27
História
UFJF
27
História
UNICESUMAR
48
História
FIC
13
História
FIC
15
História
UNICESUMAR
2
História
UNICESUMAR
8
História
FIC
1
História
UNOPAR
Texto de pré-visualização
A FORMAÇÃO DA CRISTANDADE Das Origens na Tradição JudaicoCristã à Ascensão e Queda da Unidade Medieval Christopher Dawson do mundo e da Igreja e ainda o papel decisivo dos indivíduos dos poucos que se são chamados a testemunhar diante de sua época e então mudar o fluxo da história Não conheço nenhum autor cuja mente tenha sido permeada de modo mais profundo pelas imagens e ideias do Antigo Testamento que John Henry Newman especialmente no período decisivo de sua carreira11 11 A teoria judaicocristã da história também teve enorme influência na moderna filosofia da história secular De fato o livro que deu início à escola alemã de filosofia da história Die Geschichte der Messtcheseschule als Aeudacaz da Humanidade Godfereid Ephraim Lessing 17291781 era simplesmente a versão geseuerena racionalizada da doutrina tradicional Ela também exerceu uma influência considerável na raça social mas nem sempre para o bem Inspirou judeus a promover duas revoltas violentas desastrosas para a humanidade as insurreições messiânicas judaicas 70 de e a revolta judaica contra Roma em 132135 dE que terminou na morte dos romanos e na destruição da cidade Foram também as revoltas e utópicos na história cristã Foi importante sobretudo nos Estados Unidos desde os próprios puritanos do século XVII inclusive o professor Perry Miller 19051963 e consequentemente teve um efeito considerado na história norteamericana posterior de 115 a 117 e finalmente na época de Adriano 76138 de 132 a 135 Foram superadas somente após anos de amargos combates que não terminaram até que toda a nação estivesse reduzida quase a um deserto e o povo hebreu quase exterminado A luz que é um dos argumentos a favor da guerra contra os três as forças da luz que é um dos documentos mais interessantes que descobrimos em Wadia cum rata a mentalidade dos homens que lutaram na guerra é nossa ilustração da resistência deles era intensificada pela crença bastante literal numa súplica intervenção divina que os daria a total vitória no final após a vinda de Jesus e a emergência do cristianismo foram quase contemporâneas aos últimos estágios da comunidade de Qumran durante o confiiito com Roma Assim como os homens que corriam para o grande conflito quando o povo hebreu estava tomando de Qumran no credo centuri da igreja sobre Jesus viu na expectativa e da advento iminente do Reino que marcaria o fim de uma era e o início de uma nova ordem mundial O Reino que Jesus pregou contudo não era o reino que os judeus estavam esperando nem a história de sua missão como salvador messiânico estava na linha correspondida A imagem que o povo hebreu tinha nutrido do filho do homem e da fila que veio foi a de um rei guerreiro triunfante que iria destruir o poder dos gentios e restaurar o poder de Israel E verdade que o reino em hebraico Malchuh shamayim não é exatamente o que significa o termo realeza ou a natureza autocrática e real talvez a palavra imperia está mais próxima que a palavra regnum mas mesmo assim passa conotações políticas que estão ausentes no Evangelho dos Evangelhos já que supõe a ideia próximo do Reino dos autores apocalípticos uma vez que supõe a existência de uma nova dispensação uma vez que de ordem mundial Mesmo aí existe diferenças no entanto entre Jesus e os apóstolos do Evangelho já está presente O Reino de Deus está que o Reino vós Lucas 1721 ou O Reino de Deus já chegou a vós Lucas da igreja da diáspora como o próprio São Paulo eram judeocristãos Sobretudo São Pedro o príncipe dos apóstolos que estivera no comando da igreja de Jerusalém nos primeiros tempos era bastante ativo no nas diáspora primeiro em Antioquia e depois em Roma onde segundo uma tradição antiga e bem atestada tanto ele quanto São Paulo foram levados à morte O papel de São Pedro foi de notável importância nessa progressão porque foram sua autoridade e influência que preservaram a unidade da propaganda revolucionária de São Paulo aos gentios e da tradição judaicocristã Além disso havia um bom motivo para editar que foi sob influência e representação do apóstolo Pedro que o Evangelho mais antigo o de São Marcos foi escrito em Roma durante os anos 60 o que confere uma estrutura histórica estável aceita tanto por judeocristãos como por gentios como fundamento da fé Posteriormente São Lucas repetiu essa mesma narrativa evangelica ampliada compondo o livro mais antigo em Jerusalém e sua expansão com sua história da fundação da igreja em Jerusalém Paulo as prescreveu aos gentios Desse modo foi criada uma escritura clássica oficial na qual todos esses elementos sobrevivem os dizeres de Jesus a fundação das igrejas as epístolas paulinas e outras tradições apostólicas podia riam ser incorporadas Nessa última na última metade do primeiro século o problema judaico não era mais tão agudo para os convertidos oriundos de judaismo e cristianismo gentio Para os conversos em mais de um ambiente judaicoalemão o cristianismo não parecia mais uma religião de espécie de judaísmo Era para os devidos efeitos em Cristo o Filho de Deus o Evangelho da Salvação da humanidade judaica concluída Quanto mais estavam desnuidos da comunidade judaica contudo mais estavam expostas à hostilidade do mundo pagão já que não tinham mais uma posição social de uma comunidade reconhecida de compatriotas para protegêlos Assim os primeiros cristãos pareciam viver num vácuo social pendendo entre os mundos dos judeus e dos gentios e esse isolamento cultural nada mais era senão a expressão social de uma questão espiritual mais profunda da qual estavam plenamente conscientes Algumas que vimos em mais detalhes até aqui indicam esses renites à vida do Cristo histórico O antigo Israel tinha perdido seu posto uma nova ordem nasceria cujos primeiros frutos eram os próprios cristão já possuindo um Reino celeste e esperança tinham somente que esperar pela manifestação final e o triunfo de Jesus da guerra juízo e justiça exclusivas que se daria quando o bicho fora vencido Consequentemente os cristãos estavam num universalismo que embora admirável não se atreveu a chegar à conclusões decisivas a respeito do judaísmo e da tradição judaica Colossenss 311 a consciência judaica parecia suspensa num estado de desequilíbrio Foi o cristianismo portanto e não o judaísmo que colheu a safra dos primeiros esforços missionários feitos pelas comunidades judaicas das cidades helenísticas Ademais após a revolta de 66 a 70 AD que resultou da destruição de Jerusalém e as duas revoltas subsequentes de 115117 e 132135 que migraram para comunidades da diáspora e tal modelo também para as comunidades da diaspóra que ficou e revelação cuidada da lei e a elaboração de comentários a partir dos preceitos da escritura muito embaixo mas isolada e com o contato com o mundo dos gentios muito embaixo mas isolada e com o contato com o mundo os laços das comunidades judaicas em ter contribuído para fortalecer os laços das comunidades judaicas em de Cristo e substituída pela nova lei que era a lei da liberdade e não havia mais espaço para nenhuma distinção entre judeus e gentios Vós sois todos filhos de Deus pela fé em Jesus Cristo pois todos vós que fostes batizados em Cristo vos vestistes de Cristo Não há judeu nem grego não há escravo nem livre não há homem nem mulher pois todos vós sois um em Cristo Jesus E se vos sóis de Cristo então sois descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa Gálatas 32629 Foi essa nova pregação que criou a grande mediterrâneo até Antioquia ao longo das margens do Mar Mediterrâneo até Antioquia ao longo da Ásia Menor da Macedônia da Grécia e da própria Roma Eis o tema dos Atos dos Apóstolos que é uma história verdadeiramente epistolar uma espécie de crônica cristão Fá e Emé dapes espiritual à Roma São Paulo esse foi o motivo da chegada sam da figura heroica que efectuou a missão sagrada por meio do trabalho sobrehumanos e sofrimentos Infelizmente não temos nenhum registros comparável com a igreja espanhola ou em direção ao Oriente e construção da cristianização da Mesopotâmia surgil pois as tradições sobre a fundação da igreja da Mesopotâmia são duvidáveis Mas é provável que o cristianismo síriaco tenha derivado da igreja dos gentios possivel mente de Antioquia e não da igreja judaica em Jerusalém Esta man terce a natureza e tradições por todo o cataclismo da Primeira Guerra JudaicoRomana e da Terceira Guerra JudaicoRomana durante a cristianização romana e bizantina que mergulhou a zona numa nova idade escura igualmente séria da perseguição dos próprios gentios Aos poucos todavia perdeu contato com a igreja dos gentios cont rários de modo que por volta do terceiro século a vemos imergir na posição de seita heterodoxa Está lado tanto da igreja como da sinagoga judaica e dividida internamente pelo cisma volta do ano 101 Quesaitas surgidos por volta do caminho marcado da cruz foi o ponto crítico da verdade a crise messiânica do povo hebreu como um igreja cristã a igreja Católica Na primeira geração não era é claro totalmente composta por gentios mas muitos dos membros e líderes Mas vós vos aproximastes do Monte Sião e da Cidade do Deus vivo a Jerusalém celestial e de milhões de anjos reunidos em festa e da assembléia dos primogênitos cujos nomes estão inscritos nos céus e da igreja dos santos dos espíritos dos justos que chegaram à perfeição e de Jesus mediador de uma nova aliança e do sangue da aspersão eloquente que o de Abel Hebreus 122224 Todas as coisas foram mudadas Céu e terra serão abalados Somente o Reino permanecerá firme Diante desses extraordinários eventos de transformação mundial todas as diferentes classes e cultas entre os primeiros cristãos desapareceram Punham em prática com relação a eles mesmos a parábola de Jesus que falava de um homem que dera um grande jantar e que os convidados tinham se recusado a comparecer de modo que os lugares foram preenchidos pelos sobejos das ruas os pobres os estropiados os cegos e os coxos Lucas 141624 A unidade da comunidade estava exatamente numa unidade sobrenatural que não dependia de circunstâncias externas mas da vida espiritual dos fiéis entre si em Cristo Essa união era realizada sobre tudo nos sacramentos que eram os canais para a transmissão da vida do Espírito divino no meio do qual o Cristo incorpóreo no no organismo divino ou corpo místico do qual Cristo era a cabeça cujo Corpo em sua inteiraza bem ajustado e unido por meio de toda junta e ligadura com a operação harmoniosa de cada uma de suas partes realiza seu crescimento para a sua própria edificação no amor Efésios 416 A unidade do organismo estava limitada à vida espiritual interior do corpo do cristão e da caridade mas também afinal um princípio de órgão do externo de autoridade hierárquica As diferentes ocupações ou ministérios na Igreja representam as funções orgânicas de um Corpo como os órgãos físicos têm funções separadas e interdependentes uma coordenação da mesma forma que a comunal organizada e a vida hierárquica da Igreja Desde as primeiras comunidades cristãs estas nao eram vistas como corpos autônomos independentes Ainda que estivessem espalhadas pelo mundo romano entre muitas cidades e povos elas eram coisas muito como Cristo era um Como Cristos fora mandado para o mundo pelo Pai da mesma maneira os apóstolos foram mandados por Cristo e os ministros das igrejas locais presbíteros episcopos diacono receberam a função e a autoridade dos apóstolos Essa insistência na unidade apostólica e na tradição na autoridade e na autoria da passagem e do ensino da cristiandade primitiva assim como o Novo Testamento e os escritos do período Pósapostólico relativamente pouco importa Tudo depende da autoridade do grupo central dos apóstolos que eram os fundadores e superintendentes da nova comunidade em segundo lugar os outros representantes do ministério supre rior profetas mestres e missionários cujas atividades não estavam confinadas a nenhum lugar particular como o ministério local era na verdade de importância como o provável novo ministério na São Paulo dos diferentes ministérios ou carismas da Igreja Em primeiro lugar apóstolos em segundo lugar profetas em terceiro lugar doutores Vem a seguir o segundo lugar profetas das curas da assistência do governo das várias igrejas e depois as contribuições da importância dos apóstolos os pais fundadores das igrejas Atos 1228 A importância dos apóstolos tanto como fonte e regra da fé assim como fonte e centro de autoridade e mesmo as Igrejas que não foram diretamente fundadas por eles buscaramnos para orientação e aceitá la autoridade fiscalizados por assim como as demais igrejas Contudo quando os apóstolos faleceram os problemas da organizaçã eclesiástica se tornou importante imediata para a Igreja A insistência na unidade da igreja e a manutenção da tradição apostólica fortalecerase quatro antes mas para ser eficaz tinha de ser intensificada pelo fortalecimento do ministério local pelo lado da subordinação hierárquica Temos um indício muito valioso deste período de transição na carta escrita por São Clemente I 99 O Romano em nome da Igreja de Roma para a Igreja de Corinto por volta do ano 97 pois esta havia deposto do ministério seus principais presbíteros Toda a epístola é dedicada à defesa do princípio da ordem hierárquica e da autoridade de como provenientes da tradição dos apóstolos Os apóstolos foram constituídos pelo Senhor Jesus Cristo pregadores do Evangelho para muitos Jesus Cristo mesmo o Filho de Deus os designou por Deus E assim enquanto parlamentavam o Espírito da verdade que tudo põe à luz lhes ensinava os que obedeciam ao designio de Deus iam estabelecendo os primeiros bispos e diáconos destas igrejas passandolhes a prova no espírito Também nossos Apóstolos deram testemunho por Nosso Se nhor Jesus Cristo de que haverá disputa pelo episcopado Por isso com base em sua carta que a dispusta cessou anocedem entre os presbíteros do colégio após admitirem que cediam uns aos outros por muitos exímios varões com o consentdo de todos os sucessores a norma de que quando morressem outros homens postos a prova os sucederiam no ministério e na presidência dos fiéis para que não faltasse a hierarquia Nesse momento vemos que a insistência de São Clemente na res peito do princípio da autoridade e da sucessão apostólica na Igreja e a consequência necessária da sucessão apostólica os cristaos são um povo a parte com o povo de Deus no sentido literal há uma continuidade com o primeiro momento da Igreja mas há mais Conquanto a igreja o Império apesar das perseguições e martírios é envolta ainda numa passiva hostilidade aos cristãos a recusa ainda das práticas judaicas como do adoramento dos deuses pagãos ainda está presente em qualquer cerimônias públicas e a deles como um separado da vida civil do mundo helenísticoromano à deliberada provocação a suspeita a hostilidade das autoridades O Império viveuse na presença das várias denominações religiosas que não compreendia mas que tinha e suspeitava E quando se testemunharam a luta de vida e morte do povo hebreu contra Roma e a distinção entre judeus e cristãos não era tão clara e traço aparente às autoridades se acentuou durou a pouco tempo posteriormente foi a se tornar o Caio Suetônio 69141 menciona a perseguição na época de Domício 5196 daqueles que dissimulando a perseguição inevitavelmente foi atribuida pelos cristãos seu povo A reação dos próprios cristãos à perseguição é o sentimento importante É no primeiro século provavelmente no governo de Domí ciano em que os cristãos experimentaram perseguições e sentiram a hostilidade do Império Romano que encontramos a expressão mais veemente da reação às águas do Apocalipse Roma substituía os cristãos a grande maioria dos pagãos inocentes e que era a ideia de martírio seja o tema dominante ao longo do período da perseguição aos cristãos que abrange todo o período do Novo Testamento até Eusébio de Cesareia 265339 Na primeira era da Igreja o ideal de santidade estava corporificado na figura do mártir o homem que testemunhava com o próprio sangue que era de cristãos O ideal mesmo da palavra Santo Antipas bispo cristianíssimo de Esmirna que foi 13440 é a palavra Pérgamo 190 martírio a resistência foi a consagração a vós Apocalipse 213 e a referência em São João de três testemunhas o Espírito a água do batismo e o sangue do martírio 1 João 578 Ao longo da época da perseguição mais uma vez as lutas e o papel de cada vez mais importante do martírio foi desenvolvida na literatura que versa sobre o assunto as Epístolas de Santo Inácio de Antioquia 35598107 o Martírio de Policarpo escrito por volta do ano de 156 a Carta a Diogneto final do século II a Carta da Igreja de Lida e várias outras igrejas da Ásia da Frígia mais tarde o martírio ocorreu em 177 nas Atas de Santo Policarpo 181203 e seu companheiro e as Cartas e Atas de São Cipriano de Cartago 258 nos dá um conhecimento mais íntimo da mentalidade dos primeiros cristãos do que quaisquer outros documentos Mostram claramente a exaltação e glorificação do martírio a expectativa e a esperança que marcava a vida cristã e o triunfo dos mártires foi fastalhado pelos fiéis como propriedade e glória comuns a todos Ao escrever uma testemunharam a luta de vida e morte do povo hebreu contra Roma a distinção entre judeus e cristãos não era tão clara e traço aparente às autoridades se acentuou durou a pouco tempo posteriormente foi a se tornar o Caio Suetônio 69141 menciona a perseguição na época de Domício 5196 daqueles que dissimulando a perseguição inevitavelmente foi atribuida pelos cristãos seu povo A reação dos próprios cristãos à perseguição é o sentimento importante É no primeiro século provavelmente no governo de Domício em que os cristãos experimentaram perseguições e sentiram a hostilidade do Império Romano que encontramos a expressão mais veemente da reação às águas do Apocalipse Roma substituía os cristãos a grande maioria dos pagãos inocentes e que era a ideia de martírio seja o tema dominante ao longo do período da perseguição aos cristãos que abrange todo o período do Novo Testamento até Eusébio de Cesareia 265339 Na primeira era da Igreja o ideal de santidade estava corporificado na figura do mártir o homem que testemunhava com o próprio sangue que era de cristãos O ideal mesmo da palavra Santo Antipas bispo cristianíssimo de Esmirna que foi 13440 é a palavra Pérgamo 190 martírio a resistência foi a consagração a vós Apocalipse 213 e a referência em São João de três testemunhas o Espírito a água do batismo e o sangue do martírio 1 João 578 Ao longo da época da perseguição mais uma vez as lutas e o papel de cada vez mais importante do martírio foi desenvolvida na literatura que versa sobre o assunto as Epístolas de Santo Inácio de Antioquia 35598107 o Martírio de Policarpo escrito por volta do ano de 156 a Carta a Diogneto final do século II a Carta da Igreja de Lida e várias outras igrejas da Ásia da Frígia mais tarde o martírio ocorreu em 177 nas Atas de Santo Policarpo 181203 e seu companheiro e as Cartas e Atas de São Cipriano de Cartago 258 nos dá um conhecimento mais íntimo da mentalidade dos primeiros cristãos do que quaisquer outros documentos Mostram claramente a exaltação e glorificação do martírio a expectativa e a esperança que marcava a vida cristã e o triunfo dos mártires foi fastalhado pelos fiéis como propriedade e glória comuns a todos Ao escrever uma carta sobre a compreensão do martírio e da vida cristã a Igreja São Clemente está errado em tomar parte em qualquer cerimônias públicas e a deliberação separação da vida civil do mundo helenísticoromano dévesse ter provocado a suspeita a hostilidade das autoridades O Império viveuse na presença das várias denominações religiosas que não compreendia mas que tinha e suspeitava E quando se testim A Formação da Cristandade Capítulo 6 época de relativa paz Orígenes 185253 recordava as perseguições anteriores como à época de ouro da Igreja Os dias da verdadeira fé foram aqueles em que tivemos muitos mártires nos dias em que costumávamos levar os corpos dos mártires para o cemitério e voltar a uma única assembleia Naqueles dias a Igreja estava em festa para os que caíam pela fé Todos permanecíamos na confissão até o exato momento da morte sem teriam prepararlos para a confessa a fé no pouco feita nessa ocasião vacilar ou falhantar na crença no Deus vivo Havia cristãos a figura do mártir mais verdadeiros que se criam conduza a vida Assim sendo a cultura dos próprios cristãos a figura do mártir tomou o lugar do herói da cultura pagã e a vida era lenda dos mártires substituiram os mitos heróicos e lendas que eramos elementos mais populares e persistentes da antiga cultura É difícil exagerar a importância do culto dos mártires para a cultura cristã Cada uma das igrejas importantes tinha seus próprios mártires que eram tomados da comunidade espiritual e cuja fortaleza a solidariedade da comunidade espiritual É havia também personagens muito famosas cujas histórias eram conhecidas por todo o mundo cristão os megamártires como São Zºntinos 300 São Jorge 275281303 São Sérgio 303 São Cosme 287 e São Damião 287 e os cultos eram amplamente difundidos tanto no Oriente quanto no Ocidente da Pérsia à Gália Desde cedo o culto dos mártires também encontrou expressão na arte assim como na abertura das catacumbas e na arte do martýrium ou câmara funerária no desenvólvimento da igreja centralizada com cúpula Em Roma sobretudo a vida da Igreja centralizavase nos grandes cemitérios suburbanos que surgiam em propriedades privadas fora dos 7 Orígenes De principii 3332 In Jean Danielou Origen New York Sheed and Ward 1955 p 41 10 A Carta Diógnato Intr e notas Dom Fernando A Figueredo trad Abadia de Santa Maria Petropolis Vozes 2003 VI p 24225 NT o que é a alma no corpo são no mundo os cristãos Encontrase alma em todos os membros do corpo e os cristãos dispersamse por todas as cidades do mundo A carne odeia a alma e a combate também o mundo odeia os cristãos mas são eles que sustent o cosmos Deus os colocou em tão elevado posto que não lhes é lícito recusar A Formação da Cristandade Capítulo 6 que renunciava a arte da cultura cristã das eras vindouras Não menos importante que o ideal do martírio era o da virgindade que remonta à primeira era da Igreja Na verdade que também estavam associadosprimária e em segredo ao ideal do mártir pelo culto das virgens mártires como Santa Inês 304317 bastante popular e que pela ideia da virgindade era uma espécie de testemunho o ideal de fé para transcender a vida de martírio assim o ideal de ascetismo como uma luta para superar o mundo e carné rememora as origens mártires para a ampla cultura cristã a ideal de martírio e virgindade Nas palavras de São Cipriano habet et pax coronas suas a paz também tem seus louros É assim como os confessores e as virgens tinham uma posição uma do nu na igreja se chamam ascetas Os primeiros ascetas foram os monges Os monges chegam próximo da vida monástica escreve não eram monges vivendo uma vida ascética já que eram cristãos demais fiéis Eram por assim dizer prêmonges é fácil entender como tal instituição infantil inevitavelmente evolui sob circunstâncias favoráveis para uma vida monástica plena Era um início bem modesto e dificilmente no século II podemos falar da cultura cristã então haviam sido postos os fundamentos de uma tradição de vida que não era mera recusa gregos imitando e mentos para uma nova tradição sob a inspiração de um novo espírito Isso é apresentado de maneira bem intensa na Carta Diógneto que é um dos escritos pósapostólicos mais notáveis O autor descreve os cristãos como dissensos em todos os lugares tanto na Grécia quanto nas cidades do mundo exteriormente como quaisquer outros homens mas de modo totalmente diferente na vida íntima São diz a carta uma terceira raça nem judeus ou gregos mais algo novo De fato conclui Síntese Temática I O Amadurecimento das Primeiras Comunidades Cristãs e sua Progressiva Separação do Judaísmo Introdução A ascensão do Cristianismo nos primeiros séculos dC foi marcada por um processo complexo de desenvolvimento e transformação Inicialmente os seguidores de Jesus se identificavam como judeus messiânicos coexistindo e participando das práticas religiosas judaicas tradicionais No entanto com o passar do tempo divergências teológicas e práticas levaram a um gradual distanciamento do Judaísmo culminando na formação de uma nova religião distinta o Cristianismo Esse fenômeno é crucial para compreender a formação da civilização ocidental conforme argumentado por Dawson em A Vinda do Reino de Deus Dawson destaca o papel fundamental da religião especialmente do Cristianismo na evolução da sociedade europeia Central para essa compreensão é a visão cristã do Reino de Deus Essa concepção não apenas moldou a compreensão medieval do mundo mas também influenciou a organização social as instituições políticas e a visão de progresso histórico A crença no Reino de Deus motivou os esforços de expansão e evangelização cristãs além de impulsionar busca por reformas sociais e morais ao longo da história Dawson amplia a compreensão do Reino de Deus apresentandoo não apenas como uma realidade futura mas também como uma realidade presente e ativa na história Essa perspectiva mais complexa pode ter influenciado a teologia cristã levando outros teólogos a refletir sobre a natureza do Reino de Deus e sua relação com a história e a sociedade O Amadurecimento das Primeiras Comunidades Cristãs No contexto do Cristianismo Antigo essa compreensão do Reino de Deus contribuiu para o amadurecimento das comunidades cristãs e sua separação gradual do judaísmo À medida que o Cristianismo se expandia e se estabelecia como uma religião distinta as comunidades cristãs desenvolviam suas próprias práticas crenças e identidade As primeiras comunidades cristãs se formaram em torno de Jerusalém após a morte e ressurreição de Jesus Lideradas pelos apóstolos estas comunidades se caracterizavam por uma intensa vida comunitária compartilhando bens e recursos praticando a caridade e dedicandose à oração e ao estudo das escrituras As experiências de Pentecostes e a conversão de Paulo de Tarso impulsionaram a expansão do Cristianismo para além das fronteiras judaicas alcançando o mundo grecoromano Diversos fatores contribuíram para a progressiva separação das comunidades cristãs do Judaísmo Em primeiro lugar diferenças teológicas foram fundamentais nesse processo Enquanto o Cristianismo centralizava sua fé em Jesus Cristo como o Messias divino e Filho de Deus o Judaísmo aguardava a vinda de um Messias humano e terrestre Além disso a crença na ressurreição de Jesus e a perspectiva escatológica cristã com a promessa da vida eterna divergiam das crenças judaicas tradicionais Outro ponto de divergência estava nas práticas religiosas O Cristianismo abandonou o sistema sacrificial judaico substituindoo pelo sacrifício único de Jesus na cruz Além disso práticas como o batismo a importância da Eucaristia e a veneração de santos e mártires se diferenciavam dos ritos judaicos estabelecidos No contexto sociopolítico as tensões entre o Cristianismo nascente e as autoridades judaicas e romanas foram crescendo culminando na destruição do Segundo Templo de Jerusalém em 70 dC Esse evento histórico marcou um ponto de inflexão separando ainda mais as duas religiões e solidificando a identidade cristã como uma entidade distinta do Judaísmo Assim é evidente que uma série de fatores teológicos práticos e históricos contribuíram para a separação gradual das comunidades cristãs do Judaísmo no contexto do Cristianismo Antigo Esse processo foi fundamental para o amadurecimento e a consolidação do Cristianismo como uma religião independente com suas próprias crenças práticas e identidade distintas Consequências da Separação A separação do Judaísmo teve profundas consequências para o desenvolvimento do Cristianismo Primeiramente ela resultou na formação de uma nova identidade para as comunidades cristãs Elas se consolidaram como uma religião distinta com suas próprias crenças práticas e identidade separadas das tradições judaicas que as influenciaram inicialmente Além disso a separação permitiu uma expansão missionária mais ampla para o Cristianismo Livre das restrições judaicas a nova fé pôde se espalhar rapidamente para diferentes culturas e povos do mundo grecoromano levando sua mensagem além das fronteiras étnicas e geográficas originais No entanto essa separação também trouxe desafios e perseguições para os primeiros cristãos Eles enfrentaram hostilidade tanto do Império Romano que via o Cristianismo como uma ameaça à ordem social estabelecida quanto do Judaísmo ortodoxo que considerava a nova fé uma apostasia de suas tradições Essas perseguições contribuíram paradoxalmente para a coesão e o fortalecimento das comunidades cristãs fortalecendo sua identidade e compromisso com sua fé Reflexões sobre o Papel do Cristianismo na Atualidade Apesar de ter perdido parte de sua hegemonia cultural e social em diversas regiões do mundo o Cristianismo ainda exerce uma influência significativa na vida de milhões de pessoas na atualidade É fundamental refletir sobre como essa influência se manifesta na sociedade contemporânea levando em conta uma série de aspectos relevantes Primeiramente os valores morais e éticos derivados do Cristianismo continuam a inspirar ações e movimentos sociais em busca de um mundo mais justo e compassivo Princípios como caridade amor ao próximo justiça e compaixão permanecem como pilares fundamentais para muitas pessoas e comunidades orientando suas escolhas e comportamentos no dia a dia Além disso as instituições e organizações ligadas ao Cristianismo desempenham um papel relevante em diversos setores da sociedade contemporânea Tanto a Igreja Católica quanto outras denominações cristãs estão envolvidas em atividades educacionais de saúde assistência social e na defesa dos direitos humanos impactando positivamente a vida de indivíduos em diferentes partes do mundo Outro ponto a considerar é o crescente engajamento do Cristianismo em um diálogo interreligioso Cada vez mais comunidades cristãs buscam promover a paz a compreensão mútua e o respeito à diversidade por meio do diálogo e da colaboração com outras tradições religiosas Essa abordagem contribui para construir pontes entre diferentes culturas e crenças fomentando um ambiente de cooperação e tolerância em um mundo cada vez mais pluralista Em suma ao refletir sobre o papel do Cristianismo na atualidade é importante reconhecer sua influência contínua em diversos aspectos da vida social e cultural Valores fundamentais instituições atuantes e um compromisso crescente com o diálogo interreligioso destacamse como características relevantes desse fenômeno religioso em um contexto global em constante transformação Conclusão O amadurecimento das primeiras comunidades cristãs e sua progressiva separação do Judaísmo representam um período complexo e multifacetado na história do Cristianismo Estes processos foram influenciados por uma série de fatores incluindo divergências teológicas práticas religiosas distintas e um contexto sociopolítico desafiador Apesar das tensões e conflitos iniciais esse período marcou a consolidação do Cristianismo como uma nova religião pronta para expandir sua influência pelo mundo A obra de Christopher Dawson A Vinda do Reino de Deus oferece uma contribuição valiosa para a compreensão do papel do Cristianismo na história da civilização ocidental Dawson destaca como a crença no Reino de Deus permeou diversos aspectos da sociedade medieval desde sua organização política até sua cultura e visão de progresso No entanto para uma compreensão mais completa é crucial considerar algumas nuances e pontos para reflexão que complementam a visão do autor Em primeiro lugar é importante reconhecer a diversidade de interpretações da doutrina ao longo da história Desde uma abordagem literal e apocalíptica até interpretações mais simbólicas e espirituais essa diversidade influenciou diferentes correntes do pensamento cristão e suas ações no mundo Além disso é fundamental considerar outros fatores que moldaram a civilização ocidental além da religião A herança grecoromana as estruturas políticas e sociais préexistentes as transformações econômicas e as dinâmicas culturais também desempenharam papéis significativos na formação da sociedade ocidental Compreender a interação complexa entre esses elementos é essencial para uma análise abrangente É importante também reconhecer que a perspectiva de Dawson sobre o papel dominante do Cristianismo na história foi objeto de críticas por parte de alguns historiadores e estudiosos Argumentase que outros fatores como o secularismo e o Iluminismo também tiveram influências importantes na formação da civilização ocidental Nesse sentido é crucial fomentar um diálogo construtivo sobre a influência do Cristianismo e de outras correntes de pensamento Em suma enquanto a obra de Christopher Dawson oferece uma contribuição valiosa para a compreensão da história do Cristianismo e sua influência na civilização ocidental é essencial considerar diferentes perspectivas e ponderar a interação entre a religião e outros fatores históricos e sociais Ao refletir sobre o papel do Cristianismo na atualidade podemos compreender melhor suas contribuições para a sociedade e os desafios que enfrenta em um mundo em constante mudança Referências Bibliográficas ABDALLA Maurício O Reino de Deus e o poder político Fé e Política à luz da experiência atual do poder Vida Pastoral 246 2006 p 311 DAWSON Christopher A Vinda do Reino de Deus São Paulo Edições Loyola 2006 CONGREGAÇÃO PARA DOUTRINA DA FÉ Instrução sobre a Liberdade cristã e a Libertação Libertatis Conscientia São Paulo Edições Paulinas 1986 75p Coleção A voz do Papa 110 AAS 79 1987 p 554599
27
História
UFJF
27
História
UNICESUMAR
48
História
FIC
13
História
FIC
15
História
UNICESUMAR
2
História
UNICESUMAR
8
História
FIC
1
História
UNOPAR
Texto de pré-visualização
A FORMAÇÃO DA CRISTANDADE Das Origens na Tradição JudaicoCristã à Ascensão e Queda da Unidade Medieval Christopher Dawson do mundo e da Igreja e ainda o papel decisivo dos indivíduos dos poucos que se são chamados a testemunhar diante de sua época e então mudar o fluxo da história Não conheço nenhum autor cuja mente tenha sido permeada de modo mais profundo pelas imagens e ideias do Antigo Testamento que John Henry Newman especialmente no período decisivo de sua carreira11 11 A teoria judaicocristã da história também teve enorme influência na moderna filosofia da história secular De fato o livro que deu início à escola alemã de filosofia da história Die Geschichte der Messtcheseschule als Aeudacaz da Humanidade Godfereid Ephraim Lessing 17291781 era simplesmente a versão geseuerena racionalizada da doutrina tradicional Ela também exerceu uma influência considerável na raça social mas nem sempre para o bem Inspirou judeus a promover duas revoltas violentas desastrosas para a humanidade as insurreições messiânicas judaicas 70 de e a revolta judaica contra Roma em 132135 dE que terminou na morte dos romanos e na destruição da cidade Foram também as revoltas e utópicos na história cristã Foi importante sobretudo nos Estados Unidos desde os próprios puritanos do século XVII inclusive o professor Perry Miller 19051963 e consequentemente teve um efeito considerado na história norteamericana posterior de 115 a 117 e finalmente na época de Adriano 76138 de 132 a 135 Foram superadas somente após anos de amargos combates que não terminaram até que toda a nação estivesse reduzida quase a um deserto e o povo hebreu quase exterminado A luz que é um dos argumentos a favor da guerra contra os três as forças da luz que é um dos documentos mais interessantes que descobrimos em Wadia cum rata a mentalidade dos homens que lutaram na guerra é nossa ilustração da resistência deles era intensificada pela crença bastante literal numa súplica intervenção divina que os daria a total vitória no final após a vinda de Jesus e a emergência do cristianismo foram quase contemporâneas aos últimos estágios da comunidade de Qumran durante o confiiito com Roma Assim como os homens que corriam para o grande conflito quando o povo hebreu estava tomando de Qumran no credo centuri da igreja sobre Jesus viu na expectativa e da advento iminente do Reino que marcaria o fim de uma era e o início de uma nova ordem mundial O Reino que Jesus pregou contudo não era o reino que os judeus estavam esperando nem a história de sua missão como salvador messiânico estava na linha correspondida A imagem que o povo hebreu tinha nutrido do filho do homem e da fila que veio foi a de um rei guerreiro triunfante que iria destruir o poder dos gentios e restaurar o poder de Israel E verdade que o reino em hebraico Malchuh shamayim não é exatamente o que significa o termo realeza ou a natureza autocrática e real talvez a palavra imperia está mais próxima que a palavra regnum mas mesmo assim passa conotações políticas que estão ausentes no Evangelho dos Evangelhos já que supõe a ideia próximo do Reino dos autores apocalípticos uma vez que supõe a existência de uma nova dispensação uma vez que de ordem mundial Mesmo aí existe diferenças no entanto entre Jesus e os apóstolos do Evangelho já está presente O Reino de Deus está que o Reino vós Lucas 1721 ou O Reino de Deus já chegou a vós Lucas da igreja da diáspora como o próprio São Paulo eram judeocristãos Sobretudo São Pedro o príncipe dos apóstolos que estivera no comando da igreja de Jerusalém nos primeiros tempos era bastante ativo no nas diáspora primeiro em Antioquia e depois em Roma onde segundo uma tradição antiga e bem atestada tanto ele quanto São Paulo foram levados à morte O papel de São Pedro foi de notável importância nessa progressão porque foram sua autoridade e influência que preservaram a unidade da propaganda revolucionária de São Paulo aos gentios e da tradição judaicocristã Além disso havia um bom motivo para editar que foi sob influência e representação do apóstolo Pedro que o Evangelho mais antigo o de São Marcos foi escrito em Roma durante os anos 60 o que confere uma estrutura histórica estável aceita tanto por judeocristãos como por gentios como fundamento da fé Posteriormente São Lucas repetiu essa mesma narrativa evangelica ampliada compondo o livro mais antigo em Jerusalém e sua expansão com sua história da fundação da igreja em Jerusalém Paulo as prescreveu aos gentios Desse modo foi criada uma escritura clássica oficial na qual todos esses elementos sobrevivem os dizeres de Jesus a fundação das igrejas as epístolas paulinas e outras tradições apostólicas podia riam ser incorporadas Nessa última na última metade do primeiro século o problema judaico não era mais tão agudo para os convertidos oriundos de judaismo e cristianismo gentio Para os conversos em mais de um ambiente judaicoalemão o cristianismo não parecia mais uma religião de espécie de judaísmo Era para os devidos efeitos em Cristo o Filho de Deus o Evangelho da Salvação da humanidade judaica concluída Quanto mais estavam desnuidos da comunidade judaica contudo mais estavam expostas à hostilidade do mundo pagão já que não tinham mais uma posição social de uma comunidade reconhecida de compatriotas para protegêlos Assim os primeiros cristãos pareciam viver num vácuo social pendendo entre os mundos dos judeus e dos gentios e esse isolamento cultural nada mais era senão a expressão social de uma questão espiritual mais profunda da qual estavam plenamente conscientes Algumas que vimos em mais detalhes até aqui indicam esses renites à vida do Cristo histórico O antigo Israel tinha perdido seu posto uma nova ordem nasceria cujos primeiros frutos eram os próprios cristão já possuindo um Reino celeste e esperança tinham somente que esperar pela manifestação final e o triunfo de Jesus da guerra juízo e justiça exclusivas que se daria quando o bicho fora vencido Consequentemente os cristãos estavam num universalismo que embora admirável não se atreveu a chegar à conclusões decisivas a respeito do judaísmo e da tradição judaica Colossenss 311 a consciência judaica parecia suspensa num estado de desequilíbrio Foi o cristianismo portanto e não o judaísmo que colheu a safra dos primeiros esforços missionários feitos pelas comunidades judaicas das cidades helenísticas Ademais após a revolta de 66 a 70 AD que resultou da destruição de Jerusalém e as duas revoltas subsequentes de 115117 e 132135 que migraram para comunidades da diáspora e tal modelo também para as comunidades da diaspóra que ficou e revelação cuidada da lei e a elaboração de comentários a partir dos preceitos da escritura muito embaixo mas isolada e com o contato com o mundo dos gentios muito embaixo mas isolada e com o contato com o mundo os laços das comunidades judaicas em ter contribuído para fortalecer os laços das comunidades judaicas em de Cristo e substituída pela nova lei que era a lei da liberdade e não havia mais espaço para nenhuma distinção entre judeus e gentios Vós sois todos filhos de Deus pela fé em Jesus Cristo pois todos vós que fostes batizados em Cristo vos vestistes de Cristo Não há judeu nem grego não há escravo nem livre não há homem nem mulher pois todos vós sois um em Cristo Jesus E se vos sóis de Cristo então sois descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa Gálatas 32629 Foi essa nova pregação que criou a grande mediterrâneo até Antioquia ao longo das margens do Mar Mediterrâneo até Antioquia ao longo da Ásia Menor da Macedônia da Grécia e da própria Roma Eis o tema dos Atos dos Apóstolos que é uma história verdadeiramente epistolar uma espécie de crônica cristão Fá e Emé dapes espiritual à Roma São Paulo esse foi o motivo da chegada sam da figura heroica que efectuou a missão sagrada por meio do trabalho sobrehumanos e sofrimentos Infelizmente não temos nenhum registros comparável com a igreja espanhola ou em direção ao Oriente e construção da cristianização da Mesopotâmia surgil pois as tradições sobre a fundação da igreja da Mesopotâmia são duvidáveis Mas é provável que o cristianismo síriaco tenha derivado da igreja dos gentios possivel mente de Antioquia e não da igreja judaica em Jerusalém Esta man terce a natureza e tradições por todo o cataclismo da Primeira Guerra JudaicoRomana e da Terceira Guerra JudaicoRomana durante a cristianização romana e bizantina que mergulhou a zona numa nova idade escura igualmente séria da perseguição dos próprios gentios Aos poucos todavia perdeu contato com a igreja dos gentios cont rários de modo que por volta do terceiro século a vemos imergir na posição de seita heterodoxa Está lado tanto da igreja como da sinagoga judaica e dividida internamente pelo cisma volta do ano 101 Quesaitas surgidos por volta do caminho marcado da cruz foi o ponto crítico da verdade a crise messiânica do povo hebreu como um igreja cristã a igreja Católica Na primeira geração não era é claro totalmente composta por gentios mas muitos dos membros e líderes Mas vós vos aproximastes do Monte Sião e da Cidade do Deus vivo a Jerusalém celestial e de milhões de anjos reunidos em festa e da assembléia dos primogênitos cujos nomes estão inscritos nos céus e da igreja dos santos dos espíritos dos justos que chegaram à perfeição e de Jesus mediador de uma nova aliança e do sangue da aspersão eloquente que o de Abel Hebreus 122224 Todas as coisas foram mudadas Céu e terra serão abalados Somente o Reino permanecerá firme Diante desses extraordinários eventos de transformação mundial todas as diferentes classes e cultas entre os primeiros cristãos desapareceram Punham em prática com relação a eles mesmos a parábola de Jesus que falava de um homem que dera um grande jantar e que os convidados tinham se recusado a comparecer de modo que os lugares foram preenchidos pelos sobejos das ruas os pobres os estropiados os cegos e os coxos Lucas 141624 A unidade da comunidade estava exatamente numa unidade sobrenatural que não dependia de circunstâncias externas mas da vida espiritual dos fiéis entre si em Cristo Essa união era realizada sobre tudo nos sacramentos que eram os canais para a transmissão da vida do Espírito divino no meio do qual o Cristo incorpóreo no no organismo divino ou corpo místico do qual Cristo era a cabeça cujo Corpo em sua inteiraza bem ajustado e unido por meio de toda junta e ligadura com a operação harmoniosa de cada uma de suas partes realiza seu crescimento para a sua própria edificação no amor Efésios 416 A unidade do organismo estava limitada à vida espiritual interior do corpo do cristão e da caridade mas também afinal um princípio de órgão do externo de autoridade hierárquica As diferentes ocupações ou ministérios na Igreja representam as funções orgânicas de um Corpo como os órgãos físicos têm funções separadas e interdependentes uma coordenação da mesma forma que a comunal organizada e a vida hierárquica da Igreja Desde as primeiras comunidades cristãs estas nao eram vistas como corpos autônomos independentes Ainda que estivessem espalhadas pelo mundo romano entre muitas cidades e povos elas eram coisas muito como Cristo era um Como Cristos fora mandado para o mundo pelo Pai da mesma maneira os apóstolos foram mandados por Cristo e os ministros das igrejas locais presbíteros episcopos diacono receberam a função e a autoridade dos apóstolos Essa insistência na unidade apostólica e na tradição na autoridade e na autoria da passagem e do ensino da cristiandade primitiva assim como o Novo Testamento e os escritos do período Pósapostólico relativamente pouco importa Tudo depende da autoridade do grupo central dos apóstolos que eram os fundadores e superintendentes da nova comunidade em segundo lugar os outros representantes do ministério supre rior profetas mestres e missionários cujas atividades não estavam confinadas a nenhum lugar particular como o ministério local era na verdade de importância como o provável novo ministério na São Paulo dos diferentes ministérios ou carismas da Igreja Em primeiro lugar apóstolos em segundo lugar profetas em terceiro lugar doutores Vem a seguir o segundo lugar profetas das curas da assistência do governo das várias igrejas e depois as contribuições da importância dos apóstolos os pais fundadores das igrejas Atos 1228 A importância dos apóstolos tanto como fonte e regra da fé assim como fonte e centro de autoridade e mesmo as Igrejas que não foram diretamente fundadas por eles buscaramnos para orientação e aceitá la autoridade fiscalizados por assim como as demais igrejas Contudo quando os apóstolos faleceram os problemas da organizaçã eclesiástica se tornou importante imediata para a Igreja A insistência na unidade da igreja e a manutenção da tradição apostólica fortalecerase quatro antes mas para ser eficaz tinha de ser intensificada pelo fortalecimento do ministério local pelo lado da subordinação hierárquica Temos um indício muito valioso deste período de transição na carta escrita por São Clemente I 99 O Romano em nome da Igreja de Roma para a Igreja de Corinto por volta do ano 97 pois esta havia deposto do ministério seus principais presbíteros Toda a epístola é dedicada à defesa do princípio da ordem hierárquica e da autoridade de como provenientes da tradição dos apóstolos Os apóstolos foram constituídos pelo Senhor Jesus Cristo pregadores do Evangelho para muitos Jesus Cristo mesmo o Filho de Deus os designou por Deus E assim enquanto parlamentavam o Espírito da verdade que tudo põe à luz lhes ensinava os que obedeciam ao designio de Deus iam estabelecendo os primeiros bispos e diáconos destas igrejas passandolhes a prova no espírito Também nossos Apóstolos deram testemunho por Nosso Se nhor Jesus Cristo de que haverá disputa pelo episcopado Por isso com base em sua carta que a dispusta cessou anocedem entre os presbíteros do colégio após admitirem que cediam uns aos outros por muitos exímios varões com o consentdo de todos os sucessores a norma de que quando morressem outros homens postos a prova os sucederiam no ministério e na presidência dos fiéis para que não faltasse a hierarquia Nesse momento vemos que a insistência de São Clemente na res peito do princípio da autoridade e da sucessão apostólica na Igreja e a consequência necessária da sucessão apostólica os cristaos são um povo a parte com o povo de Deus no sentido literal há uma continuidade com o primeiro momento da Igreja mas há mais Conquanto a igreja o Império apesar das perseguições e martírios é envolta ainda numa passiva hostilidade aos cristãos a recusa ainda das práticas judaicas como do adoramento dos deuses pagãos ainda está presente em qualquer cerimônias públicas e a deles como um separado da vida civil do mundo helenísticoromano à deliberada provocação a suspeita a hostilidade das autoridades O Império viveuse na presença das várias denominações religiosas que não compreendia mas que tinha e suspeitava E quando se testemunharam a luta de vida e morte do povo hebreu contra Roma e a distinção entre judeus e cristãos não era tão clara e traço aparente às autoridades se acentuou durou a pouco tempo posteriormente foi a se tornar o Caio Suetônio 69141 menciona a perseguição na época de Domício 5196 daqueles que dissimulando a perseguição inevitavelmente foi atribuida pelos cristãos seu povo A reação dos próprios cristãos à perseguição é o sentimento importante É no primeiro século provavelmente no governo de Domí ciano em que os cristãos experimentaram perseguições e sentiram a hostilidade do Império Romano que encontramos a expressão mais veemente da reação às águas do Apocalipse Roma substituía os cristãos a grande maioria dos pagãos inocentes e que era a ideia de martírio seja o tema dominante ao longo do período da perseguição aos cristãos que abrange todo o período do Novo Testamento até Eusébio de Cesareia 265339 Na primeira era da Igreja o ideal de santidade estava corporificado na figura do mártir o homem que testemunhava com o próprio sangue que era de cristãos O ideal mesmo da palavra Santo Antipas bispo cristianíssimo de Esmirna que foi 13440 é a palavra Pérgamo 190 martírio a resistência foi a consagração a vós Apocalipse 213 e a referência em São João de três testemunhas o Espírito a água do batismo e o sangue do martírio 1 João 578 Ao longo da época da perseguição mais uma vez as lutas e o papel de cada vez mais importante do martírio foi desenvolvida na literatura que versa sobre o assunto as Epístolas de Santo Inácio de Antioquia 35598107 o Martírio de Policarpo escrito por volta do ano de 156 a Carta a Diogneto final do século II a Carta da Igreja de Lida e várias outras igrejas da Ásia da Frígia mais tarde o martírio ocorreu em 177 nas Atas de Santo Policarpo 181203 e seu companheiro e as Cartas e Atas de São Cipriano de Cartago 258 nos dá um conhecimento mais íntimo da mentalidade dos primeiros cristãos do que quaisquer outros documentos Mostram claramente a exaltação e glorificação do martírio a expectativa e a esperança que marcava a vida cristã e o triunfo dos mártires foi fastalhado pelos fiéis como propriedade e glória comuns a todos Ao escrever uma testemunharam a luta de vida e morte do povo hebreu contra Roma a distinção entre judeus e cristãos não era tão clara e traço aparente às autoridades se acentuou durou a pouco tempo posteriormente foi a se tornar o Caio Suetônio 69141 menciona a perseguição na época de Domício 5196 daqueles que dissimulando a perseguição inevitavelmente foi atribuida pelos cristãos seu povo A reação dos próprios cristãos à perseguição é o sentimento importante É no primeiro século provavelmente no governo de Domício em que os cristãos experimentaram perseguições e sentiram a hostilidade do Império Romano que encontramos a expressão mais veemente da reação às águas do Apocalipse Roma substituía os cristãos a grande maioria dos pagãos inocentes e que era a ideia de martírio seja o tema dominante ao longo do período da perseguição aos cristãos que abrange todo o período do Novo Testamento até Eusébio de Cesareia 265339 Na primeira era da Igreja o ideal de santidade estava corporificado na figura do mártir o homem que testemunhava com o próprio sangue que era de cristãos O ideal mesmo da palavra Santo Antipas bispo cristianíssimo de Esmirna que foi 13440 é a palavra Pérgamo 190 martírio a resistência foi a consagração a vós Apocalipse 213 e a referência em São João de três testemunhas o Espírito a água do batismo e o sangue do martírio 1 João 578 Ao longo da época da perseguição mais uma vez as lutas e o papel de cada vez mais importante do martírio foi desenvolvida na literatura que versa sobre o assunto as Epístolas de Santo Inácio de Antioquia 35598107 o Martírio de Policarpo escrito por volta do ano de 156 a Carta a Diogneto final do século II a Carta da Igreja de Lida e várias outras igrejas da Ásia da Frígia mais tarde o martírio ocorreu em 177 nas Atas de Santo Policarpo 181203 e seu companheiro e as Cartas e Atas de São Cipriano de Cartago 258 nos dá um conhecimento mais íntimo da mentalidade dos primeiros cristãos do que quaisquer outros documentos Mostram claramente a exaltação e glorificação do martírio a expectativa e a esperança que marcava a vida cristã e o triunfo dos mártires foi fastalhado pelos fiéis como propriedade e glória comuns a todos Ao escrever uma carta sobre a compreensão do martírio e da vida cristã a Igreja São Clemente está errado em tomar parte em qualquer cerimônias públicas e a deliberação separação da vida civil do mundo helenísticoromano dévesse ter provocado a suspeita a hostilidade das autoridades O Império viveuse na presença das várias denominações religiosas que não compreendia mas que tinha e suspeitava E quando se testim A Formação da Cristandade Capítulo 6 época de relativa paz Orígenes 185253 recordava as perseguições anteriores como à época de ouro da Igreja Os dias da verdadeira fé foram aqueles em que tivemos muitos mártires nos dias em que costumávamos levar os corpos dos mártires para o cemitério e voltar a uma única assembleia Naqueles dias a Igreja estava em festa para os que caíam pela fé Todos permanecíamos na confissão até o exato momento da morte sem teriam prepararlos para a confessa a fé no pouco feita nessa ocasião vacilar ou falhantar na crença no Deus vivo Havia cristãos a figura do mártir mais verdadeiros que se criam conduza a vida Assim sendo a cultura dos próprios cristãos a figura do mártir tomou o lugar do herói da cultura pagã e a vida era lenda dos mártires substituiram os mitos heróicos e lendas que eramos elementos mais populares e persistentes da antiga cultura É difícil exagerar a importância do culto dos mártires para a cultura cristã Cada uma das igrejas importantes tinha seus próprios mártires que eram tomados da comunidade espiritual e cuja fortaleza a solidariedade da comunidade espiritual É havia também personagens muito famosas cujas histórias eram conhecidas por todo o mundo cristão os megamártires como São Zºntinos 300 São Jorge 275281303 São Sérgio 303 São Cosme 287 e São Damião 287 e os cultos eram amplamente difundidos tanto no Oriente quanto no Ocidente da Pérsia à Gália Desde cedo o culto dos mártires também encontrou expressão na arte assim como na abertura das catacumbas e na arte do martýrium ou câmara funerária no desenvólvimento da igreja centralizada com cúpula Em Roma sobretudo a vida da Igreja centralizavase nos grandes cemitérios suburbanos que surgiam em propriedades privadas fora dos 7 Orígenes De principii 3332 In Jean Danielou Origen New York Sheed and Ward 1955 p 41 10 A Carta Diógnato Intr e notas Dom Fernando A Figueredo trad Abadia de Santa Maria Petropolis Vozes 2003 VI p 24225 NT o que é a alma no corpo são no mundo os cristãos Encontrase alma em todos os membros do corpo e os cristãos dispersamse por todas as cidades do mundo A carne odeia a alma e a combate também o mundo odeia os cristãos mas são eles que sustent o cosmos Deus os colocou em tão elevado posto que não lhes é lícito recusar A Formação da Cristandade Capítulo 6 que renunciava a arte da cultura cristã das eras vindouras Não menos importante que o ideal do martírio era o da virgindade que remonta à primeira era da Igreja Na verdade que também estavam associadosprimária e em segredo ao ideal do mártir pelo culto das virgens mártires como Santa Inês 304317 bastante popular e que pela ideia da virgindade era uma espécie de testemunho o ideal de fé para transcender a vida de martírio assim o ideal de ascetismo como uma luta para superar o mundo e carné rememora as origens mártires para a ampla cultura cristã a ideal de martírio e virgindade Nas palavras de São Cipriano habet et pax coronas suas a paz também tem seus louros É assim como os confessores e as virgens tinham uma posição uma do nu na igreja se chamam ascetas Os primeiros ascetas foram os monges Os monges chegam próximo da vida monástica escreve não eram monges vivendo uma vida ascética já que eram cristãos demais fiéis Eram por assim dizer prêmonges é fácil entender como tal instituição infantil inevitavelmente evolui sob circunstâncias favoráveis para uma vida monástica plena Era um início bem modesto e dificilmente no século II podemos falar da cultura cristã então haviam sido postos os fundamentos de uma tradição de vida que não era mera recusa gregos imitando e mentos para uma nova tradição sob a inspiração de um novo espírito Isso é apresentado de maneira bem intensa na Carta Diógneto que é um dos escritos pósapostólicos mais notáveis O autor descreve os cristãos como dissensos em todos os lugares tanto na Grécia quanto nas cidades do mundo exteriormente como quaisquer outros homens mas de modo totalmente diferente na vida íntima São diz a carta uma terceira raça nem judeus ou gregos mais algo novo De fato conclui Síntese Temática I O Amadurecimento das Primeiras Comunidades Cristãs e sua Progressiva Separação do Judaísmo Introdução A ascensão do Cristianismo nos primeiros séculos dC foi marcada por um processo complexo de desenvolvimento e transformação Inicialmente os seguidores de Jesus se identificavam como judeus messiânicos coexistindo e participando das práticas religiosas judaicas tradicionais No entanto com o passar do tempo divergências teológicas e práticas levaram a um gradual distanciamento do Judaísmo culminando na formação de uma nova religião distinta o Cristianismo Esse fenômeno é crucial para compreender a formação da civilização ocidental conforme argumentado por Dawson em A Vinda do Reino de Deus Dawson destaca o papel fundamental da religião especialmente do Cristianismo na evolução da sociedade europeia Central para essa compreensão é a visão cristã do Reino de Deus Essa concepção não apenas moldou a compreensão medieval do mundo mas também influenciou a organização social as instituições políticas e a visão de progresso histórico A crença no Reino de Deus motivou os esforços de expansão e evangelização cristãs além de impulsionar busca por reformas sociais e morais ao longo da história Dawson amplia a compreensão do Reino de Deus apresentandoo não apenas como uma realidade futura mas também como uma realidade presente e ativa na história Essa perspectiva mais complexa pode ter influenciado a teologia cristã levando outros teólogos a refletir sobre a natureza do Reino de Deus e sua relação com a história e a sociedade O Amadurecimento das Primeiras Comunidades Cristãs No contexto do Cristianismo Antigo essa compreensão do Reino de Deus contribuiu para o amadurecimento das comunidades cristãs e sua separação gradual do judaísmo À medida que o Cristianismo se expandia e se estabelecia como uma religião distinta as comunidades cristãs desenvolviam suas próprias práticas crenças e identidade As primeiras comunidades cristãs se formaram em torno de Jerusalém após a morte e ressurreição de Jesus Lideradas pelos apóstolos estas comunidades se caracterizavam por uma intensa vida comunitária compartilhando bens e recursos praticando a caridade e dedicandose à oração e ao estudo das escrituras As experiências de Pentecostes e a conversão de Paulo de Tarso impulsionaram a expansão do Cristianismo para além das fronteiras judaicas alcançando o mundo grecoromano Diversos fatores contribuíram para a progressiva separação das comunidades cristãs do Judaísmo Em primeiro lugar diferenças teológicas foram fundamentais nesse processo Enquanto o Cristianismo centralizava sua fé em Jesus Cristo como o Messias divino e Filho de Deus o Judaísmo aguardava a vinda de um Messias humano e terrestre Além disso a crença na ressurreição de Jesus e a perspectiva escatológica cristã com a promessa da vida eterna divergiam das crenças judaicas tradicionais Outro ponto de divergência estava nas práticas religiosas O Cristianismo abandonou o sistema sacrificial judaico substituindoo pelo sacrifício único de Jesus na cruz Além disso práticas como o batismo a importância da Eucaristia e a veneração de santos e mártires se diferenciavam dos ritos judaicos estabelecidos No contexto sociopolítico as tensões entre o Cristianismo nascente e as autoridades judaicas e romanas foram crescendo culminando na destruição do Segundo Templo de Jerusalém em 70 dC Esse evento histórico marcou um ponto de inflexão separando ainda mais as duas religiões e solidificando a identidade cristã como uma entidade distinta do Judaísmo Assim é evidente que uma série de fatores teológicos práticos e históricos contribuíram para a separação gradual das comunidades cristãs do Judaísmo no contexto do Cristianismo Antigo Esse processo foi fundamental para o amadurecimento e a consolidação do Cristianismo como uma religião independente com suas próprias crenças práticas e identidade distintas Consequências da Separação A separação do Judaísmo teve profundas consequências para o desenvolvimento do Cristianismo Primeiramente ela resultou na formação de uma nova identidade para as comunidades cristãs Elas se consolidaram como uma religião distinta com suas próprias crenças práticas e identidade separadas das tradições judaicas que as influenciaram inicialmente Além disso a separação permitiu uma expansão missionária mais ampla para o Cristianismo Livre das restrições judaicas a nova fé pôde se espalhar rapidamente para diferentes culturas e povos do mundo grecoromano levando sua mensagem além das fronteiras étnicas e geográficas originais No entanto essa separação também trouxe desafios e perseguições para os primeiros cristãos Eles enfrentaram hostilidade tanto do Império Romano que via o Cristianismo como uma ameaça à ordem social estabelecida quanto do Judaísmo ortodoxo que considerava a nova fé uma apostasia de suas tradições Essas perseguições contribuíram paradoxalmente para a coesão e o fortalecimento das comunidades cristãs fortalecendo sua identidade e compromisso com sua fé Reflexões sobre o Papel do Cristianismo na Atualidade Apesar de ter perdido parte de sua hegemonia cultural e social em diversas regiões do mundo o Cristianismo ainda exerce uma influência significativa na vida de milhões de pessoas na atualidade É fundamental refletir sobre como essa influência se manifesta na sociedade contemporânea levando em conta uma série de aspectos relevantes Primeiramente os valores morais e éticos derivados do Cristianismo continuam a inspirar ações e movimentos sociais em busca de um mundo mais justo e compassivo Princípios como caridade amor ao próximo justiça e compaixão permanecem como pilares fundamentais para muitas pessoas e comunidades orientando suas escolhas e comportamentos no dia a dia Além disso as instituições e organizações ligadas ao Cristianismo desempenham um papel relevante em diversos setores da sociedade contemporânea Tanto a Igreja Católica quanto outras denominações cristãs estão envolvidas em atividades educacionais de saúde assistência social e na defesa dos direitos humanos impactando positivamente a vida de indivíduos em diferentes partes do mundo Outro ponto a considerar é o crescente engajamento do Cristianismo em um diálogo interreligioso Cada vez mais comunidades cristãs buscam promover a paz a compreensão mútua e o respeito à diversidade por meio do diálogo e da colaboração com outras tradições religiosas Essa abordagem contribui para construir pontes entre diferentes culturas e crenças fomentando um ambiente de cooperação e tolerância em um mundo cada vez mais pluralista Em suma ao refletir sobre o papel do Cristianismo na atualidade é importante reconhecer sua influência contínua em diversos aspectos da vida social e cultural Valores fundamentais instituições atuantes e um compromisso crescente com o diálogo interreligioso destacamse como características relevantes desse fenômeno religioso em um contexto global em constante transformação Conclusão O amadurecimento das primeiras comunidades cristãs e sua progressiva separação do Judaísmo representam um período complexo e multifacetado na história do Cristianismo Estes processos foram influenciados por uma série de fatores incluindo divergências teológicas práticas religiosas distintas e um contexto sociopolítico desafiador Apesar das tensões e conflitos iniciais esse período marcou a consolidação do Cristianismo como uma nova religião pronta para expandir sua influência pelo mundo A obra de Christopher Dawson A Vinda do Reino de Deus oferece uma contribuição valiosa para a compreensão do papel do Cristianismo na história da civilização ocidental Dawson destaca como a crença no Reino de Deus permeou diversos aspectos da sociedade medieval desde sua organização política até sua cultura e visão de progresso No entanto para uma compreensão mais completa é crucial considerar algumas nuances e pontos para reflexão que complementam a visão do autor Em primeiro lugar é importante reconhecer a diversidade de interpretações da doutrina ao longo da história Desde uma abordagem literal e apocalíptica até interpretações mais simbólicas e espirituais essa diversidade influenciou diferentes correntes do pensamento cristão e suas ações no mundo Além disso é fundamental considerar outros fatores que moldaram a civilização ocidental além da religião A herança grecoromana as estruturas políticas e sociais préexistentes as transformações econômicas e as dinâmicas culturais também desempenharam papéis significativos na formação da sociedade ocidental Compreender a interação complexa entre esses elementos é essencial para uma análise abrangente É importante também reconhecer que a perspectiva de Dawson sobre o papel dominante do Cristianismo na história foi objeto de críticas por parte de alguns historiadores e estudiosos Argumentase que outros fatores como o secularismo e o Iluminismo também tiveram influências importantes na formação da civilização ocidental Nesse sentido é crucial fomentar um diálogo construtivo sobre a influência do Cristianismo e de outras correntes de pensamento Em suma enquanto a obra de Christopher Dawson oferece uma contribuição valiosa para a compreensão da história do Cristianismo e sua influência na civilização ocidental é essencial considerar diferentes perspectivas e ponderar a interação entre a religião e outros fatores históricos e sociais Ao refletir sobre o papel do Cristianismo na atualidade podemos compreender melhor suas contribuições para a sociedade e os desafios que enfrenta em um mundo em constante mudança Referências Bibliográficas ABDALLA Maurício O Reino de Deus e o poder político Fé e Política à luz da experiência atual do poder Vida Pastoral 246 2006 p 311 DAWSON Christopher A Vinda do Reino de Deus São Paulo Edições Loyola 2006 CONGREGAÇÃO PARA DOUTRINA DA FÉ Instrução sobre a Liberdade cristã e a Libertação Libertatis Conscientia São Paulo Edições Paulinas 1986 75p Coleção A voz do Papa 110 AAS 79 1987 p 554599