 12 Financas CorporativasEmpresariais 1 Introducao as Financas Empresariais Mercados financeiros e mercados e de capitais Decisao de investimento orcamento de investimentos Decisao de financiamento Administrador Diretor Financeiro Controler Figura 11 Quem e o Gestor Financeiro Gestor Financeiro Operacoes da Empresa Mercados Financeiros 1 2 3 4b 4a 1 Fundos R de venda de ativos aos investidores 2 Fundos investidos na empresa 3 Fundos gerados pelas operacoes 4a Fundos reinvestidos 4b Retorno aos investidores Figura 12 Papel do Gestor Financeiro 13 Financas Empresariais I 1 Introducao as Financas Empresariais 12 Financas CorporativasEmpresariais CENTRO DE DECIS OES FI NANCEIRAS Dirigentes ATIVO IMOBILIZADO Industriais Comerciais Servicos Financeiros ATIVO LIQUIDOS OPERACIONAIS AC PC Ciclo OperacionalCiclo de Investimento MERCADOS FINANCEIROS Fornecedores de Capitais Acionistas Credores finan ceiros Ciclo de Financiamento GOVERNO PORTF OLIO DE ATIVOS ESTRUTURA DE FINANCIAMENTO DECIS AO DE INVESTIMENTO DECIS AO DE FINANCIAMENTO Figura 13 O Circuito Financeiro Dinˆamica Decisoes Financeiras Funcoes Planejamento financeiro evidenciar necessidades de crescimento identificar dificuldades futuras e rentabilidade sobre os investimentos Controle financeiro analise e correcao de desvios entre previsto e realizado acompanhar desempenho financeiro da empresa custos ganhos margens volume liquidez endivida mento analise execucao do planejamento controladoria e auditoria Administracao de ativos aplicacao de recursos melhor estrutura de risco e retorno dos in vestimentos gestao de capital de giro Administracao de passivos gerenciamento do financiamento e estrutura de capital ou gestao financeira de longo prazo Polıtica e Gestao Financeira Medio e Longo Prazo Estrategias Financeiras Polıtica de investimento aplicacao de recursos de financiamento captacao de recursos de destinacao de resultados decisoes de di videndos e financiamento interno Curto Prazo Gestao da Tesouraria Gestao do ativo circulante do passivo circulante 124 Fluxo de caixa e valor Como os fluxos de caixa afetam o valor de um investimento Financas Empresariais I 14 12 Financas CorporativasEmpresariais 1 Introducao as Financas Empresariais Figura 14 Principais Funcoes do Gestor Financeiro Caixa Vendas de Bens ou Servicos aos Clientes Operacoes Compra de Bens ou Servicos para as Operacoes Vendas de Ativo Permanente Investimentos Compra de Ativo Permanente Emissao de Obrigacoes e Acoes Financiamento Pagamento de Divi dendos Liquidacao de Obrigacoes e Re compra de Acoes Entradas de Caixa Saıdas de Caixa Figura 15 A importˆancia do Caixa Quantidade de fluxos de caixa esperados maior e melhor Timing da sequˆencia do fluxo de caixa mais cedo e melhor Risco dos fluxos de caixa menos risco e melhor Fluxos de caixa livres FCL Os fluxos de caixa livres free cash flow FCF sao os fluxos de caixa disponıveis ou livres para distribuicao a todos os investidores acionistas e credores da empresa FCL receitas de vendas custos operacionais impostos operacionais investimentos necessarios em capital operacional Decisoes financeiras e risco Resultado operacional retorno produzido pelas decisoes de investimento da empresa sem consi derar como os ativos sao financiados Risco econˆomico operacional inerente a atividade da empresa e as caracterısticas do mercado em que opera sazonalidade tecnologiaestrutura de custos 15 Financas Empresariais I 1 Introducao as Financas Empresariais 12 Financas CorporativasEmpresariais Risco financeiro associado as decisoes de financiamento liquidar seus compromissos financeiros grau de endividamento Investimento Risco e Retorno Recursos de Terceiros Recursos Proprios Lucro Operacional Decisoes de Investimento Decisoes de Financiamento Custo de Captacao Custo do Capital Proprio Risco Financeiro Risco Econˆomico Figura 16 Decisoes Financeiras e Risco O risco afeta o custo de financiamento da empresa Esse custo pode ser mensurado atraves do Custo Medio Ponderado do Capital CMPC ou WACC O WACC e a taxa media de retorno exigida por todos os investidores da empresa O WACC e afetado por Estrutura de capital o uso relativo da dıvida e do patrimˆonio como fonte de financiamento da empresa Taxa de juros Risco da empresa Atitude geral dos investidores em relacao ao risco O que determina o valor fundamental ou intrınseco de uma empresa O valor intrınseco e a soma de todos os fluxos de caixa livres futuros esperados quando convertidos em reais de hoje Valor FCL1 1WACC1 FCL2 1WACC2 FCL 1WACC Financas Empresariais I 16 12 Financas CorporativasEmpresariais 1 Introducao as Financas Empresariais Figura 17 Equacao de valor 125 Objetivo da empresa e problema de agˆencia Equipe de gerenciamento empresarial Em uma empresa de maior porte a posse propriedade e o controle sao geralmente separados Conselho de administracao Eleito por acionistas Possui autoridade maxima na tomada de decisoes Principal executivo CEO O conselho delega as decisoes que envolvem o gerenciamento diario da empresa ao CEO Em uma empresa podem existir muitos acionistas cujas prioridades sao distintas Mesmo que todos os acionistas concordem com as metas da empresa elas devem ser implementa das Esse e o trabalho da equipe de gerencial Conflito de propriedade e gestao na empresa Administradores podem atuar em funcao de seus interesses particulares em detrimento de objeti vos dos acionistas Principal agente Jensen Meckling 1976 acionistas principal somente conseguirao que os administradores agentes tomem as melhores decisoes somente se ha um conjunto de incentivos e compensacao pelos resultados alcancados maior monitoramento da gestao EVA MVA Esses mecanismos representam um custo custo de agˆencia que pode ser reduzido dificilmente eliminado 17 Financas Empresariais I 1 Introducao as Financas Empresariais 12 Financas CorporativasEmpresariais Conflitos na empresa Objetivos diferentes Gestores vs acionistas Gestores de topo vs gestores operacionais Acionistas vs bancos e outros credores Diferencas na informacao Precos das acoes e rentabilidades Emissao de acoes e de outros tıtulos Dividendos pagar ou nao Financiamento dıvida ou capital proprio Problemas de Agˆencia no Investimento de Capital Empresas tˆem que estabelecer mecanismos de incentivos para lidar com Diminuicao do esforco Benefıcios adicionais Construcao de imperios Investimento entrincheirado Evitar o risco Conflito entre outros stakeholders da empresa Stakeholders sao aqueles cuja participacao contınua e crucial para que a empresa sobreviva sem problemas serios Tipicamente abrangem acionistas e investidores funcionarios clientes e forne cedores em conjunto com o grupo stakeholder Estado que oferecem recursos a empresa e cujas taxas e outras obrigacoes devem ser pagas Michael Jensen no artigo Value Maximization Stakeholder Theory and the Corporate Objective Function de 2001 discute a maximizacao de valor esclarecendo a teoria dos publicos relevantes Na busca de equilıbrio entre stakeholders primarios Robert Kaplan e David Norton no livro The Balanced Scorecard BSC de 1996 descrevem uma ferramenta o BSC que estabelece o elo entre a estrategica empresarial e os resultados de sua implementacao por meio de indicadores sobre financas clientes processos e pessoas O desempenho do CEO Se o desempenho de um CEO estiver sendo fraco os acionistas podem demonstrar sua insatisfacao vendendo suas acoes Essa pressao pode fazer com que o preco das acoes diminua Se torna um alvo para ser adquirida por outra empresainvestidores Compra hostil Acoes com precos baixos podem incitar especuladores agressivos a comprarem acoes sufici entes permitindolhes substituir a equipe de gerenciamento atual O preco das acoes aumen tara depois que a nova equipe de gerenciamento reorganizar a empresa Falˆencia empresa nao consegue pagar suas dıvidas Logo o controle e assumido pelos credores stakeholders para recuperacao ou e liquidada Financas Empresariais I 18 13 Empresa e Ambiente Financeiro 1 Introducao as Financas Empresariais 13 Empresa e Ambiente Financeiro Administrador financeiro necessita conhecer a estrutura de mercado em que sua empresa atua Estruturas de mercado Concorrˆencia muitos vendedores do mesmo produto preco custos Monopolıstica produtos similares diferenciacao Oligopolio pequeno numero de empresas muitos compradores conluios Monopolio um fabricante ou prestador de servico Monopolio Natural custo de produzir e menor que se a mesma quantidade fosse produzida por mais de uma empresa ie CEMIG Classificacao Mercados Tipo de Ativo comercializado De ativos reais De ativos financeiros Prazos de entrega A vista ou Spot Futuros ou Termo Prazos das dıvidas Monetario vencimento antes de um ano De Capitais tıtulos de longo prazo e acoes Tipos de credito Hipotecario imoveis Ao consumidor autos viagens Abrangˆencia geografica Mundial Nacional Regional local Origem dos tıtulos Primario primeira emissao empresa Secundario ja emitidos Derivativos financeiros Tabela 11 Os Mercados Financeiros 131 Intermediac ao financeira e regulac ao O Mercado financeiro MF formado por compradores deficitarios vendedores poupadores de recursos dinheiro negociado a um preco taxa de juros Os mercados financeiros promovem o Processo Poupanca e Investimento Renda nao consumida direcionada para maior consumo futuro atraves do investimento no MF Logo o MF proporciona Liquidez eficiˆencia e diminuicao de custos de transacao Esta dividido em diferentes segmentos como monetario credito capitais cambial Ha dois tipos de intermediacao financeira Intermediacao Financeira ou propriamente dita Agentes Superavitarios depositam ou aplicam seus recursos em uma Instituicao Financeira Por exemplo Depositos a Vista contascorrentes Depositos a Prazo CDB Certificado de Deposito Bancario RDB Recibo de Deposito Bancario Letra de Cˆambio e Poupanca Agentes Deficitarios tomam estes recursos na forma de Operacoes de Credito Por exemplo Emprestimos em Conta sem destinacao especıfica Financiamentos Tıtulos Descontados Duplicatas Cheques Notas Promissorias e Leasing entre outros Neste caso nao ha contato entre os agentes deficitario e superavitario O intermediario financeiro realiza operacoes com cada um deles separadamente Recebe como recom pensa a diferenca das taxas de aplicacao e emprestimo o spread por assumir os riscos de credito o de variacao de precos 19 Financas Empresariais I 1 Introducao as Financas Empresariais 13 Empresa e Ambiente Financeiro Intermediacao ou desintermediacao Financeira Agentes Superavitarios adquirem como um investimento Tıtulos de Credito Mobiliarios Por exemplo Acoes e Debˆentures via Bolsa de Valores B3 e Mercado de Balcao Or ganizado e Nao Organizado Agentes Deficitarios tomam estes recursos na forma de tıtulos de credito inclusive abrindo a possibilidade de participacao de novos acionistas no seu Capital Social como parte do Patrimˆonio lıquido Neste caso o intermediario financeiro e um facilitador do encontro entre os agentes de ficitario e superavitario Normalmente recebe uma comissao ou taxa pelos servicos e normalmente nao assume riscos ja que o contrato e direto entre as partes O mercado financeiro e formado pelas Instituicoes Financeiras que realizam operacoes de intermediacao financeira em mercados como monetario mercado de credito e mercado de cˆambio Instituicoes Financeiras Sao as que realizam o processo de intermediacao financeira Principais tipos de instituicoes financeiras Bancos Comerciais BC Bancos Multiplos BM Bancos de In vestimentos BI Caixa Econˆomicas CE Sociedades de Credito Financiamento e Investimentos SCFI chamadas tambem Financeiras etc Para compensar o risco assumido pelas operacoes de credito fornecidas a terceiros dos recursos captados de seus clientes correntistas aplicadores eou poupadores os bancos sao remunerados por uma diferenca de taxas denominada Spread diferenca da taxa de captacao de recursos fornecida pelo banco versus a taxa de aplicacao destes mesmos recursos pelo banco Sistema Financeiro Nacional E o conjunto de instituicoes financeiras ou nao financeiras que uti lizam instrumentos financeiros e de capitais especıficos para captacao e aplicacao de recursos propiciando um fluxo regular de recursos entre agentes superavitarios ou poupadores aplicado res e deficitarios ou tomadores de recursos financeiros moeda Mercado de capitais e o segmento do mercado financeiro em que sao criadas as condicoes para que as empresas captem recursos diretamente dos investidores atraves da emissao de instrumentos financeiros com o objetivo principal de financiar suas atividades ou viabilizar projetos de investi mentos Nesse mercado as Instituicoes Financeiras ou Nao Financeiras Auxiliares Equiparadas realizam operacoes de intermediacao financeira Financas Empresariais I 20 13 Empresa e Ambiente Financeiro 1 Introducao as Financas Empresariais EMPRESA Intermediarios Financeiros Bancos Caixas Econˆomicas Financeiras e outras Fundos de pensao Fundos de investimento Outros intermediarios GOVERNO Mercados Financeiros Mercado Monetario Dıvidas a Curto Prazo CP Mercado de Capitais Obrigacoes ou Dıvidas de Medio e Longo Prazo MLP Acoes prazo nao definido INDIVIDUOS Demanda credito Oferta de credito Oferta de capital Demanda capital Figura 18 Circuito econˆomicofinanceiro Unidades Superavitarias Instituicoes Financeiras Unidades Deficitarias Obrigacoes primarias Obrigacoes secundarias Mercado Monetario de Credito Investidor Tomador R R Figura 19 Intermediacao financeira propriamente dita Subsistemas do Sistema Financeiro Nacional SFN o SFN dividese em dois grandes grupos distintos e complementares denominados subsistemas Subsistema Normativo Formado por instituicoes que estabelecem as regras e as diretrizes de funcionamento alem de definir os parˆametros para a intermediacao financeira e fiscalizar a atuacao das instituicoes operativas Composicao Conselho Monetario Nacional CMN Banco Central do Brasil BACEN Comissao de Valores Mobiliarios CVM Instituicoes Especiais Banco do Brasil BN DES e Caixa Econˆomica Federal 21 Financas Empresariais I 1 Introducao as Financas Empresariais 13 Empresa e Ambiente Financeiro Unidades Superavitarias Intermediarios Financeiros Unidades Deficitarias Obrigacoes primarias Obrigacoes secundarias Mercado de Capitais de Cˆambio Desintermediacao financeira Investidor Tomador R Figura 110 Intermediacao desintermediacao financeira Subsistema Operativo Formado por instituicoes que atuam na intermediacao financeira e tem como funcao operacionalizar a transferˆencia de recursos entre fornecedores de fundos e os tomadores de recursos a partir das regras diretrizes e parˆametros definidos pelo subsis tema normativo Composicao Instituicoes financeiras bancarias e nao bancarias Sistema Brasileiro de Poupanca e Emprestimo SBPE Instituicoes nao financeiras e auxiliares Tabela 12 Composicao do SFN httpwwwbcbgovbrSFNCOMPEV Orgaos normativos Entidades superviso ras Operadores Conselho Monetario Nacional CMN Banco Central do Bra sil Bacen Instituicoes financeiras captadoras de depositos a vista Demais instituicoes financeiras Ban cos de Cˆambio Outros intermediarios finan ceiros e administradores de re cursos de terceiros Comissao de Valores Mobiliarios CVM Bolsas de merca dorias e futuros Bolsas de valores Conselho Nacional de Seguros Privados CNSP Superintendˆencia de Seguros Privados Susep Resseguradores Sociedades segu radoras Sociedades de capitalizacao Entidades abertas de previdˆencia complementar Conselho Nacional de Previdˆencia Comple mentar CNPC Superintendˆencia Na cional de Previdˆencia Complementar PRE VIC Entidades fechadas de previdˆencia complemen tar fundos de pensao Financas Empresariais I 22 13 Empresa e Ambiente Financeiro 1 Introducao as Financas Empresariais Assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda e do SFN Administracao do sistema de pagamentos e do meio circulante Regulacao e supervisao do Sistema Financeiro Nacional Formulacao e gestao das polıticas monetaria e cambial compatıveis com as diretrizes do Governo Federal Com base na Lei 459564 Figura 111 Papel do Banco Central do Brasil 132 Indicadores do mercado financeiro As tabelas 13 14 e 15 apresentam informacoes sobre os principais indicadores dos mercados financei ros todos disponibilizados no site do Banco Central do Brasil httpswww3bcbgovbrsgspub localizarserieslocalizarSeriesdomethodprepararTelaLocalizarSeries Para os indica dores da ANBIMA veja httpswwwanbimacombrptbrinformarprecoseindicesindices imahtm Tabela 13 Variacao de alguns Indicadores Financeiros de Renda Fixa jul 2022 jun 2022 mai 2022 abr 2022 mar 2022 fev 2022 Acum Ano 12 meses 5 anos Selic 103 102 103 083 093 076 651 935 3296 CDI 103 102 103 083 093 076 651 935 3294 IPCAIMAB 088 036 096 083 307 054 348 325 5535 IMAS 104 107 111 069 091 092 679 989 3326 IMAGeral 047 043 092 054 157 074 502 595 4339 IMAIRFM1 105 093 095 075 089 074 613 811 3403 IMAIRFMs1 120 009 039 053 081 048 198 101 4037 Tabela 14 Variacao de alguns Indicadores Financeiros de Renda Variavel jul 2022 jun 2022 mai 2022 abr 2022 mar 2022 fev 2022 Acum Ano 12 meses 5 anos Dolar 095 1077 387 383 781 407 703 130 6573 Euro 347 805 212 135 907 378 1629 1289 4297 Libra 080 674 341 080 964 411 1609 1129 5303 OuroCMX 141 222 331 216 352 508 178 195 3992 Ibovespa 469 1150 322 1010 606 067 158 1530 5650 IBX50 454 1167 330 1051 543 152 143 1595 5641 DowJonesNYSE 673 671 004 491 182 305 976 598 5004 Ibovespa Dolar 569 2010 737 1342 1505 494 586 1639 557 1 fev 2005 a jul 2022 23 Financas Empresariais I 1 Introducao as Financas Empresariais 13 Empresa e Ambiente Financeiro Tabela 15 Estatısticas descritivas dos retornos mensais do Ibovespa Dolar e da Taxa Selic N Media Arit Media Geom Desv Pad Min Max Perc 25 Perc 75 Ibovespa 210 092 069 670 2990 1697 341 598 Selic 210 080 080 031 013 166 057 101 Dolar 210 043 033 472 1072 1713 274 332 fev 2005 a jul 2022 2005 2010 2015 2020 20000 40000 60000 80000 120000 Ibovespa Pontos 1 2 3 4 5 Selic Fator acumulado 20050103 a 20220819 Ibovespa Selic Figura 112 Evolucao do Indice Ibovespa e taxa Selic Consultar GROPPELLI A NIKBAKHT E Administracao Financeira 3 ed Sao Paulo Saraiva 2010 BRIGHAM E F EHRHARDT M C Administracao Financeira teoria e pratica Sao Paulo Cengage Learning 2016 BERK J DEMARZO P Financas Empresariais Porto Alegre Bookman 2009 GITMAN L J Princıpios de administracao financeira Sao Paulo Addison Wesley 2010 Financas Empresariais I 24 2 Analise de Informac oes financeiras Considerac oes a Analise de Demonstrac oes Contabeis A publicacao das informacoes financeiras O balanco patrimonial O demonstrativo de resultados O demonstrativo de fluxos de caixa Indicadores Financeiros Outras informacoes dos demonstrativos financeiros Manipulacao contabil 21 Demonstrac oes financeiras Relatorios contabeis com informacoes sobre o desempenho passado da empresa Elaboradas pelo regime de competˆencia ocorrˆencia o fato gerador nao na efetiva entrada e saıda de caixa Informam sobre a posicao financeira Informam sobre o desempenho e a mudanca nas posicoes financeiras da empresa Uteis a numerosos usuarios em suas tomadas de decisao Arquivados junto a Comissao de Valores Mobiliarios no caso de companhias abertas Trimestralmente Anualmente IANS 211 Principais Demonstrac oes Financeiras Balancos patrimoniais BP Demonstracoes de resultado DRE Demonstracao de Origem e Aplicacao de Recursos DOAR deixou de ser obrigatoria em 2008 Demostracao de Mutacoes no Patrimˆonio Lıquido DMPL inclui DLPA Fluxo de caixa DFC Demonstracao do Valor Adicionado DVA Cias abertas Quando elaborada a DMPL DLPA Demonstracao de Lucros e Prejuızos Acumulados 25 Robert Iquiapaza Financas Empresariais I 2 Analise de Informacoes financeiras 21 Demonstracoes financeiras Patrimˆonio Resultado Balanco Patrimonial BP Demonstracao do Resultado do Exercıcio DRE DLPA DMPL DOAR DVA DFC Figura 21 Demonstracoes Contabeis e sua relacao 212 Fontes e Aplicac oes de Recursos Fontes de Recursos Aumentos no passivo e reducoes de ativos Aplicacoes de Recursos Aumentos de ativos e reducoes de passivos Contas do Ativo Ativo Circulante Aplicacoes de curto prazo dinheiro ou ativos que poderiam ser convertidos em dinheiro dentro de um ano Ativo Nao Circulante Realizavel a Longo Prazo ou Aplicacoes de longo prazo com perıodo de realizacao definido Imobilizado Aplicacoes de longo prazo com carater permanente Diferido aplicacoes de recursos em despesas que contribuem a resultados de mais de um exercıcio Intangıvel marcas goodwill etc Aplicac ao dos Recursos Curto Prazo Aplicacoes Financeiras Disponibilidades Estoques Financiamento Clientes Adiantamento a Fornecedores Longo Prazo Financas Empresariais I 26 21 Demonstracoes financeiras 2 Analise de Informacoes financeiras Aplicacoes de Longo Prazo Marcas e Patentes PesquisasTecnologia Imoveis Instalacoes Maquinas e Equipamentos Contas do Passivo Capitais obtidos de terceiros ou proprios Capitais de Terceiros podem ser de curto ou longo prazos Passivo Circulante curto prazo contas que vencem em ate 360 dias Passivo Exigıvel a Longo Prazo ou Passivo Nao Circulante de longo prazo aquelas contas que vencem alem de um ano Capital proprio Patrimˆonio lıquido Capital social reservas lucrosprejuızos acumulados acoes em tesou raria 213 Estrutura do Balanco Patrimonial BP Um quadro da posicao financeira da empresa em um determinado momento ATIVO ATIVO CIRCULANTE ATIVO N AO CIRCULANTE Realizavel a Longo Prazo Investimentos Imobilizado Intangıvel interno PASSIVO PASSIVO CIRCULANTE PASSIVO N AO CIRCULANTE Exigıvel a Longo Prazo PATRIM ˆONIO LIQUIDO Capital Social Reserva de Capital Ajustes de Avaliacao Patri monial Reserva de Lucros Prejuızos Acumulados Figura 22 Principais contas do Balanco Patrimonial Fonte Lei das SAs Nº 6404 de 15 de Dezembro de 1976 alterada pela Lei 1194109 214 Capital de giro lıquido Capital da empresa recursos materiais de renovacao lenta imoveis instalacoes maquinas equi pamentos denominados capital fixo ou permanente e recursos de rapida renovacao dinheiro creditos estoques que formam seu capital circulante ou capital de giro tambem chamado de ativo corrente 27 Financas Empresariais I 2 Analise de Informacoes financeiras 21 Demonstracoes financeiras Capital de giro e o ativo circulante que sustenta as operacoes do diaadia da empresa e repre senta a parcela do investimento que circula de uma forma a outra durante a conducao normal dos negocios Capital de Giro Lıquido Tambem chamado de capital circulante lıquido corresponde a diferenca aritmetica entre o ativo circulante e o passivo circulante e representa a medida da liquidez da empresa refletindo sua capacidade de gerenciar as relacoes com fornecedores e clientes Capital de Giro Lıquido Ativos circulantes Exigıveis a curto prazo 215 Demonstrativo do Resultado do Exercıcio DRE Estrutura Detalhada 1 Receita Operacional Bruta ROB 1112 11 Venda de mercadorias 12 Servicos prestados 2 Deducoes 21 22 21 Devolucao de vendas 22 ICMS sobre vendas 3 Receita Operacional Lıquida ROL 1 2 4 Custo das Mercadorias Vendidas CMV 5 Lucro Bruto 3 4 6 Despesas Operacionais 61 62 63 61 Despesas com Vendas 62 Despesas Financeiras 63 Despesas Administrativas 7 Lucro Operacional 5 6 8 Outras Receitas 9 Outras Despesas 10 Lucro Lıquido Antes do IR e da CS 7 8 9 11 Provisao para Imposto de Renda e Contribuicao Social 12 Lucro ou Prejuızo Lıquido do Exercıcio 10 11 Resumidamente Receitas Operacionais Custos Despesas Operacionais Outras Receitas Outras Despesas Lucro do Exercıcio Financas Empresariais I 28 21 Demonstracoes financeiras 2 Analise de Informacoes financeiras Exemplo DRE XYZ Ano findo em 31 de dezembro Vendas 20000000 Custo dos produtos vendidos Depreciacao 500000 16000000 Lucro Bruto 4000000 Despesas Operacionais 2000000 Lucro operacional LAJIR 2000000 Encargos financeiros lıquidos juros 10 44000 Lucro antes de imposto de renda LAIR 195600 Provisao para imposto de renda e contribuicao social 40 782400 Lucro lıquido LL 1173600 Dividendos ordinarios 586800 Reserva de lucros 586800 Numero de acoes existentes NA 300000 Lucro por acao LPA LLNA 391 Lancamento previsto de acoes 100000 LPA diluıdo 293 Balanco Patrimonial XYZ em 31 de dezembro Ativo Passivo e Patrimˆonio Lıquido Caixa 90000 Contas a pagar 250000 Tıtulos negociaveis 130000 Tıtulos a pagar 140000 Contas a Receber 320000 Outros passivos circu lantes 20000 Estoques 250000 Total do ativo circulante 790000 Total do passivo circu lante 410000 Ativo Imobilizado Lıquido 1096800 Exigıvel a longo prazo 440000 Capital Acionario 350000 Reserva de lucros 686800 Total do ativo 1886800 Total do passivo e pa trimˆonio lıquido 1886800 29 Financas Empresariais I 2 Analise de Informacoes financeiras 21 Demonstracoes financeiras MicroDrive Inc Tabela 21 DRE milhoes Ano 3 Ano 2 Vendas Receita Lıquida 5000 4760 Custo das Mercadorias exc depreciacao 3800 3560 Outras despesas operacionais 500 480 Depreciacao 200 170 Tot Custos Operacionais 4500 4210 EBIT LAJIR 500 550 Despesas com juros 120 100 Lucro antes de impostos 380 450 Impostos 40 152 180 Lucro lıquido 228 270 Dividendos preferenciais 8 8 Lucro lıquido acionistas ordinarios 220 262 Se existem 50 milhoes de acoes ordinarias em circulacao cotadas no mercado a 40 no ano 2 podese verificar LPS EPS 524 VPA Book value per share 2600 O EBITDA ou LAJIDA lucro antes de juros impostos depreciacao e amortizacao no ano 2 foi 550 170 720 milhoes Tabela 22 Balanco Patrimonial em 31 de dezembro milhoes Ativo Ano 1 Ano 2 Passivo e Patrimˆonio Lıquido Ano 3 Ano 2 Caixa e equivalentes 50 60 Fornecedores a pagar 200 190 Investimentos de curto prazo 40 Emprestimos 280 130 Contas a receber 500 380 Provisoes 300 280 Estoques 1000 820 Total ativo circulantes 1550 1300 Total passivo circulante 780 600 Emprestimos de longo prazo 1200 1000 Acoes preferenciais 1 milhao 100 100 Acoes ordinarias 50 milhoes 500 500 Lucros retidos 970 800 Ativo imobilizado lıquido 2000 1700 Total do patrimˆonio lıquido 1470 1300 Total do Ativo 3550 3000 Total Passivo e Pa trimˆonio Lıquido 3550 3000 216 Demonstrac ao dos Fluxos de Caixa DFC Mostra os recebimentos e os pagamentos efetuados pela empresa em caixa bem como as atividades de investimento e financiamento Financas Empresariais I 30 21 Demonstracoes financeiras 2 Analise de Informacoes financeiras DFC e DRE sao dinˆamicas DBP e estatica FC de Operacoes producao de bens e servicos Entradas a vista contas a receber juros de aplicacoes nao originarios de investimento financiamento Saıdas pagamento fornecedores materia prima salarios impostos taxas juros de emprestimofinanciamento FC Financiamento emprestimos e financiamentos Entradas recebimento de emprestimos e outras entradas de recursos financeiros Saıdas pagamento de dividendos amortizacoes e bens adquiridos FC Investimentos referentes a aumentos ou diminuicao de ativos de LP utilizados na producao de bens ou servicos A DFC pode ser elaborada de duas formas 1 Metodo Direto Atividades Operacionais Recebimento de clientes Pagamento de contas Pagamento de despesas operacionais Pagamentos de impostos FC Atividades Operacionais Atividades Financiamento Novos emprestimos CP e LP Aumento de Capital Despesas financeiras Pagamento de dividendos FC Atividades Financiamento Atividades Investimento Aquisicao de Imobilizado Outros Investimentos FC Atividades Investimento Caixa Inicial Resultado do Caixa final 2 Metodo Indireto Atividades Operacionais Lucro Lıquido do Exercıcio Depreciacao Variacoes no circulante capital de giro FC Atividades Operacionais Atividades Financiamento 31 Financas Empresariais I 2 Analise de Informacoes financeiras 21 Demonstracoes financeiras Novos emprestimos CP e LP Aumento de Capital Despesas financeiras Pagamento de dividendos FC Atividades Financiamento Atividades Investimento Aquisicao de Imobilizado Outros Investimentos FC Atividades Investimento Caixa Inicial Resultado do Caixa final 217 Demonstrac ao de Valor Adicionado Obrigatoria para as companhias abertas Lei 1163807 incluiu inciso V ao art 176 da Lei 640476 Mensurar o valor da riqueza gerada por uma entidade e como a mesma foi distribuıda entre os diversos ˆambitos que contribuıram direta ou indiretamente para a sua geracao Extraıda da contabilidade tem como base o princıpio da competˆencia Evidencia os aspectos econˆomico e social do valor adicionado Na otica econˆomica expressa o desempenho da entidade na geracao da riqueza e a sua eficiˆencia na utilizacao dos fatores de producao comparando os valores de saıda com os valores de entrada Do ponto de vista social demonstra a forma de distribuicao da riqueza gerada a participacao dos empregados do governo dos agentes financiadores e dos acionistas alem da parcela retida pela empresa 218 Outras informac oes dos demonstrativos financeiros Parecer do auditor Relatorio da administracao Transacoes fora do balanco patrimonial Notas explicativas dos demonstrativos financeiros Comunicacao de fatos relevantes Financas Empresariais I 32 22 Estimando Fluxos de Caixa 2 Analise de Informacoes financeiras 22 Estimando Fluxos de Caixa Tabela 23 Demonstracao de Fluxo de Caixa MicroDrive IncAno 3 milhoes Atividades operacionais Lucro lıquido antes de dividendo preferencial 228 Ajustes Depreciacao 200 Aumento nas contas a receber 120 Aumento em estoques 180 Aumento em contas a pagar 10 Aumento em provisoes 20 Caixa lıquido gerado nas atividades operacionais 158 Atividades de investimento Caixa utilizado para adquirir ativos permanentes 500 Venda de aplicacoes de curto prazo 40 Caixa lıquido gerado pelas atividades de investimentos 460 Atividades de Financiamento Aumento em emprestimos curto prazo 150000 Aumento em emprestimos longo prazo 200 Pagamento de dividendos em dinheiro 58 Caixa lıquido gerado por atividades de financiamento 292 Soma Mudanca lıquida no caixa 10 Caixa no inicio do ano 60 Caixa no final do ano 50 De 476 bilhoes em vendas gerou apenas 158 milhoes de caixa de operacoes devido ao aumento no capital de giro A empresa gastou 500 milhoes em ativos permanentes A empresa se endividou muito e vendeu alguns investimentos de curto prazo para atender as suas necessidades de caixa Mesmo apos o emprestimo a conta de caixa caiu em 10 milhoes O fluxo de caixa lıquido pode ser calculado Fluxo de caixa lıquido Lucro lıquidoReceitas que nao afetam caixaItens que nao afetam o caixa O mesmo tambem pode ser aproximado Fluxo de caixa lıquido Lucro lıquidodepreciacao e amortizacao Fluxo de caixa lıquido 220200 420milhoes 33 Financas Empresariais I 2 Analise de Informacoes financeiras 22 Estimando Fluxos de Caixa 221 Fluxo de caixa livre disponıvel para distribuic ao O valor intrınseco das operacoes de uma empresa e determinado pelos fluxos de caixa que as operacoes irao gerar agora e no futuro Especificamente os fluxos de caixa livres FCL definidos como o lu cro operacional apos impostos menos o montante de novos investimentos em capital de giro e ativos necessarios para a sustentabilidade do negocio Este FCL pertence a todos os investidores da empresa credores e acionistas observe que nao considera os juros da dıvida Para o ano 2 temse O lucro operacional lıquido apos imposto net operating profit after taxes NOPAT NOPAT EBIT 1Alıquota de imposto NOPAT 550104 330 milhoes O capital de giro operacional lıquido net operating working capital NOWC e a diferenca entre ativos e passivos circulantes operacionais NOWC Caixa Contas a receber EstoquesContas a pagar Provisoes NOWC 60380820190280 790 milhoes O capital operacional lıquido total e soma do NOWC com os ativos operacionais de longo prazo Total capital operacional lıquido 7901700 2490 milhoes Pode ser verificado que para o ano 3 essa variavel foi de 3050 milhoes Assim o investimento lıquido em capital operacional foi 3050 2490 560 milhoes O fluxo de caixa livre no ano 3 FCL NOPAT investimento lıquido em capital operacional FCL 300560 260 milhoes Tambem poderia ser calculado utilizando FCL NOPAT Investimento lıquido em ativo fixoInvestimento NOWC FCL 300200017001050790 260 milhoes O fluxo de caixa livre pode ser usado para Pagar juros da dıvida Pagar o principal da dıvida Pagar dividendos aos acionistas Recomprar acoes Comprar tıtulos de curto prazo ou outros ativos nao operacionais Assim o valor de uma empresa para seus investidores depende do valor presente de seus FCLs esperados descontado ao custo medio ponderado de capital da empresa O retorno sobre o capital investido ROIC NOPAT Capital operacional 300 3050 983 Financas Empresariais I 34
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1 Introduc ao as Financas Empresariais Objetivos Conhecer os tipos basicos de decisoes de gestao financeira e o papel do gestor financeiro Conhecer as implicacoes financeiras das diferentes formas de organizacao empresarial Conhecer o objetivo da gestao financeira Entender os conflitos de interesses que podem surgir entre os proprietarios e gestores Entender os varios tipos de mercados financeiros 11 O que e Financas As financas sao definidas como a gestao do dinheiro e incluem atividades como investir tomar emprestimos emprestar orcamentar poupar e prever Existem trˆes tipos principais de financas 1 pessoais 2 corporativas e 3 publicasgovernamentais Financas trata das decisoes de investimento desses trˆes grupos de agentes que se relacionam me diante oferta e demanda de tıtulos no mercado de capitais Seu papel e assegurar o equilıbrio entre as necessidades e os excedentes de financiamento na economia Cada negocio consiste essencialmente em adquirir e dispor de ativos reais tangıveis e intangıveis e financeiros Dois objetivos dos negocios Aumentar a riqueza criar valor Usar a riqueza ativos a fim de melhor responder as necessidades econˆomicas Financeiramente uma decisao econˆomica reduzse a Avaliacao de ativos Administracao de ativos Avaliacao e a questao central de financas Determinar o valor Dois elementoschave em financas tempo e incerteza Ambos afetam o valor 111 Alguns princıpios unificadores em Financas A suposicao de um mercado financeiro perfeito Mercados competitivos Nao ha oportunidades de arbitragem no mercado financeiro in life you dont get something for nothing A Lei do Preco Unico Cada indivıduo ou grupo tem uma preferˆencia que e expressada por sua utilidade esperada 7 Robert Iquiapaza Financas Empresariais I 1 Introducao as Financas Empresariais 11 O que e Financas Suposicoes Mais caixa e melhor que menos incapacidade de satisfacao Caixa agora e preferido ao caixa futuro impaciˆencia Caixa seguro e preferido ao caixa arriscado aversao a risco Cada indivıduo ou agente otimiza sua utilidade Equilıbrio de mercado agentes determinam precos retornos dos ativos Fontes Berk DeMarzo Brealey Myers Allen 112 Teoria Financeira e Modelos Financeiros Embriao de Financas mercantilismo seculos XIII e XIV mudanca da maneira de produzir e distribuir riquezas Inıcio do seculo XX financas como campo de estudo sistematizado Decada de 1920 explosao de novas empresas Necessidade de fundos para financiamento Decada de 1930 recessao econˆomica de 1929 Recuperacao financeira e liquidez Decada de 1940 atividades dirigidas para o esforco de guerra Abordagem descritiva ponto de vista de investidores financiadores e parceiros externos O grande salto da teoria financeira aconteceu nos ultimos 60 anos Anos de 1950 Teoria da selecao de portfolio E a epoca da emergˆencia da formalizacao da relacao rentabilidaderisco do conceito de diversificacao e dos primeiros modelos de equilıbrio dos mer cados financeiros CAPM Grande expansao econˆomica Primeira ruptura no pensamento finan ceiro Anos 1960 e 1970 as nocoes de eficiˆencia e de arbitragem emergem e tornamse a pedra angular do modelo de avaliacao de opcoes e da analise da estrutura financeira de empresas Reducao da mar gem de retorno das empresas interesse pelos metodos de avaliacao de investimentos composicao da estrutura de capital Anos 1980 convergˆencia entre teoria financeira e teoria das organizacoes A empresa nao e mais tida por uma caixa pretae comecase a questionar os efeitos das assimetrias de informacao com a emergˆencia da teoria da agˆencia e da teoria da sinalizacao Perıodo de alta inflacao Anos 1990 com o desenvolvimento da informatica a forte reducao de seu custo de utilizacao e a multiplicacao de bases de dados financeiros e de mercado desenvolvemse os estudos da microes trutura dos mercados financeiros e da financas comportamentais Conquista de novos mercados rentabilidade conduzida pela produtividade globalizacao financeira Anos 2000 questionamentos sobre o papel de financas desenvolvimento de financas empreen dedoras financas solidarias financas sociais financas sustentaveis alem da importˆancia cada vez maior de financas internacionais Capitalismo financeiro industria financeira forte x crescimento econˆomico Crise de 2008 Anos 2010 Crise de liquidez Gestao de curto prazo e longo prazo Crise de Credibilidade no modelo econˆomico e financeiro Reformas nos sistemas financeiros Novas tecnologias internet redes e nano Crowdfunding China como novo player Desigualdade na distribuicao da renda contaminacao ambiental Anos 2020 Novas preocupacoes com ESG CSR e SRI resultado financeiro e social Covid19 Incerteza inflacao Tecnologias avancadas blockchain robotica inteligˆencia artificial AI Financas Empresariais I 8 12 Financas CorporativasEmpresariais 1 Introducao as Financas Empresariais Financas nos dias atuais Para o economista do FMI Garry Schinasi as Financas navegam em altos mares as vezes turbu lentos em um barco fragil com uma tripulacao dividida sem bussola e sem mapas seguros e bem estabelecidos1 O que se pode fazer O autor aponta trˆes alternativas Nao fazer nada se financas e o que e hoje e porque ela atende a uma necessidade econˆomica real Tornar os atores financeiros mais transparentes Adotar uma postura mais intervencionista atraves de um melhor governo corporativo de uma acao mais firme do Estado com o objetivo de frear a parte das inovacoes financeiras que contribuem para a opacidade e o aumento inutil da elevacao de riscos Construir sistemas financeiros mais seguros estaveis e inteligentes 2 Financas em resumo Desde os anos 1950 financas se debruca sobre estudo dos mecanismos cada vez mais complexos dos mercados financeiros a analise das questoes relativas as decisoes de investimento de financiamento e da partilha do resultado as relacoes estabelecidas entre os diferentes agentes econˆomicos A teoria financeira revelase sobretudo normativa procurando maximizar a riqueza e a utilidade dos agentes Financas no sentido real e o pilar do sistema de gestao empresarial livre Uma boa administracao financeira tem portanto importˆancia vital para a saude econˆomica das empresas da nacao e do mundoMas a area e relativamente complexa e esta sofrendo mudancas constantes por conta de mudancas nas condicoes econˆomicasBrigham e Ehrhardt 2016 p xii 12 Financas CorporativasEmpresariais esta preocupada com a gestao eficiente e eficaz das financas de uma organizacao a fim de alcancar os objetivos dessa organizacao Tem como objetivo aumentar o valor organizacional por meio de decisoes otimas sobre investi mentos financiamento e dividendos Envolve o planejamento desenvolvimento e controle da estrutura de capital Independente do seu papel na empresa e essencial entender por que e como sao tomadas as de cisoes financeiras Neste caso o foco e como otimizar a tomada de decisoes financeiras empresariais O que vamos estudar Organizacao da empresa o papel do gestor financeiro e dos investidores A lei do preco unico como principio da avaliacao que liga as teorias de financas corporativas Ferramentas da administracao financeira 1SCHINASI Garry J Safeguarding financial stability theory and practice International Monetary Fund 2006 p14 2Georgieva Kristalina The Financial Sector in the 2020s Building a More Inclusive System in the New Decade IMF Peterson Institute for International Economics Washington DC January 17 2020 9 Financas Empresariais I 1 Introducao as Financas Empresariais 12 Financas CorporativasEmpresariais Algumas perguntas a serem respondidas O que E uma Empresa Objetivo da empresa O Papel do Gestor Financeiro Quem E o Gestor Financeiro Separacao entre a Propriedade e a Gestao 121 Empresa Organizacao na forma de Pessoa jurıdica com o objetivo de exercer uma atividade Natureza privada estatal publica ou de economia mista A empresa privada pode ser indivi dual o capital pertence a um indivıduo ou societaria o capital pertence a dois ou mais indivıduos ou socios Produz e oferece bens eou servicos com o objetivo de atender a alguma necessidade humana Empresa Estatais Autarquias Empresas Publicas Sociedades de Economia Mista Empresa Individual Empresa constituıda e administrada por uma so pessoa microempreendedor e empresario indivi dual Geralmente possuem poucos funcionarios ou mesmo nenhum Vantagens Facil de ser criada Desvantagens Responsabilidade pessoal ilimitada exceto Sociedade Limitada unipessoal Vida limitada Empresas Societarias Sociedades por quotas de responsabilidade limitada LTDA O capital e dividido em quotas e distribuıdo aos socios de acordo com a proporcao de capital financeiro aportado Todos os proprietarios possuem responsabilidade limitada ao valor proporcional de sua quota mas tambem podem gerenciar e administrar a empresa E um fenˆomeno relativamente novo introduzidas no Brasil em 1919 A sociedade por quotas se desfaz caso qualquer um dos socios venha a falecer ou deseje dela se desligar Financas Empresariais I 10 12 Financas CorporativasEmpresariais 1 Introducao as Financas Empresariais Sociedades simples utilizada por profissionais para exercıcio de sua atividade profissional Sociedades anˆonimas SA Entidade legal separada de seus proprietarios Tem seu capital dividido em parcelas denominadas acoes Possui muitos dos poderes legais que as pessoas possuem como a habilidade para figurar em contratos adquirir ativos e contrair emprestimos A empresa e responsavel somente por suas proprias obrigacoes Os proprietarios nao sao responsaveis por qualquer obrigacao da empresa As corporacoes devem ser formadas legalmente reconhecidas em cartorio sob essa forma Posse Representada por divisao de quotas de acoes O proprietario de acoes e chamado de Acionista Quotista Titular de acoes O valor total das acoes da empresa e chamado de Patrimˆonio lıquido Nao ha limitacoes quanto ao numero de acionistas e nem da quantidade de dinheiro que uma empresa pode levantar vendendo acoes O proprietario tem direito a uma parcela do pagamento de dividendos De acordo com o seu capital as Sociedades anˆonimas podem ser de Capital aberto registradas ou listadas em bolsa eou Comissao de Valores Mobiliarios CVM As acoes e outros valores mobiliarios sao negociadas publicamente no mercado de acoes bolsa de valores ou mercado balcao Assim sao tambem conhecidas como empresas publicas Estao sujeitas a maior transparˆencia e regulacao pela CVM Capital fechado a maior parte de empresas As acoes devem ser negociadas de forma privada Transformac ao e Concentrac ao de Sociedades 1 Fusao 2 Incorporacao 3 Cisao 4 Consorcio Project Finance 5 Coligadas 6 Controladas 7 Holding 11 Financas Empresariais I 1 Introducao as Financas Empresariais 12 Financas CorporativasEmpresariais 122 Objetivo da empresa Maximizar o lucro Eficacia econˆomica Lucro e apurado por regime de competˆencia nao de caixa Lucro nao considera o risco inerente a atividade da empresa Empresas nao sao avaliadas somente pelo lucro mas considerase tecnologia qualidade estrategias precos imagem participacao de mercado Ignora o valor do dinheiro no tempo Maximizar o valor de mercado econˆomico Considerado mais indicado para decisoes financeiras Baseado no fluxo de caixa e os custos de oportunidade valor presente O custo de oportunidade e a remuneracao mınima exigida pelos credores e acionistas diante do risco assumido Nao depende de valores passados mas dos esperados Valor econˆomico fbenefıcios esperados risco taxa de retorno requerida Maximizar riqueza do acionista e sustentabilidade Objetivo principal das empresas Medido pelo preco de suas acoes Agregam riqueza as novas oportunidades de negocios novos mercados metodos de gestao tec nologia inovacao Incorporar boas praticas sociais ambientais sustentabilidade empresarial Esta esta relacionada com imagem de marca lealdade consumidor atracao e capital humano capacidade de adaptacao Maximizar o preco das ac oes e benefico para a sociedade Bemestar dos acionistas promove benefıcios a toda a sociedade Acionistas sao a sociedade nos Estados Unidos 60 das acoes negociadas indivıduos fundos investimento e de pensao Requer maior eficiˆencia das empresas reduzir custos aumentar qualidade Benefıcios aos empregados A Fortune lista as empresas mais admiradas Alem dos altos retornos essas empresas tˆem a alta qualidade dos pontos de vista dos clientes b os funcionarios que gostam de trabalhar nelas 123 O Papel do Gestor Financeiro O Gestor Financeiro lida principalmente com Ativos reais Ativos financeiros Tıtulos Financas Empresariais I 12 12 Financas CorporativasEmpresariais 1 Introducao as Financas Empresariais Mercados financeiros e mercados e de capitais Decisao de investimento orcamento de investimentos Decisao de financiamento Administrador Diretor Financeiro Controler Figura 11 Quem e o Gestor Financeiro Gestor Financeiro Operacoes da Empresa Mercados Financeiros 1 2 3 4b 4a 1 Fundos R de venda de ativos aos investidores 2 Fundos investidos na empresa 3 Fundos gerados pelas operacoes 4a Fundos reinvestidos 4b Retorno aos investidores Figura 12 Papel do Gestor Financeiro 13 Financas Empresariais I 1 Introducao as Financas Empresariais 12 Financas CorporativasEmpresariais CENTRO DE DECIS OES FI NANCEIRAS Dirigentes ATIVO IMOBILIZADO Industriais Comerciais Servicos Financeiros ATIVO LIQUIDOS OPERACIONAIS AC PC Ciclo OperacionalCiclo de Investimento MERCADOS FINANCEIROS Fornecedores de Capitais Acionistas Credores finan ceiros Ciclo de Financiamento GOVERNO PORTF OLIO DE ATIVOS ESTRUTURA DE FINANCIAMENTO DECIS AO DE INVESTIMENTO DECIS AO DE FINANCIAMENTO Figura 13 O Circuito Financeiro Dinˆamica Decisoes Financeiras Funcoes Planejamento financeiro evidenciar necessidades de crescimento identificar dificuldades futuras e rentabilidade sobre os investimentos Controle financeiro analise e correcao de desvios entre previsto e realizado acompanhar desempenho financeiro da empresa custos ganhos margens volume liquidez endivida mento analise execucao do planejamento controladoria e auditoria Administracao de ativos aplicacao de recursos melhor estrutura de risco e retorno dos in vestimentos gestao de capital de giro Administracao de passivos gerenciamento do financiamento e estrutura de capital ou gestao financeira de longo prazo Polıtica e Gestao Financeira Medio e Longo Prazo Estrategias Financeiras Polıtica de investimento aplicacao de recursos de financiamento captacao de recursos de destinacao de resultados decisoes de di videndos e financiamento interno Curto Prazo Gestao da Tesouraria Gestao do ativo circulante do passivo circulante 124 Fluxo de caixa e valor Como os fluxos de caixa afetam o valor de um investimento Financas Empresariais I 14 12 Financas CorporativasEmpresariais 1 Introducao as Financas Empresariais Figura 14 Principais Funcoes do Gestor Financeiro Caixa Vendas de Bens ou Servicos aos Clientes Operacoes Compra de Bens ou Servicos para as Operacoes Vendas de Ativo Permanente Investimentos Compra de Ativo Permanente Emissao de Obrigacoes e Acoes Financiamento Pagamento de Divi dendos Liquidacao de Obrigacoes e Re compra de Acoes Entradas de Caixa Saıdas de Caixa Figura 15 A importˆancia do Caixa Quantidade de fluxos de caixa esperados maior e melhor Timing da sequˆencia do fluxo de caixa mais cedo e melhor Risco dos fluxos de caixa menos risco e melhor Fluxos de caixa livres FCL Os fluxos de caixa livres free cash flow FCF sao os fluxos de caixa disponıveis ou livres para distribuicao a todos os investidores acionistas e credores da empresa FCL receitas de vendas custos operacionais impostos operacionais investimentos necessarios em capital operacional Decisoes financeiras e risco Resultado operacional retorno produzido pelas decisoes de investimento da empresa sem consi derar como os ativos sao financiados Risco econˆomico operacional inerente a atividade da empresa e as caracterısticas do mercado em que opera sazonalidade tecnologiaestrutura de custos 15 Financas Empresariais I 1 Introducao as Financas Empresariais 12 Financas CorporativasEmpresariais Risco financeiro associado as decisoes de financiamento liquidar seus compromissos financeiros grau de endividamento Investimento Risco e Retorno Recursos de Terceiros Recursos Proprios Lucro Operacional Decisoes de Investimento Decisoes de Financiamento Custo de Captacao Custo do Capital Proprio Risco Financeiro Risco Econˆomico Figura 16 Decisoes Financeiras e Risco O risco afeta o custo de financiamento da empresa Esse custo pode ser mensurado atraves do Custo Medio Ponderado do Capital CMPC ou WACC O WACC e a taxa media de retorno exigida por todos os investidores da empresa O WACC e afetado por Estrutura de capital o uso relativo da dıvida e do patrimˆonio como fonte de financiamento da empresa Taxa de juros Risco da empresa Atitude geral dos investidores em relacao ao risco O que determina o valor fundamental ou intrınseco de uma empresa O valor intrınseco e a soma de todos os fluxos de caixa livres futuros esperados quando convertidos em reais de hoje Valor FCL1 1WACC1 FCL2 1WACC2 FCL 1WACC Financas Empresariais I 16 12 Financas CorporativasEmpresariais 1 Introducao as Financas Empresariais Figura 17 Equacao de valor 125 Objetivo da empresa e problema de agˆencia Equipe de gerenciamento empresarial Em uma empresa de maior porte a posse propriedade e o controle sao geralmente separados Conselho de administracao Eleito por acionistas Possui autoridade maxima na tomada de decisoes Principal executivo CEO O conselho delega as decisoes que envolvem o gerenciamento diario da empresa ao CEO Em uma empresa podem existir muitos acionistas cujas prioridades sao distintas Mesmo que todos os acionistas concordem com as metas da empresa elas devem ser implementa das Esse e o trabalho da equipe de gerencial Conflito de propriedade e gestao na empresa Administradores podem atuar em funcao de seus interesses particulares em detrimento de objeti vos dos acionistas Principal agente Jensen Meckling 1976 acionistas principal somente conseguirao que os administradores agentes tomem as melhores decisoes somente se ha um conjunto de incentivos e compensacao pelos resultados alcancados maior monitoramento da gestao EVA MVA Esses mecanismos representam um custo custo de agˆencia que pode ser reduzido dificilmente eliminado 17 Financas Empresariais I 1 Introducao as Financas Empresariais 12 Financas CorporativasEmpresariais Conflitos na empresa Objetivos diferentes Gestores vs acionistas Gestores de topo vs gestores operacionais Acionistas vs bancos e outros credores Diferencas na informacao Precos das acoes e rentabilidades Emissao de acoes e de outros tıtulos Dividendos pagar ou nao Financiamento dıvida ou capital proprio Problemas de Agˆencia no Investimento de Capital Empresas tˆem que estabelecer mecanismos de incentivos para lidar com Diminuicao do esforco Benefıcios adicionais Construcao de imperios Investimento entrincheirado Evitar o risco Conflito entre outros stakeholders da empresa Stakeholders sao aqueles cuja participacao contınua e crucial para que a empresa sobreviva sem problemas serios Tipicamente abrangem acionistas e investidores funcionarios clientes e forne cedores em conjunto com o grupo stakeholder Estado que oferecem recursos a empresa e cujas taxas e outras obrigacoes devem ser pagas Michael Jensen no artigo Value Maximization Stakeholder Theory and the Corporate Objective Function de 2001 discute a maximizacao de valor esclarecendo a teoria dos publicos relevantes Na busca de equilıbrio entre stakeholders primarios Robert Kaplan e David Norton no livro The Balanced Scorecard BSC de 1996 descrevem uma ferramenta o BSC que estabelece o elo entre a estrategica empresarial e os resultados de sua implementacao por meio de indicadores sobre financas clientes processos e pessoas O desempenho do CEO Se o desempenho de um CEO estiver sendo fraco os acionistas podem demonstrar sua insatisfacao vendendo suas acoes Essa pressao pode fazer com que o preco das acoes diminua Se torna um alvo para ser adquirida por outra empresainvestidores Compra hostil Acoes com precos baixos podem incitar especuladores agressivos a comprarem acoes sufici entes permitindolhes substituir a equipe de gerenciamento atual O preco das acoes aumen tara depois que a nova equipe de gerenciamento reorganizar a empresa Falˆencia empresa nao consegue pagar suas dıvidas Logo o controle e assumido pelos credores stakeholders para recuperacao ou e liquidada Financas Empresariais I 18 13 Empresa e Ambiente Financeiro 1 Introducao as Financas Empresariais 13 Empresa e Ambiente Financeiro Administrador financeiro necessita conhecer a estrutura de mercado em que sua empresa atua Estruturas de mercado Concorrˆencia muitos vendedores do mesmo produto preco custos Monopolıstica produtos similares diferenciacao Oligopolio pequeno numero de empresas muitos compradores conluios Monopolio um fabricante ou prestador de servico Monopolio Natural custo de produzir e menor que se a mesma quantidade fosse produzida por mais de uma empresa ie CEMIG Classificacao Mercados Tipo de Ativo comercializado De ativos reais De ativos financeiros Prazos de entrega A vista ou Spot Futuros ou Termo Prazos das dıvidas Monetario vencimento antes de um ano De Capitais tıtulos de longo prazo e acoes Tipos de credito Hipotecario imoveis Ao consumidor autos viagens Abrangˆencia geografica Mundial Nacional Regional local Origem dos tıtulos Primario primeira emissao empresa Secundario ja emitidos Derivativos financeiros Tabela 11 Os Mercados Financeiros 131 Intermediac ao financeira e regulac ao O Mercado financeiro MF formado por compradores deficitarios vendedores poupadores de recursos dinheiro negociado a um preco taxa de juros Os mercados financeiros promovem o Processo Poupanca e Investimento Renda nao consumida direcionada para maior consumo futuro atraves do investimento no MF Logo o MF proporciona Liquidez eficiˆencia e diminuicao de custos de transacao Esta dividido em diferentes segmentos como monetario credito capitais cambial Ha dois tipos de intermediacao financeira Intermediacao Financeira ou propriamente dita Agentes Superavitarios depositam ou aplicam seus recursos em uma Instituicao Financeira Por exemplo Depositos a Vista contascorrentes Depositos a Prazo CDB Certificado de Deposito Bancario RDB Recibo de Deposito Bancario Letra de Cˆambio e Poupanca Agentes Deficitarios tomam estes recursos na forma de Operacoes de Credito Por exemplo Emprestimos em Conta sem destinacao especıfica Financiamentos Tıtulos Descontados Duplicatas Cheques Notas Promissorias e Leasing entre outros Neste caso nao ha contato entre os agentes deficitario e superavitario O intermediario financeiro realiza operacoes com cada um deles separadamente Recebe como recom pensa a diferenca das taxas de aplicacao e emprestimo o spread por assumir os riscos de credito o de variacao de precos 19 Financas Empresariais I 1 Introducao as Financas Empresariais 13 Empresa e Ambiente Financeiro Intermediacao ou desintermediacao Financeira Agentes Superavitarios adquirem como um investimento Tıtulos de Credito Mobiliarios Por exemplo Acoes e Debˆentures via Bolsa de Valores B3 e Mercado de Balcao Or ganizado e Nao Organizado Agentes Deficitarios tomam estes recursos na forma de tıtulos de credito inclusive abrindo a possibilidade de participacao de novos acionistas no seu Capital Social como parte do Patrimˆonio lıquido Neste caso o intermediario financeiro e um facilitador do encontro entre os agentes de ficitario e superavitario Normalmente recebe uma comissao ou taxa pelos servicos e normalmente nao assume riscos ja que o contrato e direto entre as partes O mercado financeiro e formado pelas Instituicoes Financeiras que realizam operacoes de intermediacao financeira em mercados como monetario mercado de credito e mercado de cˆambio Instituicoes Financeiras Sao as que realizam o processo de intermediacao financeira Principais tipos de instituicoes financeiras Bancos Comerciais BC Bancos Multiplos BM Bancos de In vestimentos BI Caixa Econˆomicas CE Sociedades de Credito Financiamento e Investimentos SCFI chamadas tambem Financeiras etc Para compensar o risco assumido pelas operacoes de credito fornecidas a terceiros dos recursos captados de seus clientes correntistas aplicadores eou poupadores os bancos sao remunerados por uma diferenca de taxas denominada Spread diferenca da taxa de captacao de recursos fornecida pelo banco versus a taxa de aplicacao destes mesmos recursos pelo banco Sistema Financeiro Nacional E o conjunto de instituicoes financeiras ou nao financeiras que uti lizam instrumentos financeiros e de capitais especıficos para captacao e aplicacao de recursos propiciando um fluxo regular de recursos entre agentes superavitarios ou poupadores aplicado res e deficitarios ou tomadores de recursos financeiros moeda Mercado de capitais e o segmento do mercado financeiro em que sao criadas as condicoes para que as empresas captem recursos diretamente dos investidores atraves da emissao de instrumentos financeiros com o objetivo principal de financiar suas atividades ou viabilizar projetos de investi mentos Nesse mercado as Instituicoes Financeiras ou Nao Financeiras Auxiliares Equiparadas realizam operacoes de intermediacao financeira Financas Empresariais I 20 13 Empresa e Ambiente Financeiro 1 Introducao as Financas Empresariais EMPRESA Intermediarios Financeiros Bancos Caixas Econˆomicas Financeiras e outras Fundos de pensao Fundos de investimento Outros intermediarios GOVERNO Mercados Financeiros Mercado Monetario Dıvidas a Curto Prazo CP Mercado de Capitais Obrigacoes ou Dıvidas de Medio e Longo Prazo MLP Acoes prazo nao definido INDIVIDUOS Demanda credito Oferta de credito Oferta de capital Demanda capital Figura 18 Circuito econˆomicofinanceiro Unidades Superavitarias Instituicoes Financeiras Unidades Deficitarias Obrigacoes primarias Obrigacoes secundarias Mercado Monetario de Credito Investidor Tomador R R Figura 19 Intermediacao financeira propriamente dita Subsistemas do Sistema Financeiro Nacional SFN o SFN dividese em dois grandes grupos distintos e complementares denominados subsistemas Subsistema Normativo Formado por instituicoes que estabelecem as regras e as diretrizes de funcionamento alem de definir os parˆametros para a intermediacao financeira e fiscalizar a atuacao das instituicoes operativas Composicao Conselho Monetario Nacional CMN Banco Central do Brasil BACEN Comissao de Valores Mobiliarios CVM Instituicoes Especiais Banco do Brasil BN DES e Caixa Econˆomica Federal 21 Financas Empresariais I 1 Introducao as Financas Empresariais 13 Empresa e Ambiente Financeiro Unidades Superavitarias Intermediarios Financeiros Unidades Deficitarias Obrigacoes primarias Obrigacoes secundarias Mercado de Capitais de Cˆambio Desintermediacao financeira Investidor Tomador R Figura 110 Intermediacao desintermediacao financeira Subsistema Operativo Formado por instituicoes que atuam na intermediacao financeira e tem como funcao operacionalizar a transferˆencia de recursos entre fornecedores de fundos e os tomadores de recursos a partir das regras diretrizes e parˆametros definidos pelo subsis tema normativo Composicao Instituicoes financeiras bancarias e nao bancarias Sistema Brasileiro de Poupanca e Emprestimo SBPE Instituicoes nao financeiras e auxiliares Tabela 12 Composicao do SFN httpwwwbcbgovbrSFNCOMPEV Orgaos normativos Entidades superviso ras Operadores Conselho Monetario Nacional CMN Banco Central do Bra sil Bacen Instituicoes financeiras captadoras de depositos a vista Demais instituicoes financeiras Ban cos de Cˆambio Outros intermediarios finan ceiros e administradores de re cursos de terceiros Comissao de Valores Mobiliarios CVM Bolsas de merca dorias e futuros Bolsas de valores Conselho Nacional de Seguros Privados CNSP Superintendˆencia de Seguros Privados Susep Resseguradores Sociedades segu radoras Sociedades de capitalizacao Entidades abertas de previdˆencia complementar Conselho Nacional de Previdˆencia Comple mentar CNPC Superintendˆencia Na cional de Previdˆencia Complementar PRE VIC Entidades fechadas de previdˆencia complemen tar fundos de pensao Financas Empresariais I 22 13 Empresa e Ambiente Financeiro 1 Introducao as Financas Empresariais Assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda e do SFN Administracao do sistema de pagamentos e do meio circulante Regulacao e supervisao do Sistema Financeiro Nacional Formulacao e gestao das polıticas monetaria e cambial compatıveis com as diretrizes do Governo Federal Com base na Lei 459564 Figura 111 Papel do Banco Central do Brasil 132 Indicadores do mercado financeiro As tabelas 13 14 e 15 apresentam informacoes sobre os principais indicadores dos mercados financei ros todos disponibilizados no site do Banco Central do Brasil httpswww3bcbgovbrsgspub localizarserieslocalizarSeriesdomethodprepararTelaLocalizarSeries Para os indica dores da ANBIMA veja httpswwwanbimacombrptbrinformarprecoseindicesindices imahtm Tabela 13 Variacao de alguns Indicadores Financeiros de Renda Fixa jul 2022 jun 2022 mai 2022 abr 2022 mar 2022 fev 2022 Acum Ano 12 meses 5 anos Selic 103 102 103 083 093 076 651 935 3296 CDI 103 102 103 083 093 076 651 935 3294 IPCAIMAB 088 036 096 083 307 054 348 325 5535 IMAS 104 107 111 069 091 092 679 989 3326 IMAGeral 047 043 092 054 157 074 502 595 4339 IMAIRFM1 105 093 095 075 089 074 613 811 3403 IMAIRFMs1 120 009 039 053 081 048 198 101 4037 Tabela 14 Variacao de alguns Indicadores Financeiros de Renda Variavel jul 2022 jun 2022 mai 2022 abr 2022 mar 2022 fev 2022 Acum Ano 12 meses 5 anos Dolar 095 1077 387 383 781 407 703 130 6573 Euro 347 805 212 135 907 378 1629 1289 4297 Libra 080 674 341 080 964 411 1609 1129 5303 OuroCMX 141 222 331 216 352 508 178 195 3992 Ibovespa 469 1150 322 1010 606 067 158 1530 5650 IBX50 454 1167 330 1051 543 152 143 1595 5641 DowJonesNYSE 673 671 004 491 182 305 976 598 5004 Ibovespa Dolar 569 2010 737 1342 1505 494 586 1639 557 1 fev 2005 a jul 2022 23 Financas Empresariais I 1 Introducao as Financas Empresariais 13 Empresa e Ambiente Financeiro Tabela 15 Estatısticas descritivas dos retornos mensais do Ibovespa Dolar e da Taxa Selic N Media Arit Media Geom Desv Pad Min Max Perc 25 Perc 75 Ibovespa 210 092 069 670 2990 1697 341 598 Selic 210 080 080 031 013 166 057 101 Dolar 210 043 033 472 1072 1713 274 332 fev 2005 a jul 2022 2005 2010 2015 2020 20000 40000 60000 80000 120000 Ibovespa Pontos 1 2 3 4 5 Selic Fator acumulado 20050103 a 20220819 Ibovespa Selic Figura 112 Evolucao do Indice Ibovespa e taxa Selic Consultar GROPPELLI A NIKBAKHT E Administracao Financeira 3 ed Sao Paulo Saraiva 2010 BRIGHAM E F EHRHARDT M C Administracao Financeira teoria e pratica Sao Paulo Cengage Learning 2016 BERK J DEMARZO P Financas Empresariais Porto Alegre Bookman 2009 GITMAN L J Princıpios de administracao financeira Sao Paulo Addison Wesley 2010 Financas Empresariais I 24 2 Analise de Informac oes financeiras Considerac oes a Analise de Demonstrac oes Contabeis A publicacao das informacoes financeiras O balanco patrimonial O demonstrativo de resultados O demonstrativo de fluxos de caixa Indicadores Financeiros Outras informacoes dos demonstrativos financeiros Manipulacao contabil 21 Demonstrac oes financeiras Relatorios contabeis com informacoes sobre o desempenho passado da empresa Elaboradas pelo regime de competˆencia ocorrˆencia o fato gerador nao na efetiva entrada e saıda de caixa Informam sobre a posicao financeira Informam sobre o desempenho e a mudanca nas posicoes financeiras da empresa Uteis a numerosos usuarios em suas tomadas de decisao Arquivados junto a Comissao de Valores Mobiliarios no caso de companhias abertas Trimestralmente Anualmente IANS 211 Principais Demonstrac oes Financeiras Balancos patrimoniais BP Demonstracoes de resultado DRE Demonstracao de Origem e Aplicacao de Recursos DOAR deixou de ser obrigatoria em 2008 Demostracao de Mutacoes no Patrimˆonio Lıquido DMPL inclui DLPA Fluxo de caixa DFC Demonstracao do Valor Adicionado DVA Cias abertas Quando elaborada a DMPL DLPA Demonstracao de Lucros e Prejuızos Acumulados 25 Robert Iquiapaza Financas Empresariais I 2 Analise de Informacoes financeiras 21 Demonstracoes financeiras Patrimˆonio Resultado Balanco Patrimonial BP Demonstracao do Resultado do Exercıcio DRE DLPA DMPL DOAR DVA DFC Figura 21 Demonstracoes Contabeis e sua relacao 212 Fontes e Aplicac oes de Recursos Fontes de Recursos Aumentos no passivo e reducoes de ativos Aplicacoes de Recursos Aumentos de ativos e reducoes de passivos Contas do Ativo Ativo Circulante Aplicacoes de curto prazo dinheiro ou ativos que poderiam ser convertidos em dinheiro dentro de um ano Ativo Nao Circulante Realizavel a Longo Prazo ou Aplicacoes de longo prazo com perıodo de realizacao definido Imobilizado Aplicacoes de longo prazo com carater permanente Diferido aplicacoes de recursos em despesas que contribuem a resultados de mais de um exercıcio Intangıvel marcas goodwill etc Aplicac ao dos Recursos Curto Prazo Aplicacoes Financeiras Disponibilidades Estoques Financiamento Clientes Adiantamento a Fornecedores Longo Prazo Financas Empresariais I 26 21 Demonstracoes financeiras 2 Analise de Informacoes financeiras Aplicacoes de Longo Prazo Marcas e Patentes PesquisasTecnologia Imoveis Instalacoes Maquinas e Equipamentos Contas do Passivo Capitais obtidos de terceiros ou proprios Capitais de Terceiros podem ser de curto ou longo prazos Passivo Circulante curto prazo contas que vencem em ate 360 dias Passivo Exigıvel a Longo Prazo ou Passivo Nao Circulante de longo prazo aquelas contas que vencem alem de um ano Capital proprio Patrimˆonio lıquido Capital social reservas lucrosprejuızos acumulados acoes em tesou raria 213 Estrutura do Balanco Patrimonial BP Um quadro da posicao financeira da empresa em um determinado momento ATIVO ATIVO CIRCULANTE ATIVO N AO CIRCULANTE Realizavel a Longo Prazo Investimentos Imobilizado Intangıvel interno PASSIVO PASSIVO CIRCULANTE PASSIVO N AO CIRCULANTE Exigıvel a Longo Prazo PATRIM ˆONIO LIQUIDO Capital Social Reserva de Capital Ajustes de Avaliacao Patri monial Reserva de Lucros Prejuızos Acumulados Figura 22 Principais contas do Balanco Patrimonial Fonte Lei das SAs Nº 6404 de 15 de Dezembro de 1976 alterada pela Lei 1194109 214 Capital de giro lıquido Capital da empresa recursos materiais de renovacao lenta imoveis instalacoes maquinas equi pamentos denominados capital fixo ou permanente e recursos de rapida renovacao dinheiro creditos estoques que formam seu capital circulante ou capital de giro tambem chamado de ativo corrente 27 Financas Empresariais I 2 Analise de Informacoes financeiras 21 Demonstracoes financeiras Capital de giro e o ativo circulante que sustenta as operacoes do diaadia da empresa e repre senta a parcela do investimento que circula de uma forma a outra durante a conducao normal dos negocios Capital de Giro Lıquido Tambem chamado de capital circulante lıquido corresponde a diferenca aritmetica entre o ativo circulante e o passivo circulante e representa a medida da liquidez da empresa refletindo sua capacidade de gerenciar as relacoes com fornecedores e clientes Capital de Giro Lıquido Ativos circulantes Exigıveis a curto prazo 215 Demonstrativo do Resultado do Exercıcio DRE Estrutura Detalhada 1 Receita Operacional Bruta ROB 1112 11 Venda de mercadorias 12 Servicos prestados 2 Deducoes 21 22 21 Devolucao de vendas 22 ICMS sobre vendas 3 Receita Operacional Lıquida ROL 1 2 4 Custo das Mercadorias Vendidas CMV 5 Lucro Bruto 3 4 6 Despesas Operacionais 61 62 63 61 Despesas com Vendas 62 Despesas Financeiras 63 Despesas Administrativas 7 Lucro Operacional 5 6 8 Outras Receitas 9 Outras Despesas 10 Lucro Lıquido Antes do IR e da CS 7 8 9 11 Provisao para Imposto de Renda e Contribuicao Social 12 Lucro ou Prejuızo Lıquido do Exercıcio 10 11 Resumidamente Receitas Operacionais Custos Despesas Operacionais Outras Receitas Outras Despesas Lucro do Exercıcio Financas Empresariais I 28 21 Demonstracoes financeiras 2 Analise de Informacoes financeiras Exemplo DRE XYZ Ano findo em 31 de dezembro Vendas 20000000 Custo dos produtos vendidos Depreciacao 500000 16000000 Lucro Bruto 4000000 Despesas Operacionais 2000000 Lucro operacional LAJIR 2000000 Encargos financeiros lıquidos juros 10 44000 Lucro antes de imposto de renda LAIR 195600 Provisao para imposto de renda e contribuicao social 40 782400 Lucro lıquido LL 1173600 Dividendos ordinarios 586800 Reserva de lucros 586800 Numero de acoes existentes NA 300000 Lucro por acao LPA LLNA 391 Lancamento previsto de acoes 100000 LPA diluıdo 293 Balanco Patrimonial XYZ em 31 de dezembro Ativo Passivo e Patrimˆonio Lıquido Caixa 90000 Contas a pagar 250000 Tıtulos negociaveis 130000 Tıtulos a pagar 140000 Contas a Receber 320000 Outros passivos circu lantes 20000 Estoques 250000 Total do ativo circulante 790000 Total do passivo circu lante 410000 Ativo Imobilizado Lıquido 1096800 Exigıvel a longo prazo 440000 Capital Acionario 350000 Reserva de lucros 686800 Total do ativo 1886800 Total do passivo e pa trimˆonio lıquido 1886800 29 Financas Empresariais I 2 Analise de Informacoes financeiras 21 Demonstracoes financeiras MicroDrive Inc Tabela 21 DRE milhoes Ano 3 Ano 2 Vendas Receita Lıquida 5000 4760 Custo das Mercadorias exc depreciacao 3800 3560 Outras despesas operacionais 500 480 Depreciacao 200 170 Tot Custos Operacionais 4500 4210 EBIT LAJIR 500 550 Despesas com juros 120 100 Lucro antes de impostos 380 450 Impostos 40 152 180 Lucro lıquido 228 270 Dividendos preferenciais 8 8 Lucro lıquido acionistas ordinarios 220 262 Se existem 50 milhoes de acoes ordinarias em circulacao cotadas no mercado a 40 no ano 2 podese verificar LPS EPS 524 VPA Book value per share 2600 O EBITDA ou LAJIDA lucro antes de juros impostos depreciacao e amortizacao no ano 2 foi 550 170 720 milhoes Tabela 22 Balanco Patrimonial em 31 de dezembro milhoes Ativo Ano 1 Ano 2 Passivo e Patrimˆonio Lıquido Ano 3 Ano 2 Caixa e equivalentes 50 60 Fornecedores a pagar 200 190 Investimentos de curto prazo 40 Emprestimos 280 130 Contas a receber 500 380 Provisoes 300 280 Estoques 1000 820 Total ativo circulantes 1550 1300 Total passivo circulante 780 600 Emprestimos de longo prazo 1200 1000 Acoes preferenciais 1 milhao 100 100 Acoes ordinarias 50 milhoes 500 500 Lucros retidos 970 800 Ativo imobilizado lıquido 2000 1700 Total do patrimˆonio lıquido 1470 1300 Total do Ativo 3550 3000 Total Passivo e Pa trimˆonio Lıquido 3550 3000 216 Demonstrac ao dos Fluxos de Caixa DFC Mostra os recebimentos e os pagamentos efetuados pela empresa em caixa bem como as atividades de investimento e financiamento Financas Empresariais I 30 21 Demonstracoes financeiras 2 Analise de Informacoes financeiras DFC e DRE sao dinˆamicas DBP e estatica FC de Operacoes producao de bens e servicos Entradas a vista contas a receber juros de aplicacoes nao originarios de investimento financiamento Saıdas pagamento fornecedores materia prima salarios impostos taxas juros de emprestimofinanciamento FC Financiamento emprestimos e financiamentos Entradas recebimento de emprestimos e outras entradas de recursos financeiros Saıdas pagamento de dividendos amortizacoes e bens adquiridos FC Investimentos referentes a aumentos ou diminuicao de ativos de LP utilizados na producao de bens ou servicos A DFC pode ser elaborada de duas formas 1 Metodo Direto Atividades Operacionais Recebimento de clientes Pagamento de contas Pagamento de despesas operacionais Pagamentos de impostos FC Atividades Operacionais Atividades Financiamento Novos emprestimos CP e LP Aumento de Capital Despesas financeiras Pagamento de dividendos FC Atividades Financiamento Atividades Investimento Aquisicao de Imobilizado Outros Investimentos FC Atividades Investimento Caixa Inicial Resultado do Caixa final 2 Metodo Indireto Atividades Operacionais Lucro Lıquido do Exercıcio Depreciacao Variacoes no circulante capital de giro FC Atividades Operacionais Atividades Financiamento 31 Financas Empresariais I 2 Analise de Informacoes financeiras 21 Demonstracoes financeiras Novos emprestimos CP e LP Aumento de Capital Despesas financeiras Pagamento de dividendos FC Atividades Financiamento Atividades Investimento Aquisicao de Imobilizado Outros Investimentos FC Atividades Investimento Caixa Inicial Resultado do Caixa final 217 Demonstrac ao de Valor Adicionado Obrigatoria para as companhias abertas Lei 1163807 incluiu inciso V ao art 176 da Lei 640476 Mensurar o valor da riqueza gerada por uma entidade e como a mesma foi distribuıda entre os diversos ˆambitos que contribuıram direta ou indiretamente para a sua geracao Extraıda da contabilidade tem como base o princıpio da competˆencia Evidencia os aspectos econˆomico e social do valor adicionado Na otica econˆomica expressa o desempenho da entidade na geracao da riqueza e a sua eficiˆencia na utilizacao dos fatores de producao comparando os valores de saıda com os valores de entrada Do ponto de vista social demonstra a forma de distribuicao da riqueza gerada a participacao dos empregados do governo dos agentes financiadores e dos acionistas alem da parcela retida pela empresa 218 Outras informac oes dos demonstrativos financeiros Parecer do auditor Relatorio da administracao Transacoes fora do balanco patrimonial Notas explicativas dos demonstrativos financeiros Comunicacao de fatos relevantes Financas Empresariais I 32 22 Estimando Fluxos de Caixa 2 Analise de Informacoes financeiras 22 Estimando Fluxos de Caixa Tabela 23 Demonstracao de Fluxo de Caixa MicroDrive IncAno 3 milhoes Atividades operacionais Lucro lıquido antes de dividendo preferencial 228 Ajustes Depreciacao 200 Aumento nas contas a receber 120 Aumento em estoques 180 Aumento em contas a pagar 10 Aumento em provisoes 20 Caixa lıquido gerado nas atividades operacionais 158 Atividades de investimento Caixa utilizado para adquirir ativos permanentes 500 Venda de aplicacoes de curto prazo 40 Caixa lıquido gerado pelas atividades de investimentos 460 Atividades de Financiamento Aumento em emprestimos curto prazo 150000 Aumento em emprestimos longo prazo 200 Pagamento de dividendos em dinheiro 58 Caixa lıquido gerado por atividades de financiamento 292 Soma Mudanca lıquida no caixa 10 Caixa no inicio do ano 60 Caixa no final do ano 50 De 476 bilhoes em vendas gerou apenas 158 milhoes de caixa de operacoes devido ao aumento no capital de giro A empresa gastou 500 milhoes em ativos permanentes A empresa se endividou muito e vendeu alguns investimentos de curto prazo para atender as suas necessidades de caixa Mesmo apos o emprestimo a conta de caixa caiu em 10 milhoes O fluxo de caixa lıquido pode ser calculado Fluxo de caixa lıquido Lucro lıquidoReceitas que nao afetam caixaItens que nao afetam o caixa O mesmo tambem pode ser aproximado Fluxo de caixa lıquido Lucro lıquidodepreciacao e amortizacao Fluxo de caixa lıquido 220200 420milhoes 33 Financas Empresariais I 2 Analise de Informacoes financeiras 22 Estimando Fluxos de Caixa 221 Fluxo de caixa livre disponıvel para distribuic ao O valor intrınseco das operacoes de uma empresa e determinado pelos fluxos de caixa que as operacoes irao gerar agora e no futuro Especificamente os fluxos de caixa livres FCL definidos como o lu cro operacional apos impostos menos o montante de novos investimentos em capital de giro e ativos necessarios para a sustentabilidade do negocio Este FCL pertence a todos os investidores da empresa credores e acionistas observe que nao considera os juros da dıvida Para o ano 2 temse O lucro operacional lıquido apos imposto net operating profit after taxes NOPAT NOPAT EBIT 1Alıquota de imposto NOPAT 550104 330 milhoes O capital de giro operacional lıquido net operating working capital NOWC e a diferenca entre ativos e passivos circulantes operacionais NOWC Caixa Contas a receber EstoquesContas a pagar Provisoes NOWC 60380820190280 790 milhoes O capital operacional lıquido total e soma do NOWC com os ativos operacionais de longo prazo Total capital operacional lıquido 7901700 2490 milhoes Pode ser verificado que para o ano 3 essa variavel foi de 3050 milhoes Assim o investimento lıquido em capital operacional foi 3050 2490 560 milhoes O fluxo de caixa livre no ano 3 FCL NOPAT investimento lıquido em capital operacional FCL 300560 260 milhoes Tambem poderia ser calculado utilizando FCL NOPAT Investimento lıquido em ativo fixoInvestimento NOWC FCL 300200017001050790 260 milhoes O fluxo de caixa livre pode ser usado para Pagar juros da dıvida Pagar o principal da dıvida Pagar dividendos aos acionistas Recomprar acoes Comprar tıtulos de curto prazo ou outros ativos nao operacionais Assim o valor de uma empresa para seus investidores depende do valor presente de seus FCLs esperados descontado ao custo medio ponderado de capital da empresa O retorno sobre o capital investido ROIC NOPAT Capital operacional 300 3050 983 Financas Empresariais I 34