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Psicologia ·
Psicanálise
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339 PSICOLOGIA CLÍNICA PSICOTERAPIA E O ESTUDANTE DE PSICOLOGIA 1 Cláudia Hyala Mansilha Grupe Meira2 Maria Lúcia Tiellet Nunes Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Resumo Este artigo tem por objetivo revisar a bibliografia sobre o estudante de Psicologia e seus interesses pela Psicologia Clínica e pela Psicoterapia O estudo mostra que os calouros iniciam a graduação com um modelo de Psicologia Clínica e mantêm esta perspectiva durante o curso seguindo a direção da profissão no Brasil O interesse pela Psicologia Clínica pela Psicoterapia e pela Psicanálise coloca o alunado frente à questão da psicoterapia pessoal estimulado pelos professores e colegas como ferramenta importante para o crescimento A revisão bibliográfica foi realizada nas bases de dados Scielo e PsycInfo e em revistas das bibliotecas da UFRGS e PUCRS Palavraschave Psicologia Clínica Psicoterapia estudantes de Psicologia CLINICAL PSYCHOLOGY PSYCHOTHERAPY AND PSYCHOLOGY STUDENTS Abstract This article reviews literature concerning psychology students and their interest in clinical psychology and psychotherapy Freshmen enter the undergraduate course for a psychology degree with a model of clinical psychology and maintain such perspective during the course following the direction of Brazilian Psychology as a profession The interest in clinical psychology in psychotherapy and in psychoanalysis in Rio Grande do Sul directs students to personal psychological treatment which is stimulated by professors and peers understood as an important tool for personalprofessional development Scielo and PsicInfo as well as journal from the libraries of UFRGS and PUCRS based the literature review Key words Clinical Psychology Psychotherapy Psychology students 1 Artigo recebido em 28042005 aceito para publicação em 15122005 2 Endereço para correspondência Cláudia Hyala Mansilha Grupe Meira Rua General Oscar Miranda 160202 Porto Alegre RS CEP 90440160 Email claudiameirauolcombr Introdução O presente artigo tem como pro posta realizar uma revisão de literatura sobre o estu dante de Psicologia e seu interesse pela Psicologia Clínica e pela Psicoterapia e avaliar quais as condi ções em que ocorre a sua formação como Psicoterapeuta Muitos seriam os motivos que levam os estudantes à escolha da Psicologia como futura profissão e em especial da Psicologia Clínica Para Magalhães Straliotto Keller e Gomes 2001 o atendimento clínico em consultório é a atu ação profissional desejada pelos alunos que iniciam o curso de Psicologia e também pelos profissionais já formados que buscam uma nova área de atuação Contudo estes autores igualmente afirmam serem ainda insuficientes os dados para se ter uma compre ensão aprofundada de tal fascínio Por outro lado Carvalho e Kavano 1982 as severam que o que fascina os psicólogos na área clínica é a possibilidade de penetrarem no outro conhecêlo estabelecendo com ele um certo tipo de relação p11 Porém é bem evidente que são ne cessários mais estudos para se poder ter um conhe cimento melhor dessa situação Na pesquisa Redesenhando a Psicologia realizada por Silva 1988 segundo Freitas 2001 fo ram investigados junto aos calouros de Psicologia desde o primeiro dia de aula na disciplina Psicolo gia Ciência e Profissão seus interesses pelo curso e as imagens dos alunos sobre o papel do psicólogo Os resultados demonstraram que os calouros enten dem a Psicologia como sendo a Psicologia Clínica porém como um modelo elitista e individualista eles Paidéia 2005 1532 339343 340 destacaram ter interesse pela profissão pela possibi lidade de ajudar os outros e curiosidade em conhecer melhor o ser humano Aparece também a idéia de o psicólogo ter soluções quase mágicas para os proble mas Tais resultados estão de acordo com outras pes quisas realizadas no Brasil conforme demonstra le vantamento realizado por Magalhães e cols 2001 em que os autores afirmam que os motivos mais rela tados pelos estudantes sobre a escolha da profissão de psicólogo foram a possibilidade de conhecer o ser humano e ajudálo p 14 A demasiada valorização do psicólogo como profissional liberal e autônomo está presente desde o momento em que os alunos iniciam sua formação acadêmica pois já entram para a Universidade com esta definição de atuação profissional o que aconte ce por ser esta também uma das maneiras mais for tes de definir a profissão para o público externo Dimenstein 2000 Do ponto de vista histórico desde a década de setenta pesquisas revelam que a concepção de Psi cologia voltada à clínica decorre do fato de esta atu ação ter uma identificação maior pela sociedade Mello 1975 afirma que dentre as áreas de atuação da Psicologia a clínica estabeleceuse rapidamente como sendo a mais nobre e marcou de modo intenso não somente os currículos como também o imaginá rio social em termos da figura do psicólogo O perfil de atuação dos psicólogos na cidade de São Paulo já na década de 80 apontava para a área clínica como a mais concorrida entre aqueles que trabalhavam em um único domínio concentran do mais do que a quarta parte dos casos No que diz respeito ao estado de São Paulo independente do ano do término do curso a área de atividade principal mais citada também era a clínica média de 571 segui da por outras três a saber organizacional 216 escolar 118 e ensino da Psicologia 71 No interior ocorria uma inversão entre estas duas últi mas com proporções de 134 e 128 respectiva mente Sindicato dos Psicólogos no Estado de São Paulo e CRP 6a Região 1984 Alguns dados demonstram que o psicólogo quando não trabalha em consultório tem dificuldade em definir sua identidade profissional Branco 1998 Uma pesquisa realizada junto a psicólogos registrados no Conselho Federal de Psicologia 2001 que teve como objetivo identificar a sua realidade profissional demonstra que a Psicologia Clínica con tinua sendo a principal área de atuação da maioria dos profissionais perfazendo um total de 549 dos casos seguidos pelas da Psicologia da Saúde e Organizacional com 126 e 124 respectivamente O atendimen to em consultórios particulares ainda é o mais freqüen te com 454 dos profissionais exercendo suas ativi dades nestes locais seguido por atuação em empre sas com 125 dos casos CFP 2001 Ferreira Neto 2004 ao analisar os motivos que levam à escolha da profissão aponta a clínica como sendo o que indica maior preferência e isto devido ao fato de existir uma identificação entre a Psicologia e a clínica face ao modelo do profissional liberal com atuação privada De acordo com Piccinini Pessin Stortz e Jotz 1989 não se pode negar que algumas áreas da Psi cologia como clínica e trabalho por serem mais estruturadas e definidas proporcionam melhores con dições para uma identificação profissional por parte dos graduandos Sugerem os autores que os estudan tes entram na graduação com um modelo de Psicolo gia direcionado para a clínica e tendem a manter esta perspectiva durante o curso conforme já haviam ar gumentado Carvalho e Kavano 1982 e Carvalho 1984 segundo Campos Largura Jankovic 1999 O estudo de Campos Largura e Jankovic 1999 que visou avaliar a influência da graduação em Psicologia na escolha da área de atuação profis sional de 44 alunos de uma instituição de ensino su perior no estado de São Paulo demonstrou a influên cia deste curso no determinar a opção dos estudan tes que se volta para a área clínica e psicanalítica Nas diferentes áreas de atuação do psicólogo observase a influência da Psicologia Clínica pois muitas vezes características essencialmente clínicas são utilizadas nem sempre de forma adequada em outras áreas do conhecimento psicológico Um exem plo clássico é o que se passa na área escolar que de acordo com Toresan 1999 segundo Campos Lar gura Jankovic 1999 mostra que os profissionais atuam muitas vezes com o enfoque clínico terapêutico com foco no diagnóstico e no indivíduo e não na relação ensinoaprendizagem Guilherme Valle psicólogo clínico e membro da diretoria do Conselho Regional de Psicologia do Cláudia Hyala Mansilha Grupe Meira 341 Paraná quando entrevistado por Anzolin e Silveira 2003 sobre a Psicologia afirmou na época ser ne cessário modificar a idéia que se tem do psicólogo como o profissional na clínica psicanalítica pois este pode atuar em diferentes áreas que não somente na da Psicologia Clínica e no referencial Psicanalítico Mesmo assim o entrevistado lembra pesquisas em bora não as cite nas quais observa maior concentra ção de profissionais na área clínica como profissio nais liberais e na área da educação O interesse pela Psicologia Clínica pelos estu dantes de Psicologia e mais especificamente pela Psicoterapia é em grande parte influenciado pelo corpo docente que exerce estímulo direto no enca minhamento do seu aluno No estudo realizado por Gomes Teixeira Crescente Fachel Sehn e Klarmann 1996 é enfatizada esta idéia muitas vezes é por influência dos professores que os estudantes procu ram tratamento psicoterapêutico como parte da sua formação profissional e mostramse favoráveis a eles por serem incentivados na graduação Esses autores ainda apontam diferenças interessantes entre as cren ças de estudantes e nãoestudantes de Psicologia sobre Psicoterapia bem como entre estudantes do início do curso e aqueles que já estão no final os iniciantes estariam mais receptivos a diferentes orien tações em tratamentos psicológicos ou mesmo ainda nem se sentiriam interessados em se tratar já os dos últimos semestres expressariam os efeitos do curso em suas crenças sobre o tratamento e a escolha de uma abordagem específica Ao fazerem comparações entre estudantes de Psicologia e os de outros cursos universitários não especificados no artigo Gomes e cols 1996 afirmam que os alunos de Psicologia con sultam um psicoterapêuta cerca de 25 a mais do que os que pertencem a outras graduações A característica teóricotécnica dos cursos se reflete no encaminhamento que o aluno dá a sua fu tura profissão Neste aspecto a formação profissio nal exerce um papel fundamental na construção des sas crenças e técnicas que embora se justifiquem sob o ponto de vista de algumas teorias muitas vezes acabam realimentando uma prática profissional infle xível a mudanças Gomes cols 1996 Franco 2001 diz que durante a formação acadêmica o aluno de Psicologia poderá viver mo mentos de ansiedade pela carga emocional desencadeada pelo próprio curso No início da gra duação as leituras técnicas e os estudos de caso ana lisados em sala de aula poderão mobilizar alguns alu nos Já nos últimos anos os estágios e o seu contato com os pacientes tendem a aumentar a ansiedade pelas exigências que este período impõe a eles de que assumam uma postura profissional e integrem o que foi aprendido na teoria com a prática Na verda de em ambas as situações na teoria ou na prática durante todo o período do curso existem fatores que podem acarretar angústias e conflitos associados à história de vida de cada um Rodrigues 2000 comentando um outro as pecto da formação diz que no estágio ao vivenciar as diversas áreas de atuação da Psicologia sob a su pervisão de um docente confrontando a teoria com a prática mas também interagindo com diferentes pro fissionais e descobrindo o seu jeito de lidar com as situações variadas que se apresentam o aluno pode rá ter condições de diminuir seu vínculo de depen dência com o supervisor acadêmico Contudo de acordo com Teixeira e Nunes 1999 o estudante ten de a aproveitar a experiência dos modelos proporcio nados por supervisores e psicoterapêutas Tomando por base a visão do aluno temse o trabalho de Yamaguchi 1996 em que ela retrata sua experiência como estagiária de Psicologia Clínica e fala da importância da Psicoterapia dizendo que é preciso fazêla para ser psicoterapeuta uma vez que esta é a oportunidade de rever as próprias dificulda des para então poder trabalhar com as dos pacien tes ou seja é uma condição necessária para que o estudante de Psicologia possa assumir uma verda deira postura profissional Na pesquisa de Baptista Yoshimoto Monello Baptista e Berti 1998 que aborda um outro tema ao avaliar os níveis e fontes de estresse em alunos de Psicologia a porcentagem encontrada dos que se submetem à Psicoterapia é alta sugerindo um inte resse destes em ter algum contato com este aspecto da futura profissão e também a tendência ao modelo clínico de orientação psicanalítica em cujo processo a Psicoterapia pessoal é fundamental De acordo com Valle em entrevista a Anzolin e Silveira 2003 o desafio da formação do psicólogo é fazer com que o entendimento do autocuidado seja uma constante O autor considera que o profissional Psicologia clínica 342 da Psicologia trabalha com situações limites e é im prescindível que cuide de sua saúde mental razão porque afirma O psicólogo precisa pensar na sua saúde mental e na necessidade de fazer terapia pessoal o que não pode ser imposto Mas devese associar o tra tamento pessoal a um valor tão forte que o pró prio aluno busque sua terapia e entenda que para se colocar como um psicólogo para trabalhar no crescimento das pessoas e nos relacionamentos é preciso que ele mesmo se desenvolva pessoalmen te p13 Assim partese do princípio de que como a formação profissional do psicólogo não é distinta da pessoal e os dois repertórios estão em estreita rela ção a psicoterapia pessoal para a formação do aluno seria uma experiência importante e que traz um im pacto através das atitudes daí decorrentes que irão contribuir de forma ímpar para a profissional Moura 1999 Desse modo os estudantes de Psicologia são incentivados a se submeterem ao tratamento psicoló gico como condição desejável e que implementa a sua formação Essa combinação de interesse e in centivo talvez explique o crescimento quanto a sua busca pela Psicoterapia Aguirre Herzberg Pinto Becker Carmo e Santiago 2000 mencionam que a formação da atitu de clínica no aluno de Psicologia engloba a psicoterapia pessoal do estudante o conhecimento teórico e a prática clínica supervisionada Estes fato res estão intimamente ligados uma vez que os co nhecimentos teóricos só podem ser internalizados e processados em uma psicoterapia pessoal que torne possível o conhecimento do mundo interno e a utiliza ção dos recursos pessoais na investigação e compre ensão dos processos psíquicos Haley 1998 afirma que no aprendizado da Psicoterapia é necessário integrar a teoria com a prá tica sendo um dependente do outro incluindo tam bém a supervisão como ponto crucial para um bom resultado ele diz que o aprendizado da Psicoterapia não significa somente assimilar um conjunto de habi lidades porque o instrumento de trabalho é o próprio terapeuta que por vezes pode se apresentar falho Neste sentido aparece a importância da psicoterapia pessoal e da supervisão De acordo com Aguirre e cols 2000 a atitu de clínica é uma experiência subjetiva desenvolvida ao longo dos atendimentos dos pacientes É caracte rizada por esta prática somada ao conhecimento te órico às experiências pessoais às fantasias sobre o papel do psicólogo e também pela psicoterapia pela qual passou ou passa o psicoterapêuta Com isso vai se construindo o pensamento clínico que tem início na graduação e se estende por toda a vida dos indiví duos que escolhem esta área profissional De outro lado é importante salientar como comenta Hanns 2004 que a prática da psicoterapia aborda temas decisivos na vida de quem necessita e procura por esse tipo de ajuda Afirmase ainda que ela não se destina apenas a auxiliar os casos agudos mas também as pessoas que estão passando por fa ses transitórias mudanças de vida problemas matri moniais conflitos com filhos adaptação à aposenta doria fracasso profissional e que poderão ter seus sintomas agravados e sofrerem prejuízos se forem tratadas de forma inadequada ou por terapeutas sem a preparação necessária para este tipo de atendimento O estudante que se trata pode ser visto como o paciente que na concepção de Bollas 1992 tenha passado por uma boa análise conhecerá os proble mas principais que cerceiam sua personalidade e irá compreender como esses problemas foram elabora dos também terá uma percepção de que o seu self verdadeiro foi libertado para um estabelecimento e uma articulação adicionais Ser psicoterapeuta é algo de profundo Ajudar alguém a se ver a se conhecer a tomar posse de si mesmo é algo que sem uma profunda humildade di ficilmente poderá acontecer A responsabilidade e a complexidade da tarefa de responder terapeuticamen te ao pedido de ajuda de outro ser humano justificam a necessidade de maior consciência do futuro profissio nal sobre a concepção a respeito do que é ser psicoterapeuta e sua implicação de ordem prática na qualidade da sua formação profissional Faleiros 2004 Referências Bibliográficas Aguirre A M B Herzberg E Pinto E B Becker E Carmo H M S Santiago M D E 2000 A Formação da atitude clínica no estagiário de Psicologia Psicologia USP 11 1 4962 Cláudia Hyala Mansilha Grupe Meira 343 Anzolin C Silveira A 2003 Falando de Psico logia entrevista com Guilherme Valle Psicolo gia Argumento 21 33 abriljunho 1115 Baptista M N Yoshimoto L W Monello M R Baptista R W Berti A 1998 Nível e Fon tes de Estresse em alunos de Psicologia Psico USF 3 1 janeirojunho 6176 Bollas C 1992 Forças do destino psicanálise e idioma humano Rio de Janeiro Imago Branco M T C 1998 Que Profissional Quere mos Formar Psicologia Ciência e Profissão 18 3 2835 Campos L F L Largura W A N Jankovic A L 1999 Efeito da graduação em Psicologia nas escolhas profissionais de seus estudantes Psico 30 2 2944 Carvalho A M A Kavano E A 1982 Justifica tivas de opção por área de trabalho em Psicologia Uma análise da imagem da profissão em psicólo gos recémformados Psicologia 8 3 118 Conselho Federal de Psicologia 2001 Pesquisa feita junto aos associados relatório final Disponível em httpwwwpolorgbr Dimenstein M 2000 A cultura profissional do psi cólogo e o ideário individualista implicações para a prática no campo da assistência pública à saú de Estudos de Psicologia 5 1 95125 Faleiros E A 2004 Aprendendo a ser psicotera peuta Psicologia Ciência e Profissão 24 1 1427 Ferreira Neto J L 2004 A formação do psicólo go clínica social e mercado São Paulo Es cuta Franco S L R 2001 Estudantes de Psicologia eficácia adaptativa e a psicoterapia como medi da preventiva em saúde mental Mudanças Psicoterapia e Estudos Psicossociais 9 16 4163 Freitas M H 2001 Formação do psicólogo desa fios e perspectivas a experiência da Universi dade Católica de Brasília Temas em Psicologia da SBP 9 1 2943 Gomes W Teixeira M Crescente D Fachel J Sehn L Klarmann P 1996 Atitudes e Cren ças de Estudantes Universitários Sobre Psicote rapia e Psicólogos Psicologia Teoria e Pes quisa 12 2 121127 Haley J 1998 Aprendendo e ensinando terapia Porto Alegre Artmed Hanns L A 2004 Regulamentação em debate Psicologia Ciência e Profissão Diálogos 1 1 613 Magalhães M Straliotto M Keller M Gomes W B 2001 Eu quero ajudar as Pessoas a es colha vocacional da Psicologia Psicologia Ci ência e Profissão 212 1027 Mello S L 1975 Psicologia e profissão em São Paulo São Paulo Ática Moura C B 1999 Avaliação de uma experiência com o ensino de habilidades clínicas para alunos do primeiro ano de Psicologia Revista Estudos de Psicologia 16 1 1734 Piccinini C A Pessin L Stortz D Jotz C 1989 A formação do psicólogo no Rio Grande do Sul Psicologia Reflexão e Crítica 4 12 7190 Rodrigues R R J 2000 O estágio supervisionado como agente promotor da flexibilidade perceptiva e comportamental do psicólogo Revista Psico logia Argumento XVIII XXVII 111121 Sindicato dos Psicólogos no Estado de São Paulo e CRP 6ª Região 1984 O Perfil do psicólogo no estado de São Paulo São Paulo Cortez Teixeira R P Nunes M L T 1999 Psicotera pia e ética Uma relação In visível Aletheia 10 1724 Yamaguchi L S 1996 A Psicoterapia no tornarse psicoterapeuta Revista Psicologia Argumento XIV XVIII 102104 Artigo derivado de dissertação de Mestrado PPGP PUCRS Auxílio Capes Psicologia clínica
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artigo tem como pro posta realizar uma revisão de literatura sobre o estu dante de Psicologia e seu interesse pela Psicologia Clínica e pela Psicoterapia e avaliar quais as condi ções em que ocorre a sua formação como Psicoterapeuta Muitos seriam os motivos que levam os estudantes à escolha da Psicologia como futura profissão e em especial da Psicologia Clínica Para Magalhães Straliotto Keller e Gomes 2001 o atendimento clínico em consultório é a atu ação profissional desejada pelos alunos que iniciam o curso de Psicologia e também pelos profissionais já formados que buscam uma nova área de atuação Contudo estes autores igualmente afirmam serem ainda insuficientes os dados para se ter uma compre ensão aprofundada de tal fascínio Por outro lado Carvalho e Kavano 1982 as severam que o que fascina os psicólogos na área clínica é a possibilidade de penetrarem no outro conhecêlo estabelecendo com ele um certo tipo de relação p11 Porém é bem evidente que são ne cessários mais estudos para se poder ter um conhe cimento melhor dessa situação Na pesquisa Redesenhando a Psicologia realizada por Silva 1988 segundo Freitas 2001 fo ram investigados junto aos calouros de Psicologia desde o primeiro dia de aula na disciplina Psicolo gia Ciência e Profissão seus interesses pelo curso e as imagens dos alunos sobre o papel do psicólogo Os resultados demonstraram que os calouros enten dem a Psicologia como sendo a Psicologia Clínica porém como um modelo elitista e individualista eles Paidéia 2005 1532 339343 340 destacaram ter interesse pela profissão pela possibi lidade de ajudar os outros e curiosidade em conhecer melhor o ser humano Aparece também a idéia de o psicólogo ter soluções quase mágicas para os proble mas Tais resultados estão de acordo com outras pes quisas realizadas no Brasil conforme demonstra le vantamento realizado por Magalhães e cols 2001 em que os autores afirmam que os motivos mais rela tados pelos estudantes sobre a escolha da profissão de psicólogo foram a 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trabalhavam em um único domínio concentran do mais do que a quarta parte dos casos No que diz respeito ao estado de São Paulo independente do ano do término do curso a área de atividade principal mais citada também era a clínica média de 571 segui da por outras três a saber organizacional 216 escolar 118 e ensino da Psicologia 71 No interior ocorria uma inversão entre estas duas últi mas com proporções de 134 e 128 respectiva mente Sindicato dos Psicólogos no Estado de São Paulo e CRP 6a Região 1984 Alguns dados demonstram que o psicólogo quando não trabalha em consultório tem dificuldade em definir sua identidade profissional Branco 1998 Uma pesquisa realizada junto a psicólogos registrados no Conselho Federal de Psicologia 2001 que teve como objetivo identificar a sua realidade profissional demonstra que a Psicologia Clínica con tinua sendo a principal área de atuação da maioria dos profissionais perfazendo um total de 549 dos casos seguidos pelas da Psicologia da Saúde e Organizacional com 126 e 124 respectivamente O atendimen to em consultórios particulares ainda é o mais freqüen te com 454 dos profissionais exercendo suas ativi dades nestes locais seguido por atuação em empre sas com 125 dos casos CFP 2001 Ferreira Neto 2004 ao analisar os motivos que levam à escolha da profissão aponta a clínica como sendo o que indica maior preferência e isto devido ao fato de existir uma identificação entre a Psicologia e a clínica face ao modelo do profissional liberal com atuação privada De acordo com Piccinini Pessin Stortz e Jotz 1989 não se pode negar que algumas áreas da Psi cologia como clínica e trabalho por serem mais estruturadas e definidas proporcionam melhores con dições para uma identificação profissional por parte dos graduandos Sugerem os autores que os estudan tes entram na graduação com um modelo de Psicolo gia direcionado para a clínica e tendem a manter esta perspectiva durante o curso conforme já haviam ar gumentado Carvalho e Kavano 1982 e Carvalho 1984 segundo Campos Largura Jankovic 1999 O estudo de Campos Largura e Jankovic 1999 que visou avaliar a influência da graduação em Psicologia na escolha da área de atuação profis sional de 44 alunos de uma instituição de ensino su perior no estado de São Paulo demonstrou a influên cia deste curso no determinar a opção dos estudan tes que se volta para a área clínica e psicanalítica Nas diferentes áreas de atuação do psicólogo observase a influência da Psicologia Clínica pois muitas vezes características essencialmente clínicas são utilizadas nem sempre de forma adequada em outras áreas do conhecimento psicológico Um exem plo clássico é o que se passa na área escolar que de acordo com Toresan 1999 segundo Campos Lar gura Jankovic 1999 mostra que os profissionais atuam muitas vezes com o enfoque clínico terapêutico com foco no diagnóstico e no indivíduo e não na relação ensinoaprendizagem Guilherme Valle psicólogo clínico e membro da diretoria do Conselho Regional de Psicologia do Cláudia Hyala Mansilha Grupe Meira 341 Paraná quando entrevistado por Anzolin e Silveira 2003 sobre a Psicologia afirmou na época ser ne cessário modificar a idéia que se tem do psicólogo como o profissional na clínica psicanalítica pois este pode atuar em diferentes áreas que não somente na da Psicologia Clínica e no referencial Psicanalítico Mesmo assim o entrevistado lembra pesquisas em bora não as cite nas quais observa maior concentra ção de profissionais na área clínica como profissio nais liberais e na área da educação O interesse pela Psicologia Clínica pelos estu dantes de Psicologia e mais especificamente pela Psicoterapia é em grande parte influenciado pelo corpo docente que exerce estímulo direto no enca minhamento do seu aluno No estudo realizado por Gomes Teixeira Crescente Fachel Sehn e Klarmann 1996 é enfatizada esta idéia muitas vezes é por influência dos professores que os estudantes procu ram tratamento psicoterapêutico como parte da sua formação profissional e mostramse favoráveis a eles por serem incentivados na graduação Esses autores ainda apontam diferenças interessantes entre as cren ças de estudantes e nãoestudantes de Psicologia sobre Psicoterapia bem como entre estudantes do início do curso e aqueles que já estão no final os iniciantes estariam mais receptivos a diferentes orien tações em tratamentos psicológicos ou mesmo ainda nem se sentiriam interessados em se tratar já os dos últimos semestres expressariam os efeitos do curso em suas crenças sobre o tratamento e a escolha de uma abordagem específica Ao fazerem comparações entre estudantes de Psicologia e os de outros cursos universitários não especificados no artigo Gomes e cols 1996 afirmam que os alunos de Psicologia con sultam um psicoterapêuta cerca de 25 a mais do que os que pertencem a outras graduações A característica teóricotécnica dos cursos se reflete no encaminhamento que o aluno dá a sua fu tura profissão Neste aspecto a formação profissio nal exerce um papel fundamental na construção des sas crenças e técnicas que embora se justifiquem sob o ponto de vista de algumas teorias muitas vezes acabam realimentando uma prática profissional infle xível a mudanças Gomes cols 1996 Franco 2001 diz que durante a formação acadêmica o aluno de Psicologia poderá viver mo mentos de ansiedade pela carga emocional desencadeada pelo próprio curso No início da gra duação as leituras técnicas e os estudos de caso ana lisados em sala de aula poderão mobilizar alguns alu nos Já nos últimos anos os estágios e o seu contato com os pacientes tendem a aumentar a ansiedade pelas exigências que este período impõe a eles de que assumam uma postura profissional e integrem o que foi aprendido na teoria com a prática Na verda de em ambas as situações na teoria ou na prática durante todo o período do curso existem fatores que podem acarretar angústias e conflitos associados à história de vida de cada um Rodrigues 2000 comentando um outro as pecto da formação diz que no estágio ao vivenciar as diversas áreas de atuação da Psicologia sob a su pervisão de um docente confrontando a teoria com a prática mas também interagindo com diferentes pro fissionais e descobrindo o seu jeito de lidar com as situações variadas que se apresentam o aluno pode rá ter condições de diminuir seu vínculo de depen dência com o supervisor acadêmico Contudo de acordo com Teixeira e Nunes 1999 o estudante ten de a aproveitar a experiência dos modelos proporcio nados por supervisores e psicoterapêutas Tomando por base a visão do aluno temse o trabalho de Yamaguchi 1996 em que ela retrata sua experiência como estagiária de Psicologia Clínica e fala da importância da Psicoterapia dizendo que é preciso fazêla para ser psicoterapeuta uma vez que esta é a oportunidade de rever as próprias dificulda des para então poder trabalhar com as dos pacien tes ou seja é uma condição necessária para que o estudante de Psicologia possa assumir uma verda deira postura profissional Na pesquisa de Baptista Yoshimoto Monello Baptista e Berti 1998 que aborda um outro tema ao avaliar os níveis e fontes de estresse em alunos de Psicologia a porcentagem encontrada dos que se submetem à Psicoterapia é alta sugerindo um inte resse destes em ter algum contato com este aspecto da futura profissão e também a tendência ao modelo clínico de orientação psicanalítica em cujo processo a Psicoterapia pessoal é fundamental De acordo com Valle em entrevista a Anzolin e Silveira 2003 o desafio da formação do psicólogo é fazer com que o entendimento do autocuidado seja uma constante O autor considera que o profissional Psicologia clínica 342 da Psicologia trabalha com situações limites e é im prescindível que cuide de sua saúde mental razão porque afirma O psicólogo precisa pensar na sua saúde mental e na necessidade de fazer terapia pessoal o que não pode ser imposto Mas devese associar o tra tamento pessoal a um valor tão forte que o pró prio aluno busque sua terapia e entenda que para se colocar como um psicólogo para trabalhar no crescimento das pessoas e nos relacionamentos é preciso que ele mesmo se desenvolva pessoalmen te p13 Assim partese do princípio de que como a formação profissional do psicólogo não é distinta da pessoal e os dois repertórios estão em estreita rela ção a psicoterapia pessoal para a formação do aluno seria uma experiência importante e que traz um im pacto através das atitudes daí decorrentes que irão contribuir de forma ímpar para a profissional Moura 1999 Desse modo os estudantes de Psicologia são incentivados a se submeterem ao tratamento psicoló gico como condição desejável e que implementa a sua formação Essa combinação de interesse e in centivo talvez explique o crescimento quanto a sua busca pela Psicoterapia Aguirre Herzberg Pinto Becker Carmo e Santiago 2000 mencionam que a formação da atitu de clínica no aluno de Psicologia engloba a psicoterapia pessoal do estudante o conhecimento teórico e a prática clínica supervisionada Estes fato res estão intimamente ligados uma vez que os co nhecimentos teóricos só podem ser internalizados e processados em uma psicoterapia pessoal que torne possível o conhecimento do mundo interno e a utiliza ção dos recursos pessoais na investigação e compre ensão dos processos psíquicos Haley 1998 afirma que no aprendizado da Psicoterapia é necessário integrar a teoria com a prá tica sendo um dependente do outro incluindo tam bém a supervisão como ponto crucial para um bom resultado ele diz que o aprendizado da Psicoterapia não significa somente assimilar um conjunto de habi lidades porque o instrumento de trabalho é o próprio terapeuta que por vezes pode se apresentar falho Neste sentido aparece a importância da psicoterapia pessoal e da supervisão De acordo com Aguirre e cols 2000 a atitu de clínica é uma experiência subjetiva desenvolvida ao longo dos atendimentos dos pacientes É caracte rizada por esta prática somada ao conhecimento te órico às experiências pessoais às fantasias sobre o papel do psicólogo e também pela psicoterapia pela qual passou ou passa o psicoterapêuta Com isso vai se construindo o pensamento clínico que tem início na graduação e se estende por toda a vida dos indiví duos que escolhem esta área profissional De outro lado é importante salientar como comenta Hanns 2004 que a prática da psicoterapia aborda temas decisivos na vida de quem necessita e procura por esse tipo de ajuda Afirmase ainda que ela não se destina apenas a auxiliar os casos agudos mas também as pessoas que estão passando por fa ses transitórias mudanças de vida problemas matri moniais conflitos com filhos adaptação à aposenta doria fracasso profissional e que poderão ter seus sintomas agravados e sofrerem prejuízos se forem tratadas de forma inadequada ou por terapeutas sem a preparação necessária para este tipo de atendimento O estudante que se trata pode ser visto como o paciente que na concepção de Bollas 1992 tenha passado por uma boa análise conhecerá os proble mas principais que cerceiam sua personalidade e irá compreender como esses problemas foram elabora dos também terá uma percepção de que o seu self verdadeiro foi libertado para um estabelecimento e uma articulação adicionais Ser psicoterapeuta é algo de profundo Ajudar alguém a se ver a se conhecer a tomar posse de si mesmo é algo que sem uma profunda humildade di ficilmente poderá acontecer A responsabilidade e a complexidade da tarefa de responder terapeuticamen te ao pedido de ajuda de outro ser humano justificam a necessidade de maior consciência do futuro profissio nal sobre a concepção a respeito do que é ser psicoterapeuta e sua implicação de ordem prática na qualidade da sua formação profissional Faleiros 2004 Referências Bibliográficas Aguirre A M B Herzberg E Pinto E B Becker E Carmo H M S Santiago M D E 2000 A Formação da atitude clínica no estagiário de Psicologia Psicologia USP 11 1 4962 Cláudia Hyala Mansilha Grupe Meira 343 Anzolin C Silveira A 2003 Falando de Psico logia entrevista com Guilherme Valle Psicolo gia Argumento 21 33 abriljunho 1115 Baptista M N Yoshimoto L W Monello M R Baptista R W Berti A 1998 Nível e Fon tes de Estresse em alunos de Psicologia Psico USF 3 1 janeirojunho 6176 Bollas C 1992 Forças do destino psicanálise e idioma humano Rio de Janeiro Imago Branco M T C 1998 Que Profissional Quere mos Formar Psicologia Ciência e Profissão 18 3 2835 Campos L F L Largura W A N Jankovic A L 1999 Efeito da graduação em Psicologia nas escolhas profissionais de seus estudantes Psico 30 2 2944 Carvalho A M A Kavano E A 1982 Justifica tivas de opção por área de trabalho em Psicologia Uma análise da imagem da profissão em psicólo gos recémformados Psicologia 8 3 118 Conselho Federal de Psicologia 2001 Pesquisa feita junto aos associados relatório final Disponível em httpwwwpolorgbr Dimenstein M 2000 A cultura profissional do psi cólogo e o ideário individualista implicações para a prática no campo da assistência pública à saú de Estudos de Psicologia 5 1 95125 Faleiros E A 2004 Aprendendo a ser psicotera peuta Psicologia Ciência e Profissão 24 1 1427 Ferreira Neto J L 2004 A formação do psicólo go clínica social e mercado São Paulo Es cuta Franco S L R 2001 Estudantes de Psicologia eficácia adaptativa e a psicoterapia como medi da preventiva em saúde mental Mudanças Psicoterapia e Estudos Psicossociais 9 16 4163 Freitas M H 2001 Formação do psicólogo desa fios e perspectivas a experiência da Universi dade Católica de Brasília Temas em Psicologia da SBP 9 1 2943 Gomes W Teixeira M Crescente D Fachel J Sehn L Klarmann P 1996 Atitudes e Cren ças de Estudantes Universitários Sobre Psicote rapia e Psicólogos Psicologia Teoria e Pes quisa 12 2 121127 Haley J 1998 Aprendendo e ensinando terapia Porto Alegre Artmed Hanns L A 2004 Regulamentação em debate Psicologia Ciência e Profissão Diálogos 1 1 613 Magalhães M Straliotto M Keller M Gomes W B 2001 Eu quero ajudar as Pessoas a es colha vocacional da Psicologia Psicologia Ci ência e Profissão 212 1027 Mello S L 1975 Psicologia e profissão em São Paulo São Paulo Ática Moura C B 1999 Avaliação de uma experiência com o ensino de habilidades clínicas para alunos do primeiro ano de Psicologia Revista Estudos de Psicologia 16 1 1734 Piccinini C A Pessin L Stortz D Jotz C 1989 A formação do psicólogo no Rio Grande do Sul Psicologia Reflexão e Crítica 4 12 7190 Rodrigues R R J 2000 O estágio supervisionado como agente promotor da flexibilidade perceptiva e comportamental do psicólogo Revista Psico logia Argumento XVIII XXVII 111121 Sindicato dos Psicólogos no Estado de São Paulo e CRP 6ª Região 1984 O Perfil do psicólogo no estado de São Paulo São Paulo Cortez Teixeira R P Nunes M L T 1999 Psicotera pia e ética Uma relação In visível Aletheia 10 1724 Yamaguchi L S 1996 A Psicoterapia no tornarse psicoterapeuta Revista Psicologia Argumento XIV XVIII 102104 Artigo derivado de dissertação de Mestrado PPGP PUCRS Auxílio Capes Psicologia clínica