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Psicologia ·

Psicologia Social

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Paulo Dalgalarrondo Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais Atualizado de acordo com o DSM5 e a CID11 3ª Edição arthad A AFETIVIDADE E SUAS ALTERAÇÕES A vida afetiva é crucial para as experiências humanas conferindolhes cor brilho e calor Termo genérico que abrange diversas modalidades afetivas humor emoções e sentimentos DEFINIÇÕES BÁSICAS Na tradição psicopatológica distinguemse cinco tipos de vivência afetivas Humor ou estado de ânimo Emoções Sentimentos Afetos Paixões DEFINIÇÕES BÁSICAS DEFINIÇÕES BÁSICAS Humor ou Estado de Ânimo Define o tônus afetivo do indivíduo em certo momento influenciando suas experiências É uma disposição afetiva que permeia toda a vida psíquica ampliando ou reduzindo o impacto das experiências Emoções Reações afetivas agudas desencadeadas por estímulos significativos Acompanhadas frequentemente de reações somáticas revelando a unidade psicossomática humana DEFINIÇÕES BÁSICAS Sentimentos Estados afetivos estáveis menos reativos a estímulos passageiros e associados a conteúdos intelectuais Dependem da existência de palavras que codifiquem os diferentes estados afetivos ExTristeza alegria agressividade atração pelo outro perigo tipo narcísico afetos Qualidade emocional que acompanha uma ideia ou representação mental unindose a elas de forma afetiva Paixões Estados afetivos intensos que dominam a atividade psíquica inibindo outros interesses Têm sido estudadas e refletidas por filósofos ao longo da história ocidental Emoção vs Razão oposição frontal na tradição ocidental A emoção é vista como paralisante para o pensamento e a ação A emoção como inferior a razão é considerada como turvadora da razão e distanciadora da verdadeVista como resquício animalesco que prejudica o homem maduro Mas existem perspectivas alternativas Berdiaeff Scheller e outros autores destacam a contribuição da dimensão emocional na percepção da realidade DEFINIÇÕES BÁSICAS Existencialistas como Berdyaev enfatizam que os sentimentos são instrumentos de conhecimento tão válidos quanto a inteligência Afirmam que até mesmo emoções como a inimizade e a raiva podem contribuir para o entendimento Reconhecimento de que certas dimensões da vida só são acessíveis através da emoção e do sentimento DEFINIÇÕES BÁSICAS A vida afetiva ocorre no contexto das relações do Eu com o mundo e com as pessoas Varia conforme os eventos e circunstâncias da vida DEFINIÇÕES BÁSICAS Sintonização Afetiva Capacidade de ser influenciado afetivamente por estímulos externos Experiência de entristecimento diante de situações dolorosas e alegria em eventos positivos Rir diante de uma boa piada como exemplo de sintonia com o ambiente Irradiação Afetiva Capacidade de transmitir ou contaminar os outros com seu estado afetivo momentâneo Permite que outros entrem em sintonia emocional com o indivíduo Descrita como uma influência que afeta o ambiente ao redor DEFINIÇÕES BÁSICAS Classificação inicial baseada na polarização positiva ou negativa Emoções positivas promovem bemestar e favorecem a socialização Emoções negativas relacionamse a sensações de repulsa raiva e agressividade Propõe dois grandes grupos de construtos afetivos sistemas de valência negativa e de valência positiva Inclui respostas a situações aversivas e de perda valência negativa e respostas motivacionais positivas valência positiva TIPOS E CLASSIFICAÇÕES DAS EMOÇÕES Concepção moderna destacada por Paul Ekman Identificação de seis emoções básicas universais alegria tristeza medo raiva nojo e surpresa Ampliação para onze emoções universais posteriormente culpa orgulho vergonha desprezo entre outras Manifestações faciais específicas e microvariações associadas a cada emoção EMOÇÕES UNIVERSAIS Em 1937 Papez propôs uma base cerebral para as emoções incluindo estruturas como o hipotálamo hipocampo e corpos mamilares MacLean em 1952 nomeou essas estruturas como o sistema límbico das emoções incluindo a amígdala hipocampo e outras estruturas subcorticais O SISTEMA LÍMBICO E AS EMOÇÕES CONTRIBUIÇÃO DE PAPEZMACLEAN O SISTEMA LÍMBICO E AS EMOÇÕES Amígdala Uma das principais estruturas neurais relacionadas às emoções especialmente ao medo e ao aprendizado do medo Recebe e integra informações sensoriais e emite respostas comportamentais e fisiológicas relacionadas a ameaças e estresse Lobos Frontais O córtex orbitofrontal COF e o córtex frontal ventromedial CVM modulam a amígdala e regulam respostas emocionais Lesões nessas áreas podem resultar em comportamentos inadequados e falta de controle emocional O SISTEMA LÍMBICO E AS EMOÇÕES Ínsula Localizada entre os lobos frontal e temporal desempenha um papel na geração de sentimentos subjetivoscorporais associados a emoções Importante na percepção de estímulos aversivos e no processamento das emoções Giro do Cíngulo Implicado no controle das emoções especialmente na experiência de tristeza e na regulação de respostas emocionais Lesões podem resultar em dificuldade em ajustar respostas a estímulos emocionalmente significativos O lobo parietal direito o circuito septohipocampal e outros circuitos cerebrais também estão envolvidos nas experiências emocionais Estudos de neuroimagem funcional revelam correlatos relevantes entre a experiência emocional e a ativação de áreas cerebrais específicas Outras Estruturas e Circuitos Distimia e Depressão Distimia referese a alterações do humor podendo ser depressiva ou exaltada A depressão é caracterizada por tristeza patológica e ideias relacionadas à morte e ao suicídio Disforia Referese a uma distimia acompanhada de uma tonalidade afetiva desagradável como irritação ou amargura Hipotimia e Hipertimia Hipotimia é a base afetiva de todo transtorno depressivo enquanto hipertimia é uma exaltação patológica do humor Euforia e Elação Euforia é uma alegria patológica enquanto elação inclui a sensação subjetiva de grandeza e poder ALTERAÇÕES PSICOPATOLÓGICAS DA AFETIVIDADE Puerilidade e Moria Puerilidade é um aspecto infantil e regredido do humor enquanto moria é uma alegria boba e ingênua Êxtase e Irritabilidade Patológica Êxtase é uma experiência de beatitude muitas vezes associada a contextos religiosos A irritabilidade patológica é uma hiperreatividade hostil e agressiva a estímulos Catatimia Referese à influência constante da afetividade sobre todas as funções mentais incluindo atenção memória sensopercepção e tomada de decisões ALTERAÇÕES PSICOPATOLÓGICAS DA AFETIVIDADE ANSIEDADE ANGÚSTIA E MEDO A ansiedade é um estado de humor caracterizado por uma sensação desconfortável de apreensão em relação ao futuro acompanhada por uma inquietação interna desagradável Inclui manifestações somáticas e fisiológicas como dispneia taquicardia tensão muscular tremores e sudorese além de manifestações psíquicas como apreensão desagradável e expectativa negativa em relação ao futuro ANSIEDADE O termo angústia relacionase diretamente à sensação de aperto no peito e na garganta de compressão de sufocamento Assemelhase muito à ansiedade mas tem conotação mais corporal e mais relacionada ao passado ANGÚSTIA O medo não é uma emoção patológica mas uma característica universal de muitas espécies animais incluindo o ser humano Nos humanos o medo é um estado de progressiva insegurança angústia impotência e invalidez crescentes diante da iminência de algo indesejado MEDO Alguns medos são determinados psicopatologicamente sendo desproporcionais e incompatíveis com o perigo real Na fobia o indivíduo experimenta um medo terrível e desproporcional em relação a objetos ou situações específicas Exemplos comuns incluem o medo intenso de entrar em elevadores de gatos ou de contato com pessoas desconhecidas A exposição a objetos ou situações fobígenas desencadeia frequentemente intensas crises de ansiedade FOBIAS Existem diferentes tipos de fobia Fobia Simples Medo intenso e desproporcional de objetos específicos como animais pequenos Fobia Social Medo de interação social especialmente em situações onde o paciente se sinta examinado ou criticado Agorafobia Medo de espaços amplos e aglomerações como estádios ou supermercados Claustrofobia Medo de espaços fechados e a sensação de ficar preso neles Existem ainda inúmeros subtipos de fobia classificados de acordo com o objeto ou a situação fobígena FOBIAS As crises de pânico são episódios agudos e intensos de ansiedade frequentemente acompanhados por medo intenso de morrer ou perder o controle Caracterizamse pelo início súbito de uma sensação de grande perigo acompanhada por uma descarga autonômica marcante incluindo sintomas como taquicardia sudorese tremores e sensação de falta de ar Os pacientes frequentemente relatam a sensação de morte iminente ou de perda de controle durante as crises que geralmente duram apenas alguns minutos Alguns sentimentos considerados normais como inveja e ciúme podem ter implicações psicopatológicas especialmente quando ocorrem de forma extrema e desproporcional PÂNICO CRISES DE PÂNICO E TRANSTORNO DE PÂNICO Na rigidez afetiva o indivíduo apresenta dificuldade ou impossibilidade de expressar ou sentir emoções resultando em uma incapacidade de se conectar emocionalmente com os outros ou com a própria vida A apatia é caracterizada pela diminuição da excitabilidade emocional levando à falta de motivação e interesse pela vida e pelas atividades cotidianas Esses estados afetivos são frequentemente associados a transtornos depressivos esquizofrenia doença de Parkinson e demência de Alzheimer indicando disfunção cerebral subjacente RIGIDEZ AFETIVA E APATIA QUANDO AS EMOÇÕES DESAPARECEM Sentimento de Falta de Sentimento Experimentado como uma incapacidade para sentir emoções é vivido com grande sofrimento como uma tortura especialmente em casos de depressão grave Anedonia É a incapacidade de sentir prazer levando à perda do interesse nas atividades da vida cotidiana Comum em síndromes depressivas e em alguns transtornos psiquiátricos SENTIMENTOS E EMOÇÕES NA PSICOPATOLOGIA Indiferença Afetiva e Bela Indiferença Uma frieza emocional incompreensível diante de sintomas psicogênicos frequentemente observada na histeria Contrastando com a bela indiferença há a triste indiferença da depressão e a pálida indiferença da esquizofrenia crônica Labilidade e Incontinência Afetiva Mudanças súbitas e imotivadas de humor sentimentos ou emoções Podem ocorrer em depressão mania ansiedade grave e esquizofrenia mas também podem estar associadas a condições psicoorgânicas SENTIMENTOS E EMOÇÕES NA PSICOPATOLOGIA Riso e Choro Patológicos Episódios imotivados e intensos de riso eou choro frequentemente associados a lesões ou disfunções neuronais como na paralisia pseudobulbar vascular ou na esclerose lateral amiotrófica Redução dos Afetos nas Psicoses Nas psicoses como a esquizofrenia pode ocorrer uma variedade de quadros de redução dos afetos incluindo a hipomodulação o distanciamento e a pobreza afetiva indicando rigidez ou perda progressiva das vivências afetivas SENTIMENTOS E EMOÇÕES NA PSICOPATOLOGIA Transtorno Depressivo Apresenta uma ampla gama de alterações afetivas negativas incluindo tristeza sentimentos de culpa desesperança e ideação suicida além de depressão sem tristeza em alguns casos graves Mania Caracterizada por humor alegre eufórico ou irritável muitas vezes acompanhada pela sensação de poder e expansão do Eu além de sentimentos corporais positivos Valor Diagnóstico das Alterações Afetivas nos Transtornos Mentais Esquizofrenia Nas fases agudas há experiências de estranhamento neotimia e ambivalência afetiva frequentemente seguidas por sentimentos de perseguição e insegurança Com o tempo pode haver redução qualitativa da afetividade acompanhada de hipersensibilidade a estímulos afetivos Transtornos da Personalidade O transtorno borderline está associado a humor disfórico e sensação crônica de vazio O transtorno histriônico pode manifestar um humor infantilizado e vulnerabilidade emocional enquanto o esquizoide e o esquizotípico podem apresentar perplexidade e distanciamento afetivo Valor Diagnóstico das Alterações Afetivas nos Transtornos Mentais Valor Diagnóstico das Alterações Afetivas nos Transtornos Mentais Demências e Outras Condições Neuropsiquiátricas Alterações afetivas como apatia depressão e labilidade são comuns nas demências podendo ser difíceis de identificar Em outras condições como Parkinson Huntington e degeneração corticobasal sintomas afetivos também são frequentes Existem diversos instrumentos padronizados e validados para avaliar ansiedade depressão mania e impulsividade oferecendo uma abordagem estruturada e objetiva para a avaliação clínica da afetividade INSTRUMENTOS PADRONIZADOS DE AVALIAÇÃO DA AFETIVIDADE Obrigado REFERÊNCIA DALGALARRONDO Paulo A afetividade e suas alterações In DALGALARRONDO Paulo Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais Porto Alegre Grupo A 2019 p148171 RESUMO REFERÊNCIA DALGALARRONDO Paulo A afetividade e suas alterações In DALGALARRONDO Paulo Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais Porto Alegre Grupo A 2019 p148171 Em a afetividade e suas alterações capítulo do livro Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais o autor Paulo Dalgalarrondo aprofunda a questão da afetividade e como as emoções são manifestas no ser humano e suas alterações O capítulo é subdividido em nove subtópicos que se aprofundam na temática explorada pelo autor O capítulo inicia com definições básicas acerca da afetividade o autor mostra a importância do humor que justamente é o tônus afetivo das pessoas das emoções caracterizadas como respostas afetivas breves e intensas surgindo momentaneamente em resposta a estímulos significativos dos sentimentos que são as configurações afetivas estáveis de ordem mental O autor também resume diferentes categorias de sentimentos em três esferas distintas alegria agressividade e atração pelo outro Cada esfera inclui uma variedade de sentimentos específicos que se enquadram nessa categoria geral Os afetos no texto são definidos como o aspecto emocional que acompanha uma ideia ou representação mental destacando que os afetos estão ligados a ideias acrescentando a elas uma carga emocional Já a paixão é um estado emocional intenso que monopoliza a mente direcionando toda a atenção e interesse do indivíduo para uma única direção e suprimindo outros interesses O autor aborda duas perspectivas opostas sobre a relação entre emoção e razão na tradição ocidental Uma delas representada por Paul Guillaume retrata a emoção como um obstáculo para o pensamento claro e a ação eficaz considerando a inferior à razão Por outro lado os autores Berdiaeff e Scheller defendem que a dimensão emocional pode ser um facilitador da percepção da realidade e contribuir para o entendimento humano Já Berdyaev vai além enfatizando que os sentimentos desempenham um papel crucial no processo de conhecimento O autor conclui que mesmo valorizando a primazia da razão certas dimensões da vida só podem ser compreendidas plenamente por meio da emoção e do sentimento Ainda nesse sentido o autor ressalta que a vida emocional está sempre ligada às interações do indivíduo com o mundo e as pessoas mudando conforme os acontecimentos Também afirma que a afetividade é reativa ou seja responde aos estímulos externos de duas maneiras principais sintonizandose com as emoções do ambiente e irradiando suas próprias emoções para influenciar os outros ao seu redor No subtópico intitulado de Tipos e classificações das emoções Dalgarrondo discorre sobre as diferentes perspectivas sobre as emoções e afetos dividindo essas emoções em básicas primárias e secundárias destacando como elas podem ser classificadas e compreendidas Inicialmente o autor explora a distinção entre emoções positivas e negativas considerando seu impacto no bemestar e nas interações sociais Enfatiza o debate sobre a universalidade das emoções que é abordado diferenciando visões que afirmam sua natureza inata e outras que enfatizam sua variabilidade cultural Algumas teorias diferentes são discutidas incluindo a de JamesLange que sugere que as emoções são resultado das respostas fisiológicas do corpo e a de CannonBard que argumenta que a experiência emocional ocorre simultaneamente com as reações físicas As teorias de SchachterSinger e de Lazarus enfatizam o papel da cognição na interpretação das emoções O texto também menciona a teoria da perspectiva contextual das emoções que ressalta a importância do ambiente social na experiência emocional e a abordagem da embodied affectivity que destaca a integração das experiências afetivas com as sensações corporais e movimentos Essas diversas perspectivas refletem a complexidade e a riqueza das experiências emocionais humanas No subtópico Aspectos cerebrais e neuropsicológicos das emoções é enfatizado as contribuições que PapezMaclean fez acerca de como as emoções funcionam no sistema nervoso O autor vai citando cada uma das estruturas dentre elas a amígdala que é uma estrutura neural crucial para as emoções especialmente medo e raiva que processa rapidamente informações sensoriais relevantes para momentos de sobrevivência Também cita os lobos frontais reguladores das respostas emocionais A ínsula que está envolvida na geração de sentimentos corporais relacionados a emoções O giro do cíngulo afeta a tristeza e a alegria enquanto o lobo parietal direito integra estímulos emocionais com a consciência e o circuito septohipocampal influencia a ansiedade No subtópico Aspectos psicodinâmicos das emoções e vida afetiva o texto é iniciado falando de um termo muito utilizado na psicanálise a angústia afeto básico freudiano Já Melanie Klein frisa a importância da vida afetiva relacionando ao funcionamento mental humano Em seguida o autor aborda as Alterações psicopatológicas da afetividade mencionando as alterações de humor existentes como a distimia depressão disforia hipertimia elação puerilidade estado êxtase e irritabilidade patológica Também discute sobre a Catatimia que nada mais é que a influência importante do estado afetivo do ser humano sobre as demais funções psíquicas Acerca da ansiedade angústia e medo o texto faz a diferenciação desses três termos em diferentes linhas de pensamentos No contexto psicanalítico a angústia tem várias formas incluindo a angústia de castração e a angústia de separação Na escola existencial a angústia é vista como uma condição fundamental do ser humano relacionada à liberdade e à mortalidade Já na psicologia clínica destacamse tipos específicos de ansiedade como a de desempenho e a antecipatória No behaviorismo a ansiedade é vista como uma condição psicofisiológica produzida por contingências específicas de reforço O texto também fala sobre a Alteração das emoções e dos sentimentos diferencia medo fobia e pânico O medo é uma sensação de insegurança diante de algo que parece ameaçador Pode variar em intensidade desde a precaução em uma situação até o terror As fobias são medos irracionais e excessivos como o medo de lugares fechados claustrofobia ou de interações sociais fobia social O pânico se manifesta como crises intensas de ansiedade acompanhadas por sintomas físicos como palpitações e falta de ar O autor também fala cita a anedonia que é a incapacidade de sentir prazer comum em quadros depressivos Outros distúrbios emocionais incluem apatia indiferença afetiva e labilidade emocional que podem estar associados a condições neurológicas Dalgalarrondo também aborda nesse capítulo acerca dos Afetos qualitativamente alterados nas psicoses e sobre o Valor diagnostico Inicia discorrendo a respeito da ambivalência que é quando alguém sente emoções opostas ao mesmo tempo como amor e ódio por alguém Em casos extremos pode indicar problemas mais sérios como na esquizofrenia Em seguida expõe sobre a inadequação do afeto ou paratimia sendo quando a reação emocional não condiz com a situação revelando um desequilíbrio profundo na vida emocional visto em distúrbios como a esquizofrenia E a Neotimia é quando sentimentos novos e estranhos surgem principalmente em pacientes psicóticos também como na esquizofrenia e podem preceder o desenvolvimento de delírios Quanto ao Valor diagnóstico de forma bem sucinta o autor fala sobre alguns transtornos dentre eles o transtorno depressivo que se manifesta com intensa tristeza culpa baixa autoestima e pensamentos suicidas enquanto a mania apresenta humor elevado euforia e impulsividade Na esquizofrenia há uma sensação de estranhamento e delírios e nos transtornos da personalidade podem ocorrer humor disfórico e infantilizado Por fim o autor finaliza o capítulo discutindo dobre as alterações de humor mencionando como é comum em demências e condições neuropsiquiátricas A respeito dos transtornos mentais frisando que as emoções não conscientes podem influenciar a percepção emocional dos indivíduos e quanto a avaliação clínica da afetividade o texto inclui questões sobre diferentes estados emocionais e relacionamentos interpessoais e finaliza ressaltando que existem diversos instrumentos padronizados para avaliações mais objetivas e especificas para cada transtorno