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Concepções e Expectativas de Estudantes de Psicologia sobre sua Futura Profissão 82 Concepções e expectativas de estudantes de psicologia sobre sua futura profissão Psychology students conceptions and expectations as to their future career Denise Macedo Ziliotto1 Jussara Benvenutti Mihele Matiello Simony Peil Universidade Feevale Novo Hamburgo Brasil Centro Universitário Unilasalle Canoas Brasil Resumo Considerando os 50 anos da Psicologia enquanto profissão no Brasil tornase oportuno conhecer os acadêmicos que estão em formação bem como suas ideias e projetos profissionais Para tanto foi desenvolvida uma pesquisa com o objetivo de compreender como os futuros psicólogos concebem sua escolha profissional e quais são suas expectativas em relação ao exercício da profissão A investigação realizada de cunho qualitativo e de natureza exploratória foi realizada com 91 alunos de instituição privada de ensino superior a partir de entrevistas semi dirigidas Os resultados apontam para uma concepção de Psicologia associada à condição de ajuda e à perspectiva de desvelamento do ser humano Os entrevistados concebem como amplas as potencialidades de exercício profissional mas reconhecem elementos discriminatórios remetidos ao psicólogo e àquele que busca a Psicologia Palavraschave Estudantes universitários Escolha profissional Formação profissional Psicologia Abstract Considering the five decades of Psychology as a profession in Brazil it is opportune to know the students who are studying as well as their ideas and professional projects This research aims at understanding how future psychologists conceive their professional choice and what their expectations of the career are This qualitative exploratory investigation involved semistructured interviews with 91 students from a private higher education institution The results pointed out a conception of Psychology associated with both a help condition and a perspective of disclosure of the human being The respondents think that the professional exercise shows great potentialities due to the presence of a wide range of spaces for practice but they identify some discrimination of psychologists and those who pursue Psychology Keywords College students Professional choice Professional education Psychology Concepções e expectativas de estudantes de Psicologia sobre sua futura profissão Nos 50 anos de Psicologia no Brasil os psicólogos têm produzido práticas saberes posicionamentos e diferenças mas este período foi marcado por profundas transformações econômicas e sociais que por sua vez também tiveram seus efeitos sobre a profissão Como evidências deste processo estão as diferentes versões do código de ética a deliberação de 1 Contato dmziliottofeevalebr Gerais Revista Interinstitucional de Psicologia 7 1 jan jun 2014 8292 D M Ziliotto et al 83 inúmeras resoluções para o exercício da Psicologia a ampliação das unidades de representação do Conselho no país e o crescimento do número de cursos oferecidos expandindo consideravelmente o contingente de profissionais atuantes especialmente em novos espaços como a saúde pública Na interlocução entre os psicólogos e a sociedade ações de ambos os lados indicam demandas Os movimentos sociais que reivindicam a garantia dos direitos e da condição cidadã concorrem para o reconhecimento da contribuição das práticas e saberes psicológicos especialmente aqueles que concebem a subjetividade como uma construção social A inserção em equipes multiprofissionais em diversos serviços e a participação com outras categorias profissionais da oposição à lei do ato médico também conferiram visibilidade e protagonismo à Psicologia oportunizando a ruptura da concepção psicoterápica oriunda do modelo clínico predominante Atentando para este cenário contemporâneo entendese como relevante a reflexão sobre a profissão que embora recente em relação ao estabelecimento anterior de outras categorias neste escopo de estudo especialmente o conhecimento das concepções e projetos dos acadêmicos de Psicologia justamente por apontar perspectivas do lugar futuro da profissão Como assinala Jacó Vilela 2012 há um processo de reflexão sobre a necessidade de maior conhecimento da realidade brasileira e em consequência de produções e de ensino de Psicologia baseados nessa realidade Nesta direção Dantas 2010 p 632 defende que a Psicologia deve preocuparse em constituir no campo de sua formação o entendimento e a crítica do modo como a sociedade está organizada indicando quais os fatores que favorecem e os que não favorecem a obtenção da igualdade de direito dos cidadãos Este posicionamento possibilitaria a construção de saberes afinados com o comprometimento social buscando a proposição de políticas que engendrem mudanças Concebendo o psicólogo como propõe Bock 1997 comprometido com seu tempo e com sua sociedade um profissional cidadão é oportuno produzir leituras de como este sujeito se desdobra diante dos diferentes cenários que experiencia Neste recorte investigativo nos dedicamos a pensar o estudante e sua futura profissão tendo como objetivo compreender como os acadêmicos de Psicologia concebem sua escolha profissional e quais são suas expectativas em relação ao exercício da profissão A investigação de cunho qualitativo e exploratório foi realizada a partir de entrevistas semidirigidas com 91 discentes de semestres iniciais em instituição de ensino superior privado Boaventura Santos 1991 afirma que as condições de possibilidade da ação humana são projetadas no mundo a partir de um espaçotempo local o que sempre implica em analisar sujeitos em uma perspectiva histórica e protagonista Considerando este pressuposto em 2000 Dimenstein identificou que a maioria dos estudantes dos cursos de Psicologia no Brasil aspirava ao ideal liberal de atuar com seus iguais a classe média urbana e ter formação teórica voltada para a prática clínica no modelo tradicional de atendimento individual Considerando o aumento significativo de instituições de ensino e a presença de profissionais em cidades do interior do país como também a ampliação importante de espaços de atuação do psicólogo na esfera pública esta premissa afirmada acima ainda se sustenta Questões como esta evocam a presente investigação norteada pelos estudos da história da Psicologia especialmente a partir de Bock 1997 2010 JacóVilela 2012 e Bernardes 2012 que concebem a profissão a partir de elementos políticos e sociais O cenário que instiga a reflexão Em 1987 haviam 54139 psicólogos inscritos em oito conselhos regionais CRPs e em 2012 já ultrapassam os 240000 cadastrados em 20 regionais o que demonstra um crescimento importante que se reflete na formação em Psicologia em novas territorialidades e serviços Tais mudanças são atribuídas segundo Macedo e Dimenstein 2011 ao processo de reestruturação e expansão da educação superior e às articulações dos psicólogos com os movimentos sociais especialmente no processo de descentralização das políticas sociais tendo como efeito a expansão e a interiorização da Psicologia como profissão É importante contextualizar estas mudanças no conjunto das transformações que atingiram o ensino superior brasileiro nas últimas décadas Gerais Revista Interinstitucional de Psicologia 7 1 jan jun 2014 8292 Concepções e Expectativas de Estudantes de Psicologia sobre sua Futura Profissão 84 entendido por Lisboa e Barbosa 2009 a partir de três momentos um primeiro boom com o advento da reforma universitária em 1968 um segundo incremento com a promulgação da nova Lei de Diretrizes e Bases LDB em 1996 e um crescimento realmente vertiginoso a partir de 2006 onde se configura uma definição política em favor da soberania do mercado como gestor maior dos serviços do setor Lisboa e Barbosa 2009 p7 Podese visualizar tais processos no âmbito da formação em Psicologia a partir da investigação de Bastos Gondim e Rodrigues 2010 que analisa um período de 15 anos em 1991 havia no Brasil um total de 101 cursos e 12475 vagas oferecidas já em 2006 contabilizavase 352 cursos e 55436 vagas para ingresso Em relação ao número de ingressantes e concluintes no período analisado inicialmente eram 11295 vestibulandos para 28619 em 2006 Os formandos somavam 9576 em 1991 e 15 anos depois 17002 psicólogos Ainda segundo o mesmo estudo as regiões sudeste e sul perfaziam majoritariamente os locais de formação 518 e 202 respectivamente sendo que o estado de São Paulo continua sendo o maior polo de formação 301 e inserção do profissional de psicologia 347 Em relação ao local de atuação dos psicólogos contudo observase aumento nas regiões Norte Nordeste e CentroOeste bem como um crescente número de cursos em instituições de ensino no interior dos estados percebendose o aumento da mobilidade e da presença dos profissionais em diversas regiões Em 1998 59 dos psicólogos encontravamse nas capitais do país o que se reduziu para o percentual de 48 em 2009 Bastos Gondim BorgesAndrade 2010 ocorrendo o equivalente inverso em relação ao interior dos Estados Esta mobilidade também pode apontar outros vieses como o observado por Bastos et al 2010 no Rio Grande do Sul onde se encontra o maior contingente de profissionais graduados em um Estado que trabalham em outras regiões do país do total de psicólogos 87 se graduaram no RS porém somente 28 deles trabalham neste Estado Como afirma Bock 2010 as pesquisas têm mostrado que os psicólogos gostam muito da profissão e se mantêm registrados no Conselho mesmo sem trabalhar na profissão pois entendem que irão exercêla oportunamente Ademais os cursos de Psicologia têm baixos índices de evasão e de inadimplência o que mostra um vínculo e isso tem refletido o interesse por maior inserção p 247 Porém reconhecese que as diversas mudanças curriculares que marcaram os últimos vinte anos ainda não conseguiram empreender uma mudança estrutural nos cursos Francisco Bastos 2005 o que indica que a Psicologia constituída originalmente a partir de um saber e de uma prática conservadores passa de maneira tardia a imbuirse da construção e efetivação de um projeto de transformação social Yamamoto Oliveira 2010 com necessária expressão na formação JacóVilela 2012 considera ainda que há uma produção multivariada sobre a ciência psicológica podendo gerar um efeito perverso tornando o conhecimento disperso justamente por não mais haver a preocupação com um conteúdo mínimo do qual o psicólogo deva ser responsável Tais considerações situam o processo em curso dos balizadores da formação e de seus norteadores Considerando este cenário permeado por um crescimento importante do contingente de profissionais fruto de igual incremento de acadêmicos nos cursos de Psicologia tornase relevante investigar os futuros psicólogos e suas concepções sobre a profissão Ao refletir sobre os sujeitos que estão em formação suas ideias e expectativas buscase vislumbrar questões que incidam sobre a constituição da categoria sobre suas práticas e seus saberes Compreender que pensamentos se associam à escolha profissional e ao exercício da profissão igualmente remetem aos objetivos desta pesquisa Percurso da investigação A pesquisa de característica qualitativa e exploratória foi realizada a partir de entrevista semidirigida com 91 acadêmicos de Psicologia que cursavam disciplinas entre o 1º e o 3º semestre do curso em instituição privada de ensino superior da região metropolitana de Porto AlegreRS no ano de 2012 Cabe salientar a expressividade do contexto investigado uma vez que das 2378 Instituições de Educação Superior existentes em 2010 2100 883 eram privadas e respondiam por 742 do total de matrículas realizadas INEP 2012 Na amostra escolhida por conveniência os Gerais Revista Interinstitucional de Psicologia 7 1 jan jun 2014 8292 D M Ziliotto et al 85 alunos foram questionados a partir de entrevista sobre motivo da escolha profissional sobre a imagem da Psicologia e o exercício futuro da profissão As entrevistas foram o instrumento escolhido para dar curso à investigação por possibilitar de maneira ampliada a busca de informações sobre o tema e o problema de pesquisa oportunizando identificar as posições dos entrevistados sobre o foco do estudo em questão Marconi Lakatos 2010 Para analisar os dados obtidos nas entrevistas fezse uso da metodologia de Bardin que conceitua a categorização como uma operação de classificação de elementos constitutivos de um conjunto por diferenciação e seguidamente por reagrupamento com os critérios previamente definidos Bardin 2004 p 111 Desta forma classificar dados em categorias implica em reunir o que cada um dos elementos investigados tem em comum compondo unidades a serem analisadas A partir de várias leituras do material disponível as respostas advindas das entrevistas foram agrupadas em três categorias a saber escolha profissional concepções sobre a Psicologia e futuro exercício da profissão Inicialmente caracterizaremos a amostra a partir da explicitação de sua composição Dos 91 sujeitos participantes 75 eram mulheres e 16 homens perfazendo respectivamente 826 e 174 o que se aproxima de estudos anteriores que caracterizam a Psicologia como uma profissão feminina Castro Yamamoto 1998 Pereira Pereira Neto 2003 Conselho Federal Psicologia 2004 Bastos Gondim Rodrigues 2010 Os entrevistados possuíam entre 17 e 64 anos sendo a idade média de 29 anos mais jovem do que os 367 anos da investigação de Bastos Gondim e Borges Andrade 2010 Contudo é importante considerar que o tempo médio de graduação se ampliou segundo referido por esses autores de 751 anos em 1988 para 106 anos em 2009 o que sugere que no decorrer da formação os estudantes deste estudo estejam no mesmo escopo da investigação citada Quanto ao estado civil a maioria 641 dos entrevistados é solteira e 283 eram casados Apenas dois sujeitos eram divorciados e um declarouse viúvo sendo que os demais não informaram seu estado civil Na amostra pesquisada 533 dos acadêmicos não tinham filhos e 218 tinham até dois filhos Quanto à escolaridade 837 estavam cursando pela primeira vez um curso de graduação 43 possuíam outro curso superior incompleto 65 possuíam outro curso superior completo e 54 possuíam Pós Graduação Em relação às atividades profissionais desenvolvidas pelos participantes da pesquisa considerando que o curso que frequentavam era noturno destacaram se aquelas de cunho comercial em que trabalhavam 142 dos entrevistados seguidas pela área administrativa 98 e pelas atividades na educação 87 Destacase que o 196 dedicavase somente à vida acadêmica e que 804 dos acadêmicos exerciam alguma função remunerada havendo importante diversidade de atividades mencionadas atuação militar segmento de serviços área de RH funcionário público empresário autônomo entre outras A seguir apresentamse as categorias resultantes da análise das entrevistas realizadas escolha profissional concepções sobre a Psicologia e futuro exercício da profissão que aludem às questões que originaram a investigação Escolha profissional As entrevistas evidenciam significativa identificação dos alunos com sua escolha profissional e com o curso sendo as referências à Psicologia sempre elogiosas e marcadas por certo encantamento dos acadêmicos diante das potencialidades supostas na profissão A menção à compreensão da complexidade do ser humano das suas razões do que se passa em sua mente através do conhecimento psicológico é majoritária nos entrevistados M B 21 anos explicita esta concepção acerca da ciência psicológica ao dizer que quer muito entender o ser humano e seus enigmas E 27 anos afirma que sempre gostei da Psicologia mas o que mais me motivou foi a vontade de conhecer o ser humano J 47 anos declara que é uma importante ciência que tem contribuído para esclarecer e desvendar determinados comportamentos E ainda a Psicologia abre uma porta para trabalhar com o seu humano e todos os sentimentos armazenados ao logo do processo evolutivo M 52 anos e conhecimento da condição humana do seu funcionamento e da sua constituição M 54 anos são expressões dos entrevistados relativas à aposta Gerais Revista Interinstitucional de Psicologia 7 1 jan jun 2014 8292 Concepções e Expectativas de Estudantes de Psicologia sobre sua Futura Profissão 86 no desvelamento do ser humano A possibilidade de conhecer e aprender com outras pessoas e o contato interpessoal cotidiano também foram identificados como razões da escolha de estudantes de Psicologia por TraversoYepez Morais 2004 entendendo a sua contribuição enquanto profissionais na ajuda às pessoas no intuito de se compreenderem Esta condição de ajuda vislumbrada no exercício da profissão foi mencionada inúmeras vezes nas entrevistas podendo ser reconhecida em Me identifico muito com as áreas que ajudam o ser humano a se conhecer e viver melhor A 24 anos Escolhi a psicologia porque sempre gostei de ajudar as pessoas e a capacidade da mente humana de nos transformar é algo que me chamou muita atenção L 26 anos Por gostar de analisar e observar as pessoas E também por acreditar que as pessoas mentalmente saudáveis fazem um mundo melhor T 20 anos E ainda Escolhi a psicologia como profissão por acreditar que o ser humano possui dentro de si mesmo a resposta para seus traumas Dessa forma com o estudo da psicologia poderei ajudar o indivíduo com ferramentas a superálas Por querer ajudar os outros e também para entender melhor o ser humano L 30 anos Souza Filho Oliveira e Lima 2006 realizaram pesquisa sobre como o psicólogo é percebido alguém que oferece auxílio aludido também como um profissional da saúde mental que está apto a oferecer apoio de cunho psicológico aproximandose do modelo médico Na presente investigação foi manifesto certo fascínio pela profissão expresso por sete entrevistados como para J 47 anos que diz ter admiração pelos profissionais que trabalham para minimizar o sofrimento das pessoas Evidenciase também a proximidade com a área da saúde como afirma A 18 anos Na verdade eu sempre quis fazer medicina mas não foi possível então entrei na psicologia com a esperança de que pudesse de alguma maneira me aproximar das pessoas e quem sabe trabalhar na área hospitalar Tive sorte em gostar do curso que escolhi Hoje se tivesse oportunidade de fazer medicina não faria Amo essa profissão e sei que fiz a escolha correta A 18 anos Já para R 21 anos a relevância de sua escolha está em ajudar o ser humano a praticar e melhorar sua própria saúde mental sem a necessidade de medicamentos o que enseja o entendimento a partir justamente de uma diferença das ciências médicas A opção pela Psicologia também se delineia para alguns a partir do seu sofrimento psíquico e do tratamento pessoal Escolhi esta profissão em último caso pois queria veterinária Mas como não consegui fiz terapia por nove meses e gostei também fiz estágio com três psicólogos e eles me ajudaram muito na minha escolha C 22 anos Me interessei pelo curso em função da minha condição dos tratamentos frustrados que passei em função da minha condição do meu transtorno de personalidade borderline Fui lendo livros da área e percebendo que queria saber mais por isso optei pelo curso de Psicologia N 24 anos Eu tive depressão na infância e na época sofri muito preconceito Hoje quero entender mais sobre as doenças mentais e ajudar as pessoas que sofrem com isso G 33 anos Bock 2010 situa basicamente quatro respostas dos psicólogos em relação à escolha pelo curso nenhuma de cunho social prazer com o conhecimento prazer em conhecer o outro em conhecerse melhor e em ajudar o outro Não há como igualmente ocorre nesta pesquisa um projeto de trabalho na e para a sociedade Persiste a ideia de uma atividade que oferece retorno a quem a exercer ou a sujeitos individualizados Alguns alunos já graduados em outros cursos decidiram retornar à graduação em busca de conhecimentos não contemplados em sua formação anterior No curso de Administração tivemos uma disciplina que se chamava Psicologia aplicada à Administração Naquela época 1992 nasceu o desejo Ao longo de minha vida profissional fui fazendo outros cursos inclusive Pós Graduação em Administração e Formação de RH e Humanização da Atenção e Gestão do SUS Todos os cursos foram muito importantes porém não supriram meu desejo de fazer Psicologia Sempre tive facilidades em desenvolver minha atividade como administradora porém sempre faltaram os conceitos teóricos de Psicologia para o melhor desenvolvimento da mesma Estou agora realizando um sonho J 49 anos Como venho das ciências exatas e da área técnica acabei Gerais Revista Interinstitucional de Psicologia 7 1 jan jun 2014 8292 D M Ziliotto et al 87 por perceber depois de certo tempo que teria algo mais do que as ditas certezas das estatísticas e percentuais Sendo assim acabei por me enamorar da psicologia R 48 anos Magalhães Straliotto Keller e Gomes 2001 analisaram a escolha vocacional da Psicologia e obtiveram como motivos o desejo de ajudar 75 a busca de crescimento pessoal 20 o fascínio pelo conhecimento psicológico 625 e a busca de competência interpessoal 225 A escolha advém de uma construção anterior acerca da profissão e da ciência como se explicita na categoria descrita a seguir Concepções sobre a Psicologia No percurso da investigação foram levantados dados que pudessem elucidar sobre como os acadêmicos concebiam a ciência e a profissão na Psicologia Frequentemente fazse referência à psicologia como uma área ampla com espaços diversos para atuação e em crescimento É uma profissão que está cada vez mais ampla no mercado de trabalho Como existe muito campo nós psicólogos podemos estudar muito para escolher uma que nos agrada C 22 anos Vejo como uma área em grande ascensão Pois hoje em dia diferente da visão que havia um tempo atrás apenas do psicólogo clínico já notamos o crescimento de outras áreas da Psicologia como social organizacional jurídica etc A 24 anos Vejo como uma profissão em constante expansão porque tanto a mente quanto o comportamento humano são áreas de estudos muito amplas que permitem novas descobertas a cada dia A Psicologia é muito versátil por isso se encaixa bem com outras áreas também como por exemplo Educação Medicina Filosofia Biologia entre outras Sendo assim abremse diversos campos de trabalho tornandoa cada vez mais interessante N 24 anos Psicologia é um campo do saber muito amplo Podemos trabalhar todas as áreas do humano explorálas de um modo mais complexo L 26 anos Os dois últimos entrevistados cotejam a questão da interdisciplinaridade ou da transdisciplinaridade na qual o conhecimento não é mais concebido em suas fronteiras dos campos da ciência sendo importante borrar estes limites para que se possam diminuir as dificuldades de compreensão presentes no princípio disciplinar Contudo prevalece a visão da Psicologia como um saber que responde sobre o ser humano e ao ser humano O psicólogo tem uma importância muito grande dentro da sociedade porque hoje em dia as pessoas necessitam de alguém para expor seus problemas e dividir suas angústias I 23 anos A Psicologia é de extrema importância na sociedade atual tendo em vista a vida do ser humano cada vez mais agitada Com esta correria do dia a dia surgem problemas como stress por exemplo Noto que nos dias de hoje com as inúmeras tecnologias existentes as pessoas estão se relacionando cada vez menos entre si pessoalmente e isto também pode causar problemas O psicólogo traz este papel ele escuta o que hoje em dia as pessoas já não têm muito o hábito de fazer A 24 anos A importância da Psicologia na sociedade atual se dá pela forma na qual levamos nossas vidas Vivemos cada vez mais estressados correndo tentando nos superar a todo o momento Dessa forma causando diversos problemas como a ansiedade o pânico a angústia depressão insegurança etc Exatamente nesse momento que buscamos ajuda na Psicologia para aliviarmos nosso sofrimento L 30 anos Em estudo realizado por Ferrarini Camargo 2012 os estudantes situavam a Psicologia enquanto conhecimento que busca a promoção da saúde o bemestar a qualidade de vida e a saúde mental configurando um discurso circular que não conseguia significar e explicitar o fazer do psicólogo a partir de elementos teóricos e práticos Como efeito percebemse restritos na instrumentalização e capacitação para atuarem nesta perspectiva social mas reconhecem outras potencialidades descentralizando a psicologia clínica clássica como predominante Esta alusão ao contexto social também está se faz presente nas considerações dos entrevistados apresentadas acima mesmo que esta dimensão seja enfrentada em alguns momentos a partir de condição diferenciada em relação aos outros trabalhadores na área da saúde como identifica G 33 anos Acho que o psicólogo exercita muita coisa que hoje não fazemos o ouvir Expande coisas ocultas no nosso íntimo trabalha nossa emoção e nos faz mais forte nos ajuda a entender nosso comportamento nossas atitudes e nos conduz à cura de doenças mentais Gerais Revista Interinstitucional de Psicologia 7 1 jan jun 2014 8292 Concepções e Expectativas de Estudantes de Psicologia sobre sua Futura Profissão 88 A potencialidade da atuação na promoção e prevenção da saúde mental também não se faz presente para os entrevistados o que sugere uma prática essencialmente constituída e reconhecida a partir da identificação da patologia A inserção de alunos em projetos de saúde privada e pública são instrumentos fundamentais para que o conhecimento de diferentes espaços e realidades possibilitando também a construção de relacionamentos com outros colegas com outros profissionais com gestores e com usuários Mendes Fonseca Brasil DalbelloAraújo 2012 Contudo o reconhecimento social da profissão não é unânime para os entrevistados Segundo A 24 anos a Psicologia é uma profissão pouco reconhecida no mercado de trabalho Contrariamente J 20 anos declara que é uma profissão muito valorizada hoje em dia e considera que o psicólogo precisa ser uma pessoa desprovida de preconceitos alguém que tenha vontade de ajudar o próximo e que tenha uma visão de que a vida é o bem mais precioso Aspectos relativos aos estereótipos atribuídos ao psicólogo são discutidos por outros entrevistados Psicólogos são vistos como pessoas que cuidam de loucos ou pessoas que queriam ser psiquiatras mas não tiveram capacidade de passar em Medicina Também tem pessoas que acham que é alguma espécie de charlatanismo que não possui métodos eficazes L 26 anos Pelo que vejo para as pessoas o psicólogo tem que ser psicólogo o tempo todo acham que não temos fraquezas Acham que podemos saber se alguém está mentindo ou não E 30 anos Não sei dizer quais são os preconceitos que os psicólogos enfrentam na sociedade mas acho que existem muitas crenças limitantes para a própria sociedade em relação ao trabalho dos psicólogos Falando de forma generalizada a sociedade ainda tem alguns paradigmas a serem quebrados pelos próprios psicólogos sobre quem são e como são os profissionais dessa área Percebo por exemplo que as pessoas supõem que o psicólogo tudo sabe e tudo explica Com alguma frequência pessoas que descobrem que sou estudante de psicologia falam que não vão mais conversar comigo ou não irão me contar suas vivências pois eu poderei analisálos e saber mais sobre eles Se explicam dizendo que eu poderei conhecêlos mais do que eles mesmos se conhecem A 29 anos Acho que a sociedade busca soluções rápidas preferem tomar uma medicação ao invés fazer um tratamento psicoterápico ainda existem muitos mitos e preconceitos com a Psicologia há muita ignorância e falta de informação H R 37 anos A idealização presente na sociedade em relação ao psicólogo e o desconhecimento sobre seu saber e suas práticas aparecem nos depoimentos acima Foi significativa na pesquisa a referência ao psicólogo como alguém que promove a saúde mental como também enquanto alguém que contribui com as relações existentes na sociedade fazendo a diferença na vida das pessoas Magalhães et al 2001 p 5 encontraram respostas que se aproximam deste estudo pois os sujeitos pesquisados atribuíram à ciência psicológica e ao psicólogo um conjunto de habilidades que podem ser sintetizadas em uma capacidade de analisar e compreender os comportamentos humanos bem como intervir e produzir a cura de problemas psicológicos Estas concepções sobre a Psicologia por sua vez também vão construindo a prática dos futuros psicólogos Futuro exercício da profissão Os entrevistados foram indagados sobre seus desejos expectativas e projetos em relação ao futuro exercício da profissão Os campos de atuação na Psicologia foram mencionados aqui referidos por ordem de incidência Psicologia Clínica 30 Psicologia Organizacional 19 Psicologia Jurídica 11 e Psicologia Hospitalar 08 É importante assinalar que alguns alunos informaram mais de uma área de interesse entretanto 26 entrevistados não vislumbram sua atuação futura sendo indefinida sua escolha neste momento Cabe salientar que nenhum respondente realizou estágio profissionalizante curricular ainda bem como não cursaram disciplinas relativas aos campos de atuação o que impossibilita definições para muitos acadêmicos desta pesquisa Dentre as expectativas manifestas pelos sujeitos em relação ao exercício da profissão podese assinalar reconhecimento evolução da ciência psicológica diminuição do preconceito para com o profissional promoção da saúde mental e minimização do sofrimento na sociedade Também foram remetidas expectativas no âmbito individual como empregabilidade e especialmente realização profissional presente em 11 entrevistas A preocupação com o mundo do trabalho e com os Gerais Revista Interinstitucional de Psicologia 7 1 jan jun 2014 8292 D M Ziliotto et al 89 espaços para atuação também está presente como se observa a seguir Espero continuar com os mesmos interesses e paixão que estou tendo no primeiro semestre até a conclusão Além disso espero que tenha mercado de trabalho K 27 anos Minhas expectativas são estar empregada na área quando estiver me formando sentirme capaz de atender pacientes estar segura ser responsável L 26 anos Fazer aquilo que eu goste e ser recompensada por isso A 24 anos Alguns alunos ao serem questionados sobre o retorno financeiro de sua futura profissão manifestaram não ter expectativa alguma outros que não sabem ou não refletiram sobre e ainda alguns dizem que estão mais preocupados com sua realização pessoal e sua satisfação interior do que com o retorno financeiro Sobre o retorno da profissão foi dito por entrevistada de que seria viver confortavelmente mas não com a necessidade de ficar rica opinião que se aproxima das seguintes colocações Pequena em termos de dinheiro e grande em termos de satisfação pessoal C 50anos Não estou fazendo o curso por dinheiro acho que quando se trabalha com amor o dinheiro vem naturalmente D si A minimização da remuneração pode estar remetida à profissão entendida como ajuda ao próximo como auxílio consoante com ideias anteriormente manifestas pelos entrevistados Ajuda ao outro busca de felicidade e de equilíbrio evidenciam uma noção onipotente da profissão e uma relação assimétrica do psicólogo com o sujeito de sua prática Muitas vezes tal postura pode se travestir de humildade absoluta e da negação da sua atividade como um trabalho Bock 1997 Neste sentido como assinala Coimbra e Leitão 2003 p 14 o homem a sociedade a psicologia e a política não são Sempre estão sendo sempre estão se fazendo Assim não há como afirmar conhecimentos universais únicos como também não há como pensar num fazer que não caracterize uma categoria uma profissão um valor A possibilidade de ampliar o conhecimento através do exercício da profissão foi assinalada pelos entrevistados bem como a intenção de assegurar esta condição na continuidade da formação após a graduação Minhas expectativas estão ligadas na possibilidade de fazer uma especialização para aprimorarme e conseguir inserirme o quanto antes no mercado e abrir um consultório L 30 anos Fazer uma especialização na área em que irei atuar J 47 anos Sei que não será muito fácil já que o mercado de trabalho nessa área está bem saturado mas tenho muitas expectativas Pretendo logo após concluir o curso fazer alguma especialização pra me inserir no mercado com maior conhecimento L P 20 anos Penso que o diferencial do profissional da psicologia é a formação continuada o estudo constante O acesso a uma graduação é mais fácil atualmente mas isto não basta e não pode se acomodar após a colação de grau se aperfeiçoando e buscando novas possibilidades de atuação em sua área é fundamental para se ter destaque entre os demais G 29 anos Yamamoto et al 2010 apresentam investigação sobre a formação pósgraduada dos psicólogos brasileiros identificando que a especialização é uma modalidade profissionalizante bastante frequente entre os profissionais mas o percentual de mestres e doutores é baixo e majoritariamente destinada aos que seguem carreira acadêmica Segundo os autores há participação de quase 90 dos psicólogos em eventos e de 80 em cursos de curta duração o que se aproxima do reconhecimento presente nas entrevistas acerca da importância da formação complementar Além da possibilidade da formação como um processo contínuo os alunos apontaram outros aspectos que são considerados diferenciais na condição do exercício profissional futuro como Acho que apesar de termos bons professores não é a Universidade que faz o aluno Cada um tem um caminho profissional e se empenha de formas diferentes Acredito que o que me fará ser uma boa profissional é o amor e o entendimento sem julgamento que se completará com a teoria que tivemos na faculdade A si Dandose conta que tem nas mãos um grande diferencial que é a sua própria profissão ou melhor o produto do trabalho o ser humano suas emoções pensamentos virtudes defeitos enfim tudo o que compõe o ser humano Gerais Revista Interinstitucional de Psicologia 7 1 jan jun 2014 8292 Concepções e Expectativas de Estudantes de Psicologia sobre sua Futura Profissão 90 O psicólogo está para fazer a diferença um mundo melhor G 42 anos Dantas 2010 assinala que a formação na Psicologia implica em um compromisso de ir além do cumprimento de etapas curriculares e da busca de um lugar profissional no mercado para se colocar como agente social construindo e sendo construído no processo em curso Dantas 2010 p633 Entretanto assinala a autora que somente podemos discutir sobre a formação mas jamais prescrevêla a nossa contribuição se restringe a questionar determinadas formações psi que distanciadas da História se agarram em posições absolutas ou em cartilhas do comportamento Dantas 2010 p634 Soares 2011 enfatiza a importância da ética e da dialogicidade na formação através de um aprendizado da autonomia que se apoia na heteronomia numa interrogação constante entre alunos e professores sobre os seus saberes Tais apontamentos dimensionam a formação a partir do exercício da docência e da condição de discente norteada por paradigmas ainda não preponderantes mas desafiadores diante das condições que os psicólogos precisam enfrentar Bernardes 2012 entende como fundamental trabalhar com os alunos a ética dialógica o encontro e a alteridade questões que os Projetos Político Pedagógicos PPC dos cursos não conseguem dar conta sendo desafiador propor uma transmissão que se paute por tais proposições Explicitar os sentidos e os posicionamentos produzidos por diferentes atores sociais faz com que o diálogo se exercite e se explicite envolvendo a todos no processo de formação e possivelmente renovando a formação e as práticas profissionais Considerações finais As mudanças estruturais no ensino superior brasileiro repercutem sobre a formação dos profissionais e as práticas que são instituídas e legitimadas a partir deste percurso Entendendo como decisivo o percurso acadêmico dos psicólogos esta investigação pautouse pela aproximação às ideias e expectativas destes sujeitos a partir de uma análise que considera concomitantemente o contexto histórico e econômico em que a profissão é exercida A pesquisa aponta a profissão ainda como uma opção majoritária feminina os estudantes são predominantemente adultos jovens solteiros acadêmicos em sua primeira graduação e realizam atividade remunerada A menção à compreensão da complexidade do ser humano das suas razões do que se passa em sua mente através do conhecimento psicológico é majoritária nos entrevistados quando indagados sobre sua escolha profissional A opção pela Psicologia também se delineia para alguns a partir de vivências pessoais de sofrimento psíquico da experiência psicoterápica e da complementaridade de formação profissional anterior O reconhecimento social da profissão não é unânime para os entrevistados havendo referência a elementos discriminatórios remetidos ao psicólogo e àquele que busca a Psicologia contudo identificando a amplitude dos campos e as práticas existentes como promissoras Dentre as expectativas manifestas pelos sujeitos em relação ao exercício da profissão podese assinalar reconhecimento evolução da ciência psicológica diminuição do preconceito para com o psicólogo promoção da saúde mental e minimização do sofrimento na sociedade Também foram significativos os intuitos remetidos ao âmbito individual como empregabilidade e especialmente realização profissional A possibilidade de ampliar o conhecimento através do exercício da profissão foi assinalada pelos entrevistados bem como a intenção de assegurar esta condição na continuidade da formação através de cursos de especialização Os resultados sugerem a continuidade de algumas marcas originárias da história ainda recente da profissão neste grupo investigado presente na predominância de mulheres no curso na imbricação entre prática profissional e altruísmo ajuda e no reconhecimento ainda restrito dos psicólogos Por outro lado a consideração de múltiplos fazeres e a dimensão social da profissão revelam movimentos e mudanças na concepção da Psicologia revelando perspectivas promissoras relacionadas à amplitude das práticas do psicólogo Diante destas considerações podese aludir o quanto a formação incide sobre estas alternâncias em que pese o contexto social e histórico pois há discursos sociais que se mantêm na inserção universitária dos sujeitos A possibilidade de Gerais Revista Interinstitucional de Psicologia 7 1 jan jun 2014 8292 D M Ziliotto et al 91 conhecer aproximar e discutir tais ideias e concepções parece ser promissor especialmente enquanto problematização dos saberes que supostamente qualificam e diferenciam o exercício da profissão Seria oportuna a realização de estudo longitudinal para analisar estes elementos em etapa ulterior da graduação bem como na prática profissional futura estabelecendo aspectos comparativos Cogitase igualmente a possibilidade de avaliar diferenças regionais entre os estudantes bem como especificidades dos inseridos em instituições públicas e em instituições privadas A contribuição justamente reside em compartilhar o contexto da formação analisando as implicações deste percurso no exercício da profissão e Questões como estas podem lançar novos olhares em direção ao futuro da história da profissão no país onde o protagonismo da categoria desde a sala de aula se faz decisiva Referências Bardin L 2004 Análise de conteúdo 3ª ed Lisboa Edições 70 Bastos A V B Gondim S M G Rodrigues A C A 2010 Uma categoria profissional em expansão quantos somos e onde estamos In A V B Bastos S M G Gondim Orgs O trabalho do psicólogo no Brasil Porto Alegre Artmed Bastos A V B Gondim S M G Borges Andrade J E 2010 As mudanças no exercício profissional da psicologia no Brasil o que se alterou nas duas últimas décadas e o que vislumbramos a partir de agora In A V B Bastos S M G Gondim Orgs O trabalho do psicólogo no Brasil Porto Alegre Artmed Bernardes J de S 2012 A formação em Psicologia após 50 anos do Primeiro Currículo Nacional da Psicologia alguns desafios atuais Psicologia Ciência e Profissão 32spe 216231 Bock A M B 2010 A Psicologia como profissão entrevista com Ana Bock Psicologia Ciência e Profissão 30 246271 Bock A M B1997 Formação do psicólogo um debate a partir do significado do fenômeno psicológico Psicologia Ciência e Profissão 172 3742 Castro A E F de Yamamoto O H 1998 A Psicologia como profissão feminina apontamentos para estudo Estudos de Psicologia 31 147158 Coimbra C Leitão M B S 2003 Das essências às multiplicidades especialismo psi e produções de subjetividades Psicologia Sociedade 152 617 Conselho Federal de Psicologia CFP 2004 Pesquisa de opinião com psicólogos inscritos no Conselho Federal de Psicologia Recuperado em 30 janeiro 2012 de httpwwwpolorgbrpolexportsitesdefaultpolf aqfaqDocumentosPesquisaIBOPEpdf Dantas J B 2010 Formar psicólogos por quê para quê Fractal Revista de Psicologia 223 621636 Dimenstein M 2000 A cultura profissional do psicólogo e o ideário individualista implicações para a prática no campo da assistência pública à saúde Estudos de Psicologia Natal 51 95121 Ferrarini Norma da Luz Camargo 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Ciência e Profissão 312 296313 Magalhães M Straliotto M Keller M Gomes W B2001 Eu quero ajudar as pessoas a escolha vocacional da psicologia Psicologia Ciência e Profissão212 1027 Marconi M de A Lakatos E M 2010 Fundamentos de metodologia científica 7ª ed São Paulo Atlas Mendes F M de S Fonseca K de A Brasil J A DalbelloAraujo M 2012 VerSus relato de vivências na formação de Psicologia Psicologia Ciência e Profissão 32 1 174187 Pereira F M Pereira A Neto 2003 O psicólogo no Brasil notas sobre seu processo de profissionalização Psicologia em Estudo 82 1927 Santos B S 1991 Um discurso sobre as ciências 5ª ed coleção Historia Ideias Porto PT Afrontamento Gerais Revista Interinstitucional de Psicologia 7 1 jan jun 2014 8292 Concepções e Expectativas de Estudantes de Psicologia sobre sua Futura Profissão 92 Soares L L M 2011 Ética e dialogicidade na formação do Psicólogo Psicologia Ensino Formação 21 7794 Souza Filho M L de Oliveira J da S C de Lima F L A 2006 Como as pessoas percebem o psicólogo um estudo exploratório Paidéia 1634 253261 TraversoYepez M Morais N A de 2004 Idéias e concepções permeando a formação profissional entre estudantes das ciências da saúde da UFRN um olhar da Psicologia Social Estudos de psicologia Natal 92 325 333 Yamamoto O H Oliveira I F de 2010 Política Social e Psicologia uma trajetória de 25 anos Psicologia Teoria e Pesquisa 26spe 924 Yamamoto O H Souza J A J de Silva N Zanelli J C2010 A formação básica pósgraduada e complementar do psicólogo no Brasil In A V B Bastos S M G Gondim Orgs O trabalho do psicólogo no Brasil Porto Alegre Artmed Recebido em 290413 Aceito em 260913 Gerais Revista Interinstitucional de Psicologia 7 1 jan jun 2014 8292