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Psicologia ·
Psicologia Social
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FACULDADES PEQUENO PRÍNCIPE CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA MULHERES SEM FACE PERANTE A SOCIEDADE CUIDADO COM A MULHER INSTITUCIONALIZADA POR USO DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS CURITIBA 2024 ANA JULIA MARQUES COELHO ANDREIA FERREIRA DA SILVA LEMOS PEREIRA EDUARDA MACHADO LEMES DOS SANTOS FLAVIA ABREU LINA MARCHETTE DE OLIVEIRA NATHALIA ROTA SOLANO PATRÍCIA DE FRANÇA MATOS THAIS CRISTINA DEKKER HABINOVSKI MULHERES SEM FACE PERANTE A SOCIEDADE CUIDADO COM A MULHER INSTITUCIONALIZADA POR USO DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS Trabalho apresentado como requisito parcial de avalição da disciplina IEC Saúde Mental e Atenção Psicossocial curso de Psicologia das Faculdades Pequeno Príncipe FPP Orientadora Profª me Luciana Elisabete Savaris CURITIBA 2024 RESUMO Caracterização do problema O projeto de Ação de Curricularização da Extensão concentrouse nas mulheres acolhidas pela Casa Maria Augusta uma comunidade terapêutica que oferece suporte a mulheres em situação de vulnerabilidade devido ao uso de substâncias psicoativas Descrição da experiência Diante dessa realidade o presente trabalho tem como objetivo proporcionar tempo de qualidade para as mulheres acolhidas pela Casa Maria Augusta através da metodologia ativa do arco de Maguerez realizada em cinco etapas a observação da realidade definição dos pontos chave teorização hipóteses de solução e a aplicação à realidade Resultados Com esta ação as mulheres puderam sentirse acolhidas através da experiência de um café da manhã preparado especialmente para elas um momento cultural através do standup e música e compreenderam a importância do autocuidado para a autoestima por meio da entrega de kits Palavraschave Comunidade terapêutica substâncias psicoativas acolhimento SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 4 11 Objetivo Geral 5 12 Objetivos específicos 5 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 5 21 Dependência química entre as mulheres 5 22 Mulheres institucionalizadas por abuso de álcool e drogas 7 23 Autoestima e qualidade de vida do dependente químico 8 24 Cultura e sua importância 9 3 PLANEJAMENTO 10 31 Comunidade Terapêutica Mosteiro Carmelo 10 312 Casa das Mulheres Maria Augusta 11 32 Cronograma 12 33 Metodologia utilizada 13 4 DESENVOLVIMENTO 14 41 Descrição detalhada do desenvolvimento da Ação 14 411 Proposta da Ação 15 412 Desenvolvimento da Ação 16 413 Registro da Ação 17 5 RESULTADOS 19 51 Descrição do público 19 52 Resultados alcançados 19 6 CONCLUSÃO 20 7 AUTOAVALIAÇÃO 21 71 Autoavaliação da equipe 21 72 Autoavaliação do docente 22 REFERÊNCIAS 23 APÊNDICE I 26 4 1 INTRODUÇÃO O presente trabalho é um projeto de Curricularização da Extensão realizado na Faculdade Pequeno Príncipe pela disciplina de IEC exercido por alunos do terceiro período de psicologia onde o objetivo é promover tempo de qualidade a mulheres acolhidas pela casa Maria Augusta As temáticas e as ações trabalhadas neste estudo se relacionam com dois conceitos fortemente atrelados à saúde coletiva sendo eles a prevenção e a promoção em saúde O primeiro é caracterizado como conjunto de estratégias e medidas que através de uma visão mais epidemiológica e biológica procuram evitar o surgimento ou o agravo de problemáticas relacionadas ao bemestar de indivíduos Czeresnia 2009 Já a promoção de saúde está atrelada à utilização e propagação de conceitos objetiva assim de uma maneira mais humanista e focada nos determinantes sociais um maior entendimento por parte das pessoas em relação à hábitos saudáveis e direitos atrelados à saúde Borges Oliveira Schneider 2018 De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz Fiocruz pesquisas teóricas sobre o uso de substâncias químicas ilícitas no Brasil em 2020 relataram que 49 milhões de brasileiros utilizaram algum tipo de substância ilícita no ano anterior Dentre esses 5 são homens e 15 correspondem a mulheres dependentes químicas O consumo de álcool maconha crack e cocaína possuem grande parte do público feminino Essa realidade expõe as mulheres a diversos tipos de abusos que acabam mantendo essa dependência em drogas e álcool Os mais comuns são os conflitos afetivos como relacionamentos abusivos a marginalização social o preconceito da sociedade em relação a elas e a violência física Hospital Santa Mônica 2022 Sendo assim mulheres dependentes químicas em tratamento terapêutico vivenciam uma falta de tempo de qualidade aliado ao autocuidado O autocuidado favorece melhoras na qualidade de vida proporcionando tempo proveitoso voltado para si mesmas como por exemplo a prática de atividades que visem seu próprio benefício com o objetivo de preservar a vida a saúde e o bemestar emocional Nery 2015 11 OBJETIVO GERAL Promover tempo de qualidade a mulheres acolhidas pela Casa Maria Augusta 5 12 OBJETIVOS ESPECÍFICOS a Organizar café da manhã com o intuito de acolhimento b Resgatar a valorização do autocuidado com entrega de kits c Proporcionar acesso à cultura por meio de apresentações de humor e música 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 21 DEPENDÊNCIA QUÍMICA ENTRE AS MULHERES A droga pode ser definida como uma substância química que altera as funções biológicas do organismo resultando em mudanças fisiológicas e psíquicas e consequentemente acarreta um comportamento alterado Segundo Bokany 2015 às substâncias químicas podem ser divididas em lícitas como tabaco e álcool e ilícitas que seriam as de venda proibida como crack maconha Segundo dados atuais do Relatório Mundial sobre as Drogas Escritório da Organização das Nações Unidas sobre Drogas e Crime Unodc 2016 estimase que há 29 milhões de usuários dependentes de drogas em todo o mundo No contexto americano na última década mais mulheres que homens começaram a usar heroína conforme se verifica que no período de 20022004 a estatística era de 008 no período de 20112013 esse número subiu para 016 Em países europeus como Portugal por exemplo as mulheres vêm apresentando maiores taxas de continuidade do consumo de maconha ecstasy e de cogumelos alucinógenos quando comparadas aos homens Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências Sicad 2015 As drogas matam aproximadamente 2000000 indivíduos por ano No Brasil há cerca de 600 mil dependentes químicos uma porcentagem de 05 da população entre 12 e 65 anos Sobre o consumo de cocaínacrack revelou que no país há cerca de 370 mil usuários de crack e similares dos quais 213 são mulheres sendo maior a proporção de mulheres consumidoras nas capitais brasileiras 235 quando comparada aos demais municípios 165 Sobre os usuários que frequentam as cracolândias as mulheres somam 20 e encontramse em uma situação de maior vulnerabilidade Bastos Bertoni 2014 O uso dessas substâncias traz à pessoa dependente um sofrimento muito grande em relação ao preconceito da sociedade onde segundo a Organização 6 Mundial da Saúde OMS o uso de substâncias químicas ocupa um dos primeiros lugares em relação à desaprovação social E quando se fala em mulheres dependentes esse fato se agrava ainda mais sendo ainda mais julgadas e rejeitadas no momento em que ela deixa de exercer papeis que são postos e esperado delas socialmente como o de uma boa mãe de cuidadora muitas vezes de provedora do lar o que traz um grande impacto na saúde e recuperação desta mulher pois muitas vezes não se sentem merecedoras de cuidado e também não o recebem por conta do preconceito Fonseca 2013 Marangoni e Oliveira 2013 afirmam que no decorrer da história o consumo de drogas sempre foi majoritariamente masculino e pouco associado à figura da mulher No entanto atualmente observase um cenário de igualdade de gênero em que há grande aumento de mulheres envolvidas com essas substâncias e que pode ser explicado pelas mudanças nas relações sociais e especialmente pelas modificações nos papeis sociais femininos Segundo Souza et al 2014 às mulheres na maioria das vezes entram no caminho da dependência como companheiras motivadas por relações afetivas masculinas do seu entorno social Diferente dos homens as mulheres iniciam o uso e abuso das substâncias após momentos traumáticos e episódios significativos como violência doméstica ou problemas psicológicos muito relacionado a depressão sentimentos de isolamento social baixa autoestima pressões profissionais desestruturação familiar e problemas de saúde O estupro e violência doméstica são muito mais comuns nas dependentes químicas em comparação às mulheres em geral Samhsa 2013 Bolton et al 2006 apud Sarmiento et al 2018 No fator sociocultural a influência do consumo de drogas em mulheres está relacionada à pressão social e da mídia para buscar e manter o corpo perfeito e controlar o peso Para isso muitas delas recorrem às drogas como anfetaminas nicotina e outras substâncias estimulantes para atingir seus objetivos Pechansky et al 2011 As mulheres entre os usuários de cocaína e de crack representam cerca de 40 e este número está aumentando Existe uma predominância na dependência em mulheres acima dos 30 anos de idade divorciadas ou solteiras e de baixa escolaridade principalmente no caso do álcool Botti et al 2014 As mulheres principalmente no caso do uso de crack se inclinem a utilizar o corpo como moeda de troca e os homens são envolvidos com o tráfico mas observase mesmo que 7 discretamente um aumento no envolvimento das mulheres no mercado das drogas seja como mulas ou mesmo como autoridades em pontos de venda Boiteux 2014 Oliveira Nascimento Paiva 2007 O alcoolismo em mulheres é predominantemente observado na faixa etária de 20 a 60 anos sendo que muitas delas justificam o uso para esquecer ou aliviar as dificuldades financeiras conflitos na relação conjugal tentativa de diminuir a dor da violência física doméstica e relaxar após a exaustiva jornada de trabalho Mulheres que fazem o uso de álcool mostramse mais propensas a tentativas de suicídio e transtornos psiquiátricos como depressão transtorno de ansiedade e de personalidade Perrot 2007 Segundo a Organização das Nações Unidas no Brasil ONU 2017 mulheres e meninas somam um terço dos usuários de drogas e um em cada cinco beneficiados por tratamento são mulheres Isso mostra o quão mais difícil é para as mulheres receberem apoio nos processos de recuperação encontrandose imersas em processos de estigmatização e discriminação Segundo Cruz et al 2014 Leal 2009 e Medeiros et al 2015 a imagem da mulher usuária de substâncias químicas está associada à imoralidade devido as drogas estarem sempre ligadas com a prostituição ao abandono das funções maternas e familiares A sociedade tem uma visão diferenciada da mulher usuária em comparação com o homem demonstrando menor tolerância e sendo mais propensa a penalizála e julgála Cardoso e Manita 2004 Essa penalização dificulta a reintegração da mulher na sociedade e contribui para a baixa busca por tratamento Medeiros et al 2020 22 MULHERES INSTITUCIONALIZADAS POR ABUSO DE ÁLCOOL E DROGAS O cuidado em saúde para as pessoas em dependência de álcool e drogas é realizado pelo Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Droga CAPS AD Que surgiu a partir da reforma psiquiátrica onde os aspectos psíquicos e sociais se juntaram a psiquiatria onde estes atuam sob uma nova ética e com fundamentação teórica das práticas de atenção que significa dar e prestar atenção escutar atentamente acolher e tomar em consideração onde a proposta do CAPS ad é o de um cuidado direcionado para a autonomia onde a singularidade de cada um é respeitada e levada em conta em cada cuidado CostaRosa 2013 8 Para Garcia 1994 desde o início do século XIX as mulheres passaram a ser submetidas ao controle psiquiátrico levando ao confinamento em manicômios A partir da metade do século XIX cresceu o número de mulheres internadas em manicômios em comparação aos homens fator este que está associado ao modo como a doença mental feminina está relacionada à condição das mulheres na sociedade da época e a partir da expectativa de que as mulheres estariam sempre propensas a sofrerem surtos psicóticos As consequências do uso de substâncias químicas não são apenas na saúde física e emocional das usuárias mas também afetam a saúde das pessoas com quem convivem tanto no meio familiar profissional e afetivo quanto em situações que exigem interações com pessoas desconhecidas Ou seja as consequências abrangem quase todas as esferas da vida Muitas dessas mulheres acabam recorrendo às drogas devido à frustração no cotidiano desempenhando papeis como mães esposas e à promiscuidade sexual Engel 2006 afirma que a loucura atribuída às mulheres se refere a uma suposta essência feminina e à sua sexualidade enquanto a loucura masculina está associada à capacidade dos homens de desempenharem seus papéis na sociedade A institucionalização de mulheres não implica apenas a elas mesmas mas também seus filhos e famílias que dependem delas leva muitas a sentiremse como um fracasso em relação à maternidade ou ao seu papel de esposa gerando uma imagem de autodepreciação As mulheres enfrentam mais dificuldades para realizar tratamento como demonstrado em uma pesquisa realizada em 2009 em um CAPS ad que evidenciou obstáculos como a falta de quem cuide dos filhos a relutância em admitir que possuem problemas o preconceito interno recaídas falta de apoio familiar preconceito da sociedade e a ausência de um cuidado mais voltado para as necessidades especificas da mulher Leal 2009 Perrot 2007 argumenta que a invisibilidade e o silenciamento fazem parte da história das mulheres pois muitas delas atuam no espaço doméstico em família confinadas em casa sem possuir plenamente a liberdade Essa invisibilidade é vista como um meio de garantir a tranquilidade da cidade sendo que a aparição das mulheres em espaços públicos pode ser até mesmo motivo de medo para alguns 9 23 AUTOESTIMA E QUALIDADE DE VIDA DO DEPENDENTE QUÍMICO O uso de substâncias químicas afeta tanto a qualidade de vida quanto a saúde individual e coletiva Causam alterações nos sistemas neurotransmissores e déficits cerebrais como no aprendizado verbal memória de curto prazo atenção funções executivas controle e seleção de resposta resolução de problemas e tomada de decisões Geram disfunções nos sistemas cardíaco e respiratório problemas renais ansiedade depressão problemas de sono dificuldades financeiras e de relacionamento Kolling et al 2007 A qualidade de vida é entendida como a forma de percepção individual do bem estar em relação a vários aspectos da vida como relacionamentos valores e expectativas Fleck et al 1999 A dependência química por sua vez leva a uma baixa qualidade de vida pois provoca desequilíbrios no bemestar psicológico e na saúde física Buchele et al 2009 A autoestima é fundamental neste contexto pois está relacionada com a percepção que o indivíduo possui em relação a si mesmo influenciando a forma que ele irá reagir a vida Branden 1994 apud Silveira et al 2013 A formação da autoestima está relacionada com um lado cognitivo que seria o pensamento sobre algo e o outro afetivo que é a forma como irá reagir positivo ou negativo em relação a esse objeto Rosenberg Schooler Shoenbach e Rosenberg 1995 apud Silveira et al 2013 Silveira et al 2013 destacam que o autocuidado e a autoestima estão interligados e são de extrema importância para equilibrar a vida como o cuidado com o corpo englobando praticar exercícios físicos regularmente dietas checkups médicos periódicos e cuidados com a higiene pessoal É possível notar que muitas mulheres já aderiram rotinas de cuidados com a pele e o cabelo sendo está uma forma de se sentirem bem consigo mesmas e de cuidarem do seu próprio corpo Pires et al 2021 Além dos benefícios para a saúde física o autocuidado desempenha papel crucial na promoção da saúde mental e emocional auxiliando no gerenciamento das emoções e promovendo o aumento da autoestima e da confiança Pires et al 2021 Para recuperar a qualidade de vida os dependentes devem buscar a prevenção e o tratamento dos transtornos associados ao uso de substâncias químicas essas ações permitem ao indivíduo desenvolver o hábito de observar seu 10 próprio comportamento identificar situações de risco e buscar novas estratégias Além disso facilitam o desenvolvimento da autoestima autoconfiança e autoajuda Ferreira 2001 24 A CULTURA E SUA IMPORTÂNCIA Hall 1997 enfatiza que toda ação social e cultural que todas as práticas sociais expressam ou comunicam um significado e neste sentido são práticas de significação p5 ou seja a cultura está envolvida em diversas áreas sociais mostra a importância desta para a compreensão e a inserção na sociedade sendo a vida social do homem ela permeia todas as ações da sociedade Segundo o antropólogo britânico Edward Burnett Tylor Cultura ou Civilização tomada em seu sentido etnológico amplo é aquele todo complexo que inclui conhecimento crença arte moral lei costume e todas as demais capacidades e hábitos adquiridos pelo homem enquanto membro da sociedade A condição da cultura entre as diversas sociedades da espécie humana na medida em que é passível de ser investigada nos princípios gerais é um tema apropriado para o estudo do pensamento e da ação humanos Tylor apud Thompson ibid p171 O acesso à cultura é um direito de todos de acordo com a Declaração da Assembleia Geral das Nações Unidas elaborada em 1948 O artigo 27 do documento cita que toda pessoa tem o direito de participar livremente da vida cultural da comunidade e de aproveitar as artes Porém o acesso à cultura é limitado e muito mais presente na vida de pessoas que possuem uma condição financeira alta não sendo facilitado esse acesso a todos da população Segundo uma pesquisa realizada pelas empresas 3P3 e MC15 e aplicada pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística IBOPE em 2013 42 dos brasileiros não praticam ou consomem atividades culturais com frequência Quando paramos para pensar na população usuária e dependente química esse acesso é ainda mais complicado e restrito Levando em conta todo sofrimento de preconceito e afastamento desses do meio social e o pensamento de não pertencimento desses entre a sociedade os fazem sentir que não devem estar ali os afastando ainda mais dos meios culturais que deveriam ser de todos e que é de extrema importância na vida social e individual de cada um Godoy 2014 3 PLANEJAMENTO 31 COMUNIDADE TERAPÊUTICA MOSTEIRO CARMELO DESCRIÇÃO DA COMUNIDADE QUE RECEBERÁ A AÇÃO O mosteiro monte Carmelo é uma comunidade terapêutica filantrópica que oferece um ambiente acolhedor e de suporte para indivíduos que buscam se recuperar 11 e reconstruir suas vidas O local conta com uma equipe multidisciplinar composta por uma professora um clínico um dentista e um psiquiatra todos dedicados a fornecer o melhor cuidado possível aos acolhidos No aspecto financeiro a casa conta com o apoio de dois convênios que auxiliam financeiramente Fundação de Ação Social FAS que disponibiliza 50 vagas por mês e o Governo Federal com 45 vagas ambos contribuindo com uma verba diária de 3700 reais por acolhido Os acolhidos também contam com cuidados em relação à saúde seguindo o calendário da Unidade Básica de Saúde UBS para vacinas exames e outros procedimentos Além disso os medicamentos prescritos são retirados na UBS e entregues gradativamente aos acolhidos de acordo com o horário assegurando o correto seguimento de seus tratamentos A manutenção do local é uma responsabilidade compartilhada e os próprios acolhidos participam ativamente da limpeza e organização além de colaborarem no preparo do café da manhã e outras tarefas diárias O local conta com parcerias importantes para a capacitação dos acolhidos Em colaboração com a Secretaria Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional juntamente com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial SENAC são oferecidos cursos no ramo alimentício proporcionando oportunidades de aprendizado e desenvolvimento profissional Além disso o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial SENAI disponibiliza cursos de informática e matemática básica contribuindo para a formação educacional e técnica No que diz respeito a cursos externos os acolhidos se organizam por meio do auxílio do Bolsa Família Esse suporte financeiro permite que os acolhidos aprendam a lidar com o uso do vale transporte facilitando seu acesso aos locais de realização dos cursos Essas iniciativas visam desenvolver habilidades essenciais para a reinserção social e a promoção da autonomia dos acolhidos As visitas são permitidas a cada 15 dias proporcionando aos acolhidos a oportunidade de manter contato com suas famílias Após 75 dias na residência os acolhidos têm permissão para passar o dia com a família em casa com horário de retorno estabelecido para garantir a continuidade do processo terapêutico Além das parcerias para capacitação e cuidados com a saúde o local também promove reuniões semanais dos Alcoólicos Anônimos AA e Narcóticos Anônimos NA para oferecer suporte aos residentes em seu processo de recuperação Essas reuniões representam um espaço seguro para compartilhar experiências e receber apoio mútuo na jornada rumo à sobriedade e ao bemestar emocional 312 CASA DAS MULHERES MARIA AUGUSTA A Casa das Mulheres possui espaço para acolher até 30 mulheres com 27 acolhidas atualmente Este espaço oferece uma variedade de instalações inclui uma sala de cursos integrada com a biblioteca uma sala de estar um amplo auditório um refeitório e uma cozinha funcional Os quartos são organizados em alas distintas para melhor atender às necessidades das acolhidas 12 A Ala Chico Mendes é reservada para as mulheres recémchegadas enquanto a Ala Margarida Alves é destinada àquelas que já estão há 30 dias ou mais no local Além disso a Ala José Dias é uma área separada especialmente designada para gestantes e crianças garantindo um ambiente adequado para essas mulheres e seus filhos Assim como na Casa dos Homens as mulheres compartilham responsabilidades pela manutenção da casa com tarefas rotativas a cada 15 dias Promovendo assim um senso de comunidade e cooperação entre todas as acolhidas As visitas são permitidas a cada 15 dias proporcionando às mulheres a oportunidade de manter conexões com suas famílias Além disso durante esses dias elas realizam um Dia da Beleza no qual se produzem e têm momentos de autocuidado 32 ETAPAS PERCORRIDAS CRONOGRAMA NÚMERO DE HORAS DATA CONTEÚDO METODOLOGIA E RECURSOS DE APRENDIZAGEM 1403 1 Visita a comunidade terapêutica Aplicação do Roteiro confeccionado em sala de aula Reunião com gestores e conversa com os acolhidos 1503 a 2003 Decisão em grupo sobre a intervenção Diálogo entre os membros do grupo para decidir sobre a intervenção após identificação das necessidades locais realizado através de discussão no grupo do WhatsApp 2103 Troca de experiências da Visita Acex e início do processo de elaboração do projeto de intervenção psicossocial Discussão com a turma sobre a visita realizada e o início da elaboração do projeto ocorrida durante a aula presencial 2203 a 2403 Título objetivos e proposta de ação do relatório do Acex Conversa em grupo via WhatsApp para definir o título os objetivos e as ações do trabalho 2403 Postagem da primeira parte do relatório Título objetivos e proposta de ação Postagem via AVA 2803 Proposta de Ação Debate em sala de aula sobre a ação a ser implementada 2803 a 0304 Introdução cronograma e caracterização do relatório Elaboração em grupo da primeira parte do relatório realizado através do WhatsApp 0304 Entrega da primeira parte do relatório introdução cronograma e caracterização do 13 relatório Postagem via AVA 1004 a 2604 Início da elaboração da fundamentação teórica do relatório Realização em grupo por meio da pesquisa de artigos acadêmicos seguida de discussão e compartilhamento de resultados via WhatsApp 2504 2 Visita a Comunidade Terapêutica Apresentação do plano de ação para as acolhidas Diálogo em grupo com as moradoras para compartilhar ideias e ouvir suas perspectivas 2604 Entrega de parte do relatório Postagem via Ava 2704 a 1005 Busca por doações Arrecadação de doações e compra dos objetos para a montagem dos kits 0205 Planejamento Conversa em grupo na sala de aula para discutir a divisão e organização do café da manhã 0305 a 1305 Organização final Montagem dos kits Compra dos alimentos e itens a serem utilizados Verificação de todos os detalhes via WhatsApp 1605 Dia da Ação Aplicação da Acex 1805 a 2005 Elaboração da parte final do relatório Elaboração em grupo da parte final do relatório realizado através do WhatsApp 33 METODOLOGIA UTILIZADA A metodologia ativa é uma forma de se trabalhar onde o estudante é o protagonista sendo o professor o coadjuvante Prado et al 2012 Dentre muitas possibilidades de metodologias ativas está o Arco de Maguerez utilizado neste trabalho desenvolvida por Charles Maguerez 1970 e tornada pública por Bordenave e Pereira 1982 Este método se caracteriza por etapas que levam a um caminho metodológico orientando a prática pedagógica do educador visando o desenvolvimento da autonomia do aluno buscando instigar o pensamento crítico e criativo O método do arco se dá em cinco etapas que se desenvolvem a partir da realidade ou um recorte da realidade as quais são 1 Observação da Realidade problematizando a realidade 2 Definição dos PontosChave 3 Teorização 4 Hipóteses de solução 5 Aplicação à realidade prática Silveira 2021 14 Berbel 2021 A primeira etapa observação da realidade tem por finalidade observar criticamente uma certa realidade para identificar os problemas e escolher qual será estudado com o objetivo de contribuir para a transformação dessa Silveira 2021 Após isso passa para a etapa dos PontosChave Nesta etapa há uma nova análise dos problemas buscandose identificar os possíveis fatores imediatos e condicionantes maiores associado ao problema escolhido para estudo e estabelecendo PontosChave ou questões básicas a serem investigadas Silveira 2021 Seguindo após vem a Teorização esta é a etapa da investigação propriamente dita busca de Informações sobre o problema seguindo os pontos chaves definidos analisando discutindo e chegando a conclusões da onde é possível chegar A etapa seguinte são as hipóteses de solução As hipóteses são construídas após o estudo entendimento do problema e pensando em todas as possibilidades seguido da aplicação à realidade a parte prática de ação concreta onde será realizado as ações levantadas como solução uma mudança nem que seja sutil ao problema antes levantado Silveira 2021 4 DESENVOLVIMETNTO 41 DESCRIÇÃO DETALHADA DO DESENVOLVIMENTO DA AÇÃO Durante a aula a professora nos preparou para nossa Ação explicando o funcionamento das comunidades terapêuticas e o papel dos profissionais dentro da Atenção Básica de Saúde detalhando a função de cada um Também discutimos o conceito de intervenção psicossocial aprendendo a enxergar o sujeito além do 15 transtorno que possui considerando suas vontades e vivências A conversa incluiu discussão sobre populações vulneráveis desmistificando preconceitos e estereótipos A professora nos apresentou o local onde realizaríamos a Ação o Mosteiro Monte Carmelo casa especifica dos homens Ela explicou como seria a primeira visita e nos preparou para possíveis situações que poderiam ocorrer Nossa primeira visita ocorreu no dia 14 de maço de 2024 começando às 0830 Conhecemos o local e depois fomos direcionados ao auditório para participar de uma roda de conversa com Júnior o coordenador da casa dos homens Ele nos explicou como era a rotina dos acolhidos como se organizavam os passos que estes homens tinham dado até chegarem à comunidade e seus direitos perante a lei Em um determinado momento tivemos a oportunidade de conhecer um acolhido e ouvilo sobre sua experiência na casa e como se sentia vivendo lá Ainda durante a roda de conversa o coordenador mencionou que havia também a casa das mulheres e que se quiséssemos poderíamos visitála Então após a conclusão da conversa os grupos se separaram para conhecer os acolhidos e o ambiente Nosso grupo optou por visitar a casa das mulheres para conhecêla melhor Ao chegarmos na casa fomos recebidas por uma das freiras que nos informou que a administração é realizada por duas freiras uma auxiliar e uma assistente social que acompanha as acolhidas Após uma breve conversa três acolhidas nos acompanharam e apresentaram a casa Depois de conhecermos toda a estrutura conversamos sobre a rotina delas o que gostam de fazer e o que sentem falta Escutamos suas demandas e explicamos que nosso objetivo é proporcionar a elas um momento de alegria A segunda visita ocorreu no dia 25 de abril de 2024 às 0830 Nesse dia nosso objetivo era apresentar nossos planos para o dia da Ação e alinhar as atividades com os desejos delas Inicialmente houve um momento de descontração onde cada acolhida dizia seu nome e o que gostaria de comer em dias frios A partir desse momento apresentamos nossa proposta de preparar um café da manhã com música para que elas tivessem uma manhã especial Também compartilhamos nossa ideia de trazer um comediante para fazer um show de standup oferecendo momentos de descontração e risadas Após apresentarmos nossa proposta pedimos feedback e 16 sugestões para possíveis ajustes mas todas se mostraram animadas com a proposta e disseram estar ansiosas para o dia da Ação 411 Proposta da ação A execução deste estudo se deu por meio de uma metodologia ativa representando um processo de ensinoaprendizagem A Ação de Curricularização ocorrerá em uma comunidade terapêutica filantrópica Mosteiro Monte Carmelo com foco na ala feminina casa Maria Augusta localizada na rua João Baptista Gabardo 433 Sítio cercado em Curitiba Paraná onde atualmente residem 36 mulheres A proposta desta ação é proporcionar acolhimento a essas mulheres por meio de um café da manhã preparado por nós acompanhado de uma apresentação musical pelo músico Gabriel Araújo Ainda neste momento será realizada uma roda de conversa para discutirmos sobre a valorização do autocuidado a importância deste para a vida da mulher e os meios para realizar este cuidado abrindo espaço para que elas se expressarem sobre com duração de uma hora Em seguida teremos uma apresentação de humor realizada pelo humorista Tales Lima com duração de 40 minutos proporcionando acesso à cultura e momentos de descontração Para finalizar a ação será ministrada uma breve palestra sobre cuidados bucais seguida da entrega de um kit para cada acolhida da casa Este Kit incluirá absorventes lenço umedecido creme dental escova de dentes sabonete lixa de unha tudo entro de uma bolsa eco bag 412 Desenvolvimento da ação A Ação foi realizada no dia 16 de maio de 2024 na Casa das Mulheres Maria Augusta onde até o momento residem 37 mulheres e um bebê Iniciamos a Ação com a preparação e organização do refeitório para receber as acolhidas para o café da manhã Montamos as mesas com os alimentos flores e uma lembrança contendo um espelho lixa de unha e presilhas para o cabelo Ao entrarem no refeitório as mulheres foram recebidas com música ao vivo com o músico Matheus Araújo tocando teclado A música permaneceu até o final do café proporcionando um momento descontraído e acolhedor Após o café nós as direcionamos para o auditório local onde seria realizado o standup com o humorista Tales Lima O show começou com uma música 17 acompanhada por palmas e algumas até se sentiram à vontade para dançar Em seguida depois o humorista iniciou sua apresentação e durante todo o tempo elas pareciam confortáveis rindo e se divertindo Logo após o show entregamos kits preparados especialmente para elas contendo escova de dente creme dental lenços umedecidos e absorventes Durante a entrega destacamos a importância do autocuidado e que aqueles objetos eram a forma que nosso grupo encontrou para demonstrar que elas mereciam cuidar de si mesmas Também preparamos um kit para o bebê que estava na casa contendo um mordedor lenços umedecidos sabonete líquido infantil e um babador Para finalizar realizamos a entrega de doações fornecidas pela empresa Premisse incluindo 35 litros de sabão líquido e 3 caixas com 12 unidades de álcool em gel A Ação teve duração de aproximadamente 2 horas e 30 minutos e representou um momento de grande importância na formação profissional da equipe A reação das mulheres acolhidas foi gratificante para cada graduanda pois percebemos que elas se sentiram acolhidas valorizadas e felizes neste dia 413 Registro da atividade No text to extract page contains only images of food people and items no text 19 5 RESULTADOS 51 DESCRIÇÃO DO PÚBLICO A ação foi realizada na Casa das Mulheres Maria Augusta uma comunidade terapêutica que acolhe mulheres dependentes químicas em busca de apoio durante o período de tratamento contra substâncias químicas A idade dessas mulheres varia entre 20 e 65 anos e algumas já viveram em situação de rua devido à dependência Neste local as mulheres buscam apoio para readquirir sua independência e autonomia superando a dependência química para viver de maneira saudável 52 RESULTADOS ALCANÇADOS 20 Por meio de uma pesquisa oral realizada ao final da ação foi possível avaliar os resultados obtidos e verificar a efetividade dos objetivos propostos Ao término do show de standup fizemos algumas perguntas sobre a satisfação delas com as atividades oferecidas e o que mais gostaram Todas se mostraram satisfeitas algumas relatando o quão importante aquele dia foi já que raramente elas possuem dias felizes e com esse momento foi possível proporcionar alegria e alívio para todas A auxiliar da casa e a assistente social também comentaram sobre como aquela manhã foi gratificante e como as acolhidas estavam felizes por terem a oportunidade de assistir a um show de humor e de se sentirem especiais durante o café da manhã Como estudantes e como seres humanos participar desse projeto nos motivou a sermos melhores profissionais e indivíduos Estar em contato com essas mulheres que em meio a dificuldades estão buscando melhorar por si mesmas e por suas famílias nos fez enxergar que pequenos atos para nós podem ser grandiosos para outras pessoas 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS A implementação curricular na Casa das Mulheres María Augusta destacou a importância do crescimento emocional e do autocuidado na reabilitação de mulheres dependentes químicas uma abordagem única que procurou promover a reintegração social Foi através desta estratégia que vários intervenientes conseguiram envolver se de forma significativa alimentou uma atmosfera calorosa e empática À medida que percorríamos as diferentes atividades ficou evidente como cada uma delas deixou um impacto positivo desde a recepção calorosa durante o café da manhã até as expressões artísticas e apresentações esclarecedoras Ficou claro que estes momentos foram capazes de inspirar alegria e paz conforme refletido nas respostas dos participantes que se sentiram respeitados e felizes No sucesso desta intervenção vimos faróis de felicidade proporcionando breves oásis de tranquilidade com base nas necessidades dos indivíduos A satisfação manifestada pelas mulheres juntamente com as suas avaliações relativamente à equipa sublinhou uma abordagem dupla apoio emocional entrelaçado com cuidados culturais que se revelaram fundamentais para facilitar a reintegração dessas mulheres 21 O projeto também desempenhou um papel no crescimento pessoal dos alunos envolvidos além de seus acadêmicos Aprenderam lições práticas sobre compaixão cooperação e atenção quando interagiram diretamente com mulheres que enfrentavam desafios pessoais Foi de fato uma experiência enriquecedora para os alunos ver em primeira mão o impacto de projetos comunitários bem organizados que têm a capacidade de transformar vidas Portanto podemos afirmar que tais ações são fundamentais na promoção da inclusão social e emocional de pessoas em situação de vulnerabilidade A combinação de iniciativas culturais educativas e de bemestar pode ser fundamental para aumentar a autoconfiança e a independência entre as pessoas assistidas facilitando assim o seu processo de reintegração Recomendamos a sustentabilidade e a expansão de programas semelhantes infundindo ainda mais oportunidades de solidariedade e coexistência com a esperança de otimizar os resultados para todos os participantes envolvidos 7 AUTOAVALIAÇÃO 71 AUTOAVALIAÇÃO DA EQUIPE DA ACEX AUTOAVALIAÇÃO DA EQUIPE Atingiu as expectativas Precisa melhorar Não atingiu as expectativas 1 Todos os membros da equipe participaram ativamente das reuniões contribuindo para a definição e construção da ACEx desenvolvida X 2 A equipe estimulou a participação dos colegas no planejamento desenvolvimento e relatório da ACEx X 3 A equipe desenvolveu habilidades de comunicação ao trabalhar com os colegas e em meio a comunidadepúblico alvo onde a ACEx foi realizada X 4 A equipe utilizou o tempo de forma produtiva na construção do projeto planejamento e relatório da ACEx X 5 A ACEx desenvolvida foi definida a partir da demanda identificada por meio de diagnóstico situacional nos locaiscomunidadepúblico alvo X 6 A ACEx articulou os objetivos de aprendizagem doos módulo osdisciplina as à necessidade identificada na comunidadepúblico alvo X 22 7 A equipe observou que a ACEx desenvolvida contribuiu para formação acadêmica X 8 Todos da equipe contribuíram com a revisão da literatura pesquisa para a construção do projeto e relatório da ACEx X 9 Todos os membros da equipe desenvolveram a ACEx junto à comunidadepúblico alvo X 10 Todos os membros da equipe participaram da construção dos resultados diante da ACEx realizada X 11 O docente da disciplinamódulo contribuiu com todo o processo desde a construção até a aplicação da ACEx X 12 Como foi o contato da equipe na aplicação da ACEx com a comunidadepúblico alvo X Observações 72 AUTOAVALIAÇÃO DOCENTE DA ACEX AUTOAVALIAÇÃO DOCENTE DA ACEx Atingiu as expectativas Precisa melhorar Não atingiu as expectativas 1 Todos os membros da equipe de estudantes participaram ativamente das reuniões contribuindo para a definição e construção da ACEx desenvolvida X 2 O docente estimulou a participação dos estudantes no planejamento desenvolvimento e relatório da ACEx X 3 O docente utilizou o módulodisciplina de forma produtiva para construção do projeto planejamento e relatório da ACEx X 4 A ACEx desenvolvida foi definida a partir da demanda identificada por meio de diagnóstico situacional nos locaiscomunidadepúblico alvo X 5 A ACEx articulou os objetivos de aprendizagem doos módulo osdisciplina as à necessidade identificada na comunidadepúblico alvo X 6 A ACEx desenvolvida contribuiu para a reflexão docente a respeito das contribuições acadêmicas na comunidadepúblico alvo X 7 A equipe desenvolveu o ensino com pesquisa para a ACEx X 23 8 A ACEx resultou em projeto de pesquisa aprovado pelo CEP e desenvolvido NA 9 O docente percebeu a mobilidade interinstitucional de estudantes e docentes X 10 O docente corrigiu as etapas do relatório da ACEx durante o semestre X 11 O docente realizou avaliação continuada e feedback em todo o processo de construção da ACEx X 12 O docente acompanhou a realização da ACEx em meio à comunidadepúblico alvo X 13 Como foi o contato do docente na aplicação da ACEx com a comunidadepúblico alvo X Observações Parabéns ao grupo a ação foi fantástica repercutiu muito positivamente entre as acolhidas e enquanto professora me sinto realizada acompanhando o trabalho de vocês 24 REFERÊNCIAS ALVES Tahiana Meneses ROSA Lúcia Cristina S Usos de substâncias psicoativas por mulheres a importância de uma perspectiva de gênero Revista Estudos Feministas v 24 n 2 p 443462 ago 2016 BASTOS F I Bertoni N 2014 Pesquisa nacional sobre o uso de crack Quem são os usuários de crack eou similares do Brasil Quantos são nas capitais brasileiras Rio de Janeiro RJ Fundação Oswaldo Cruz httpswwwarcafiocruzbrbitstreamicict100192UsoDeCrackpdf BOTTI NCL MACHADO JS DE A TAMEIRÃO FV Perfil sociodemográfico e padrão de uso de crack entre usuários em tratamento no Centro de Atenção Psicossocial Estudos e Pesquisas em Psicologia v 1 2014 Disponível em httpswwwredalycorghtml4518451844507016 BRASIL Lei no 10216 de 06 de abril de 2001 Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental Disponível em httpwwwplanaltogovbrccivil03leisleis2001l10216htm BUCHELE Fátima et al A promoção da saúde enquanto estratégia de prevenção ao uso das drogas Ciência Saúde Coletiva vol 14 núm 1 janeirofevereiro 2009 pp 267273 Educação em Revista Belo Horizontev30n03p1541julhosetembro 2014 Disponível em fileCUsersRetellDownloadsg9PftWn8KMYfNPBs7TLfC8Dpdf Acesso em 25 de abril de 2024 FERNANDES Rosa Aurea Quintella NARCHI Nádia Zanon Enfermagem e Saúde da Mulher 2ª Edição Barueri Manole 2013 SILVA Patrícia Castro de Oliveira SOUZA Cecília de Mello PERES Simone Ouvinha Uso de drogas sob a perspectiva de gênero uma análise das histórias de vida de jovens das camadas médias no Rio de Janeiro Saúde e Sociedade v 3 2021 Disponível em httpsdoiorg101590S010412902021200665 FELICÍSSIMO Flaviane Bevilaqua et al Estigma internalizado e autoestima uma revisão sistemática da literatura Psicologia Teoria e pratica vol15 no1 São Paulo abr 2013 disponível em httppepsicbvsaludorgscielophpscriptsciarttextpidS1516 36872013000100010textA20autoestima FERREIRA Sionaldo Eduardo TUFIK Sérgio MELLO Marco Túlio Neuroadaptação Uma proposta alternativa de atividade física para usuários de drogas em recuperação Revista Brasileira de Ciência e Movimento v 1 pág 2001 25 FLECK Marcelo Pio de Almeida et al Desenvolvimento da versão em português do instrumento de avaliação de qualidade de vida da OMS Revista Brasileira de Psiquiatria 1999 211 1928 Disponível emhttpswwwscielobrjrbpaMqwHNFWLFR467nSsPM7vdbvlangpt DA FONSECA Rosa Maria Godoy Serpa da Gênero e saúdedoença uma releitura do processo saúdedoença das mulheres Enfermagem e saúde da mulher Barueri Manole 2013 GODOY Eleniton Vieira SANTOS Vinicius de Macedo Um olhar sobre a cultura Educação em Revista v 30 n 3 p 1541 jul 2014 Disponível em httpswwwscielobrjedurag9PftWn8KMYfNPBs7TLfC8Dabstractlangpt GOMES Erika Ravena Batistaet al Contações femininas gênero e percepções de mulheres dependentes químicas Saúde e Sociedade v 30 n 4 2021 Disponível em httpswwwscielobrjsausocaCFb79DHtbgB4JYxddVDshwg MÔNICA Hospital Santa Mulheres dependentes químicas quais as causas do aumento do consumo abusivo de álcool e drogas Disponível em httpshospitalsantamonicacombrmulheresdependentesquimicasquaisas causasdoaumentodoconsumoabusivodealcooledrogasamp Acesso em 10 abril 2024 KOLLING Nádia de Moura et al Avaliação neuropsicológica em alcoolistas e dependentes de cocaína Revista Avaliação Psicológica v6 n 2 pág 127137 2007 Disponível em httppepsicbvsaludorgscielophpscriptsciarttextpidS1677 04712007000200003lngptnrmiso acessos em 29 maio 2024 LABATE Beatriz Caiuby et al Drogas e cultura novas perspectivas Salvador Editora da Universidade Federal da Bahia 2008 Disponível em fileCUserssonyDownloadsDrogas20e20Culturapdf LEAL Mônica Brito do Rêgo Ser Mulher e Dependente Química adesão ou adaptação ao tratamento 2009 59 pag Monografia Curso de Serviço Social Universidade de Brasília BrasíliaDF 2009 MEDEIROS Katruccy Tenório DE BARROS M Márcio MontAlvern MACIEL Silvana Carneiro Representações sociais sobre mulher e mulher usuária de drogas Arquivos Brasileiros de Psicologia v 72 n 3 Rio de Janeiro dez 2020 NICOLLI Talissa et al Teoria do autocuidado em gestantes durante a desintoxicação química do crack contribuições da enfermagem Escola Anna Nery Revista de Enfermagem v 3 2015 Disponível em httpswwwscielobrjeanajgwHGhcWKRx4WfkGkz54Frw 26 PINTO Paula Lúcia de Moura Travessia de uma mulher pesquisadora do ideal para o real um percurso de escuta sobre o direito à cidade lazer e cultura de mulheres usuárias de álcool e outras drogas repositorioufmgbr 4 jul 2023 Disponível em Disponível em httphdlhandlenet184361886 PIRES Flávia Teixeira Silva et al A importância do autocuidado para mulher na terceira idade Anais do VIII Congresso Internacional de Envelhecimento Humano Campina Grande Realize Editora 2021 Disponível em httpseditorarealizecombrartigovisualizar77311 SARMIENTO Oliver Esmeralda Salcedo et al Dependência química e gênero um olhar sobre as mulheres Caderno Espaço Feminino Uberla ndia MG v31 SILVA Thaiga Danielle Momberg GARCIA Marcos Roberto Vieira Mulheres e loucura a desinstitucionalização e as reinvenções do feminino na saúde mental Revista Psicologia em Pesquisa Juiz de Fora v 1 abr 2019 Disponível em httppepsicbvsaludorgscielophpscriptsciarttextpidS1982 12472019000100005lngptnrmiso SILVEIRA C DA et al Qualidade de vida autoestima e autoimagem de dependentes químicos Ciência saúde coletiva v 7 pág 20012006 2013 SOCCOL Keity Laís Siepmann Motivos atribuídos por mulheres ao abuso de substâncias psicoativas repositório digital da UFSM 2014 Disponível em httpsrepositorioufsmbrbitstreamhandle17409SOCCOL2C20KEITY20LAI S20SIEPMANNpdfsequence1isAllowedy 27 APÊNDICE I Ficha da ACEx para preenchimento dos estudantesequipe Essa ficha deve ser inserida ao final do relatório RELATÓRIO DO ESTUDANTE EOU EQUIPE DE ESTUDANTES QUE REALIZOU A ACEx CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA DISCIPLINASMÓDULOSSUCs IEC SAÚDE MENTAL E ATENÇÃO PSICOSSOCIAL PERÍODO 3 ANO 2024 SEMESTRE Primeiro PROFESSORES Luciana Elisabete Savaris CARGA HORÁRIA DAS DISCIPLINAMÓDULOUC S 80 HORAS CARGA HORÁRIA CURRICULARIZAÇÃO EXTENSÃO POR DISCIPLINAMÓDULOUC 80 HORAS TÍTULO DA ATIVIDADE Mulheres sem face perante a sociedade Cuidado com a mulher institucionalizada por uso de álcool e outras drogas IDENTIFICAÇÃO DO GRUPO Grupo 4 NÚMERO DE DISCENTES ENVOLVIDOS 8 NOME COMPLETO DOS DISCENTES DO GRUPO Ana Julia Marques Andréia da Silva Eduarda Machado Flavia Abreu Lina Oliveira Nathalia Rota Patrícia de França e Thais Cristina Dekker DOCENTES ENVOLVIDOS Luciana Elisabete Savaris MODALIDADE DA ATIVIDADE Curso Oficina Prestação de Serviço x palestra grupo temático sala de espera etc Eventos 28 ÁREAS DE COMPROMISSO SOCIAL IDENTIFICADAS NA ACEx Comunicação Cultura x Direitos Humanos e Justiça x Educação Meio Ambiente Saúde Tecnologia e Produção Trabalho Ações de Sustentabilidade Social e Planetária x POLÍTICAS IDENTIFICADA S NA ACEx Educação Ambiental Educação ÉtnicoRacial Direitos Humanos x Educação Indígena Saúde da Mulher x Saúde do Homem Saúde da Criança Saúde do Idoso Saúde das Populações Vulneráveis x Inclusão Outra Qual LOCALCOMUNIDADE ONDE FOI REALIZADA A ACEx Casa das Mulheres Maria Augusta PÚBLICO COMUNIDADE ONDE FOI REALIZADA A ACEx Mulheres institucionalizadas por uso de substâncias químicas MEIOS UTILIZADOS PARA AÇÃO DE EXTENSÃO CONFORME A MODALIDADE Ex Live folders cartilha vídeo roda de conversa seminário palestra mostra oficina entre outros conforme modalidade Entrega de kits café da manhã e show de standup NÚMERO DE PESSOAS DA COMUNIDADE EXTERNA IMPACTADAS PELA AÇÃO 33 O projeto Mulheres sem face perante a sociedade Cuidado com a mulher institucionalizada por uso de álcool e outras drogas é uma iniciativa realizada por estudantes de Psicologia da Faculdade Pequeno Príncipe que busca abordar a vulnerabilidade e o estigma enfrentados por mulheres acolhidas na Casa Maria Augusta uma comunidade terapêutica em Curitiba A ação teve como objetivo proporcionar atividades voltadas ao autocuidado e à valorização pessoal promovendo a reintegração dessas mulheres à sociedade As mulheres atendidas pela Casa Maria Augusta são em sua maioria dependentes de álcool e drogas e encontramse em situação de alta vulnerabilidade social O estigma associado ao uso de substâncias é agravado pelo preconceito de gênero dificultando o acesso dessas mulheres ao tratamento e a serviços de apoio Nesse contexto o projeto centrouse na promoção de tempo de qualidade com atividades que visam melhorar a autoestima e fomentar o cuidado com o corpo e a mente aspectos frequentemente negligenciados durante o processo de dependência O projeto utilizou a metodologia ativa do Arco de Maguerez composta por cinco etapas observação da realidade definição dos pontoschave teorização hipóteses de solução e aplicação à realidade Dentre as atividades realizadas destacaramse a organização de um café da manhã acolhedor a entrega de kits de autocuidado e uma apresentação de standup comedy que teve como objetivo proporcionar momentos de descontração e lazer Essas intervenções visaram não apenas promover o bemestar físico mas também fortalecer a saúde mental das acolhidas Os resultados foram bastante positivos tanto para as mulheres quanto para os alunos envolvidos As acolhidas relataram que se sentiram valorizadas e cuidadas ressaltando a importância do autocuidado em sua recuperação Para os estudantes o projeto ofereceu uma experiência prática enriquecedora proporcionando o desenvolvimento de competências como empatia escuta ativa e trabalho em equipe fundamentais para a formação na área de psicologia Portanto o projeto demonstrou o impacto positivo que iniciativas de acolhimento humanizado e foco na autoestima podem ter na recuperação de mulheres dependentes químicas As atividades não apenas proporcionaram momentos de alegria e acolhimento mas também reforçaram a importância de estratégias que promovam a saúde mental e a reinserção social de mulheres em situação de vulnerabilidade
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FACULDADES PEQUENO PRÍNCIPE CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA MULHERES SEM FACE PERANTE A SOCIEDADE CUIDADO COM A MULHER INSTITUCIONALIZADA POR USO DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS CURITIBA 2024 ANA JULIA MARQUES COELHO ANDREIA FERREIRA DA SILVA LEMOS PEREIRA EDUARDA MACHADO LEMES DOS SANTOS FLAVIA ABREU LINA MARCHETTE DE OLIVEIRA NATHALIA ROTA SOLANO PATRÍCIA DE FRANÇA MATOS THAIS CRISTINA DEKKER HABINOVSKI MULHERES SEM FACE PERANTE A SOCIEDADE CUIDADO COM A MULHER INSTITUCIONALIZADA POR USO DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS Trabalho apresentado como requisito parcial de avalição da disciplina IEC Saúde Mental e Atenção Psicossocial curso de Psicologia das Faculdades Pequeno Príncipe FPP Orientadora Profª me Luciana Elisabete Savaris CURITIBA 2024 RESUMO Caracterização do problema O projeto de Ação de Curricularização da Extensão concentrouse nas mulheres acolhidas pela Casa Maria Augusta uma comunidade terapêutica que oferece suporte a mulheres em situação de vulnerabilidade devido ao uso de substâncias psicoativas Descrição da experiência Diante dessa realidade o presente trabalho tem como objetivo proporcionar tempo de qualidade para as mulheres acolhidas pela Casa Maria Augusta através da metodologia ativa do arco de Maguerez realizada em cinco etapas a observação da realidade definição dos pontos chave teorização hipóteses de solução e a aplicação à realidade Resultados Com esta ação as mulheres puderam sentirse acolhidas através da experiência de um café da manhã preparado especialmente para elas um momento cultural através do standup e música e compreenderam a importância do autocuidado para a autoestima por meio da entrega de kits Palavraschave Comunidade terapêutica substâncias psicoativas acolhimento SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 4 11 Objetivo Geral 5 12 Objetivos específicos 5 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 5 21 Dependência química entre as mulheres 5 22 Mulheres institucionalizadas por abuso de álcool e drogas 7 23 Autoestima e qualidade de vida do dependente químico 8 24 Cultura e sua importância 9 3 PLANEJAMENTO 10 31 Comunidade Terapêutica Mosteiro Carmelo 10 312 Casa das Mulheres Maria Augusta 11 32 Cronograma 12 33 Metodologia utilizada 13 4 DESENVOLVIMENTO 14 41 Descrição detalhada do desenvolvimento da Ação 14 411 Proposta da Ação 15 412 Desenvolvimento da Ação 16 413 Registro da Ação 17 5 RESULTADOS 19 51 Descrição do público 19 52 Resultados alcançados 19 6 CONCLUSÃO 20 7 AUTOAVALIAÇÃO 21 71 Autoavaliação da equipe 21 72 Autoavaliação do docente 22 REFERÊNCIAS 23 APÊNDICE I 26 4 1 INTRODUÇÃO O presente trabalho é um projeto de Curricularização da Extensão realizado na Faculdade Pequeno Príncipe pela disciplina de IEC exercido por alunos do terceiro período de psicologia onde o objetivo é promover tempo de qualidade a mulheres acolhidas pela casa Maria Augusta As temáticas e as ações trabalhadas neste estudo se relacionam com dois conceitos fortemente atrelados à saúde coletiva sendo eles a prevenção e a promoção em saúde O primeiro é caracterizado como conjunto de estratégias e medidas que através de uma visão mais epidemiológica e biológica procuram evitar o surgimento ou o agravo de problemáticas relacionadas ao bemestar de indivíduos Czeresnia 2009 Já a promoção de saúde está atrelada à utilização e propagação de conceitos objetiva assim de uma maneira mais humanista e focada nos determinantes sociais um maior entendimento por parte das pessoas em relação à hábitos saudáveis e direitos atrelados à saúde Borges Oliveira Schneider 2018 De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz Fiocruz pesquisas teóricas sobre o uso de substâncias químicas ilícitas no Brasil em 2020 relataram que 49 milhões de brasileiros utilizaram algum tipo de substância ilícita no ano anterior Dentre esses 5 são homens e 15 correspondem a mulheres dependentes químicas O consumo de álcool maconha crack e cocaína possuem grande parte do público feminino Essa realidade expõe as mulheres a diversos tipos de abusos que acabam mantendo essa dependência em drogas e álcool Os mais comuns são os conflitos afetivos como relacionamentos abusivos a marginalização social o preconceito da sociedade em relação a elas e a violência física Hospital Santa Mônica 2022 Sendo assim mulheres dependentes químicas em tratamento terapêutico vivenciam uma falta de tempo de qualidade aliado ao autocuidado O autocuidado favorece melhoras na qualidade de vida proporcionando tempo proveitoso voltado para si mesmas como por exemplo a prática de atividades que visem seu próprio benefício com o objetivo de preservar a vida a saúde e o bemestar emocional Nery 2015 11 OBJETIVO GERAL Promover tempo de qualidade a mulheres acolhidas pela Casa Maria Augusta 5 12 OBJETIVOS ESPECÍFICOS a Organizar café da manhã com o intuito de acolhimento b Resgatar a valorização do autocuidado com entrega de kits c Proporcionar acesso à cultura por meio de apresentações de humor e música 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 21 DEPENDÊNCIA QUÍMICA ENTRE AS MULHERES A droga pode ser definida como uma substância química que altera as funções biológicas do organismo resultando em mudanças fisiológicas e psíquicas e consequentemente acarreta um comportamento alterado Segundo Bokany 2015 às substâncias químicas podem ser divididas em lícitas como tabaco e álcool e ilícitas que seriam as de venda proibida como crack maconha Segundo dados atuais do Relatório Mundial sobre as Drogas Escritório da Organização das Nações Unidas sobre Drogas e Crime Unodc 2016 estimase que há 29 milhões de usuários dependentes de drogas em todo o mundo No contexto americano na última década mais mulheres que homens começaram a usar heroína conforme se verifica que no período de 20022004 a estatística era de 008 no período de 20112013 esse número subiu para 016 Em países europeus como Portugal por exemplo as mulheres vêm apresentando maiores taxas de continuidade do consumo de maconha ecstasy e de cogumelos alucinógenos quando comparadas aos homens Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências Sicad 2015 As drogas matam aproximadamente 2000000 indivíduos por ano No Brasil há cerca de 600 mil dependentes químicos uma porcentagem de 05 da população entre 12 e 65 anos Sobre o consumo de cocaínacrack revelou que no país há cerca de 370 mil usuários de crack e similares dos quais 213 são mulheres sendo maior a proporção de mulheres consumidoras nas capitais brasileiras 235 quando comparada aos demais municípios 165 Sobre os usuários que frequentam as cracolândias as mulheres somam 20 e encontramse em uma situação de maior vulnerabilidade Bastos Bertoni 2014 O uso dessas substâncias traz à pessoa dependente um sofrimento muito grande em relação ao preconceito da sociedade onde segundo a Organização 6 Mundial da Saúde OMS o uso de substâncias químicas ocupa um dos primeiros lugares em relação à desaprovação social E quando se fala em mulheres dependentes esse fato se agrava ainda mais sendo ainda mais julgadas e rejeitadas no momento em que ela deixa de exercer papeis que são postos e esperado delas socialmente como o de uma boa mãe de cuidadora muitas vezes de provedora do lar o que traz um grande impacto na saúde e recuperação desta mulher pois muitas vezes não se sentem merecedoras de cuidado e também não o recebem por conta do preconceito Fonseca 2013 Marangoni e Oliveira 2013 afirmam que no decorrer da história o consumo de drogas sempre foi majoritariamente masculino e pouco associado à figura da mulher No entanto atualmente observase um cenário de igualdade de gênero em que há grande aumento de mulheres envolvidas com essas substâncias e que pode ser explicado pelas mudanças nas relações sociais e especialmente pelas modificações nos papeis sociais femininos Segundo Souza et al 2014 às mulheres na maioria das vezes entram no caminho da dependência como companheiras motivadas por relações afetivas masculinas do seu entorno social Diferente dos homens as mulheres iniciam o uso e abuso das substâncias após momentos traumáticos e episódios significativos como violência doméstica ou problemas psicológicos muito relacionado a depressão sentimentos de isolamento social baixa autoestima pressões profissionais desestruturação familiar e problemas de saúde O estupro e violência doméstica são muito mais comuns nas dependentes químicas em comparação às mulheres em geral Samhsa 2013 Bolton et al 2006 apud Sarmiento et al 2018 No fator sociocultural a influência do consumo de drogas em mulheres está relacionada à pressão social e da mídia para buscar e manter o corpo perfeito e controlar o peso Para isso muitas delas recorrem às drogas como anfetaminas nicotina e outras substâncias estimulantes para atingir seus objetivos Pechansky et al 2011 As mulheres entre os usuários de cocaína e de crack representam cerca de 40 e este número está aumentando Existe uma predominância na dependência em mulheres acima dos 30 anos de idade divorciadas ou solteiras e de baixa escolaridade principalmente no caso do álcool Botti et al 2014 As mulheres principalmente no caso do uso de crack se inclinem a utilizar o corpo como moeda de troca e os homens são envolvidos com o tráfico mas observase mesmo que 7 discretamente um aumento no envolvimento das mulheres no mercado das drogas seja como mulas ou mesmo como autoridades em pontos de venda Boiteux 2014 Oliveira Nascimento Paiva 2007 O alcoolismo em mulheres é predominantemente observado na faixa etária de 20 a 60 anos sendo que muitas delas justificam o uso para esquecer ou aliviar as dificuldades financeiras conflitos na relação conjugal tentativa de diminuir a dor da violência física doméstica e relaxar após a exaustiva jornada de trabalho Mulheres que fazem o uso de álcool mostramse mais propensas a tentativas de suicídio e transtornos psiquiátricos como depressão transtorno de ansiedade e de personalidade Perrot 2007 Segundo a Organização das Nações Unidas no Brasil ONU 2017 mulheres e meninas somam um terço dos usuários de drogas e um em cada cinco beneficiados por tratamento são mulheres Isso mostra o quão mais difícil é para as mulheres receberem apoio nos processos de recuperação encontrandose imersas em processos de estigmatização e discriminação Segundo Cruz et al 2014 Leal 2009 e Medeiros et al 2015 a imagem da mulher usuária de substâncias químicas está associada à imoralidade devido as drogas estarem sempre ligadas com a prostituição ao abandono das funções maternas e familiares A sociedade tem uma visão diferenciada da mulher usuária em comparação com o homem demonstrando menor tolerância e sendo mais propensa a penalizála e julgála Cardoso e Manita 2004 Essa penalização dificulta a reintegração da mulher na sociedade e contribui para a baixa busca por tratamento Medeiros et al 2020 22 MULHERES INSTITUCIONALIZADAS POR ABUSO DE ÁLCOOL E DROGAS O cuidado em saúde para as pessoas em dependência de álcool e drogas é realizado pelo Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Droga CAPS AD Que surgiu a partir da reforma psiquiátrica onde os aspectos psíquicos e sociais se juntaram a psiquiatria onde estes atuam sob uma nova ética e com fundamentação teórica das práticas de atenção que significa dar e prestar atenção escutar atentamente acolher e tomar em consideração onde a proposta do CAPS ad é o de um cuidado direcionado para a autonomia onde a singularidade de cada um é respeitada e levada em conta em cada cuidado CostaRosa 2013 8 Para Garcia 1994 desde o início do século XIX as mulheres passaram a ser submetidas ao controle psiquiátrico levando ao confinamento em manicômios A partir da metade do século XIX cresceu o número de mulheres internadas em manicômios em comparação aos homens fator este que está associado ao modo como a doença mental feminina está relacionada à condição das mulheres na sociedade da época e a partir da expectativa de que as mulheres estariam sempre propensas a sofrerem surtos psicóticos As consequências do uso de substâncias químicas não são apenas na saúde física e emocional das usuárias mas também afetam a saúde das pessoas com quem convivem tanto no meio familiar profissional e afetivo quanto em situações que exigem interações com pessoas desconhecidas Ou seja as consequências abrangem quase todas as esferas da vida Muitas dessas mulheres acabam recorrendo às drogas devido à frustração no cotidiano desempenhando papeis como mães esposas e à promiscuidade sexual Engel 2006 afirma que a loucura atribuída às mulheres se refere a uma suposta essência feminina e à sua sexualidade enquanto a loucura masculina está associada à capacidade dos homens de desempenharem seus papéis na sociedade A institucionalização de mulheres não implica apenas a elas mesmas mas também seus filhos e famílias que dependem delas leva muitas a sentiremse como um fracasso em relação à maternidade ou ao seu papel de esposa gerando uma imagem de autodepreciação As mulheres enfrentam mais dificuldades para realizar tratamento como demonstrado em uma pesquisa realizada em 2009 em um CAPS ad que evidenciou obstáculos como a falta de quem cuide dos filhos a relutância em admitir que possuem problemas o preconceito interno recaídas falta de apoio familiar preconceito da sociedade e a ausência de um cuidado mais voltado para as necessidades especificas da mulher Leal 2009 Perrot 2007 argumenta que a invisibilidade e o silenciamento fazem parte da história das mulheres pois muitas delas atuam no espaço doméstico em família confinadas em casa sem possuir plenamente a liberdade Essa invisibilidade é vista como um meio de garantir a tranquilidade da cidade sendo que a aparição das mulheres em espaços públicos pode ser até mesmo motivo de medo para alguns 9 23 AUTOESTIMA E QUALIDADE DE VIDA DO DEPENDENTE QUÍMICO O uso de substâncias químicas afeta tanto a qualidade de vida quanto a saúde individual e coletiva Causam alterações nos sistemas neurotransmissores e déficits cerebrais como no aprendizado verbal memória de curto prazo atenção funções executivas controle e seleção de resposta resolução de problemas e tomada de decisões Geram disfunções nos sistemas cardíaco e respiratório problemas renais ansiedade depressão problemas de sono dificuldades financeiras e de relacionamento Kolling et al 2007 A qualidade de vida é entendida como a forma de percepção individual do bem estar em relação a vários aspectos da vida como relacionamentos valores e expectativas Fleck et al 1999 A dependência química por sua vez leva a uma baixa qualidade de vida pois provoca desequilíbrios no bemestar psicológico e na saúde física Buchele et al 2009 A autoestima é fundamental neste contexto pois está relacionada com a percepção que o indivíduo possui em relação a si mesmo influenciando a forma que ele irá reagir a vida Branden 1994 apud Silveira et al 2013 A formação da autoestima está relacionada com um lado cognitivo que seria o pensamento sobre algo e o outro afetivo que é a forma como irá reagir positivo ou negativo em relação a esse objeto Rosenberg Schooler Shoenbach e Rosenberg 1995 apud Silveira et al 2013 Silveira et al 2013 destacam que o autocuidado e a autoestima estão interligados e são de extrema importância para equilibrar a vida como o cuidado com o corpo englobando praticar exercícios físicos regularmente dietas checkups médicos periódicos e cuidados com a higiene pessoal É possível notar que muitas mulheres já aderiram rotinas de cuidados com a pele e o cabelo sendo está uma forma de se sentirem bem consigo mesmas e de cuidarem do seu próprio corpo Pires et al 2021 Além dos benefícios para a saúde física o autocuidado desempenha papel crucial na promoção da saúde mental e emocional auxiliando no gerenciamento das emoções e promovendo o aumento da autoestima e da confiança Pires et al 2021 Para recuperar a qualidade de vida os dependentes devem buscar a prevenção e o tratamento dos transtornos associados ao uso de substâncias químicas essas ações permitem ao indivíduo desenvolver o hábito de observar seu 10 próprio comportamento identificar situações de risco e buscar novas estratégias Além disso facilitam o desenvolvimento da autoestima autoconfiança e autoajuda Ferreira 2001 24 A CULTURA E SUA IMPORTÂNCIA Hall 1997 enfatiza que toda ação social e cultural que todas as práticas sociais expressam ou comunicam um significado e neste sentido são práticas de significação p5 ou seja a cultura está envolvida em diversas áreas sociais mostra a importância desta para a compreensão e a inserção na sociedade sendo a vida social do homem ela permeia todas as ações da sociedade Segundo o antropólogo britânico Edward Burnett Tylor Cultura ou Civilização tomada em seu sentido etnológico amplo é aquele todo complexo que inclui conhecimento crença arte moral lei costume e todas as demais capacidades e hábitos adquiridos pelo homem enquanto membro da sociedade A condição da cultura entre as diversas sociedades da espécie humana na medida em que é passível de ser investigada nos princípios gerais é um tema apropriado para o estudo do pensamento e da ação humanos Tylor apud Thompson ibid p171 O acesso à cultura é um direito de todos de acordo com a Declaração da Assembleia Geral das Nações Unidas elaborada em 1948 O artigo 27 do documento cita que toda pessoa tem o direito de participar livremente da vida cultural da comunidade e de aproveitar as artes Porém o acesso à cultura é limitado e muito mais presente na vida de pessoas que possuem uma condição financeira alta não sendo facilitado esse acesso a todos da população Segundo uma pesquisa realizada pelas empresas 3P3 e MC15 e aplicada pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística IBOPE em 2013 42 dos brasileiros não praticam ou consomem atividades culturais com frequência Quando paramos para pensar na população usuária e dependente química esse acesso é ainda mais complicado e restrito Levando em conta todo sofrimento de preconceito e afastamento desses do meio social e o pensamento de não pertencimento desses entre a sociedade os fazem sentir que não devem estar ali os afastando ainda mais dos meios culturais que deveriam ser de todos e que é de extrema importância na vida social e individual de cada um Godoy 2014 3 PLANEJAMENTO 31 COMUNIDADE TERAPÊUTICA MOSTEIRO CARMELO DESCRIÇÃO DA COMUNIDADE QUE RECEBERÁ A AÇÃO O mosteiro monte Carmelo é uma comunidade terapêutica filantrópica que oferece um ambiente acolhedor e de suporte para indivíduos que buscam se recuperar 11 e reconstruir suas vidas O local conta com uma equipe multidisciplinar composta por uma professora um clínico um dentista e um psiquiatra todos dedicados a fornecer o melhor cuidado possível aos acolhidos No aspecto financeiro a casa conta com o apoio de dois convênios que auxiliam financeiramente Fundação de Ação Social FAS que disponibiliza 50 vagas por mês e o Governo Federal com 45 vagas ambos contribuindo com uma verba diária de 3700 reais por acolhido Os acolhidos também contam com cuidados em relação à saúde seguindo o calendário da Unidade Básica de Saúde UBS para vacinas exames e outros procedimentos Além disso os medicamentos prescritos são retirados na UBS e entregues gradativamente aos acolhidos de acordo com o horário assegurando o correto seguimento de seus tratamentos A manutenção do local é uma responsabilidade compartilhada e os próprios acolhidos participam ativamente da limpeza e organização além de colaborarem no preparo do café da manhã e outras tarefas diárias O local conta com parcerias importantes para a capacitação dos acolhidos Em colaboração com a Secretaria Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional juntamente com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial SENAC são oferecidos cursos no ramo alimentício proporcionando oportunidades de aprendizado e desenvolvimento profissional Além disso o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial SENAI disponibiliza cursos de informática e matemática básica contribuindo para a formação educacional e técnica No que diz respeito a cursos externos os acolhidos se organizam por meio do auxílio do Bolsa Família Esse suporte financeiro permite que os acolhidos aprendam a lidar com o uso do vale transporte facilitando seu acesso aos locais de realização dos cursos Essas iniciativas visam desenvolver habilidades essenciais para a reinserção social e a promoção da autonomia dos acolhidos As visitas são permitidas a cada 15 dias proporcionando aos acolhidos a oportunidade de manter contato com suas famílias Após 75 dias na residência os acolhidos têm permissão para passar o dia com a família em casa com horário de retorno estabelecido para garantir a continuidade do processo terapêutico Além das parcerias para capacitação e cuidados com a saúde o local também promove reuniões semanais dos Alcoólicos Anônimos AA e Narcóticos Anônimos NA para oferecer suporte aos residentes em seu processo de recuperação Essas reuniões representam um espaço seguro para compartilhar experiências e receber apoio mútuo na jornada rumo à sobriedade e ao bemestar emocional 312 CASA DAS MULHERES MARIA AUGUSTA A Casa das Mulheres possui espaço para acolher até 30 mulheres com 27 acolhidas atualmente Este espaço oferece uma variedade de instalações inclui uma sala de cursos integrada com a biblioteca uma sala de estar um amplo auditório um refeitório e uma cozinha funcional Os quartos são organizados em alas distintas para melhor atender às necessidades das acolhidas 12 A Ala Chico Mendes é reservada para as mulheres recémchegadas enquanto a Ala Margarida Alves é destinada àquelas que já estão há 30 dias ou mais no local Além disso a Ala José Dias é uma área separada especialmente designada para gestantes e crianças garantindo um ambiente adequado para essas mulheres e seus filhos Assim como na Casa dos Homens as mulheres compartilham responsabilidades pela manutenção da casa com tarefas rotativas a cada 15 dias Promovendo assim um senso de comunidade e cooperação entre todas as acolhidas As visitas são permitidas a cada 15 dias proporcionando às mulheres a oportunidade de manter conexões com suas famílias Além disso durante esses dias elas realizam um Dia da Beleza no qual se produzem e têm momentos de autocuidado 32 ETAPAS PERCORRIDAS CRONOGRAMA NÚMERO DE HORAS DATA CONTEÚDO METODOLOGIA E RECURSOS DE APRENDIZAGEM 1403 1 Visita a comunidade terapêutica Aplicação do Roteiro confeccionado em sala de aula Reunião com gestores e conversa com os acolhidos 1503 a 2003 Decisão em grupo sobre a intervenção Diálogo entre os membros do grupo para decidir sobre a intervenção após identificação das necessidades locais realizado através de discussão no grupo do WhatsApp 2103 Troca de experiências da Visita Acex e início do processo de elaboração do projeto de intervenção psicossocial Discussão com a turma sobre a visita realizada e o início da elaboração do projeto ocorrida durante a aula presencial 2203 a 2403 Título objetivos e proposta de ação do relatório do Acex Conversa em grupo via WhatsApp para definir o título os objetivos e as ações do trabalho 2403 Postagem da primeira parte do relatório Título objetivos e proposta de ação Postagem via AVA 2803 Proposta de Ação Debate em sala de aula sobre a ação a ser implementada 2803 a 0304 Introdução cronograma e caracterização do relatório Elaboração em grupo da primeira parte do relatório realizado através do WhatsApp 0304 Entrega da primeira parte do relatório introdução cronograma e caracterização do 13 relatório Postagem via AVA 1004 a 2604 Início da elaboração da fundamentação teórica do relatório Realização em grupo por meio da pesquisa de artigos acadêmicos seguida de discussão e compartilhamento de resultados via WhatsApp 2504 2 Visita a Comunidade Terapêutica Apresentação do plano de ação para as acolhidas Diálogo em grupo com as moradoras para compartilhar ideias e ouvir suas perspectivas 2604 Entrega de parte do relatório Postagem via Ava 2704 a 1005 Busca por doações Arrecadação de doações e compra dos objetos para a montagem dos kits 0205 Planejamento Conversa em grupo na sala de aula para discutir a divisão e organização do café da manhã 0305 a 1305 Organização final Montagem dos kits Compra dos alimentos e itens a serem utilizados Verificação de todos os detalhes via WhatsApp 1605 Dia da Ação Aplicação da Acex 1805 a 2005 Elaboração da parte final do relatório Elaboração em grupo da parte final do relatório realizado através do WhatsApp 33 METODOLOGIA UTILIZADA A metodologia ativa é uma forma de se trabalhar onde o estudante é o protagonista sendo o professor o coadjuvante Prado et al 2012 Dentre muitas possibilidades de metodologias ativas está o Arco de Maguerez utilizado neste trabalho desenvolvida por Charles Maguerez 1970 e tornada pública por Bordenave e Pereira 1982 Este método se caracteriza por etapas que levam a um caminho metodológico orientando a prática pedagógica do educador visando o desenvolvimento da autonomia do aluno buscando instigar o pensamento crítico e criativo O método do arco se dá em cinco etapas que se desenvolvem a partir da realidade ou um recorte da realidade as quais são 1 Observação da Realidade problematizando a realidade 2 Definição dos PontosChave 3 Teorização 4 Hipóteses de solução 5 Aplicação à realidade prática Silveira 2021 14 Berbel 2021 A primeira etapa observação da realidade tem por finalidade observar criticamente uma certa realidade para identificar os problemas e escolher qual será estudado com o objetivo de contribuir para a transformação dessa Silveira 2021 Após isso passa para a etapa dos PontosChave Nesta etapa há uma nova análise dos problemas buscandose identificar os possíveis fatores imediatos e condicionantes maiores associado ao problema escolhido para estudo e estabelecendo PontosChave ou questões básicas a serem investigadas Silveira 2021 Seguindo após vem a Teorização esta é a etapa da investigação propriamente dita busca de Informações sobre o problema seguindo os pontos chaves definidos analisando discutindo e chegando a conclusões da onde é possível chegar A etapa seguinte são as hipóteses de solução As hipóteses são construídas após o estudo entendimento do problema e pensando em todas as possibilidades seguido da aplicação à realidade a parte prática de ação concreta onde será realizado as ações levantadas como solução uma mudança nem que seja sutil ao problema antes levantado Silveira 2021 4 DESENVOLVIMETNTO 41 DESCRIÇÃO DETALHADA DO DESENVOLVIMENTO DA AÇÃO Durante a aula a professora nos preparou para nossa Ação explicando o funcionamento das comunidades terapêuticas e o papel dos profissionais dentro da Atenção Básica de Saúde detalhando a função de cada um Também discutimos o conceito de intervenção psicossocial aprendendo a enxergar o sujeito além do 15 transtorno que possui considerando suas vontades e vivências A conversa incluiu discussão sobre populações vulneráveis desmistificando preconceitos e estereótipos A professora nos apresentou o local onde realizaríamos a Ação o Mosteiro Monte Carmelo casa especifica dos homens Ela explicou como seria a primeira visita e nos preparou para possíveis situações que poderiam ocorrer Nossa primeira visita ocorreu no dia 14 de maço de 2024 começando às 0830 Conhecemos o local e depois fomos direcionados ao auditório para participar de uma roda de conversa com Júnior o coordenador da casa dos homens Ele nos explicou como era a rotina dos acolhidos como se organizavam os passos que estes homens tinham dado até chegarem à comunidade e seus direitos perante a lei Em um determinado momento tivemos a oportunidade de conhecer um acolhido e ouvilo sobre sua experiência na casa e como se sentia vivendo lá Ainda durante a roda de conversa o coordenador mencionou que havia também a casa das mulheres e que se quiséssemos poderíamos visitála Então após a conclusão da conversa os grupos se separaram para conhecer os acolhidos e o ambiente Nosso grupo optou por visitar a casa das mulheres para conhecêla melhor Ao chegarmos na casa fomos recebidas por uma das freiras que nos informou que a administração é realizada por duas freiras uma auxiliar e uma assistente social que acompanha as acolhidas Após uma breve conversa três acolhidas nos acompanharam e apresentaram a casa Depois de conhecermos toda a estrutura conversamos sobre a rotina delas o que gostam de fazer e o que sentem falta Escutamos suas demandas e explicamos que nosso objetivo é proporcionar a elas um momento de alegria A segunda visita ocorreu no dia 25 de abril de 2024 às 0830 Nesse dia nosso objetivo era apresentar nossos planos para o dia da Ação e alinhar as atividades com os desejos delas Inicialmente houve um momento de descontração onde cada acolhida dizia seu nome e o que gostaria de comer em dias frios A partir desse momento apresentamos nossa proposta de preparar um café da manhã com música para que elas tivessem uma manhã especial Também compartilhamos nossa ideia de trazer um comediante para fazer um show de standup oferecendo momentos de descontração e risadas Após apresentarmos nossa proposta pedimos feedback e 16 sugestões para possíveis ajustes mas todas se mostraram animadas com a proposta e disseram estar ansiosas para o dia da Ação 411 Proposta da ação A execução deste estudo se deu por meio de uma metodologia ativa representando um processo de ensinoaprendizagem A Ação de Curricularização ocorrerá em uma comunidade terapêutica filantrópica Mosteiro Monte Carmelo com foco na ala feminina casa Maria Augusta localizada na rua João Baptista Gabardo 433 Sítio cercado em Curitiba Paraná onde atualmente residem 36 mulheres A proposta desta ação é proporcionar acolhimento a essas mulheres por meio de um café da manhã preparado por nós acompanhado de uma apresentação musical pelo músico Gabriel Araújo Ainda neste momento será realizada uma roda de conversa para discutirmos sobre a valorização do autocuidado a importância deste para a vida da mulher e os meios para realizar este cuidado abrindo espaço para que elas se expressarem sobre com duração de uma hora Em seguida teremos uma apresentação de humor realizada pelo humorista Tales Lima com duração de 40 minutos proporcionando acesso à cultura e momentos de descontração Para finalizar a ação será ministrada uma breve palestra sobre cuidados bucais seguida da entrega de um kit para cada acolhida da casa Este Kit incluirá absorventes lenço umedecido creme dental escova de dentes sabonete lixa de unha tudo entro de uma bolsa eco bag 412 Desenvolvimento da ação A Ação foi realizada no dia 16 de maio de 2024 na Casa das Mulheres Maria Augusta onde até o momento residem 37 mulheres e um bebê Iniciamos a Ação com a preparação e organização do refeitório para receber as acolhidas para o café da manhã Montamos as mesas com os alimentos flores e uma lembrança contendo um espelho lixa de unha e presilhas para o cabelo Ao entrarem no refeitório as mulheres foram recebidas com música ao vivo com o músico Matheus Araújo tocando teclado A música permaneceu até o final do café proporcionando um momento descontraído e acolhedor Após o café nós as direcionamos para o auditório local onde seria realizado o standup com o humorista Tales Lima O show começou com uma música 17 acompanhada por palmas e algumas até se sentiram à vontade para dançar Em seguida depois o humorista iniciou sua apresentação e durante todo o tempo elas pareciam confortáveis rindo e se divertindo Logo após o show entregamos kits preparados especialmente para elas contendo escova de dente creme dental lenços umedecidos e absorventes Durante a entrega destacamos a importância do autocuidado e que aqueles objetos eram a forma que nosso grupo encontrou para demonstrar que elas mereciam cuidar de si mesmas Também preparamos um kit para o bebê que estava na casa contendo um mordedor lenços umedecidos sabonete líquido infantil e um babador Para finalizar realizamos a entrega de doações fornecidas pela empresa Premisse incluindo 35 litros de sabão líquido e 3 caixas com 12 unidades de álcool em gel A Ação teve duração de aproximadamente 2 horas e 30 minutos e representou um momento de grande importância na formação profissional da equipe A reação das mulheres acolhidas foi gratificante para cada graduanda pois percebemos que elas se sentiram acolhidas valorizadas e felizes neste dia 413 Registro da atividade No text to extract page contains only images of food people and items no text 19 5 RESULTADOS 51 DESCRIÇÃO DO PÚBLICO A ação foi realizada na Casa das Mulheres Maria Augusta uma comunidade terapêutica que acolhe mulheres dependentes químicas em busca de apoio durante o período de tratamento contra substâncias químicas A idade dessas mulheres varia entre 20 e 65 anos e algumas já viveram em situação de rua devido à dependência Neste local as mulheres buscam apoio para readquirir sua independência e autonomia superando a dependência química para viver de maneira saudável 52 RESULTADOS ALCANÇADOS 20 Por meio de uma pesquisa oral realizada ao final da ação foi possível avaliar os resultados obtidos e verificar a efetividade dos objetivos propostos Ao término do show de standup fizemos algumas perguntas sobre a satisfação delas com as atividades oferecidas e o que mais gostaram Todas se mostraram satisfeitas algumas relatando o quão importante aquele dia foi já que raramente elas possuem dias felizes e com esse momento foi possível proporcionar alegria e alívio para todas A auxiliar da casa e a assistente social também comentaram sobre como aquela manhã foi gratificante e como as acolhidas estavam felizes por terem a oportunidade de assistir a um show de humor e de se sentirem especiais durante o café da manhã Como estudantes e como seres humanos participar desse projeto nos motivou a sermos melhores profissionais e indivíduos Estar em contato com essas mulheres que em meio a dificuldades estão buscando melhorar por si mesmas e por suas famílias nos fez enxergar que pequenos atos para nós podem ser grandiosos para outras pessoas 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS A implementação curricular na Casa das Mulheres María Augusta destacou a importância do crescimento emocional e do autocuidado na reabilitação de mulheres dependentes químicas uma abordagem única que procurou promover a reintegração social Foi através desta estratégia que vários intervenientes conseguiram envolver se de forma significativa alimentou uma atmosfera calorosa e empática À medida que percorríamos as diferentes atividades ficou evidente como cada uma delas deixou um impacto positivo desde a recepção calorosa durante o café da manhã até as expressões artísticas e apresentações esclarecedoras Ficou claro que estes momentos foram capazes de inspirar alegria e paz conforme refletido nas respostas dos participantes que se sentiram respeitados e felizes No sucesso desta intervenção vimos faróis de felicidade proporcionando breves oásis de tranquilidade com base nas necessidades dos indivíduos A satisfação manifestada pelas mulheres juntamente com as suas avaliações relativamente à equipa sublinhou uma abordagem dupla apoio emocional entrelaçado com cuidados culturais que se revelaram fundamentais para facilitar a reintegração dessas mulheres 21 O projeto também desempenhou um papel no crescimento pessoal dos alunos envolvidos além de seus acadêmicos Aprenderam lições práticas sobre compaixão cooperação e atenção quando interagiram diretamente com mulheres que enfrentavam desafios pessoais Foi de fato uma experiência enriquecedora para os alunos ver em primeira mão o impacto de projetos comunitários bem organizados que têm a capacidade de transformar vidas Portanto podemos afirmar que tais ações são fundamentais na promoção da inclusão social e emocional de pessoas em situação de vulnerabilidade A combinação de iniciativas culturais educativas e de bemestar pode ser fundamental para aumentar a autoconfiança e a independência entre as pessoas assistidas facilitando assim o seu processo de reintegração Recomendamos a sustentabilidade e a expansão de programas semelhantes infundindo ainda mais oportunidades de solidariedade e coexistência com a esperança de otimizar os resultados para todos os participantes envolvidos 7 AUTOAVALIAÇÃO 71 AUTOAVALIAÇÃO DA EQUIPE DA ACEX AUTOAVALIAÇÃO DA EQUIPE Atingiu as expectativas Precisa melhorar Não atingiu as expectativas 1 Todos os membros da equipe participaram ativamente das reuniões contribuindo para a definição e construção da ACEx desenvolvida X 2 A equipe estimulou a participação dos colegas no planejamento desenvolvimento e relatório da ACEx X 3 A equipe desenvolveu habilidades de comunicação ao trabalhar com os colegas e em meio a comunidadepúblico alvo onde a ACEx foi realizada X 4 A equipe utilizou o tempo de forma produtiva na construção do projeto planejamento e relatório da ACEx X 5 A ACEx desenvolvida foi definida a partir da demanda identificada por meio de diagnóstico situacional nos locaiscomunidadepúblico alvo X 6 A ACEx articulou os objetivos de aprendizagem doos módulo osdisciplina as à necessidade identificada na comunidadepúblico alvo X 22 7 A equipe observou que a ACEx desenvolvida contribuiu para formação acadêmica X 8 Todos da equipe contribuíram com a revisão da literatura pesquisa para a construção do projeto e relatório da ACEx X 9 Todos os membros da equipe desenvolveram a ACEx junto à comunidadepúblico alvo X 10 Todos os membros da equipe participaram da construção dos resultados diante da ACEx realizada X 11 O docente da disciplinamódulo contribuiu com todo o processo desde a construção até a aplicação da ACEx X 12 Como foi o contato da equipe na aplicação da ACEx com a comunidadepúblico alvo X Observações 72 AUTOAVALIAÇÃO DOCENTE DA ACEX AUTOAVALIAÇÃO DOCENTE DA ACEx Atingiu as expectativas Precisa melhorar Não atingiu as expectativas 1 Todos os membros da equipe de estudantes participaram ativamente das reuniões contribuindo para a definição e construção da ACEx desenvolvida X 2 O docente estimulou a participação dos estudantes no planejamento desenvolvimento e relatório da ACEx X 3 O docente utilizou o módulodisciplina de forma produtiva para construção do projeto planejamento e relatório da ACEx X 4 A ACEx desenvolvida foi definida a partir da demanda identificada por meio de diagnóstico situacional nos locaiscomunidadepúblico alvo X 5 A ACEx articulou os objetivos de aprendizagem doos módulo osdisciplina as à necessidade identificada na comunidadepúblico alvo X 6 A ACEx desenvolvida contribuiu para a reflexão docente a respeito das contribuições acadêmicas na comunidadepúblico alvo X 7 A equipe desenvolveu o ensino com pesquisa para a ACEx X 23 8 A ACEx resultou em projeto de pesquisa aprovado pelo CEP e desenvolvido NA 9 O docente percebeu a mobilidade interinstitucional de estudantes e docentes X 10 O docente corrigiu as etapas do relatório da ACEx durante o semestre X 11 O docente realizou avaliação continuada e feedback em todo o processo de construção da ACEx X 12 O docente acompanhou a realização da ACEx em meio à comunidadepúblico alvo X 13 Como foi o contato do docente na aplicação da ACEx com a comunidadepúblico alvo X Observações Parabéns ao grupo a ação foi fantástica repercutiu muito positivamente entre as acolhidas e enquanto professora me sinto realizada acompanhando o trabalho de vocês 24 REFERÊNCIAS ALVES Tahiana Meneses ROSA Lúcia Cristina S Usos de substâncias psicoativas por mulheres a importância de uma perspectiva de gênero Revista Estudos Feministas v 24 n 2 p 443462 ago 2016 BASTOS F I Bertoni N 2014 Pesquisa nacional sobre o uso de crack Quem são os usuários de crack eou similares do Brasil Quantos são nas capitais brasileiras Rio de Janeiro RJ Fundação Oswaldo Cruz httpswwwarcafiocruzbrbitstreamicict100192UsoDeCrackpdf BOTTI NCL MACHADO JS DE A TAMEIRÃO FV Perfil sociodemográfico e padrão de uso de crack entre usuários em tratamento no Centro de Atenção Psicossocial Estudos e Pesquisas em Psicologia v 1 2014 Disponível em httpswwwredalycorghtml4518451844507016 BRASIL Lei no 10216 de 06 de abril de 2001 Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental Disponível em httpwwwplanaltogovbrccivil03leisleis2001l10216htm BUCHELE Fátima et al A promoção da saúde enquanto estratégia de prevenção ao uso das drogas Ciência Saúde Coletiva vol 14 núm 1 janeirofevereiro 2009 pp 267273 Educação em Revista Belo Horizontev30n03p1541julhosetembro 2014 Disponível em fileCUsersRetellDownloadsg9PftWn8KMYfNPBs7TLfC8Dpdf Acesso em 25 de abril de 2024 FERNANDES Rosa Aurea Quintella NARCHI Nádia Zanon Enfermagem e Saúde da Mulher 2ª Edição Barueri Manole 2013 SILVA Patrícia Castro de Oliveira SOUZA Cecília de Mello PERES Simone Ouvinha Uso de drogas sob a perspectiva de gênero uma análise das histórias de vida de jovens das camadas médias no Rio de Janeiro Saúde e Sociedade v 3 2021 Disponível em httpsdoiorg101590S010412902021200665 FELICÍSSIMO Flaviane Bevilaqua et al Estigma internalizado e autoestima uma revisão sistemática da literatura Psicologia Teoria e pratica vol15 no1 São Paulo abr 2013 disponível em httppepsicbvsaludorgscielophpscriptsciarttextpidS1516 36872013000100010textA20autoestima FERREIRA Sionaldo Eduardo TUFIK Sérgio MELLO Marco Túlio Neuroadaptação Uma proposta alternativa de atividade física para usuários de drogas em recuperação Revista Brasileira de Ciência e Movimento v 1 pág 2001 25 FLECK Marcelo Pio de Almeida et al Desenvolvimento da versão em português do instrumento de avaliação de qualidade de vida da OMS Revista Brasileira de Psiquiatria 1999 211 1928 Disponível emhttpswwwscielobrjrbpaMqwHNFWLFR467nSsPM7vdbvlangpt DA FONSECA Rosa Maria Godoy Serpa da Gênero e saúdedoença uma releitura do processo saúdedoença das mulheres Enfermagem e saúde da mulher Barueri Manole 2013 GODOY Eleniton Vieira SANTOS Vinicius de Macedo Um olhar sobre a cultura Educação em Revista v 30 n 3 p 1541 jul 2014 Disponível em httpswwwscielobrjedurag9PftWn8KMYfNPBs7TLfC8Dabstractlangpt GOMES Erika Ravena Batistaet al Contações femininas gênero e percepções de mulheres dependentes químicas Saúde e Sociedade v 30 n 4 2021 Disponível em httpswwwscielobrjsausocaCFb79DHtbgB4JYxddVDshwg MÔNICA Hospital Santa Mulheres dependentes químicas quais as causas do aumento do consumo abusivo de álcool e drogas Disponível em httpshospitalsantamonicacombrmulheresdependentesquimicasquaisas causasdoaumentodoconsumoabusivodealcooledrogasamp Acesso em 10 abril 2024 KOLLING Nádia de Moura et al Avaliação neuropsicológica em alcoolistas e dependentes de cocaína Revista Avaliação Psicológica v6 n 2 pág 127137 2007 Disponível em httppepsicbvsaludorgscielophpscriptsciarttextpidS1677 04712007000200003lngptnrmiso acessos em 29 maio 2024 LABATE Beatriz Caiuby et al Drogas e cultura novas perspectivas Salvador Editora da Universidade Federal da Bahia 2008 Disponível em fileCUserssonyDownloadsDrogas20e20Culturapdf LEAL Mônica Brito do Rêgo Ser Mulher e Dependente Química adesão ou adaptação ao tratamento 2009 59 pag Monografia Curso de Serviço Social Universidade de Brasília BrasíliaDF 2009 MEDEIROS Katruccy Tenório DE BARROS M Márcio MontAlvern MACIEL Silvana Carneiro Representações sociais sobre mulher e mulher usuária de drogas Arquivos Brasileiros de Psicologia v 72 n 3 Rio de Janeiro dez 2020 NICOLLI Talissa et al Teoria do autocuidado em gestantes durante a desintoxicação química do crack contribuições da enfermagem Escola Anna Nery Revista de Enfermagem v 3 2015 Disponível em httpswwwscielobrjeanajgwHGhcWKRx4WfkGkz54Frw 26 PINTO Paula Lúcia de Moura Travessia de uma mulher pesquisadora do ideal para o real um percurso de escuta sobre o direito à cidade lazer e cultura de mulheres usuárias de álcool e outras drogas repositorioufmgbr 4 jul 2023 Disponível em Disponível em httphdlhandlenet184361886 PIRES Flávia Teixeira Silva et al A importância do autocuidado para mulher na terceira idade Anais do VIII Congresso Internacional de Envelhecimento Humano Campina Grande Realize Editora 2021 Disponível em httpseditorarealizecombrartigovisualizar77311 SARMIENTO Oliver Esmeralda Salcedo et al Dependência química e gênero um olhar sobre as mulheres Caderno Espaço Feminino Uberla ndia MG v31 SILVA Thaiga Danielle Momberg GARCIA Marcos Roberto Vieira Mulheres e loucura a desinstitucionalização e as reinvenções do feminino na saúde mental Revista Psicologia em Pesquisa Juiz de Fora v 1 abr 2019 Disponível em httppepsicbvsaludorgscielophpscriptsciarttextpidS1982 12472019000100005lngptnrmiso SILVEIRA C DA et al Qualidade de vida autoestima e autoimagem de dependentes químicos Ciência saúde coletiva v 7 pág 20012006 2013 SOCCOL Keity Laís Siepmann Motivos atribuídos por mulheres ao abuso de substâncias psicoativas repositório digital da UFSM 2014 Disponível em httpsrepositorioufsmbrbitstreamhandle17409SOCCOL2C20KEITY20LAI S20SIEPMANNpdfsequence1isAllowedy 27 APÊNDICE I Ficha da ACEx para preenchimento dos estudantesequipe Essa ficha deve ser inserida ao final do relatório RELATÓRIO DO ESTUDANTE EOU EQUIPE DE ESTUDANTES QUE REALIZOU A ACEx CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA DISCIPLINASMÓDULOSSUCs IEC SAÚDE MENTAL E ATENÇÃO PSICOSSOCIAL PERÍODO 3 ANO 2024 SEMESTRE Primeiro PROFESSORES Luciana Elisabete Savaris CARGA HORÁRIA DAS DISCIPLINAMÓDULOUC S 80 HORAS CARGA HORÁRIA CURRICULARIZAÇÃO EXTENSÃO POR DISCIPLINAMÓDULOUC 80 HORAS TÍTULO DA ATIVIDADE Mulheres sem face perante a sociedade Cuidado com a mulher institucionalizada por uso de álcool e outras drogas IDENTIFICAÇÃO DO GRUPO Grupo 4 NÚMERO DE DISCENTES ENVOLVIDOS 8 NOME COMPLETO DOS DISCENTES DO GRUPO Ana Julia Marques Andréia da Silva Eduarda Machado Flavia Abreu Lina Oliveira Nathalia Rota Patrícia de França e Thais Cristina Dekker DOCENTES ENVOLVIDOS Luciana Elisabete Savaris MODALIDADE DA ATIVIDADE Curso Oficina Prestação de Serviço x palestra grupo temático sala de espera etc Eventos 28 ÁREAS DE COMPROMISSO SOCIAL IDENTIFICADAS NA ACEx Comunicação Cultura x Direitos Humanos e Justiça x Educação Meio Ambiente Saúde Tecnologia e Produção Trabalho Ações de Sustentabilidade Social e Planetária x POLÍTICAS IDENTIFICADA S NA ACEx Educação Ambiental Educação ÉtnicoRacial Direitos Humanos x Educação Indígena Saúde da Mulher x Saúde do Homem Saúde da Criança Saúde do Idoso Saúde das Populações Vulneráveis x Inclusão Outra Qual LOCALCOMUNIDADE ONDE FOI REALIZADA A ACEx Casa das Mulheres Maria Augusta PÚBLICO COMUNIDADE ONDE FOI REALIZADA A ACEx Mulheres institucionalizadas por uso de substâncias químicas MEIOS UTILIZADOS PARA AÇÃO DE EXTENSÃO CONFORME A MODALIDADE Ex Live folders cartilha vídeo roda de conversa seminário palestra mostra oficina entre outros conforme modalidade Entrega de kits café da manhã e show de standup NÚMERO DE PESSOAS DA COMUNIDADE EXTERNA IMPACTADAS PELA AÇÃO 33 O projeto Mulheres sem face perante a sociedade Cuidado com a mulher institucionalizada por uso de álcool e outras drogas é uma iniciativa realizada por estudantes de Psicologia da Faculdade Pequeno Príncipe que busca abordar a vulnerabilidade e o estigma enfrentados por mulheres acolhidas na Casa Maria Augusta uma comunidade terapêutica em Curitiba A ação teve como objetivo proporcionar atividades voltadas ao autocuidado e à valorização pessoal promovendo a reintegração dessas mulheres à sociedade As mulheres atendidas pela Casa Maria Augusta são em sua maioria dependentes de álcool e drogas e encontramse em situação de alta vulnerabilidade social O estigma associado ao uso de substâncias é agravado pelo preconceito de gênero dificultando o acesso dessas mulheres ao tratamento e a serviços de apoio Nesse contexto o projeto centrouse na promoção de tempo de qualidade com atividades que visam melhorar a autoestima e fomentar o cuidado com o corpo e a mente aspectos frequentemente negligenciados durante o processo de dependência O projeto utilizou a metodologia ativa do Arco de Maguerez composta por cinco etapas observação da realidade definição dos pontoschave teorização hipóteses de solução e aplicação à realidade Dentre as atividades realizadas destacaramse a organização de um café da manhã acolhedor a entrega de kits de autocuidado e uma apresentação de standup comedy que teve como objetivo proporcionar momentos de descontração e lazer Essas intervenções visaram não apenas promover o bemestar físico mas também fortalecer a saúde mental das acolhidas Os resultados foram bastante positivos tanto para as mulheres quanto para os alunos envolvidos As acolhidas relataram que se sentiram valorizadas e cuidadas ressaltando a importância do autocuidado em sua recuperação Para os estudantes o projeto ofereceu uma experiência prática enriquecedora proporcionando o desenvolvimento de competências como empatia escuta ativa e trabalho em equipe fundamentais para a formação na área de psicologia Portanto o projeto demonstrou o impacto positivo que iniciativas de acolhimento humanizado e foco na autoestima podem ter na recuperação de mulheres dependentes químicas As atividades não apenas proporcionaram momentos de alegria e acolhimento mas também reforçaram a importância de estratégias que promovam a saúde mental e a reinserção social de mulheres em situação de vulnerabilidade