·

Pedagogia ·

Psicologia Social

Send your question to AI and receive an answer instantly

Ask Question

Preview text

Natel MC et al Rev Psicopedagogia 2013 3092 1428 142 ARTIGO ESPECIAL RESUMO O modo como as pessoas sentem e pensam os desafios isto é como manejam e buscam a solução é diferente de uma para outra Adotar determinada estratégia optar por certo caminho e decidir entre uma ou outra alternativa evidencia um jeito próprio e singular de lidar com as informações Como se dá a aprendizagem humana compreender como as pessoas elaboram e processam as informações é uma das possibilidades de conhecer como ela aprende Diferentes pressupostos teóricos podem explicar o fenômeno da aprendizagem humana como a Teoria das Inteligências Múltiplas a Teoria dos Estilos Cognitivos bem como a Teoria dos Estilos de Aprendizagem Com o objetivo de relacionar os conceitos de estilos cognitivos de inteligências múltiplas e de estilos de aprendizagem com o modo de aprender das pessoas buscamos na literatura a fundamentação que esclarecesse os conceitos citados UNITERMOS Aprendizagem Inteligência Cognição Correspondência Maria Cristina Natel Rua Dr Basílio Machado 432 12º andar Higienópolis São Paulo SP Brasil CEP 01230010 Email natelnateluolcombr Maria Cristina Natel Mestranda do curso de pro gra ma de pósgraduação em Gestão e Informática em Saúde da Universidade Federal de São Paulo Escola Paulista de Medicina São Paulo SP Brasil Rita Maria Lino de Tarcia Doutora docente do De partamento de Informática em Saúde da Uni ver sidade Federal de São Paulo Escola Paulista de Me dicina São Paulo SP Brasil Daniel Sigulem Doutor docente do Departamento de Informática em Saúde da Universidade Federal de São Paulo Escola Paulista de Medicina São Paulo SP Brasil a apreNdizageM huMaNa Cada pessoa CoM seu estilo Maria Cristina Natel Rita Maria Lino de Tarcia Daniel Sigulem a apreNdizageM huMaNa Cada pessoa CoM seu estilo Rev Psicopedagogia 2013 3092 1428 143 APRENDIZAGEM HUMANA CONTEX TUALIZAÇÃO A natureza da aprendizagem humana e o in teresse em compreender como o homem constrói conhecimento já era objeto de estudo na Antiga Grécia na formulação socrática de que o homem deveria antes de tudo conhecer a si mesmo e na convicção de Platão de que os conhecimentos do homem foram adquiridos de uma vida anterior O desenvolvimento das disciplinas científi cas surge no final do século XIX e dentre elas a Psicologia que fortemente influenciada pelo pensamento filosófico configurase como parte das Ciências Humanas tendo como um de seus campos de estudo a aprendizagem humana que é compreendida por diferentes pressupostos teóricos Depreendese então que a concepção de como se aprende não está fundamentada em uma única teoria justificando a dificuldade para encontrar um consenso a respeito uma vez que coexistem diferentes ideias concepções e teorias que explicam a aprendizagem humana Neste artigo priorizamos três dentre as teo rias clássicas da Psicologia a que elege o objeto como fonte do conhecimento o Inatismo con siderando apenas as categorias de pensamento do sujeito para a apreensão do conhecimento destacase outra concepção o Empirismo que valoriza a perspectiva do sujeito e fundamenta se na ideia de que o conhecimento está fundado na experiência que se organiza da mais simples à mais complexa E rompendo com o reducio nismo dessas teorias que não consideram a com plexidade da aprendizagem humana situase o Construtivismo teoria do conhecimento que engloba o sujeito histórico e o objeto cultural em interação recíproca interação essa que ultrapas sa dialeticamente e sem cessar as construções já acabadas para satisfazer as lacunas carências necessidades e valoriza a interação entre sujei to e objeto uma vez que segundo Perkins1 no construtivismo há um sujeito engajado partici pante e buscando o sentido e o significado das ocorrências no mundo Se na perspectiva construtivista só a ação espontânea do sujeito ou nele desencadeada tem sentido é possível afirmar que cada um faz elabora e testa suas experiências segundo seu modo particular de aprender Diante dessa premissa neste artigo serão abordados os conceitos de inteligências múltiplas de estilos cognitivos e de estilos de aprendizagem uma vez que estudam e explicam a particularida de do modo de aprender de cada um ESTILOS COGNITIVOS A maneira como cada pessoa organiza e ana lisa a informação está relacionada não somente ao quanto inteligente ela é mas sobretudo ao como ela exerce ou usa sua inteligência Datam da década de 1950 pesquisas acerca das diferenças entre estilo cognitivo e nível cog nitivo enquanto diferentes níveis de habilidades cognitivas podem levar a diferentes níveis de desempenho estilos não têm relação com eficácia ou eficiência e podem ser julgados mais ou menos adequados a determinadas situações de como a pessoa adquire armazena e usa o co nhecimento Allport2 entre outros teóricos afirma que existir como pessoa e desenvolver a própria visão de mundo determinaria o estilo cognitivo e explica a diferença no modo como cada um aprende pela existência de disposições procepti vas que são as relações passadas com o mundo as disposições emocionais e expectativas para o futuro em relação à cultura em que vive preser vando a individualidade de cada um Enquanto Messick3 considera que os estilos cognitivos refletem diferenças individuais na organização cognitiva da pessoa e os vê como elemento me diador entre a habilidade e a personalida de Bariani et al46 entendem os estilos como estruturas relativamente estáveis que podem sofrer impacto de experiências vividas durante os anos de escolaridade inclusive na etapa do ensino superior São diferentes as formas de apreender e apren der os dados de uma dada realidade uma vez que a cognição está associada ao modo como a pes soa adquire armazena e usa o conhecimento7 Os estilos cognitivos mais estudados referem se a três dimensões impulsividade e reflexivi Natel MC et al Rev Psicopedagogia 2013 3092 1428 144 dade de resposta convergência e divergência de pensamento independência e dependência de campo A primeira dimensão citada está relacio nada ao tempo de execução de uma tarefa sendo que na impulsividade ocorre um baixo tempo de latência entre a apresentação da tarefa e a res posta enquanto que a reflexividade da resposta estaria relacionada à ponderação prévia de uma resposta Na segunda dimensão a convergência aparece associada ao pensamento lógico ou seja o raciocínio e o pensamento divergente aparecem associados à criatividade E contextos de aprendizagem com maior ou menor estrutu ração estariam relacionados à indepêndencia e depêndencia de campo a terceira dimensão Segundo esses teóricos o estilo cognitivo é individual e relativamente estável sendo possí vel identificálo por exemplo pela Escala de Avaliação de Estilos Cognitivos desenvolvida por Bariani et al5 Concluímos ser importante a identificação dos estilos cognitivos dos sujeitos uma vez que os estilos cognitivos predominantes podem influen ciar o modo de aprender e consequentemente o modo de ensinar e a interação de quem aprende com quem ensina INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS A escola no início de século passado valo rizava a lógica e a linguística como sendo as ha bilidades fundamentais para uma pessoa ser considerada inteligente e a avaliação dessas habilidades constituiu o cerne do instrumento criado por Binet que testava as crianças nas áreas verbal e lógica no início do século XX o Stand Ford Intelligence Scale Ao invés de analisar a inteligência a partir de estudos normativos buscando superar a noção de inteligência como uma capacidade geral e em contraposição à visão de inteli gência única Gardner8 desenvolve pesquisas que se baseiam na origem biológica relacio nando habilidade talento e criatividade como componentes da inteligência Ao redefinir o conceito de inteligência apresentaa com uma visão pluralista isto é com grande variedade de estilos de habilidades e diferentes aspectos da cognição Gardner8 desenvolve a Teoria das Inteligências Múltiplas defendendo a ideia de que a cognição humana para ser estudada em sua totalidade precisa considerar outras e diferentes competências uma vez que segundo esse teórico não há uma capacidade geral para a resolução de problemas Com o propósito de compreender como as pessoas buscavam a rea lização e a solução para os problemas Gardner8 avaliou as atuações de diferentes profissionais em diversas culturas o repertório de habilidades e identificou inicialmente sete inteligências lin guística lógicamatemática espacial musical cinestésica interpessoal e intrapessoal Fatores ambientais genéticos e neurobiológicos são determinantes para o desenvolvimento dessas inteligências sendo que cada uma delas apre senta um grupo de componentes que formam a base dos mecanismos de processamento de informação do ser humano uma vez que todos os indivíduos têm como parte de sua bagagem genética habilidades básicas nas sete inteli gências com potenciais diversos em cada uma delas e variações em seus desempenhos que são independentes entre si embora seja na com binação delas que se verifica a sofisticação de uma realização humana8 Se todos temos habilidades básicas nas sete inteligências entendemos Gardner quando altera a pergunta Quanto uma pessoa é in teligente para Como uma pessoa pode ser inteligente sugerindo que quando a abor dagem do ensino está em consonância com as potencialidades individuais os alunos podem aprender melhor A Teoria das Inteligências Múltiplas contri bui então para o processo de ensino e de apren dizagem na medida em que oferece subsídios ao professor para elaborar atividades de acordo com a predominância das inteligências de seu grupo e ainda desenvolver ferramentas para es timular a habilidade ou inteligência que ainda é menos desenvolvida garantindo assim a efetiva aprendizagem do aluno a apreNdizageM huMaNa Cada pessoa CoM seu estilo Rev Psicopedagogia 2013 3092 1428 145 ESTILOS DE APRENDIZAGEM Os estudos sobre o conceito de estilo de apren dizagem frequentemente estão relacionados a três constructos gênero personalidade e inteligência e as pesquisas indicam que são insignificantes as diferenças de gênero e que os estilos de aprendizagem são independentes da inteligência A correlação entre a personalidade e os estilos de aprendizagem é pesquisada por autores com diferentes esquemas de análise que indicam que não é significativa essa correlação Diversos estudos foram realizados buscando a identificação dos estilos de aprendizagem como os de Lowenfeld e Brittain9 realizados na década de 1940 que distinguem os estilos em visuais e táteis ao afirmarem que a compreensão do mundo se dá por meio da visão e depois pelo tato e os de Klein descritos por Barros10 que ao explicar como as pessoas assimilam os eventos novos com os armazenados na memória identi ficou dois estilos os niveladores e os afiladores Alonso et al1112 empregaram esse conceito em 1994 relacionandoo ao âmbito pedagógico e explicaram inicialmente estilo como as con clusões acerca da forma como atuam as pessoas favorecendo a classificação e a análise dos com portamentos para posteriormente definirem como traços cognitivos afetivos e fisiológicos que servem de indicadores relativamente está veis no modo do aluno perceber interrelacionar e responder as situações de aprendizagem O modo pessoal e distinto de como cada um aprende constituise como a característica bá sica do estilo de aprendizagem como indica Lozano13 que define estilo como o conjunto de preferências tendências e disposições de uma pessoa para fazer algo isto é um padrão de conduta que o distingue das demais Da mesma forma Labour14 define estilo como o conjunto constituído por diferentes elementos que o am biente permite ao indivíduo desenvolver de um modo preferido quando identifica executa ou avalia uma tarefa particular numa dada situação de aprendizagem A identificação dos estilos de aprendizagem e sua relação com a melhoria no processo de en sino e aprendizagem foi contemplada em Given Reid15 quando mencionam que a identifica ção do estilo de aprendizagem incita a ligação entre o ensinar e o aprender e é reforçada por Bender16 que afirma quando se conhecem e respeitam os diferentes estilos de aprendizagem e o ato de ensinar é adaptado a esse fato Também encontramos em Garcia Cué17 esse traço distintivo no modo de aprender de cada um quando define estilo como um conjunto de atitudes preferências aptidões e tendências que tem uma pessoa para fazer algo e que se manifesta por meio de um padrão de conduta e de destrezas que a distinguem das demais pessoas Em diferentes épocas outros autores elabo raram definições sobre o conceito de estilos de aprendizagem como Kolb em 1976 Hunt em 1978 Keefe em 1979 Alonso em 1994 Wool folk em 1996 e Cazau em 2004 e também cria ram instrumentos diagnósticos para medir os estilos de aprendizagem validados em pes quisas nos campos empresariais psicológicos e pedagógicos como O Oregon Instructional Preference Inventory de Goldberg o Leaning Style Profile de Keefe o Learning Context Ques tionnaire LCQ de Griffith e o Cuestiona rio HoneyAlonso de Estilos de Aprendizaje de Alonso17 Analisando as publicações depreendemos que as muitas definições para o conceito de estilos consideram por vezes diferentes pos tulados teóricos e em outras são ampliações reformulações ou atualizações de uma definição já existente uma vez que os estilos de apren dizagem são um campo de investigação muito abrangente sobrepondose como sugerem Adey et al18 a muitos outros campos de interesse A identificação dos estilos de aprendizagem permite planificar e aplicar estratégias de ensino centradas no aluno e proporciona orientações para a individualização do ensino e segundo Bender16 quando se conhece e se respeita os diferentes estilos dos alunos e o ato de ensinar é adaptado a esse fato os alunos podem atingir níveis positivos de aprendizagem Natel MC et al Rev Psicopedagogia 2013 3092 1428 146 CONCLUSÃO Ensinar a muitos como se fosse a um só princípio que caracterizou a escola por muito tempo tinha por essência a padronização a uniformização de técnicas e procedimentos e desconsiderava os modos particulares de como cada um aprendia A resposta à pergunta de como se aprende vem ganhando novos contornos não basta ofe recer informação conteúdo uma vez que o sujeito da aprendizagem é entendido e visto na atualidade como ativo participativo e que aciona diferentes condutas segundo seu modo de aprender O reconhecimento de que há uma caracte rística individual no modo com que cada pessoa aprende estilo de aprendizagem e a identifi cação de que há diferenças básicas nas formas de apreender e relacionar os dados da realida de estilo cognitivo implica forçosamente na revisão e atualização dos processos de ensinar e aprender A aplicação da Teoria dos Estilos de Apren dizagem tem uma utilidade pedagógica pois permite planificar e aplicar estratégias de ensino centrados no aluno com também proporciona orientações para a individualização do ensino e a identificação dos estilos cognitivos predo minantes viabiliza práticas educacionais que priorizam a autonomia do aluno no processo de aprendizagem e ambas respondem ao paradig ma do aluno como sujeito ativo e construtor de sua aprendizagem O aluno visto como um ser total e como tal possuidor de inteligências outras que não so mente a linguística e a lógicamatemática como argumenta Gardner8 também atende aos atuais paradigmas da educação que preconizam serem eles os alunos os construtores do seu conheci mento Então entendemos que se o educador em sua prática considera a Teoria das Inteligências Múltiplas pode desenvolver avaliações de acor do com as diferentes habilidades humanas bem como uma educação com currículo específico centrada na necessidade de cada um Essas perspectivas teóricas coincidem com os desafios da educação contemporânea na medida em que contempla os envolvidos no processo de aprender e de ensinar quando se reconhece os estilos cognitivos predominantes que podem influenciar o modo de aprender de ensinar e a interação de quem aprende com quem ensina se consideradas a habilidadeinteligência prevalen te e a abordagem do ensino está em consonância com as potencialidades individuais os alunos podem aprender melhor se identifica os estilos de aprendizagem que permitem planificar e apli car estratégias de ensino centradas no aluno e proporciona orientações para a individualização do ensino Se na atualidade a educação busca com preender e respeitar a diversidade humana então é imprescindível que haja relação dos modos de ensinar dos professores aos modos de aprender dos alunos que pode ser alcançada ao se considerar a Teoria das Inteligências Múlti plas a Teoria dos Estilos Cognitivos bem como a Teoria dos Estilos de Aprendizagem que em seus pressupostos apontam para a singularidade da aprendizagem humana a apreNdizageM huMaNa Cada pessoa CoM seu estilo Rev Psicopedagogia 2013 3092 1428 147 SUMMARY The human learning each person with hisher style How people feel and think of challenges each person manages and searches for a solution in a personal way Applying a strategy choosing a specific way deciding between two alternatives indicate a personal and unique approach to deal with information How do human beings learn Understanding how people elaborate and process information is one way of getting to know how a human being learns in both systems formal and distance learning Different theoretical assumptions among others may explain this phenomenon as the Theory of Multiple Intelligence the Theory of Cognitive Styles and also the Theory of Learning Styles Aiming at making the connection among the concepts cognitive styles multiple intelligence and learning styles we have searched in the literature the reasoning to clarify the concepts mentioned which could be the reason to review the teaching and learning processes KEY WORDS Learning Intelligence Cognition REFERÊNCIAS 1 Perkins DN Technology meets constructivism do they make a marriage In Duffy TM Jo nassen DH eds Constructivism and the te chnology of instruction Hillsdale Lawrence Erlbaum Associates 1992 p4556 2 Allport GW Personalidade padrões e desen volvimento São Paulo EPU 1973 3 Messick S Individuality in learning San Fran cisco JosseyBass 1976 4 Bariani ICD Escher CA Santos LAD Pitta KB Estilos cognitivos de estudantes de Psi cologia impacto da experiênia em iniciação científica Psicol Esc Educ 200042419 5 Bariani ICD Sisto FF Santos AAA Constru ção de um instrumento de avaliação de es tilos cognitivos In Sisto FF Sbardelini ETB Primi R orgs Contextos e questões da avalia ção psicológica São Paulo Casa do Psicólo go 2000 6 Bariani ICD Estilos cognitivos de universi tários e iniciação científica Tese de douto rado Campinas Universidade Estadual de Campinas Faculdade de Educação 1998 7 Hayes J Allisson CW Cognitive style and its relevance for management practice Br J Manag 1994515371 8 Gardner H Frames of mind New York Basic Books 1985 9 Lowenfeld V Brittain WL Desenvolvimento da capacidade criadora São Paulo Mestre Jou 1977 10 Barros DMV Estilos de uso do espaço virtual como se aprende e se ensina no virtual Inter Ação Rev Fac Educ UFG 20093415174 11 Alonso CG Gallego DJ Honey P Los estilos de aprendizaje procedimientos de diagnós tico y mejora Madrid Mensajero 2002 12 Alonso CG Gallego D Aprendizaje y orde nador Madrid Dykinson 2000 13 Lozano RA Estilos de aprendizaje y ense ñanza um panorama de la estilística educa tiva Mexico Trillas 2000 14 Labour M Learner empowerment via raising awareness of learning styles in foreign lan guage teacher training In Armstrong SJ ed Learning styles reability and validity Pro ceedings of the 7th Annual Elsin Conference Ghest Ghest University Belgium and Elsin p22734 15 Given B Reid G Learning styles a guide for teachers and parents revised Oceanside Learning Forum Publications 2000 16 Bender T Discussion basead online teaching Natel MC et al Rev Psicopedagogia 2013 3092 1428 148 to enhance student learning theory practi ce and assessment Sterling Virginia Stylus Plushing 2003 17 Garcia Cué JL Los estilos de aprendizaje y las tecnologias de la información e de la co municación em la formación del profesorado Tesis Madrid Universidad de Educación a Distancia 2007 18 Adey P Fairbrother R William D Learning styles strategies a review of research Lon don Kings College London School of Edu cation 1999 Trabalho realizado na Universidade Federal de São Paulo Escola Paulista de Medicina São Paulo SP Brasil Artigo recebido 562013 Aprovado 282013