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Psicologia ·

Psicologia Social

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Rollo May e a Psicologia Existencial SENTIMENTOS PELO MEIO DO SÉCULO XX 1 SENTIMENTO DE IMPOTÊNCIA Uma convicção penetrante de que o indivíduo não pode fazer algo efetivo frente aos enormes problemas culturais sociais e econômicos SENTIMENTO AGRAVADO PELA ANSIEDADE E PERDA DOS VALORES TRADICIONAIS May antecipou que a experiência de vacuidade e impotência que havia registrado em seus pacientes com o tempo se tornaria epidêmica Ansiedade A ANSIEDADE É A APREENSÃO CARACTERIZADA POR UMA AMEAÇA A ALGUM VALOR QUE O INDIVÍDUO CONSIDERA ESSENCIAL PARA SUA EXISTÊNCIA COMO PESSOA 1977 3 A PERDA DOS VALORES Desde o Renascimento o valor dominante na sociedade ocidental tem sido o prestígio competitivo medido em termos de trabalho e êxito financeiro Tais valores já não são efetivos no mundo pósmoderno no qual se tem que aprender a trabalhar com outras pessoas a fim de sobreviver 4 QUATRO ESTADOS DE CONSCIÊNCIA QUATRO ETAPAS NA CONSCIÊNCIA DO EGO 1 A primeira é a etapa da inocência antes que nasça a consciência do ego Esta é característica do bebê 2 A etapa da rebelião na qual o indivíduo busca estabelecer alguma força interna A criança que já anda e o adolescente ilustram esta etapa a qual pode implicar desafio e hostilidade 3 A terceira etapa é a consciência comum do ego Esta é a etapa a que se refere à maioria das pessoas quando falam de uma personalidade saudável Implica ser capaz de aprender com os próprios erros e viver de modo responsável Quarta etapa 4 A quarta etapa pressupõe a consciência criativa do ego Implica a capacidade de observar algo fora do ponto de vista limitado comum da pessoa e vislumbrar a verdade última como existe na realidade Este nível abre caminho através da dicotomia entre a subjetividade e a objetividade Nem todos conseguem atingir este nível de consciência OPOSTOS NECESSÁRIOS Em um paradoxo duas coisas opostas são delineadas contra si e parecem negarse contudo uma sem a outra não podem existir Portanto o bem e o mal a vida e a morte a beleza e o feio parecem estar brigados entre si mas esta mesma confrontação inspira vida e significação ao outro 5 A POSSESSÃO ABSOLUTA É qualquer função natural que tenha o poder de assumir o controle da pessoa inteira O sexo a ira uma ânsia de poder tudo isto pode converterse em mal quando se apodera do ego sem importarlhe sua integração Ao tornarmonos conscientes de sua existência podemos integrálo em nós mesmos A possessão absoluta nos empurra para a estrutura universal da realidade Isto sucede de uma dimensão impessoal para pessoal da consciência 6 PODER Crise contemporânea Com efeito um fator básico na crise contemporânea o sentimento de insignificância e impotência CONFLITO DA VIDA HUMANA Atingir um sentido de significação do próprio ego e o sentimento de impotência por outro lado As pessoas impotentes por vezes partem para a exploração com o fim de se sentirem significativas ou buscam vingança em formas passivoagressivas tais como no uso de drogas ilícitas e álcool 7 AMOR E SEXO A carência de afeto e a apatia são atitudes predominantes em nossas vidas são formas de proteção contra o estímulo excessivo da sociedade moderna Nossa liberdade sexual converteuse em uma forma nova de puritanismo a emoção está separada da razão e o corpo é usado como uma máquina A comercialização do sexo destrói os sentimentos verdadeiros de um modo tão grave como em certa época o fizeram os tabus tradicionais May sugere que somente a experiência e a redescoberta do afeto o oposto à apatia nos permitirá resistir ao cinismo que caracteriza nossos dias Os mitos do afeto parecem sinalizar para a necessidade de se desenvolver uma moralidade nova de autenticidade nas relações humanas 8 INTENCIONALIDADE Por intencionalidade May quer dizer a estrutura que dá significado à experiência Uma capacidade humana distintiva a intencionalidade é uma atenção imaginativa que subjaz a nossas intenções e informa nossas ações É a atitude de participar no conhecer 9 LIBERDADE E DESTINO LIBERDADE significa abertura disposição a amadurecimento tolerância e mudança na busca de valores humanos mais importantes Implica nossa capacidade de intervir em nosso próprio desenvolvimento A liberdade é básica para o entendimento existencialista da natureza humana devido a que subjaz à nossa capacidade de eleição e aos valores DESTINO o desenho vital do universo expresso em cada um de nós O destino nos estabelece limites mas também nos proporciona meios para executar certas tarefas Fazer frente a estes limites gera valores construtivos 10 CORAGEM E CRIATIVIDADE A coragem é a capacidade para avançar apesar da desesperação Nos seres humanos a coragem é necessária para poder existir e tornarse possível A coragem não é uma virtude e sim uma função que subjaz e dá realidade a todos os demais valores 11 PSICOTERAPIA O enfoque existencial da psicoterapia sustenta que o objetivo central da terapia é ajudar a promover o entendimento do ego e o próprio modo de ser no mundo Ser no sentido humano não é dado de uma vez e para sempre Como humanos temos que estar conscientes ser responsáveis por nós mesmos e tornarmonos nós mesmos A questão crucial é que o indivíduo mesmo em sua própria consciência e responsabilidade de sua existência dê com o fato de que pode ser aceito 1983 CULPA ONTOLÓGICA As pessoas abandonam sua identidade para ser aceitas pelos demais e evitar serem condenadas ao ostracismo ou à solidão mas assim fazendo perdem seu poder e seu caráter único Enquanto a repressão e a inibição foram padrões neuróticos comuns na época de Freud na atualidade o conformismo tem sido um padrão prevalente Esta negação das potencialidades próprias conduz à experiência da culpa A culpa ontológica não provém da proibição cultural mas surge do fato da consciência de si mesmo e do reconhecimento de que não temos realizado nossas potencialidades Enfrentar esta culpa no processo da terapia conduz a efeitos construtivos RELAÇÃO TERAPEUTA PACIENTE A tarefa central do terapeuta é buscar entender o modo de ser e de nãoser no mundo do paciente É o contexto que distingue o enfoque existencial mais que qualquer técnica específica O ser humano não é um objeto que possa ser manejado e analisado A técnica se segue ao entendimento May entende que a associação livre é particularmente útil para revelar a intencionalidade