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TEORIA MACROECONÔMICA II São Paulo 1º semestre de 2023 PROF DR ROGÉRIO CÉSAR DE SOUZA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC SP MACROECONOMIA OLIVIER BLANCHARD PEARSON 7ª EDIÇÃO 3 Teoria Macroeconômica MACROECONOMIA Mercado de bens Mercados financeiros Mercado de trabalho Mercado cambial 4 Teoria Macroeconômica MERCADO DEMANDA OFERTA BEM PREÇO MERCADO DEMANDA OFERTA BEM PREÇO 5 Teoria Macroeconômica MACROECONOMIA Mercado de bens Mercados financeiros Mercado de trabalho Mercado cambial Oferta Demanda Bem Preço Capítulo 3 6 Teoria Macroeconômica MACROECONOMIA Mercado de bens Mercados financeiros Mercado de trabalho Mercado cambial Oferta Demanda Bem Preço Capítulo 4 7 Teoria Macroeconômica MACROECONOMIA Mercado de bens Mercados financeiros Mercado de trabalho Mercado cambial Capítulos 5 e 6 MODELO ISLM Curto Prazo 8 Teoria Macroeconômica MACROECONOMIA Mercado de bens Mercados financeiros Mercado de trabalho Oferta Demanda Bem Preço Capítulo 3 Oferta Demanda Bem Preço Capítulo 4 Oferta Demanda Bem Preço Capítulos 7 8 e 9 Oferta Demanda Bem Preço Capítulos 17 a 20 Mercado cambial CAPÍTULO 17 ABERTURA DOS MERCADOS DE BENS E DOS MERCADOS FINANCEIROS 11 Abertura dos mercados de bens e financeiros A Seção 171 examina a abertura do mercado de bens os determinantes da escolha entre bens domésticos e estrangeiros e o papel da taxa de câmbio real A Seção 172 examina a abertura dos mercados financeiros os determinantes da escolha entre ativos domésticos e estrangeiros e o papel das taxas de juros e de câmbio A Seção 173 oferece um mapa para os próximos três capítulos 12 Abertura dos mercados de bens e financeiros Entender as implicações macroeconômicas da abertura será nosso objetivo principal neste e nos próximos três capítulos A ABERTURA é composta por TRÊS DIMENSÕES distintas 1 Abertura dos mercados de bens a capacidade que CONSUMIDORES e EMPRESAS têm de ESCOLHER entre BENS DOMÉSTICOS E ESTRANGEIROS Em nenhum país essa escolha é totalmente livre de restrições Até os países mais comprometidos com o livre comércio possuem tarifas impostos sobre bens importados e cotas restrições à quantidade de bens que podem ser importados para pelo menos alguns bens estrangeiros Ao mesmo tempo na maioria dos países as tarifas médias são baixas e continuam a diminuir 13 Abertura dos mercados de bens e financeiros 2 Abertura dos mercados financeiros a capacidade que os INVESTIDORES têm de ESCOLHER entre ATIVOS DOMÉSTICOS e ATIVOS ESTRANGEIROS Até recentemente mesmo alguns dos países mais ricos como França e Itália impunham controles de capitais restrições quanto aos ativos estrangeiros que os residentes domésticos poderiam reter bem como sobre os ativos domésticos que os estrangeiros poderiam reter Essas restrições estão desaparecendo rapidamente Em consequência disso os mercados financeiros mundiais estão se tornando cada vez mais fortemente integrados 3 Abertura dos mercados de fatores capacidade que as EMPRESAS têm de ESCOLHER ONDE LOCALIZAR A PRODUÇÃO e que os TRABALHADORES têm de ESCOLHER ONDE TRABALHAR 14 ECONOMIA DOMÉSTICA NOSSA ECONOMIA Abertura dos mercados de bens e financeiros 15 ECONOMIA DOMÉSTICA NOSSA ECONOMIA Abertura dos mercados de bens e financeiros 16 ECONOMIA DOMÉSTICA NOSSA ECONOMIA Abertura dos mercados de bens e financeiros Y Z CY T I G i π 17 RESTO DO MUNDO SETOR EXTERNO Abertura dos mercados de bens e financeiros 18 RESTO DO MUNDO SETOR EXTERNO Abertura dos mercados de bens e financeiros 19 RESTO DO MUNDO SETOR EXTERNO Y Z CY T I G i π Abertura dos mercados de bens e financeiros 20 ECONOMIA DOMÉSTICA NOSSA ECONOMIA RESTO DO MUNDO SETOR EXTERNO Y Y Z CY T I G Z CY T I G i π i π Abertura dos mercados de bens e financeiros 21 ECONOMIA DOMÉSTICA NOSSA ECONOMIA RESTO DO MUNDO SETOR EXTERNO Y Y Z CY T I G Z CY T I G i π i π X Exportações de bens para o Resto do Mundo M Importações de bens do Resto do Mundo Abertura dos mercados de bens e financeiros 22 Y Y Z CY T I G X M Z CY T I G X M i π i π X Exportações de bens para o Resto do Mundo M Importações de bens do Resto do Mundo Abertura dos mercados de bens e financeiros ECONOMIA DOMÉSTICA NOSSA ECONOMIA RESTO DO MUNDO SETOR EXTERNO 23 Y Y Z CY T I G X M Z CY T I G X M i π i π X Exportações de bens para o Resto do Mundo M Importações de bens do Resto do Mundo Abertura dos mercados de bens e financeiros ECONOMIA DOMÉSTICA NOSSA ECONOMIA RESTO DO MUNDO SETOR EXTERNO Fluxos de Capitais 24 Abertura do mercado de bens BALANÇO DE PAGAMENTOS O BALANÇO DE PAGAMENTOS é o registro contábil de todas as transações econômicas entre um país e o resto do mundo durante um determinado intervalo de tempo Em economia o balanço de pagamentos é normalmente utilizado para analisar o estado das finanças internacionais de um país pois um saldo negativo em uma determinada conta significa que os pagamentos para o exterior superaram as receitas vindas do exterior naquele tipo de transação Em outras palavras o balanço de pagamentos é um importante instrumento de análise econômica pois ele permite acompanhar a evolução do fluxo de recursos materiais e financeiros entre os agentes RESIDENTES e NÃO RESIDENTES de uma economia Contabilidade social referência atualizada das contas nacionais do Brasil Organização Carmem Feijó e Roberto Luís Olinto Ramos 5ª Edição Rio de Janeiro Elsevier 2017 25 Abertura do mercado de bens No Brasil e na maioria dos países do mundo os registros do balanço de pagamentos seguem as normas internacionais publicadas pelo Fundo Monetário Internacional FMI que por sua vez adota uma metodologia de registro contábil compatível com o Sistema de Contas Nacionais da Organização das Nações Unidas ONU O registro e a divulgação do balanço de pagamentos brasileiro é responsabilidade do BANCO CENTRAL DO BRASIL que disponibiliza para o público em geral estatísticas anuais desde 1947 trimestrais desde 1979 e mensais desde 1995 26 Abertura do mercado de bens Vamos seguir aqui a metodologia contida na 6ª edição do Manual de Balanço de Pagamentos BPM6 do Fundo Monetário Internacional FMI 2009 que em 2015 passou a ser empregada pelo Banco Central do Brasil BCB para elaboração do balanço de pagamentos brasileiro As diferenças em relação à versão anterior BPM5 incluem mudanças nos critérios de lançamento e classificação das transações e na nomenclatura das contas Economia internacional Maria Auxiliadora de Carvalho César Roberto Leite 5ed São Paulo Saraiva 2017 27 Abertura do mercado de bens ESTRUTURA DO BALANÇO DE PAGAMENTOS A estrutura básica do BALANÇO DE PAGAMENTOS pode ser resumida em TRÊS CONTAS ANALÍTICAS baseadas na classificação econômica das transações entre residentes e não residentes 1 ContaCorrente que registra o comércio de bens e serviços os pagamentos e recebimentos de rendas de capital e trabalho e as transferências de renda entre o país e o resto do mundo 2 Conta Capital que registra as transferências de ativos reais e financeiros e as transações de ativos não financeiros não produzidos entre residentes e não residentes e 3 Conta Financeira que registra todos o tipos de fluxos de capitais entre o país e o resto do mundo bem como a variação das reservas internacionais 28 Abertura do mercado de bens Teoricamente a soma das contas Corrente Capital e Financeira é igual a zero em razão do sistema de partidas dobradas utilizadas no balanço de pagamentos Esse ajuste automático ocorre porque a Conta Financeira contém um item denominado ativos de reserva que corresponde à mudança do estoque de reservas internacionais decorrente das transações registradas no balanço de pagamentos Na prática nem todas as transações entre residentes e não residentes são registradas formalmente pela autoridade monetária fazendo com que a soma dos saldos das contas Corrente Capital e Financeira seja diferente de zero ao final do período em análise Para solucionar este problema o balanço de pagamentos possui uma quarta conta de natureza residual a CONTA DE ERROS E OMISSÕES que corresponde exatamente às transações não registradas pela autoridade monetária mas que acarretam uma variação das reservas internacionais do país 29 Abertura do mercado de bens Ou seja as contas do BALANÇO DE PAGAMENTOS são divididas em três grandes grupos transações correntes TC conta capital CC e conta financeira CF Em transações correntes são enquadradas as movimentações de mercadorias serviços e rendas A conta capital engloba transferências de capital A conta financeira envolve os deslocamentos de moeda crédito e títulos inclusive os ativos de reserva Denominando movimentos de capital MK a soma das contas capital e financeira temse MK CC CF 30 Abertura do mercado de bens Da contabilização do balanço de pagamentos verificase que o SALDO DAS TRANSAÇÕES CORRENTES é COBERTO por igual FLUXO DE CAPITAIS Isso pode ser expresso pela seguinte identidade contábil TC MK Dessa expressão podese concluir que Se TC 0 há um aumento correspondente dos ativos externos líquidos em poder dos residentes no país no mesmo valor O AUMENTO DOS ATIVOS se dá porque havendo superávit no balanço de pagamentos em transações correntes as vendas de bens e serviços e o ingresso de rendas excedem as compras de bens e serviços e as saídas de rendas O aumento dos ativos corresponde às receitas resultantes dos pagamentos desses excedentes 31 Abertura do mercado de bens As compras e vendas são pagas com moeda ou títulos representativos de crédito e seu saldo positivo implica ingresso líquido de reservas O mesmo raciocínio vale para os ingressos e saídas de rendas que são recebimentos e pagamentos pelo uso de fatores de produção A agregação desses saldos mostra a diferença entre os pagamentos pela utilização de bens e serviços e as rendas enviadas em pagamento aos fatores de produção pertencentes a não residentes no país Os recebimentos são decorrentes das vendas dos bens serviços e rendas recebidos em pagamento aos fatores de produção cedidos a eles Se os recebimentos excedem os pagamentos há superávit em transações correntes e equivalente movimento de capitais que resulta em aumento dos ativos financeiros eou ingresso líquido de reservas 32 Abertura do mercado de bens Se TC 0 o país mais recebeu que enviou bens e serviços eou enviou mais rendas do que recebeu Aumentam portanto suas obrigações para com o resto do mundo Isso porque o déficit em transações correntes exige equivalente movimento de capitais para cobrir o excesso de gastos Se o país optar por dispor de reservas para cobrir esse excesso o pagamento corresponde à redução do estoque de ativos acumulado nos períodos anteriores Quando o caminho for o maior endividamento os recursos podem provir da conta financeira isto é de investimentos diretos investimentos em carteira derivativos e outros investimentos Na impossibilidade de dispor de reservas ou de capitais obtidos com não residentes do setor privado o país é obrigado a buscar empréstimos de regularização para saldar seus compromissos externos e o FMI é o credor mais provável 33 Abertura do mercado de bens Em resumo como o déficit em transações correntes implica o mesmo montante de MK para seu financiamento o país é forçado a vender ativos ou a aumentar o passivo externo Isso pode ser interpretado como uma troca entre o presente e o futuro Como o déficit em transações correntes é uma OPÇÃO por excesso de importação de bens e serviços no presente no futuro o país endividado será forçado a gerar excesso de exportação para pagar as obrigações assumidas O comprometimento do futuro PODE SER AMENIZADO se parte do excesso de gastos dos residentes for COBERTA POR INVESTIMENTOS DIRETOS que envolvem a transferência da propriedade de ativos reais imóveis por exemplo ou de quotas ou ações de empresas de forma que o comprador passe a deter o controle da empresa receptora do investimento 34 Abertura do mercado de bens É natural que o investidor estrangeiro detenha o direito de revender seus ativos e repatriar seus capitais mas como a transação envolve custos existe a expectativa de permanência Essa expectativa fundamenta o emprego do conceito de NECESSIDADE DE FINANCIAMENTO NF que é igual à diferença entre o saldo em transações correntes e os investimentos diretos id de estrangeiros direcionados à produção NF TC Id Quanto maior a parcela do déficit em transações correntes coberta por investimentos diretos menor a necessidade de financiamento Logo a parte do déficit em transações correntes não compensada por investimento direto gera dependência externa e incertezas para o país Além disso quanto maior a participação de capitais de curto prazo na composição do financiamento do déficit maior a exposição do país ao risco dos movimentos especulativos de capital porque esses recursos podem retornar a qualquer momento para o exterior 35 Abertura do mercado de bens Em 2020 a economia brasileira registrou um déficit em Contacorrente de US 24074 milhões e um superávit da Conta de Capital de US 281 milhões A soma dessas duas contas resultou na necessidade de financiamento de US 23793 milhões que por sua vez deveria ser o valor registrado na Conta Financeira na ausência de erros e omissões Fonte Banco Central do Brasil 36 Abertura do mercado de bens O valor registrado pelo Bacen em 2020 na Conta Financeira foi de US 21780 milhões ou seja US 2014 milhões a mais do que apontou a soma da ContaCorrente com a Conta de Capital Essa discrepância corresponde a transações entre residentes e não residentes não registradas pelo Bacen e portanto contabilizadas na conta de erros e omissões no balanço de pagamentos Fonte Banco Central do Brasil 37 Abertura do mercado de bens Destaque TRANSAÇÕES CORRENTES Fonte Banco Central do Brasil 38 Abertura do mercado de bens Destaque BALANÇA COMERCIAL Evolução da Balança Comercial das Exportações e Importações Brasil 19952019 Evolução das Exportações e Importações como proporção do PIB Brasil 19982019 R mil 39 Abertura do mercado de bens EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES Evolução das Exportações e Importações como proporção do PIB Brasil 19982019 Evolução das Exportações e Importações como proporção do PIB USA 19602014 40 Abertura do mercado de bens Destaque CONTA FINANCEIRA Fonte Banco Central do Brasil 41 Abertura do mercado de bens TAXA DE CÂMBIO NOMINAL E TAXA DE CÂMBIO REAL ε 42 Abertura do mercado de bens A TAXA DE CÂMBIO NOMINAL E 03032020 08062020 R 44854US R 44854US R 49924US R 49924US 43 Abertura do mercado de bens TAXA DE CÂMBIO NOMINAL E R 44854US R 44854US R 49924US R 49924US 03032020 08062020 1130 1130 44 Abertura do mercado de bens TAXA DE CÂMBIO NOMINAL E US 02229R US 02229R US 02003R US 02003R 03032020 08062020 1013 1013 R 44854US R 44854US R 49924US R 49924US 45 Abertura do mercado de bens TAXA DE CÂMBIO NOMINAL E US 02229R US 02229R US 02003R US 02003R 03032020 08062020 1013 1013 R 44854US R 44854US R 49924US R 49924US 1130 1130 Preço da moeda nacional em termos de moeda estrangeira Preço da moeda estrangeria em termos de moeda nacional FORMA INDIRETA FORMA DIRETA 46 Abertura do mercado de bens TAXA DE CÂMBIO NOMINAL E Preço da moeda nacional em termos de moeda estrangeira apreciação cambial depreciação cambial Uma apreciação nominal é um aumento no preço da moeda nacional em termos de moeda estrangeira Em outras palavras corresponde a um aumento na taxa de câmbio Uma depreciação nominal é uma diminuição no preço da moeda nacional em termos de moeda estrangeira Corresponde a uma diminuição na taxa de câmbio c 47 Abertura do mercado de bens TAXA DE CÂMBIO REAL ε 48 Abertura do mercado de bens TAXA DE CÂMBIO REAL Brasil USA 00 00 49 Abertura do mercado de bens TAXA DE CÂMBIO REAL Brasil USA 00 00 50 Abertura do mercado de bens TAXA DE CÂMBIO REAL 00 00 51 Abertura do mercado de bens TAXA DE CÂMBIO REAL 00 00 52 Abertura do mercado de bens A TAXA DE CÂMBIO REAL é o preço relativo dos bens domésticos em termos dos bens estrangeiros É igual à taxa de câmbio nominal vezes o nível de preços doméstico dividido pelo nível de preços estrangeiro Uma apreciação real é um aumento no preço relativo dos bens domésticos em termos dos bens estrangeiros isto é um aumento na taxa real de câmbio Uma depreciação real é uma diminuição no preço relativo dos bens domésticos em termos de bens estrangeiros isto é uma diminuição na taxa real de câmbio 53 Abertura do mercado de bens TAXA DE CÂMBIO REAL EFETIVA A taxa de câmbio real efetiva é um indicador que expressa a cotação da moeda de determinado país em relação às moedas de seus principais parceiros comerciais A taxa elaborada pelo Banco Central por exemplo é dada pela cotação do real em relação às MOEDAS DOS 15 PRINCIPAIS PARCEIROS COMERCIAIS DO BRASIL ponderada pela participação desses países no total das exportações brasileiras Utilizase um índice doméstico de inflação como deflator interno e o respectivo índice de preços ao consumidor de cada país como deflator externo A taxa de câmbio real efetiva é um indicador mais amplo da COMPETITIVIDADE DAS EXPORTAÇÕES do que as taxas de câmbio bilaterais como a taxa de câmbio real dólar ou a taxa de câmbio real euro Macroeconomia teoria e prática no Brasil Ana Além 2 ed Rio de Janeiro Elsevier 2018 54 Abertura do mercado de bens TAXA DE CÂMBIO NOMINAL TAXA DE CÂMBIO BILATERAL TAXA DE CÂMBIO REAL TAXA DE CÂMBIO REAL BILATERAL TAXA DE CÂMBIO REAL EFETIVA TAXA DE CÂMBIO REAL MULTILATERAL 55 Abertura do mercado de bens MERCADO DE CÂMBIO O MERCADO DE CÂMBIO é o ambiente no qual se realizam as operações de câmbio entre os agentes autorizados pelo Banco Central e entre estes e seus clientes diretamente ou por meio de seu correspondentes O mercado de câmbio é regulamentado e fiscalizado pelo Banco Central e compreende as seguintes operações realizadas por meio de instituições autorizadas a operar no mercado de câmbio pelo Banco Central diretamente ou por meio de seus correspondentes Compra e de venda de moeda estrangeira Operações em moeda nacional entre residentes no Brasil e residentes no exterior e Operações com ouroinstrumento cambial realizadas por intermédio das instituições httpswwwbcbgovbracessoinformacaoperguntasfrequentesrespostasfaqmercadocambio 56 Abertura do mercado de bens MERCADO DE CÂMBIO No grupo dos OFERTANTES DE MOEDA ESTRANGEIRA estão Exportadores que vendem suas mercadorias ao exterior e são remunerados em moeda estrangeira em geral o dólar americano Turistas estrangeiros que trazem moeda estrangeira e a trocam no país ou por vezes a gastam diretamente Investidores internacionais que trazem divisas para aplicar no país seja no mercado financeiro seja em atividades produtivas Agentes econômicos em geral bancos mas também empresas e o próprio governo que captam recursos no exterior emissão de títulos obtenção de empréstimos e financiamentos etc os quais entram no país como valores em moeda estrangeira httpswwwbcbgovbracessoinformacaoperguntasfrequentesrespostasfaqmercadocambio 57 Abertura do mercado de bens MERCADO DE CÂMBIO No grupo dos DEMANDANTES DE MOEDA ESTRANGEIRA estão Importadores que precisam comprar moeda estrangeira para remeter a seus fornecedores no exterior Turistas brasileiros que se dirigem ao exterior e precisam comprar moeda estrangeira antes da viagem Agentes econômicos que investem no ou enviam renda para o exterior Agentes econômicos pessoas empresas e o governo que possuem compromissos a pagar no exterior amortizações e juros referentes a empréstimos por exemplo e que precisam enviar valores em moeda estrangeira para efetivar o pagamento httpswwwbcbgovbracessoinformacaoperguntasfrequentesrespostasfaqmercadocambio 58 Abertura do mercado de bens MERCADO DE CÂMBIO Fatores que afetam a taxa de câmbio O AUMENTO DA OFERTA de moeda estrangeira o dólar por exemplo na economia tem como resultado a redução da cotação dessa moeda em relação à moeda nacional Em sentido oposto a REDUÇÃO DA OFERTA de moeda estrangeira resulta no aumento de sua cotação As taxas de câmbio estão sujeitas à influência não só de variáveis relacionadas ao mercado brasileiro mas também de forças de mercado globais Variações na oferta de moeda estrangeira estão associadas às entradas e saídas de recursos destinados a investimento direto ou em carteira ou outras transações pagamentos de exportações e importações de bens e serviços rendas aluguéis etc httpswwwbcbgovbracessoinformacaoperguntasfrequentesrespostasfaqmercadocambio 59 Abertura do mercado de bens MERCADO DE CÂMBIO Mercado primário e mercado secundário A operação de MERCADO PRIMÁRIO implica o recebimento ou a entrega de moeda estrangeira por parte de clientes no Brasil correspondendo a fluxo de entrada ou de saída da moeda estrangeira do País Esse é o caso das operações realizadas por exemplo com exportadores importadores e viajantes Já no MERCADO SECUNDÁRIO também denominado MERCADO INTERBANCÁRIO os negócios são realizados entre bancos Nesse caso a moeda estrangeira é negociada entre as instituições integrantes do sistema financeiro e simplesmente migra do ativo de uma instituição autorizada a operar no mercado de câmbio para o de outra igualmente autorizada não havendo fluxo de entrada ou de saída da moeda estrangeira do Brasil httpswwwbcbgovbracessoinformacaoperguntasfrequentesrespostasfaqmercadocambio 60 Abertura do mercado de bens MERCADO DE CÂMBIO Política cambial O Banco Central executa a política cambial definida pelo Conselho Monetário Nacional Para tanto regulamenta o mercado de câmbio e autoriza as instituições que nele operam Também compete ao Banco Central fiscalizar o referido mercado podendo punir dirigentes e instituições mediante multas suspensões e outras sanções previstas em lei Além disso o Banco Central pode atuar DIRETAMENTE no mercado comprando e vendendo moeda estrangeira de forma ocasional e limitada com o objetivo de conter movimentos desordenados da taxa de câmbio httpswwwbcbgovbracessoinformacaoperguntasfrequentesrespostasfaqmercadocambio 61 Abertura do mercado de bens MERCADO DE CÂMBIO Instituições que podem operar no mercado de câmbio Somente as instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central podem atuar no mercado de câmbio As autorizações específicas para a prática de operações no mercado de câmbio podem ser concedidas a bancos múltiplos bancos comerciais e caixas econômicas bancos de investimento bancos de desenvolvimento bancos de câmbio corretoras de câmbio agências de fomento sociedades de crédito financiamento e investimento financeiras corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários httpswwwbcbgovbracessoinformacaoperguntasfrequentesrespostasfaqmercadocambio 62 Escolha entre ativos domésticos e ativos estrangeiros A ABERTURA DOS MERCADOS FINANCEIROS implica que os INVESTIDORES ou as instituições financeiras que os representam se deparem com uma NOVA DECISÃO a escolha entre reter ativos domésticos ou ativos estrangeiros Poderia parecer que temos na verdade de pensar em pelo menos duas novas decisões a escolha entre reter moeda nacional ou moeda estrangeira e a escolha entre reter ativos domésticos que pagam juros ou ativos estrangeiros que pagam juros Lembramos porém o motivo pelo qual as pessoas retêm moeda para efetuar suas transações Para alguém que mora no Brasil e cujas transações são em sua maioria ou totalidade em reais possuir moeda estrangeira tem pouca ou nenhuma serventia Isso nos deixa uma única nova escolha a ser feita entre ativos domésticos que pagam juros e ativos estrangeiros que pagam juros 63 Escolha entre ativos domésticos e ativos estrangeiros 63 𝒕 𝒕 BRASIL USA c 64 Escolha entre ativos domésticos e ativos estrangeiros 64 𝒕 𝒕 BRASIL USA LIZA 65 Escolha entre ativos domésticos e ativos estrangeiros 65 00 00 BRASIL USA c 00 66 Escolha entre ativos domésticos e ativos estrangeiros 66 00 00 BRASIL USA 00 67 Escolha entre ativos domésticos e ativos estrangeiros 67 00 00 BRASIL USA 68 Escolha entre ativos domésticos e ativos estrangeiros 68 𝒕 𝒕 BRASIL USA 69 Escolha entre ativos domésticos e ativos estrangeiros 69 𝒕 𝒕 BRASIL USA 70 Escolha entre ativos domésticos e ativos estrangeiros 70 PRIMEIRA HIPÓTESE EXPECTATIVAS HOJE DE CÂMBIO ESTÁVEL Escolha entre ativos domésticos e ativos estrangeiros Escolha entre ativos domésticos e ativos estrangeiros 73 Escolha entre ativos domésticos e ativos estrangeiros 73 SEGUNDA HIPÓTESE EXPECTATIVAS HOJE DE DEPRECIAÇÃO DO CÂMBIO ECONOMIA ABERTA Escolha entre ativos domésticos ativos estrangeiros BRASIL i 10 Et 020 USR t i 15 Et 500 RUS Eet1 010 USR t 1 Eet1 1000 RUS 76 Escolha entre ativos domésticos e ativos estrangeiros 76 TERCEIRA HIPÓTESE EXPECTATIVAS HOJE DE APRECIAÇÃO DO CÂMBIO Escolha entre ativos domésticos e ativos estrangeiros BRASIL Eet1 010 USR R 110000 i 10 t t 1 R 100000 USA US 23000 i 15 t t 1 US 20000 R 230000 US 23000 US 010 R Escolha entre ativos domésticos e ativos estrangeiros BRASIL i 10 Et 020 USR t i 15 Et 500 RUS Eet1 050 USR t 1 Eet1 200 RUS R 46000 US 23000 US 050 R 79 Escolha entre ativos domésticos e ativos estrangeiros 79 RESUMINDO DECISÕES DE INVESTIMENTO FINANCEIRO NUMA ECONOMIA ABERTA EXPECTATIVAS HOJE COM RELAÇÃO AO CÂMBIO FUTURO c R100000 1 010 R 110000 R100000 1 015 1 US 020 R R 230000 Escolha entre ativos domésticos e ativos estrangeiros TERCEIRA HIPÓTESE EXPECTATIVAS HOJE DE APRECIAÇÃO DO CÂMBIO Et Ee t1 BRASIL R100000 1 010 R 110000 USA R100000 US 020 R 1 015 1 US 050 R R 46000 Escolha entre ativos domésticos e ativos estrangeiros VEJAMOS QUAL É O RACIONÍNIO ENVOLVIDO AQUI R 1 it BRASIL R100000 1 010 R 110000 USA R100000 US 020 R 1 015 1 US 020 R R 115000 Escolha entre ativos domésticos e ativos estrangeiros VEJAMOS QUAL É O RACIONÍNIO ENVOLVIDO AQUI R 1 it R X Et 1 it 1 Et1 Escolha entre ativos domésticos e ativos estrangeiros VEJAMOS QUAL É O RACIOCÍNIO ENVOLVIDO AQUI R X 1 it R X 1 it R X Et 1 it 1 Et1 R X 1 it R X Et 1 it 1 Et1 Escolha entre ativos domésticos e ativos estrangeiros VEJAMOS QUAL É O RACIOCÍNIO ENVOLVIDO AQUI 1 it 1 it Essa equação é chamada de RELAÇÃO DA PARIDADE DESCOBERTA DE JUROS ou simplesmente CONDIÇÃO DA PARIDADE DE JUROS A PARIDADE DESCOBERTA DE JUROS ou de forma sucinta PARIDADE DE JUROS é uma CONDIÇÃO DE ARBITRAGEM segundo a qual as TAXAS DE RETORNO ESPERADAS em termos de moeda nacional sobre os títulos domésticos e os títulos estrangeiros DEVEM SER IGUAIS A paridade de juros implica que a taxa de juros interna seja aproximadamente igual à taxa de juros externa menos a taxa apreciação esperada da moeda nacional TEORIA MACROECONÔMICA II São Paulo 1º semestre de 2023 PROF DR ROGÉRIO CÉSAR DE SOUZA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC SP
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TEORIA MACROECONÔMICA II São Paulo 1º semestre de 2023 PROF DR ROGÉRIO CÉSAR DE SOUZA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC SP MACROECONOMIA OLIVIER BLANCHARD PEARSON 7ª EDIÇÃO 3 Teoria Macroeconômica MACROECONOMIA Mercado de bens Mercados financeiros Mercado de trabalho Mercado cambial 4 Teoria Macroeconômica MERCADO DEMANDA OFERTA BEM PREÇO MERCADO DEMANDA OFERTA BEM PREÇO 5 Teoria Macroeconômica MACROECONOMIA Mercado de bens Mercados financeiros Mercado de trabalho Mercado cambial Oferta Demanda Bem Preço Capítulo 3 6 Teoria Macroeconômica MACROECONOMIA Mercado de bens Mercados financeiros Mercado de trabalho Mercado cambial Oferta Demanda Bem Preço Capítulo 4 7 Teoria Macroeconômica MACROECONOMIA Mercado de bens Mercados financeiros Mercado de trabalho Mercado cambial Capítulos 5 e 6 MODELO ISLM Curto Prazo 8 Teoria Macroeconômica MACROECONOMIA Mercado de bens Mercados financeiros Mercado de trabalho Oferta Demanda Bem Preço Capítulo 3 Oferta Demanda Bem Preço Capítulo 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os países mais comprometidos com o livre comércio possuem tarifas impostos sobre bens importados e cotas restrições à quantidade de bens que podem ser importados para pelo menos alguns bens estrangeiros Ao mesmo tempo na maioria dos países as tarifas médias são baixas e continuam a diminuir 13 Abertura dos mercados de bens e financeiros 2 Abertura dos mercados financeiros a capacidade que os INVESTIDORES têm de ESCOLHER entre ATIVOS DOMÉSTICOS e ATIVOS ESTRANGEIROS Até recentemente mesmo alguns dos países mais ricos como França e Itália impunham controles de capitais restrições quanto aos ativos estrangeiros que os residentes domésticos poderiam reter bem como sobre os ativos domésticos que os estrangeiros poderiam reter Essas restrições estão desaparecendo rapidamente Em consequência disso os mercados financeiros mundiais estão se tornando cada vez mais fortemente integrados 3 Abertura dos mercados de fatores capacidade que as EMPRESAS têm de ESCOLHER ONDE LOCALIZAR A PRODUÇÃO e que os TRABALHADORES têm de ESCOLHER ONDE TRABALHAR 14 ECONOMIA DOMÉSTICA NOSSA ECONOMIA Abertura dos mercados de bens e financeiros 15 ECONOMIA DOMÉSTICA NOSSA ECONOMIA Abertura dos mercados de bens e financeiros 16 ECONOMIA DOMÉSTICA NOSSA ECONOMIA Abertura dos mercados de bens e financeiros Y Z CY T I G i π 17 RESTO DO MUNDO SETOR EXTERNO Abertura dos mercados de bens e financeiros 18 RESTO DO MUNDO SETOR EXTERNO Abertura dos mercados de bens e financeiros 19 RESTO DO MUNDO SETOR EXTERNO Y Z CY T I G i π Abertura dos mercados de bens e financeiros 20 ECONOMIA DOMÉSTICA NOSSA ECONOMIA RESTO DO MUNDO SETOR EXTERNO Y Y Z CY T I G Z CY T I G i π i π Abertura dos mercados de bens e financeiros 21 ECONOMIA DOMÉSTICA NOSSA ECONOMIA RESTO DO MUNDO SETOR EXTERNO Y Y Z CY T I G Z CY T I G i π i π X Exportações de bens para o Resto do Mundo M Importações de bens do Resto do Mundo Abertura dos mercados de bens e financeiros 22 Y Y Z CY T I G X M Z CY T I G X M i π i π X Exportações de bens para o Resto do Mundo M Importações de bens do Resto do Mundo Abertura dos mercados de bens e financeiros ECONOMIA DOMÉSTICA NOSSA ECONOMIA RESTO DO MUNDO SETOR EXTERNO 23 Y Y Z CY T I G X M Z CY T I G X M i π i π X Exportações de bens para o Resto do Mundo M Importações de bens do Resto do Mundo Abertura dos mercados de bens e financeiros ECONOMIA DOMÉSTICA NOSSA ECONOMIA RESTO DO MUNDO SETOR EXTERNO Fluxos de Capitais 24 Abertura do mercado de bens BALANÇO DE PAGAMENTOS O BALANÇO DE PAGAMENTOS é o registro contábil de todas as transações econômicas entre um país e o resto do mundo durante um determinado intervalo de tempo Em economia o balanço de pagamentos é normalmente utilizado para analisar o estado das finanças internacionais de um país pois um saldo negativo em uma determinada conta significa que os pagamentos para o exterior superaram as receitas vindas do exterior naquele tipo de transação Em outras palavras o balanço de pagamentos é um importante instrumento de análise econômica pois ele permite acompanhar a evolução do fluxo de recursos materiais e financeiros entre os agentes RESIDENTES e NÃO RESIDENTES de uma economia Contabilidade social referência atualizada das contas nacionais do Brasil Organização Carmem Feijó e Roberto Luís Olinto Ramos 5ª Edição Rio de Janeiro Elsevier 2017 25 Abertura do mercado de bens No Brasil e na maioria dos países do mundo os registros do balanço de pagamentos seguem as normas internacionais publicadas pelo Fundo Monetário Internacional FMI que por sua vez adota uma metodologia de registro contábil compatível com o Sistema de Contas Nacionais da Organização das Nações Unidas ONU O registro e a divulgação do balanço de pagamentos brasileiro é responsabilidade do BANCO CENTRAL DO BRASIL que disponibiliza para o público em geral estatísticas anuais desde 1947 trimestrais desde 1979 e mensais desde 1995 26 Abertura do mercado de bens Vamos seguir aqui a metodologia contida na 6ª edição do Manual de Balanço de Pagamentos BPM6 do Fundo Monetário Internacional FMI 2009 que em 2015 passou a ser empregada pelo Banco Central do Brasil BCB para elaboração do balanço de pagamentos brasileiro As diferenças em relação à versão anterior BPM5 incluem mudanças nos critérios de lançamento e classificação das transações e na nomenclatura das contas Economia internacional Maria Auxiliadora de Carvalho César Roberto Leite 5ed São Paulo Saraiva 2017 27 Abertura do mercado de bens ESTRUTURA DO BALANÇO DE PAGAMENTOS A estrutura básica do BALANÇO DE PAGAMENTOS pode ser resumida em TRÊS CONTAS ANALÍTICAS baseadas na classificação econômica das transações entre residentes e não residentes 1 ContaCorrente que registra o comércio de bens e serviços os pagamentos e recebimentos de rendas de capital e trabalho e as transferências de renda entre o país e o resto do mundo 2 Conta Capital que registra as transferências de ativos reais e financeiros e as transações de ativos não financeiros não produzidos entre residentes e não residentes e 3 Conta Financeira que registra todos o tipos de fluxos de capitais entre o país e o resto do mundo bem como a variação das reservas internacionais 28 Abertura do mercado de bens Teoricamente a soma das contas Corrente Capital e Financeira é igual a zero em razão do sistema de partidas dobradas utilizadas no balanço de pagamentos Esse ajuste automático ocorre porque a Conta Financeira contém um item denominado ativos de reserva que corresponde à mudança do estoque de reservas internacionais decorrente das transações registradas no balanço de pagamentos Na prática nem todas as transações entre residentes e não residentes são registradas formalmente pela autoridade monetária fazendo com que a soma dos saldos das contas Corrente Capital e Financeira seja diferente de zero ao final do período em análise Para solucionar este problema o balanço de pagamentos possui uma quarta conta de natureza residual a CONTA DE ERROS E OMISSÕES que corresponde exatamente às transações não registradas pela autoridade monetária mas que acarretam uma variação das reservas internacionais do país 29 Abertura do mercado de bens Ou seja as contas do BALANÇO DE PAGAMENTOS são divididas em três grandes grupos transações correntes TC conta capital CC e conta financeira CF Em transações correntes são enquadradas as movimentações de mercadorias serviços e rendas A conta capital engloba transferências de capital A conta financeira envolve os deslocamentos de moeda crédito e títulos inclusive os ativos de reserva Denominando movimentos de capital MK a soma das contas capital e financeira temse MK CC CF 30 Abertura do mercado de bens Da contabilização do balanço de pagamentos verificase que o SALDO DAS TRANSAÇÕES CORRENTES é COBERTO por igual FLUXO DE CAPITAIS Isso pode ser expresso pela seguinte identidade contábil TC MK Dessa expressão podese concluir que Se TC 0 há um aumento correspondente dos ativos externos líquidos em poder dos residentes no país no mesmo valor O AUMENTO DOS ATIVOS se dá porque havendo superávit no balanço de pagamentos em transações correntes as vendas de bens e serviços e o ingresso de rendas excedem as compras de bens e serviços e as saídas de rendas O aumento dos ativos corresponde às receitas resultantes dos pagamentos desses excedentes 31 Abertura do mercado de bens As compras e vendas são pagas com moeda ou títulos representativos de crédito e seu saldo positivo implica ingresso líquido de reservas O mesmo raciocínio vale para os ingressos e saídas de rendas que são recebimentos e pagamentos pelo uso de fatores de produção A agregação desses saldos mostra a diferença entre os pagamentos pela utilização de bens e serviços e as rendas enviadas em pagamento aos fatores de produção pertencentes a não residentes no país Os recebimentos são decorrentes das vendas dos bens serviços e rendas recebidos em pagamento aos fatores de produção cedidos a eles Se os recebimentos excedem os pagamentos há superávit em transações correntes e equivalente movimento de capitais que resulta em aumento dos ativos financeiros eou ingresso líquido de reservas 32 Abertura do mercado de bens Se TC 0 o país mais recebeu que enviou bens e serviços eou enviou mais rendas do que recebeu Aumentam portanto suas obrigações para com o resto do mundo Isso porque o déficit em transações correntes exige equivalente movimento de capitais para cobrir o excesso de gastos Se o país optar por dispor de reservas para cobrir esse excesso o pagamento corresponde à redução do estoque de ativos acumulado nos períodos anteriores Quando o caminho for o maior endividamento os recursos podem provir da conta financeira isto é de investimentos diretos investimentos em carteira derivativos e outros investimentos Na impossibilidade de dispor de reservas ou de capitais obtidos com não residentes do setor privado o país é obrigado a buscar empréstimos de regularização para saldar seus compromissos externos e o FMI é o credor mais provável 33 Abertura do mercado de bens Em resumo como o déficit em transações correntes implica o mesmo montante de MK para seu financiamento o país é forçado a vender ativos ou a aumentar o passivo externo Isso pode ser interpretado como uma troca entre o presente e o futuro Como o déficit em transações correntes é uma OPÇÃO por excesso de importação de bens e serviços no presente no futuro o país endividado será forçado a gerar excesso de exportação para pagar as obrigações assumidas O comprometimento do futuro PODE SER AMENIZADO se parte do excesso de gastos dos residentes for COBERTA POR INVESTIMENTOS DIRETOS que envolvem a transferência da propriedade de ativos reais imóveis por exemplo ou de quotas ou ações de empresas de forma que o comprador passe a deter o controle da empresa receptora do investimento 34 Abertura do mercado de bens É natural que o investidor estrangeiro detenha o direito de revender seus ativos e repatriar seus capitais mas como a transação envolve custos existe a expectativa de permanência Essa expectativa fundamenta o emprego do conceito de NECESSIDADE DE FINANCIAMENTO NF que é igual à diferença entre o saldo em transações correntes e os investimentos diretos id de estrangeiros direcionados à produção NF TC Id Quanto maior a parcela do déficit em transações correntes coberta por investimentos diretos menor a necessidade de financiamento Logo a parte do déficit em transações correntes não compensada por investimento direto gera dependência externa e incertezas para o país Além disso quanto maior a participação de capitais de curto prazo na composição do financiamento do déficit maior a exposição do país ao risco dos movimentos especulativos de capital porque esses recursos podem retornar a qualquer momento para o exterior 35 Abertura do mercado de bens Em 2020 a economia brasileira registrou um déficit em Contacorrente de US 24074 milhões e um superávit da Conta de Capital de US 281 milhões A soma dessas duas contas resultou na necessidade de financiamento de US 23793 milhões que por sua vez deveria ser o valor registrado na Conta Financeira na ausência de erros e omissões Fonte Banco Central do Brasil 36 Abertura do mercado de bens O valor registrado pelo Bacen em 2020 na Conta Financeira foi de US 21780 milhões ou seja US 2014 milhões a mais do que apontou a soma da ContaCorrente com a Conta de Capital Essa discrepância corresponde a transações entre residentes e não residentes não registradas pelo Bacen e portanto contabilizadas na conta de erros e omissões no balanço de pagamentos Fonte Banco Central do Brasil 37 Abertura do mercado de bens Destaque TRANSAÇÕES CORRENTES Fonte Banco Central do Brasil 38 Abertura do mercado de bens Destaque BALANÇA COMERCIAL Evolução da Balança Comercial das Exportações e Importações Brasil 19952019 Evolução das Exportações e Importações como proporção do PIB Brasil 19982019 R mil 39 Abertura do mercado de bens EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES Evolução das Exportações e Importações como proporção do PIB Brasil 19982019 Evolução das Exportações e Importações como proporção do PIB USA 19602014 40 Abertura do mercado de bens Destaque CONTA FINANCEIRA Fonte Banco Central do Brasil 41 Abertura do mercado de bens TAXA DE CÂMBIO NOMINAL E TAXA DE CÂMBIO REAL ε 42 Abertura do mercado de bens A TAXA DE CÂMBIO NOMINAL E 03032020 08062020 R 44854US R 44854US R 49924US R 49924US 43 Abertura do mercado de bens TAXA DE CÂMBIO NOMINAL E R 44854US R 44854US R 49924US R 49924US 03032020 08062020 1130 1130 44 Abertura do mercado de bens TAXA DE CÂMBIO NOMINAL E US 02229R US 02229R US 02003R US 02003R 03032020 08062020 1013 1013 R 44854US R 44854US R 49924US R 49924US 45 Abertura do mercado de bens TAXA DE CÂMBIO NOMINAL E US 02229R US 02229R US 02003R US 02003R 03032020 08062020 1013 1013 R 44854US R 44854US R 49924US R 49924US 1130 1130 Preço da moeda nacional em termos de moeda estrangeira Preço da moeda estrangeria em termos de moeda nacional FORMA INDIRETA FORMA DIRETA 46 Abertura do mercado de bens TAXA DE CÂMBIO NOMINAL E Preço da moeda nacional em termos de moeda estrangeira apreciação cambial depreciação cambial Uma apreciação nominal é um aumento no preço da moeda nacional em termos de moeda estrangeira Em outras palavras corresponde a um aumento na taxa de câmbio Uma depreciação nominal é uma diminuição no preço da moeda nacional em termos de moeda estrangeira Corresponde a uma diminuição na taxa de câmbio c 47 Abertura do mercado de bens TAXA DE CÂMBIO REAL ε 48 Abertura do mercado de bens TAXA DE CÂMBIO REAL Brasil USA 00 00 49 Abertura do mercado de bens TAXA DE CÂMBIO REAL Brasil USA 00 00 50 Abertura do mercado de bens TAXA DE CÂMBIO REAL 00 00 51 Abertura do mercado de bens TAXA DE CÂMBIO REAL 00 00 52 Abertura do mercado de bens A TAXA DE CÂMBIO REAL é o preço relativo dos bens domésticos em termos dos bens estrangeiros É igual à taxa de câmbio nominal vezes o nível de preços doméstico dividido pelo nível de preços estrangeiro Uma apreciação real é um aumento no preço relativo dos bens domésticos em termos dos bens estrangeiros isto é um aumento na taxa real de câmbio Uma depreciação real é uma diminuição no preço relativo dos bens domésticos em termos de bens estrangeiros isto é uma diminuição na taxa real de câmbio 53 Abertura do mercado de bens TAXA DE CÂMBIO REAL EFETIVA A taxa de câmbio real efetiva é um indicador que expressa a cotação da moeda de determinado país em relação às moedas de seus principais parceiros comerciais A taxa elaborada pelo Banco Central por exemplo é dada pela cotação do real em relação às MOEDAS DOS 15 PRINCIPAIS PARCEIROS COMERCIAIS DO BRASIL ponderada pela participação desses países no total das exportações brasileiras Utilizase um índice doméstico de inflação como deflator interno e o respectivo índice de preços ao consumidor de cada país como deflator externo A taxa de câmbio real efetiva é um indicador mais amplo da COMPETITIVIDADE DAS EXPORTAÇÕES do que as taxas de câmbio bilaterais como a taxa de câmbio real dólar ou a taxa de câmbio real euro Macroeconomia teoria e prática no Brasil Ana Além 2 ed Rio de Janeiro Elsevier 2018 54 Abertura do mercado de bens TAXA DE CÂMBIO NOMINAL TAXA DE CÂMBIO BILATERAL TAXA DE CÂMBIO REAL TAXA DE CÂMBIO REAL BILATERAL TAXA DE CÂMBIO REAL EFETIVA TAXA DE CÂMBIO REAL MULTILATERAL 55 Abertura do mercado de bens MERCADO DE CÂMBIO O MERCADO DE CÂMBIO é o ambiente no qual se realizam as operações de câmbio entre os agentes autorizados pelo Banco Central e entre estes e seus clientes diretamente ou por meio de seu correspondentes O mercado de câmbio é regulamentado e fiscalizado pelo Banco Central e compreende as seguintes operações realizadas por meio de instituições autorizadas a operar no mercado de câmbio pelo Banco Central diretamente ou por meio de seus correspondentes Compra e de venda de moeda estrangeira Operações em moeda nacional entre residentes no Brasil e residentes no exterior e Operações com ouroinstrumento cambial realizadas por intermédio das instituições httpswwwbcbgovbracessoinformacaoperguntasfrequentesrespostasfaqmercadocambio 56 Abertura do mercado de bens MERCADO DE CÂMBIO No grupo dos OFERTANTES DE MOEDA ESTRANGEIRA estão Exportadores que vendem suas mercadorias ao exterior e são remunerados em moeda estrangeira em geral o dólar americano Turistas estrangeiros que trazem moeda estrangeira e a trocam no país ou por vezes a gastam diretamente Investidores internacionais que trazem divisas para aplicar no país seja no mercado financeiro seja em atividades produtivas Agentes econômicos em geral bancos mas também empresas e o próprio governo que captam recursos no exterior emissão de títulos obtenção de empréstimos e financiamentos etc os quais entram no país como valores em moeda estrangeira httpswwwbcbgovbracessoinformacaoperguntasfrequentesrespostasfaqmercadocambio 57 Abertura do mercado de bens MERCADO DE CÂMBIO No grupo dos DEMANDANTES DE MOEDA ESTRANGEIRA estão Importadores que precisam comprar moeda estrangeira para remeter a seus fornecedores no exterior Turistas brasileiros que se dirigem ao exterior e precisam comprar moeda estrangeira antes da viagem Agentes econômicos que investem no ou enviam renda para o exterior Agentes econômicos pessoas empresas e o governo que possuem compromissos a pagar no exterior amortizações e juros referentes a empréstimos por exemplo e que precisam enviar valores em moeda estrangeira para efetivar o pagamento httpswwwbcbgovbracessoinformacaoperguntasfrequentesrespostasfaqmercadocambio 58 Abertura do mercado de bens MERCADO DE CÂMBIO Fatores que afetam a taxa de câmbio O AUMENTO DA OFERTA de moeda estrangeira o dólar por exemplo na economia tem como resultado a redução da cotação dessa moeda em relação à moeda nacional Em sentido oposto a REDUÇÃO DA OFERTA de moeda estrangeira resulta no aumento de sua cotação As taxas de câmbio estão sujeitas à influência não só de variáveis relacionadas ao mercado brasileiro mas também de forças de mercado globais Variações na oferta de moeda estrangeira estão associadas às entradas e saídas de recursos destinados a investimento direto ou em carteira ou outras transações pagamentos de exportações e importações de bens e serviços rendas aluguéis etc httpswwwbcbgovbracessoinformacaoperguntasfrequentesrespostasfaqmercadocambio 59 Abertura do mercado de bens MERCADO DE CÂMBIO Mercado primário e mercado secundário A operação de MERCADO PRIMÁRIO implica o recebimento ou a entrega de moeda estrangeira por parte de clientes no Brasil correspondendo a fluxo de entrada ou de saída da moeda estrangeira do País Esse é o caso das operações realizadas por exemplo com exportadores importadores e viajantes Já no MERCADO SECUNDÁRIO também denominado MERCADO INTERBANCÁRIO os negócios são realizados entre bancos Nesse caso a moeda estrangeira é negociada entre as instituições integrantes do sistema financeiro e simplesmente migra do ativo de uma instituição autorizada a operar no mercado de câmbio para o de outra igualmente autorizada não havendo fluxo de entrada ou de saída da moeda estrangeira do Brasil httpswwwbcbgovbracessoinformacaoperguntasfrequentesrespostasfaqmercadocambio 60 Abertura do mercado de bens MERCADO DE CÂMBIO Política cambial O Banco Central executa a política cambial definida pelo Conselho Monetário Nacional Para tanto regulamenta o mercado de câmbio e autoriza as instituições que nele operam Também compete ao Banco Central fiscalizar o referido mercado podendo punir dirigentes e instituições mediante multas suspensões e outras sanções previstas em lei Além disso o Banco Central pode atuar DIRETAMENTE no mercado comprando e vendendo moeda estrangeira de forma ocasional e limitada com o objetivo de conter movimentos desordenados da taxa de câmbio httpswwwbcbgovbracessoinformacaoperguntasfrequentesrespostasfaqmercadocambio 61 Abertura do mercado de bens MERCADO DE CÂMBIO Instituições que podem operar no mercado de câmbio Somente as instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central podem atuar no mercado de câmbio As autorizações específicas para a prática de operações no mercado de câmbio podem ser concedidas a bancos múltiplos bancos comerciais e caixas econômicas bancos de investimento bancos de desenvolvimento bancos de câmbio corretoras de câmbio agências de fomento sociedades de crédito financiamento e investimento financeiras corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários httpswwwbcbgovbracessoinformacaoperguntasfrequentesrespostasfaqmercadocambio 62 Escolha entre ativos domésticos e ativos estrangeiros A ABERTURA DOS MERCADOS FINANCEIROS implica que os INVESTIDORES ou as instituições financeiras que os representam se deparem com uma NOVA DECISÃO a escolha entre reter ativos domésticos ou ativos estrangeiros Poderia parecer que temos na verdade de pensar em pelo menos duas novas decisões a escolha entre reter moeda nacional ou moeda estrangeira e a escolha entre reter ativos domésticos que pagam juros ou ativos estrangeiros que pagam juros Lembramos porém o motivo pelo qual as pessoas retêm moeda para efetuar suas transações Para alguém que mora no Brasil e cujas transações são em sua maioria ou totalidade em reais possuir moeda estrangeira tem pouca ou nenhuma serventia Isso nos deixa uma única nova escolha a ser feita entre ativos domésticos que pagam juros e ativos estrangeiros que pagam juros 63 Escolha entre ativos domésticos e ativos estrangeiros 63 𝒕 𝒕 BRASIL USA c 64 Escolha entre ativos domésticos e ativos estrangeiros 64 𝒕 𝒕 BRASIL USA LIZA 65 Escolha entre ativos domésticos e ativos estrangeiros 65 00 00 BRASIL USA c 00 66 Escolha entre ativos domésticos e ativos estrangeiros 66 00 00 BRASIL USA 00 67 Escolha entre ativos domésticos e ativos estrangeiros 67 00 00 BRASIL USA 68 Escolha entre ativos domésticos e ativos estrangeiros 68 𝒕 𝒕 BRASIL USA 69 Escolha entre ativos domésticos e ativos estrangeiros 69 𝒕 𝒕 BRASIL USA 70 Escolha entre ativos domésticos e ativos estrangeiros 70 PRIMEIRA HIPÓTESE EXPECTATIVAS HOJE DE CÂMBIO ESTÁVEL Escolha entre ativos domésticos e ativos estrangeiros Escolha entre ativos domésticos e ativos estrangeiros 73 Escolha entre ativos domésticos e ativos estrangeiros 73 SEGUNDA HIPÓTESE EXPECTATIVAS HOJE DE DEPRECIAÇÃO DO CÂMBIO ECONOMIA ABERTA Escolha entre ativos domésticos ativos estrangeiros BRASIL i 10 Et 020 USR t i 15 Et 500 RUS Eet1 010 USR t 1 Eet1 1000 RUS 76 Escolha entre ativos domésticos e ativos estrangeiros 76 TERCEIRA HIPÓTESE EXPECTATIVAS HOJE DE APRECIAÇÃO DO CÂMBIO Escolha entre ativos domésticos e ativos estrangeiros BRASIL Eet1 010 USR R 110000 i 10 t t 1 R 100000 USA US 23000 i 15 t t 1 US 20000 R 230000 US 23000 US 010 R Escolha entre ativos domésticos e ativos estrangeiros BRASIL i 10 Et 020 USR t i 15 Et 500 RUS Eet1 050 USR t 1 Eet1 200 RUS R 46000 US 23000 US 050 R 79 Escolha entre ativos domésticos e ativos estrangeiros 79 RESUMINDO DECISÕES DE INVESTIMENTO FINANCEIRO NUMA ECONOMIA ABERTA EXPECTATIVAS HOJE COM RELAÇÃO AO CÂMBIO FUTURO c R100000 1 010 R 110000 R100000 1 015 1 US 020 R R 230000 Escolha entre ativos domésticos e ativos estrangeiros TERCEIRA HIPÓTESE EXPECTATIVAS HOJE DE APRECIAÇÃO DO CÂMBIO Et Ee t1 BRASIL R100000 1 010 R 110000 USA R100000 US 020 R 1 015 1 US 050 R R 46000 Escolha entre ativos domésticos e ativos estrangeiros VEJAMOS QUAL É O RACIONÍNIO ENVOLVIDO AQUI R 1 it BRASIL R100000 1 010 R 110000 USA R100000 US 020 R 1 015 1 US 020 R R 115000 Escolha entre ativos domésticos e ativos estrangeiros VEJAMOS QUAL É O RACIONÍNIO ENVOLVIDO AQUI R 1 it R X Et 1 it 1 Et1 Escolha entre ativos domésticos e ativos estrangeiros VEJAMOS QUAL É O RACIOCÍNIO ENVOLVIDO AQUI R X 1 it R X 1 it R X Et 1 it 1 Et1 R X 1 it R X Et 1 it 1 Et1 Escolha entre ativos domésticos e ativos estrangeiros VEJAMOS QUAL É O RACIOCÍNIO ENVOLVIDO AQUI 1 it 1 it Essa equação é chamada de RELAÇÃO DA PARIDADE DESCOBERTA DE JUROS ou simplesmente CONDIÇÃO DA PARIDADE DE JUROS A PARIDADE DESCOBERTA DE JUROS ou de forma sucinta PARIDADE DE JUROS é uma CONDIÇÃO DE ARBITRAGEM segundo a qual as TAXAS DE RETORNO ESPERADAS em termos de moeda nacional sobre os títulos domésticos e os títulos estrangeiros DEVEM SER IGUAIS A paridade de juros implica que a taxa de juros interna seja aproximadamente igual à taxa de juros externa menos a taxa apreciação esperada da moeda nacional TEORIA MACROECONÔMICA II São Paulo 1º semestre de 2023 PROF DR ROGÉRIO CÉSAR DE SOUZA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC SP