·
Estatística ·
Ciências Políticas
Send your question to AI and receive an answer instantly
Recommended for you
4
Exercício 2 - Neoliberalismo e Neomarxismo em Relações Internacionais
Ciências Políticas
ESAMC
7
Relações Internacionais - Roteiro de Estudos e Questões Essenciais
Ciências Políticas
ESAMC
16
Análise de Política Externa: Interlocução e Contextos Contemporâneos
Ciências Políticas
ESAMC
13
Dissertacao Academica - Racismo Estrutural na Contemporaneidade
Ciências Políticas
ESAMC
160
Repensando as Relações Internacionais - Fred Halliday
Ciências Políticas
ESAMC
7
Analise de Politica Externa em Regime Especial - Roteiro de Estudo
Ciências Políticas
ESAMC
4
Estudos Estrategicos e Politica de Defesa - Roteiro e Respostas
Ciências Políticas
ESAMC
14
Roteiro Regime Especial - Economia Política Internacional - ESAMC
Ciências Políticas
ESAMC
22
Prospecção de Cenários: Uma Abordagem Plural para o Futuro do Brasil em 2020
Ciências Políticas
ESAMC
25
Estudos da Paz: Origens, Desenvolvimentos e Desafios Críticos Atuais
Ciências Políticas
ESAMC
Preview text
1 ROTEIRO REGIME ESPECIAL Disciplina Política Externa Brasileira Descrição do Roteiro Tendo em conta os objetivos estabelecidos pela ESAMC para a disciplina de Política Externa Brasileira que é o de fazer com que o aluno seja capaz de Conhecer entender e diferenciar a evolução da política externa brasileira em suas várias faces e fases desde a proclamação da República a partir de um prisma técnico de relações internacionais Entender o papel do setor externo para a formação do Brasil como nação em áreas como a consolidação do território a segurança a convivência global e o desenvolvimento econômico Solicitamos ao aluno em Regime Especial que apresente um trabalho escrito com os principais conteúdos do programa em questão conforme abaixo 1 Na introdução o estudante deve descrever como realizou o trabalho isto é comentar o que pesquisou se fez alguma abordagem específica e citar suas principais fontes Deve também fazer uma curta descrição das partes que irá apresentar ao longo do texto Obs Para todos os pontos a seguir o aluno deve buscar a bibliografia pertinente ao assunto e fazer sua própria descrição com relação a cada tema Citações de texto original podem ser feitas no corpo do texto no sentido de ilustrar algum ponto Sugerese uma leitura atenta do Plano de Ensino da disciplina no sentido de melhor orientarse 2 O texto deve apresentar primeiramente o conceito de Política Externa O que é sua importância para que serve como é definida entre outros aspectos que considerar pertinentes 3 Em relação ao período da proclamação da República até a Segunda Guerra Mundial discutir reações à mudança do regime monárquico para o republicano no exterior mudanças na diplomacia reorientações na política externa Revolta da Armada o Barão de Rio Branco Declínio da Primeira República e reorientações no período Vargas 4 Sobre o Período da Guerra Fria discutir orientações do Governo Dutra Iniciativas do Governo JK Política Externa Independente primeiro governo militar pósgolpe de 2 1964 Pragmatismo Responsável e Ecumênico e Vulnerabilidade e política externa nos anos 1980 5 Quanto à Política Externa do período PósGuerra Fria apresentar a política externa brasileira frente a Nova Ordem Global e as novas orientações dos governos Lula e Dilma 6 Ao final do trabalho deve apresentar uma conclusão salientando novamente os temas eou períodos abordados e manifestar sua visão sobre os pontos que entendeu como mais significativos para a atuação internacional do Brasil ao longo do período considerado Formato Folha tamanho A4 Fonte Arial 12 espaçamento simples margens superior e esquerda de 30cm e inferior e direita de 20cm espaçamento de parágrafo de 20cm a partir da esquerda espaçamento de citação longa de 40cm a partir da esquerda Outras instruções Introdução e Conclusão itens 1 e 6 valem 10 ponto cada Os itens 2 3 4 e 5 valem 2 pontos cada As fontes de pesquisa para o trabalho podem ser aquelas referentes ao programa da disciplina de Política Externa Brasileira Não há restrições todavia para que outras fontes sejam utilizadas desde que devidamente citadas e referenciadas Textos de trabalho plagiados ou contendo trechos de textos originais sem as devidas citações e referências terão nota zero O trabalho deve ter de 5 a 15 páginas de texto Para as citações no corpo do texto mencionar entre parênteses apenas sobrenome do autor em caixa alta ano e página descrendo a referência completa ao final do trabalho As referências no final do texto devem estar de acordo com as normas da ABNT Exemplo de citação no corpo do texto CERVO 2008 p250 Exemplo de referência CERVO Amado Luiz História da política exterior do Brasil Coautoria de Clodoaldo Bueno 3 ed Brasília DF UnB 2008 Eventuais transcrições de texto de outros autores devem ter as citações mencionadas sendo as transcrições de até 3 linhas entre aspas no corpo do texto Em casos de transcrições mais longas estas devem ser separadas sem aspas em outro parágrafo com espaçamento de 40cm a partir da esquerda e tamanho de fonte 11 INSTAGRAM nossaquestao 1 Este trabalho visa analisar e entender bem como abordar e classificar a direção das políticas externas brasileiras desde o final do império Sendo estruturado por meio de pesquisa bibliográfica de artigos aliado a obras de diversos autores como José Augusto Guilhon Albuquerque Ricardo Seitenfus e Henrique Altemani de Oliveira Abordando o conceito de política externa a relação ao período da Proclamação da República até a Segunda Guerra Mundial as reações à mudança do regime monárquico para o republicano no exterior as mudanças na diplomacia as reorientações na política externa a Revolta da Armada quem foi o Barão de Rio Branco como foi o Declínio da Primeira República e a reorientações no período Vargas Sendo descrito neste trabalho também as políticas externas no Período da Guerra Fria orientações do Governo Dutra as Iniciativas do Governo JK a Política Externa Independente como foi o primeiro governo militar pósgolpe de 1964 o que foi o Pragmatismo Responsável e Ecumênico discutindo a vulnerabilidade da política externa nos anos 1980 saltando para à Política Externa no período PósGuerra Fria e a política externa brasileira frente a Nova Ordem Global juntamente com as novas orientações dos governos Lula e Dilma 2 O conceito de Política Externa pode ser definido como o conjunto de atividades políticas mediante as quais cada Estado promove seus interesses perante outros Estados WILHELMY 1988 p148 podese considerar também como uma área particular da ação política dos governos que abrange três dimensões analiticamente separáveis sendo estas políticodiplomática militarestratégica e econômica A Política Externa de um país dependerá de muitos fatores estando condicionada ao sistema de poder em que se situa como também as conjunturas políticas internas e externas Comumente o plano de estratégia de um país traçado para direcionar as ações públicas no exterior é desenvolvido de modo que os interesses nacionais principalmente a segurança nacional prosperidade econômica e os valores sejam protegidos Desde modo a Política Externa de um país pode ter objetivos concretos negociações e acordos comerciais ou abstratos aproximação política etc INSTAGRAM nossaquestao podendo ser observada pelo âmbito de como um país se relaciona com outro bilateralmente ou levando em consideração a participação do país em organizações e fóruns internacionais multilateralmente De maneira geral qualquer entidade ou pessoa que atue no exterior em nome de determinado país pode ser considerado como um ator da Política Externa No Brasil os principais atores são os chamados diplomatas que atuam conjuntamente com o Ministério das Relações Exteriores representando planejando e executando as ações políticas brasileiras no exterior 3 A política externa brasileiro durante o período do Império pode ser subdividida e dois níveis o do sistema internacional e o do subsistema regional No primeiro a prática adotada pelo país era a de isolacionismo como forma de diminuir a influência europeia tentando fazer uma política independente para defender a sua soberania Porém ao nível do subsistema regional a principal questão era a disputa pelo controle da bacia de Prata fazendo com que a política externa fosse de barganha de poder com objetivo de evitar supremacias principalmente da Argentina Segundo Werneck a política externa brasileira durante o império pode ser classificada em três grandes fases i A de Acomodação 1882 1844 ii A da Reação 1844 1870 iii A da Consolidação 1871 1889 Após a Proclamação da República em 15 de novembro de 1889 não houve demora para o reconhecimento internacional do regime republicano Não fora necessárias missões diplomáticas especiais nem intermediação de outros países os principais países americanos não demoraram para estabelecer relações formais com o novo regime antes do início de 1890 todas as potências europeias já haviam feito o mesmo com exceção da GrãBretanha No que tange a América do Sul o primeiro país a reconhecer o regime republicano brasileiro foi o Uruguai em 20 de novembro de 1889 Com a mudança de regime político no Brasil o quadro de qualificados para a diplomacia sofreu uma grande mudança pois muitos dos importantes INSTAGRAM nossaquestao diplomatas como o conde de Villeneuve que atuava na Bélgica ou o caso do barão de Penedo que serviu o império por quatro décadas em Washington e Londres se declararam incompatibilizados com a República por terem servido à Monarquia Com a troca da maioria dos representantes a diplomacia brasileira mudou a sua forma de atuação As principais inovações foram as consolidações das fronteiras nacionais a aproximação política e comercial com os países da América Latina e dos Estados Unidos e maior protagonismo do país internacionalmente Inversamente ao desenvolvimento alcançado o episódio que fracassou da candidatura brasileira ao assento permanente do Conselho da Liga das Nações culminou na retirada da delegação brasileira do órgão O primeiro diplomata a representar Portugal na República do Brasil foi o Conde de Paço DArcos Carlos Eugênio Corrêa da Silva durante o período entre 2 de junho de 1891 a 20 de novembro de 1893 Durante a sua estadia o conde presenciou a Revolta Armada de 6 de setembro de 1893 sendo a insurgência naval contra o governo de Floriano Peixoto ocorrida na cidade do Rio de Janeiro A atuação de Salvador Mendonça embaixador do Brasil nos EUA ajudou a moldar a intervenção dos EUA a favor do Governo Brasileiro tendo este último acatado a intervenção do primeiro em 1894 Em 1902 o barão de Rio Branco assumiu à frente do Ministério das Relações Exteriores desenvolvendo papel fundamental na definição da política externa brasileira fazendo com que o país fosse inserido no cenário da economia mundial como um país agroexportador A gestão do barão durou até 1912 e foi marcada pela aproximação com os Estados Unidos no plano internacional e regional instrumentalizando em favor dos interesses brasileiros Com o processo denominado de americanização da política externa brasileira o efeito principal foi a mudança do eixo Londres para Washington retardando a influência inglesa e possibilitando maior autonomia ao Brasil no sistema internacional O barão de Rio Branco foi o responsável por definir os elementos básicos do paradigma que dominou a política externa brasileira por mais de meio século tendo três eixos principais a convergência ideológica o aspecto INSTAGRAM nossaquestao pragmático e o esforço constante de uma difícil harmonização entre os interesses dos Estados Unidos e os da América Latina Segundo Amado e Bueno a visão realista de Rio Branco possibilitavalhe perceber com clareza o peso dos Estados Unidos na nova configuração do poder internacional bem como constatar que a América Latina estava em sua área de influência BUENO 1995 p 43 fazendo com que esta aproximação significasse a eliminação de possíveis intervenções externas no País O legado deixado por Rio Branco foi mantido pelo Itamaraty no que tange a ideia de que as alianças são sempre instrumentos para alcançar os objetivos fixados pelo estado sendo portanto contingentes A decorrência dessa premissa é que as alianças não são permanentes na medida em que mudam os objetivos do estado e a realidade internacional LIMA 1987 p 4 O período posterior a atuação de Rio Branco pode ser dividido em duas fases diferentes uma até 1930 que foi caracterizada por uma acentuação das perspectivas de americanização com um alinhamento automático e a segunda por um processo de barganha entre as perspectivas de alinhamento com a Alemanha e os Estados Unidos Sendo tangível que as políticas externas criadas após a gestão do barão até 1930 fim da República Velha foram uma continuidade de suas perspectivas A queda da República Velha introduziu mudanças sociopolíticas no cenário brasileiro como o surgimento de uma classe média protagonista tendo o primeiro ato democrático com a Constituição de 1934 se consolidando com uma democracia de classe média com a Constituição de 1946 A política externa brasileira nesse período adquiriu a tendência de ser mais envolvida nos assuntos latinoamericanos tendo o Brasil desenvolvido papel importantíssimo no conflito entre Peru e Colômbia e na Guerra do Paraguai e Bolívia Com a instituição do Estado Novo a política externa brasileira é inicialmente marcada por uma certa ambiguidade por um lado Vargas mantinha boas relações com os Estados Unidos e por outro com a derrota da França e a possível vitória da Alemanha abrira em 1941 espaço para um futuro ajustamento do país ao Eixo Porém ao notar que o Eixo perderia a guerra Vargas passa a apoiar os Aliados oficialmente na reunião de consulta em 1942 com isso o então presidente envia uma força expedicionária de 25 mil INSTAGRAM nossaquestao homens à Itália e seguindo a aliança EUA x BRA em 1947 é firmado o Tratado Interamericano de Assistência Recíproca 4 Com o advento da Guerra Fria os espaços antes ocupados predominantemente pelos Estados Unidos encontravamse divididos com outros países que obtiveram relevância com esta guerra não bélica Com isso há uma inversão dos elementos que concernem o paradigma havendo mais tarde a criminalização do partido comunista no Brasil e o rompimento das relações diplomáticas com a União Soviética Este sentimento anticomunista instaurado no Brasil no período da Guerra Fria foi se destituindo com o surgimento da coalizão entre a esquerda com os elementos conservadores inclusive militares em torno das teses do nacionalismo econômico complicando as relações do Governo Vargas com Washington e após o suicídio de Vargas houve a desmoralização do paradigma de Rio Branco Durante o Governo Dutra o objetivo das políticas externas fixouse no alinhamento com os Estados Unidos sendo que logo no início do mandado ficasse visível que a hipótese de maior cooperação econômica entre os países não seria possível Com o início do governo de Juscelino Kubitschek a política externa brasileira na primeira metade tornase guiada pelo desenvolvimento associado procurando afirmar a dimensão multilateral do país tendo um dos pontos altos da política externa a Operação PanAmericana que objetivava o desenvolvimento em nível hemisférico Sendo assim a intenção brasileira com esta operação era de aproximar a aliança brasileira com EUA visando o desenvolvimento industrial do país Na segunda metade do governo de JK a política externa brasileira focou não somente na OPA e abriu espaço para uma diplomacia multilateral defendendo temas como autonomia e desenvolvimento tornando a política externa do governo de JK uma contribuição inovadora Após o governo de JK instaurada a posse de Jânio Quadros e perpetuando a abordagem da política externa para o seu sucessor João Goulart as ações públicas internacionais brasileiras ficaram conhecidas como Política Externa INSTAGRAM nossaquestao Independente PEI pois tinham como princípio basilar uma atuação independente frente à bipartição mundial entre EUA e URSS visando o proveito brasileiro de ambos os lados Com o início da ditadura militar a política externa no governo de Castelo Branco foi marcada pelo alinhamento dogmático do Brasil no campo americano sendo o lema do chanceler Juracy Magalhães O que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil afetando drasticamente a as ações públicas no âmbito internacional no primeiro governo militar até a mudança de caminho instituída pelo governo Geisel No plano internacional governo Geisel adotouse o chamado de política de pragmatismo responsável através do chanceler Azeredo da Silveira Tal política provocou o afastamento entre o Brasil e os Estados Unidos possibilitando grande acordo nuclear com a Alemanha que futuramente viria a ser prejudicado por erros de superestimação O caráter ecumênico da diplomacia brasileira no governo Geisel foi sempre tópico importante do discurso político visando o consenso de todos os setores para atingir um único desenvolvimento comum o desenvolvimento Os anos 80 foram marcados pela transição do governo militar para a democracia dito isto mesmo com todas as adversidades presentes na conjuntura interna do país com o fim da ditadura militar o que ditará o rumo das possibilidades concernentes as políticas externas brasileiras neste período serão os constrangimentos internacionais que demonstravam a vulnerabilidade e fragilidade brasileira perante o sistema internacional fazendo com que as ações públicas no âmbito internacional se direcionem para a América Latina pragmaticamente para a Argentina sendo mantidos os conflitos com os Estados Unidos 5 No projeto inicial do governo de Collor de Mello primeiro presidente pós guerra fria as políticas externas brasileiras tinham como objetivo retomar o paradigma da aliança especial com os Estados Unidos porém a visão política do Ministério das Relações Exteriores independência autonomia diversificação e universalização prevaleceu INSTAGRAM nossaquestao Nesta mesma década a política externa brasileira foi tomada pelo regionalismo com a atuação do país no processo de integração subregional Mercosul com a proposta brasileira de criação da Área de Livre Comércio SulAmericana e de integração hemisférica No governo Lula a diplomacia brasileira conteve elementos de continuidade como a prioridade ao Mercosul a valorização do sistema multilateral e a busca de maior intercâmbio com parceiros não tradicionais como a Índia a China e a África do Sul KUNTZ 2004 p 06 implementando uma inserção internacional baseada na estratégia de Estado logístico e desenvolvendo eixos de prioridade política como o eixo regional o eixo norte americano o eixo europeu o eixo da Orla do Pacífico e o eixo das potências regionais Com o final do mandato do petista a sucessora Dilma Rousseff tentou dar continuidade às políticas externas do governo Lula encontrando dificuldades em manter a atitude ativa do antigo governo por ser mais contida e impessoal Portanto no governo Dilma houve uma contenção nas atividades externas com o foco nas atividades internas domésticas fazendo com que o país tivesse um declínio de imagem no cenário internacional e diminuição de atividade nas negociações internacionais 6 A partir da leitura desde trabalho é possível perceber que o Brasil sofreu algumas mudanças em seu comportamento internacional perante as outras potencias mundiais ficando claro que o nosso país tem grande importância no âmbito externo Figuras decisivas para a construção e desenvolvimento da nossa nação como o barão de Rio Branco devem ser lembrados e contemplados atualmente não sendo necessário posicionamento ideológico igual para que seja contemplado e reconhecido os grandes avanços nacionais adquiridos por causa de suas políticas externas A atuação brasileira neste mais de um século estudado como é de se esperar não estática e linear proporcionando ao país desenvolvimento pertinente as abordagens desenvolvidas neste meio tempo De uma política externa total alinhada aos interesses estadunidenses a uma dominação INSTAGRAM nossaquestao regionalista focada na América do Sul e nos acordos comerciais que podem ser contraídos com esta 7 WILHELMY M Politica internacional enfoques y realidades Buenos Aires GEL 1988 SILVA J L W As duas faces da moeda a política externa do Brasil monárquico Rio de Janeiro Univerta 1990 LIMA M R S lnteresses e solidariedade o Brasil e a crise centroamericana Trabalho apresentado no XI Encontro Anual da ANPOCS Águas de São Pedro 1987 KUNTZ R O exchanceler e a diplomacia O Estado de S Paulo 5 dez 2004 OLIVEIRA Henrique Altemani de Política Externa Brasileira Editora Saraiva 2005 INSTAGRAM nossaquestao 1 Este trabalho visa analisar e entender bem como abordar e classificar a direção das políticas externas brasileiras desde o final do império Sendo estruturado por meio de pesquisa bibliográfica de artigos aliado a obras de diversos autores como José Augusto Guilhon Albuquerque Ricardo Seitenfus e Henrique Altemani de Oliveira Abordando o conceito de política externa a relação ao período da Proclamação da República até a Segunda Guerra Mundial as reações à mudança do regime monárquico para o republicano no exterior as mudanças na diplomacia as reorientações na política externa a Revolta da Armada quem foi o Barão de Rio Branco como foi o Declínio da Primeira República e a reorientações no período Vargas Sendo descrito neste trabalho também as políticas externas no Período da Guerra Fria orientações do Governo Dutra as Iniciativas do Governo JK a Política Externa Independente como foi o primeiro governo militar pósgolpe de 1964 o que foi o Pragmatismo Responsável e Ecumênico discutindo a vulnerabilidade da política externa nos anos 1980 saltando para à Política Externa no período PósGuerra Fria e a política externa brasileira frente a Nova Ordem Global juntamente com as novas orientações dos governos Lula e Dilma 2 O conceito de Política Externa pode ser definido como o conjunto de atividades políticas mediante as quais cada Estado promove seus interesses perante outros Estados WILHELMY 1988 p148 podese considerar também como uma área particular da ação política dos governos que abrange três dimensões analiticamente separáveis sendo estas políticodiplomática militarestratégica e econômica A Política Externa de um país dependerá de muitos fatores estando condicionada ao sistema de poder em que se situa como também as conjunturas políticas internas e externas Comumente o plano de estratégia de um país traçado para direcionar as ações públicas no exterior é desenvolvido de modo que os interesses nacionais principalmente a segurança nacional prosperidade econômica e os valores sejam protegidos Desde modo a Política Externa de um país pode ter objetivos concretos negociações e acordos comerciais ou abstratos aproximação política etc podendo ser observada pelo âmbito de como um país se relaciona com outro INSTAGRAM nossaquestao bilateralmente ou levando em consideração a participação do país em organizações e fóruns internacionais multilateralmente De maneira geral qualquer entidade ou pessoa que atue no exterior em nome de determinado país pode ser considerado como um ator da Política Externa No Brasil os principais atores são os chamados diplomatas que atuam conjuntamente com o Ministério das Relações Exteriores representando planejando e executando as ações políticas brasileiras no exterior 3 A política externa brasileiro durante o período do Império pode ser subdividida e dois níveis o do sistema internacional e o do subsistema regional No primeiro a prática adotada pelo país era a de isolacionismo como forma de diminuir a influência europeia tentando fazer uma política independente para defender a sua soberania Porém ao nível do subsistema regional a principal questão era a disputa pelo controle da bacia de Prata fazendo com que a política externa fosse de barganha de poder com objetivo de evitar supremacias principalmente da Argentina Segundo Werneck a política externa brasileira durante o império pode ser classificada em três grandes fases i A de Acomodação 1882 1844 ii A da Reação 1844 1870 iii A da Consolidação 1871 1889 Após a Proclamação da República em 15 de novembro de 1889 não houve demora para o reconhecimento internacional do regime republicano Não fora necessárias missões diplomáticas especiais nem intermediação de outros países os principais países americanos não demoraram para estabelecer relações formais com o novo regime antes do início de 1890 todas as potências europeias já haviam feito o mesmo com exceção da GrãBretanha No que tange a América do Sul o primeiro país a reconhecer o regime republicano brasileiro foi o Uruguai em 20 de novembro de 1889 Com a mudança de regime político no Brasil o quadro de qualificados para a diplomacia sofreu uma grande mudança pois muitos dos importantes diplomatas como o conde de Villeneuve que atuava na Bélgica ou o caso do INSTAGRAM nossaquestao barão de Penedo que serviu o império por quatro décadas em Washington e Londres se declararam incompatibilizados com a República por terem servido à Monarquia Com a troca da maioria dos representantes a diplomacia brasileira mudou a sua forma de atuação As principais inovações foram as consolidações das fronteiras nacionais a aproximação política e comercial com os países da América Latina e dos Estados Unidos e maior protagonismo do país internacionalmente Inversamente ao desenvolvimento alcançado o episódio que fracassou da candidatura brasileira ao assento permanente do Conselho da Liga das Nações culminou na retirada da delegação brasileira do órgão O primeiro diplomata a representar Portugal na República do Brasil foi o Conde de Paço DArcos Carlos Eugênio Corrêa da Silva durante o período entre 2 de junho de 1891 a 20 de novembro de 1893 Durante a sua estadia o conde presenciou a Revolta Armada de 6 de setembro de 1893 sendo a insurgência naval contra o governo de Floriano Peixoto ocorrida na cidade do Rio de Janeiro A atuação de Salvador Mendonça embaixador do Brasil nos EUA ajudou a moldar a intervenção dos EUA a favor do Governo Brasileiro tendo este último acatado a intervenção do primeiro em 1894 Em 1902 o barão de Rio Branco assumiu à frente do Ministério das Relações Exteriores desenvolvendo papel fundamental na definição da política externa brasileira fazendo com que o país fosse inserido no cenário da economia mundial como um país agroexportador A gestão do barão durou até 1912 e foi marcada pela aproximação com os Estados Unidos no plano internacional e regional instrumentalizando em favor dos interesses brasileiros Com o processo denominado de americanização da política externa brasileira o efeito principal foi a mudança do eixo Londres para Washington retardando a influência inglesa e possibilitando maior autonomia ao Brasil no sistema internacional O barão de Rio Branco foi o responsável por definir os elementos básicos do paradigma que dominou a política externa brasileira por mais de meio século tendo três eixos principais a convergência ideológica o aspecto pragmático e o esforço constante de uma difícil harmonização entre os interesses dos Estados Unidos e os da América Latina INSTAGRAM nossaquestao Segundo Amado e Bueno a visão realista de Rio Branco possibilitavalhe perceber com clareza o peso dos Estados Unidos na nova configuração do poder internacional bem como constatar que a América Latina estava em sua área de influência BUENO 1995 p 43 fazendo com que esta aproximação significasse a eliminação de possíveis intervenções externas no País O legado deixado por Rio Branco foi mantido pelo Itamaraty no que tange a ideia de que as alianças são sempre instrumentos para alcançar os objetivos fixados pelo estado sendo portanto contingentes A decorrência dessa premissa é que as alianças não são permanentes na medida em que mudam os objetivos do estado e a realidade internacional LIMA 1987 p 4 O período posterior a atuação de Rio Branco pode ser dividido em duas fases diferentes uma até 1930 que foi caracterizada por uma acentuação das perspectivas de americanização com um alinhamento automático e a segunda por um processo de barganha entre as perspectivas de alinhamento com a Alemanha e os Estados Unidos Sendo tangível que as políticas externas criadas após a gestão do barão até 1930 fim da República Velha foram uma continuidade de suas perspectivas A queda da República Velha introduziu mudanças sociopolíticas no cenário brasileiro como o surgimento de uma classe média protagonista tendo o primeiro ato democrático com a Constituição de 1934 se consolidando com uma democracia de classe média com a Constituição de 1946 A política externa brasileira nesse período adquiriu a tendência de ser mais envolvida nos assuntos latinoamericanos tendo o Brasil desenvolvido papel importantíssimo no conflito entre Peru e Colômbia e na Guerra do Paraguai e Bolívia Com a instituição do Estado Novo a política externa brasileira é inicialmente marcada por uma certa ambiguidade por um lado Vargas mantinha boas relações com os Estados Unidos e por outro com a derrota da França e a possível vitória da Alemanha abrira em 1941 espaço para um futuro ajustamento do país ao Eixo Porém ao notar que o Eixo perderia a guerra Vargas passa a apoiar os Aliados oficialmente na reunião de consulta em 1942 com isso o então presidente envia uma força expedicionária de 25 mil homens à Itália e seguindo a aliança EUA x BRA em 1947 é firmado o Tratado Interamericano de Assistência Recíproca INSTAGRAM nossaquestao 4 Com o advento da Guerra Fria os espaços antes ocupados predominantemente pelos Estados Unidos encontravamse divididos com outros países que obtiveram relevância com esta guerra não bélica Com isso há uma inversão dos elementos que concernem o paradigma havendo mais tarde a criminalização do partido comunista no Brasil e o rompimento das relações diplomáticas com a União Soviética Este sentimento anticomunista instaurado no Brasil no período da Guerra Fria foi se destituindo com o surgimento da coalizão entre a esquerda com os elementos conservadores inclusive militares em torno das teses do nacionalismo econômico complicando as relações do Governo Vargas com Washington e após o suicídio de Vargas houve a desmoralização do paradigma de Rio Branco Durante o Governo Dutra o objetivo das políticas externas fixouse no alinhamento com os Estados Unidos sendo que logo no início do mandado ficasse visível que a hipótese de maior cooperação econômica entre os países não seria possível Com o início do governo de Juscelino Kubitschek a política externa brasileira na primeira metade tornase guiada pelo desenvolvimento associado procurando afirmar a dimensão multilateral do país tendo um dos pontos altos da política externa a Operação PanAmericana que objetivava o desenvolvimento em nível hemisférico Sendo assim a intenção brasileira com esta operação era de aproximar a aliança brasileira com EUA visando o desenvolvimento industrial do país Na segunda metade do governo de JK a política externa brasileira focou não somente na OPA e abriu espaço para uma diplomacia multilateral defendendo temas como autonomia e desenvolvimento tornando a política externa do governo de JK uma contribuição inovadora Após o governo de JK instaurada a posse de Jânio Quadros e perpetuando a abordagem da política externa para o seu sucessor João Goulart as ações públicas internacionais brasileiras ficaram conhecidas como Política Externa Independente PEI pois tinham como princípio basilar uma atuação INSTAGRAM nossaquestao independente frente à bipartição mundial entre EUA e URSS visando o proveito brasileiro de ambos os lados Com o início da ditadura militar a política externa no governo de Castelo Branco foi marcada pelo alinhamento dogmático do Brasil no campo americano sendo o lema do chanceler Juracy Magalhães O que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil afetando drasticamente a as ações públicas no âmbito internacional no primeiro governo militar até a mudança de caminho instituída pelo governo Geisel No plano internacional governo Geisel adotouse o chamado de política de pragmatismo responsável através do chanceler Azeredo da Silveira Tal política provocou o afastamento entre o Brasil e os Estados Unidos possibilitando grande acordo nuclear com a Alemanha que futuramente viria a ser prejudicado por erros de superestimação O caráter ecumênico da diplomacia brasileira no governo Geisel foi sempre tópico importante do discurso político visando o consenso de todos os setores para atingir um único desenvolvimento comum o desenvolvimento Os anos 80 foram marcados pela transição do governo militar para a democracia dito isto mesmo com todas as adversidades presentes na conjuntura interna do país com o fim da ditadura militar o que ditará o rumo das possibilidades concernentes as políticas externas brasileiras neste período serão os constrangimentos internacionais que demonstravam a vulnerabilidade e fragilidade brasileira perante o sistema internacional fazendo com que as ações públicas no âmbito internacional se direcionem para a América Latina pragmaticamente para a Argentina sendo mantidos os conflitos com os Estados Unidos 5 No projeto inicial do governo de Collor de Mello primeiro presidente pósguerra fria as políticas externas brasileiras tinham como objetivo retomar o paradigma da aliança especial com os Estados Unidos porém a visão política do Ministério das Relações Exteriores independência autonomia diversificação e universalização prevaleceu Nesta mesma década a política externa brasileira foi tomada pelo regionalismo com a atuação do país no processo de integração subregional INSTAGRAM nossaquestao Mercosul com a proposta brasileira de criação da Área de Livre Comércio Sul Americana e de integração hemisférica No governo Lula a diplomacia brasileira conteve elementos de continuidade como a prioridade ao Mercosul a valorização do sistema multilateral e a busca de maior intercâmbio com parceiros não tradicionais como a Índia a China e a África do Sul KUNTZ 2004 p 06 implementando uma inserção internacional baseada na estratégia de Estado logístico e desenvolvendo eixos de prioridade política como o eixo regional o eixo norteamericano o eixo europeu o eixo da Orla do Pacífico e o eixo das potências regionais Com o final do mandato do petista a sucessora Dilma Rousseff tentou dar continuidade às políticas externas do governo Lula encontrando dificuldades em manter a atitude ativa do antigo governo por ser mais contida e impessoal Portanto no governo Dilma houve uma contenção nas atividades externas com o foco nas atividades internas domésticas fazendo com que o país tivesse um declínio de imagem no cenário internacional e diminuição de atividade nas negociações internacionais 6 A partir da leitura desde trabalho é possível perceber que o Brasil sofreu algumas mudanças em seu comportamento internacional perante as outras potencias mundiais ficando claro que o nosso país tem grande importância no âmbito externo Figuras decisivas para a construção e desenvolvimento da nossa nação como o barão de Rio Branco devem ser lembrados e contemplados atualmente não sendo necessário posicionamento ideológico igual para que seja contemplado e reconhecido os grandes avanços nacionais adquiridos por causa de suas políticas externas A atuação brasileira neste mais de um século estudado como é de se esperar não estática e linear proporcionando ao país desenvolvimento pertinente as abordagens desenvolvidas neste meio tempo De uma política externa total alinhada aos interesses estadunidenses a uma dominação regionalista focada na América do Sul e nos acordos comerciais que podem ser contraídos com esta INSTAGRAM nossaquestao 7 WILHELMY M Politica internacional enfoques y realidades Buenos Aires GEL 1988 SILVA J L W As duas faces da moeda a política externa do Brasil monárquico Rio de Janeiro Univerta 1990 LIMA M R S lnteresses e solidariedade o Brasil e a crise centroamericana Trabalho apresentado no XI Encontro Anual da ANPOCS Águas de São Pedro 1987 KUNTZ R O exchanceler e a diplomacia O Estado de S Paulo 5 dez 2004 OLIVEIRA Henrique Altemani de Política Externa Brasileira Editora Saraiva 2005
Send your question to AI and receive an answer instantly
Recommended for you
4
Exercício 2 - Neoliberalismo e Neomarxismo em Relações Internacionais
Ciências Políticas
ESAMC
7
Relações Internacionais - Roteiro de Estudos e Questões Essenciais
Ciências Políticas
ESAMC
16
Análise de Política Externa: Interlocução e Contextos Contemporâneos
Ciências Políticas
ESAMC
13
Dissertacao Academica - Racismo Estrutural na Contemporaneidade
Ciências Políticas
ESAMC
160
Repensando as Relações Internacionais - Fred Halliday
Ciências Políticas
ESAMC
7
Analise de Politica Externa em Regime Especial - Roteiro de Estudo
Ciências Políticas
ESAMC
4
Estudos Estrategicos e Politica de Defesa - Roteiro e Respostas
Ciências Políticas
ESAMC
14
Roteiro Regime Especial - Economia Política Internacional - ESAMC
Ciências Políticas
ESAMC
22
Prospecção de Cenários: Uma Abordagem Plural para o Futuro do Brasil em 2020
Ciências Políticas
ESAMC
25
Estudos da Paz: Origens, Desenvolvimentos e Desafios Críticos Atuais
Ciências Políticas
ESAMC
Preview text
1 ROTEIRO REGIME ESPECIAL Disciplina Política Externa Brasileira Descrição do Roteiro Tendo em conta os objetivos estabelecidos pela ESAMC para a disciplina de Política Externa Brasileira que é o de fazer com que o aluno seja capaz de Conhecer entender e diferenciar a evolução da política externa brasileira em suas várias faces e fases desde a proclamação da República a partir de um prisma técnico de relações internacionais Entender o papel do setor externo para a formação do Brasil como nação em áreas como a consolidação do território a segurança a convivência global e o desenvolvimento econômico Solicitamos ao aluno em Regime Especial que apresente um trabalho escrito com os principais conteúdos do programa em questão conforme abaixo 1 Na introdução o estudante deve descrever como realizou o trabalho isto é comentar o que pesquisou se fez alguma abordagem específica e citar suas principais fontes Deve também fazer uma curta descrição das partes que irá apresentar ao longo do texto Obs Para todos os pontos a seguir o aluno deve buscar a bibliografia pertinente ao assunto e fazer sua própria descrição com relação a cada tema Citações de texto original podem ser feitas no corpo do texto no sentido de ilustrar algum ponto Sugerese uma leitura atenta do Plano de Ensino da disciplina no sentido de melhor orientarse 2 O texto deve apresentar primeiramente o conceito de Política Externa O que é sua importância para que serve como é definida entre outros aspectos que considerar pertinentes 3 Em relação ao período da proclamação da República até a Segunda Guerra Mundial discutir reações à mudança do regime monárquico para o republicano no exterior mudanças na diplomacia reorientações na política externa Revolta da Armada o Barão de Rio Branco Declínio da Primeira República e reorientações no período Vargas 4 Sobre o Período da Guerra Fria discutir orientações do Governo Dutra Iniciativas do Governo JK Política Externa Independente primeiro governo militar pósgolpe de 2 1964 Pragmatismo Responsável e Ecumênico e Vulnerabilidade e política externa nos anos 1980 5 Quanto à Política Externa do período PósGuerra Fria apresentar a política externa brasileira frente a Nova Ordem Global e as novas orientações dos governos Lula e Dilma 6 Ao final do trabalho deve apresentar uma conclusão salientando novamente os temas eou períodos abordados e manifestar sua visão sobre os pontos que entendeu como mais significativos para a atuação internacional do Brasil ao longo do período considerado Formato Folha tamanho A4 Fonte Arial 12 espaçamento simples margens superior e esquerda de 30cm e inferior e direita de 20cm espaçamento de parágrafo de 20cm a partir da esquerda espaçamento de citação longa de 40cm a partir da esquerda Outras instruções Introdução e Conclusão itens 1 e 6 valem 10 ponto cada Os itens 2 3 4 e 5 valem 2 pontos cada As fontes de pesquisa para o trabalho podem ser aquelas referentes ao programa da disciplina de Política Externa Brasileira Não há restrições todavia para que outras fontes sejam utilizadas desde que devidamente citadas e referenciadas Textos de trabalho plagiados ou contendo trechos de textos originais sem as devidas citações e referências terão nota zero O trabalho deve ter de 5 a 15 páginas de texto Para as citações no corpo do texto mencionar entre parênteses apenas sobrenome do autor em caixa alta ano e página descrendo a referência completa ao final do trabalho As referências no final do texto devem estar de acordo com as normas da ABNT Exemplo de citação no corpo do texto CERVO 2008 p250 Exemplo de referência CERVO Amado Luiz História da política exterior do Brasil Coautoria de Clodoaldo Bueno 3 ed Brasília DF UnB 2008 Eventuais transcrições de texto de outros autores devem ter as citações mencionadas sendo as transcrições de até 3 linhas entre aspas no corpo do texto Em casos de transcrições mais longas estas devem ser separadas sem aspas em outro parágrafo com espaçamento de 40cm a partir da esquerda e tamanho de fonte 11 INSTAGRAM nossaquestao 1 Este trabalho visa analisar e entender bem como abordar e classificar a direção das políticas externas brasileiras desde o final do império Sendo estruturado por meio de pesquisa bibliográfica de artigos aliado a obras de diversos autores como José Augusto Guilhon Albuquerque Ricardo Seitenfus e Henrique Altemani de Oliveira Abordando o conceito de política externa a relação ao período da Proclamação da República até a Segunda Guerra Mundial as reações à mudança do regime monárquico para o republicano no exterior as mudanças na diplomacia as reorientações na política externa a Revolta da Armada quem foi o Barão de Rio Branco como foi o Declínio da Primeira República e a reorientações no período Vargas Sendo descrito neste trabalho também as políticas externas no Período da Guerra Fria orientações do Governo Dutra as Iniciativas do Governo JK a Política Externa Independente como foi o primeiro governo militar pósgolpe de 1964 o que foi o Pragmatismo Responsável e Ecumênico discutindo a vulnerabilidade da política externa nos anos 1980 saltando para à Política Externa no período PósGuerra Fria e a política externa brasileira frente a Nova Ordem Global juntamente com as novas orientações dos governos Lula e Dilma 2 O conceito de Política Externa pode ser definido como o conjunto de atividades políticas mediante as quais cada Estado promove seus interesses perante outros Estados WILHELMY 1988 p148 podese considerar também como uma área particular da ação política dos governos que abrange três dimensões analiticamente separáveis sendo estas políticodiplomática militarestratégica e econômica A Política Externa de um país dependerá de muitos fatores estando condicionada ao sistema de poder em que se situa como também as conjunturas políticas internas e externas Comumente o plano de estratégia de um país traçado para direcionar as ações públicas no exterior é desenvolvido de modo que os interesses nacionais principalmente a segurança nacional prosperidade econômica e os valores sejam protegidos Desde modo a Política Externa de um país pode ter objetivos concretos negociações e acordos comerciais ou abstratos aproximação política etc INSTAGRAM nossaquestao podendo ser observada pelo âmbito de como um país se relaciona com outro bilateralmente ou levando em consideração a participação do país em organizações e fóruns internacionais multilateralmente De maneira geral qualquer entidade ou pessoa que atue no exterior em nome de determinado país pode ser considerado como um ator da Política Externa No Brasil os principais atores são os chamados diplomatas que atuam conjuntamente com o Ministério das Relações Exteriores representando planejando e executando as ações políticas brasileiras no exterior 3 A política externa brasileiro durante o período do Império pode ser subdividida e dois níveis o do sistema internacional e o do subsistema regional No primeiro a prática adotada pelo país era a de isolacionismo como forma de diminuir a influência europeia tentando fazer uma política independente para defender a sua soberania Porém ao nível do subsistema regional a principal questão era a disputa pelo controle da bacia de Prata fazendo com que a política externa fosse de barganha de poder com objetivo de evitar supremacias principalmente da Argentina Segundo Werneck a política externa brasileira durante o império pode ser classificada em três grandes fases i A de Acomodação 1882 1844 ii A da Reação 1844 1870 iii A da Consolidação 1871 1889 Após a Proclamação da República em 15 de novembro de 1889 não houve demora para o reconhecimento internacional do regime republicano Não fora necessárias missões diplomáticas especiais nem intermediação de outros países os principais países americanos não demoraram para estabelecer relações formais com o novo regime antes do início de 1890 todas as potências europeias já haviam feito o mesmo com exceção da GrãBretanha No que tange a América do Sul o primeiro país a reconhecer o regime republicano brasileiro foi o Uruguai em 20 de novembro de 1889 Com a mudança de regime político no Brasil o quadro de qualificados para a diplomacia sofreu uma grande mudança pois muitos dos importantes INSTAGRAM nossaquestao diplomatas como o conde de Villeneuve que atuava na Bélgica ou o caso do barão de Penedo que serviu o império por quatro décadas em Washington e Londres se declararam incompatibilizados com a República por terem servido à Monarquia Com a troca da maioria dos representantes a diplomacia brasileira mudou a sua forma de atuação As principais inovações foram as consolidações das fronteiras nacionais a aproximação política e comercial com os países da América Latina e dos Estados Unidos e maior protagonismo do país internacionalmente Inversamente ao desenvolvimento alcançado o episódio que fracassou da candidatura brasileira ao assento permanente do Conselho da Liga das Nações culminou na retirada da delegação brasileira do órgão O primeiro diplomata a representar Portugal na República do Brasil foi o Conde de Paço DArcos Carlos Eugênio Corrêa da Silva durante o período entre 2 de junho de 1891 a 20 de novembro de 1893 Durante a sua estadia o conde presenciou a Revolta Armada de 6 de setembro de 1893 sendo a insurgência naval contra o governo de Floriano Peixoto ocorrida na cidade do Rio de Janeiro A atuação de Salvador Mendonça embaixador do Brasil nos EUA ajudou a moldar a intervenção dos EUA a favor do Governo Brasileiro tendo este último acatado a intervenção do primeiro em 1894 Em 1902 o barão de Rio Branco assumiu à frente do Ministério das Relações Exteriores desenvolvendo papel fundamental na definição da política externa brasileira fazendo com que o país fosse inserido no cenário da economia mundial como um país agroexportador A gestão do barão durou até 1912 e foi marcada pela aproximação com os Estados Unidos no plano internacional e regional instrumentalizando em favor dos interesses brasileiros Com o processo denominado de americanização da política externa brasileira o efeito principal foi a mudança do eixo Londres para Washington retardando a influência inglesa e possibilitando maior autonomia ao Brasil no sistema internacional O barão de Rio Branco foi o responsável por definir os elementos básicos do paradigma que dominou a política externa brasileira por mais de meio século tendo três eixos principais a convergência ideológica o aspecto INSTAGRAM nossaquestao pragmático e o esforço constante de uma difícil harmonização entre os interesses dos Estados Unidos e os da América Latina Segundo Amado e Bueno a visão realista de Rio Branco possibilitavalhe perceber com clareza o peso dos Estados Unidos na nova configuração do poder internacional bem como constatar que a América Latina estava em sua área de influência BUENO 1995 p 43 fazendo com que esta aproximação significasse a eliminação de possíveis intervenções externas no País O legado deixado por Rio Branco foi mantido pelo Itamaraty no que tange a ideia de que as alianças são sempre instrumentos para alcançar os objetivos fixados pelo estado sendo portanto contingentes A decorrência dessa premissa é que as alianças não são permanentes na medida em que mudam os objetivos do estado e a realidade internacional LIMA 1987 p 4 O período posterior a atuação de Rio Branco pode ser dividido em duas fases diferentes uma até 1930 que foi caracterizada por uma acentuação das perspectivas de americanização com um alinhamento automático e a segunda por um processo de barganha entre as perspectivas de alinhamento com a Alemanha e os Estados Unidos Sendo tangível que as políticas externas criadas após a gestão do barão até 1930 fim da República Velha foram uma continuidade de suas perspectivas A queda da República Velha introduziu mudanças sociopolíticas no cenário brasileiro como o surgimento de uma classe média protagonista tendo o primeiro ato democrático com a Constituição de 1934 se consolidando com uma democracia de classe média com a Constituição de 1946 A política externa brasileira nesse período adquiriu a tendência de ser mais envolvida nos assuntos latinoamericanos tendo o Brasil desenvolvido papel importantíssimo no conflito entre Peru e Colômbia e na Guerra do Paraguai e Bolívia Com a instituição do Estado Novo a política externa brasileira é inicialmente marcada por uma certa ambiguidade por um lado Vargas mantinha boas relações com os Estados Unidos e por outro com a derrota da França e a possível vitória da Alemanha abrira em 1941 espaço para um futuro ajustamento do país ao Eixo Porém ao notar que o Eixo perderia a guerra Vargas passa a apoiar os Aliados oficialmente na reunião de consulta em 1942 com isso o então presidente envia uma força expedicionária de 25 mil INSTAGRAM nossaquestao homens à Itália e seguindo a aliança EUA x BRA em 1947 é firmado o Tratado Interamericano de Assistência Recíproca 4 Com o advento da Guerra Fria os espaços antes ocupados predominantemente pelos Estados Unidos encontravamse divididos com outros países que obtiveram relevância com esta guerra não bélica Com isso há uma inversão dos elementos que concernem o paradigma havendo mais tarde a criminalização do partido comunista no Brasil e o rompimento das relações diplomáticas com a União Soviética Este sentimento anticomunista instaurado no Brasil no período da Guerra Fria foi se destituindo com o surgimento da coalizão entre a esquerda com os elementos conservadores inclusive militares em torno das teses do nacionalismo econômico complicando as relações do Governo Vargas com Washington e após o suicídio de Vargas houve a desmoralização do paradigma de Rio Branco Durante o Governo Dutra o objetivo das políticas externas fixouse no alinhamento com os Estados Unidos sendo que logo no início do mandado ficasse visível que a hipótese de maior cooperação econômica entre os países não seria possível Com o início do governo de Juscelino Kubitschek a política externa brasileira na primeira metade tornase guiada pelo desenvolvimento associado procurando afirmar a dimensão multilateral do país tendo um dos pontos altos da política externa a Operação PanAmericana que objetivava o desenvolvimento em nível hemisférico Sendo assim a intenção brasileira com esta operação era de aproximar a aliança brasileira com EUA visando o desenvolvimento industrial do país Na segunda metade do governo de JK a política externa brasileira focou não somente na OPA e abriu espaço para uma diplomacia multilateral defendendo temas como autonomia e desenvolvimento tornando a política externa do governo de JK uma contribuição inovadora Após o governo de JK instaurada a posse de Jânio Quadros e perpetuando a abordagem da política externa para o seu sucessor João Goulart as ações públicas internacionais brasileiras ficaram conhecidas como Política Externa INSTAGRAM nossaquestao Independente PEI pois tinham como princípio basilar uma atuação independente frente à bipartição mundial entre EUA e URSS visando o proveito brasileiro de ambos os lados Com o início da ditadura militar a política externa no governo de Castelo Branco foi marcada pelo alinhamento dogmático do Brasil no campo americano sendo o lema do chanceler Juracy Magalhães O que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil afetando drasticamente a as ações públicas no âmbito internacional no primeiro governo militar até a mudança de caminho instituída pelo governo Geisel No plano internacional governo Geisel adotouse o chamado de política de pragmatismo responsável através do chanceler Azeredo da Silveira Tal política provocou o afastamento entre o Brasil e os Estados Unidos possibilitando grande acordo nuclear com a Alemanha que futuramente viria a ser prejudicado por erros de superestimação O caráter ecumênico da diplomacia brasileira no governo Geisel foi sempre tópico importante do discurso político visando o consenso de todos os setores para atingir um único desenvolvimento comum o desenvolvimento Os anos 80 foram marcados pela transição do governo militar para a democracia dito isto mesmo com todas as adversidades presentes na conjuntura interna do país com o fim da ditadura militar o que ditará o rumo das possibilidades concernentes as políticas externas brasileiras neste período serão os constrangimentos internacionais que demonstravam a vulnerabilidade e fragilidade brasileira perante o sistema internacional fazendo com que as ações públicas no âmbito internacional se direcionem para a América Latina pragmaticamente para a Argentina sendo mantidos os conflitos com os Estados Unidos 5 No projeto inicial do governo de Collor de Mello primeiro presidente pós guerra fria as políticas externas brasileiras tinham como objetivo retomar o paradigma da aliança especial com os Estados Unidos porém a visão política do Ministério das Relações Exteriores independência autonomia diversificação e universalização prevaleceu INSTAGRAM nossaquestao Nesta mesma década a política externa brasileira foi tomada pelo regionalismo com a atuação do país no processo de integração subregional Mercosul com a proposta brasileira de criação da Área de Livre Comércio SulAmericana e de integração hemisférica No governo Lula a diplomacia brasileira conteve elementos de continuidade como a prioridade ao Mercosul a valorização do sistema multilateral e a busca de maior intercâmbio com parceiros não tradicionais como a Índia a China e a África do Sul KUNTZ 2004 p 06 implementando uma inserção internacional baseada na estratégia de Estado logístico e desenvolvendo eixos de prioridade política como o eixo regional o eixo norte americano o eixo europeu o eixo da Orla do Pacífico e o eixo das potências regionais Com o final do mandato do petista a sucessora Dilma Rousseff tentou dar continuidade às políticas externas do governo Lula encontrando dificuldades em manter a atitude ativa do antigo governo por ser mais contida e impessoal Portanto no governo Dilma houve uma contenção nas atividades externas com o foco nas atividades internas domésticas fazendo com que o país tivesse um declínio de imagem no cenário internacional e diminuição de atividade nas negociações internacionais 6 A partir da leitura desde trabalho é possível perceber que o Brasil sofreu algumas mudanças em seu comportamento internacional perante as outras potencias mundiais ficando claro que o nosso país tem grande importância no âmbito externo Figuras decisivas para a construção e desenvolvimento da nossa nação como o barão de Rio Branco devem ser lembrados e contemplados atualmente não sendo necessário posicionamento ideológico igual para que seja contemplado e reconhecido os grandes avanços nacionais adquiridos por causa de suas políticas externas A atuação brasileira neste mais de um século estudado como é de se esperar não estática e linear proporcionando ao país desenvolvimento pertinente as abordagens desenvolvidas neste meio tempo De uma política externa total alinhada aos interesses estadunidenses a uma dominação INSTAGRAM nossaquestao regionalista focada na América do Sul e nos acordos comerciais que podem ser contraídos com esta 7 WILHELMY M Politica internacional enfoques y realidades Buenos Aires GEL 1988 SILVA J L W As duas faces da moeda a política externa do Brasil monárquico Rio de Janeiro Univerta 1990 LIMA M R S lnteresses e solidariedade o Brasil e a crise centroamericana Trabalho apresentado no XI Encontro Anual da ANPOCS Águas de São Pedro 1987 KUNTZ R O exchanceler e a diplomacia O Estado de S Paulo 5 dez 2004 OLIVEIRA Henrique Altemani de Política Externa Brasileira Editora Saraiva 2005 INSTAGRAM nossaquestao 1 Este trabalho visa analisar e entender bem como abordar e classificar a direção das políticas externas brasileiras desde o final do império Sendo estruturado por meio de pesquisa bibliográfica de artigos aliado a obras de diversos autores como José Augusto Guilhon Albuquerque Ricardo Seitenfus e Henrique Altemani de Oliveira Abordando o conceito de política externa a relação ao período da Proclamação da República até a Segunda Guerra Mundial as reações à mudança do regime monárquico para o republicano no exterior as mudanças na diplomacia as reorientações na política externa a Revolta da Armada quem foi o Barão de Rio Branco como foi o Declínio da Primeira República e a reorientações no período Vargas Sendo descrito neste trabalho também as políticas externas no Período da Guerra Fria orientações do Governo Dutra as Iniciativas do Governo JK a Política Externa Independente como foi o primeiro governo militar pósgolpe de 1964 o que foi o Pragmatismo Responsável e Ecumênico discutindo a vulnerabilidade da política externa nos anos 1980 saltando para à Política Externa no período PósGuerra Fria e a política externa brasileira frente a Nova Ordem Global juntamente com as novas orientações dos governos Lula e Dilma 2 O conceito de Política Externa pode ser definido como o conjunto de atividades políticas mediante as quais cada Estado promove seus interesses perante outros Estados WILHELMY 1988 p148 podese considerar também como uma área particular da ação política dos governos que abrange três dimensões analiticamente separáveis sendo estas políticodiplomática militarestratégica e econômica A Política Externa de um país dependerá de muitos fatores estando condicionada ao sistema de poder em que se situa como também as conjunturas políticas internas e externas Comumente o plano de estratégia de um país traçado para direcionar as ações públicas no exterior é desenvolvido de modo que os interesses nacionais principalmente a segurança nacional prosperidade econômica e os valores sejam protegidos Desde modo a Política Externa de um país pode ter objetivos concretos negociações e acordos comerciais ou abstratos aproximação política etc podendo ser observada pelo âmbito de como um país se relaciona com outro INSTAGRAM nossaquestao bilateralmente ou levando em consideração a participação do país em organizações e fóruns internacionais multilateralmente De maneira geral qualquer entidade ou pessoa que atue no exterior em nome de determinado país pode ser considerado como um ator da Política Externa No Brasil os principais atores são os chamados diplomatas que atuam conjuntamente com o Ministério das Relações Exteriores representando planejando e executando as ações políticas brasileiras no exterior 3 A política externa brasileiro durante o período do Império pode ser subdividida e dois níveis o do sistema internacional e o do subsistema regional No primeiro a prática adotada pelo país era a de isolacionismo como forma de diminuir a influência europeia tentando fazer uma política independente para defender a sua soberania Porém ao nível do subsistema regional a principal questão era a disputa pelo controle da bacia de Prata fazendo com que a política externa fosse de barganha de poder com objetivo de evitar supremacias principalmente da Argentina Segundo Werneck a política externa brasileira durante o império pode ser classificada em três grandes fases i A de Acomodação 1882 1844 ii A da Reação 1844 1870 iii A da Consolidação 1871 1889 Após a Proclamação da República em 15 de novembro de 1889 não houve demora para o reconhecimento internacional do regime republicano Não fora necessárias missões diplomáticas especiais nem intermediação de outros países os principais países americanos não demoraram para estabelecer relações formais com o novo regime antes do início de 1890 todas as potências europeias já haviam feito o mesmo com exceção da GrãBretanha No que tange a América do Sul o primeiro país a reconhecer o regime republicano brasileiro foi o Uruguai em 20 de novembro de 1889 Com a mudança de regime político no Brasil o quadro de qualificados para a diplomacia sofreu uma grande mudança pois muitos dos importantes diplomatas como o conde de Villeneuve que atuava na Bélgica ou o caso do INSTAGRAM nossaquestao barão de Penedo que serviu o império por quatro décadas em Washington e Londres se declararam incompatibilizados com a República por terem servido à Monarquia Com a troca da maioria dos representantes a diplomacia brasileira mudou a sua forma de atuação As principais inovações foram as consolidações das fronteiras nacionais a aproximação política e comercial com os países da América Latina e dos Estados Unidos e maior protagonismo do país internacionalmente Inversamente ao desenvolvimento alcançado o episódio que fracassou da candidatura brasileira ao assento permanente do Conselho da Liga das Nações culminou na retirada da delegação brasileira do órgão O primeiro diplomata a representar Portugal na República do Brasil foi o Conde de Paço DArcos Carlos Eugênio Corrêa da Silva durante o período entre 2 de junho de 1891 a 20 de novembro de 1893 Durante a sua estadia o conde presenciou a Revolta Armada de 6 de setembro de 1893 sendo a insurgência naval contra o governo de Floriano Peixoto ocorrida na cidade do Rio de Janeiro A atuação de Salvador Mendonça embaixador do Brasil nos EUA ajudou a moldar a intervenção dos EUA a favor do Governo Brasileiro tendo este último acatado a intervenção do primeiro em 1894 Em 1902 o barão de Rio Branco assumiu à frente do Ministério das Relações Exteriores desenvolvendo papel fundamental na definição da política externa brasileira fazendo com que o país fosse inserido no cenário da economia mundial como um país agroexportador A gestão do barão durou até 1912 e foi marcada pela aproximação com os Estados Unidos no plano internacional e regional instrumentalizando em favor dos interesses brasileiros Com o processo denominado de americanização da política externa brasileira o efeito principal foi a mudança do eixo Londres para Washington retardando a influência inglesa e possibilitando maior autonomia ao Brasil no sistema internacional O barão de Rio Branco foi o responsável por definir os elementos básicos do paradigma que dominou a política externa brasileira por mais de meio século tendo três eixos principais a convergência ideológica o aspecto pragmático e o esforço constante de uma difícil harmonização entre os interesses dos Estados Unidos e os da América Latina INSTAGRAM nossaquestao Segundo Amado e Bueno a visão realista de Rio Branco possibilitavalhe perceber com clareza o peso dos Estados Unidos na nova configuração do poder internacional bem como constatar que a América Latina estava em sua área de influência BUENO 1995 p 43 fazendo com que esta aproximação significasse a eliminação de possíveis intervenções externas no País O legado deixado por Rio Branco foi mantido pelo Itamaraty no que tange a ideia de que as alianças são sempre instrumentos para alcançar os objetivos fixados pelo estado sendo portanto contingentes A decorrência dessa premissa é que as alianças não são permanentes na medida em que mudam os objetivos do estado e a realidade internacional LIMA 1987 p 4 O período posterior a atuação de Rio Branco pode ser dividido em duas fases diferentes uma até 1930 que foi caracterizada por uma acentuação das perspectivas de americanização com um alinhamento automático e a segunda por um processo de barganha entre as perspectivas de alinhamento com a Alemanha e os Estados Unidos Sendo tangível que as políticas externas criadas após a gestão do barão até 1930 fim da República Velha foram uma continuidade de suas perspectivas A queda da República Velha introduziu mudanças sociopolíticas no cenário brasileiro como o surgimento de uma classe média protagonista tendo o primeiro ato democrático com a Constituição de 1934 se consolidando com uma democracia de classe média com a Constituição de 1946 A política externa brasileira nesse período adquiriu a tendência de ser mais envolvida nos assuntos latinoamericanos tendo o Brasil desenvolvido papel importantíssimo no conflito entre Peru e Colômbia e na Guerra do Paraguai e Bolívia Com a instituição do Estado Novo a política externa brasileira é inicialmente marcada por uma certa ambiguidade por um lado Vargas mantinha boas relações com os Estados Unidos e por outro com a derrota da França e a possível vitória da Alemanha abrira em 1941 espaço para um futuro ajustamento do país ao Eixo Porém ao notar que o Eixo perderia a guerra Vargas passa a apoiar os Aliados oficialmente na reunião de consulta em 1942 com isso o então presidente envia uma força expedicionária de 25 mil homens à Itália e seguindo a aliança EUA x BRA em 1947 é firmado o Tratado Interamericano de Assistência Recíproca INSTAGRAM nossaquestao 4 Com o advento da Guerra Fria os espaços antes ocupados predominantemente pelos Estados Unidos encontravamse divididos com outros países que obtiveram relevância com esta guerra não bélica Com isso há uma inversão dos elementos que concernem o paradigma havendo mais tarde a criminalização do partido comunista no Brasil e o rompimento das relações diplomáticas com a União Soviética Este sentimento anticomunista instaurado no Brasil no período da Guerra Fria foi se destituindo com o surgimento da coalizão entre a esquerda com os elementos conservadores inclusive militares em torno das teses do nacionalismo econômico complicando as relações do Governo Vargas com Washington e após o suicídio de Vargas houve a desmoralização do paradigma de Rio Branco Durante o Governo Dutra o objetivo das políticas externas fixouse no alinhamento com os Estados Unidos sendo que logo no início do mandado ficasse visível que a hipótese de maior cooperação econômica entre os países não seria possível Com o início do governo de Juscelino Kubitschek a política externa brasileira na primeira metade tornase guiada pelo desenvolvimento associado procurando afirmar a dimensão multilateral do país tendo um dos pontos altos da política externa a Operação PanAmericana que objetivava o desenvolvimento em nível hemisférico Sendo assim a intenção brasileira com esta operação era de aproximar a aliança brasileira com EUA visando o desenvolvimento industrial do país Na segunda metade do governo de JK a política externa brasileira focou não somente na OPA e abriu espaço para uma diplomacia multilateral defendendo temas como autonomia e desenvolvimento tornando a política externa do governo de JK uma contribuição inovadora Após o governo de JK instaurada a posse de Jânio Quadros e perpetuando a abordagem da política externa para o seu sucessor João Goulart as ações públicas internacionais brasileiras ficaram conhecidas como Política Externa Independente PEI pois tinham como princípio basilar uma atuação INSTAGRAM nossaquestao independente frente à bipartição mundial entre EUA e URSS visando o proveito brasileiro de ambos os lados Com o início da ditadura militar a política externa no governo de Castelo Branco foi marcada pelo alinhamento dogmático do Brasil no campo americano sendo o lema do chanceler Juracy Magalhães O que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil afetando drasticamente a as ações públicas no âmbito internacional no primeiro governo militar até a mudança de caminho instituída pelo governo Geisel No plano internacional governo Geisel adotouse o chamado de política de pragmatismo responsável através do chanceler Azeredo da Silveira Tal política provocou o afastamento entre o Brasil e os Estados Unidos possibilitando grande acordo nuclear com a Alemanha que futuramente viria a ser prejudicado por erros de superestimação O caráter ecumênico da diplomacia brasileira no governo Geisel foi sempre tópico importante do discurso político visando o consenso de todos os setores para atingir um único desenvolvimento comum o desenvolvimento Os anos 80 foram marcados pela transição do governo militar para a democracia dito isto mesmo com todas as adversidades presentes na conjuntura interna do país com o fim da ditadura militar o que ditará o rumo das possibilidades concernentes as políticas externas brasileiras neste período serão os constrangimentos internacionais que demonstravam a vulnerabilidade e fragilidade brasileira perante o sistema internacional fazendo com que as ações públicas no âmbito internacional se direcionem para a América Latina pragmaticamente para a Argentina sendo mantidos os conflitos com os Estados Unidos 5 No projeto inicial do governo de Collor de Mello primeiro presidente pósguerra fria as políticas externas brasileiras tinham como objetivo retomar o paradigma da aliança especial com os Estados Unidos porém a visão política do Ministério das Relações Exteriores independência autonomia diversificação e universalização prevaleceu Nesta mesma década a política externa brasileira foi tomada pelo regionalismo com a atuação do país no processo de integração subregional INSTAGRAM nossaquestao Mercosul com a proposta brasileira de criação da Área de Livre Comércio Sul Americana e de integração hemisférica No governo Lula a diplomacia brasileira conteve elementos de continuidade como a prioridade ao Mercosul a valorização do sistema multilateral e a busca de maior intercâmbio com parceiros não tradicionais como a Índia a China e a África do Sul KUNTZ 2004 p 06 implementando uma inserção internacional baseada na estratégia de Estado logístico e desenvolvendo eixos de prioridade política como o eixo regional o eixo norteamericano o eixo europeu o eixo da Orla do Pacífico e o eixo das potências regionais Com o final do mandato do petista a sucessora Dilma Rousseff tentou dar continuidade às políticas externas do governo Lula encontrando dificuldades em manter a atitude ativa do antigo governo por ser mais contida e impessoal Portanto no governo Dilma houve uma contenção nas atividades externas com o foco nas atividades internas domésticas fazendo com que o país tivesse um declínio de imagem no cenário internacional e diminuição de atividade nas negociações internacionais 6 A partir da leitura desde trabalho é possível perceber que o Brasil sofreu algumas mudanças em seu comportamento internacional perante as outras potencias mundiais ficando claro que o nosso país tem grande importância no âmbito externo Figuras decisivas para a construção e desenvolvimento da nossa nação como o barão de Rio Branco devem ser lembrados e contemplados atualmente não sendo necessário posicionamento ideológico igual para que seja contemplado e reconhecido os grandes avanços nacionais adquiridos por causa de suas políticas externas A atuação brasileira neste mais de um século estudado como é de se esperar não estática e linear proporcionando ao país desenvolvimento pertinente as abordagens desenvolvidas neste meio tempo De uma política externa total alinhada aos interesses estadunidenses a uma dominação regionalista focada na América do Sul e nos acordos comerciais que podem ser contraídos com esta INSTAGRAM nossaquestao 7 WILHELMY M Politica internacional enfoques y realidades Buenos Aires GEL 1988 SILVA J L W As duas faces da moeda a política externa do Brasil monárquico Rio de Janeiro Univerta 1990 LIMA M R S lnteresses e solidariedade o Brasil e a crise centroamericana Trabalho apresentado no XI Encontro Anual da ANPOCS Águas de São Pedro 1987 KUNTZ R O exchanceler e a diplomacia O Estado de S Paulo 5 dez 2004 OLIVEIRA Henrique Altemani de Política Externa Brasileira Editora Saraiva 2005