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TEORIA MACROECONÔMICA II São Paulo 1º semestre de 2023 PROF DR ROGÉRIO CÉSAR DE SOUZA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC SP MACROECONOMIA OLIVIER BLANCHARD PEARSON 7ª EDIÇÃO O MÉDIO PRAZO A ECONOMIA RETORNA A UM NÍVEL DE PRODUTO ASSOCIADO À TAXA NATURAL DE DESEMPREGO CAPÍTULO 9 DO CURTO AO MÉDIO PRAZO O MODELO ISLMPC 5 Do curto ao médio prazo o modelo ISLMPC A Seção 91 desenvolve o modelo ISLMPC A Seção 92 analisa a dinâmica de ajuste do produto e da inflação A Seção 93 examina os efeitos dinâmicos de uma consolidação fiscal A Seção 94 trata dos efeitos dinâmicos de um aumento no preço do petróleo A Seção 95 conclui o capítulo 6 O modelo ISLMPC Modelo ISLM Curto Prazo Relação IS Relação LM CAPÍTULO 6 7 O modelo ISLMPC Curva de Phillips CAPÍTULO 8 𝒕 𝒕 𝒆 𝒕 𝒏 𝑼 𝑳 CAPÍTULO 7 Mercado de Trabalho O modelo ISLMPC L N U u UL LNL 1 NL u 1 NL N L1 u Y N CAPÍTULO 7 Y N L1 u 10 O modelo ISLMPC quando a taxa de desemprego é igual à taxa natural 𝒏 o emprego é dado por 𝒏 𝒏 e o produto é igual a 𝒏 𝒏 Chamemos de 𝒏 o NÍVEL NATURAL DE EMPREGO ou de forma abreviada emprego natural e 𝒏 o NÍVEL NATURAL DO PRODUTO ou produto natural 𝒏 também é conhecido como PRODUTO POTENCIAL termo que será usado com frequência a seguir 𝒏 𝒏 𝒏 𝒏 Yn L1 un YnPIB Potencial tempo O modelo ISLMPC Y PIB Y Y tempo O modelo ISLMPC PIB BRASIL SÉRIE ENCADEADA DO ÍNDICE DE VOLUME TRIMESTRAL IBGE 14 O modelo ISLMPC 𝒏 𝒏 𝒏 O modelo ISLMPC A partir da expressão Y Yn Lut un 1LY Yn ut un e da Curva de Phillips πt πet αut un Obtemos uma NOVA EXPRESSÃO nova CURVA DE PHILLIPS a qual relaciona a VARIAÇÃO DA TAXA DE INFLAÇÃO e o HIATO DO PRODUTO πt πet αLY Yn Vamos supor que πet πt1 Assim πt πt1 αLY Yn 15 O modelo ISLMPC 𝒏 𝒏 𝒏 𝒏 𝒏 𝒏 16 O modelo ISLMPC 𝒏 O desvio entre o PIB e o PIB POTENCIAL 𝒏 é chamando HIATO DO PRODUTO 𝒏 𝒏 17 O modelo ISLMPC Como vimos antes o PIB pode ser escrito do seguinte modo E vimos também que o PIB POTENCIAL ou NÍVEL NATURAL DO PRODUTO ou PRODUTO NATURAL ou ainda PRODUTO POTENCIAL pode ser escrito como 𝒏 𝒏 Acabamos de definir o HIATO DO PRODUTO 𝒏 Assim podemos escrever 𝒏 𝒏 𝒏 18 O modelo ISLMPC Ou seja temos o HIATO DO PRODUTO relacionado com o desvio da TAXA DE DESEMPREGO EFETIVA e a TAXA DE DESEMPREGO NATURAL 𝒏 𝒏 Se o desemprego for IGUAL à taxa natural o produto será igual ao potencial e o hiato do produto será igual a zero Se o desemprego estiver ACIMA da taxa natural o produto estará abaixo do potencial e o hiato do produto será negativo e Se o desemprego estiver ABAIXO da taxa natural o produto estará acima do potencial e o hiato do produto será positivo O modelo ISLMPC CURVA DE PHILLIPS πt πt1 αLY Yn Quando o PRODUTO ESTÁ ACIMA DO POTENCIAL e portanto o hiato do produto é positivo a INFLAÇÃO SOBE Quando o PRODUTO ESTÁ ABAIXO DO POTENCIAL e portanto o hiato do produto é negativo a INFLAÇÃO CAI O modelo ISLMPC Y e Yn πt πt1 αLY Yn YnPIB Potencial YPIB πt πt1 Yn Nn un tempo O modelo ISLMPC CURVA DE PHILLIPS πt πt1 αLY Yn πt πt1 0 Y O modelo ISLMPC CURVA DE PHILLIPS πt πt1 α L Y Yn πt πt1 0 Y O modelo ISLMPC CURVA DE PHILLIPS πt πt1 α L Y Yn πt πt1 0 Y Y O modelo ISLMPC CURVA DE PHILLIPS πt πt1 α L Y Yn πt πt1 0 Yn Y O modelo ISLMPC CURVA DE PHILLIPS πₜ πₜ₁ αρY Yₙ πₜ πₜ₁ Y Yₙ O modelo ISLMPC Período Taxa de inflação πₜ Taxa de inflação do período anterior πₜ₁ Variação da Taxa de inflação πₜ πₜ₁ 1 60 2 65 60 05 3 70 65 05 4 80 70 10 5 75 80 05 6 90 75 15 7 100 90 10 8 110 100 10 9 115 110 05 10 120 115 05 11 140 120 20 12 138 140 02 13 136 138 02 14 142 136 06 15 149 142 07 16 155 149 06 17 130 155 25 18 110 130 20 19 90 110 20 20 75 90 15 O modelo ISLMPC Período Taxa de inflação πₜ Taxa de inflação do período anterior πₜ₁ Variação da Taxa de inflação πₜ πₜ₁ 1 60 2 65 60 05 3 70 65 05 4 63 70 07 5 60 63 03 6 56 60 04 7 58 56 02 8 49 58 09 9 43 49 06 10 40 43 03 11 41 40 01 12 35 41 06 13 34 35 01 14 30 34 04 15 30 30 00 16 30 30 00 17 30 30 00 18 30 30 00 19 30 30 00 20 30 30 00 29 O modelo ISLMPC AGORA VAMOS JUNTAR TUDO O QUE VIMOS DESDE O INÍCIO DESTE CURSO VAMOS JUNTAR O CURTO PRAZO E O MÉDIO PRAZO AO FAZER ISSO TEREMOS O ASSIM CHAMADO MODELO ISLMPC MODELO ISLMPC O modelo ISLMPC O MODELO ISLMPC Relação IS Y CY T IY r x G Relação LM r r O modelo ISLMPC Curva de Phillips πt πt1 αLY Yn O modelo ISLMPC O modelo ISLMPC O modelo ISLMPC O modelo ISLMPC Dinâmica e equilíbrio de médio prazo Isso implica que a inflação está subindo Dito de forma menos formal a ECONOMIA ESTÁ SUPERAQUECENDO pressionando a inflação Esse é o EQUILÍBRIO DE CURTO PRAZO O que acontece ao longo do tempo se não houver mudança na taxa básica nem em qualquer das variáveis que afetam a posição da curva IS Nesse caso o produto permanece acima do potencial e a inflação continua a aumentar Contudo em algum momento é PROVÁVEL QUE A POLÍTICA REAJA a esse aumento na inflação Como Contudo em algum momento é PROVÁVEL QUE A POLÍTICA REAJA a esse aumento na inflação Se nos concentrarmos no BANCO CENTRAL mais cedo ou mais tarde ele ELEVARÁ A TAXA BÁSICA para diminuir o produto de volta ao potencial e não haverá mais pressão sobre a inflação Vamos ver COMO OCORRE O PROCESSO DE AJUSTE e o equilíbrio de médio prazo O EQUILÍBRIO INICIAL ocorre no ponto A tanto no gráfico superior quanto no inferior Podese pensar que o Banco Central eleva a taxa básica ao longo do tempo de modo que a economia se move ao longo da curva IS de A para A O produto diminui Agora vamos para o gráfico inferior À medida que o produto diminui a economia se move para baixo na curva PC de A para A No ponto A a taxa básica é igual a r o produto a Yn e por implicação a inflação é constante Esse é o EQUILÍBRIO DE MÉDIO PRAZO O produto é igual ao potencial e por conseguinte não há mais pressão sobre a inflação A taxa de juros r associada a Yn é chamada de TAXA NATURAL DE JUROS rn para refletir o fato de que esta associada à taxa natural de desemprego ou o nível natural de produto Também pode ser chamada de TAXA DE JUROS NEUTRA ou TAXA DE JUROS WICKSELLIANA em homenagem ao economista sueco Johan Gustaf Knut Wicksell 18511926 Taxa Natural de Juros ou Taxa de Juros Neutra ou Taxa de Juros Wickselliana rn Yn Nn un πt πt1 Inflação estabilizada O MODELO ISLMPC Relação IS Y CY T IY r x G Relação LM r r Curva de Phillips πt πt1 αLY Yn rn Yn Nn un πt πt1 Hiato do Produto Nulo Y Yn Equilíbrio entre PIB e o PIB POTENCIAL Y Yn rn Yn Nn un πt πt1 Y n PIB Potencial Y PIB tempo 47 Dinâmica e equilíbrio de médio prazo Vamos aprofundar nossa análise sobre a dinâmica e o equilíbrio de médio prazo Você pode e deve estar se fazendo a seguinte pergunta após a descrição da dinâmica de equilíbrio de médio prazo que apresentamos aqui Se o BANCO CENTRAL almeja obter uma INFLAÇÃO ESTÁVEL e manter o PRODUTO em 𝒏 por que não eleva a taxa básica para 𝒏 imediatamente para que o equilíbrio de médio prazo seja alcançado sem demora A resposta é que o BANCO CENTRAL realmente deseja manter a economia em 𝒏 MAS embora pareça fácil fazer isso no diagrama a REALIDADE É BEM MAIS COMPLEXA VAMOS FALAR UM POUCO SOBRE ISSO 48 Dinâmica e equilíbrio de médio prazo As RAZÕES disso encontram paralelo na discussão que tivemos no CAPÍTULO 3 sobre o ajuste da economia ao longo do tempo Em primeiro lugar muitas vezes é difícil para o BANCO CENTRAL saber onde exatamente está o produto potencial e portanto quão distante o produto está do potencial A VARIAÇÃO NA INFLAÇÃO dá um SINAL do HIATO DO PRODUTO a distância entre o produto real e o potencial mas em contraste com as equações do nosso modelo esse SINAL É RUIDOSO O BANCO CENTRAL pode assim querer ajustar a taxa básica lentamente e ver o que acontece 49 Dinâmica e equilíbrio de médio prazo Em segundo lugar leva tempo para a economia reagir As EMPRESAS precisam de tempo para ajustar suas DECISÕES DE INVESTIMENTO À medida que os gastos de investimento diminuem em resposta a uma taxa básica mais alta provocando diminuição da demanda do produto e da renda leva tempo para os CONSUMIDORES se ajustarem à diminuição da renda e para as empresas se ajustarem à diminuição das vendas EM SUMA MESMO QUE O BANCO CENTRAL ATUE RAPIDAMENTE LEVA TEMPO PARA QUE A ECONOMIA VOLTE AO NÍVEL NATURAL DE PRODUTO 50 Dinâmica e equilíbrio de médio prazo MAIS UM PONTO IMPORTANTE O fato de que LEVA TEMPO para que o produto volte ao seu nível natural levanta uma QUESTÃO SOBRE A INFLAÇÃO Durante o PROCESSO DE AJUSTE o PRODUTO SE MANTÉM CONSISTENTEMENTE ACIMA DO POTENCIAL de MODO QUE A INFLAÇÃO AUMENTA CONSISTENTEMENTE Vamos entender isso voltando aos nossos diagramas Quando a economia atinge o ponto A a INFLAÇÃO É MAIOR que no ponto A Se o Banco Central se preocupar NÃO APENAS com uma inflação estável MAS TAMBÉM com o seu nível poderá muito bem decidir que DEVE NÃO SÓ ESTABILIZAR MAS TAMBÉM REDUZIR A INFLAÇÃO Para isso é necessário ELEVAR A TAXA BÁSICA para além de rn a fim de baixar a inflação até que ela retorne a UM NÍVEL ACEITÁVEL pelo Banco Central Nesse caso o ajuste é mais complexo Para isso é necessário ELEVAR A TAXA BÁSICA para além de rn a fim de baixar a inflação até que ela retorne a UM NÍVEL ACEITÁVEL pelo Banco Central Nesse caso o ajuste é mais complexo A economia sai de A e passa por A atingindo por exemplo o PONTO C um ponto em que o Banco Central começa a reduzir a taxa básica de volta para rn Em outras palavras se o Banco Central almeja atingir um nível de inflação constante no médio prazo o crescimento inicial deve ser seguido por uma RECESSÃO Período Taxa de inflação πt Taxa de inflação do πt1 Variação da Taxa de inflação πt πt1 Dinâmica e equilíbrio de médio prazo Período Taxa de inflação πt Taxa de inflação do período anterior πt1 Variação da Taxa de Inflação πt πt1 t 1 500 2 630 500 130 3 700 630 70 4 620 700 80 5 750 620 130 6 780 750 30 7 810 780 30 8 880 810 70 9 920 880 40 10 950 920 30 11 990 950 40 12 1020 990 30 13 1140 1020 120 14 1120 1140 20 15 1120 1120 00 16 1120 1120 00 17 1120 1120 00 18 1120 1120 00 19 1120 1120 00 20 1120 1120 00 O que isso significa πt πt1 rn Yn Nn un Dinâmica e equilíbrio de médio prazo Período Taxa de inflação πt Taxa de inflação do período anterior πt1 Variação da Taxa de Inflação πt πt1 t 1 60 2 65 60 05 3 70 65 05 4 63 70 07 5 60 63 03 6 56 60 04 7 58 56 02 8 49 58 09 9 44 49 05 10 40 44 04 11 41 40 01 12 35 41 06 13 33 35 02 14 31 33 02 15 30 31 01 16 30 30 00 17 30 30 00 18 30 30 00 19 30 30 00 20 30 30 00 πt πt1 rn Yn Nn un Dinâmica e equilíbrio de médio prazo VOLTANDO À NOSSA QUESTÃO Se o Banco Central se preocupar NÃO APENAS com uma inflação estável MAS TAMBÉM com o seu nível poderá muito bem decidir que DEVE NÃO SÓ ESTABILIZAR MAS TAMBÉM REDUZIR A INFLAÇÃO Dinâmica e equilíbrio de médio prazo O MODELO ISLMPC Relação IS Y CY T IY r x G Relação LM r r Curva de Phillips πt πt1 αLY Yn Taxa de variação da inflação é negativa Corresponde a Y Yn Período Taxa de inflação πt Taxa de inflação do período anterior πt1 Variação da Taxa de inflação πt πt1 1 120 2 118 120 02 3 121 118 03 4 124 121 03 5 112 124 12 6 111 112 01 7 90 111 21 8 90 90 00 9 90 90 00 10 90 90 00 11 83 90 07 12 61 83 22 13 45 61 16 14 30 45 15 15 30 30 00 16 30 30 00 17 30 30 00 18 30 30 00 19 30 30 00 20 30 30 00 O PAPEL DAS EXPECTATIVAS REVISITADO A discussão anterior depende da forma como as pessoas formam suas EXPECTATIVAS e da FORMA ESPECÍFICA DA CURVA DE PHILLIPS Para verificar isso retomemos nossa discussão sobre a formação de expectativas vista no CAPÍTULO 8 e em vez de assumir que a inflação esperada seja igual à do ano anterior πt1 vamos assumir que as pessoas consideram que a inflação será igual a alguma constante π que independe da inflação do ano anterior Nesse caso a nossa equação tornase πt π α L Y Yn Para analisar o que acontece nesse caso podemos utilizar nosso diagrama agora com πt π no eixo vertical em vez de πt πt1 Um hiato do produto positivo gera um nível de inflação maior em vez de um aumento da inflação Vamos ver Suponhamos agora que a economia esteja no ponto A com nível associado de produto Y 63 Dinâmica e equilíbrio de médio prazo 𝒕 𝒏 Considerandose que o produto está acima do potencial a inflação é maior que a inflação esperada 𝒕 À medida que o BANCO CENTRAL eleva a taxa básica para baixar o produto a seu nível natural a economia se move ao longo da curva de para Quando a economia está em e a taxa básica é igual a 𝒏 o produto volta ao potencial e a inflação a 𝒕 𝒏 64 Dinâmica e equilíbrio de médio prazo 𝒕 𝒏 n 𝒏 𝒕 𝒏 Considerandose que o produto está acima do potencial a inflação é maior que a inflação esperada 𝒕 À medida que o BANCO CENTRAL eleva a taxa básica para baixar o produto a seu nível natural a economia se move ao longo da curva de para Quando a economia está em e a taxa básica é igual a 𝒏 o produto volta ao potencial e a inflação a 65 Dinâmica e equilíbrio de médio prazo A diferença em relação ao caso anterior é clara Para retornar a inflação para nesse caso NÃO é necessário que o Banco Central eleve a taxa para além de 𝒏 por algum tempo como era o caso anterior Assim o Banco Central tem um trabalho mais fácil Enquanto as EXPECTATIVAS INFLACIONÁRIAS permanecerem ANCORADAS para usar o termo adotado pelos bancos centrais NÃO há necessidade de compensar o crescimento inicial com uma recessão mais tarde 𝒕 𝒏 n 𝒏 O LIMITE INFERIOR ZERO E AS ESPIRAIS DE DEFLAÇÃO Nossa descrição do ajuste para o equilíbrio de médio prazo pareceu relativamente fácil Se o produto for muito alto o Banco Central eleva a taxa básica até que ele volte ao potencial Se o produto for muito baixo o Banco Central baixa a taxa até que ele volte ao potencial No entanto esse é um cenário demasiado otimista e as coisas podem dar errado Isto porque pode haver combinação do limite inferior zero com deflação É sobre isso que vamos falar agora 66 Dinâmica e equilíbrio de médio prazo 0 πt πt1 0 Y Yn r rn A LM IS PC Dinâmica e equilíbrio de médio prazo Dinâmica e equilíbrio de médio prazo Dinâmica e equilíbrio de médio prazo Dinâmica e equilíbrio de médio prazo Dinâmica e equilíbrio de médio prazo Dinâmica e equilíbrio de médio prazo Dinâmica e equilíbrio de médio prazo O LIMITE INFERIOR ZERO E AS ESPIRAIS DE DÍVIDA Consideremos portanto o caso em que a economia está em recessão À taxa básica corrente o produto é igual a que está muito abaixo de 𝒏 O hiato do produto é negativo e a inflação está baixando O que o BANCO CENTRAL deve fazer nesse caso parece simples reduzir a taxa básica até que o produto aumente e volte a seu nível natural No exemplo que vimos a taxa básica deve baixar de para 𝒏 Em 𝒏 o produto é igual a 𝒏 e a inflação se estabiliza novamente Note que se a economia estiver suficientemente deprimida a taxa real 𝒏 necessária para retornar o produto a seu nível natural pode ser negativa A RESTRIÇÃO DO LIMITE INFERIOR ZERO pode no entanto tornar impossível que se atinja essa taxa básica real negativa 74 Dinâmica e equilíbrio de médio prazo LEMBRETE uma taxa real negativa não necessariamente implica que pessoas e empresas as quais contraem empréstimo a uma taxa real igual a 𝒓 𝒙 também se defrontem com uma taxa real negativa Se 𝒙 é suficientemente grande a taxa real à qual eles podem tomar empréstimo é positiva mesmo que a taxa básica real seja negativa Dinâmica e equilíbrio de médio prazo Por causa do LIMITE INFERIOR ZERO o NÍVEL MAIS BAIXO A QUE O BANCO CENTRAL PODE REDUZIR A TAXA BÁSICA É 0 o que combinado com por exemplo uma inflação zero implica uma taxa básica real de 0 Assim nesse caso o BANCO CENTRAL pode baixar a taxa básica real apenas para 0 e o produto ainda pode estar abaixo do potencial e portanto a inflação ainda está baixando Isso INICIA o que os economistas chamam de ESPIRAL DE DEFLAÇÃO ou ARMADILHA DE DEFLAÇÃO 75 Dinâmica e equilíbrio de médio prazo Podemos continuar esse nosso exercício assumindo que as EXPECTATIVAS INFLACIONÁRIAS sejam tais que os fixadores de salários esperam que a inflação seja a mesma do ano anterior de modo que um hiato do produto negativo implique inflação decrescente Se a inflação for igual a zero no início ela se tornará negativa E a inflação zero transformase em deflação Isso implica por sua vez que mesmo que a taxa nominal seja igual a zero a taxa básica real aumenta provocando uma demanda e um produto ainda mais baixos DEFLAÇÃO E PRODUTO BAIXO SE ALIMENTAM UM AO OUTRO Um produto mais baixo acarreta mais deflação e mais deflação acarreta uma taxa de juros real mais alta e um produto mais baixo Em vez de convergir para o equilíbrio de médio prazo a economia se afasta dele com o produto diminuindo continuamente e a deflação aumentando continuamente Há pouco que o Banco Central possa fazer nesse cenário e a economia vai de mal a pior 76 Dinâmica e equilíbrio de médio prazo ECONOMIA FECHADA CURTO E MÉDIO PRAZOS 78 Economia fechada curto e médio prazo Curva de Phillips 𝒕 𝒆 𝜶 𝑳 𝒏 O MODELO ISLMPC Relação IS Relação LM O mercado de bens e a relação IS Z Z Z Z Z Z ZZi ZZi ZZi DERIVANDO A CURVA IS Δi ou seja i ou i i i i i i Y Z Y CY T IY i G Economia fechada curto e médio prazo DERIVANDO A CURVA LM M P YLi i P F P U P U Economia fechada curto e médio prazo DERIVANDO A CURVA LM M P YLi Y Y Y M s M M s Economia fechada curto e médio prazo IS Y CY T IY i G LM i i Economia fechada curto e médio prazo 84 Economia fechada curto e médio prazo Relação IS Relação LM Economia fechada curto e médio prazo 86 𝒏 Relação de fixação de salários 𝑾 𝑷 𝑭𝒖 𝒛 Relação de fixação de preços 𝑾 𝑷 𝟏 𝟏 𝒎 Economia fechada curto e médio prazo Economia fechada curto e médio prazo Economia fechada curto e médio prazo Economia fechada curto e médio prazo Economia fechada curto e médio prazo PRODUTO DESEMPREGO E TAXA DE INFLAÇÃO LEI DE OKUN E CURVA DE PHILLIPS LEI DE OKUN A intuição sugere que se o crescimento do produto for elevado o desemprego será reduzido o que é realmente verdadeiro Essa relação foi examinada pela primeira vez pelo economista estadunidense Arthur Okun por isso ficou conhecida como a lei de Okun A lei de Okun não é evidentemente uma lei mas uma regularidade empírica 92 Lei de Okun e curva de Phillips Arthur Melvin Okun Jersey City 28 de novembro de 1928 Washington DC 23 de março de 1980 foi conselheiro do presidente John F Kennedy na década de 1960 A Figura 25 representa a variação da taxa de desemprego no eixo vertical contra a taxa de crescimento do produto no eixo horizontal para os Estados Unidos desde 1960 93 Lei de Okun e curva de Phillips A Figura 25 também mostra a linha que melhor se ajusta à nuvem de pontos na figura Uma análise da figura e da linha sugere duas conclusões A linha é inclinada para baixo e se ajusta bem à nuvem de pontos Em termos econômicos há uma estreita relação entre as duas variáveis maior crescimento do produto leva a uma diminuição do desemprego A inclinação da linha é 04 Isso implica que em média um aumento de 1 na taxa de crescimento reduz a de desemprego em cerca de 04 É por isso que o desemprego aumenta nas recessões e diminui nas expansões Essa relação tem uma implicação simples porém importante a chave para reduzir o desemprego é uma taxa de crescimento suficientemente elevada 94 Lei de Okun e curva de Phillips Essa linha atravessa o eixo horizontal no ponto em que o crescimento do produto é aproximadamente igual a 3 Em termos econômicos é necessária uma taxa de crescimento de cerca de 3 para manter o desemprego constante Isso ocorre por DUAS RAZÕES A PRIMEIRA é que a população e assim a força de trabalho aumenta ao longo do tempo de modo que o emprego deve crescer ao longo do tempo apenas para manter constante a taxa de desemprego A SEGUNDA é que o produto por trabalhador também se eleva com o tempo o que implica que o crescimento do produto é superior ao crescimento do emprego Suponhamos por exemplo que a força de trabalho cresça a 1 e que o produto por trabalhador cresça a 2 Então o crescimento do produto deve ser igual a 3 1 2 apenas para manter constante a taxa de desemprego 95 Lei de Okun e curva de Phillips A CURVA DE PHILLIPS A LEI DE OKUN implica que com um crescimento suficientemente forte podese reduzir o desemprego a níveis muito baixos Mas a intuição sugere que quando o desemprego baixa muito a economia tende a superaquecer provocando uma pressão ascendente sobre a inflação Em grande medida isso é verdade Essa relação foi explorada pela primeira vez em 1958 pelo economista da Nova Zelândia A W Phillips e tornouse conhecida como a curva de Phillips que traça a taxa de inflação contra a de desemprego 96 Lei de Okun e curva de Phillips Alban William Housego A W Bill Phillips MBE 18 November 1914 4 March 1975 Desde então a CURVA DE PHILLIPS foi redefinida como uma RELAÇÃO ENTRE A VARIAÇÃO DA TAXA DE INFLAÇÃO E A TAXA DE DESEMPREGO A Figura 26 representa a variação da taxa de inflação medida usandose o IPC no eixo vertical contra a taxa de desemprego no eixo horizontal juntamente com a linha que se ajusta melhor à nuvem de pontos para os Estados Unidos desde 1960 97 Lei de Okun e curva de Phillips A análise da figura sugere novamente duas conclusões A linha é inclinada para baixo embora o ajuste não seja tão bom quanto no caso da lei de Okun o desemprego mais elevado leva em média a uma diminuição da inflação menor desemprego leva a um aumento da inflação Mas isso só é verdade na média Às vezes uma alta taxa de desemprego está associada a uma elevação da inflação 98 Lei de Okun e curva de Phillips A linha atravessa o eixo horizontal no ponto em que a taxa de desemprego é de aproximadamente 6 Quando o desemprego fica abaixo dos 6 a inflação tem aumentado sugerindo que a economia estava superaquecendo operando acima de seu potencial Quando o desemprego fica acima de 6 a inflação tem diminuído sugerindo que a economia operava abaixo do potencial Mas também aqui a relação não é suficientemente firme para que a taxa de desemprego em que a economia sofre superaquecimento seja fixada precisamente Isso explica por que alguns economistas acreditam que devemos tentar manter uma taxa de desemprego menor digamos 4 ou 5 e outros acreditam que isso pode ser arriscado levando a superaquecimento e inflação em alta 99 Lei de Okun e curva de Phillips Claramente uma economia bemsucedida é aquela que combina alto crescimento do produto baixo desemprego e baixa inflação Todos esses objetivos podem ser atingidos simultaneamente Um desemprego baixo é compatível com uma inflação baixa e estável Os formuladores de políticas têm as ferramentas para sustentar o crescimento e atingir baixo desemprego enquanto a inflação se mantém baixa São questões que abordaremos ao longo do livro As duas próximas seções apresentam o roteiro 100 Lei de Okun e curva de Phillips Lei de Okun ao longo do tempo e entre países O modelo ISLMPC A relação entre desemprego e produto é conhecida como LEI DE OKUN u ut1 gY Ou seja a variação na taxa de desemprego é aproximadamente igual ao negativo da taxa de crescimento do produto Figura 1 Variações na taxa de desemprego versus crescimento do produto nos Estados Unidos 19602014 Um elevado crescimento do produto está associado a uma redução na taxa de desemprego um baixo crescimento do produto está associado a um aumento na taxa de desemprego u ut1 04gY 3 Fonte Series GDPC1 GDPA Federal Reserve Economic Data FRED Disponível em httpresearchstlouisfedorgfred2 Acesso em 12 jul 2017 Como na Equação 9B1 a Equação 9B2 mostra uma relação negativa entre a variação do desemprego e o crescimento do produto Mas difere da Equação 9B1 de duas maneiras Em primeiro lugar o crescimento anual do produto deve ser de pelo menos 3 para evitar que a taxa de desemprego se eleve Isso se deve a dois fatores que ignoramos em nossa derivação o crescimento da força de trabalho e o crescimento da produtividade do trabalho Para manter uma taxa de desemprego constante o emprego deve crescer na mesma proporção da força de trabalho Suponhamos que a força de trabalho cresça 17 ao ano então o emprego deve crescer 17 ao ano Se além disso a produtividade do trabalho isto é o produto por trabalhador cresce 13 ao ano isso implica que o produto deve crescer 17 13 3 por ano Em outras palavras apenas para manter uma taxa de desemprego constante o crescimento do produto deve ser igual à soma do crescimento da força de trabalho com o crescimento da produtividade do trabalho Nos Estados Unidos a soma da taxa de crescimento da força de trabalho com o crescimento da produtividade do trabalho tem sido igual a 3 ao ano em média desde 1960 e é por isso que o número 3 aparece no lado direito da Equação 9B2 Entretanto existe alguma evidência adiante de que o crescimento da produtividade declinou na última década e que a taxa de desemprego necessária para manter uma taxa de desemprego constante está agora mais próxima de 2 do que de 3 O coeficiente no lado direito da Equação 9B2 é 04 comparado com 10 na Equação 9B1 Dito de outra maneira o crescimento do produto 1 acima do normal leva a uma redução na taxa de desemprego de apenas 04 na Equação 9B2 em vez de uma redução de 1 na Equação 9B1 Há dois motivos principais para isso As empresas ajustam o emprego menos que proporcionalmente em resposta aos desvios do crescimento do produto em relação ao normal De modo mais específico um crescimento do produto 1 acima do normal leva a um aumento da taxa de emprego de apenas 06 Um dos motivos está no fato de alguns trabalhadores serem necessários independentemente do nível de produto O departamento de contabilidade de uma empresa por exemplo precisa de aproximadamente o mesmo número de empregados esteja a empresa vendendo mais ou menos que o normal Outro motivo é que custa caro treinar novos funcionários por essa razão as empresas preferem manter os atuais em vez de suspender temporariamente o contrato de trabalho quando o produto está abaixo do normal e pedir a eles que façam horas extras em vez de contratar novos trabalhadores quando o produto está acima do normal Em tempos difíceis as empresas mantêm seus trabalhadores aqueles de que necessitarão quando as coisas melhorarem É por isso que esse comportamento das empresas é chamado de reserva de mão de obra 1 Suponha que a equação do consumo seja representada por C 250 075YD O multiplicador nesta economia é A 025 B 075 C 1 D 4 E 5 2 Suponha que a equação de consumo seja representada por C 250 075YD Dada essa informação a propensão marginal a poupar é A 025 B 075 C 1 D 4 E nenhuma das opções acima 3 Considere as seguintes equações comportamentais C c0 c1 YD T t0 t1 YD YD Y T G e I são constantes Suponha que t1 esteja entre zero e um Resolva para o produto de equilíbrio 105 𝟏 𝟎 𝟏 A 45o ZZ ZZ B TESTES E QUESTÕES 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 106 TESTES E QUESTÕES 1 A curva de Phillips mostra que quando a taxa de desemprego é menor que a taxa natural A a inflação é superior ao esperado B a inflação está abaixo do esperado C a taxa de juros é mais alta que o esperado D a taxa de juros é menor que o esperado 2 O limite inferior zero referese à situação que A A taxa de juros nominal mais baixa que o Banco Central pode alcançar é 0 B a taxa de juros real é de 0 C a taxa de inflação é de 0 D o prêmio de risco é de 0 3 A taxa de juros neutra é a taxa de juros A que resulta do equilíbrio simultâneo nos mercados de bens IS e financeiro LM B que iguala poupança e investimento C que está associada à estabilização da inflação D que corresponde ao custo de oportunidade de reter moeda 𝝅𝒕 𝝅𝒕 𝒆 𝜶 𝒖𝒕 𝒖𝒏 107 TESTES E QUESTÕES 4 A taxa de juros neutra é a taxa de juros A que corresponde ao equilíbrio simultâneo nos mercados de bens IS e financeiro LM e ao mesmo tempo ao PIB potencial B que torna demanda e oferta igual no curto prazo C que faz com que oferta de trabalho e demanda por trabalho sejam iguais D que está associada a inflação nula 5 A taxa de juros neutra é a taxa de juros A que está associada a um PIB efetivo maior que o PIB potencial B que corresponde a um hiato do produto nulo C que implica um déficit primário do Governo igual a zero G T D que não incentiva e também não desincentiva os investimentos 6 A taxa de juros neutra é a taxa de juros A que não afeta o nível de produção da economia B que viabiliza o maior número de projetos de investimento na economia C que faz com que o PIB oscile em torno do seu potencial D que corresponde a uma taxa de desemprego efetiva igual à taxa de desemprego natural TESTES E QUESTÕES 1 Usando as informações contidas neste capítulo diga se cada afirmação a seguir é verdadeira falsa ou incerta Explique brevemente a A curva IS deslocase para cima com um aumento em G para cima com um aumento em T e para cima com um aumento em x b Se ut un for maior que zero Y Yn é maior que zero Y Yn Lu un c Se ut un é igual a zero o produto está no potencial d Se ut un for menor que zero o hiato do produto é negativo e Se o hiato do produto é positivo a inflação é maior que o esperado πt πe αL Y Yn f Segundo a LEI DE OKUN se o crescimento do produto aumentar um ponto percentual a taxa de desemprego cai um ponto percentual u ut1 αgY g À taxa natural de desemprego a inflação não está subindo nem caindo h Em um equilíbrio de médio prazo a taxa de inflação é estável i O Banco Central sempre pode agir para manter o produto igual ao produto potencial j É mais fácil para o Banco Central manter o produto no produto potencial se as expectativas de inflação estiverem ancoradas k Um grande aumento no preço do petróleo aumenta a taxa natural de desemprego TESTES E QUESTÕES 2 O equilíbrio de médio prazo é caracterizado por quatro condições i O produto é igual ao produto potencial Y Yn ii A taxa de desemprego é igual à taxa natural ut un iii A taxa de juros real é igual à taxa de juros natural rn em que a demanda agregada é igual a Yn iv A taxa de inflação esperada πe é igual à taxa real de inflação πt a Se o nível de inflação esperada for formado de modo que πe seja igual a πt1 caracterize o comportamento da inflação em um equilíbrio de médio prazo b Se o nível de inflação esperada for π qual será o nível de inflação real no equilíbrio de médio prazo c Escreva a relação IS como Y CY T IY r x G Suponhamos que rn seja de 2 Se x aumenta de 3 para 5 como o Banco Central deve mudar rn para manter o equilíbrio de médio prazo existente Explique d Suponhamos que G aumente Como o Banco Central deve mudar rn para manter o equilíbrio de médio prazo existente Explique e Suponhamos que T diminua Como o Banco Central deve mudar rn para manter o equilíbrio de médio prazo existente Explique f Para discutir no médio prazo uma expansão fiscal leva a um aumento na taxa natural de juros 110 TESTES E QUESTÕES 3 Os dois caminhos para o equilíbrio de médio prazo explorados neste capítulo fazem duas suposições diferentes sobre a formação do nível de inflação esperada Um deles assume que o nível de inflação esperada seja igual à inflação defasada o nível de inflação esperada varia ao longo do tempo O outro caminho assume que o nível de inflação esperada está ancorado a um valor específico e nunca varia Comecemos no equilíbrio de médio prazo em que a inflação efetiva e a esperada são iguais a 2 no período t a Suponhamos que haja um aumento na confiança do consumidor no período t 1 Como a curva IS muda Suponhamos que o Banco Central não altere a taxa básica real Como o equilíbrio de curto prazo no período t 1 se compara ao equilíbrio no período t b Consideremos o equilíbrio do período t 2 sob o pressuposto de que pt 2e pt 1 Se o Banco Central deixar inalterada a taxa básica real como a inflação real no período t 2 vai se comparar com a inflação no período t 1 Como o Banco Central deve alterar a taxa nominal para manter a taxa real inalterada Continuemos para o período t 3 Fazendo a mesma suposição sobre o nível de inflação esperada e a taxa básica real como a inflação real no período t 3 se compara com a inflação no período t 2 Continua TESTES E QUESTÕES 5 A LEI DE OKUN é escrita como u ut1 04gY 3 a Qual é o sinal de u ut1 em uma recessão Qual é o sinal de u ut1 em uma recuperação b Explique de onde vem o número de 3 c Explique por que o coeficiente do termo gY 3 é 04 e não 1 d Suponhamos que o número de imigrantes por ano que recebem permissão para entrar nos Estados Unidos tenha um aumento acentuado Como isso mudaria a LEI DE OKUN 6 Consolidação fiscal no limite inferior zero Suponhamos que a economia esteja operando no limite inferior zero para a taxa básica nominal há um grande déficit orçamentário e a economia opera no produto potencial no período t Um governo recémeleito se compromete a cortar gastos e reduz o déficit no período t 1 no período t 2 e nos períodos subsequentes a Mostre os efeitos da política sobre o produto no período t 1 b Mostre os efeitos da política sobre a variação da inflação no período t 1 c Se a inflação esperada depender da inflação passada o que acontecerá com a taxa básica real no período t 2 Como isso afetará o produto no período t 3 d Como o limite inferior zero sobre as taxas de juros nominais dificulta uma consolidação fiscal 111 TESTES E QUESTÕES continuação c Consideremos o equilíbrio do período t 2 fazendo a suposição de que pt 2e pQ Se o Banco Central deixar inalterada a taxa básica real como a inflação real no período t 2 vai se comparar com a inflação no período t 1 Como o Banco Central deve alterar a taxa de juros nominal para manter a taxa básica real inalterada Continuemos para o período t 3 Fazendo a mesma suposição sobre o nível de inflação esperada e a taxa básica real como a inflação no período t 3 se compara com a inflação no período t 2 d Compare os resultados da inflação e do produto no item b com os do item c e Qual dos cenários item b ou item c você acha que é mais realista Discuta f Suponhamos que no período t 4 o Banco Central decida elevar a taxa básica real o suficiente para retornar imediatamente a economia ao produto potencial e à taxa de inflação do período t Explique a diferença entre as políticas do Banco Central usando as duas hipóteses sobre a inflação esperada dos itens b e c 112 TESTES E QUESTÕES 4 Um choque para a oferta agregada também terá resultados diferentes quando existirem suposições distintas sobre a formação do nível de inflação esperada Como na Questão 3 um caminho pressupõe que o nível de inflação esperada seja igual à inflação defasada o nível de inflação esperada varia ao longo do tempo O outro caminho assume que o nível de inflação esperada está ancorado a um valor específico e nunca varia Comecemos no equilíbrio de médio prazo em que a inflação efetiva e a esperada são iguais a 2 no período t a Suponhamos que haja um aumento permanente no preço do petróleo no período t 1 Como a curva PC muda Suponhamos que o Banco Central não altere a taxa básica real Como o equilíbrio de curto prazo no período t 1 se compara ao equilíbrio no período t O que acontece com o produto O que acontece com a inflação b Consideremos o equilíbrio do período t 2 sob o pressuposto de que pt 2 e pt 1 Se o Banco Central deixar inalterada a taxa básica real como a inflação real no período t 2 vai se comparar com a inflação no período t 1 Continuemos para o período t 3 Fazendo a mesma suposição sobre o nível de inflação esperada e a taxa básica real como a inflação real no período t 3 se compara com a inflação no período t 2 Continua 113 TESTES E QUESTÕES continuação c Consideremos o equilíbrio do período t 2 fazendo a suposição de que pt 2 e pQ Se o Banco Central deixar inalterada a taxa básica real como a inflação real no período t 2 vai se comparar com a inflação no período t 1 Continuemos para o período t 3 Fazendo a mesma suposição sobre o nível de inflação esperada e a taxa básica real como a inflação no período t 3 se compara com a inflação no período t 2 d Compare os resultados da inflação e do produto do item b com os do item c e No período t 4 o Banco Central decide mudar a taxa básica real para devolver a economia o mais rapidamente possível ao produto potencial e à taxa de inflação do período t Em qual caminho para a formação da inflação esperada a taxa básica nominal é mais elevada no período t 4 o caminho de b ou o de c Explique por que quando as expectativas de inflação são ancoradas como no item c o Banco Central pode alterar a taxa básica para atingir imediatamente o novo nível de produto potencial e o nível de inflação do período t em t 4 Sustente o argumento de que não é possível o Banco Central atingir imediatamente tanto o novo nível de produto potencial quanto o nível de inflação do período t em t 4 quando a inflação esperada é igual a seu valor defasado 115 TESTES E QUESTÕES 7 Consideremos os dados do quadro Foco Deflação na Grande Depressão a Você acredita que o produto voltou a seu nível potencial em 1933 b Que anos sugerem uma espiral de deflação como a descrita na Figura 93 c Sustente o argumento de que se o nível esperado de inflação permanecesse ancorado no valor real da inflação em 1929 a Grande Depressão teria sido menos severa d Sustente o argumento de que um estímulo fiscal substancial em 1930 teria tornado a Grande Depressão menos severa TESTES E QUESTÕES 8 Consideremos os dados do quadro Foco Deflação na Grande Depressão a Calcule as taxas de juros reais em cada ano com base na suposição de que o nível de inflação esperada é a taxa de inflação do ano anterior A taxa de inflação em 1928 foi de 17 As variações nas taxas de juros reais explicam melhor os dados sobre crescimento real do produto e desemprego do que quando se levantou a hipótese de que a taxa de inflação esperada seria a taxa de inflação do ano em curso b Calcule o coeficiente da LEI DE OKUN para cada ano de 1930 a 1933 Para isso consideremos que o produto potencial não esteja crescendo Especule por que razão as empresas não admitiram mais trabalhadores em 1933 apesar de o crescimento do produto ter sido de 91 Dica se o produto potencial não está crescendo A LEI DE OKUN é u ut1 agy Tabela 1 Taxa de juros nominal inflação e taxa de juros real 19291933 Ano Taxa de desemprego Taxa de crescimento de produto Taxa de juros nominal de um ano i Taxa de inflação π Taxa de juros real de um ano r 1929 32 98 00 53 1930 68 135 25 66 1931 143 147 92 128 1932 201 130 171 52 1933 252 14 52 57 117 TESTES E QUESTÕES 9 A GRANDE DEPRESSÃO NO REINO UNIDO Responda às perguntas com base nas informações da tabela a seguir a Há evidências da espiral de deflação de 1929 a 1933 no Reino Unido b Há evidências do efeito das altas taxas de juros sobre o produto c Há evidências de uma má escolha do nível da taxa de juros básica real pelo Banco Central TEORIA MACROECONÔMICA II São Paulo 1º semestre de 2023 PROF DR ROGÉRIO CÉSAR DE SOUZA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC SP

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TEORIA MACROECONÔMICA II São Paulo 1º semestre de 2023 PROF DR ROGÉRIO CÉSAR DE SOUZA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC SP MACROECONOMIA OLIVIER BLANCHARD PEARSON 7ª EDIÇÃO O MÉDIO PRAZO A ECONOMIA RETORNA A UM NÍVEL DE PRODUTO ASSOCIADO À TAXA NATURAL DE DESEMPREGO CAPÍTULO 9 DO CURTO AO MÉDIO PRAZO O MODELO ISLMPC 5 Do curto ao médio prazo o modelo ISLMPC A Seção 91 desenvolve o modelo ISLMPC A Seção 92 analisa a dinâmica de ajuste do produto e da inflação A Seção 93 examina os efeitos dinâmicos de uma consolidação fiscal A Seção 94 trata dos efeitos dinâmicos de um aumento no preço do petróleo A Seção 95 conclui o capítulo 6 O modelo ISLMPC Modelo ISLM Curto Prazo Relação IS Relação LM CAPÍTULO 6 7 O modelo ISLMPC Curva de Phillips CAPÍTULO 8 𝒕 𝒕 𝒆 𝒕 𝒏 𝑼 𝑳 CAPÍTULO 7 Mercado de Trabalho O modelo ISLMPC L N U u UL LNL 1 NL u 1 NL N L1 u Y N CAPÍTULO 7 Y N L1 u 10 O modelo ISLMPC quando a taxa de desemprego é igual à taxa natural 𝒏 o emprego é dado por 𝒏 𝒏 e o produto é igual a 𝒏 𝒏 Chamemos de 𝒏 o NÍVEL NATURAL DE EMPREGO ou de forma abreviada emprego natural e 𝒏 o NÍVEL NATURAL DO PRODUTO ou produto natural 𝒏 também é conhecido como PRODUTO POTENCIAL termo que será usado com frequência a seguir 𝒏 𝒏 𝒏 𝒏 Yn L1 un YnPIB Potencial tempo O modelo ISLMPC Y PIB Y Y tempo O modelo ISLMPC PIB BRASIL SÉRIE ENCADEADA DO ÍNDICE DE VOLUME TRIMESTRAL IBGE 14 O modelo ISLMPC 𝒏 𝒏 𝒏 O modelo ISLMPC A partir da expressão Y Yn Lut un 1LY Yn ut un e da Curva de Phillips πt πet αut un Obtemos uma NOVA EXPRESSÃO nova CURVA DE PHILLIPS a qual relaciona a VARIAÇÃO DA TAXA DE INFLAÇÃO e o HIATO DO PRODUTO πt πet αLY Yn Vamos supor que πet πt1 Assim πt πt1 αLY Yn 15 O modelo ISLMPC 𝒏 𝒏 𝒏 𝒏 𝒏 𝒏 16 O modelo ISLMPC 𝒏 O desvio entre o PIB e o PIB POTENCIAL 𝒏 é chamando HIATO DO PRODUTO 𝒏 𝒏 17 O modelo ISLMPC Como vimos antes o PIB pode ser escrito do seguinte modo E vimos também que o PIB POTENCIAL ou NÍVEL NATURAL DO PRODUTO ou PRODUTO NATURAL ou ainda PRODUTO POTENCIAL pode ser escrito como 𝒏 𝒏 Acabamos de definir o HIATO DO PRODUTO 𝒏 Assim podemos escrever 𝒏 𝒏 𝒏 18 O modelo ISLMPC Ou seja temos o HIATO DO PRODUTO relacionado com o desvio da TAXA DE DESEMPREGO EFETIVA e a TAXA DE DESEMPREGO NATURAL 𝒏 𝒏 Se o desemprego for IGUAL à taxa natural o produto será igual ao potencial e o hiato do produto será igual a zero Se o desemprego estiver ACIMA da taxa natural o produto estará abaixo do potencial e o hiato do produto será negativo e Se o desemprego estiver ABAIXO da taxa natural o produto estará acima do potencial e o hiato do produto será positivo O modelo ISLMPC CURVA DE PHILLIPS πt πt1 αLY Yn Quando o PRODUTO ESTÁ ACIMA DO POTENCIAL e portanto o hiato do produto é positivo a INFLAÇÃO SOBE Quando o PRODUTO ESTÁ ABAIXO DO POTENCIAL e portanto o hiato do produto é negativo a INFLAÇÃO CAI O modelo ISLMPC Y e Yn πt πt1 αLY Yn YnPIB Potencial YPIB πt πt1 Yn Nn un tempo O modelo ISLMPC CURVA DE PHILLIPS πt πt1 αLY Yn πt πt1 0 Y O modelo ISLMPC CURVA DE PHILLIPS πt πt1 α L Y Yn πt πt1 0 Y O modelo ISLMPC CURVA DE PHILLIPS πt πt1 α L Y Yn πt πt1 0 Y Y O modelo ISLMPC CURVA DE PHILLIPS πt πt1 α L Y Yn πt πt1 0 Yn Y O modelo ISLMPC CURVA DE PHILLIPS πₜ πₜ₁ αρY Yₙ πₜ πₜ₁ Y Yₙ O modelo ISLMPC Período Taxa de inflação πₜ Taxa de inflação do período anterior πₜ₁ Variação da Taxa de inflação πₜ πₜ₁ 1 60 2 65 60 05 3 70 65 05 4 80 70 10 5 75 80 05 6 90 75 15 7 100 90 10 8 110 100 10 9 115 110 05 10 120 115 05 11 140 120 20 12 138 140 02 13 136 138 02 14 142 136 06 15 149 142 07 16 155 149 06 17 130 155 25 18 110 130 20 19 90 110 20 20 75 90 15 O modelo ISLMPC Período Taxa de inflação πₜ Taxa de inflação do período anterior πₜ₁ Variação da Taxa de inflação πₜ πₜ₁ 1 60 2 65 60 05 3 70 65 05 4 63 70 07 5 60 63 03 6 56 60 04 7 58 56 02 8 49 58 09 9 43 49 06 10 40 43 03 11 41 40 01 12 35 41 06 13 34 35 01 14 30 34 04 15 30 30 00 16 30 30 00 17 30 30 00 18 30 30 00 19 30 30 00 20 30 30 00 29 O modelo ISLMPC AGORA VAMOS JUNTAR TUDO O QUE VIMOS DESDE O INÍCIO DESTE CURSO VAMOS JUNTAR O CURTO PRAZO E O MÉDIO PRAZO AO FAZER ISSO TEREMOS O ASSIM CHAMADO MODELO ISLMPC MODELO ISLMPC O modelo ISLMPC O MODELO ISLMPC Relação IS Y CY T IY r x G Relação LM r r O modelo ISLMPC Curva de Phillips πt πt1 αLY Yn O modelo ISLMPC O modelo ISLMPC O modelo ISLMPC O modelo ISLMPC Dinâmica e equilíbrio de médio prazo Isso implica que a inflação está subindo Dito de forma menos formal a ECONOMIA ESTÁ SUPERAQUECENDO pressionando a inflação Esse é o EQUILÍBRIO DE CURTO PRAZO O que acontece ao longo do tempo se não houver mudança na taxa básica nem em qualquer das variáveis que afetam a posição da curva IS Nesse caso o produto permanece acima do potencial e a inflação continua a aumentar Contudo em algum momento é PROVÁVEL QUE A POLÍTICA REAJA a esse aumento na inflação Como Contudo em algum momento é PROVÁVEL QUE A POLÍTICA REAJA a esse aumento na inflação Se nos concentrarmos no BANCO CENTRAL mais cedo ou mais tarde ele ELEVARÁ A TAXA BÁSICA para diminuir o produto de volta ao potencial e não haverá mais pressão sobre a inflação Vamos ver COMO OCORRE O PROCESSO DE AJUSTE e o equilíbrio de médio prazo O EQUILÍBRIO INICIAL ocorre no ponto A tanto no gráfico superior quanto no inferior Podese pensar que o Banco Central eleva a taxa básica ao longo do tempo de modo que a economia se move ao longo da curva IS de A para A O produto diminui Agora vamos para o gráfico inferior À medida que o produto diminui a economia se move para baixo na curva PC de A para A No ponto A a taxa básica é igual a r o produto a Yn e por implicação a inflação é constante Esse é o EQUILÍBRIO DE MÉDIO PRAZO O produto é igual ao potencial e por conseguinte não há mais pressão sobre a inflação A taxa de juros r associada a Yn é chamada de TAXA NATURAL DE JUROS rn para refletir o fato de que esta associada à taxa natural de desemprego ou o nível natural de produto Também pode ser chamada de TAXA DE JUROS NEUTRA ou TAXA DE JUROS WICKSELLIANA em homenagem ao economista sueco Johan Gustaf Knut Wicksell 18511926 Taxa Natural de Juros ou Taxa de Juros Neutra ou Taxa de Juros Wickselliana rn Yn Nn un πt πt1 Inflação estabilizada O MODELO ISLMPC Relação IS Y CY T IY r x G Relação LM r r Curva de Phillips πt πt1 αLY Yn rn Yn Nn un πt πt1 Hiato do Produto Nulo Y Yn Equilíbrio entre PIB e o PIB POTENCIAL Y Yn rn Yn Nn un πt πt1 Y n PIB Potencial Y PIB tempo 47 Dinâmica e equilíbrio de médio prazo Vamos aprofundar nossa análise sobre a dinâmica e o equilíbrio de médio prazo Você pode e deve estar se fazendo a seguinte pergunta após a descrição da dinâmica de equilíbrio de médio prazo que apresentamos aqui Se o BANCO CENTRAL almeja obter uma INFLAÇÃO ESTÁVEL e manter o PRODUTO em 𝒏 por que não eleva a taxa básica para 𝒏 imediatamente para que o equilíbrio de médio prazo seja alcançado sem demora A resposta é que o BANCO CENTRAL realmente deseja manter a economia em 𝒏 MAS embora pareça fácil fazer isso no diagrama a REALIDADE É BEM MAIS COMPLEXA VAMOS FALAR UM POUCO SOBRE ISSO 48 Dinâmica e equilíbrio de médio prazo As RAZÕES disso encontram paralelo na discussão que tivemos no CAPÍTULO 3 sobre o ajuste da economia ao longo do tempo Em primeiro lugar muitas vezes é difícil para o BANCO CENTRAL saber onde exatamente está o produto potencial e portanto quão distante o produto está do potencial A VARIAÇÃO NA INFLAÇÃO dá um SINAL do HIATO DO PRODUTO a distância entre o produto real e o potencial mas em contraste com as equações do nosso modelo esse SINAL É RUIDOSO O BANCO CENTRAL pode assim querer ajustar a taxa básica lentamente e ver o que acontece 49 Dinâmica e equilíbrio de médio prazo Em segundo lugar leva tempo para a economia reagir As EMPRESAS precisam de tempo para ajustar suas DECISÕES DE INVESTIMENTO À medida que os gastos de investimento diminuem em resposta a uma taxa básica mais alta provocando diminuição da demanda do produto e da renda leva tempo para os CONSUMIDORES se ajustarem à diminuição da renda e para as empresas se ajustarem à diminuição das vendas EM SUMA MESMO QUE O BANCO CENTRAL ATUE RAPIDAMENTE LEVA TEMPO PARA QUE A ECONOMIA VOLTE AO NÍVEL NATURAL DE PRODUTO 50 Dinâmica e equilíbrio de médio prazo MAIS UM PONTO IMPORTANTE O fato de que LEVA TEMPO para que o produto volte ao seu nível natural levanta uma QUESTÃO SOBRE A INFLAÇÃO Durante o PROCESSO DE AJUSTE o PRODUTO SE MANTÉM CONSISTENTEMENTE ACIMA DO POTENCIAL de MODO QUE A INFLAÇÃO AUMENTA CONSISTENTEMENTE Vamos entender isso voltando aos nossos diagramas Quando a economia atinge o ponto A a INFLAÇÃO É MAIOR que no ponto A Se o Banco Central se preocupar NÃO APENAS com uma inflação estável MAS TAMBÉM com o seu nível poderá muito bem decidir que DEVE NÃO SÓ ESTABILIZAR MAS TAMBÉM REDUZIR A INFLAÇÃO Para isso é necessário ELEVAR A TAXA BÁSICA para além de rn a fim de baixar a inflação até que ela retorne a UM NÍVEL ACEITÁVEL pelo Banco Central Nesse caso o ajuste é mais complexo Para isso é necessário ELEVAR A TAXA BÁSICA para além de rn a fim de baixar a inflação até que ela retorne a UM NÍVEL ACEITÁVEL pelo Banco Central Nesse caso o ajuste é mais complexo A economia sai de A e passa por A atingindo por exemplo o PONTO C um ponto em que o Banco Central começa a reduzir a taxa básica de volta para rn Em outras palavras se o Banco Central almeja atingir um nível de inflação constante no médio prazo o crescimento inicial deve ser seguido por uma RECESSÃO Período Taxa de inflação πt Taxa de inflação do πt1 Variação da Taxa de inflação πt πt1 Dinâmica e equilíbrio de médio prazo Período Taxa de inflação πt Taxa de inflação do período anterior πt1 Variação da Taxa de Inflação πt πt1 t 1 500 2 630 500 130 3 700 630 70 4 620 700 80 5 750 620 130 6 780 750 30 7 810 780 30 8 880 810 70 9 920 880 40 10 950 920 30 11 990 950 40 12 1020 990 30 13 1140 1020 120 14 1120 1140 20 15 1120 1120 00 16 1120 1120 00 17 1120 1120 00 18 1120 1120 00 19 1120 1120 00 20 1120 1120 00 O que isso significa πt πt1 rn Yn Nn un Dinâmica e equilíbrio de médio prazo Período Taxa de inflação πt Taxa de inflação do período anterior πt1 Variação da Taxa de Inflação πt πt1 t 1 60 2 65 60 05 3 70 65 05 4 63 70 07 5 60 63 03 6 56 60 04 7 58 56 02 8 49 58 09 9 44 49 05 10 40 44 04 11 41 40 01 12 35 41 06 13 33 35 02 14 31 33 02 15 30 31 01 16 30 30 00 17 30 30 00 18 30 30 00 19 30 30 00 20 30 30 00 πt πt1 rn Yn Nn un Dinâmica e equilíbrio de médio prazo VOLTANDO À NOSSA QUESTÃO Se o Banco Central se preocupar NÃO APENAS com uma inflação estável MAS TAMBÉM com o seu nível poderá muito bem decidir que DEVE NÃO SÓ ESTABILIZAR MAS TAMBÉM REDUZIR A INFLAÇÃO Dinâmica e equilíbrio de médio prazo O MODELO ISLMPC Relação IS Y CY T IY r x G Relação LM r r Curva de Phillips πt πt1 αLY Yn Taxa de variação da inflação é negativa Corresponde a Y Yn Período Taxa de inflação πt Taxa de inflação do período anterior πt1 Variação da Taxa de inflação πt πt1 1 120 2 118 120 02 3 121 118 03 4 124 121 03 5 112 124 12 6 111 112 01 7 90 111 21 8 90 90 00 9 90 90 00 10 90 90 00 11 83 90 07 12 61 83 22 13 45 61 16 14 30 45 15 15 30 30 00 16 30 30 00 17 30 30 00 18 30 30 00 19 30 30 00 20 30 30 00 O PAPEL DAS EXPECTATIVAS REVISITADO A discussão anterior depende da forma como as pessoas formam suas EXPECTATIVAS e da FORMA ESPECÍFICA DA CURVA DE PHILLIPS Para verificar isso retomemos nossa discussão sobre a formação de expectativas vista no CAPÍTULO 8 e em vez de assumir que a inflação esperada seja igual à do ano anterior πt1 vamos assumir que as pessoas consideram que a inflação será igual a alguma constante π que independe da inflação do ano anterior Nesse caso a nossa equação tornase πt π α L Y Yn Para analisar o que acontece nesse caso podemos utilizar nosso diagrama agora com πt π no eixo vertical em vez de πt πt1 Um hiato do produto positivo gera um nível de inflação maior em vez de um aumento da inflação Vamos ver Suponhamos agora que a economia esteja no ponto A com nível associado de produto Y 63 Dinâmica e equilíbrio de médio prazo 𝒕 𝒏 Considerandose que o produto está acima do potencial a inflação é maior que a inflação esperada 𝒕 À medida que o BANCO CENTRAL eleva a taxa básica para baixar o produto a seu nível natural a economia se move ao longo da curva de para Quando a economia está em e a taxa básica é igual a 𝒏 o produto volta ao potencial e a inflação a 𝒕 𝒏 64 Dinâmica e equilíbrio de médio prazo 𝒕 𝒏 n 𝒏 𝒕 𝒏 Considerandose que o produto está acima do potencial a inflação é maior que a inflação esperada 𝒕 À medida que o BANCO CENTRAL eleva a taxa básica para baixar o produto a seu nível natural a economia se move ao longo da curva de para Quando a economia está em e a taxa básica é igual a 𝒏 o produto volta ao potencial e a inflação a 65 Dinâmica e equilíbrio de médio prazo A diferença em relação ao caso anterior é clara Para retornar a inflação para nesse caso NÃO é necessário que o Banco Central eleve a taxa para além de 𝒏 por algum tempo como era o caso anterior Assim o Banco Central tem um trabalho mais fácil Enquanto as EXPECTATIVAS INFLACIONÁRIAS permanecerem ANCORADAS para usar o termo adotado pelos bancos centrais NÃO há necessidade de compensar o crescimento inicial com uma recessão mais tarde 𝒕 𝒏 n 𝒏 O LIMITE INFERIOR ZERO E AS ESPIRAIS DE DEFLAÇÃO Nossa descrição do ajuste para o equilíbrio de médio prazo pareceu relativamente fácil Se o produto for muito alto o Banco Central eleva a taxa básica até que ele volte ao potencial Se o produto for muito baixo o Banco Central baixa a taxa até que ele volte ao potencial No entanto esse é um cenário demasiado otimista e as coisas podem dar errado Isto porque pode haver combinação do limite inferior zero com deflação É sobre isso que vamos falar agora 66 Dinâmica e equilíbrio de médio prazo 0 πt πt1 0 Y Yn r rn A LM IS PC Dinâmica e equilíbrio de médio prazo Dinâmica e equilíbrio de médio prazo Dinâmica e equilíbrio de médio prazo Dinâmica e equilíbrio de médio prazo Dinâmica e equilíbrio de médio prazo Dinâmica e equilíbrio de médio prazo Dinâmica e equilíbrio de médio prazo O LIMITE INFERIOR ZERO E AS ESPIRAIS DE DÍVIDA Consideremos portanto o caso em que a economia está em recessão À taxa básica corrente o produto é igual a que está muito abaixo de 𝒏 O hiato do produto é negativo e a inflação está baixando O que o BANCO CENTRAL deve fazer nesse caso parece simples reduzir a taxa básica até que o produto aumente e volte a seu nível natural No exemplo que vimos a taxa básica deve baixar de para 𝒏 Em 𝒏 o produto é igual a 𝒏 e a inflação se estabiliza novamente Note que se a economia estiver suficientemente deprimida a taxa real 𝒏 necessária para retornar o produto a seu nível natural pode ser negativa A RESTRIÇÃO DO LIMITE INFERIOR ZERO pode no entanto tornar impossível que se atinja essa taxa básica real negativa 74 Dinâmica e equilíbrio de médio prazo LEMBRETE uma taxa real negativa não necessariamente implica que pessoas e empresas as quais contraem empréstimo a uma taxa real igual a 𝒓 𝒙 também se defrontem com uma taxa real negativa Se 𝒙 é suficientemente grande a taxa real à qual eles podem tomar empréstimo é positiva mesmo que a taxa básica real seja negativa Dinâmica e equilíbrio de médio prazo Por causa do LIMITE INFERIOR ZERO o NÍVEL MAIS BAIXO A QUE O BANCO CENTRAL PODE REDUZIR A TAXA BÁSICA É 0 o que combinado com por exemplo uma inflação zero implica uma taxa básica real de 0 Assim nesse caso o BANCO CENTRAL pode baixar a taxa básica real apenas para 0 e o produto ainda pode estar abaixo do potencial e portanto a inflação ainda está baixando Isso INICIA o que os economistas chamam de ESPIRAL DE DEFLAÇÃO ou ARMADILHA DE DEFLAÇÃO 75 Dinâmica e equilíbrio de médio prazo Podemos continuar esse nosso exercício assumindo que as EXPECTATIVAS INFLACIONÁRIAS sejam tais que os fixadores de salários esperam que a inflação seja a mesma do ano anterior de modo que um hiato do produto negativo implique inflação decrescente Se a inflação for igual a zero no início ela se tornará negativa E a inflação zero transformase em deflação Isso implica por sua vez que mesmo que a taxa nominal seja igual a zero a taxa básica real aumenta provocando uma demanda e um produto ainda mais baixos DEFLAÇÃO E PRODUTO BAIXO SE ALIMENTAM UM AO OUTRO Um produto mais baixo acarreta mais deflação e mais deflação acarreta uma taxa de juros real mais alta e um produto mais baixo Em vez de convergir para o equilíbrio de médio prazo a economia se afasta dele com o produto diminuindo continuamente e a deflação aumentando continuamente Há pouco que o Banco Central possa fazer nesse cenário e a economia vai de mal a pior 76 Dinâmica e equilíbrio de médio prazo ECONOMIA FECHADA CURTO E MÉDIO PRAZOS 78 Economia fechada curto e médio prazo Curva de Phillips 𝒕 𝒆 𝜶 𝑳 𝒏 O MODELO ISLMPC Relação IS Relação LM O mercado de bens e a relação IS Z Z Z Z Z Z ZZi ZZi ZZi DERIVANDO A CURVA IS Δi ou seja i ou i i i i i i Y Z Y CY T IY i G Economia fechada curto e médio prazo DERIVANDO A CURVA LM M P YLi i P F P U P U Economia fechada curto e médio prazo DERIVANDO A CURVA LM M P YLi Y Y Y M s M M s Economia fechada curto e médio prazo IS Y CY T IY i G LM i i Economia fechada curto e médio prazo 84 Economia fechada curto e médio prazo Relação IS Relação LM Economia fechada curto e médio prazo 86 𝒏 Relação de fixação de salários 𝑾 𝑷 𝑭𝒖 𝒛 Relação de fixação de preços 𝑾 𝑷 𝟏 𝟏 𝒎 Economia fechada curto e médio prazo Economia fechada curto e médio prazo Economia fechada curto e médio prazo Economia fechada curto e médio prazo Economia fechada curto e médio prazo PRODUTO DESEMPREGO E TAXA DE INFLAÇÃO LEI DE OKUN E CURVA DE PHILLIPS LEI DE OKUN A intuição sugere que se o crescimento do produto for elevado o desemprego será reduzido o que é realmente verdadeiro Essa relação foi examinada pela primeira vez pelo economista estadunidense Arthur Okun por isso ficou conhecida como a lei de Okun A lei de Okun não é evidentemente uma lei mas uma regularidade empírica 92 Lei de Okun e curva de Phillips Arthur Melvin Okun Jersey City 28 de novembro de 1928 Washington DC 23 de março de 1980 foi conselheiro do presidente John F Kennedy na década de 1960 A Figura 25 representa a variação da taxa de desemprego no eixo vertical contra a taxa de crescimento do produto no eixo horizontal para os Estados Unidos desde 1960 93 Lei de Okun e curva de Phillips A Figura 25 também mostra a linha que melhor se ajusta à nuvem de pontos na figura Uma análise da figura e da linha sugere duas conclusões A linha é inclinada para baixo e se ajusta bem à nuvem de pontos Em termos econômicos há uma estreita relação entre as duas variáveis maior crescimento do produto leva a uma diminuição do desemprego A inclinação da linha é 04 Isso implica que em média um aumento de 1 na taxa de crescimento reduz a de desemprego em cerca de 04 É por isso que o desemprego aumenta nas recessões e diminui nas expansões Essa relação tem uma implicação simples porém importante a chave para reduzir o desemprego é uma taxa de crescimento suficientemente elevada 94 Lei de Okun e curva de Phillips Essa linha atravessa o eixo horizontal no ponto em que o crescimento do produto é aproximadamente igual a 3 Em termos econômicos é necessária uma taxa de crescimento de cerca de 3 para manter o desemprego constante Isso ocorre por DUAS RAZÕES A PRIMEIRA é que a população e assim a força de trabalho aumenta ao longo do tempo de modo que o emprego deve crescer ao longo do tempo apenas para manter constante a taxa de desemprego A SEGUNDA é que o produto por trabalhador também se eleva com o tempo o que implica que o crescimento do produto é superior ao crescimento do emprego Suponhamos por exemplo que a força de trabalho cresça a 1 e que o produto por trabalhador cresça a 2 Então o crescimento do produto deve ser igual a 3 1 2 apenas para manter constante a taxa de desemprego 95 Lei de Okun e curva de Phillips A CURVA DE PHILLIPS A LEI DE OKUN implica que com um crescimento suficientemente forte podese reduzir o desemprego a níveis muito baixos Mas a intuição sugere que quando o desemprego baixa muito a economia tende a superaquecer provocando uma pressão ascendente sobre a inflação Em grande medida isso é verdade Essa relação foi explorada pela primeira vez em 1958 pelo economista da Nova Zelândia A W Phillips e tornouse conhecida como a curva de Phillips que traça a taxa de inflação contra a de desemprego 96 Lei de Okun e curva de Phillips Alban William Housego A W Bill Phillips MBE 18 November 1914 4 March 1975 Desde então a CURVA DE PHILLIPS foi redefinida como uma RELAÇÃO ENTRE A VARIAÇÃO DA TAXA DE INFLAÇÃO E A TAXA DE DESEMPREGO A Figura 26 representa a variação da taxa de inflação medida usandose o IPC no eixo vertical contra a taxa de desemprego no eixo horizontal juntamente com a linha que se ajusta melhor à nuvem de pontos para os Estados Unidos desde 1960 97 Lei de Okun e curva de Phillips A análise da figura sugere novamente duas conclusões A linha é inclinada para baixo embora o ajuste não seja tão bom quanto no caso da lei de Okun o desemprego mais elevado leva em média a uma diminuição da inflação menor desemprego leva a um aumento da inflação Mas isso só é verdade na média Às vezes uma alta taxa de desemprego está associada a uma elevação da inflação 98 Lei de Okun e curva de Phillips A linha atravessa o eixo horizontal no ponto em que a taxa de desemprego é de aproximadamente 6 Quando o desemprego fica abaixo dos 6 a inflação tem aumentado sugerindo que a economia estava superaquecendo operando acima de seu potencial Quando o desemprego fica acima de 6 a inflação tem diminuído sugerindo que a economia operava abaixo do potencial Mas também aqui a relação não é suficientemente firme para que a taxa de desemprego em que a economia sofre superaquecimento seja fixada precisamente Isso explica por que alguns economistas acreditam que devemos tentar manter uma taxa de desemprego menor digamos 4 ou 5 e outros acreditam que isso pode ser arriscado levando a superaquecimento e inflação em alta 99 Lei de Okun e curva de Phillips Claramente uma economia bemsucedida é aquela que combina alto crescimento do produto baixo desemprego e baixa inflação Todos esses objetivos podem ser atingidos simultaneamente Um desemprego baixo é compatível com uma inflação baixa e estável Os formuladores de políticas têm as ferramentas para sustentar o crescimento e atingir baixo desemprego enquanto a inflação se mantém baixa São questões que abordaremos ao longo do livro As duas próximas seções apresentam o roteiro 100 Lei de Okun e curva de Phillips Lei de Okun ao longo do tempo e entre países O modelo ISLMPC A relação entre desemprego e produto é conhecida como LEI DE OKUN u ut1 gY Ou seja a variação na taxa de desemprego é aproximadamente igual ao negativo da taxa de crescimento do produto Figura 1 Variações na taxa de desemprego versus crescimento do produto nos Estados Unidos 19602014 Um elevado crescimento do produto está associado a uma redução na taxa de desemprego um baixo crescimento do produto está associado a um aumento na taxa de desemprego u ut1 04gY 3 Fonte Series GDPC1 GDPA Federal Reserve Economic Data FRED Disponível em httpresearchstlouisfedorgfred2 Acesso em 12 jul 2017 Como na Equação 9B1 a Equação 9B2 mostra uma relação negativa entre a variação do desemprego e o crescimento do produto Mas difere da Equação 9B1 de duas maneiras Em primeiro lugar o crescimento anual do produto deve ser de pelo menos 3 para evitar que a taxa de desemprego se eleve Isso se deve a dois fatores que ignoramos em nossa derivação o crescimento da força de trabalho e o crescimento da produtividade do trabalho Para manter uma taxa de desemprego constante o emprego deve crescer na mesma proporção da força de trabalho Suponhamos que a força de trabalho cresça 17 ao ano então o emprego deve crescer 17 ao ano Se além disso a produtividade do trabalho isto é o produto por trabalhador cresce 13 ao ano isso implica que o produto deve crescer 17 13 3 por ano Em outras palavras apenas para manter uma taxa de desemprego constante o crescimento do produto deve ser igual à soma do crescimento da força de trabalho com o crescimento da produtividade do trabalho Nos Estados Unidos a soma da taxa de crescimento da força de trabalho com o crescimento da produtividade do trabalho tem sido igual a 3 ao ano em média desde 1960 e é por isso que o número 3 aparece no lado direito da Equação 9B2 Entretanto existe alguma evidência adiante de que o crescimento da produtividade declinou na última década e que a taxa de desemprego necessária para manter uma taxa de desemprego constante está agora mais próxima de 2 do que de 3 O coeficiente no lado direito da Equação 9B2 é 04 comparado com 10 na Equação 9B1 Dito de outra maneira o crescimento do produto 1 acima do normal leva a uma redução na taxa de desemprego de apenas 04 na Equação 9B2 em vez de uma redução de 1 na Equação 9B1 Há dois motivos principais para isso As empresas ajustam o emprego menos que proporcionalmente em resposta aos desvios do crescimento do produto em relação ao normal De modo mais específico um crescimento do produto 1 acima do normal leva a um aumento da taxa de emprego de apenas 06 Um dos motivos está no fato de alguns trabalhadores serem necessários independentemente do nível de produto O departamento de contabilidade de uma empresa por exemplo precisa de aproximadamente o mesmo número de empregados esteja a empresa vendendo mais ou menos que o normal Outro motivo é que custa caro treinar novos funcionários por essa razão as empresas preferem manter os atuais em vez de suspender temporariamente o contrato de trabalho quando o produto está abaixo do normal e pedir a eles que façam horas extras em vez de contratar novos trabalhadores quando o produto está acima do normal Em tempos difíceis as empresas mantêm seus trabalhadores aqueles de que necessitarão quando as coisas melhorarem É por isso que esse comportamento das empresas é chamado de reserva de mão de obra 1 Suponha que a equação do consumo seja representada por C 250 075YD O multiplicador nesta economia é A 025 B 075 C 1 D 4 E 5 2 Suponha que a equação de consumo seja representada por C 250 075YD Dada essa informação a propensão marginal a poupar é A 025 B 075 C 1 D 4 E nenhuma das opções acima 3 Considere as seguintes equações comportamentais C c0 c1 YD T t0 t1 YD YD Y T G e I são constantes Suponha que t1 esteja entre zero e um Resolva para o produto de equilíbrio 105 𝟏 𝟎 𝟏 A 45o ZZ ZZ B TESTES E QUESTÕES 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 106 TESTES E QUESTÕES 1 A curva de Phillips mostra que quando a taxa de desemprego é menor que a taxa natural A a inflação é superior ao esperado B a inflação está abaixo do esperado C a taxa de juros é mais alta que o esperado D a taxa de juros é menor que o esperado 2 O limite inferior zero referese à situação que A A taxa de juros nominal mais baixa que o Banco Central pode alcançar é 0 B a taxa de juros real é de 0 C a taxa de inflação é de 0 D o prêmio de risco é de 0 3 A taxa de juros neutra é a taxa de juros A que resulta do equilíbrio simultâneo nos mercados de bens IS e financeiro LM B que iguala poupança e investimento C que está associada à estabilização da inflação D que corresponde ao custo de oportunidade de reter moeda 𝝅𝒕 𝝅𝒕 𝒆 𝜶 𝒖𝒕 𝒖𝒏 107 TESTES E QUESTÕES 4 A taxa de juros neutra é a taxa de juros A que corresponde ao equilíbrio simultâneo nos mercados de bens IS e financeiro LM e ao mesmo tempo ao PIB potencial B que torna demanda e oferta igual no curto prazo C que faz com que oferta de trabalho e demanda por trabalho sejam iguais D que está associada a inflação nula 5 A taxa de juros neutra é a taxa de juros A que está associada a um PIB efetivo maior que o PIB potencial B que corresponde a um hiato do produto nulo C que implica um déficit primário do Governo igual a zero G T D que não incentiva e também não desincentiva os investimentos 6 A taxa de juros neutra é a taxa de juros A que não afeta o nível de produção da economia B que viabiliza o maior número de projetos de investimento na economia C que faz com que o PIB oscile em torno do seu potencial D que corresponde a uma taxa de desemprego efetiva igual à taxa de desemprego natural TESTES E QUESTÕES 1 Usando as informações contidas neste capítulo diga se cada afirmação a seguir é verdadeira falsa ou incerta Explique brevemente a A curva IS deslocase para cima com um aumento em G para cima com um aumento em T e para cima com um aumento em x b Se ut un for maior que zero Y Yn é maior que zero Y Yn Lu un c Se ut un é igual a zero o produto está no potencial d Se ut un for menor que zero o hiato do produto é negativo e Se o hiato do produto é positivo a inflação é maior que o esperado πt πe αL Y Yn f Segundo a LEI DE OKUN se o crescimento do produto aumentar um ponto percentual a taxa de desemprego cai um ponto percentual u ut1 αgY g À taxa natural de desemprego a inflação não está subindo nem caindo h Em um equilíbrio de médio prazo a taxa de inflação é estável i O Banco Central sempre pode agir para manter o produto igual ao produto potencial j É mais fácil para o Banco Central manter o produto no produto potencial se as expectativas de inflação estiverem ancoradas k Um grande aumento no preço do petróleo aumenta a taxa natural de desemprego TESTES E QUESTÕES 2 O equilíbrio de médio prazo é caracterizado por quatro condições i O produto é igual ao produto potencial Y Yn ii A taxa de desemprego é igual à taxa natural ut un iii A taxa de juros real é igual à taxa de juros natural rn em que a demanda agregada é igual a Yn iv A taxa de inflação esperada πe é igual à taxa real de inflação πt a Se o nível de inflação esperada for formado de modo que πe seja igual a πt1 caracterize o comportamento da inflação em um equilíbrio de médio prazo b Se o nível de inflação esperada for π qual será o nível de inflação real no equilíbrio de médio prazo c Escreva a relação IS como Y CY T IY r x G Suponhamos que rn seja de 2 Se x aumenta de 3 para 5 como o Banco Central deve mudar rn para manter o equilíbrio de médio prazo existente Explique d Suponhamos que G aumente Como o Banco Central deve mudar rn para manter o equilíbrio de médio prazo existente Explique e Suponhamos que T diminua Como o Banco Central deve mudar rn para manter o equilíbrio de médio prazo existente Explique f Para discutir no médio prazo uma expansão fiscal leva a um aumento na taxa natural de juros 110 TESTES E QUESTÕES 3 Os dois caminhos para o equilíbrio de médio prazo explorados neste capítulo fazem duas suposições diferentes sobre a formação do nível de inflação esperada Um deles assume que o nível de inflação esperada seja igual à inflação defasada o nível de inflação esperada varia ao longo do tempo O outro caminho assume que o nível de inflação esperada está ancorado a um valor específico e nunca varia Comecemos no equilíbrio de médio prazo em que a inflação efetiva e a esperada são iguais a 2 no período t a Suponhamos que haja um aumento na confiança do consumidor no período t 1 Como a curva IS muda Suponhamos que o Banco Central não altere a taxa básica real Como o equilíbrio de curto prazo no período t 1 se compara ao equilíbrio no período t b Consideremos o equilíbrio do período t 2 sob o pressuposto de que pt 2e pt 1 Se o Banco Central deixar inalterada a taxa básica real como a inflação real no período t 2 vai se comparar com a inflação no período t 1 Como o Banco Central deve alterar a taxa nominal para manter a taxa real inalterada Continuemos para o período t 3 Fazendo a mesma suposição sobre o nível de inflação esperada e a taxa básica real como a inflação real no período t 3 se compara com a inflação no período t 2 Continua TESTES E QUESTÕES 5 A LEI DE OKUN é escrita como u ut1 04gY 3 a Qual é o sinal de u ut1 em uma recessão Qual é o sinal de u ut1 em uma recuperação b Explique de onde vem o número de 3 c Explique por que o coeficiente do termo gY 3 é 04 e não 1 d Suponhamos que o número de imigrantes por ano que recebem permissão para entrar nos Estados Unidos tenha um aumento acentuado Como isso mudaria a LEI DE OKUN 6 Consolidação fiscal no limite inferior zero Suponhamos que a economia esteja operando no limite inferior zero para a taxa básica nominal há um grande déficit orçamentário e a economia opera no produto potencial no período t Um governo recémeleito se compromete a cortar gastos e reduz o déficit no período t 1 no período t 2 e nos períodos subsequentes a Mostre os efeitos da política sobre o produto no período t 1 b Mostre os efeitos da política sobre a variação da inflação no período t 1 c Se a inflação esperada depender da inflação passada o que acontecerá com a taxa básica real no período t 2 Como isso afetará o produto no período t 3 d Como o limite inferior zero sobre as taxas de juros nominais dificulta uma consolidação fiscal 111 TESTES E QUESTÕES continuação c Consideremos o equilíbrio do período t 2 fazendo a suposição de que pt 2e pQ Se o Banco Central deixar inalterada a taxa básica real como a inflação real no período t 2 vai se comparar com a inflação no período t 1 Como o Banco Central deve alterar a taxa de juros nominal para manter a taxa básica real inalterada Continuemos para o período t 3 Fazendo a mesma suposição sobre o nível de inflação esperada e a taxa básica real como a inflação no período t 3 se compara com a inflação no período t 2 d Compare os resultados da inflação e do produto no item b com os do item c e Qual dos cenários item b ou item c você acha que é mais realista Discuta f Suponhamos que no período t 4 o Banco Central decida elevar a taxa básica real o suficiente para retornar imediatamente a economia ao produto potencial e à taxa de inflação do período t Explique a diferença entre as políticas do Banco Central usando as duas hipóteses sobre a inflação esperada dos itens b e c 112 TESTES E QUESTÕES 4 Um choque para a oferta agregada também terá resultados diferentes quando existirem suposições distintas sobre a formação do nível de inflação esperada Como na Questão 3 um caminho pressupõe que o nível de inflação esperada seja igual à inflação defasada o nível de inflação esperada varia ao longo do tempo O outro caminho assume que o nível de inflação esperada está ancorado a um valor específico e nunca varia Comecemos no equilíbrio de médio prazo em que a inflação efetiva e a esperada são iguais a 2 no período t a Suponhamos que haja um aumento permanente no preço do petróleo no período t 1 Como a curva PC muda Suponhamos que o Banco Central não altere a taxa básica real Como o equilíbrio de curto prazo no período t 1 se compara ao equilíbrio no período t O que acontece com o produto O que acontece com a inflação b Consideremos o equilíbrio do período t 2 sob o pressuposto de que pt 2 e pt 1 Se o Banco Central deixar inalterada a taxa básica real como a inflação real no período t 2 vai se comparar com a inflação no período t 1 Continuemos para o período t 3 Fazendo a mesma suposição sobre o nível de inflação esperada e a taxa básica real como a inflação real no período t 3 se compara com a inflação no período t 2 Continua 113 TESTES E QUESTÕES continuação c Consideremos o equilíbrio do período t 2 fazendo a suposição de que pt 2 e pQ Se o Banco Central deixar inalterada a taxa básica real como a inflação real no período t 2 vai se comparar com a inflação no período t 1 Continuemos para o período t 3 Fazendo a mesma suposição sobre o nível de inflação esperada e a taxa básica real como a inflação no período t 3 se compara com a inflação no período t 2 d Compare os resultados da inflação e do produto do item b com os do item c e No período t 4 o Banco Central decide mudar a taxa básica real para devolver a economia o mais rapidamente possível ao produto potencial e à taxa de inflação do período t Em qual caminho para a formação da inflação esperada a taxa básica nominal é mais elevada no período t 4 o caminho de b ou o de c Explique por que quando as expectativas de inflação são ancoradas como no item c o Banco Central pode alterar a taxa básica para atingir imediatamente o novo nível de produto potencial e o nível de inflação do período t em t 4 Sustente o argumento de que não é possível o Banco Central atingir imediatamente tanto o novo nível de produto potencial quanto o nível de inflação do período t em t 4 quando a inflação esperada é igual a seu valor defasado 115 TESTES E QUESTÕES 7 Consideremos os dados do quadro Foco Deflação na Grande Depressão a Você acredita que o produto voltou a seu nível potencial em 1933 b Que anos sugerem uma espiral de deflação como a descrita na Figura 93 c Sustente o argumento de que se o nível esperado de inflação permanecesse ancorado no valor real da inflação em 1929 a Grande Depressão teria sido menos severa d Sustente o argumento de que um estímulo fiscal substancial em 1930 teria tornado a Grande Depressão menos severa TESTES E QUESTÕES 8 Consideremos os dados do quadro Foco Deflação na Grande Depressão a Calcule as taxas de juros reais em cada ano com base na suposição de que o nível de inflação esperada é a taxa de inflação do ano anterior A taxa de inflação em 1928 foi de 17 As variações nas taxas de juros reais explicam melhor os dados sobre crescimento real do produto e desemprego do que quando se levantou a hipótese de que a taxa de inflação esperada seria a taxa de inflação do ano em curso b Calcule o coeficiente da LEI DE OKUN para cada ano de 1930 a 1933 Para isso consideremos que o produto potencial não esteja crescendo Especule por que razão as empresas não admitiram mais trabalhadores em 1933 apesar de o crescimento do produto ter sido de 91 Dica se o produto potencial não está crescendo A LEI DE OKUN é u ut1 agy Tabela 1 Taxa de juros nominal inflação e taxa de juros real 19291933 Ano Taxa de desemprego Taxa de crescimento de produto Taxa de juros nominal de um ano i Taxa de inflação π Taxa de juros real de um ano r 1929 32 98 00 53 1930 68 135 25 66 1931 143 147 92 128 1932 201 130 171 52 1933 252 14 52 57 117 TESTES E QUESTÕES 9 A GRANDE DEPRESSÃO NO REINO UNIDO Responda às perguntas com base nas informações da tabela a seguir a Há evidências da espiral de deflação de 1929 a 1933 no Reino Unido b Há evidências do efeito das altas taxas de juros sobre o produto c Há evidências de uma má escolha do nível da taxa de juros básica real pelo Banco Central TEORIA MACROECONÔMICA II São Paulo 1º semestre de 2023 PROF DR ROGÉRIO CÉSAR DE SOUZA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC SP

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