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Gestão Empresarial ·

Gestão de Produção

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1 ATIVIDADE PRÁTICA DE TEMPOS E MÉTODOS Contextualização para a Atividade Prática1 1 Determinação de tempo cronometrado Tabela 1 Coeficientes de distribuição normal Probabilidade 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 Z 165 170 175 181 188 196 205 217 233 258 Fonte Jurandir Peinado e Alexandre Reis Graeml Tabela 2 Coeficientes d2 para o número de cronometragens iniciais N 2 3 4 5 6 7 8 9 10 d2 1128 1693 2059 2326 2534 2704 2847 2970 3078 Fonte Jurandir Peinado e Alexandre Reis Graeml Exemplo Um analista de processos de uma grande fábrica de produtos de linha branca cronometrou a operação de montagem de determinada porta de um modelo de refrigerador Foram feitas sete cronometragens iniciais para as quais foram obtidos os seguintes valores em segundos 105 103 93 92 95 99 100 A empresa determinou como regra geral o grau de confiança para os tempos cronometrados fosse de 95 com um erro relativo inferior a 5 Resolução X 105 103 93 92 95 99 100 98 7 R 105 92 13 a amplitude é a subtração envolvendo o maior e o menor tempo das medições Z 196 de acordo com a Tabela 1 para um grau de confiança de 95 No cronometragens iniciais ZR 2 196 x 13 2 192312 Erd2 X 005 x 2704 x 98 No cronometragens iniciais 37 cronometragens 1 Jurandir Peinado e Alexandre Reis Graeml 2 Em outras palavras foram realizadas sete cronometragens iniciais e a fórmula utilizando estes valores preliminares determinou que apenas quatro cronometragens seriam suficientes Como o valor obtido com a fórmula é inferior ao número de cronometragens inicialmente executado isto significa que a tomada de tempos foi válida e é possível utilizar a média encontrada de 98 segundos como sendo o tempo cronometrado necessário para a realização da tarefa com 95 de chance de acerto Slack et al 2002 adotam a seguinte definição para a avaliação de ritmo dos tempos observados Processo de avaliar o grau de rendimento do trabalho do operador relativamente ao conceito do observador a respeito do grau de rendimento correspondente ao desempenho padrão O observador pode levar em consideração separadamente ou em combinação um ou mais fatores necessários para realizar o trabalho como a velocidade de movimento esforço destreza consistência etc Avaliação do grau de rendimento do operador é o processo por meio do qual o cronoanalista compara o ritmo do operador em observação com o seu próprio conceito de ritmo normal 11 Velocidade acima do normal O operador que está sendo avaliado pode estar trabalhando acima da velocidade normal Isto pode acontecer por vários motivos como por exemplo Tratarse do início de expediente na segundafeira O operador ter acabado de ser repreendido por seu superior Estar buscando um prêmio de produtividade Possuir uma destreza para aquela tarefa que pouca gente possui neste caso o grau de rendimento pode ser normal para aquele operador específico porém não servirá para um operador normal Simplesmente por estar sendo observado pelo cronoanalista Neste caso o tempo cronometrado encontrado deverá ser ajustado para cima já que outros operadores não conseguirão repetir esse desempenho 12 Velocidade abaixo do normal Nesta situação o operador pode estar realizando a tarefa que está sendo cronometrada em velocidade lenta ou que pode acontecer por fadiga como por exemplo em uma sextafeira à tarde A lentidão também pode decorrer de o operador observado ainda não ter prática suficiente na tarefa por estar intimidado ao sentir seu trabalho sendo cronometrado ou por qualquer outra razão Neste caso o tempo cronometrado encontrado deverá ser ajustado para baixo já que menos tempo será necessário para que outros operadores realizem a mesma tarefa 3 Talvez a parte mais importante e mais difícil do estudo de tempos consista na avaliação da velocidade ou ritmo com o qual o operador trabalha durante a execução da cronoanálise A velocidade do operador é determinada subjetivamente pelo cronoanalista Para a velocidade de operação normal do operador é atribuído um grau de rendimento ou ritmo de 100 Velocidades acima do normal apresentam valores superiores a 100 e velocidades abaixo do normal apresentam valores inferiores a 100 Quando se determina o tempo de execução de uma operação é preciso levar em conta a velocidade com que o operador está realizando a operação Para tornar o tempo utilizável para todos os trabalhadores a medida da velocidade que é expressa como uma taxa de desempenho que reflete o nível de esforço do operador observado deve também ser incluída para normalizar o trabalho A fórmula abaixo ilustra o tempo normalizado TN TC gr TN Tempo normalizado TC Tempo cronometrado gr Grau de rendimento do operador Uma forma confiável de avaliação da velocidade do operador que tem sido utilizada em vários estudos práticos de cronoanálise consiste simplesmente em perguntar para um experiente chefe do setor se o ritmo está correto Quase que invariavelmente a resposta é mais realista que qualquer interferência feita por um cronoanalista Exemplo Utilizando o tempo cronometrado encontrado no exemplo anterior de 98 segundos qual seria o tempo normalizado se o grau de rendimento do operador fosse avaliado em 116 E se o grau de rendimento fosse avaliado em 97 Resolução a Grau de rendimento em 116 TN TC gr 98 x 116 1137 segundos b Grau de rendimento em 97 TN TC gr 98 x 097 951 segundos Uma vez determinado o tempo normalizado que é o cronometrado ajustado a um grau de rendimento ou ritmo normalizado será preciso levar em consideração que não é possível um operário trabalhar o dia inteiro sem nenhuma interrupção tanto para necessidades especiais como por motivos alheios à sua vontade O tempo padrão é calculado multiplicandose o tempo normalizado por um fator de tolerância para compensar o período que o trabalhador efetivamente não trabalha O cálculo é feito utilizandose a fórmula abaixo 4 TP TN TN Pp TN Pg TP Tempo padrão TN Tempo normalizado Pp Concessões para perdas pessoais Pg Concessões para perdas gerais Concessões para atendimento às necessidades pessoais como se tratam de necessidades fisiológicas do organismo estas concessões costumam ser consideradas em primeiro lugar Uma forma eficiente de se determinar os tempos de duração destas concessões consiste na utilização da teoria da amostragem do trabalho Outra forma de se determinar o tempo de concessões é por meio do monitoramento contínuo Em trabalhos leves para uma jornada de trabalho de oito horas diárias sem intervalos de descanso préestabelecidos exceto almoço naturalmente o tempo médio de parada geralmente utilizado varia para o homem de 10 a 24 minutos ou seja de 2 a 5 da jornada de trabalho mulher até 7 É importante observar que estas concessões podem variar de indivíduo para indivíduo de país para país e de acordo com a natureza e ambiente de trabalho Em geral trabalhos mais pesados e ambientes quentes e úmidos requerem maior tempo para estas necessidades 13 Concessões para perdas pessoais Até hoje não existe uma forma satisfatória de se medir a fadiga que é proveniente não só da natureza do trabalho mas também das condições ambientais do local de trabalho Na prática das empresas brasileiras o que se tem observado é a utilização de uma tolerância entre 15 e 20 do tempo para trabalhos normais em condições de ambiente normais podendo chegar a 50 em condições extremas Muitas vezes a tolerância é calculada em função dos tempos de permissão que a empresa está disposta a conceder Neste caso determinase a porcentagem de tempo p concedida em relação ao tempo de trabalho diário e calculase o fator de tolerâncias por meio da fórmula abaixo FT 1 1p FT Fator de tolerância p Tempo de intervalo dado dividido pelo tempo de trabalho 5 do tempo ocioso Exemplo Uma empresa do ramo metalúrgico deseja determinar o tempo padrão necessário com 90 de confiabilidade e um erro relativo de 5 para a fabricação de determinado componente que será utilizado na linha de montagem preliminar de nove tomadas de tempo obtendose os dados à seguir Perguntase a O número de amostragens é suficiente b Qual é o tempo cronometrado TC e o tempo normalizado TN 5 c Qual é o tempo padrão TP se a fábrica definir um índice de tolerância de 15 d Caso a empresa conceda 12 minutos para necessidades pessoais 15 minutos para lanches e 20 minutos para alívio de fadiga em um dia de 8 horas de trabalho qual será o novo tempo padrão